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REVIVER REVIVER 10 Hobbies de Inverno Saiba como aproveitar o seu tempo quando está frio. A velhice não passa de um estado de espírito Faça você mesmo Presentes Reciclados para Homens e Mulheres Não perca ainda nesta edição: A FOTORREPORTAGEM: Turquia - A Estrela da Europa Doenças da Tiróide Saiba tudo sobre as doenças e conheça o trabalh o da ADTI. Projeto siosLIFE Descubra a plataforma criada para melhorar a vida dos seniores Técnicas de Alexander Conheça as técnicas do ator do sec XX, Frederick Matthias. Bimensal | Edição nº13 |Janeiro 2015 | Gratuita Na Esplanada com... Dr. Gentil Martins 10 Hobbies de Inverno Doenç as da Tiróide Projeto siosLIFE Técnicas de Alexander Não perca ainda nesta edição: A FOTORREPORTAGEM: Turquia - A Estrela da Europa Faça você mesmo Saúde Animal Conheça o trabalho e a missão da Merial Portuguesa Saúde Animal

Revista reviver 13ªedição final

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13ª Edição da sua revista gratuita e dedicada ao envelhecimento ativo, porque a velhice não passa de um estado de espírito.

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Page 1: Revista reviver 13ªedição final

REVIVERREVIVER

10 Hobbies de InvernoSaiba como aproveitar o seu tempo quando está frio.

A velhice não passa de um estado de espírito

Faça você mesmoPresentes Reciclados para Homens e Mulheres

Não perca ainda nesta edição:A FOTORREPORTAGEM:

Turquia - A Estrela da Europa

Doenças da TiróideSaiba tudo sobre as doenças econheça o trabalho da ADTI.

Projeto siosLIFEDescubra a plataforma criada

para melhorar a vida dos seniores

Técnicas de AlexanderConheça as técnicas do ator do sec XX, Frederick Matthias.

Bimensal | Edição nº13 |Janeiro 2015 | Gratuita

Na Esplanada com...

Dr. Gentil Martins

10 Hobbies de Inverno

Doenças da Tiróide

Projeto siosLIFE

Técnicas de Alexander

Não perca ainda nesta edição:A FOTORREPORTAGEM:

Turquia - A Estrela da Europa

Faça você mesmo

Saúde AnimalConheça o trabalho e a missão

da Merial Portuguesa

Saúde Animal

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REVISTA REVIVER

Sumário Janeiro de 2015REVIVER n.º 13

Editorial03 “Os Três Novos F´s” porAntónio Ramos

Separador04 Viver no presente.Uma citação para si.

Faça você mesmo06 Aprenda a fazer presentes reci-clados para Mulheres e Homens

O Bondoso Encadernador10 Saiba a história de João FranciscoAugusto, encadernador aos 88 anos.

Fundação São João de Deus14 Descubra o trabalho de quemestá sempre disposto a ajudar.

10 Hobbies de Inverno18 Saiba como aproveitar o seutempo quando está frio.

Separador22 A vocação do Homem é criar.Uma frase para si.

10 4636

Projeto siosLIFE24 Descubra a plataforma criadapara melhorar a vida dos seniores

Doenças da Tiróide28 Saiba tudo sobre as doenças econheça o trabalho da ADTI.

Saúde Animal30 Conheça o trabalho e a missão daMerial Portuguesa

Receitas de 5 estrelas34 Helena Ramos apresenta-lhe umareceita saborosa e fácil de fazer.

Na Esplanada com...36 António Gentil Martins. Leia aentrevista do cirurgião aos 84 anos

Separador40 Uma citação para refletir deSwami Vivekananda.

Por Castelos Alentejanos42 O que pode visitar no percurso deCastelo de Vide a Marvão.

Técnicas de Alexander46 Conheça as técnicas do atordo sec XX, Frederick Matthias.

Bóccia Sénior50 As vantagens deste desportosimples, cativante e divertido.

Sabia que...55 Existem curiosidades quenos enriquecem culturalmente

Breves56 Saiba quais são as brevesdo momento.

Fotorreportagem: Turquia a Estrela da Europa 60

Crónica 63

Horóscopo Bimensal 64

Agenda Cultural 66

Passatempos 68

Ficha Técnica 70

46

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Com todas as condições e potencialidades para termos um país rico, saiu-nos um rico país. E realmente que rico país

o nosso em que tudo é passageiro. Crises, troikas, administrações, segredos de justiça, pensões, cargos públicos e

classe média, tudo isso e muito mais. Mas há uma coisa que resiste, uma palavra de ordem, adequada a qualquer tipo

de discurso político. “Desafio”, a palavra que, como os saltos altos nunca sai de moda. Ao que parece, agora somos

um país cheio de desafios. Sendo que os desafios definem a vida, não deveriam ser necessários cargos políticos para

nos informarem disso. E de quando em quando lá surge na televisão alguém a usar essa palavra, para nos relembrar

de que “Portugal enfrenta novos desafios que não se esgotam…”, “Portugal enfrenta maiores desafios que a Irlanda”,

“Leilão é positivo mas Portugal ainda enfrenta desafios” e por aí fora. Ao menos não podemos queixar-nos de tédio

neste país, há sempre qualquer coisa a decorrer, novos desafios pela frente. Parece que vivemos num puzzle em que

faltam sempre peças. Chatos devem ser esses países nórdicos, com qualidade de vida, mas tão poucos desafios. Ora,

para mim escrever é um verdadeiro desafio. O que dizer numa página quando há tanto para falar? Que assuntos são

prioritários? Pois bem, quero eu aqui dizer quais são os desafios de Portugal. Não fico surpreendido quando são

dadas notícias positivas sobre este nosso rico país, e como a qualquer português, alegram-me bastante.Humildemente

afirmo que é óbvio que os turistas gostam de Portugal. Do ponto de vista turístico o que há para não gostar? Qualquer

português pode facilmente indicar uma mão cheia de qualidades em Portugal. Mas boa vida é a vida de turista, porque

não são eles que enfrentam os tão falados desafios. No país de Fátima, do Fado e do Futebol, continuamos a dar

motivos para que o português fale bem do país ao turista, e mal ao compatriota. Outrora fechados ao Mundo e orgul-

hosamente sós, agora parece que estes nossos últimos governos depositam toda a sua confiança nos estrangeiros,

desprezando a confiança que o povo português possa ou não ter neles, e construindo um país de aparências. É ótimo

o Santuário de Fátima ser reconhecido no Mundo inteiro, assim como o Carlos do Carmo e o Cristiano Ronaldo. Mas

no meio desses três tradicionais F’s que nos definem, identifico outros três. A Fome, as Fraudes e as Falências. Esses

são os verdadeiros desafios de Portugal. De que nos vale uma casa bem pintada por fora e arruinada por dentro, sem

comida no frigorífico? De que nos vale vangloriarmo-nos sobre a confiança dos investidores estrangeiros, se no dia

seguinte rebenta mais um escândalo de corrupção? Que real valor trazem para o país todos esses jogos políticos,

eleitorais e partidários, quando é a abstenção que lidera todas as sondagens e domina os resultados.

É verdade estes últimos anos mostraram a força, a união e a solidariedade dos portugueses. Também é verdade que

as instituições de solidariedade social têm feito um trabalho incrível em apoiar os mais necessitados, e não é justo nem

aceitável, que continuem a rebentar estes escândalos fiscais que movimentam milhões de euros.

Neste país encantador, elogiado em todos os órgãos estrangeiros de comunicação, procurado por milhares de turistas

e onde são investidos milhões de euros, a pobreza e a fome têm de acabar, a justiça tem de ser feita e igual para todos,

assim como as oportunidades. Só dessa forma os órgãos soberanos portugueses podem voltar a ter a confiança do

povo, porque é fácil manter aparências para os estrangeiros, mas não podem enganar as pessoas que não estão cá de

passagem. Porque Fátima dá-nos fé mas não nos alimenta, o Ronaldo traz-nos alegria mas não salva empresas e

famílias da falência e o fado é lindo mas triste. É inútil apontar os desafios deste nosso rico país, se não for para os

enfrentar com seriedade e competência, de forma a anular estes três novos F’s que eu aqui identifiquei.

António Ramos

editorial

Os novos F s

editorial

03REVIVER

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"Vivo sempre no presente.O futuro, não o conheço.

O passado, já o não tenho."

Fernando Pessoa

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SEPARADOR

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DIA-A-DIA

06 REVIVER

Ainda há poucos dias, muitas pessoas celebraram o Natal. Uma altura do ano,que faz aparecer o lado mais consumista do comum mortal. E quando as com-pras dos presentes chegam ao fim, conclui-se que gastou-se mais do que eraprevisto. Com a situação financeira atual dos portugueses, muitas pessoasnão conseguiram oferecer nada a quem mais amam.A REVIVER deixa algumas sugestões, sem grandes custos, de presentes quepode oferecer àqueles que mais gosta. Lembre-se, um objeto feito por si comtoda a dedicação, devia valer mais do que qualquer presente comprado. Ficaa sugestão de um prenda para a sua filha e outro para o seu filho.

Faça você mesmoPresentes Reciclados paraMulheres e Homens

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Material necessário para as duas sugestões:- 1 Cabide de Madeira; Ganchos ou Argolas para as Cortinas do chuveiro. Escolha umtecido (veja as medidas primeiro), cola de madeira, um pincel, tesoura, fita de cetim dacor que preferir e uma lixa. Para um dos exemplos é necessário fazer furos guias, quepodem ser feitos com um berbequim com uma broca fina ou um furador. Se não quiserforrar o seu cabide sempre o pode pintar com tinta de madeira.

DIA-A-DIA

07REVIVER

Presente para a sua FilhaCabide Porta Joias ou Acessórios

Uma das características das mulheres é terem falta de espaço nos seus roupeiros, paratodas as roupas e acessórios que possuem. Uma ótima solução para resolver esse proble-ma são os sistemas de organização de roupa ou acessórios. Mas em vez de gastar o seudinheiro a comprar um, vamos explicar-lhe como conseguir o mesmo resultado com umcabide. Os cabides são uma ótima solução se já não tem espaço no seu armário, pois éfácil de o colocar na parede e ficar uma peça decorativa.

Cabide Porta JoiasA maneira mais simples de fazer este presente é apre-sentá-lo em madeira sem ter que forrá-lo. 1.- Neste caso, basta marcar com um lápis os locaisexatos onde quer ter os seus ganchos. 2.- De seguida faça os seus furos guias, utilize um furadorou o berbequim, são as ferramentes mais adequadas.3.- Após ter perfurado os sítios escolhidos, lixe toda asuperfície. Lixe o Cabide com calma, para ficar perfeito.4.- Se não quiser apresentar o cabide com a sua cororiginal, pode pintá-lo da cor que quiser. Tenhaatenção para não tapar os buracos que fez com a tinta,poderá não conseguir colocar os ganchos.5.- Deixe secar a tinta. Quando estiver completamenteseca, pode encaixar os ganchos girando-os um a um.Cuidado para não forçar muito, pode danificar a madeira.6.– Pode aplicar um lacinho em cetim na parte superiorpara embelezar. Depois experimente como é que ficamalguns fios e brincos no cabide organizador que criou.

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DIA-A-DIA

Cabide Porta lenços

Este presente vai ocupar mais o seu tempo. Mas quando olhar para o resultado final valerá a pena.

1.- Retire o gancho que suporta o seu cabide. Com o pincel, passe cola de madeira em todo oseu cabide e comece a fixar o seu tecido pela parte de cima. Deixe 1 cm de borda e corte depoisas sobras com a tesoura.

2.– Com o mesmo tecido forre também as argolas. Tenha atenção à cola que usa nas argolaspara o tecido fixar bem. Antes de deixar tudo a secar, use cola branca para voltar a colocar ogancho que retirou no início.

3.– Depois de o tecido e gancho estarem bem fixos, está na altura de prender as argolas aocabide. A forma mais fácil é prender as argolas ao cabide com fitas de cetim. Pode fazer umlacinho, depois de ter dado um nó forte. Se tudo correu bem o seu cabide está pronto para serusado. Não tenha medo de reforçar com cola quente alguns elementos.

4.- Quando for colocar um lenço para experimentar se o seu presente está funcional, coloqueo lenço com um nó folgado. Isso vai evitar que tenha que fazer alguma força excessiva quepode estragar todo o seu trabalho. Inspire-se pelas fotografias, mas não tenha medo de fazeralgo diferente. Divirta-se e surpreenda a sua filha.

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Presente para o seu Filho

Na altura em que temos que escolher os presentes, normalmente, os que nos dão mais doresde cabeça são para os homens. A maioria de nós tem facilidade em encontrar qualquer coisaque agrade ao sexo feminino. No que diz respeito aos homens, as escolhas não são muitas. Etemos tendência a cair no hábito de oferecer sempre o mesmo. A REVIVER apresenta-lhe algumas soluções para o presente do seu filho. E tudo o que precisaé de um teclado de computador antigo, de preferência preto, cola quente e um objeto antigoque quer reciclar. Pode fazer uma caixa, uma moldura, um porta canetas para a secretária, ouqualquer outro tipo de objeto que suporte as teclas.

Como Fazer uma Moldura Reciclada com um Teclado

1.- Veja uma moldura velha que tenha aí em casa em bom estado.

2.- Se tiver um teclado estragado, de um computador que já não usa, ótimo. Comece a tirar todasas teclas. Se tiver mais que um teclado, um preto e um branco ou bege, pode criar um padrãoengraçado de cor, formar palavras, etc.

3.– Use a cola quente para colocar todas as teclas até cobrir a superfície. Cole as teclas bem paraestas não caírem mais tarde. Antes de colar, veja quantas teclas precisa e escolha a disposição,para no final não ficarem espaços por preencher.

4.– Depois de secar, o seu presente está pronto para ser embrulhado. Pode aplicar esta ideia e estemétodo a vários objetos. Exemplos: Caixa de cartão para guardar papéis, porta canetas ou atémesmo uma agenda para 2015. Se escolher a opção da agenda, procure uma da cor do teclado.Assim só vai ter que colocar as teclas na capa da agenda.Acima de tudo divirta-se e surpreenda os seus filhos e amigos com estes presentes feitos por si!

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DIA-A-DIA

Já passaram mais de 40 anos desde que João Francisco Augusto abriu a sua oficina de encadernação.Situada na Rua Infantaria 16, em Campo de Ourique, a oficina do Sr. João destaca-se pelo seupequeno portão verde, que nos separa das árvores de fruto que nos guiam até à antiga oficina. Aoentrarmos reparamos nas grandes máquinas que ali estão. Hoje estão paradas, mas no auge da ofi-cina de encadernação de João Augusto, serviram para dar resposta a muitos trabalhos encomendadospela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo próprio Estado. O Sr. João chegou a ter seis empregados,no entanto, atualmente é só ele que trata dos poucos trabalhos que lhe são encomendados.

