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Reino Unido - Abril 2010 - nº 88 Revolução digital O sonho de um brasileiro mudando realidades

Revista Real - Abril 2010

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Edição de Abril de 2010 da REvista REal

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Reino Unido - Abril 2010 - nº 88

Revolução digitalO sonho de um brasileiro mudando realidades

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3abril 2010

08 28Dica da Real Turismo

Programe-se paraa Primavera

Henley-on-Thames eUffington White Horse

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Editorial

A história do homem moderno é di-vidida entre o antes e o depois do boom da Internet, nos anos 90. De lá para cá, a dependência huma-

na à rede mundial de computadores fez com que uma conexão à Internet virasse produto de consumo básico em qualquer casa, tanto quanto uma geladeira ou uma televisão. Certo? Errado. Afinal, a realida-de do Brasil e seus quase 200 milhões de habitantes está longe do mundo virtual. São mais de 104 milhões de pessoas que ainda não têm acesso a um computador, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi pensando nessa massa de excluídos do mundo digital que um brasileiro resol-veu transformar um sonho em realidade. O ano: 1994. O cenário: Rio de Janeiro. O protagonista: Rodrigo Baggio. Depois de uma campanha para arrecadação de computadores aos moradores da favela do Morro Dona Marta, Baggio colocou em prática o velho ditado popular: “Melhor do que dar um peixe é ensinar a pescar”. Estava lançada a semente para o CDI, Comitê para Democratização da Informá-tica, que nasceria em 1995. Porque mais do que doar o maquinário, melhor ainda era ensinar os novos donos a explorar o potencial que os computadores poderiam oferecer à comunidade, promovendo uma verdadeira revolução digital e na realidade de vida dos moradores. Quinze anos depois, o CDI tem nada menos do que 803 escolas de informática e cidadania espalhadas em 20 estados brasileiros e 13 países, inclusive na Ingla-terra, desde o mês passado, quando foi inaugurada uma escola em Londres. São mais de 1 milhão de pessoas formadas ao longo desse tempo, o que rendeu ao CDI mais de 60 prêmios internacionais e o reconhecimento de instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU). Projetos como os de Rodrigo nos inspi-ram a fazer a Real todos os meses para milhares de leitores, de nossas versões impressa e virtual, que a cada dia con-quistam mais e mais adeptos. Afinal, não importa onde você esteja, é só clicar www.revistareal.com.

Régis QuerinoEditor-chefe

Revista Real - nº 88 - Abril 2010 147 Jack Clow Road - London – E15 3ARFone: 020 8534 6183

Editor-chefeRégis [email protected]

Diagramação e FinalizaçãoRaf Comunicação

CapaFoto: Divulgação CDI

IlustraçãoEdvaldo Jacinto Correia

Fotógrafo Rafael Bastos (Reino Unido)

Marketing e Comercial Adriana [email protected]@revistareal.com

Jane Sacco [email protected]

Mariana Elias [email protected]

RedaçãoBete Kiskissian (Reino Unido)Carol Morandini (Reino Unido)Dayane Garcia (Reino Unido)

ColaboradoresAlberto Luiz Schneider (Brasil)Cavi Borges (Brasil) Devaldo Gilini Júnior (Brasil)Eloyr Pacheco (Brasil)Giovana Zilli (Reino Unido) Jacqueline A. de Oliveira (Brasil) Luciano Vidigal (Brasil) Rogério Fischer (Brasil)

DistribuiçãoBR Jet [email protected]

Painel dos leitores 7

Reino Unido 8

Brasil 18

Cultura 20

Capa 24

Turismo 28

Saúde 32

33 Mulher

34 Motores

36 Esporte

40 Classificados

48 Palavras Cruzadas

49 Quadrinhos

50 Turma da Mônica

Esporte 38Papo de botequim: seleção brasileira

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Parabéns pela edição de março. A capa arrasou, uma das melhores que já vi nas publicações brasileiras de Londres, a maioria delas sem qual-

quer originalidade. Gostei também do enfoque da ma-téria sobre Camden. Acho que daria para trazer temas como esse com mais frequência na revista, pois seria um incentivo a mais para que as pessoas saiam para desco-brir o que há de bom no pedaço. Um abraço.

Rodrigo M. PascqualeLondres

Nota do editor: Obrigado pelo email Rodrigo, vamos considerar outras atrações londrinas para serem temas de capa da Real.

Que felicidade saber que teremos o Festival Brazil em Londres. Faz mais de dois anos que não vou ao Brasil e ando com uma saudade louca das coisas da nossa

terra. Pensar que poderei ver o show do Tom Zé e dos Mutantes aqui me deixou animadíssima, mesmo com o frio horroroso que teima em não arredar pé dessa ilha. Verão, sol, música e arte brasileira é tudo o que estou querendo no momento!

Lucia Maria BastosLondres

Estranho morar fora do Brasil em ano de Copa do Mundo. Sinto falta dos muros grafitados e das casas e ruas enfeitadas com as cores e símbolos da seleção. Aquele sentimento de “todos juntos vamos pra fren-te Brasil” faz falta, nem parece que vamos ter Copa daqui a três meses. O jeito é reunir a rapaziada lá em casa, preparar um belo churrasco e torcer pro time do Dunga não decepcionar.

Sebastião Mobrise Londres

Participe do painel. Mande o seu email [email protected]

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8 abril 2010

Programas de Primavera

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oREINO UNIDO

Dica da Real

Aproveite a nova estação com passeios que enriquecem seu conhecimento e revigoram as

suas energias

Depois de um inverno rigo-roso, com muita neve e tempo ruim, enfim chegou a estação das flores e o

sol volta a dar o ar da graça no Reino Unido, para fazer o brasileiro saudoso sorrir de novo. Para quem conhece Londres, ir ao parque é como ir à praia. Todos jogam bola, tomam sol de biquíni, conversam, fazem a pausa do trabalho e se encontram para piqueniques.

Entre tantos parques (sempre tem um perto de sua casa), a Real sugere uma viagem históri-ca por diversas atrações londri-nas, finalizando o programa de primavera com uma visita a um dos mais belos jardins de Lon-dres. Vamos nessa!

The Medieval Banquet

Infelizmente essa viagem não começa muito barata, mas voltar a 1509 para um banquete medieval, na verdade, não tem preço. Perti-nho da Tower of London e da To-wer Bridge, o banquete real acon-tece no porão, à luz de tochas de fogo, em meio a lutas de cavaleiros medievais, meretrizes que dançam, pequenas interpretações como as daquela época, música e a presen-ça do “Rei Henry XVIII”. O público pode ser chamado para participar em certas ocasiões, enquanto co-mem e bebem à moda real – com muita fartura!

No preço estão inclusas quatro refeições, vinho e cerveja à vonta-de, duas horas de teatro a caráter, música e discoteca até mais tarde. Roupas medievais podem ser alugadas, mas é preciso contatar o local para mais informações.Ticket: £45 (adulto), £30 para crianças de 4 a 14 anosQuando: segunda a sábado, das 19h15 até tarde; domingo, das 19h15 às 21h30Onde: Ivory House, St Katharine’s Dock, London E1W 1BPMetrô: Tower Bridge Tel: 020 7480 5353www.medievalbanquet.com

Shakespeare’s GlobeDepois de lutas medievais,

continuamos nossa viagem pelo século 16, no ano de 1599, quando nos deparamos com histórias de amor, drama, bri-gas, paranoia e tudo mais o que um poeta pode oferecer. Shakespeare’s Globe é um teatro construído exatamente como naquele ano, parecido com o que vemos no filme de Romeu e Ju-lieta. Lá podem ser vistas inúme-ras peças de teatro, de Shakes-peare claro, ou simplesmente fazer um tour, caso o inglês ainda não esteja no nível da poesia.

As exibições e a visita guia-da ao Globe incluem ver roupas usadas em peças, instrumentos musicais, um homem sendo caracterizado de heroína (vale lembrar que naquela época mu-lheres não podiam atuar), peque-nas apresentações (ocasionais) e conhecer o teatro.

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Ticket: Adultos, de £7,50 a £10,50; crianças e estudantes, de £6,50 a £8,50Quando: até 22 de abril, de se-gunda a domingo, das 9h às 17h. Do dia 23 em diante, de segunda a sábado, das 9h às 12h30, e domingo, das 9h às 11h30, pois há apresentações de teatro após estes horários.Onde: Bankside, 21 New Globe Walk, London SE1 9DT Metrô: Mansion House e London Bridge Tel: 020 7902 1400www.shakespeares-globe.org

The Sherlock Holmes Museum

Um salto no tempo e chegamos ao final do século 19. De acor-do com as histórias de Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Homes

e Doutor Watson (personagens criados pelo autor) viveram numa casa estilo Vitoriana entre os anos 1881 e 1904, em Baker Street. Hoje museu, esta casa abriga as recordações do detetive mais conhecido do mundo e seu amigo médico, sendo o interior da mes-ma mantida exatamente como descrita nos livros. No passeio, o visitante pode até se sentar e tirar foto na poltrona de Holmes, visitar seu quarto, ver seus objetos pessoais e sua história.Ticket: adultos, £6, e menores de 16 anos, £4Quando: aberto todos os dias, das 9h30 às 18hOnde: 221B Baker Street, Lon-don, NW1 6XEMetrô: Baker StreetTel: 020 7224 3688www.sherlock-holmes.co.uk

Chislehurst CavesUm labirinto escuro com mis-

teriosas passagens, que foram cavadas por mais de 8 mil anos. Essas cavernas foram original-mente escavadas para obtenção de lascas e giz, e são divididas em três partes principais: Saxon, Druid e Roman, sendo ligadas posterior-mente por passagens. As últimas

escavações datam de 1830, sendo usadas depois para o armazenamento de armas na primeira guerra mundial e como esconderijo durante a segunda guerra, devido a proximidade de Londres, que na época estava sendo cons-tantemente bombardeada. Atualmente, as cavernas fo-

ram usadas em algumas filmagens de seriados ingleses, como Doctor Who e Merlin.Ticket: adultos, £5; menores de 16, £3Quando: de quarta a domingo, das 10h às 16h (visitas guiadas de hora em hora)Onde: Old Hill, Chislehurst, Kent, BR7 5NL Perto da estação de Chislehurst Railway. Trens regulares saindo de Charing Cross e London BridgeTel: 020 8467 3264www.chislehurst-caves.co.uk

