Revista Quatro Rodas, edição de maio de 1964.pdf

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    Fonte: Revista Quatro Rodas, edição de maio de 1.964

    Destrichando o bloqueio de diferencial

    O que você vai ler a seguir é o teste do Bandeirante (Toyota do Brasil S.A.), publicado na revistaQuatro Rodas, em sua edição de maio de 1.964. O texto original foi dividido em duas partes etranscrito literalmente. As fotos que acompanham a matéria também são as originais, publicadasna revista. Nesta edição, você fica com a primeira parte do teste (considerações gerais e testeestático); o restante será publicado no próximo mês. Fique de olho!

    VEÍCULO TESTADOUtilitário jipe Toyota Bandeirante, para 7 passageiros. Modelo 1963 / 64, duas portas,emplacamento provisório de São Paulo e Guanabara. Motor nacional Diesel, Mercedes-BenzOM-324, nº 0800822, com 78 HP (SAE) a 3.000 rpm. Chassi nº 3TB25L11860. Tração em duasou quatro rodas. Pneus 6.50, 6.70 x 16, com banda de rodagem especial, própria para tração emterreno com lama. Odômetro no início do teste: 3.249 km. Quilometragem abrangida pelo teste:2.285 km.

    HISTÓRICOO Bandeirante é fabricado pela Toyota do Brasil S.A.(km 23 da estrada de Piraporinha, em São Bernardodo Campo) e resulta do modelo original japonês,utilizando motor nacional OM-324 da Mercedes-Benz.A firma originária é a Toyota Motor Company Ltd.,estabelecida em Koromoshi Aichiken, Japão, cujosprimeiros produtos chegaram ao Brasil em 1952 eforam montados pela Sociedade Comercial AlpagralLtda. Em maio de 1962, foi lançado o primeiro ToyotaBandeirante, com o índice de 85% de nacionalizaçãoem seu peso. A nova fábrica, de São Bernardo doCampo, foi inaugurada em novembro do mesmo ano,sendo, portanto, a mais nova do País, no setor. Enquanto em 1962 a produção da Toyotaalcançou 627 unidades Bandeirante, em 1963 esta cifra ascendeu a 1001.

    ESTÉTICAO Bandeirante tem linhas austeras e simplificadas, de proporções um pouco maiores do que asde viaturas da mesma categoria. Seu aspecto frontal, abrangendo grade, faróis e faroletes,sugere mais funcionalidade do que beleza. As linhas gera is, quase totalmente retas, têm ligeirosarredondamentos. Visto pela frente oferece a impressão de largura e altura relativamentegrandes. Pára-brisa, pára-choques e pára-lamas bem localizados no desenho do veículo.Lateralmente, o estribo, bem encaixado na continuação do pára-lama, é o detalhe que melhor ocompõe. A traseira tem aspecto agradável, embora simples e simétrico. A roda sobressalente,bem situada, contribui para o conjunto estético.

    UTILIZAÇÃOO Bandeirante, não tendo caixa de transmissão múltipla, dispõe, no entanto, de 4 marchas para afrente, das quais a primeira para emprego mais severo. Evolui em qualquer terreno, mesmoarenoso ou em lodaçal, com facilidade e dentro do mais perfeito controle de direção. Aclive edeclive foram vencidos com desenvoltura, mediante emprego criterioso de sua transmissão. Nas

    tarefas agrárias, com carga até meia tonelada, volumes concentrados ou não, desloca-se comrapidez relativa, mesmo em terrenos acidentados. Conduz normalmente sete pessoas.Restrições à largura dos bancos traseiros, reduzida demais.

    ACABAMENTOO acabamento, principalmente nas soldas, não é dos melhores. A grade cromada é de qualidadeinferior: descasca com pouco uso. Buzina: mesmo regulada, tende a sofrer a ação da água e dastrepidações. Pintura: bom aspecto, possivelmente boa duração. Capota plástica, de boaqualidade, com restrições: após algum uso, observamos esgarçamento nos transparentes dasportas, em relação à parte triangular fixa, por ser pequena a área de superposição. Na janelatraseira, uma potente mola de retorno fixa convenientemente à porta. O fechamento das janelas,por fora, é fácil; por dentro, nem tanto. No banco dianteiro, o estofamento mole é desagradávelem terrenos acidentados e a velocidades médias. Pinos das dobradiças do capuz fracos: umpartiu-se durante o teste. Rodas sem calotas. Os pomos das alavancas, principalmente a demudanças, tendem a soltar-se com a vibração.

    MOTORISTAMolejo do banco e da suspensão podem proporcionar choques ao motorista, em terrenosacidentados. Através do volante, tem-se visão completa do painel, cujas inscrições em Inglês são

    incompreensíveis, num veículo com 97,05% de nacionalização em peso. Acesso à alavanca defreio de estacionamento: incômodo, por se encontrar a peça no alinhamento da alavanca decomando da tração dianteira. Comutador de luzes dos faróis: de emprego difícil, por baixo dopedal de embreagem. Sinalização de direção: ótimo acesso. Ventilação para os pés propicia realalívio nos dias quentes. Um conjunto de dois espelhos retrovisores proporciona tranqüilidade nadireção. Com chuva e as sanefas fechadas, o interior fica um tanto abafado. A direção possuiboa redução, não se notando acréscimo de peso necessário à sua utilização, quando se eleva acarga transportada. Molas semi-elípticas mais compridas e a própria robustez do jipe impedem a

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    influência do terreno na direção. Contudo, as vibrações do motor, especialmente quando emmarcha lenta, são transmitidas com grande intensidade ao volante. Embreagem: hidráulica, umasegurança a mais com que conta o motorista.