Mas a crise e os poucos clientes não conseguiram fechar as portas da oficina de encadernação.Com 88 anos, João Augusto, abre as portas da sua oficina de segunda a sexta-feira, quer hajatrabalho, quer não. É naquele lugar especial que ele se sente bem, é ali que ele ocupa o seutempo e aproveita para falar e conviver com os seus amigos de longa data. Rapidamente,apercebemo-nos que o encanto daquele local era o Senhor João. O seu olhar meigo e a sua vozcalma cativaram-nos para uma agradável conversa. À nossa frente não estava um simplesencadernador, estava um homem com um coração enorme cheio de histórias para contar.

Para aqueles que conhecem João ou a sua oficina, não é um segredo que a música clássica é umaconstante naquele local. “Desde que tenho a oficina, o rádio sempre esteve ligado. Quandoainda tinha pessoal aqui a trabalhar, acabava por escolher outro tipo de música. Uma vez tenteitrazer um cd com música clássica, mas ele diziam que era música para dormir. Agora é alturada minha vingança, trago a minha música clássica, não tenho cá ninguém, e oiço-a eu”, disseJoão com um sorriso. E conforme a conversa ia avançando, o encadernador, falava de formaapaixonada pela música que mexia consigo. “O meu favorito é um compositor norueguês, oGrieg, um grande amigo meu adorava-o e eu também adoro o compositor. Mas também gostomuito dos clássicos de Beethoven, em alemão não sei os nomes, mas as cartas a Elise e sonataao Luar são espetaculares. É normal, eu sou muito romântico”, afirmou.

O Sr. João Augusto rapidamente nos confessou que não se rendeu aos encantos dos computa-dores, no entanto ficou fascinado com a invenção de algumas tecnologias. “Tenho a minha penali no rádio com a minha música clássica. É incrível, conseguir ter lá mais de 80 músicas, epoder ficar com o rádio a tocar 4 horas seguidas”, diz-nos com um brilho no olhar.

O Bondoso Encadernador Há muito que os livros encadernados deixaram de ser uma forte presença nas estantesdos portugueses. Talvez por isso, seja cada vez mais raro encontrar um encadernador.Mas ainda existem pessoas que se dedicam a manter vivas as profissões do antigamente..

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DIA-A-DIA

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Todavia eram os livros que o emocionavam mais. Antes de ser encadernador, o Sr.João já era um ávidoleitor. “Desde os meus tempos de rapaz, com um cadeeiro a petróleo pois ainda não havia eletricidade,ficava a ler à luz do candeeiro livros fantásticos. Quando iniciei o ofício no Martim Moniz, no trajetopara o trabalho, levava a lancheira e um livro. Ia ler pelo caminho e é engraçado, que ainda hoje associocertos romances que eu li aos sítios em que os li. Uma vez comprei um livro na feira da ladra, “Homensdo Mar” de Victor Hugo e fui lê-lo para o Mirador do Monte. Eu li o livro todo sentado num banco evivi aquela ânsia, aquela luta, vivi aquilo tudo. Aquele livro marcou-me muito. E existem muitos outros.Mas se tivesse que escolher um seria o “Coração” de Edmondo de Amicis é um livro fantástico.Costumo oferecer muito esse livro aos jovens, é uma coisa linda. Gosto muito de oferecer, o dinheiropreciso dele para viver, mas ele não é tão valioso como a amizade. Há nesse livro um conto mensal quenem posso falar dele senão começo a chorar de tão fantástico que é. Eu vibro com esses contos, é o sen-tido da vida, fazer o bem”, diz-nos com uma voz emocionada.Foi com os livros que João aprendeu muito, principalmente porque sempre foi um autodidata.“Quando na altura me chegavam vários livros da Gulbenkian, aprendia muita coisa com eles,tornei-me num autodidata. Fotocopiava algumas passagens. Queria sempre aprender mais, osmeus olhos não se cansavam de ler novas histórias e informações.”Enquanto nos falava das suas paixões, o Sr. João Augusto mostra-nos um dos trabalhos que está a fazer.Era uma compilação de textos recortados de jornais antigos que uma cliente tinha pedido paraencadernar. “ Para mim a cultura é tudo. É importante preservar a história. Muitos destes livros aquisão feitos de recortes de jornais, ainda com marcas azuis do tempo da censura”.

Apesar do pouco trabalho e do avanço da idade, João continua a executar as suas tarefas com toda a suahabilidade e perfeição. “Faço o possível para fazer o melhor trabalho. Hoje em dia pedem-me paraencadernar portfólios de arquitetura e de fotografia. Faço também álbuns, caixas, vai-se fazendo umpouco de tudo, mas também faço muito restauro. É importante tentar afastar os livros da humidade,usar uma caixinha de madeira com cal para afastar os bichos, que eles estragam os livros todos. Fazemmuitos furinhos e é impossível restaurar tudo,” conclui mostrando um livro danificado com furos.Para aqueles que o ouvem falar dos pormenores do trabalho de um encadernador, até podem pensarque João sempre teve este sonho, mas não. Os seus sonhos sempre voaram mais alto. “É verdade, nuncaquis ser encadernador. Gostava de ter sido aviador por exemplo, era uma paixão quando era um rapaz.Ainda hoje tenho a paixão pelos aviões. E por acaso ao meu lado morava um general da força aérea.Dois dos seus filhos vieram da Dinamarca com 4 meses e hoje têm 42 anos. Hoje vêm a Portugal e sóquerem ver, como eles dizem, o segundo pai”, afirma orgulhoso.

Mas não são os únicos que João vê como família. “Tenho uma neta adotiva, a Inês, começou a cá vircom 3 anos agora já tem quase 6. Adoro as crianças, são fantásticas. Agora para Inês comprei um órgãopara o natal. O ano passado comprei-lhe um Pai Natal que dançava”, diz-nos enquanto nos mostra oórgão, a fotografia de Inês e os desenhos que a menina lhe oferece.Enquanto nos conta algumas histórias recheadas de gestos bondosos, João fala da sua relação com osseus amigos de longa data. “Falamos, discutimos, vamos almoçar, comer os pastéis de bacalhau.Falamos de tudo, uns são do Benfica, outros são do Sporting, uns são do PSD outros PCP. Isso nãointeressa. Quando fazem qualquer coisa que me falta ao respeito eu corto. Agora se um dia recon-hecessem que erraram, não sou rancoroso. O ser humano erra. Tenho amigos de longa data, preservomuitos amigos. Convivo com muitas pessoas. Vou ainda a muitos sítios, passeio muito”.Hoje é um dia especial para o Sr. João Augusto. Vai buscar a sua filha quando acabarmos a entrevista.“Vou buscar a minha filhota daqui a pouco. A minha mulher teve um parto muito demorado e a minhafilha nasceu deficiente. É assim a vida. Mas hoje vou buscar a minha filhota, amanhã tenho-a em minhacasa e vou levá-la ao cabeleireiro de manhã”, conta-nos com um sorriso rasgado.

Enquanto nos despedíamos, com a promessa de uma visita brevemente, o sempre generoso João Augustonão nos quis deixar sair da sua oficina sem nos oferecer algo. Claro que era impossível recusar a sua ofer-ta, a sua felicidade genuína em presentear as pessoas, deixava-nos comovidos e encantados por aquelehomem doce e gentil. Saímos da oficina com um bloco de notas encadernado pelo próprio e uma canetacom o seu nome e profissão. Sem dúvida que iremos recordar sempre aquele gesto, mas principalmenteaquele homem de 88 anos que nos presenteou com uma tarde agradável de histórias e boa energia.

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Nas nossas visitas habituais por Instituições que pretendem fazer a diferença na comunidade,fomos desta vez recebidos por Rui Ferreira Amaral, Presidente da Fundação São João deDeus, uma IPSS sediada em Lisboa com o objetivo de auxiliar as pessoas mais carenciadas.

Instituída pela Província Portuguesa da Ordem Hospitaleira São João de Deus e apoiada na angariaçãode fundos e donativos dos seus benfeitores, a Fundação procura retribuir esses apoios em diversos pro-

jetos sociais, tanto num âmbito local, como internacional. Assistência e cooperação nas áreas da saúde,

integração social e comunitária, desenvolvimento humano, e melhoramento da assistência, prevenção

e reabilitação de doentes, sem restrições etárias, são o foco abrangente da FSJD. No entanto estas ações

atravessam continentes, com a coordenação e apoio de outras iniciativas, principalmente em países sub-

desenvolvidos. Ajudas humanitárias de emergência, de calamidade pública ou de reabilitação e desen-

volvimento social e comunitário, são alguns dos problemas que a Fundação procura resolver nesses

países, estando presento para esse efeito no Brasil, em Timor-Leste e Moçambique.

Segundo Rui Amaral, em 2007, na altura em que foi instituída, o trabalho da Fundação diluía-se no que

era já o trabalho dos Irmãos São João de Deus em Portugal. Foram as perguntas dos benfeitores que

queriam saber concretamente qual era o trabalho da FSJD, que fez com que se apercebessem de que

precisavam de um motivo próprio. “Percebemos que a fundação para além de ter esta missão de esclare-

cer as pessoas relativamente aos trabalhos dos irmãos e de receber e pedir apoios para que este trabalho

continue, aquilo que era mesmo muito necessário era que a fundação criasse aqui o seu motivo também,

o que acaba por acontecer de uma forma muito natural”. Assim, a Fundação levou a cabo a sua primeira

grande campanha “Inocentes de Guerra”, que procurou dar o apoio às vítimas do que se passava em

Angola, como os rebentamentos de minas e as crianças que sofreram com esses infortúnios. Esta primeira

campanha acabou por empurrar a FSJD no bom sentido, num ano em que a criação de instituições em

Portugal não era fácil.“Estavam reunidas todas as peças do ponto de vista organizacional para o nasci-

mento da Fundação, porque do ponto de vista da conjuntura externa, de facto não foi o melhor modelo.

Fundação São João de Deus

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Mas quando as instituições nascem com um propósito real, elas perduram no tempo. A fundação foi criada e

podia em contexto de crise ter desaparecido” diz-nos o Presidente. Hoje, e através de negócios sociais próprios,

a Fundação São João de Deus consegue subsistir por si própria, afirma Rui Ferreira Amaral, “conseguimos um pro-

jeto de sustentabilidade que garante que todos os custos de estrutura estão centralizados em negócios sociais que

libertam a totalidade dos donativos para entregar a quem precisa”. Para garantir esta estabilidade financeira, a

Fundação disponibiliza espaços de escritório em “co-work solidário” e residências universitárias tanto para pro-

fessores como para alunos. Desta forma, conseguem garantir aos seus benfeitores que 100% dos donativos são

entregues. Apesar desta sustentabilidade, a existência e continuidade dos projetos deve-se aos apoios dos ben-

feitores, mas Rui Ferreira Amaral reconhece que é preciso compreender o lado de quem faz essas doações.

“Quem faz angariação de fundos em Portugal tem de perceber que os portugueses são generosos, mas que estamos

a chegar a um limite muito perigoso, e não podemos continuar a insistir num pedir sempre a quem já não tem.

Temos que respeitar isto” diz-nos enquanto que identifica algumas mudanças no paradigma do apoio social.

“Quando nós pedimos a alguém para ajudar nalguma coisa, o paradigma diz-nos que temos de entregar a coisa

feita. Isso não gera em cada uma das pessoas a criatividade para encontrar o seu lugar, isto é, há claramente pessoas

que dão o dinheiro e não querem que as chateiem mais, mas há pessoas que dizem tome lá o dinheiro mas eu estou

disponível, e hoje em dia há cada vez mais pessoas que dizem, eu não tenho dinheiro mas diga-me o que precisa”.

Foi com este espírito, não só solidário mas também empresarial, que hoje em dia a Fundação São João de Deus

mantém vários projetos que fazem a diferença nas comunidades em que atuam, como é o caso do projeto Ferro

de Soldar, Somos Por Si Somos Por Portugal e a inovadora Plataforma Good4all.

O Projeto Ferro de Soldar, nasceu das necessidades identificadas em casa dos benfeitores da fundação, quando eram

feitos agradecimentos. Através deste projeto realizam-se pequenas reparações em casa de pessoas idosas ou com

deficiência, em situações de vulnerabilidade social. Chegando a receber um prémio da Missão Sorriso, o Ferro de

Soldar atingiu um auge em que foram contratados técnicos e a equipa foi reforçada. Mas segundo o presidente da

fundação, acabou por perder o seu fulgor. “Uma coisa que tinha sido fantástica no inicio, e que toda a gente tinha

ficado maravilhada, de repente perdeu aquilo que era necessário, que era continuar a alimentar este projeto”.

A Fundação repensou a sua perspetiva sobre o projeto e começou uma procura por parceiros que pudessem

alterar a dinâmica do Ferro de Soldar. No entanto, este projeto levou a fundação no sentido de um outro.

“Neste caminho que o ferro de soldar foi fazendo, nós fomos encontrando novas necessidades, e é aqui

que o ferro de soldar ganha uma grande importância. Pelo argumento de uma necessidade material, encon-

trámos outro tipo de necessidades de proximidade” diz-nos Rui Amaral.

VIVER

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E assim nasce naturalmente o Somos Por Si, Somos Por Portugal, um programa destinado a apoiar os famil-

iares dos emigrantes portugueses, com fraca rede social de suporte ou em situação de isolamento social. O

presidente realça o facto de que o objetivo principal deste tipo de programas é sempre o de criar a maior

independência e autonomia possível para aqueles que beneficiam de apoio. “Vamos e estamos com as pes-

soas numa perspetiva de criar independência, autonomia, dar espaço a que as pessoas acreditem nelas

próprias” afirma. Para uma maior eficácia na ajuda aos familiares dos emigrantes, a FSJD oficializou uma

parceria com a Associação RARAS, uma associação sediada no Luxemburgo de apoio à comunidade lusó-

fona, e também com o Observatório Português dos Lusodescendentes.