Kew GardensE nossa viagem histórica

termina com flores, sem lutas e guerras, declarando paz para esta primavera 2010. Kew Gar-dens é simplesmente um dos jardins (parques) mais bonitos de Londres e vale muito a pena ser visitado pela beleza das cores, do ar fresco e por possuir a maior coleção de plantas vivas do mun-do (mais de 30 mil tipos). Portan-to, se a ordem do dia é relaxar e aproveitar um dia de sol com os amigos e a família nesta prima-vera, um passeio pela natureza pode trazer a energia necessária para as próximas estações.Ticket: adultos, £13; concessões, £11; crianças, grátisQuando: aberto todos os dias, das 9h30 às 17hOnde: Cinco minutos a pé da es-tação de Kew Gardens Tel: 020 8332 5655www.kew.org

Carol Morandini

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Imagem é tudoTrabalho de Rafael Bastos, da Real, está entre os finalistas do

Renaissance Photography Prize 2010

O fotógrafo da Real, Rafael Bastos, é um dos finalistas do Renaissance Photography Prize 2010. O trabalho de Bastos está entre os 16 finalistas da competição, que teve 3.700 inscri-

tos e apontará o vencedor numa exibição de gala mar-cada para o dia 21 de abril, na galeria do The Hospital Private Members’ Club. O Renaissance é promovido pelo comitê de arrecadação de fundos da Lavender Trust, organização que financia programas de pesquisa e atendimento a mulheres com câncer de mama.

Os finalistas do Renaissance 2010 estão dividi-dos em quatro categorias: Landscapes, Movement , People e Reflections, categoria na qual Rafael Bastos concorre com “Ticking Boxes”. “Estava voltando do correio e o outdoor me chamou a atenção instan-taneamente. Primeiro, pelo impacto da pergunta e segundo, porque eu estava num bairro de judeus or-todoxos, em Stamford Hill, exatamente na divisa com Stoke Newington, um bairro com uma mescla grande de culturas, entre elas, muitos muçulmanos. Corri até minha casa, peguei a câmera e me posicionei do ou-tro lado da rua esperando o momento certo. Depois de uns trinta minutos , aconteceu”, relembra Rafael.

Além dos vencedores de cada categoria, um júri especializado apontará a melhor foto da edição 2010 do concurso na exibição de gala do dia 21. A exposição das 16 fotos finalistas e outras 64 selecio-nadas, mas que não concorrem aos prêmios, estará aberta ao público no dia 20, das 16h às 22h e no dia 21, das 10h às 16h.

“Pelo fato de ser um concurso internacional, com uma comissão julgadora de respeito, incluindo a edi-tor-chefe da Magnum, agência de fotografia fundada pelo meu herói, Henry Cartier Bresson, já me sinto um vitorioso. Então, o reconhecimento e a consequente divulgação do trabalho já foram dois gols importantes. Caso o prêmio venha, finalizo de goleada”, diz Rafael.

Você pode conferir os finalistas do Renaissance 2010 no endereço renaissancephotography.org/launch/winners.php. E conhecer um pouco mais do trabalho de Rafael Bastos no site do fotógrafo rafaelbastos.org.

Renaissance Photography Prize 2010Onde: The Hospital Private Members’ Club 24 Endell Street, Covent Garden, London WC2H 9HQQuando: 21 de abril, às 18h30

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Festival Português e LusófonoLost Theatre vai sediar uma variada programação cultural de abril a maio

A cultura portuguesa e lusófona vai mo-vimentar o palco do Lost Theatre (208 Wandsworth Road, London SW8 2JU), em Londres, de 19 de abril a 2 de maio. O

Festival Português e Lusófono, organizado pela

Lost Theatre Company e a comunidade portugue-sa, terá apresentações de música, dança, poesia, artes, exposições e filmes. Para mais informações sobre o festival e reserva de bilhetes, consulte www.losttheatre.co.uk.

PROGRAMAÇÃO*19 de abril, às 19h30 História – “Do Passado Rumo ao Futu-ro: Sinais da Presença Portuguesa em Inglaterra” Palestra da escritora, jornalista e historia-dora Adelina Pereira

20 de abril, às 19h30 Filme: “O Pátio das Cantigas” (1942)Comédia do português Francisco Ribeiro

21 de abril, às 19h30“Danças de Portugal” Grupo Rancho Folclórico do Centro Desportivo e Cultural Português & Grupo Típico Português

22 de abril, às 19h30Música: “O Fado é Destino”

23 de abril, às 19h30Documentário: “Agostinho da Silva: Um Pensamento Vivo” Filme sobre o professor e poeta realizado pelo neto, o brasileiro João Rodrigo Mattos

24 de abril16h30 - Documentário: “Mar e Selva”, Ângelo Torres (São Tomé e Príncipe) 19h30 - Documentário: “Kontinuasom” (Cabo Verde)

Viagem pela Música e Dança de Cabo Verde. Após o filme, fórum de discussão com a equipe de produção

25 de abril14h - Dança: “Caculinhas da Umaru” grupo de dança infantil (Angola)15h - Dança: “Sunday Afro Matinees”Workshop + Atuação de Dança Kizomba 18h - Poesia: “Poetas de Abril!”, por Mina AndalaBreve introdução e leitura de poesia sobre a Revolução dos Cravos

26 de abril, às 19h30Poesia: “Portugal, Land of Poets and Wine” por Adelina PereiraLeitura, em inglês, da poesia de Camões e Fernando Pessoa c/ interlúdio musical e prova de vinhos

27 de abril, às 19h30Filme: “O Pai Tirano” (1941), de António Lopes Ribeiro

28 de abril, às 19h30Música: “2Listen” - Ana João Correria (violino e acordeão) & Daniela Santos (piano)Portuguesas apresentam repertório de música popular, clássica e contemporânea

29 de abril, às 19h30 Arte: “Portugal’s Perplexing Panels: the mea-ning of a Portuguese medieval masterpiece”, pelo historiador britânico Malcolm HowePalestra em inglês e português sobre os Painéis de São Vicente

30 de abril, às 19h30Dança: “No Bin Djumbai” Dança e música tradicional da Guiné Bissau

1 de maio14h - Documentário: “Kontinuasom” (Cabo Verde)

16h - Dança: “Calculinhas da Umaru” (Angola)

19h30 - Música: “Ozzy”, cantor de Kizom-ba (Cabo Verde) & “Xipane-Pane” tambores & dança (Moçambique)

2 de maio12h às 18h - Arte: Exposição de José Batista14h - Workshop: Artangola, artesanato angolano14h30 - Workshop: “Sunday Afro Matinees”Workshop + Actuação de Dança Kizomba 17h - Documentários: “Capoeira, dance or fight?” & “Destino”, de José Fernandes

*Programação sujeita a alteração

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Eleição para CRBE acontecerá em maio

O Itamaraty definiu as regras para a eleição do Conselho de Representantes dos Brasileiros no Exterior (CRBE). O processo eleito-ral, previsto para a segunda metade de maio, ocorrerá exclusivamente por meio eletrônico. Poderão se ins-crever como eleitores os brasileiros residentes no exterior que possuam título de eleitor no exterior ou regis-tro em repartição consular brasileira.

O brasileiro poderá ainda se inscrever no processo eleitoral preenchendo formulário eletrôni-co específico, mais detalhado, e apresentando documento nacional válido. Os candidatos deverão residir há mais de três anos na ju-risdição pela qual deseja candida-tar-se, não possuir antecedentes criminais e estar em condições de exercer as funções de conselheiro.

Votação será pela internet

O período de inscrições para eleitor e candidato será de três se-manas. A votação, exclusivamente pela Internet, irá se estender por nove dias, incluindo dois finais de semana. Para votar, o brasileiro re-ceberá um código de identificação (“login”). A criação do CRBE terá funções consultivas, permitindo ao Governo brasileiro conhecer me-lhor as demandas dessas comu-nidades. A função de conselheiro

não será remunerada.Serão eleitos oito representan-

tes para cada uma das seguintes regiões: América do Norte e Cari-be; América do Sul e Central; Euro-pa; Ásia, África, Oceania e Oriente Médio. Os quatro candidatos mais votados de cada região se elege-rão como membros titulares.

Seminário na Casa do Brasil

A Casa do Brasil em Londres promove no dia 14 de abril o 2° Seminário Comunidade Brasileira, que será realizado em sua sede, na 21 Foley Street, London, W1W 6DR, às 18 horas. Os temas: Denúncia de Crimes (Metropolitan Police), Tráfego (British Transport Police) e “Stop and Search, Seus direitos” (Metropolitan Police e Casa do Brasil). O evento é gratuito e os interessados devem confirmar participação pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 020 7580 0133.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

A CASA É SUAACONSELHAMENTO LEGAL • INTÉRPRETES • ASSISTÊNCIA GERAL À COMUNIDADE

INFORMAÇÕES SOBRE BENEFÍCIOS • AUXÍLIO COM FORMULÁRIOS

AUXÍLIO NA BUSCA DE ACOMODAÇÃO, ESCOLAS E TRABALHO

CONVÊNIO OFICIAL PARA ABERTURAS DE CONTAS NO BARCLAYS

CONVÊNIO COM MÉDICOS E DENTISTAS • CURSOS, SEMINÁRIOS E EVENTOS

AULAS

DE INGLÊS

BÁSICOMatrículas

abertas

21 FOLEY STREET - LONDON W1W 6DRMetrô: Oxford Circus ou Goodge Street

HORÁRIO: Segunda a sexta das 10 às 18:00 - Sábados das 11 às 17:00

TELEFONE: 020 7580 0133 • FAX: 020 7637 1045www.casadobrasil.org.uk

CASADO BRASIL

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Emergência: disque 999Para contatar a polícia, bombeiros e ambulância. A chamada é gratuita

EmbratelLigações a cobrarpara o Brasil.0800 890 055

Consulado Brasileiro 3 Vere Street (quase esquina com Oxford Street)W1G 0DHTelefone: 020 7659 1550Fax: 020 7659 1554www.consbraslondres.com

Embaixada do Brasil32 Green Street, W1 – Marble Arch020 7499 [email protected]

Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS) Assistência jurídica e psicológica, agen-damento de consultas médicas e ou-tros serviços à comunidade brasileira.59 Station Road – NW10 4UX020 8961 3377 www.abras.org.uk

Casa do Brasil em LondresA nova associação brasileira em Lon-dres oferece, entre outros serviços, orientação jurídica e psicológica, servi-ços de intérpretes, tradução juramenta-da e convênios médicos e dentários. 21 Foley StreetLondon W1W 6DRTel: 020 7580 0133Fax: 020 7637 [email protected]

Naz Vidas A ONG oferece acesso gratuito às clíni-cas que cuidam da saúde sexual, onde os pacientes contam com o auxílio de intérpretes e podem fazer exames que incluem testes de HIV, HPV, sífilis, go-norréia, hepatites A, B e C e clamídia. Serviço gratuito de apoio, assistência e aconselhamento sobre Aids. 30 Blacks RoadLondon W6 9DT020 8834 0232joserealnaz.org.ukwww.naz.org.uk

Centro de Aconselhamen-to Legal WelwitschiaAtende as comunidades de língua portuguesa e oferece orientação sobre vistos, pedidos de benefícios, acomo-dação, questões financeiras e educa-cionais. Imperial House, 64 Willoughby LaneTottenhamLondon – N17 0SPTel: 020 8808 1255 Fax: 020 8885 3471www.w-lac.org.uk [email protected]

Projeto Latino-Americano para portadores de deficiência020 7793 8399www.ladpp.org.uk

Home OfficeImmigration &Nationality DirectorateWhitgift Centre Wellesdey Road – Croydon CR19 1ATConcessão e extensão de vistos:087 0606 7766Solicitação de formulário para extensão de visto: 087 0241 0645

Immigration AdvisoryService (IAS)Orientação jurídica em inglês sobre pedidos de vistos.County House: 190 Great Dover Street - 2º andarLondon SE1 4YB020 7967 1200www.iasuk.org

UK Concil for International Student AffairsInformações para estudantes estran-geiros sobre vistos, cursos,bolsas de estudo e assuntos relacionados ao ensino no Reino Unido. 020 7107 9922www.ukcosa.org.uk

Citizens Advice BureauONG que oferece aconselhamento em diversas areas, com vários escritórios no Reino Unido.www.citizensadvice.org.uk

Gay Switchboard Informações sobre acomodação, ‘civil partnership’, imigração e legislação, entre outros. 020 7837 7324 (24h)

Consumer DirectO Consumer Direct funciona como uma espécie do nosso Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) do Reno Unido, orientando em relação aos direitos e a quaisquer problemas que o consumidor possa vir a enfrentar. Saiba mais no www.consumerdirect.gov.uk/

Money ClaimMoney claim é um serviço on-line que pode ser utilizado caso alguém lhe deve dinheiro. Você também pode receber orientações caso esteja sendo processado na justiça por débito. A página da Money claim na internet é www.moneyclaim.gov.uk

Legal Advice CentreO Legal Advice Centre promove orien-tação e informações práticas legais gratuitas acessando-se o site www.legal-advice-centre.co.uk/askus/

AeroportosHeathrow 087 0000 0123Gatwick 087 0000 2468Luton 015 8240 5100City Airport 020 7646 0088Stansted 087 0000 0303

Transport for LondonPlanejamento de jornada em metrôs, trens e ônibus.020 7222 1234www.tfl.gov.uk

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O nascimento de uma nação:o Brasil e a escravidão

18 abril 2010

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Visão do Brasil

Pensar o Brasil é uma pers-pectiva que não deve estar fora da agenda de intelec-tuais, jornalistas ou artistas

brasileiros e, naturalmente, não deve estar ausente da preocupa-ção dos cidadãos em geral. A vida do país penetra na existência do homem médio, na medida em que as grandes e pequenas decisões políticas afetam seu cotidiano.

Nascer e viver o Brasil – suas coisas, sua cultura, sua realidade social, sua herança histórica – não é o mesmo que nascer e experi-mentar o mundo sob o ângulo da cultura e da sociedade norte-ameri-cana, nigeriana, suíça ou argentina. O lugar no qual fomos socializados não é estrangeiro aos indivíduos que somos. Cada um traz dentro de si um mundo, um país, uma cidade, uma família, uma porção de amigos, enfim, uma existência social e culturalmente localizada.

Inteirar-se do Brasil não significa abrir mão do gosto pelo grande-mundo, como nos faz lembrar a vida e a obra de um brasileiro cosmopolita, como foi Joaquim Nabuco. Em memória ao grande intelectual pernambucano – cujo centenário de morte comemora-se em 2010 – convém retornar à agen-da que alimentou o Abolicionismo (1883), obra na qual discute a fundo a escravidão e suas consequências e onde se lê: “A escravidão perma-necerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil”.

Por mais “natural” que possam parecer, as nações são invenções históricas, cuja construção obe-deceu aos jogos de interesses, ao poder, às armas, às circunstâncias e às possibilidades. Sua artificiali-dade, porém, não as torna menos

significativas. O morro conhecido como Pão de Açúcar é obra da natureza, e o Cristo posto sobre ele é uma invenção humana. No entanto, a “artificialidade” do Cristo e a “naturalidade” da montanha compõem a paisagem-cultural com similar intensidade. Em outras palavras, as nações são grandes e poderosos artifícios, mas toda a cultura é artifício. Por isso mesmo, essa grande engenharia histórica, à qual chamamos de nação, é mutá-vel e transformável, viva e polissê-mica. Se é certo que o Brasil existe como uma poderosa invenção

humana, não é menos certo que existem muitos Brasis. Há um Bra-sil que concreta e simbolicamente descende dos escravocratas e há outro que descende dos escra-vos. Ambos, brasileiríssimos. Não são dois países separados, mas o mesmo país, multifacetado.

O país nasceu com a escravi-dão, e as heranças desse passado ainda estão vivas, não apenas na memória histórica, mas em toda a vida nacional, como uma chaga viva de nosso cotidiano social.

Não podemos esquecer que dos 11 milhões de negros arrancados

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O nascimento de uma nação:o Brasil e a escravidão

19abril 2010

Alberto Luiz Schneider

da África e transladados ao Novo Mundo, aportaram no Brasil, entre 1550 e 1856, nada menos que 5 milhões de homens e mulheres, o que representa 44% desse contin-gente humano. Isto faz do Brasil a maior experiência escravocrata da era moderna. Apenas para que tenhamos uma proporção do peso do passado, os Estados Unidos, a segunda maior experiência escra-vocrata das Américas, recebeu – entre 1675 e 1808 –, “apenas” 560 mil negros, o que equivale a 5,5% daqueles 11 milhões.

Durante o Império, o Brasil foi

a única nação independente das Américas a praticar o tráfico negreiro em larga escala, os “brigues imun-dos” de que falava Castro Alves. No entanto, em 1826, sob pressão inglesa, o Brasil assinou um tratado internacional, comprometendo-se a extinguir o comércio de escravos. Em novembro de 1831, em confor-midade com o referido tratado, é aprovada uma lei proibindo formal-mente o tráfico de gente. Apesar de ilegal, portanto em aberta afronta às leis brasileiras, entraram no país 760 mil negros até que, em 1856, finalmente o tráfico cessa.

A lei de 1831 estabelecia que os senhores deveriam ser multados, além de arcar com os custos do retorno das vítimas à África. Nesse momento, a escravidão era con-siderada imoral por grande parte das consciências civilizadas, mas a partir daquele ano, essa prática era também ilegal. Em outras palavras, os senhores brasileiros haviam sequestrado milhares de homens livres, à revelia não apenas dos in-teresses ingleses, das consciências mais sensíveis, mas da própria lei brasileira. Esse foi – nas palavras do historiador Luis Felipe de Alencastro – o pecado original do país. O Brasil independente, obra de brasileiros, não apenas não rompeu com o passado colonial ibérico, como renovou a aposta no arcaísmo.

Na década de 1850, com a lei Eusébio de Queirós, o tráfico é, fi-nalmente, extinto, mas os senhores, na verdade sequestradores, foram anistiados, ao passo que as vítimas do sequestro, e seus descendentes, permaneceram escravos até 1888. O Brasil foi o último país do Ociden-te a abolir a nefanda instituição.

Se as nações são constructos políticos, históricos e culturais, por-tanto abertas às mudanças, temos de parar de anistiar os poderosos, como os torturadores do regime militar, e construir mecanismos democratizantes capazes de gerar uma grande experiência civilizatória nos trópicos. Precisamos cumprir a profecia e realizar o país do futuro.

Alberto Luiz Schneideré Doutor em História pela Uni-

camp. Foi Pesquisador Associado do Departamento de Português e Estudos

Brasileiros do King’s College London. Atualmente é professor de História do

Brasil da Unicastelo (São Paulo)

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20 abril 2010

Crônica

Aítemluz,Fred!por Luciano Vidigal

Na escuridão do meu quarto começo a escrever essa crônica em homenagem ao companheiro de luta.

Olho pela janela e enxergo a confir-mação da teoria de que as luzes da favela formam uma árvore de natal na noite carioca. Fred foi um dos fundadores e iluminador do grupo teatral Nós do Morro. Foi um guer-reiro na causa pela transformação social e humana através da arte.

Aprendemos com ele, desde criança, que poderíamos receber luz através de uma lata velha e uma simples vela. Confesso que não queria escrever esta crônica no tempo passado mas, ago-ra, tenho que me concentrar e

Cul

tura

aceitar a morte de um amigo. No enterro, percebo que o sagrado faz parte. Não só pelas toneladas de lágrimas, como pelos sons for-tes das pisadas que prosperaram no processo do sepultamento. De fato, o sagrado e o silêncio cami-nham lado a lado.

O Sol ilumina todo o cemitério São João Batista. Os coveiros tro-cam olhares enquanto flores soltas são jogadas para o ar. Quando era criança, nas aulas de iluminação, aprendi palavras soltas que até hoje estão presentes no cotidiano da minha imaginação: luz, foco, contra luz, sombra, holofotes, ribal-ta, refletores e black out.

Quando terminávamos as aulas,

o professor Fred fazia questão de afirmar que era importante aplau-dir e repetir a frase do poeta: “O aplauso é o alimento do artista.”