    CAPACIDADE DE TRANSPORTEO Bandeirante pode transportar até 3 pessoas no banco dianteiro e 4 nos traseiros. O acesso ébom, devido ao rebatimento total do banco da direita, à alça de apoio e ao estribo. A capacidadede carga pode ser avaliada pelas cubagens da parte traseira: sem desmontar os bancos, 900dm³; desmontando, 1.250 dm³, ambas avaliadas com a capota montada. Sem a capota, há umamelhora considerável. A porta traseira, pela sua abertura e rebatimento, proporciona amplo vãopara a carga.

    MANUTENÇÃOMotores Diesel requerem maiores cuidados no período

    de amaciamento, pois possuem taxas de compressãobem mais elevadas do que as dos motores a gasolina.No caso presente, é de 1:20,5, sendo o período deamaciamento fixado nos primeiros 2.000 quilômetrosrodados, durante os quais devem ser evitados serviçosmais árduos e altas velocidades. Os parafusos dacarroçaria devem ser apertados após os primeiros1.000 quilômetros. Em qualquer hipótese, não se deveacelerar o motor em altas rotações, em qualquer dasmarchas. Todos os óleos do motor, caixa de mudançase diferencial devem ser trocados após os primeiros500 km. Como diferença do habitualmenterecomendado, a cada 3.000 km devem-se verificar osníveis de óleo dos dois diferenciais, da caixa demudanças e substituir o óleo da bomba injetora. O óleopara o motor e bomba injetora (marca Bosch) é o SAE30 HD. O filtro de ar leva óleo SAE 30-50. A caixa de direção, dependendo da marca do óleo,pode levar SAE 140, ou SAE 90. Existem 4 filtros a serem limpos: de ar, de óleo lubrificante domotor, o prévio de combustível e o principal de combustível. O manual do proprietário do veículo,

    fornecido pela fábrica, deve ser cuidadosamente estudado e seguido.

    ABASTECIMENTOO abastecimento de óleo combustível é feito pelo lado esquerdo da viatura, num ressaltoembutido, onde se encontra um bujão com chave. A capacidade do tanque é de 57 litros, mas omarcador dá margem a uma reserva de 15 litros (muito grande, na realidade), quando indica otanque vazio. Para o abastecimento de água, não há recomendações especiais. Quanto aospneus, têm pressões indicadas para estradas normais: 25 lb/in²; estradas em mau estado: 22lb/in² e terrenos lamacentos e areões: 15 lb/in². Todas valem para os quatro pneus. A bateria ficasob o banco do motorista, com acesso um tanto dificultado pelo desmonte do assento edesalinhamento das roscas das duas borboletas da tampa da caixa. Verifica-se sulfatação emalto grau, necessitando de aterração. Capacidade: carter do motor, 6 litros; caixa de mudanças,3,3 litros; diferencial dianteiro, 2,8 litros; diferencial traseiro, 2,8 litros; caixa de transferência, 1litro; sistema de refrigeração, 13 litros; tanque de combustível, 57 litros.

    DISTRIBUIÇÃO DE CARGA PELOS EIXOSDescarregada, a viatura se apresenta com uma distribuição incidindo 54,4% sobre o eixodianteiro. Com carga de 411 kg, o eixo dianteiro recebe 41,9% da distribuição. Graças aobalanço traseiro, enquanto o esforço do eixo dianteiro corresponde, com o veículo sem carga, a824 kg, com carga de 411 kg ele é bastante aliviado, passando a corresponder esse esforço a809 kg. A direção, inclusive, torna-se mais leve com carga. A distribuição equitativa de esforçoentre os dois eixos se dará com carga aproximada de 150 kg, dependendo, contudo, de sualocalização no interior do veículo. Uma distribuição muito boa, com a vantagem do peso dadireção ser praticamente o mesmo em qualquer situação de emprego do jipe.

    VISIBILIDADEO Bandeirante possui dois limpadores de pára-brisa, decomandos individuais: o da frente do motorista é elétrico;o do lado é manual. O elétrico tem ciclo de 60 varreduraspor minuto. O manual é de emprego eventual e não podeser facilmente acionado pelo motorista. Uma solução seriadotá-lo de motor, como o outro. Ambos os limpadoresvarrem 50% da área total do pára-brisa,aproximadamente. A visibilidade do Bandeirante é muitoboa, de modo geral, com visadas facilitadas pelos dois

    espelhos retrovisores, interno e externo. O ângulo morto maior fica no lado direito traseiro. Opára-brisa amplo permite a visão desejada. Os plásticos transparentes complementam avisibilidade.

    IMPERMEABILIDADEA impermeabilidade é apenas razoável:constatamos infiltrações no vidro dopára-brisa e nas junções das partes móveis

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    da capota. Esse aspecto é negativo, maispela quantidade de água introduzida doque pelos pontos de infiltração. O pótambém se infiltra, embora não tantoquanto a água: está dentro dos índices deaceitação, em veículos desse tipo. Pode,contudo, ser melhorada a impermeabilidade.

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