Para além destes projetos de maior dimensão, a Fundação aproveita o seu espaço para realizar regularmente

atividades mais pequenas, mas também muito importantes. Se espreitarmos a agenda mensal de iniciativas

encontramos workshops de várias temáticas, visitas e passeios culturais, sessões de terapia, yoga e muitas

outras coisas como aulas de inglês e informática. “A determinada altura, as pessoas juntavam-se no hall

enquanto esperavam, e houve quem começasse a fazer tricot” conta-nos Rui Ferreira Amaral. Depois da

FSJD ter aberto a sua primeira delegação na Guarda em 2012, viu este aparente passatempo como uma exce-

lente oportunidade. “Nós achámos que aquilo podia ser uma coisa engraçada até porque na guarda tín-

hamos detectado uma necessidade na maternidade, em que algumas mães saíam sem o enxoval todo para

as crianças. Se há instituições que não cobrem toda a gente, numa situação destas o que é que nós fazemos?”

explica-nos. Nasceram assim as mantinhas, gorrinhos e botinhas solidárias, uma iniciativa que nasceu num

hall de entrada e hoje em dia, a fundação perdeu a conta de quantas peças já foram feitas. “Todas as sem-

anas é uma fábrica que não imaginam” brinca o presidente, acrescentando que a instituição aqui adota

novamente uma posição de intermediário, levando as pessoas que criam as peças a conhecer as pessoas que

são ajudadas. “Só precisamos de fazer o caminho com as pessoas, não precisamos de ser aquele bibelô que

está sempre na fotografia porque não precisamos de fazer sombra às pessoas” afirma. Desta forma a

Fundação cria o seu próprio rumo, auto sustentável, dependente de donativos, mas determinada a per-

manecer fiel àquele que foi o trabalho de São João de Deus, fundador da Ordem dos Irmãos Hospitaleiros,

e distinguido pela sua notável dedicação em ajudar os pobres e os doentes. “Se há tantas instituições a fun-

cionar neste registo, porque é que continuam a haver pessoas que estão sós? Das duas uma, ou estamos

todos concentrados no sítio onde nos interessa, e assim estamos a desvirtuar tudo aquilo que é o apoio

social, ou então não estamos bem articulados. Eu quero acreditar que é o segundo”.

VIVER

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10 Hobbies de Inverno

O inverno é uma estação que não apela a uma vida ativa e saudá-vel. Com o frio, só apetece taparmo-nos com uma manta à frenteda televisão. E para não passarmos os restantes meses de invernocom a mesma rotina, temos que contrariar essa atitude seden-tária. Isto não quer dizer que é mau ficar tapado com uma mantaà frente da televisão. Não devemos é deixar que todos os nossosdias sejam iguais, se quisermos desfrutar ao máximo tudo aquiloque a vida tem para nos oferecer.

Já não é segredo que os seniores portugueses estão cada vez maisativos, saudáveis e cultos. Cada vez procuram ser mais interve-nientes, ocuparem os seus tempos livres com atividades de lazere culturais, bem como preservar a sua autonomia tentado adotaruma vida mais saudável.

A REVIVER apresenta-lhe 10 hobbies para manter o seu estilo devida ativa e saudável no inverno. Não se esqueça que aquilo queapresentamos são apenas sugestões, se não gosta de algumasdestas atividades, pense em outras soluções. O que importa étraçar novos objetivos para ocupar o seu tempo e que propor-cionem novos desafios.

Saiba como aproveitar o seu tempo10 Hobbies de InvernoSaiba como aproveitar o seu tempo

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5 Sugestão de Hobbies de Inverno para dias sem chuva

1.– Faça uma caminhada. Agasalhe-se bem e faça uma caminhada nesses dias em que não chove.Sempre que o tempo ajudar, tente fazer as caminhadas em lugares diferentes e mude os trajetos.Se tiver a oportunidade de alguém ir caminhar consigo aproveite. Para além de ser uma ótimaforma de convívio e de pôr a conversa em dia também vai melhorar o seu ritmo cardíaco. Umasimples caminhada, não só é bastante saudável como também é uma agradável forma de con-hecer a arquitetura e as paisagens dos locais escolhidos por si.

2.- Aproveite para passear. No Inverno os passeios podem não parecer tão agradáveis, mas acrediteque há paisagens e locais que ficam ainda mais maravilhosos no Inverno. O verde dos campos, o céucom vários tons de azuis e vermelhos e o silêncio nestes meses é uma constante. Por isso aproveite eescolha o seu destino. Dentro das suas possibilidades, pesquise locais que nunca visitou perto de siou sítios que já não visita há algum tempo. Existem várias exposições, museus e jardins com entradagratuita, por isso informe-se bem antes de ir. Não se esqueça de levar roupa quente.

3.– Faça algum desporto. Uma ótima escolha é a Natação ou a Hidroginástica. Tente saber nas insta-lações da piscina que escolher, quais são os dias ou as horas em que a água está mais aquecida. Se puderfrequente as aulas, livres ou com professor, nesses horários. Uma piscina com a água fria acaba por nãomotivar ninguém no Inverno. Não se esqueça que a natação é um desporto muito completo e cominúmeras vantagens para a saúde. Para além de alivar algumas dores, melhora as articulações, aumentaa resistência, diminui alguns riscos cardiovasculares e ainda pode ser um local de convívio.

4.- Cuide das suas flores ou horta. É sem dúvida uma boa forma de passar o tempo. Já falámos emoutras edições das vantagens de ter a sua própria horta biológica. Cuidar da horta ou do seu jardimacaba por ser uma atividade terapêutica e muito apreciada pelos seniores. Para além de dar vida à suacasa, uma horta ou um jardim precisam de cuidados com alguma frequência. Este é um passatempoexigente, pois obriga a estar em constante movimento. Se pensar bem, durante o processo de jardi-nagem, você inclina-se, levanta-se, caminha, ajoelha-se, senta-se e alonga. Ou seja, faz vários exercí-cios físicos com um passatempo que não é desportivo, o que mantém a boa forma física e um estilode vida ativo. Tenha cuidado com a postura e a exigência de algumas posições. Leve uma cadeira ouum banco, faça pausas frequentes e não fique muito tempo na mesma posição.

5.- Escolha uma causa que ache nobre e dê-se como voluntariado. Este é um dos hobbies mais exigentesmas também um dos mais gratificantes. Veja bem o tempo livre que quer aproveitar em prol dos outrose comunique no local a sua disponibilidade. Se nunca fez voluntariado, vai perceber que é uma exper-iência enriquecedora onde vai estabelecer novos laços de amizade e aprender muito com aquela causa.

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5 Sugestão de Hobbies de Inverno para dias de chuva

1.- Aproveite para começar a ler um livro ou ver uma série nova. Os livros e as séries abrem anossa mente para o mundo da ficção, estimulando a nossa mente. Em dias chuvosos, acenda alareira (se tiver) e encoste-se a ler um bom livro ou a ver uma série.

2.- Dedique-se a criar algo. Use o seu tempo livre para pintar um quadro, escrever, desenhar oufazer uma escultura. Para além destas atividades estimularem a criatividade também exigem de nósconcentração e dedicação. Pense nos seus sonhos e dê oportunidade a si próprio de realizá-los. Setem projetos que gostaria de colocar em prática, aproveite para estabelecer objetivos e vá avançandopor etapas. Só conseguimos realizar os nossos sonhos se tentarmos.

3.- Restaure alguns dos seus objetos favoritos e dê uma nova alegria à sua casa. Já basta o tempocinzento para nos deixar de mau humor. Por isso porque não aproveitar o tempo que está em casapara reparar e restaurar os seus objetos. Às vezes uma simples pintura ou uma camada de verniz dáum novo ar à sua mobília ou a algum objeto. Quanto a renovar a decoração de um espaço em suacasa, veja alguns dos exemplos apresentados nos artigos “Faça você mesmo” das edições anterioresda REVIVER. Retire algumas ideias e dê azos à sua imaginação, o tempo irá passar a correr.

4.- Reúna os seus amigos numa tarde de Jogos. Para além do convívio entre amigos, esta é uma exce-lente forma de exercitar a sua mente e o seu corpo. Existem jogos que podem ser adaptados a espaçosfechados, como é o caso do ténis de mesa e do Bóccia. Para exercitar a mente, faça um torneio dexadrez, damas ou qualquer outro jogo estratégico.

5.- Faça Ginástica ou Alongamentos em sua casa. Em edições passadas, demonstramos alguns exer-cícios simples que podem ser feitos em sua casa. Os alongamentos são fundamentais com o avançarda idade. Melhoram a sua flexibilidade, aumentam a resistência dos músculos e diminuem a fadiga.Com estes exercícios vai sentir-se melhor sem ter que ir a um ginásio. O mau tempo não pode seruma desculpa para desleixarmo-nos do nosso estilo de vida ativa e saudável. Emocionalmente vaisentir-se uma pessoa mais equilibrada e relaxada.

Não importam as atividades com que vai ocupar o seu tempo livre. O que importa é não deixar quea monotonia e o sedentarismo apoderem-se do seu dia a dia. Divirta-se e use a sua criatividade.

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SEPARADOR

"A vocação do homem écriar. Completar a criação,criando-se, num esforço

constante onde cadagesto é uma obra única."

José Luís Nunes Martins

"A vocação do homem écriar. Completar a criação,criando-se, num esforço

constante onde cadagesto é uma obra única."

José Luís Nunes Martins

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OMundo muda para melhor quando a criatividade se junta à inovação e à vontade em mel-horar a vida das pessoas. Jorge Oliveira e Fábio Macedo, dois jovens empresários portugueses,são os fundadores do Projeto SiosLife. Com ele decidiram tomar o caminho da mudança, eatravés das novas tecnologias, aperfeiçoar a vida dos seniores institucionalizados.

O Projeto Sioslife é um sistema interativo totalmente desenhado a pensar nas necessidadesdo dia-a-dia das instituições e principalmente dos seus utentes. É composto por 3 platafor-mas com propósitos diferentes. Uma plataforma principal para ser utilizada pelo utente, umade gestão do sistema para a instituição, e uma terceira para os familiares e amigos do utente.

Depois de terem conquistado o 2º lugar no Concurso Poliempreende, destinado à avaliaçãoe premiação de projetos desenvolvidos por estudantes do ensino politécnico, Jorge Oliveirae Fábio Macedo decidiram ir além da investigação académica. Juntaram uma equipa sólidaque fosse capaz de dar continuidade ao projeto e através do “Programa para oEmpreendedorismo” foram premiados com uma bolsa durante 12 meses. Hoje, a Sioslife éuma empresa startup, já consolidada e pronta a dar os primeiros passos no mercado.“A Tecnologia Sioslife não está ainda no mercado. Está a decorrer um processo de angariaçãode instituições para integrarem um Programa Piloto, através do qual poderão usufruir, desdejá, da instalação da tecnologia e de um conjunto de vantagens futuras” afirma Tiago Martins,responsável pela comunicação da empresa.

Projeto siosLiFEProjeto siosLiFEOMundo muda para melhor quando a criatividade se junta à inovação e à vontade em mel-horar a vida das pessoas. Jorge Oliveira e Fábio Macedo, dois jovens empresários portugueses,são os fundadores do Projeto SiosLife. Com ele decidiram tomar o caminho da mudança, eatravés das novas tecnologias, aperfeiçoar a vida dos seniores institucionalizados.

O Projeto Sioslife é um sistema interativo totalmente desenhado a pensar nas necessidadesdo dia-a-dia das instituições e principalmente dos seus utentes. É composto por 3 platafor-mas com propósitos diferentes. Uma plataforma principal para ser utilizada pelo utente, umade gestão do sistema para a instituição, e uma terceira para os familiares e amigos do utente.

Depois de terem conquistado o 2º lugar no Concurso Poliempreende, destinado à avaliaçãoe premiação de projetos desenvolvidos por estudantes do ensino politécnico, Jorge Oliveirae Fábio Macedo decidiram ir além da investigação académica. Juntaram uma equipa sólidaque fosse capaz de dar continuidade ao projeto e através do “Programa para oEmpreendedorismo” foram premiados com uma bolsa durante 12 meses. Hoje, a Sioslife éuma empresa startup, já consolidada e pronta a dar os primeiros passos no mercado.“A Tecnologia Sioslife não está ainda no mercado. Está a decorrer um processo de angariaçãode instituições para integrarem um Programa Piloto, através do qual poderão usufruir, desdejá, da instalação da tecnologia e de um conjunto de vantagens futuras” afirma Tiago Martins,responsável pela comunicação da empresa.

A PENSAR EM SI

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A PENSAR EM SI

Mas no que consistem as 3 Plataformas Sioslife, o que fazem e para que servem:

1.- Plataforma para o Utente: É um equipamento instalado na instituição, acedido pelos váriosutentes. Foi pensado com um conjunto de adaptações, a nível do Hardware e do Software:- Adaptado ao nível da Resistência, Mobilidade e Ergonomia.- Interação com recurso às interfaces naturais (toque, gestos e voz).- Adaptação e personalização de todo o software com base no perfil e características decada utente.- Sistema de login simplificado, através da passagem de um cartão.

Funcionalidades para o Utente:- Álbum multimédia com conteúdos inseridos pelos familiares.- Comunicações através de videochamada.- Jogos interativos de estimulação física e intelectual.- Conteúdos religiosos como por exemplo, rezar o terço.

2.- Plataforma de gestão para a Instituição: É uma plataforma online de gestão de todo o sis-tema, onde são feitas todas as configurações e registos relacionados com o perfil de cada utente:- Registo de características físicas e psicológicas de cada utente.- Gestão das funcionalidades por utente, com possibilidade de disponibilizar ou não,uma determinada funcionalidade em função das características do utente.- Partilha direta com os familiares, das atividades desenvolvidas na instituição.- Acompanhamento da atividade dos utentes no sistema.

Mas no que consistem as 3 Plataformas Sioslife, o que fazem e para que servem:

1.- Plataforma para o Utente: É um equipamento instalado na instituição, acedido pelos váriosutentes. Foi pensado com um conjunto de adaptações, a nível do Hardware e do Software:- Adaptado ao nível da Resistência, Mobilidade e Ergonomia.- Interação com recurso às interfaces naturais (toque, gestos e voz).- Adaptação e personalização de todo o software com base no perfil e características decada utente.- Sistema de login simplificado, através da passagem de um cartão.

Funcionalidades para o Utente:- Álbum multimédia com conteúdos inseridos pelos familiares.- Comunicações através de videochamada.- Jogos interativos de estimulação física e intelectual.- Conteúdos religiosos como por exemplo, rezar o terço.