O silêncio do enterro e do sepul-tamento é invadido por aplausos.

Careca, o companheiro do grupo, fala pausadamente: “Aí tem luz, Fred!”. Em seguida, o coro res-ponde com gritos de “Valeu Fred”, “Valeu Fred”.

Olho para o lado, sob um calor de aproximadamente 45 graus, e percebo que tem três garotos negros soltando pipa em cima de uma sepultura.

Luciano Vidigalé ator e diretor de cinema

CULTURA

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21abril 2010

Mondo HQB por Eloyr Pacheco

O assassinato de um dos “Três Amigos” nos tirou um dos maiores cronistas do cotidiano

Após a chocante notícia do assassinato do cartunista Glauco Vilas-Boas (1957-2010) e de seu filho Raoni

(1985-2010), na madrugada do dia 12 de março, em São Paulo, vários cartunistas prestaram suas homenagens ao cria-dor de personagens como Geraldão, Dona Marta e Casal Neuras em blogs, fotologs e sites. A Folha de S. Paulo, em sua edição do dia 13 de março, publicou um caderno especial sobre Glauco, além de deixar em branco a seção de Quadrinhos. O blog Universo HQ (universohq.blogspot.com/) está postando diversas homenagens ao cartunista, feitas por artistas de todo o Brasil.

A Associação dos Cartunistas do Brasil divulgou o texto Violên-cia sem Nexo (leia abaixo). Dos Arquivos Incríveis, de João Anto-nio Buhrer de Almeida, também publicamos abaixo os artigos Balaio do Glauco e Minorias do Glauco nº 1 (originalmente posta-dos no bigorna.net).

Violência sem Nexo“Todos estamos pasmos com

o nível de violência com mais uma notícia sobre a morte de pai e filho em São Paulo. Des-ta vez foi nosso amigo Glauco Vilas Boas e seu filho Raoni. Dois grandes desenhistas que escolheram o humor gráfico para pensar o ser humano. Glau-

Adeus,Glauco!

co, companheiro de sempre de Laerte, Angelí, Toninho Mendes e Adão Iturusgarai nos quadri-nhos, publicava na Folha de São Paulo desde 1977. Seus perso-nagens satirizavam as relações de uma geração perdida entre as questões comportamentais e instintivas do ser humano. Usava

o humor como arma de anteparo à violência. Foi uma das “crias” de Henfil. Podemos ver em seus traços e personagens a marca do questionamento herdada de seu mestre. Seu filho Raoni também escolheu ser cartunista e trabalhava com o pai. A notí-cia de uma execução sumária, como muitas que acontecem nas grandes cidades, é quase que sem nexo diante de alguém que justamente lutava contra isso. Fica a lembrança, para todos nós cartunistas, de um amigo que fez de sua vida uma história de sucesso no humor gráfico do país. E o compromisso de con-tinuarmos na batalha de enfren-tarmos a violência de nossos dias com o que melhor sabemos fazer - o humor. Salve Glauco. Salve Raoni.”

Arquivos Incríveis: Balaio do Glauco

Acompanhei a carreira do Glauco passo-a-passo, creio que não perdi um lance. Mas nunca pude ter o prazer de conhecê-lo pessoalmente. Tínhamos a mesma idade, inclusive. Há algum tempo venho organizando meus arquivos relativos a ele, sendo que sua morte me pegou na metade deste trabalho. O que me resta é

terminar tudo e mostrar para os amigos um pouco de cada

coisa que produziu, agora como uma homenagem póstuma. Ultimamente ele tinha se reciclado, ti-nha modernizado antigos personagens e o traço

ficado mais bonito. Estava vendo estas mudanças com

muita alegria e atenção. Gostei muito dos últimos

personagens criados por ele: Faquinha, Nojinsk, Capitão Bo-lachinha e o Cacique Jaraguá. O Faquinha é o ambiente da periferia e sua violência; o Capitão Bolachi-nha é um personagem infantil nos moldes de Calvin e Little Nemo; o Capitão Jaraguá é um índio viven-do em plena metrópole.

Arquivos Incríveis: Minorias do Glauco nº 1

Este foi o primeiro livro do Glauco, lançado pela Edições Lira Paulistana, em 1982. O Teatro Lira Paulistana, que acabou de festejar 30 anos, além de divulgar em seu pequeno palco musical toda a chamada “Vanguarda Paulistana”, também teve um selo de discos independentes e uma pequena editora.

Humberto Yashimaé articulista do site Bigorna.net

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22 abril 2010

INFORME PUBLICITÁRIO

Brazilian Day 2010

O Brazilian Day 2010 promete. Marcado para o dia 31 de julho, na área externa ao Arena O2, o festival brasileiro deste ano terá um

espaço totalmente dedicado ao evento, ao contrá-rio do que aconteceu na versão 2009, quando foi realizado dentro de uma festa latina. Com entrada gratuita, o Brazilian Day 2010 terá apresentação de Serginho Groismann, apresentador do Altas Horas, da Rede Globo, e trará como grandes atrações a banda carioca O Rappa e a dupla de música serta-neja César Menotti e Fabiano. “Transferimos o Brazilian Day para o O2 por ser uma área melhor, independente, com infra-estrutura para acomodar confortavelmente as pessoas que irão ao evento. A área é totalmente fechada e terá seguranças na entrada dos portões de acesso, pro-porcionando assim maior conforto e tranquilidade a todos”, diz o diretor institucional do Brazilian Day, Alvaro Piton.

Atrações musicaisFormada em 2000, quando se apresentava nos barzinhos frequentados pelos universitários mi-neiros, a dupla César Menotti e Fabiano lançou o primeiro CD e DVD, “Palavras de Amor”, gravado ao vivo em Belo Horizonte, em 2005. Em 2007, com o CD “.com você” e em 2008, com o CD e DVD, “Voz do Coração”, os irmãos caíram definitivamente no gosto popular. Com influência das modas de viola e da música sertaneja de raiz, misturadas às guitarras elétricas e à batida pop, eles se tornaram uma das duplas mais requisitadas do gênero para shows no

Brasil. O som da dupla já fez sucesso em turnê nos Estados Unidos e chega à Europa para conquistar os brasileiros como uma das grandes atrações do Brazilian Day 2010. Conhecida por suas letras de forte impacto social, O Rappa é uma das bandas mais respeitadas do cenário musical brasileiro. Com sete discos lan-çados, a trajetória do grupo começou em 1993, alcançando o topo das paradas nacionais ao longo dos anos com sucessos como “Pescador de Ilu-sões”, “A Feira”, “Hey Joe”, “Minha Alma” a “Vapor Barato”, entre tantos outros. Liderado pelo vocalista Falcão, O Rappa conta com o guitarrista Xandão Meneses, o baixista Lauro Farias e o baterista Mar-celo Lobato, que promovem uma verdadeira mistura de gêneros musicais, que vão desde reggae e rock até o samba, funk, hip-hop, rap e MPB.

Ecologicamente correto Além das grandes estrelas da festa e a apresen-tação das bandas locais, o Brazilian Day também se compromete, na versão 2010, a ser um evento ecologicamente correto. “Será o primeiro festival brasileiro na Europa que compensará as emissões de poluentes efetuando o plantio de árvores em áreas desmatadas da Amazônia”, comenta o dire-tor de marketing e projetos do Brazilian Day, Bruno Henrique Sad Fonseca. Através de uma parceria com a ONG Preserve Amazônia, os organizadores preveem o plantio de mais de 10 mil mudas de árvores em áreas desmatadas na Amazônia para compensar a emissão de poluentes do festival.

Festival acontece no dia 31 de julho numa área totalmente dedicada ao evento, ao lado do Arena O2

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24 abril 2010

O sonho me mostrou um caminho, uma direção, e me lem-bro de que quando

acordei me senti motivado, disposto a promover ações que me levassem à mate-rialização daquele sonho”, relembra o brasileiro Rodri-go Baggio, que em 1995 fundou, no Rio de Janeiro, a primeira Organização Não Governamental de inclusão digital da América Latina, o CDI, Comitê para Democra-tização da Informática. Quin-ze anos depois, a ONG tem 803 escolas em 13 países e no mês passado inaugurou a primeira unidade na Ingla-terra (veja box).

A ligação de Rodrigo com o mundo digital come-çou cedo. Quando tinha 12 anos, ele ganhou seu primei-ro computador, “um TK82, primeiro a entrar no Brasil”, recorda com entusiasmo. Aprendeu a manusear o equipamento sozinho, ensi-nou para amigos, professores e não demorou muito para que descobrisse a tecnologia como sua primeira paixão. No mesmo ano começou a atuar como volun-tário no trabalho em prol de meninos de rua, na Arqui-diocese do Rio de Janeiro. E foi no trabalho social que

descobriu sua segunda paixão. Mais tarde, a fusão de ambas definiria sua escolha profissional.

Aos 23 anos, Baggio havia conquistado uma bem-sucedida experiência no setor privado. Atuou em em-presas de grande porte, como a Accenture e a IBM, e montou sua própria empresa de consultoria. Ainda

Como um projeto de inclusão digital

criado por um brasileiro vem

revolucionando a vida de milhares

de pessoas de baixa renda pelo

mundo

Cap

a

O CDI está presente em comunidades quilombolas, como a de Mata do Tição, interior de Minas Gerais

O virtual que transforma a realidade

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25abril 2010

assim, não se sentia completo. “Nós tínhamos grandes clientes e isso me mostrava a oportunidade de uma carreira bem interessante como empreendedor, mas eu só me via mais rico, quando o que eu queria era me ver realizado. Só que não sabia como…”

A resposta veio no final de 1993, com o sonho nar-rado no início desta matéria, que o motivou a dar o primeiro passo para a criação do CDI. No início de 1994, com a campanha “Informática para Todos”, Ro-drigo promoveu a arrecadação de computadores para a população do Morro Dona Marta, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Mas, mais do que doar ferramentas, Baggio viu a necessidade de ensinar os jovens a usar a máquina para extrair o melhor que a tecnologia po-deria oferecer.

Foi assim que, em junho de 1995, nasceu a primeira unidade do CDI, no Morro dos Macacos, no Rio. “No dia da inauguração tínhamos uma fila de 300 jovens. Onze jornais, sete emissoras de televisão, três rádios e duas revistas. Todos cobriram o evento como uma inovação!”, recorda Baggio com satisfação.

Das favelas do Rio para o mundo

“Um sonho que se sonha junto vira realidade”, diz Rodrigo Baggio, parafraseando Raul Seixas

O sonho de Rodrigo Baggio era o de construir ape-nas uma escola, mas o primeiro CDI Comunidade não parou de crescer. Esses 15 anos de história acabaram gerando espaços semelhantes em diversas comunida-des carentes no Brasil, na América Latina e em outros continentes. Além das favelas, o CDI está presente em penitenciárias, instituições psiquiátricas e de atendi-mento a portadores de deficiência, aldeias indígenas e ribeirinhas, centros de ressocialização de jovens priva-dos de liberdade, hospitais e empresas.

“Hoje nós temos 803 escolas de informática e cida-dania. São vinte estados brasileiros e treze países. São 120 centros apenas no Oriente Médio e acabamos de inaugurar a primeira unidade aqui na Inglaterra. São mais de 1 milhão e 250 mil pessoas formadas em informática e cidadania ao longo desse tempo,” celebra Baggio.

Pelo trabalho, Baggio e o CDI tornaram-se referên-cia mundial na área de inclusão digital. Ele chega a vir à Inglaterra cinco vezes ao ano para atender aos convites para palestras em instituições de renome internacional,

O virtual que transforma a realidade

como a Oxford University. “Para mim é uma ação muito importante de difusão da causa falar para jovens, estu-dantes de MBA – Master of Business Administration – para seguirem seus sonhos, mas lutar para transformar nossa realidade, porque só assim vamos conseguir um mundo melhor,” diz.

Com mais de 60 prêmios internacionais, o CDI é reconhecido hoje por organizações do porte da ONU (Organização das Nações Unidas), Unesco (Organiza-ção das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e Skoll Foundation.

Diretor-executivo do comitê, Rodrigo já foi apontado como um dos 100 “Young Global Leaders” pelo Fórum Econômico Mundial; como um dos 50 líderes latino-americanos que farão diferença no terceiro milênio, pela Time Magazine; e como uma das 10 personalidades no mundo escolhidas como “Principal Voices” no campo do desenvolvimento econômico, em 2006, pela CNN, Time e Fortune.

“É como dizia Raul Seixas em uma de suas can-ções: um sonho que se sonha sozinho é apenas um sonho que se sonha sozinho. Um sonho que se so-nha junto vira realidade,” compara Rodrigo. “O CDI é um sonho que se sonhou junto, que virou realidade e que quer crescer, impactar e mobilizar mais pessoas para difundir a causa da inclusão digital sutentável,” complementa.

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26 abril 2010

Cap

a

Apoio às comunidades excluídasTrabalho do CDI é referência no país, onde 104 milhões de brasileiros

não têm acesso a um computador, segundo dados do IBGE

A garotada da favela Paraisópolis, em Sampa, e da favela Gamboa, no Rio, participam das atividades do CDI

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No dia 3 de março passado foi lançada a primeira unidade do CDI na Inglaterra. A escola fica no Cen-tro Comunitário High Trees, em Lambeth, região de Londres que registra desemprego elevado e altos índices de homicídio. “Quando abrimos o escritório do CDI Europa, cerca de dois anos atrás, nosso ob-jetivo era realizar captação de recursos, networking e aprender como as organizações daqui trabalham. Com o tempo, percebemos que poderíamos contri-buir com eles,” diz Luisa Gockel, diretora de desen-volvimento institucional do CDI Europa.

“Para nós é uma imensa oportunidade ver um projeto bem-sucedido no hemisfério sul se adap-tando à realidade do hemisfério norte,” acrescenta Rodrigo Baggio. No evento, o CDI Europa lançou o programa piloto “Apps For Good” (Aplicativos para o bem), que tem o objetivo de ajudar jovens em co-munidades carentes a usarem, criarem e desenvol-verem aplicativos de celular a partir do treinamento tecnológico baseado no sistema operacional An-droid, do Google. A proposta prevê educação e desenvolvimento de conhecimentos específicos, que num futuro próximo possam gerar empregabi-lidade e empreendedorismo. (D. G.)

Num século marcado pela velocidade da informa-ção, imagine escrever um texto sem a ajuda do Word, usando apenas papel e caneta. Ou mandar cartas para os amigos ao invés de um email, um recado no Orkut, Facebook, Tweeter, dentre outros diversos sites de relacionamento. Ou, quem sabe ainda, pro-curar um emprego através do “boca a boca”, sem a ajuda do currículo impresso, cadastramento via we-bsites, criação de portfólios, etc. Que tal? Você con-segue se imaginar nessa realidade?

Apesar de parecer um tanto improvável ou mes-mo impossível para muitos, esta é, entretanto, a re-alidade para mais de 104 milhões de brasileiros que ainda não têm acesso a um computador, de acor-do com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tornar esse acesso possível e útil no contexto das populações socialmente excluídas é justamente o trabalho que o CDI vem desenvolvendo nos últimos 15 anos.

“Nosso maior desafio foi criar a cultura de que era possível que pessoas de baixa renda usassem a tecnologia. Hoje estamos em 13 países ensinando a comunidade não só a usar o Windows, Word, Excel, Power Point, edição de vídeo digital, manutenção de computadores, dentre outros cursos, mas também estimulando o exercício da cidadania, o desenvolvi-mento comunitário, a formação de redes sociais e a troca de experiências,” diz Rodrigo Baggio.

Um exemplo de exercício da cidadania e desen-volvimento comunitário aconteceu na favela Parai-sópolis, em São Paulo. Era o primeiro dia de aula na nova unidade do CDI e como parte da atividade, um grupo de 10 alunos, com o auxílio de câmeras fotográficas, filmadoras e celulares, deveria registrar o que mais lhe chamasse a atenção na comunidade. Dentre as muitas fotos e vídeos que as crianças trou-xeram, Baggio conta que a imagem que mais apa-receu mostrava ratos grandes, que faziam parte do convívio dos moradores da favela.

Como parte da metodologia do CDI, o uso da tec-nologia para levantar soluções para um problema da comunidade que eles próprios devem escolher, enfren-tar e superar, as crianças escolheram os ratos como tema de estudo. Com a orientação dos professores, descobriram na internet as doenças transmitidas pe-los ratos e o lixo como agente causador do apareci-mento dos bichos, dentre outras pestes.

Ainda nas páginas da web, aprenderam o que é reciclagem e como desenvolver o trabalho. Com a ajuda do Word, desenvolveram um plano de palestras

Mudando a realidade

Primeira unidade em Londres

Rodrigo Baggio com a equipe do programa “Apps For Good”

sobre o tema para a comunidade e, a partir da aula de vídeo digital, realizaram um filme sobre o projeto, en-caminhado à prefeitura, que mandou caminhões para a coleta do lixo que se acumulava na favela.

Resultado: Após seis meses de reciclagem efeti-va na comunidade, os moradores já não enfrentavam problemas com os ratos. “Apenas dez jovens, usando a tecnologia como ferramenta de transformação, tran-formaram a comunidade. Essa é a realização que eu buscava,” diz Baggio.

Texto: Dayane Garcia Fotos: Divulgação CDI

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28 abril 2010

Turi

smo

TURISMO

Uffington White HorseDescubra os mistérios do cavalo branco, de cerca de 3 mil anos e 113

metros, que desperta debates e remete a lendas

Com suas linhas de calcário que podem ser vistas a milhas de distância, Uffington Whi-te Horse está entre os monumentos pré-históricos mais intrigantes do Reino Unido. A

origem do cavalo branco vem sendo discutida desde o século 17, mas pesquisas recentes apontaram sua idade: três mil anos, o que nos leva à Idade do Bron-ze. Moedas da época, com desenhos de cavalos, ajudam a confirmar essa teoria.

No entanto, ninguém sabe ao certo porque ele foi desenhado na colina próxima ao vilarejo de Uffington, Oxfordshire. Já que a melhor maneira de ver o cavalo por inteiro é do alto, acredita-se que os antigos habi-tantes pudessem estar tentando contato com a deusa celta Epona, representada pela figura de um cavalo.

O desenho é um tanto estilizado, tem 113 metros de extensão e é parte do complexo pré-histórico que existe na região. Há quem acredite que o cavalo represente o dragão morto por São Jorge e isso tam-bém tem uma explicação. Abaixo da colina onde o

cavalo foi desenhado existe um morro de topo acha-tado, que tem sua própria lenda: o Dragon Hill. Alguns moradores mais antigos acreditam que esse é o exato local onde São Jorge matou e enterrou o dragão.

Deixando as lendas de lado, o formato curioso do vale próximo, conhecido por Manger, vem da última Idade do Gelo. Já no topo da colina, a pou-cos metros do cavalo, há o Pillow Mound, pequenas elevações onde os mortos eram enterrados, e o que restou do Uffington Castle.

Mas isso não é tudo. Através de uma trilha de dois quilômetros em direção oeste da colina, você chega a um cemitério de cinco mil anos, o Wayland’s Smith. O nome desse lugar recluso e sossegado vem do folclo-re nórdico: o ferreiro Wayland, que teria sido enterra-do no local, reapareceria em espírito para trocar as ferraduras de cavalos por lá deixados durante a noite, em troca de algumas moedas de prata.

Algumas versões da lenda dizem que além das moedas, Wayland mais tarde pediria favores ao dono

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do cavalo, nem sempre tarefas fáceis ou honestas – o que lembra muito um pacto com o diabo. Uma versão mais romântica diz que Wayland coloca as ferraduras no Uffington White Horse todas as noites de lua cheia.

Ainda que você não se interesse por folclore, geo-logia ou história antiga, o Vale do Cavalo Branco tem vistas maravilhosas e a tranquilidade típica do interior. Perfeito para um passeio de fim de semana em tempo de primavera. Veja os detalhes de como chegar ao local ao final da matéria.