2.- Plataforma de gestão para a Instituição: É uma plataforma online de gestão de todo o sis-tema, onde são feitas todas as configurações e registos relacionados com o perfil de cada utente:- Registo de características físicas e psicológicas de cada utente.- Gestão das funcionalidades por utente, com possibilidade de disponibilizar ou não,uma determinada funcionalidade em função das características do utente.- Partilha direta com os familiares, das atividades desenvolvidas na instituição.- Acompanhamento da atividade dos utentes no sistema

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A PENSAR EM SI

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3.- Plataforma para familiares e amigos. Os familiares e amigos dos utentes têm disponívelna Internet, uma plataforma de acompanhamento do dia-a-dia do seu familiar institucional-izado. Com acesso a partir de qualquer computador, tablet ou smartphone, podem:- Acompanhar as várias atividades desenvolvidas pelo seu familiar no sistema.- Inserir conteúdos no álbum multimédia.- Receber notificações quando o utente está online.- Efectuar vídeo-chamadas ou deixar mensagens gravadas para o utente ver mais tarde.

Segundo Tiago Martins, as principais dificuldades são ao nível da interação. “Ao longo da fasede investigação conseguiu perceber-se que existem enormes dificuldade relacionadas com ouso de dispositivos como ratos, comandos, teclados, etc., por outro lado, entender a linguagemda “máquina”, também é um dos problemas mais comuns” diz-nos. Todos os problemas rela-cionados com a idade, como é o caso da perda de memória, aparecimento de demências ouperda de capacidades físicas, são também obstáculos à utilização das novas tecnologias.“O que fizemos no siosLIFE, foi perceber tudo isso, e criar e adaptar mecanismo nas nossastecnologias, de forma a anular todas essas dificuldades. De uma forma geral, trabalhamos asquestões de mobilidade através do da adaptação do hardware, trabalhamos todas as inter-ações com recurso a interfaces naturais (Movimentos, gestos, toque e voz), e simplificamos acomunicação do software para com o utilizador. Como resultado, temos um sistema súperfácil, que qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha contactado com qualquer tipo de tec-nologia, consegue utilizar” afirma o responsável de comunicação. “É nessa adaptação áscaraterísticas físicas e psicológicas deste público que se encontram os nossos maioresdesafios. Mas é esse mesmo o nosso propósito”, continua Tiago Martins.

3.- Plataforma para familiares e amigos. Os familiares e amigos dos utentes têm disponívelna Internet, uma plataforma de acompanhamento do dia-a-dia do seu familiar institucional-izado. Com acesso a partir de qualquer computador, tablet ou smartphone, podem:- Acompanhar as várias atividades desenvolvidas pelo seu familiar no sistema.- Inserir conteúdos no álbum multimédia.- Receber notificações quando o utente está online.- Efectuar vídeo-chamadas ou deixar mensagens gravadas para o utente ver mais tarde.

Segundo Tiago Martins, as principais dificuldades são ao nível da interação. “Ao longo da fasede investigação conseguiu perceber-se que existem enormes dificuldade relacionadas com ouso de dispositivos como ratos, comandos, teclados, etc., por outro lado, entender a linguagemda “máquina”, também é um dos problemas mais comuns” diz-nos. Todos os problemas rela-cionados com a idade, como é o caso da perda de memória, aparecimento de demências ouperda de capacidades físicas, são também obstáculos à utilização das novas tecnologias.“O que fizemos no siosLIFE, foi perceber tudo isso, e criar e adaptar mecanismo nas nossastecnologias, de forma a anular todas essas dificuldades. De uma forma geral, trabalhamos asquestões de mobilidade através do da adaptação do hardware, trabalhamos todas as inter-ações com recurso a interfaces naturais (Movimentos, gestos, toque e voz), e simplificamos acomunicação do software para com o utilizador. Como resultado, temos um sistema súperfácil, que qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha contactado com qualquer tipo de tec-nologia, consegue utilizar” afirma o responsável de comunicação. “É nessa adaptação áscaraterísticas físicas e psicológicas deste público que se encontram os nossos maioresdesafios. Mas é esse mesmo o nosso propósito”, continua Tiago Martins.

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A PENSAR EM SI

Apesar de todos estes desafios, o responsável de comunicação da Sioslife garante-nosque a aceitação por parte dos utilizadores tem sido muito boa. “O principal fator difer-enciador das nossas tecnologias é precisamente a capacidade que tem de captar os uti-lizadores, através da sua facilidade de utilização” referindo-se à resistência que muitosdos seniores demonstram em começar a utilizar e a lidar com novas tecnologias.

Por agora o foco da Sioslife centra-se no desenvolvimento do Programa InstituiçãoPiloto, mas a empresa garante que não ficará por aqui. “O desenvolvimento é para con-tinuar! Está desenvolvida uma base, com um conjunto de funcionalidades, mas o poten-cial de crescimento é enorme, uma vez que o sistema está preparado para receber novasfuncionalidades. Algumas delas estão já a ser desenvolvidas. Estamos a trabalhar deperto com diferentes agentes do sector para desenvolver um conjunto de novas fun-cionalidades específicas, que otimize ainda mais a utilização da plataforma siosLIFE,em áreas como fisioterapia, psicologia, saúde, etc “ conclui Tiago Martins.

A tecnologia é criada e desenvolvida para melhorar a qualidade de vida das pessoas,identificando necessidades e arranjando soluções. Esse é o propósito da Sioslife, quepromete soluções para a solidão, o sedentarismo, infoexclusão, isolamento, distânciafamiliar e muitas outras necessidades.

Apesar de todos estes desafios, o responsável de comunicação da Sioslife garante-nosque a aceitação por parte dos utilizadores tem sido muito boa. “O principal fator difer-enciador das nossas tecnologias é precisamente a capacidade que tem de captar os uti-lizadores, através da sua facilidade de utilização” referindo-se à resistência que muitosdos seniores demonstram em começar a utilizar e a lidar com novas tecnologias.

Por agora o foco da Sioslife centra-se no desenvolvimento do Programa InstituiçãoPiloto, mas a empresa garante que não ficará por aqui. “O desenvolvimento é para con-tinuar! Está desenvolvida uma base, com um conjunto de funcionalidades, mas o poten-cial de crescimento é enorme, uma vez que o sistema está preparado para receber novasfuncionalidades. Algumas delas estão já a ser desenvolvidas. Estamos a trabalhar deperto com diferentes agentes do sector para desenvolver um conjunto de novas fun-cionalidades específicas, que otimize ainda mais a utilização da plataforma siosLIFE,em áreas como fisioterapia, psicologia, saúde, etc “ conclui Tiago Martins.

A tecnologia é criada e desenvolvida para melhorar a qualidade de vida das pessoas,identificando necessidades e arranjando soluções. Esse é o propósito da Sioslife, quepromete soluções para a solidão, o sedentarismo, infoexclusão, isolamento, distânciafamiliar e muitas outras necessidades.

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A PENSAR EM SI

Saiba tudo sobre as doenças da Tiróide

Em Portugal existe cerca de um milhão de pessoas com patologia da tiróide.Fique informado sobre as doenças da tiróide, os seus sintomas e quais ostratamentos a que pode recorrer. Descubra ainda a Associação de Doençasda Tiróide e o seu trabalho junto da população.

O que é a tiróide e para que serve?A tiróide é uma glândula que produz hormonas que são libertadas para a circulação sanguínea,as hormonas tiroideias (T3 e T4). Estas são essenciais à nossa vida e exercem inúmeros efeitos nofuncionamento do organismo, do metabolismo e do crescimento. As hormonas tiroideias regu-lam a velocidade com que as nossas células trabalham. No caso de existir um aumento na pro-dução de hormonas tiroideias, significa que o organismo está acelerado e que a frequênciacardíaca aumenta. No caso de existir uma menor produção a frequência cardíaca diminui.

Que tipo de doenças da tiróide existem?As doenças tiroideias são bastantes comuns, principalmente na população feminina. Mas existem diversas doenças da tiróide, sendo as mais conhecidas:

Hipertiroidismo- Surge quando a glândula tiróide produz uma maior quantidade de hormonas.Ao existir um excesso de hormonas tiroideias o organismo fica mais acelerado e pode causarproblemas em alguns dos órgãos, nomeadamente no coração.

Hipotiroidismo- É o contrário do Hipertiroidismo. Surge quando há uma quantidade insufi-ciente no sangue de hormonas tiroideias, comprometendo o funcionamento de todo o organismo.

Doenças Auto-imunes- São causadas por anticorpos dirigidos contra a glândula tiróide. Estespodem estimular ou destruir a tiróide. A Doença de Graves e a Tiróidite de Hashimoto são exem-plos destas doenças autoimunes.

Bócio- É quando a tiróide aumenta globalmente o seu tamanho.

Nódulos- Lesão sólida com mais de 1 cm de diâmetro. Podem aparecer como únicos ou múltiplose benignos ou malignos.

Cancro da Tiróide- É um tumor maligno que aparece sob forma de nódulo no pescoço, e normal-mente sem sintomas. Apenas cerca de 5 a 10% destes nódulos tiroideus são malignos.

Sinais e sintomas que deve estar alerta:Hipertiroidismo– Os sinais e sintomas não passam normalmente despercebidos. Costuma existirum aumento de volume da tiróide, da fadiga, da ansiedade, palpitações, insónias, tremor fino dasmãos e perda de peso. Alguns dos outros sintomas são a intolerância ao calor, a queda de cabelo,Diarreia, fraqueza muscular nos ombros, braços ou coxas.

Hipotiroidismo- Os sintomas são variados e geralmente aparecem progressivamente. São exem-plos disso: o aumento da sensibilidade ao frio, a fadiga, o cansaço fácil, cabelo fino e quebradiço,ligeiro aumento de peso, mialgias e parestesias.

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Saiba tudo sobre as doenças da Tiróide

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Como surgem os Nódulos?Embora não se saiba normalmente a causa do aparecimento, alguns dos registos indicam que as causaspodem estar ligadas à deficiência de iodo, ao aumento difuso provocado por doenças autoimunes comoa Doença de Graves e a Tiroidite de Hashimoto, alguns medicamentos e alguns químicos específicos.Outras das causas são a exposição a grandes quantidades de radioatividade ou causas genéticas.

Cancro da Tiróide Qualquer pessoa pode estar sujeita ao cancro da tiróide. Os poucos fatores de risco conhecidossão a radioterapia à cabeça, ao pescoço ou ao tórax, mas também incidências familiares. A maioriados nódulos que aparecem são benignos e apenas cerca de 5 a 10% é que são de origem maligna

Como é diagnosticado?Por vezes é detetado um nódulo, através da apalpação do pescoço, pelo doente ou num exame de roti-na. Mas na grande maioria é detetado através de exames médicos, como ecografias, TAC, análises aosangue à função tiroideia e uma citologia. Apenas em casos específicos é que é feita uma cintigrafia.

Como é tratado o cancro da tiróide?Em caso da citologia diagnosticar um tumor maligno, deve ser efetuada uma cirurgia com aremoção total da glândula tiroideia e todos os gânglios linfáticos suspeitos, se existirem.Após a cirurgia é necessário fazer um tratamento, com hormona tiroideia ,T4-levotiroxina, ouem outros casos efetuar um tratamento com iodo radioativo. As escolhas destes deve-se à neces-sidade de cada doente, segundo o resultado da remoção do tumor.

Qual a importância da vigilância periódica?Manter a vigilância periódica é essencial, embora 80% dos casos terem cura, existe a hipótesede uma recidiva. Em 20% dos casos pode haver disseminação a nível dos gânglios do pescoçoe a outras metástases. Por isso, os médicos aconselham os doentes com cancro da tiróide quemantenham vigilância regular nos primeiros 5 a 10 anos, mas também para o resto da vida.

A PENSAR EM SI

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A PENSAR EM SI

ADTI – Associação das Doenças da TiróidePara aqueles que precisam de apoio especializado, podem recorrer à ADTI, onde serão devidamenteaconselhados. Falámos com a Drª Celeste Campino, Presidente da Direção da ADTI para saber umpouco mais sobre a associação. “A ADTI é uma associação de âmbito nacional, e por ter sido a primeiraassociação criada em Portugal nesta área, veio preencher uma lacuna que existia relativamente àsdoenças da tiróide. Temos procurado divulgar as doenças da tiróide junto da população, promover asua prevenção e apoiar os doentes através do nosso excelente Corpo Clínico, tendo alcançado até agoraótimos resultados. A ADTI integra desde a sua génese a Thyroid Federation Internacional, uma orga-nização internacional que congrega todas as associações das doenças da tiróide”, afirma a Drª Celeste.A ADTI conta atualmente com 150 associados e 500 participantes. Embora seja uma associação bas-tante jovem e composta por apenas voluntários, realiza anualmente algumas excelentes iniciativas comos poucos meios que têm. “Uma das nossas grandes preocupações é aumentar a consciencializaçãosobre a saúde da tiróide, procurando sensibilizar a população para problemas como, por exemplo, ohipotiroidismo, o hipertiroidismo e o cancro da tiróide e divulgando resultados de investigação sobreestas doenças. Anualmente, a ADTI comemora o Dia Mundial da Tiróide (25 maio), com Iniciativas omais abrangentes possíveis, e comemora, também, a 24 de setembro, o Dia de Sensibilização para oCancro da Tiróide. A ADTI tem colaborado com serviços de endocrinologia de alguns hospitais, comcentros de saúde, clínicas, farmácias, etc. É com muito, muito gosto que temos colaborado com oInstituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, promovendo junto da pop-ulação sessões públicas de informação e divulgação das doenças da tiróide, nomeadamente cancro datiróide, bem como as respetivas causas, formas de diagnosticar e tratar. Temos o enorme privilégio deter o apoio e constante colaboração do Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa deEndocrinologia, Diabetes e Metabolismo, o que nos proporciona informação de excelência”. A grande maioria dos associados procura junto da ADTI esclarecer inúmeras dúvidas após o diagnós-tico da doença. “As pessoas procuram principalmente informações relacionadas com o problema quelhes foi diagnosticado, com especial incidência na melhoria da sua qualidade de vida. Nota-se umgrande interesse em saber as alternativas terapêuticas existentes, os cuidados a ter, de modo a minimizaro impacto da doença no dia-a-dia, mesmo a nível de medidas simples como cuidados de alimentação,por exemplo. São também frequentes as dúvidas relativamente ao impacto a longo prazo da doença.” A Drª Celeste Campino fala da dificuldade que têm sentido para angariar novos sócios e colaboradoresvoluntários. Quanto ao futuro, espera conseguir aumentar o número de associados mas não só. “AADTI, para além de pretender continuar a apoiar os seus associados, continuará a apostar na divulgação,pois há necessidade de fazer crescer a associação. No ano 2015, teremos, como tem sido habitual, no mín-imo duas Iniciativas e em princípio, participaremos num importante documentário sobre a tiróide, emparceria com o IPATIMUP”. Para saber mais sobre as doenças da tiróide, visite o site da associação(www.adti.pt) e encontrará toda a informação necessário se quiser tornar-se associado.