Henley-on-Thames Quem mora na região de Londres e planeja visitar

Uffington White Horse de carro tem a opção de um desvio interessante no caminho: Henley-on-Thames. Considerado um dos lugares mais bonitos e autênticos de Oxfordshire, Henley-on-Thames atrai os melhores remadores do mundo com a Royal Regatta, que acon-tece durante o verão desde 1839. Quem não gosta de multidões, melhor evitar esse período, mas também vai

perder o festival de música e artes (www.henley-festival.co.uk), que normalmente acontece no final da regata.

A melhor maneira de curtir Henley-on-Thames é sim-plesmente andar pelas margens do rio e explorar meia dúzia de ruas que formam o centro histórico da cidade. Não vai faltar opção pra quem se diverte fazendo com-pras ou admirando casas antigas da época Tudor.

Se tiver tempo e energia depois de visitar Henley-on-Thames e Uffington White Horse, na volta você pode acrescentar outro desvio ao seu roteiro. A vila de Avebury (15 km ao sul de Swindon) tem um dos maiores monumentos circulares neolíticos da Euro-pa, similar, porém mais recente que o mundialmente famoso Stonehenge. Originalmente havia 98 pedras compondo o círculo mais externo desse monumento religioso, algumas pesando mais de 40 toneladas. Hoje, as 27 restantes fazem parte do patrimônio mun-dial da Unesco.

Texto e fotos: Giovana Zilli

Foto: ©NTPL www.nationaltrust.org.uk

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Onde ficarPara quem planeja mais que um passeio de um

dia, há inúmeras opções nas vilas vizinhas a Uffington WhiteHorse. Em Wantage, o Court Hill Center aluga quartos para grupos e tem infraestrutura para acam-pamento, aberto de abril a outubro (www.courthill.org.uk; quarto duplo por £17). The Bear Hotel ofere-ce conforto num ambiente tradicional, no centro de Wantage (www.arkells.com; quarto duplo a partir de £75). No povoado de Woolstone, o White Horse Inn é o pub mais próximo da colina (1 km), onde você pode encontrar comida simples, mas de excelente qualida-de e também acomodação, se reservar com bastante antecedência (www.whitehorsewoolstone.co.uk).

Você encontra outras opções em Uffington: The Craven Bed & Breakfast fica numa casa de telhado de palha, construída no século 17. Os móveis antigos, teto com vigas de madeira, lareiras da era vitoriana e lençóis bordados a mão acrescentam ainda mais charme ao lu-gar (www.thecraven.co.uk; quarto duplo a partir de £65).

Como chegarCarro: Sem dúvida, a maneira mais conveniente

de chegar até Uffington White Horse. Para quem sai de Londres, depois de Wantage deve seguir pela

Turi

smo

estrada B4507 por dez minutos, até a junção para Uffington, que é bem sinalizada. Nesse ponto, do-bre na direção contrária e logo você estará chegan-do ao estacionamento.

Ônibus: Há ônibus saindo de Londres até Swindon (www.nationalexpress.com). De lá você pega o ônibus 47 ou X47 (www.mkdayout.btinternet.co.uk/ridgeway_bus.htm) para chegar ao local.

Trem: Essas são as estações mais próximas: Swin-don (19 km), Didcot (24 km) e Oxford (34 km).

Bicicleta/caminhada: Existem duas trilhas que levam ao vale: Thames Path e The Ridgeway. Se você acha que tem preparo físico suficiente, confira maiores detalhes no site www.nationaltrail.co.uk. Quem fez a trilha não se arrepende.

Mais informaçõeswww.whitehorseshow.co.ukwww.nationaltrust.org.ukwww.mysteriousbritain.co.ukwww.woolstonevillage.co.ukwww.english-heritage.org.ukwww.henleyonthames.org www.visitsouthoxfordshire.co.ukwww.avebury-web.co.uk

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Para quem vai de carro para Uffington White Horse, vale uma parada na simpática e tranquila Henley-on-Thames

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Saú

de

SAÚDE

Quando moramos sozinho, desenvolvemos uma tendência a comer na rua ou pedir comida para

entregar em casa. Esse hábito pode nos levar a desperdício de dinheiro, ganho de peso e danos à saúde. Comer em casa é um grande prazer e também muito mais saudável. Mas como se alimentar em casa e não deixar que os alimentos se estraguem? Comprar corretamente é o segredo. Faça um planejamento alimentar: mesmo morando so-zinho, tente montar um cardápio da semana. Isso facilitará na hora da compra.

Atenção para a data de validade dos produtos: alguns produtos possuem data de validade muito curta. Na hora das compras resista às gulosei-mas: quem faz compras sozi-nho geralmente não resiste às tentações dos petiscos. Passe longe desses alimentos e dê prioridade aos mais saudáveis: abuse das frutas, legumes, verduras, cereais integrais, leite e iogurte desnatados, frutas secas e sucos de frutas.

Como comprarOvos: se for comprar ovos, pre-fira embalagens com meia dúzia pra não deixar estragar.

Arroz: compre embalagens menores. Tenha também um próprio para risotos.

Azeite de oliva: o extra virgem é o mais indicado para saladas.

Cereais matinais: tenha sem-pre. Prepare-os com leite e frutas.

Saiba comprar eevite desperdício

Se você mora sozinho, organize suas compras para não desperdiçar alimentos

Enlatados: atenção para a data de validade. As seletas são bem práticas. Grão-de-bico, feijão e lentilha podem ser transformados em sopas.

Filé de peixe, de frango ou de peru congelados: prefira as em-balagens menores ou os embala-dos um a um.

Frios: compre em quantidade mí-nima. Perdem rapidamente o sabor e aroma.

Frutas ou polpa de frutas con-geladas: são ideais para sucos ou batidas a base de leite e iogurte.

Geleias: há embalagens individuais.

Iogurtes: a oferta é enorme e você pode consumir puro, com cereal ou em molhos para salada (no caso do natural). Atenção para o prazo de validade.

Legumes pré-cozidos: o preparo é bem mais rápido.

Leite em pó: prefira este tipo de leite, pois assim você prepara so-mente a quantidade que for consu-mir no momento.

Massas: prefira as massas secas.

Mel: use no leite ou iogurte batido, ou para acompanhar banana.

Molhos prontos: para servir com massas, carnes, aves, peixes, sala-das e em sanduíches.

Pão de forma: há embalagens com poucas fatias. Deixe na geladeira.

Pão de queijo e pão pré-assado: tenha no congelador. Basta levar ao forno no momento de consumir.

Peixes em conserva como atum, sardinha, salmão: prefira os conservados em salmoura, que são menos calóricos. Há embala-gens pequenas.

Picles: ajudam a complementar saladas e preparar sanduíches.

Queijos: compre em pedaços pe-quenos. O fresco pode ser encon-trado em embalagens menores. Pode ser congelado.

Saladas prontas: basta temperar.

Sopas prontas ou quase pron-tas: tenha sempre para as emer-gências.

Temperos desidratados: alecrim, salsinha, manjericão, manjerona, cebola e alho, entre outros, têm o prazo de validade longo.

Verduras e legumes congela-dos: há muita variedade no mer-cado.

Verduras e legumes frescos: compre dois tipos de folhas, lave-as e seque muito bem e armazene em potes fechados na geladeira. Para garantir uma boa variedade, compre um pouco de cada tipo (batata, cenoura, brócolis, chuchu, pepino, repolho pequeno). Esses legumes du-ram uns 10 dias na geladeira, se acondicioná-los em sacos plásti-cos duram até mais tempo.

Jacqueline Oliveira é nutricionista

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MULHER

Belezae estética em alta

Nona edição da Hair Brasil tem influência das coleções de moda

apresentadas na Europa

O setor de beleza e estética é um dos que mais cresce no Brasil e a comprovação da força que os negócios nessa área alavancam na economia foi a realização da 9ª edição da Hair Brasil – Feira

Internacional de Cabelos, Beleza e Estética – realizada no final de março em São Paulo. Quase 70 mil profissionais do Brasil e da América Latina participaram dos quatro dias da feira, que teve como uma das atrações a apresentação das tendências que farão a cabeça das mulheres para as próximas estações.

O francês e embaixador mundial da L’Oréal Professionnel, Eric Zemmour, mostrou porque foi escolhido para interpre-tar a coleção “Rock’n’Folk” para temporada outono/inverno 2010 das marcas Majirel e Richesse. O hairstylist trouxe seu expertise e conhecimento técnico de beleza para mostrar cortes, cor e penteados exibidos nas últimas coleções apre-sentas em Paris, Milão, Londres e Nova York e estimulou a criatividade dos cabeleireiros e maquiadores brasileiros.

Eric Zemmour transmitiu todo seu know-how durante sua apresentação. Inspirou a plateia com penteados inovadores utilizando tranças, coques e criatividade para dar volume, movimento e glamour aos penteados. Outro destaque ficou por conta das tonalidades exibidas como cobres, azuis, cas-tanhos intensos e loiros. Os figurinos criados especialmente para exaltar a cultura do rock também somaram ao espetá-culo de cor, técnica e versatilidade.

As influências de Londres também marcaram presença na edição da Hair Brasil. As londrinas Lala Mitchell e Then-nesse, que têm como clientes personalidades como Lady Gaga, Amy Winehouse, Kate Moss, Naomi Campbell e alguns membros da família real britânica, também inspira-ram os cabeleireiros e maquiadores brasileiros com os mais exóticos dos penteados.

Para os expositores da Hair Brasil 2010, que represen-taram 720 marcas de produtos profissionais, equipamentos e serviços, o bom movimento refletiu em maior volume de negócios e muitos contatos. Jeferson Santos, diretor geral da Hair Brasil disse que várias marcas brasileiras desejam aumentar sua participação no evento. “Para 2011 prevemos crescer mais 20% em área de exposição”, disse ele. Entre os expositores estavam 40 empresas de países como Estados Unidos, Itália e China, entre outros.

Mul

her

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34 abril 2010

MOTORESM

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As montadoras estão cada vez mais antecipando o lançamento dos modelos onde há grande concor-rência de mercado. Nós – eu

e você, nobre leitor – ainda estamos começando o ano de 2010, mas algumas marcas de veículos já estão em 2011. O negócio é não perder tempo e criar sempre novidades para atrair o consumidor brasileiro, que não pode ver nada novo que já sai comprando.