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Saúde AnimalPor Drº António Pereira de Almeida (Director Geral, Merial Portuguesa)

A Merial e a Reviver entenderam durante o decorrer de 2015, estabelecerem uma parceria decooperação. Uma relação que deverá permitir a estas duas entidades, beneficiar de uma maisabrangente divulgação das suas actividades em áreas que apesar de diferentes concorrem nomesmo sentido. O meu primeiro dever, enquanto responsável pela Merial Portuguesa, é apresen-tar numa forma sucinta mas objectiva; quem somos, como estamos inseridos no mercado, qual anossa actuação e com que tipo de objectivos.

A Merial é uma empresa focalizada na Saúde Animal. Somos uma organização guiada pela ino-vação. Dispondo de uma gama completa de produtos destinados a melhorar a saúde, o bem-estare o desempenho de várias espécies animais. A nossa especialização incide em duas importantesáreas da saúde animal: medicamentos e vacinas. Terapêuticas estas, que tanto são aplicadas emanimais de companhia como em animais de produção.

A Merial é hoje uma divisão, em saúde animal, do Grupo Sanofi. Criada em 1997, pela fusão dasactividades veterinárias da Rhône Mérieux do grupo francês Rhône Poulenc e da MSD Agvet dogrupo americano Merck & Co. Em 2009, foi adquirida em 100% do seu capital social, pela Sanofi-Aventis. Tornando-se parte das divisões da Sanofi em 2011.

É uma empresa que opera em de 150 países em todo o mundo. Emprega aproximadamente 6200colaboradores. Com um volume de negócio de 2 biliões de euros. Investindo em 13 centros depesquisa e desenvolvimento, com 17 fábricas de produção de fármacos. Fruto de todo este inves-timento, é claro, que é com prazer e um certo orgulho, que nos honramos pelo facto de liderarmosuma posição cimeira em saúde nos animais de companhia; isto é: cães, gatos e cavalos. Na chama-da SPV, Saúde Publica Veterinária, a nossa contribuição é fundamental, seja pela vacinação contraa raiva, como nas vacinas contra a febre aftosa.

Posso dizer que este… é um mercado com múltiplos interesses. A saúde animal é uma indústriadiversificada, com benefícios na saúde pública na grande variedade de espécies de animais a tratar.Onde podemos salientar como exemplo: nas respostas a epidemias, seja a raiva, gripe aviária e ou-tras, ou mesmo àquilo que chamamos de doenças emergentes. Por outro lado, esta actividade, per-mite-nos entender igualmente, a importância que temos tido na segurança alimentar. No papelimportante na alimentação mundial através das proteínas seguras, como a carne, leite ou os ovosprocedentes de animais cuidados. O que acaba por nos envolver no impacto económico a nível glob-al. Com melhores condições pecuárias contribuímos directamente no bem-estar humano, e como énosso objectivo numa melhor saúde animal… que no caso, principalmente, dos animais de compan-hia, leva a um fortalecimento das relações entre os homens e seus amigos animais.

Os donos dos animais têm o dever de prevenir e tratar as doenças, proteger o animal contra doençasprocedentes do modo de vida e do natural envelhecimento. Tal como o humano tem direito à qualidadede vida em qualquer idade, também o animal deve ser respeitado pelos mesmos direitos. Se melhorescondições de vida, como a REVIVER preconiza, passam necessariamente pela qualidade do envelhe-cimento activo e no respeito pelo sénior… quanto melhor for acompanhado e tratado o animal maioresserão as possibilidades de ele ter uma vida de qualidade elevada. E que no caso dos nossos compan-heiros, animais de companhia, será crucial para que possam também eles ter um envelhecimento activoe saudável. E assim, disfrutemos do prazer incomensurável dessa relação extraordinária existente entrehomens e animais. Talvez por isso, terei que dizer que concordo em absoluto quando se diz: velhos sãoos trapos! E como diz o slogan da Reviver: A velhice não passa de um estado de espírito.

PUBLIREPORTAGEM

Saúde Animal

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A PENSAR EM SI

Receitas de

5 estrelas

Receitas deHelena Ramos

Nesta edição Helena Ramos apresenta-lhe uma receita saborosa e fácil de preparar

em qualquer estação do ano. Para prato principal sirva um Risotto de Bacon.

Apresente para a sobremesa uma Panna Cotta de Frutos Silvestres.

Risotto de Bacon

Ingredientes para 4 pessoas

230 g de bacon picado5 xícaras (1,2 litro) de caldo de galinha2 colheres (sopa) de manteiga1/2 cebola picada4 dentes de alho picados1 1/2 xícara (340 g) de arroz para risoto (arbóreo)2 colheres (sopa) de manteiga20 g de queijo parmesão raladoSal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo:20mins

Cozimento: 25mins

Pronto em:45mins

Prato Principal

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Ingredientes para 4 pessoas

500ml de natas30g a 50 g de açúcar (ou 4 colheres de sopa rasas)2 pedaços de casca de laranja 2 folhas de gelatinamolho de amoras ou outros frutos vermelhos

A PENSAR EM SI

PANNA COTTA de Frutos Silvestres

35REVIVER

Preparação da Panna Cotta

Num tacho pequeno junte as natas e o açúcar e mexa bem com a ajuda de varas. Leve ao lume e acrescente as cascas de laranja. Deixe aquecer, mas sem ferver. Retira do lume e com as varas pressione as cascas paraque libertem mais o seu sabor e aroma. Deixe repousarum pouco.Demolhe as folhas de gelatina em água friaaté ficar mole e elástica. Escorra bem a gelatina e dissolva na infusão mexendo bem. Retire as cascas. Deite tudo numa taça ou em taças individuais- Leve ao frigorífico pelo menos 2 horas.

Preparação do Molho

Leve 2dl de água com 4 colheres de sopa de açúcar ( ou a gosto), um pau de canela e 150g a200g de frutos vermelhos, pode aromatizar com casca de laranja e um pouco de vinho doporto. Leve ao lume, deixe ferver bem mexendo sempre até engrossar e reduzir. Deixe arrefecer e deite o molho por cima do preparado anterior.

Preparação do Risotto de Bacon

1.- Doure o bacon numa panela por 10 minutos, escorra o excesso de gordura e reserve.

2.- Leve o caldo de galinha para ferver. Abaixe o fogo e mantenha-o aquecido.

3.- Derreta 2 colheres (sopa) de manteiga em uma panela e refogue a cebola e o alho atécomeçar a dourar. Coloque o arroz e refogue por 2-3 minutos. Abaixe o fogo, junte 1/3 docaldo de galinha e mexa sempre até começar a secar e o arroz ficar cremoso, deite o vinhobranco e quando deixar de cheirar o vinho, repita a operação deitando mais caldo, mais duasvezes, mexendo sempre, até o arroz ficar al dente.

4.- Retire o risoto do fogo, junte o resto da manteiga, queijo e bacon. Tempere com sal epimenta e sirva. Decore a gosto.

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36 REVIVER

António Gentil Martins é um notável cirurgião português. Nasceu em Lisboa, no dia 10 de

Julho de 1930 e liderou várias operações de separação de gémeos siameses. Foi bastonário

da Ordem dos Médicos, campeão nacional e atleta olímpico na modalidade de tiro.

Recebeu-nos no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, em Lisboa.

Dr. António Gentil Martins

- O que é que as pessoas não sabem sobre o Professor António Gentil Martins?

Não faço a mínima ideia. Saiu agora um pequeno livro que é um bocadinho a minha história.

Poderão saber talvez que eu fui presidente da Ordem dos Médicos, porque tive durante 10 anos a

discutir com os Ministros todos, portanto nessa altura aparecia muito. Sou cirurgião aqui há 61 anos

e fui na Estefânia 40 anos mas reformei-me e não me deixaram continuar. Na faculdade tive 16 anos

e também não me deixaram continuar. Como eu criei aqui o primeiro serviço no mundo multidis-

ciplinar para cancro na criança, o ministério autorizou que o reformado Gentil Martins continuasse.

- Quais foram os momentos mais marcantes da sua infância?

É complicado de dizer. Eu tinha 3 meses quando o meu pai morreu, portanto foi sempre a minha mãe

o suporte de toda a minha educação. Lembro-me concretamente da desilusão que eu tive quando

soube que não existia o Pai Natal e que era a minha mãe quem me dava os brinquedos. Eu sabia que

isso era um enorme sacrifício para ela porque eu, como criança, queria imensa coisa. Recordo-me de

entrar para o liceu, e de entrar para a faculdade. Não tenho assim coisas muito especiais. Fiz sempre

desporto durante a minha infância, e acho que isso ajudou muito para que eu hoje esteja bem.

- Que importância teve para a sua vida os anos que passou em Inglaterra?

Foram absolutamente fundamentais. Eu tinha a preocupação de vir de lá completamente independente,e a poder tomar as minhas decisões por mim e não ter de estar a pedir opiniões de outras pessoas.Trabalhei 3 anos e meio em escravatura total, não tive férias, não vim a Portugal, estive sempre lá. Achoque foi extraordinário, adorei o trabalho, foram pessoas excecionais comigo. As duas coisas que eu nãogostava, como é evidente, era o clima e a comida. Tive a sorte de poder trabalhar com as melhores pessoasdo Mundo na altura. Quando cheguei à conclusão que já estava tudo bem muito obrigado, vim paraPortugal. Ainda tive um convite para ir para o México trabalhar mas eu era português e o que eu sabiaera para fazer cá. Poderia fazer muito dinheiro, mas isso nunca foi prioridade.

- Como cirurgião pediátrico, a sua ligação às crianças já não é segredo nenhum. No caso das cri-

anças com cancro, o que é que nós temos a aprender com elas?

Eu acho que são muito mais simpáticas que os adultos, têm uma sensibilidade muito maior. São muito

espontâneas, são muito verdadeiras. Quando vejo uma criança triste fico logo preocupado, mas se vejo

uma criança bem-disposta já sei que ela não tem nada. Relativamente às crianças com cancro, temos mais

a aprender com a verdade delas. Adaptam-se às situações com mais facilidade que os adultos. Uma vez

veio cá um pai entregar uma carta que a filha escreveu antes de morrer. Ela pediu ao pai “Quando eu

morrer, o pai não se esqueça de ir entregar esta carta no Instituto, a agradecer aos médicos e às enfer-

meiras o que fizeram por mim enquanto eu lá estive doente”. Eu achei isso uma coisa fabulosa.

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38 REVIVER

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- Já foi pioneiro em diversos tipos de cirurgias, como é o caso da separação de siameses e a operação

a um doente que tinha tumores no rosto. Como é que se sentiu antes e depois dessas operações?

Tirei-lhe a pele da cara toda de uma vez. Mas não havia outra alternativa porque a criança tinha cancros por

todo o lado. Nunca se tinha feito, mas ou eu o deixava morrer, ou tentava. É claro que não ficou muito boni-

to, ficou cheio de cicatrizes na cara, mas ficou funcional. Morreu com 35 anos. Nos siameses, na primeira eu

senti um terror desgraçado porque sabia que se desse um passo em falso já não voltava atrás. Fui com muito

cuidado porque era uma coisa complicada. Demorei 12 horas nessa operação. Depois dessas operações há

uma sensação de alívio e de satisfação, no fundo porque é uma pequena vitória que nós temos.

- Na sua opinião, o trabalho de um cirurgião plástico é de alguma forma parecido com o de um artista?

É sem dúvida. Sempre gostei muito da parte estética. Transformar o feio em bonito é uma coisa que

é agradável. Ter a sensação de que mudei uma coisa para melhor.

- Diz que ainda não conseguiu mudar o Serviço Nacional de Saúde, mas que não desistiu.

O que é que ainda falta mudar?

É uma coisa muito simples, eu quero liberdade de escolha. O Serviço Nacional de Saúde que temos, que é

bom e tem muitas coisas boas, não tem liberdade. Pergunte a qualquer pessoa, sobretudo de uma certa

craveira e que é um grande defensor do atual Serviço Nacional de Saúde, quando está doente onde é que

vai? Se ao Centro de Saúde do sítio onde mora, ou se vai ao médico amigo que ele conhece e em quem tem

confiança. Todos vão ao médico amigo. Além disso, Bismarck criou o primeiro Serviço de Saúde Social,

através de um Seguro Nacional de Saúde, que é o que eu defendo para cá. É um seguro em que todos têm

de pagar porque é obrigatório, mas que se distribui para dar saúde a toda a gente. Na minha opinião, a base

tem de ser igual para todos. É curioso que alguém que já foi ministro, agora já diz que o ideal é um Seguro

Nacional de Saúde obrigatório. Achei muita graça a essa posição atual porque andei sempre em desacordo

com ele quando ele era ministro. Só não fala em liberdade de escolha; esqueceu-se desse pormenor.

-- Quando chegou a hora da reforma, ponderou deixar de trabalhar e aproveitar a vida de outra forma?

Nem pensar. O que eu queria era continuar e por isso até insisti em continuar aqui. Na Estefânia não

me deixaram, recebem-me muito bem mas não me deixam fazer nada. Na faculdade, chegando aos 70

vim-me embora. Agora é aos 65, mas na altura era aos 70. Em Portugal temos uma coisa muito curiosa,

todos nos queremos reformar mais cedo, mas todos vivemos mais 20 anos do que vivíamos. Depois

ficam muitos espantados de que não há dinheiro para pagar as reformas e isto e aquilo. Não há

hipótese. Eu acho que a idade da reforma tem de ser flexível. Defendo intransigentemente isto.

-- Com 84 anos nota que as pessoas já não confiam tanto nas suas capacidades. Acha que existe uma

descredibilização profissional relativamente às pessoas mais velhas?

Acham isso de mim porque olham só para o calendário, não me conhecem. É natural, eu até

percebo isso. Depois das pessoas me conhecerem aí já não pensam a mesma coisa. Gente nova

é ótimo. E não tenho nada contra gente nova; agora é um disparate não aproveitar os velhos e

a experiência deles. Os jovens pelo trabalho e os velhos pela experiência.

-- Atualmente, ainda gosta de tocar violino? E quanto ao desporto, ainda pratica ténis e tiro?

Não, não. Adoro ouvir música, adoro música clássica. Toquei violino até entrar para a Faculdade de

Medicina. Tinha 17 anos, não tinha tempo para tocar violino bem enquanto me preparava para fazer a

cadeira de anatomia. E queria tornar-me num bom médico. Relativamente ao desporto, todos os anos tenho

de fazer uma prova de tiro porque senão perco a licença. Ando bastante, faço um bocadinho de ginástica em

casa para não enferrujar, mas desporto como fazia e de que gostava imenso, hoje em dia faço muito pouco.

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- Tendo em conta a maneira como conheceu a sua mulher, acha que estavam destinados a ficar juntos?

Destinados a ficar juntos é algo um bocado vago. Foi o grande apoio da minha vida seguramente.

Casei tarde, aos 33 porque queria escolher bem. Tive a sorte de operar um sobrinho dela e foi aí

que a conheci. Queria alguma coisa de especial, tinha de valer mesmo apena. Tivemos 8 criancin-

has que já não são crianças nenhumas.

- Como é que é um Natal com 8 filhos e 24 netos?

É repartido, nunca se junta. Tenho um filho que está na Ilha Formosa, uma filha na Suécia, outra no

México. Mesmo assim, como todos têm sogros e pais, eu não posso monopolizar a família.

- Já decidiu que quer doar o seu corpo à Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa.

Como é que lida com a morte?

É uma coisa inevitável, nada a vai impedir. Não tenho pressa nenhuma, mas já sei que ela vem.

Assim quando eu morrer ainda posso ser útil, porque eu aprendi imenso a operar nos cadáveres.

Hoje em dia as Faculdades de Medicina só têm bonecos. Dar o corpo à faculdade depois de morto,

não percebo porque é que não há mais gente a dar.

- Se o mundo estivesse calado a ouvi-lo, o que diria?

Que não pensem uma coisa e digam outra. A partir do momento que tenhamos a ideia de que esta-

mos certos, temos de defender essa ideia e não ser politicamente corretos.

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"Escolha uma ideia.

Faça dessa ideia

a sua vida.

Pense nela,

sonhe com ela,

viva pensando nela.

Deixe cérebro, músculos,

nervos, todas as partes

do seu corpo serem

preenchidas com essa ideia.

Esse é o caminho

para o sucesso"

Swami Vivekananda

SEPARADOR

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Compreendíamos bem a exigência do nosso objetivo, mas estávamos decididos. Saímos cedo de

Lisboa, adornados pelo fresco da manhã, que nos acompanhava enquanto o Sol insistia em res-guardar-se. Duas horas de viagem estavam passadas quando os ares de Castelo de Vide secomeçaram a fazer notar. O Sol tinha perdido a timidez e neste dia de Inverno, aparecia agora alti-vo, acolhedor. A Vila mostrou-se à altura das expectativas que lhe depositávamos. Mantinha-seclássica e fiel a si mesma, pronta a receber-nos. Para visitarmos a sua zona histórica a ideia era sim-ples, estacionar o carro e percorrê-la a pé. Deixámos o carro no Centro da Vila, e logo nos deslum-brou a Igreja de Santa Maria da Devesa, imponente na sua ampla praça. Vemo-nos obrigados a dizerque, uma vez presentes naquele largo, rodeados de tamanha beleza, torna-se difícil chegar a umadecisão sobre qual o caminho a tomar. Nesta vila, considerada uma das mais românticas doAlentejo e cheia de encanto, sabemos que é no ponto mais alto que se encontra a melhor vista sobreela. Assim, começamos a palmilhar os caminhos que nos levam ao topo, onde está edificado oCastelo. É fácil perdermo-nos naquelas ruas estreitas, tradicionalmente alentejanas. Mesmo seguin-do as placas que nos levavam ao Castelo, tomámos a liberdade de construir os nossos próprios cam-inhos, virando aqui, espreitando acolá, num pequeno e cativante labirinto. Não perdendo o Norte,continuámos a subir até nos depararmos com as muralhas. Entrámos prontamente. Queríamos tera melhor perspetiva não só da vila mas também da Serra de São Mamede. Castelo de Vide é conhecido como “Sintra do Alentejo” devido à sua proximidade ao ParqueNatural de São Mamede. Naturalmente bela, foi D. Pedro V o primeiro a dar-lhe esse nome.

Por Castelos AlentejanosPor Castelos AlentejanosO nosso objetivo era claro, visitar a belíssima Vila de Marvão. Mas, para nós era impensávelnão levar a nossa jornada até à igualmente bela Vila de Castelo de Vide. Acompanhe a REVIVERneste passeio pelo Distrito de Portalegre.

MENTE SÃ; CORPO SÃO

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MENTE SÃ; CORPO SÃO

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Esta vila medieval é toda ela rodeada por uma lindíssima paisagem, legitimamente comparada àbeleza da Serra de Sintra. Passada a porta em arco, a principal do Castelo, vemo-nos inseridos numMundo medieval imaginário, que só a história nos dá o mínimo vislumbre de como se poderia viverali. Lá passearam-se os lordes e antigos donos do nosso Portugal. Percorremos os caminhos dentroda fortificação, passando túneis, largos e arcos, subindo escadas e mais escadas, que se iam compli-cando, quanto mais alto nós subíssemos. No topo de uma das torres do Castelo, uma janela roubo-nos a atenção. A divisão era circular e escura, e um pequeno corredor realçava cada uma das janelas.Aquela, virada para a Vila, observada de uma determinada perspetiva dava-nos a sensação de estara olhar para um quadro em que a moldura era a própria parede. Era simplesmente uma vista incrív-el sobre toda a vila. Mas nós não estávamos completamente satisfeitos, queríamos o topo, e ao topochegámos, e essa vista então é inexplicável. Palavras não a podem descrever, mas tamanha pais-agem faz-nos cair na real e mostra-nos o quão pequeno é o ser humano. Incapazes de resistir, deitá-mo-nos no chão virados para o céu, banhados por um Sol que certamente nos compreendia.Não pudemos perder muito tempo no castelo, tínhamos Marvão ainda por visitar. Com muitapena, apressámo-nos a sair daquelas muralhas, e descemos até ao histórico bairro judeu. Um dospontos de referência da judiaria é a antiga sinagoga, onde funciona agora um museu onde estãoexpostos conteúdos relativos à vida e à memória dos judeus em Castelo de Vide. Saídos domuseu, descemos a rua, limitada por casas brancas com vasos e flores, em direção ao centro. Afome já se fazia notar, e parámos num café para comer uma refeição rápida. Voltámos então àPraça D. Pedro V onde enchemos a garrafa de água e pusemo-nos a caminho de Marvão.

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MENTE SÃ; CORPO SÃO

A Estrada Nacional 246-1 levava-nos ao nosso destino. Passámos casas e campos agrícolas, sempre acom-panhados pela Natureza. A certa altura a estrada passou a ser escoltada por árvores altas que ambien-taram mais ainda a nossa viagem. No entanto, havia algo que nos desconcertava. De quando em quandouma placa castanha com a palavra Ammaia inscrita nela ia surgindo no nosso caminho e despertando-nos a curiosidade. Chegámos a um cruzamento que foi decisivo, Marvão ficava para um lado e a placacultural indicava o sentido oposto. Se fizéssemos este desvio ia roubar-nos mais tempo ainda ao planoque já tínhamos traçado, mas a curiosidade levou a melhor, tínhamos de saber o que era Ammaia.

Uma entrada imponente, diferente de todas as outras que até então tínhamos passado indicou-nosque aquele era o sítio que procurávamos. Entrámos sem saber o que nos esperava. Prontamentefomos atendidos pelo senhor responsável pelo funcionamento do museu. Explicou-nos então o queera Ammaia. Naquele museu estava exposta uma parte do imenso espólio recolhido nas escavaçõesna área da Cidade Ammaia, uma antiga província romana, hoje reduzida a ruínas e classificadacomo Monumento Nacional em 1949. Pagámos uma entrada simbólica e ocupámo-nos a conhecerprimeiro o museu, onde estava uma coleção de Epigrafia, uma coleção de Vidro, de Numismática ede objetos de Adorno. Todas as peças foram encontradas nas escavações. Nas traseiras do Museu,começava o espaço exterior, onde estavam as verdadeiras ruínas romanas, compostas pela PortaSul, pelas Termas, Fórum e Templo. As escavações continuam e mantêm-se as expectativas em fazernovas descobertas, mas entretanto, as ruínas da Cidade Ammaia levam-nos numa viagem até aoprimeiro século depois do nascimento de Jesus Cristo. Na Porta Sul, identificamos as ruínas de duastorres que ladeavam as portas da Cidade seguidas de uma praça pública, pavimentada com blocosde granito e que ladeavam uma das principais ruas da cidade, conhecida como Cardo Maximus.Esta rua encaminhava-nos na direção do Fórum, mas só na soleira da porta é que existem vestígiosda calçada original. Em 1996 foi descoberto um pequeno tanque revestido por placas de mármore,que se suspeita ter feito parte do complexo balneário do Fórum. Algumas estruturas termaisenvolvem este tanque e mais recentemente foi descoberta uma piscina maior, que pertencia a esteedifício, destruído em parte pela construção da EN 359. Seguindo as indicações, fomos então deencontro ao Fórum. Situado na Tapada da Aramenha, com 18 metros de comprimento e dois metrose meio de altura, está o pódio do antigo templo. As escavações feitas em torno desse pódio, per-mitem-nos compreender o Fórum, onde se centravam o poder administrativo, judicial e religioso. Éverdade que estas ruínas, que fizeram parte do maior império da história, nos desviaram do nossoplano, mas a visita à Cidade Ammaia foi extremamente enriquecedora.

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Com menos tempo do que o previsto, optámos mesmo assim por subir até Marvão. De novorodeados pela Natureza, quanto mais altos mais bela era a paisagem. Depois da exigente subida,deixámos o carro à porta da vila. Passadas as muralhas da pitoresca vila, atravessámos as ruasfloridas, cheias de casas típicas e caiadas. Imensos turistas passeavam-se também por estas ruas.Subimos escadas, passámos por arcos, lojas locais, praças e fontes. Em todos os cantos a vila seapresentava bonita. No topo da Serra do Sapoio, a uma altitude de 860 metros, o vento geladocomeçava a cortar-nos a cara e as mãos, mas nem ele conseguia destituir a vila da sua beleza. No cimo, situava-se o Castelo que nos atraía para a sua torre mais alta, onde podíamos ter a tãoambicionada vista panorâmica. Rente às muralhas, subimos até que deparámos com o jardim daIgreja de Santa Maria, belo, artístico, com as suas árvores, flores e sebes perfeitamente podadas.Com o frio que estava, fomos levados a imaginar como seria aquele jardim cheio de neve, comoé normal no rigoroso Inverno de Marvão. Certamente que o jardim, o castelo e a vila inteiraficarão com uma beleza singular debaixo do manto branco da neve. Apesar do tempo começar aapertar, deixámos a Igreja para trás e atravessámos com calma o jardim, em direção ao castelo.Nem o cansaço acumulado da viagem nos demoveu, nem sequer o frio e o vento cada vez maisdifíceis de suportar. Chegámos ao cimo da torre principal do castelo, e foi lá que por momentos,nos sentimos donos e senhores de Portugal. Com uma paisagem que só vista pode ser compreen-dida, Espanha dum lado, Portalegre e Castelo de Vide do outro. Rapidamente a sensação degrandeza se apartou de nós, pois assim como em Castelo de Vide, toda aquela grandeza voltoua fazer-nos sentir pequenos no Mundo, parte de algo muito maior do que o nosso ego. Com pena de não termos tido tempo para visitarmos com mais calma a região de Portalegre,fomos descendo a Vila de Marvão, em direção ao carro, cansados mas contentes por termosescolhido este itinerário. Um passeio que aconselhamos vivamente.

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O que é a Técnica de Alexander?

MENTE SÃ; CORPO SÃO

Técnicas deAlexander

Os leitores mais assíduos da REVIVER sabem que procuramos dar a conhecer váriostipos de tratamentos e terapias que aumentem o nosso bem estar e a nossa qualidadede vida. Nesta edição deparámo-nos com as técnicas de Frederick MatthiasAlexander, um ator australiano do século XX, que desenvolveu um processo educa-cional que ainda hoje é ensinado e procurado, conhecido por Técnica de Alexander.

A Técnica de Alexander é uma habilidade de desenvolvimento pessoal, que procu-ra ensinar-nos a alterar os longos hábitos de postura que causam tensãodesnecessária no nosso corpo, em tudo o que fazemos. Esta técnica tem como obje-tivo uma reeducação psicomotora, ensinando uma forma do corpo e da mente fun-cionarem juntos e melhorarem o desempenho em todas as atividades diárias, pro-movendo a harmonia e o bem-estar. Simples atividades do dia a dia como apressar-mo-nos para os transportes, sentarmo-nos para jantar, stress para cumprir prazos,ou até atender o telemóvel, levam-nos a constrangimentos físicos e mentais. Com opassar dos anos estes constrangimentos acumulam-se e podem causar doenças,lesões ou dores comuns que aparecem do nada. A Técnica de Alexander adapta-sea todas as idades e pode ajudá-lo a potenciar a sua performance em qualquer ativi-dade e aliviá-lo da dor e do stress causados pelos maus hábitos posturais.

Como é ensinada esta Técnica?

Através de atividades do quotidiano como falar, andar, sentar e levantar de umacadeira, o professor observa, analisa, corrige e guia o aluno, orientando-o com as suasmãos a desfazer-se das tensões e a encorajar o funcionamento normal dos reflexos doorganismo. Assim encontram um equilíbrio para a tonificação muscular para suportedo corpo e o relaxamento necessário para uma respiração e movimento mais livres.Desta forma os alunos podem encarar as atividades diárias com uma maior liberdade,menor tensão e menor stress. Não existem contra indicações nem limites de idade.

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Reeducação e Auto consciencializaçãoAtravés da Técnica de Alexander aprendemos a reconhecer os nossos hábitos prejudiciais,como parar e pensar, e escolher a melhor opção postural. Gradualmente estes novos conheci-mentos e habilidades são aplicados no dia a dia e em atividades mais complexas, de forma adesenvolver uma consciencialização em tudo o que fazemos. Ensina-nos a utilizarmo-nos anós próprios e beneficiarmos com isso. A forma como nos mexemos, andamos, respiramos,descansamos, a organizarmos uma consciencialização e um foco em tudo o que fazemos, eacima de tudo, a escolher as nossas reação a situações mais exigentes. Os benefícios dos bonshábitos alimentares e do exercício já são bem conhecidos, ao passo que os benefícios do “usode nós próprios” não são tão conhecidos, mas também capazes de mudar a nossa vida.