Mas o que chama mais a aten-ção no caso do modelo 2011 do utilitário esportivo Ford EcoSport, líder de segmento, é que ele passa a oferecer mais por menos. Essa evolução pode ser percebida em novos elementos de design externo e interno e no aprimoramento contí-nuo da qualidade do produto. As van-tagens diretas para o consumidor estão na queda dos preços – o modelo 2.0 XLT 2011, por exemplo, custa R$ 3 mil a menos do que o modelo 2010 – e no novo programa de garantia total de 3 anos sem limite de quilometragem.

No design, a frente foi reestilizada e passa a utilizar uma nova grade do radiador, com três barras hori-zontais, que se conecta à identidade global da marca. Valorizando o nome do produto e criando elemento de design, o logo EcoSport vem grafado no centro do capô nas versões FreeStyle, XLT e 4WD.

Os faróis trazem acabamento em cromo escuro nas versões FreeStyle e 4WD. As rodas de liga leve aro 15, de cinco raios, também têm novos desenhos e acabamento. O novo bagageiro longitudinal, robus-to e funcional, confere um visual mais aerodinâmico ao teto, além de dar uma nova proporção ao veículo. As molduras laterais, redesenhadas, vêm com o em-blema EcoSport integrado.

O interior do veículo incorporou detalhes que unem elementos visuais e de funcionalidade. O quadro de instrumentos tem novo grafismo e iluminação per-manente de efeito tridimensional, para melhor visua-lização e interatividade. Há funções de aviso de farol ligado, portas abertas e manutenção programada.

Foram introduzidos novos revestimentos dos ban-cos e portas tanto nos tecidos quanto na opção de couro. Na versão com transmissão manual, o console tem novo porta-objetos, com espaço para copos,

EcoSport 2011

celular e outros pertences. Na versão automática, o motorista agora encontra um apoio para descansar o pé esquerdo. A preocupação no detalhe também é percebida na nova chave tipo canivete, a partir da versão XLS, com lâmina retrátil e controles integrados para travar, destravar e localizar o veículo.

Versões e novos itens de sérieCom proposta que une flexibilidade, design e ca-

racterísticas de uso em condições no dia-a-dia e no lazer, o EcoSport explora atributos como altura ele-vada do solo, posição de comando, comportamento dinâmico, segurança, estabilidade, conforto, espaço e praticidade na cabine.

Sua motorização flex nas versões 1.6 e 2.0 ofe-rece transmissão manual ou automática e trações 4x2 ou 4WD, conforme as versões formadas pe-los acabamentos XL, XLS, FreeStyle, XLT e 4WD. Dentre as versões, o modelo FreeStyle, com moto-rização 1.6 ou 2.0, responde por cerca de 60% das vendas. Vem equipado com computador de bordo, controle do rádio na coluna de direção, aviso de portas abertas no painel, volante revestido em

Na corrida pela briga do mercado, Ford antecipa um ano do utilitário esportivo mais vendido no Brasil

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couro, painel de instrumentos cinza, porta-revistas atrás dos bancos dianteiros, faróis com acabamen-to em cromo escuro, grade do radiador e molduras laterais na cor cinza London e novas rodas de liga leve de 15 polegadas.

Computador de bordo e controle do rádio na coluna de direção também são novos itens de série do EcoSport 1.6 XLT. A versão XLT - 1.6 ou 2.0 – traz ainda bancos de couro com insertos marrom escuro, bagageiro de teto com detalhes na cor prata, grade do radiador e maçanetas externas na cor do veículo e rodas com novo desenho.

O EcoSport 4WD mantém seu estilo diferenciado, com novos tecidos dos bancos e padrão de dese-nho inspirado em marcas de pneu, revestimento do volante e dos bancos (opcional) em couro cinza London, grade do radiador, maçanetas, bagageiro longitudinal, molduras e estribos laterais também na cor cinza London e rodas com novo design e aca-bamento especial.

Devaldo Gilini Jú[email protected]

sportcarsnaweb.blogspot.com

Liderança entreos utilitários

Desde seu lançamento, o Ford EcoSport é líder den-tre os utilitários esportivos no Brasil, Argentina, Vene-zuela e México. O desenvolvimento do EcoSport 2011 destaca-se pelo amplo programa de qualidade, baseado em pesquisas de opinião com os proprietários do mo-delo. Com mais de 550 mil unidades produzidas desde seu lançamento, o EcoSport é um veículo inteiramente desenvolvido no Brasil para rodagem na América Latina.

“Hoje, o EcoSport é um dos utilitários esportivos compactos que tem os mais altos índices de sa-tisfação do cliente, segundo avaliação de institutos independentes que pesquisam todas as marcas. Isso é resultado da evolução constante da qualidade do produto ao longo de sua existência”, diz Milton Lubrai-co, engenheiro-chefe de Desenvolvimento de Produto.

Esse programa de qualidade inclui desde o apri-moramento de materiais e pacotes acústicos até elementos como economizador de bateria que desli-ga as luzes internas após 10 minutos de inatividade, alto-falantes de maior potência, mostradores amplos, com marcador de combustível e temperatura de fácil leitura, eficiente sistema de desembaçamento dos vidros, faróis principais com maior área útil, faróis de neblina de melhor desempenho e bancos dianteiros com maior suporte lateral e conforto.

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Real Esporte Clube

Kaká de volta ao Milan?

As especulações em torno do futuro do meia Kaká não param de circular na Europa. No final de março, o diário espanhol “Sport” garantiu que o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, estaria disposto a mandar Kaká de volta para o Milan. Em troca, recebe-ria o atacante Alexandre Pato. A negociação seria realizada na próxima janela de transferências do mercado europeu, em junho. O ex-jogador do São Paulo foi com-prado por 65 milhões de euros, na terceira maior transação do futebol mundial, mas vive às voltas com uma pubalgia que o impede de jogar todas as partidas.

Ricardinho volta à seleção

Depois de três anos, Ricardinho está de volta à seleção brasileira de vôlei. O levantador do Sisley Volley, de Treviso, na Itália, foi chamado no mês passado pelo técnico Bernardinho em uma lista inicial de 22 atletas inscritos para a Liga Mundial. A lista, no entanto, será reduzida até o dia 30 de abril,

Australiano vence Indy em Sampa

Em uma corrida caótica, que che-gou a ser paralisada por causa da chuva, o australiano Will Power, compa-nheiro do brasileiro

Hélio Castro Neves na Penske, venceu no dia 14 de março a primeira edição da São Paulo Indy 300, disputada nas ruas da capital paulista. O norte-americano Ryan Hunter-Reay, da Andretti, chegou na segunda colocação, logo à fren-te de Vitor Meira, da A.J. Foyt, que foi o terceiro, colocando o Brasil no pódio. Raphael Matos foi o outro brasileiro de destaque, concluindo a prova na quarta posição.

Murer supera Isinbayeva

A brasi-leira Fabia-na Murer superou a russa Yelena Isinbaye-va, favorita absoluta do salto com vara, e ficou com a medalha de ouro no Mundial

Indoor de Atletismo em Doha, no Qatar, em março. Murer fez 4,80m em sua primeira tentativa, mesma altura que Svetalana Feofanova, que ficou com a prata - a brasilei-ra precisou de menos saltos para chegar à marca. Anna Rogowska foi a terceira, com 4,70m. Foi a primeira medalha de ouro feminina do Brasil na história do salto com vara na competição. Isinbayeva, que já bateu a marca dos 5m, não passou de um discreto 4,60m.

Beckham forada Copa

O inglês David Beckham, 34 anos, rompeu o tendão calcâneo (também conheci-do como tendão de Aquiles), mês pas-

sado, num jogo do Milan contra o Chievo, pelo Campeonato Italiano, e está fora da Copa do Mundo. O

Falcão, maior goleador do futsal

O jogador Falcão se tornou o maior artilheiro do futebol de salão brasileiro no mês passado, depois de marcar dois gols na goleada so-bre o Equador, por 8 a 0, pelo Sul-Americano de Medellín, na Colôm-bia. Com 279 gols, Falcão superou Manoel Tobias, que assinalou 278 gols com a camisa da seleção. “Este é um momento especial para mim. Dedico à minha família e ao povo brasileiro que me transformou num ídolo. Agora parto em busca dos 300 gols”, disse o craque, eleito duas vezes o melhor jogador do mundo pela Fifa.

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jogador, que tem direitos federati-vos ligados ao Los Angeles Galaxy (Estados Unidos) e estava empres-tado ao Milan, se recupera de uma cirurgia e pode apenas integrar a seleção inglesa no Mundial como convidado especial da comissão técnica. O comitê organizador da Copa também manifestou o desejo de ter o jogador como convidado durante a competição.

quando a Confederação Brasileira de Vôlei terá que relacionar 19 jo-gadores. Ricardinho foi cortado às vésperas do Pan 2007, por supos-tos problemas de relacionamento, numa situação nunca esclarecida oficialmente pelo jogador nem pela comissão técnica da seleção.

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Morre Armando Nogueira

Morreu no dia 29 de março, no Rio de Janeiro, vítima de câncer, o comentarista esportivo Armando Nogueira, 83 anos, que participou da cobertura de diversas Copas do Mundo, a partir de 1954, e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980. Natural do Acre, Armando mudou para o Rio de Janeiro aos 17 anos e começou a carreira no jorna-lismo em 1950, no jornal Diário Carioca. Ao longo dos 60 anos de carreira, Armando escreveu 10 livros sobre esporte e passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil, Rede Bandeirantes. Atualmente estava no SportTV e na CBN Brasil.

Cadela morde Maradona

Diego Maradona foi internado às pressas em um hospital de Buenos Aires, no final de março, após ter sido mordido no rosto e na boca por uma cadela de sua propriedade, no sítio que ele tem nos arredores de Buenos Aires. Do local, ele foi levado para a clínica, onde foi submetido a uma cirurgia e levou 10 pontos. Em abril de 2007, o ídolo do futebol argentino esteve internado na mesma clínica devido a problema no fígado causado pelo consumo excessivo de álcool.

Sueco assume a Costa do Marfim

O sueco Sven-Goran Eriksson assumiu o cargo de técnico da Costa do Marfim, adversária do Brasil na Copa do Mundo. Ex-técnico da Inglaterra e de clubes europeus, Eriksson foi aprovado pela maior estrela da seleção africana, Didier Drogba, atacante do Chelsea. “Ele conhece o jogo, e eu acredito na sua capacidade de nos levar longe e até superar as expectativas. Com o pouco que eu vi dele na Inglaterra, e pelo que eu ouvi, li e assisti, eu acho que o Sven veio na hora certa”, disse o atacante ao site Football365.co.za. A Costa do Marfim joga contra o Brasil no dia 20 de junho.