Benefícios da Técnica de AlexanderAprender a Técnica de Alexander é um investimento a longo prazo que faz em si próprio.Por mais de 100 anos, o legado de Frederick Matthias Alexander tem ajudado milhões depessoas a ultrapassarem naturalmente:Dores nas costas, pescoço e articulações; Tensão e rigidez muscular; Má postura;Problemas respiratórios e vocais; Problemas relacionados com ansiedade e stress.

É uma técnica muito procurada para pessoas que:Procuram melhorar as suas capacidades de performance; Pretendem prevenir lesões emmúsica, representação ou desporto; Pretendem aumentar habilidades de negócio ouapresentações; Desenvolver leveza e elegância de movimento; Apoiar a gravidez e oparto; Melhorar o equilíbrio, a estabilidade e a coordenação; Pessoas que simplesmentepretendem uma melhor qualidade de vida.

Permite-nos melhorar a qualidade de tudo o que fazemos, libertando-nos da tensão e dapressão sobre nós próprios, e ajudando-nos a redescobrir o equilíbrio entre a mente e ocorpo. Com uma melhor consciencialização podemos:Estar melhor balançados e coordenados; Mover-nos levemente e sem esforço; Estar alerta efocados; Respirar e falar mais facilmente; Tornarmo-nos calmos e confiantes.

Todo o trabalho psico-motor desenvolvido por Alexander, e que por mais de um século tematraído diversas personalidades, do mundo das artes, da ciência e da educação, começou poruma razão muito pessoal. Frederick Matthias Alexander era um ator shakesperiano, con-ceituado na Austrália e na Nova Zelândia. Os seus recitais eram famosos, mas a sua saúdefoi piorando a cada apresentação teatral, começando a sofrer de rouquidão, perda de voz edificuldades respiratórias. Sem que os médicos conseguissem indicar uma causa para os seusproblemas, Alexander começou a observar-se a si próprio. Recorrendo a espelhos, iniciou asua pesquisa e rapidamente descobriu que a forma como utilizava o seu corpo e o pensamen-to, criavam um desequilíbrio que o afetava diretamente o bom funcionamento do seu organ-ismo. Os seus problemas de voz e de respiração eram consequência de um desequilíbrio totaldo seu corpo. A partir dessa sua autoconsciencialização, desenvolveu uma prática pressupos-ta na unidade psico-física do Homem, ainda hoje utilizada e reconhecida.

“É necessário educar a pessoa como um ser total, se quisermos promover mudanças fundamentais”

Frederick Matthias Alexander

Como Começou

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Quando ouvimos falar do Bóccia rapidamente associamos a uma modalidade paraolímpica.E não é de estranhar. Desde de 1984 que tornou-se numa modalidade paraolímpica nos jogosde Nova Iorque, sendo praticada principalmente por atletas com paralisia cerebral. Mas osucesso do Bóccia espalhou-se rapidamente e hoje é um desporto tão popular que é praticadopor diversas gerações, sem qualquer tipo de deficiência. O Bóccia para seniores tem tido umagigante adesão por várias Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias e Associações que trabal-ham com a população sénior. São inúmeros os campeonatos realizados de norte a sul do paíse adesão vai sendo cada vez maior. Depois de lermos vários depoimentos de seniores que jog-aram Bóccia pela primeira vez, a conclusão é sempre a mesma, um jogo simples, cativante edivertido. Se ainda não conhece esta modalidade, a REVIVER faz-lhe uma pequena apresen-tação deste desporto e os benefícios que ele traz à sua saúde.

O Bóccia é um desporto de precisão, praticado indoor, em que são arremessadas bolas de couro. O objetivoé aproximar o maior número de bolas, vermelhas ou azuis, da bola branca, chamada de “jack” ou bolaalvo. Em 1984 tornou-se numa modalidade paraolímpica e passou a ser permitido o uso das mãos, dos pésou de instrumentos de auxílio, para os atletas que estejam de alguma forma condicionados nos membrossuperiores e inferiores. O Bóccia pode ser disputado de uma forma individual, a pares ou por equipas.

Bóccia SéniorSimples, Cativante e Divertido

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O que é o Bóccia?

Bóccia SéniorSimples, Cativante e Divertido

O que é o Bóccia?

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Quais são as regras do Jogo?Antes do início da partida, o árbitro atira uma moeda ao ar e através desse sorteio escolhe-se a cor das bolascom que cada equipa vai jogar. Embora, normalmente, o árbitro dê o direito aos participantes de escol-herem se querem competir com as bolas de couro vermelhas ou azuis. A equipa que escolher as bolas ver-melhas inicia a partida e em primeiro lugar arremessa o “jack” e uma bola vermelha de seguida.De seguida é a vez da equipa das bolas azuis jogar. A partir daí, cada equipa joga alternadamente. Paraalém da precisão este também é um jogo de estratégia. Para ganhar um ponto, o jogador tem de con-seguir colocar a bola o mais próximo possível da bola alvo. Caso este mesmo atleta tenha colocado out-ras bolas mais próximas do “jack”, cada uma delas também vale um ponto. No caso de duas bolas decores diferentes ficarem à mesma distância do “jack”, cada equipa recebe um ponto. No final da partida vence a equipa ou o jogador que acumular mais pontos. Estas são apenas as regrasbásicas, se quiser saber todas as regras deste jogo existem inúmeros sites com essa informação. O Bóccia é normalmente praticado num recinto coberto, plano e devidamente assinalado com as medi-das e marcações. A área do jogo do Bóccia mede 6 metros de largura por 12,5 metros de comprimento.

O que é necessário para praticar Bóccia?- Um campo de jogo com as medidas referidas anteriormente e as devidas marcações.- Adquirir um “set” de 13 bolas de couro, 6 vermelhas, 6 azuis e a bola branca mais conhecida por “jack”.- Dispositivos de medida: Fita métrica; compasso e um cronómetro. - Um indicador, uma raquete, com a cor vermelha de um lado e azul do outro. - Um quadro de resultados, para registar todos os pontos que são conquistados ao longo do jogo.

O Bóccia SéniorNão foi muito difícil cativar a população sénior a participar nos jogos de Bóccia. Visto ser umjogo muito idêntico ao da malha, acabou por ser uma modalidade bem acolhida. Neste momentosão vários os campeonatos distritais de Bóccia Sénior em Portugal. Há alguns anos começou adecorrer o Campeonato Nacional de Bóccia Sénior, com inscrições por alguns pontos do país.A verdade é que muitas associações, juntas de freguesia e Câmaras Municipais começaram porabrir esta modalidade aos seus seniores e hoje já conquistam um lugar nos pódios. Muitos seniores portugueses inscrevem-se para continuar com um estilo de vida ativa e acabampor se tornarem profissionais na modalidade, pelo desafio, pela competição saudável, pelainclusão mas principalmente pelo bem-estar físico e psicológico que adquirem a jogar Bóccia.

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A REVIVER apresenta-lhe os 8 benefícios em começar a praticar Bóccia:

1º- Manutenção de um estilo de vida ativa. Ao sair de casa para jogar Bóccia está a ocupar o seutempo livre com uma modalidade que promove o envelhecimento ativo e saudável.

2º- Conserva a capacidade funcional e autonomia física durante o processo de envelhecimento.

3º- Melhora a mobilidade articular, a força muscular e a motricidade fina.

4º- Aumenta a capacidade de concentração, o equilíbrio e a coordenação motora a nível óculo-manual. O Bóccia é uma modalidade que exige precisão. Conforme tiver mais pratica, irá notarmelhorias na sua saúde física e mental.

5º - Promove uma competição saudável que permite aumentar a sensação de bem-estar e a auto esti-ma. Todo o Ser Humano sente alguma realização pessoal quando consegue alcançar uma vitória,mesmo que seja num jogo amigável. É normal começar a sentir-se melhor consigo próprio.

6º - Combate o isolamento e inícios de depressão. Ao participar nesta modalidade passa a sen-tir-se mais integrado na sociedade, afastando-o de pensamentos negativos.

7º - É uma modalidade adaptada e simples de aprender. É uma ótima forma de socializar e con-hecer novas pessoas.

8º - Desenvolve a capacidade intelectual. Quando começa a participar em competições de Bóccia é exigi-do um esforço intelectual mais elevado, para conseguir elaborar uma estratégia que o leve à vitória.

Curiosidades sobre o Bóccia

- Os atletas paraolímpicos portugueses já conquistaram 24 Medalhas na modalidade de Bóccia.- O Bóccia é praticado em mais de 50 países.- Todos os eventos de Bóccia incluem homens e mulheres. - Existem várias categorias e é um desporto que pode ser praticado por todas as gerações.- As equipas são compostas no máximo por 3 jogadores.

Os 8 Benefícios do Bóccia Sénior

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Gostava de ver o seu texto aqui publicado?Se leu as dez edições anteriores, certamente apercebeu-se que dedicamosum espaço exclusivo para os nossos leitores e protagonistas falarem sobre assuas experiências de vida. Se gosta de escrever ou tem algumas histórias quese enquadrem no contexto da nossa revista, não hesite em contactar-nos.Todos os testemunhos e sugestões são importantes para nós.

Entre em contacto connosco da maneira mais cómoda para si, seja por carta ouemail. Seja qual for o meio que opte, deve indicar sempre o seu nome, contac-to, idade e a história que gostaria de ver publicada nesta revista, que deve terum título à sua escolha seguido de Reviver.

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Sabia que...

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A Epidemia de Dança de 1518

A Epidemia de Dança de 1518 ocorreu em Julho de 1518,na cidade de Estrasburgo em França. Foi um caso dedançomania em que centenas de pessoas dançaram semdescanso por dias a fio. Muitas pessoas morreram deexaustão, ataques cardíacos e derrames. Tudo teve inicioquando Frau Troffea saiu para a rua e começou a dançarviolentamente em frente dos seus vizinhos. Não haviamúsica, a sua cara não aparentava alegria, mas tambémparecia incapaz de sair daquele estado de frenesim.Caso este ataque de loucura tivesse sido um caso isolado, e as autoridades poderiam tê-lo evitado,acusando-a de estar possuída por demónios ou de loucura. Mas não demorou muito para que umvizinho se juntasse à dança, e depois outro e outro, até que ao final de uma semana eram já maisde trinta pessoas a dançar nas ruas, noite e dia. Não parou aí, porque passado um mês depois deter começado, já mais de 400 pessoas tinham sido arrastadas para o fenómeno. Tudo isto reúnecondições para ser apenas um conto folclórico, mas não é. A Epidemia de Dança de 1518 ficoudevidamente documentada em notas médicas, civis e religiosas da altura. Nenhuma das teoriasaté hoje desenvolvidas conseguiu explicar fielmente este acontecimento, que levou várias à morte,pensando que a cura para a dança era com mais dança.

A “VENEZA DO NORTE” Giethoorn é uma pequena vila holandesa, situada na província de Overijssel. Destaca-se não sópela sua beleza muito própria, mas por ser atravessada por belíssimos canais de água. Nesta vila,a circulação de carros é proibida, e por isso só é acessível de bicicleta, a pé ou de barco. Esta vila etoda a sua beleza típica e natural ficou famosa quando em 1958 o cineasta holandês Bert Haanstrafez lá a comédia FanFare. Desde então que Giethoorn se tornou uma atracção turística conhecidainternacionalmente. Esta pequena vila com cerca de 2500 habitantes, foi fundada por volta do ano1230, por um grupo de fugitivos da região do Mediterrâneo. A primeira coisa que os fundadoresrepararam quando lá chegaram foi imensos chifres de bode que por lá estavam espalhados,supostamente mortos após uma grande inundação. Por isso deram-lhe o nome de Giethoorn, queem português significa isso mesmo, chifres de bode.

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Sabia que...

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“São Francisco: Retrato de uma Cidade 1940-1960”

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Com um dos portfólios mais ricos da cidade de São Francisco no pós-guerra, Fred Lyonde 90 anos é um dos fotógrafos mais reconhecidos da cidade. Já lá vão mais de 70 anosque Lyon retrata a história, a vida e a cultura da sua cidade natal.Após a guerra ter terminado em 1945, a cidade de São Francisco enchia-se de esperança. Odesejo de crescimento e prosperidade eram o foco principal. Para Fred Lyon, um jovem fotó-grafo nesses tempos, era altura de registar através da sua lente este novo período. E assimfoi. Cada monumento, cada bairro histórico, cada local, foram registados a preto e brancopelo talentoso Lyon. Embora ao longo dos anos São Francisco tenha-se tornado uma cidademais agitada, confusa e desenvolvida, Fred Lyon nunca perdeu o encanto pela cidade emque nasceu. O seu recente livro, “São Francisco: Retrato de uma Cidade 1940-1960” estárepleto de imagens marcantes desses tempos. Fred Lyon já viu o seu trabalho publicado em prestigiados meios de comunicação, como é ocaso da revista Time, Sports Illustrated, Fortune, Lide entre muitas outras. Fique agora aconhecer algumas das maravilhosas imagens deste artista.

“São Francisco: Retrato de uma Cidade 1940-1960”

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Ruby Holt tinha um sonho, não morrer sem antes ver o mar. E foi uns dias antes de completaros seus 101 anos que o lar onde vive e uma ONG juntaram-se para realizar este sonho. EmNovembro do ano passado, Ruby viajou até ao Golfo do México, na costa do Estado doAlabama, onde ficou num Resort com todas as despesas pagas. A centenária conseguiu-seaproximar do mar com uma cadeira de rodas elétrica que lhe foi doada.Ao ver o mar pela primeira vez na sua vida, Ruby Holt começou a rir-se, não escondendo afelicidade que sentiu. Com a ajuda das cuidadoras, levantou-se para molhar os pés naquelaágua gelada, como fez questão de referir. Após uns breves momentos na água, aproveitou parapassear pela areia branca daquela praia.

As profissionais que lidam com Ruby diariamente descobriram o seu sonho, quando estavam no meiode uma “guerra de pistolas de água”. Ao terem esta informação, as cuidadoras não ficaram caladas efizeram um apelo à ONG que realiza sonhos a idosos, que prontamente disponibilizou-se a realizá-lo. Em declarações à imprensa local, Ruby Holt, explicou o porquê deste desejo. “Eu ouvia as pessoasfalarem sobre o mar e quão maravilhoso era e eu queria ver isso”. Foi a viagem mais longa que a cen-tenária fez em toda a sua vida, percorreu aproximadamente 650 km, mas segundo Ruby valeu a pena.Um dos principais motivos para este sonho não se ter realizado mais cedo, foi a falta de tempo edinheiro de Ruby, que cuidou dos seus quatro filhos numa fazendo no Estado do Tennesseeenquanto trabalhava na apanha de algodão. Dia 13 de Dezembro Ruby Holt completou 101 anos mas desta vez teve que pensar noutro desejo.