Milan quer pagar menos a Gaúcho

O Milan pretende manter o brasileiro Ronaldinho em seu elenco, mas com uma redução de 25% do seu salário atual, segundo o jornal italia-no “Corriere dello Sport”.

Ronaldinho, que tem contra-to com o Milan até 2012, deve receber proposta de prorrogação de contrato para 2014, mas teria uma redução de seu salário anual, que hoje é de 8 milhões de euros (R$19,4 milhões), para 6 milhões (R$14,6 milhões).

Claudia Leitte no ritmo da Copa

O YouTube lançou no dia 30 de março o canal Pal-pita Brasil, que terá a cantora Claudia Leitte como garota-pro-paganda. Leitte vai

convidar os usuários a fazer letras para a melodia da música “Más-caras”. O vencedor conhecerá a cantora e participa da gravação da canção - que foi concedida para ser o hino do canal para a Copa do Mundo. “Queremos criar a maior torcida on-line do mun-do”, diz a gerente de produto do Google Brasil, Regina Chamma. O endereço do canal é www.youtu-be.com/palpitabrasil.

Clubes podem assumir Brasileirão

A Confederação Brasileira de Futebol pode passar a organização do Campeonato Brasileiro para o Clube dos 13, entidade que repre-senta os principais clubes do país. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a CBF só abre mão do cam-peonato se Kléber Leite se eleger à presidência do Clube dos 13, que terá eleições no dia 12 de abril. Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo, é parceiro de negócios da CBF. Sua agência de marketing presta serviços à entidade dirigida por Ricardo Teixeira.

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Vamos ao que importa. Seleção.Dunga deve estar com os chifres fritando. A dois

meses do Mundial, o ataque é um poço de mistério. Luís Fabiano foi cortado do último amistoso por uma contusão cuja gravidade suscitou dúvidas. Gaúcho está afastado; Adriano, numa draga; o Gordo, igno-rado; Fred, desabientado. Mais um pouco e Vagner Love ganha uma chance.

No meio, nuvens escuras. A cabeça de área está fisicamente intacta, mesmo assim inspira cuidados. Felipe Melo porque, excessivamente discreto, não exala a mesma confiança de antes. E Gilberto Silva, por favor, é da conta pessoal de Dunga, e em cargo de confiança não se mexe.

Nas meias, socorro!Pela direita, Ramires e Elano. Ai, ai, ai.Pela esquerda, Kaká e Júlio Baptista. Se ‘los deuses

del futebol’ não estão nos pregando uma surpresa, tudo bem. Mas, se estiverem, então Kaká foi reduzido a pó. Pubalgia. É ‘phoda’. Trava o sujeito. Dói praca. Tira a atenção do cara. O pique não é o mesmo. O cabe-ceio inexiste. Arrancadas, só na base do sacrifício. Vide as últimas atuações pelo Real. Meu, sei não...

Pensando bem, normal. Com Raí foi a mesma coisa.

A zaga. Lúcio e Juan, de novo. Experiência conta. Entrosa-

mento também. Um pouco de juventude, porém, não faria mal. Sabe aquela coisa de chegar antes? Juan é clássico, mas tem trinta e tantos anos. Lúcio é aquele atabalhoado de sempre, embora geralmente se sobre-ponha aos adversários – não deve ser fácil enfrentar um gigante que corre pelos cascos, feito um cabrito. Quando entregou a rapadura, teve sorte: contra a Inglaterra, em 2002, Rivaldo fez o gol mais importante da paróquia e Ronaldinho Gaúcho fez, brilhantemente, o gol mais sem querer da paróquia. Terá esgotado o

estoque de estripulias?Reservas deles: Thiago Silva – aquele do Fluminen-

se – e Luisão, do Benfica, um vara-pau que às vezes conserta a zona do agrião, mas cujo grau de confia-bilidade está sempre orbitando em torno do razoável. O tal do Miranda parece que dançou. Thiago Silva... Talvez esteja aí a juventude que falta à zaga.

Na esquerda, a grande incógnita. Tenebrosa in-cógnita. Gilberto – remanescente de 2006 – e Michel Bastos, que eu, na minha santa ignorância, não sei dizer de que caminhão de mudanças ele caiu. Sei lá, põe o Neymar de lateral esquerdo.

Falando sério, a lateral direita é nosso oásis. Mai-con é tido como o melhor da Europa, Daniel Alves jogou – e decidiu – muito mais que o titular, no tocante à seleção. Se nenhum céu lhes cair na cabeça, serão a reserva técnica do Brasil na África.

Principalmente se Maicon estiver nos trinques. Isso será fundamental. Ele ocupando com eficiência a posição libera Daniel Alves para ser aquilo para o qual nasceu: ser o coringa do time, jogar onde for preciso. Ter ele em campo é muito bom. Seja na ala direita, na ala esquerda, em qualquer posição do meio. Se precisarmos de um atacante que azucrine a zagueirada rival ou de um zagueiro que alivia, de repente ele também é o cara.

No gol, estamos sossegados. Júlio César faz jus ao legado de Gilmar, Leão. E dá sequência digna a Taffarel, Dida, Marcos.

Agora, os pontos realmente positivos.

Robinho.Se puder escolher alguém para cujos pés deve-

ria cair a bola aos 47 do segundo, escolheria os pés dele. Qualquer um lá pode fazer um gol, tipo assim, mas não estamos falando de fundamento; estamos

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O Brasil da Copa

falando de potencial. E potencial para driblar a lógica e nos tirar de uma enrascada quem tem é Robinho. Ele é o único do elenco que reúne agilidade, domínio e conclusão, todos em altíssimo grau. E esperteza, petulância, abusadice, irreverência, alegria.

Não basta ser campeão. Tem de ser campeão gostoso. Ou você não viu diferença entre os títulos de 1994 e 2002?

Se o Dunga for tapado que nem o Parreira, eu sugiro que ele comece sempre com Daniel Alves e Robinho no banco. Quebra os adversários. Não há como Daniel Alves e Robinho entrarem em campo e a partida ficar do mesmo jeito. Impossível! Garantia de sucesso? De jeito nenhum. Mas só nós temos isso. A Inglaterra, por exemplo, daria tudo para ter dois jogadores desses no time titular. E nós cogitamos a hipótese de deixá-los na reserva. Ho, ho, ho.

Isso me lembra o técnico da Alemanha num amis-toso contra o Brasil em Porto Alegre, no final da dé-cada de 80. Com a corda no pescoço, ele perdia por 2 a 0 e mostrava, para as câmeras, um desânimo de dar dó. Estava com a cabeça entre as pernas, mãos no queixvo, quando olhou de lado e viu dois brasileiros aquecendo: Renato Gaúcho e Romário. Isso só nós temos, mermão. Quem mais tem isso, rapaz? Renato Gaúcho, na fase, e Romário. No banco.

Temos que contar também com nossa regra no ataque. Que bom se se dessem bem Robinho e Nilmar. Dois caras lisos, habilidosos. Nilmar, ainda por cima, goleador. Com Adriano e Luís Fabiano, nossos doces ogros, nos trinques, seria difícil para algum ad-versário segurar o rojão. Qualquer combinação que se faça com Adriano, Fabiano, Robinho e Nilmar é pedra 90. Estando todos em forma, num ambiente bom, não tem erro. Isso sim é um Quadrado Mágico, e não aquela vergonha na Alemanha.

Ou devemos esperar por um épico Ronaldinho

Gaúcho?Yo no creo. Copa do Mundo é um torneio curto

disputado por 36 times. Seis partidas, até a final. Seleção, na verdade, é um time montado sempre às pressas. O que importa é o momento do grupo inteiro naquela hora. Não é preciso ser um onze fan-tástico. É possível – sempre acontece – ser campeão com um ou dois cabeças de bagre no time. É elogiá-vel tê-los, por sinal.

A de 70 foi exceção à regra. Não havia cabeça de bagre – pelo contrário, a escalação foi construída para abrigar os melhores, independente de posição, mas a rigor era uma zorra total: do meio pra frente, qua-tro camisas 10 (Gerson, Tostão, Pelé e Rivelino), um volante de ofício e um centroavante transformado em ponta direita. É mole? Surrealista.

E o cara mais fraquinho – Jairzinho – foi o único ci-dadão nascido no planeta Terra que fez gols em todos os jogos de uma Copa do Mundo. Ninguém esperava uma campanha tão brilhante. Talvez por isso tenha ocorrido. Pode perceber: quando alguém fala em ga-láticos, sempre leva tombo. Futebol detesta soberba.

Aí reside a chance de Dunga dar a maior volta por cima que se terá conhecido. De pereba-mor a capitão do tetra e treinador do hexa. Dá filme.

Faça o que fizer, tudo terá valido a pena, a menos que... my God, perder da França de novo não. Tudo, menos isso. Esse seria o extremo do ruim. O do bom? Ganhar da Argentina na final. Ou estará esse néctar reservado para 2014? Cremdeuspai! É um risco altíssi-mo de novo Maracanazzo.

Então, que seja agora!

Rogério FischerJornalista, palmeirense e cronista do

rico cotidiano nacionalwww.fischer-blogdofischer.blogspot.com

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A origem das palavras cruzadasA brincadeira que inspi-rou um dos passatempos mais populares de nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneiras que consti-tuíssem palíndromos - isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na ho-rizontal, ou de frente para trás e vice-versa. “As ins-crições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79 pela erupção do Vesúvio”, afirma o designer de jogos Luiz Dal Monte Neto. Nos moldes atuais, porém, as palavras cru-zadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de de-zembro de 1913. O inglês Arthur Wynne, responsável pela seção “Diversão” do jornal, recebeu a incum-bência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical.Wynne baseou-se em um passatempo que conhe-cera quando criança e que tinha regras semelhantes às dos laterculus romanos. Mas, em vez de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolveu dar apenas dicas e criou um diagrama na forma de um losango. Uma década depois, a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo o continente americano.

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