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Sonho realizado aos 100 anos

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Animal visita dono no hospital eajuda-o a sair de um estado crítico

O James Wathen, de 73 anos, estava internado no Hospital Batista Corbin, em Kentucky nos EUA,desde Setembro. Devido ao estado debilitado de James os médicos não previam um desfecho ani-mador. O Senhor Wathen tinha parado de comer e estava tão frágil que mal conseguia falar. Desde quechegara aquele hospital ainda não se tinha conseguido sentar na cama. Até que um dia, James Wathen,conseguiu reunir as suas forças e confessar, em tom de sussurro, a uma enfermeira que tinha saudadesdo seu cão Bubba. James teve que enviar o seu Chihuahua, com 8 anos, de um só olho para o abrigoKnox-Whitley durante o seu internamento no hospital. Ao tomarem conhecimento desta situação, aequipa do hospital decidiu que ia tentar reunir os dois. Mas a entrada a animais de estimação é proibi-da no Hospital Batista Corbin. Então a equipa teve que trabalhar secretamente com o abrigo Knox-Whitley, para conseguir que o pequeno Bubba entrasse no quarto de hospital do seu dono. Mal entrou,Bubba saltou para o colo de James. Enquanto o cão lambia o seu dono, o dono fazia caricias muitosuaves no seu amigo de quatro patas. A equipa registou o momento num vídeo emocionante. No quar-to não havia ninguém indiferente a este momento emotivo.Mas foi após uma segunda visita que tudo mudou. Segundo Mary-Ann Smyth, do abrigo de animais,Bubba também tinha deixado de comer. Mary-Ann explicou que aqueles dois encontros causaram umareviravolta completa na saúde de James Wathen e do seu fiel companheiro. Após a segunda visita,James já consegue falar, sentar-se na sua cama e está a comer muito melhor. E quanto a Bubba está umcão mais feliz e já se alimenta melhor. A chefe de enfermagem, Kimberly Probus, explicou as inesper-adas melhorias do senhor Wathen à estação local de televisão “WKYT”. “A equipa do hospital percebeuque o luto pela perda do seu cão, estava a fazer com que a saúde de James Wathen fica-se ainda pior”.Depois de todos estes acontecimentos, Bubba já visitou o seu dono várias vezes e, ambos têm vindoa melhorar. O Hospital está a providenciar tudo, para que as visitas possam-se tornar regulares.Quanto aos médicos, não deixaram de fazer referência ao estado do cliente ainda ser frágil, mas afir-maram que James Warhen saiu do estado critico em que se encontrava.

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FOTO-REPORTAGEM República da Turquia ...

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FOTO-REPORTAGEM.. A Estrela da Europa

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Já lá vão quatro meses que bruscamente deixei a minha Manuela sozinha. Todos os dias observo-a no seu tra-jeto de casa até à florista, da florista ao jazigo. É incrível a sua dedicação, todos os dias, no mesmo horário, ren-ova as flores e pulveriza-o com o meu antigo perfume. Só queria poder confortá-la, quando chora horas a fio,sussurrando com uma voz trémula que não aguenta viver sem mim. Se ela me pudesse ouvir, saberia que eusó desejo voltar a ver aquela doce pessoa de sorriso fácil a viver e não a sobreviver. Hoje o despertador de Manuela não tocou. Acordou sobressaltada pois já passava das 9 horas. Correu paraapanhar o autocarro mas foi um esforço sem sucesso. Não podia ficar à espera do próximo, pois tinha que estarno cemitério até às 10h30, em quatro meses nunca tinha-se atrasado. Mas hoje, o Universo alinhou-se paraabalar a rotina que Manuela teima em não quebrar.Chegou à porta da florista quase sem fôlego. Os seus olhos encheram-se de lágrimas quando reparou no letreiro quedizia fechado. Hesitou um pouco até que começou a correr. A 1 m de distância da sua meta olhou para o relógio depulso, que marcava 10h42. Abrandou o passo e à entrada deslizou a sua mão naquela pedra fria, deixando-se cairlentamente de joelhos. Não conseguiu conter a sua frustração e caiu num profundo pranto, enquanto soluçava umpedido de desculpas. “Perdoa-me Ernesto. Não fui capaz de cumprir a minha promessa”. Não proferiu maispalavras. Ficou ali no chão até o sol se pôr. Estava exausta, no entanto lentamente ergueu-se para borrifar o ar como meu perfume. Despediu-se com um beijo naquela fria pedra e saiu. Enquanto passava os portões do cemitério sen-tiu que estava a ser seguida. Virou-se de forma repentina, olhou em redor e nada. Até que os seus olhos repararamnum pequeno cachorro, de orelhas caídas, pelo castanho chocolate e olhos cor de mel. Baixou-se lentamente e opequenote de quatro patas entrelaçou-se nas suas pernas. Pegou-o ao colo, deu-lhe umas festas mas voltou a colocá-lo no chão. Virou costas e saiu sem olhar para trás. Após andar um quarteirão reparou que o cachorro a tinha segui-do. Mandou-o embora mas ele não se afastou. Manuela estava demasiado cansada para dissuadi-lo, entãoprosseguiu em direção a casa escoltada por um cachorro. Quando retirou as chaves da mala, olhou para o cão edisse-lhe: “Podes entrar, mas é só por hoje. Que eu nunca vou ser uma boa dona para ti”. Manuela encheu uma tigelacom água e outra com as sobras do jantar de ontem para o cachorro. Aqueceu uma sopa e foi-se deitar.Na manhã seguinte, Manuela acordou com as lambidelas do cachorro e pela primeira vez em quatro meses esboçouum quase indetetável sorriso. Falou baixinho com ele, disse-lhe que à tarde iam ao veterinário e depois prometeu-lheque ia encontrar um lar que cuidasse bem dele. Depois da ida ao cemitério, foi comprar ração e voltou para casa. Ocachorro tinha entrado no roupeiro e estava a dormir em cima das minhas gravatas. Estavam todas roídas, exceto a queeu usei no nosso casamento. Manuela ralhou com ele e meteu-o na sua maior mala e levou-o ao veterinário. O Dr. Paulodisse-lhe que o cão era saudável, que o tinha vacinado, estava com 4 meses e precisava de um nome. Manuela disseque o tinha encontrado mas não o ia adotar. O veterinário riu-se, pois o cachorro já estava dentro da mala em que tinhachegado. O Dr. disse: “Você é que sabe. Ele escolheu-a como dona, não está disposta a tentar?”. Manuela encolheu osombros, olhou para aqueles olhos cor de mel e disse ao veterinário: “Erny! Pode registá-lo como Erny.” Manuela adotou o Erny (o diminutivo que sempre usou para chamar-me) e a cumplicidade foi aumentando entreos dois. O Erny dormia no meu lado da cama e acordava na minha almofada. Só brincava com uma bola, a bola dotorneio de ténis que venci em 1964. O passeio favorito dele era o mesmo que o meu, o jardim do lago. Eram tantasas semelhanças, que Manuela por instantes acreditava que eu tinha reencarnado no seu cão. E quão estapafúrdioseria? Mas a minha doce mulher preferia acreditar que tinha encontrado um novo companheiro. Como ela própriadizia, assim não parecia tão maluca. Aos poucos Manuela começou a visitar o meu jazigo cada vez menos. Até quesó começou a aparecer três vezes por ano. Mas eram visitas alegres, com muitas histórias e peripécias, que eramacompanhadas pelo sorriso que sempre me cativou. Finalmente Manuela estava feliz, tudo graças ao Erny.Passaram 14 anos desde o dia em que Manuela e Erny se conheceram. A minha doce mulher tinha-se vestido a preceitopara o meu suposto 80º aniversário. Trazia uma rosa vermelha e um cartão que tinha escrito: “Espero não te ter desilu-dido. Consegui ser feliz!”. Estava linda, embora estivesse um pouco debilitada devido à sua doença nos rins. Quantoao Erny, estava a ficar velhinho mas continuava a acompanhar Manuela para todo o lado. Ambos caminhavam deva-gar, ficavam horas no sofá a mimar-se um ao outro e iam-se deitar ao mesmo tempo na cama. Viveram intensamenteaqueles anos, ambos sabiam exatamente o que cada um queria, nada nem ninguém conseguia separar aqueles dois.Era um “casamento” perfeito. Manuela sabia que o fim de ambos estava próximo, embora não soubesse qual dos doisiria partir primeiro, de uma coisa tinha a certeza absoluta, estariam juntos até ao fim, como nós estivemos.

Natacha Figueiredo

crónica:Estaremos juntos até ao fim

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TarotHoróscopo Bimensal

Rodolfo Miguel de Figueiredo

CarneiroDe 21/03 a 20/04

Cartas do Mês de JaneiroO Carro e o Quatro de Espadas

Neste mês, vai sentir-se dividido entre anecessidade de fazer coisas novas e avontade de se afastar de todas asresponsabilidades. Precisa de encontrarum meio-termo, pois, por um lado, orepouso pode fomentar a realização, e,por outro, a acção diligente também.

Cartas do Mês de FevereiroA Estrela e o Ás de Copas

Para que o amor entre na sua vida temde estar disponível e abrir o seu cora-ção. Neste mês, é essencial entregar-se àfé no amor. Confie na estrela que oguarda e o amor irá cruzar o seu camin-ho. Porém, não espere que o destinofaça tudo. Entregue a acção ao coração.

TouroDe 21/04 a 20/05

Cartas do Mês de JaneiroO Sol e o Sete de Copas

Seja prudente e analise todos os sucessose realizações com algum distanciamento.Nem tudo será o que parece e não caia natentação de considerar uma ilusão comoum êxito. As palavras dos outros, as“palmadinhas” nas costas, podem reve-lar segundas intenções.

Cartas do Mês de FevereiroA Lua e o Rei de Espadas

Vai estar confuso. A sua consciência darealidade vai oscilar entre o excesso deracionalidade e a explosão emocional.Aprenda a equilibrar as duas dimensõese seja mais moderado no modo como seexpressa. Os outros não têm de aturar oseu descontrolo.

GémeosDe 21/05 a 20/06

Cartas do Mês de JaneiroO Imperador e o Sete de Ouros

Uma atitude prepotente e autoritáriapode transformar uma acção de sucessonum fracasso. Tenha sempre em consid-eração o facto de os seus conhecimentosserem limitados e de necessitar do apoioe da experiência dos outros. Só assimpoderá alcançar os seus objectivos.

Cartas do Mês de FevereiroO Carro e a Rainha de Copas

Neste mês, vai ter uma maior consciên-cia do caminho a seguir, bem como danecessidade de equilibrar a sua vida.Vai estar especialmente atento ao factode existir uma lacuna na sua capacidadede dar. Tem recebido demais e hoje vaiter de inverter os pratos da balança.

CaranguejoDe 21/06 a 21/07

Cartas do Mês de JaneiroO Diabo e a Rainha de Paus

Avalie, com a devida honestidade, assuas verdadeiras motivações. O seucarisma e magnetismo pessoal podem,neste mês, ter como origem sentimen-tos negativos e um forte desejo demanipulação. Lembre-se sempre quevai colher aquilo que está a plantar.

Cartas do Mês de FevereiroA Roda da Fortuna e o Dez de Ouros

A sua vida está, neste período, disponí-vel para deixar entrar a energia da pros-peridade e da riqueza. No entanto, paraque a sua situação financeira melhorevai ter de iniciar projectos familiares. Asua família vai ter de partilhar esse espí-rito de sucesso e de abundância.

LeãoDe 22/07 a 22/08

Cartas do Mês de JaneiroO Louco e o Três de Ouros

Neste mês, vai sentir-se dividido entreas suas obrigações e o seu desejo deliberdade. O sentimento de frustraçãopode fazer com se sinta deprimido eincapaz de criar a vida que tanto deseja.Lembre-se que nós somos os constru-tores da nossa existência.

Cartas do Mês de FevereiroO Eremita e o Seis de Copas

Vai estar especialmente introspectivoneste mês. Essa é a forma de determinare concluir o que quer para si. A necessi-dade de fazer aquilo de que gosta e aqui-lo em que se sente realizado será deter-minante. Será bastante intolerante comas imposições dos outros. Confie em si.

VirgemDe 23/08 a 22/09

Cartas do Mês de JaneiroA Temperança e o Quatro de Paus

A sua vida está em equilíbrio e em har-monia, o que faz com que tudo o quealcança se revele como um júbilo devitória. As suas realizações não são maisdo que a expressão daquilo que traz con-sigo. Aproveite este período de harmo-nia para dar mais aos outros.

Cartas do Mês de FevereiroA Sacerdotisa e o Cinco de Espadas

A capacidade de transmitir aquilo quesente vai ser posta à prova. Não culpe osoutros. Pense que pode não estar a serexplicita ou que não está a respeitar avisão do outro. A sua sensibilidade e asua dificuldade de lidar com as dificul-dades vão ser um desafio.

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BalançaDe 23/09 a 22/10

Cartas do Mês de JaneiroA Estrela e o Oito de Paus

Neste mês, vai ter de apurar a noção deque tudo está em movimento. O que faziasentido no passado pode hoje não passarde uma ilusão. Confie mais na intuição. O seu ego pode estar a enganá-lo. Aprendaa estar atento aos pequenos sinais e vaiencontrar o caminho.

Cartas do Mês de FevereiroO Dependurado e o Valete de Paus

Para que possa alcançar seus objectivosvai ter de abdicar de certas coisas. Aevolução vai exigir uma forma de sacrifí-cio. Porém, esse desprendimento é aúnica forma de alcançar o sucesso. Confie mais nos seus sonhos e na suacapacidade de realização.

EscorpiãoDe 23/10 a 21/11

Cartas do Mês de JaneiroA Lua e o Seis de Copas

A necessidade de prazer pode, nestemês, colidir com a realidade. Vai ter dese bater com as coisas tal como elas são.Na maioria das vezes, os seus desejosnão se vão realizar, no entanto, a cruezado real vai permitir que encontre o lugaronde pode sentir-se realizado.

Cartas do Mês de FevereiroO Papa e o Dez de Paus

Este é um bom momento para reavaliar asua escala de valores. Pode correr o riscode cristalizar a sua visão do mundo.Tenha um espírito mais aberto e maisreceptivo à diferença ou então corre orisco de criar litígios desnecessários. A sua postura social vai ser julgada.

SagitárioDe 22/11 a 21/12

Cartas do Mês de JaneiroA Justiça e o Cinco de Copas

Encontrar o equilíbrio é uma tarefaárdua e, por vezes, desesperante. Vaitornar-se consciente de que para mudara sua vida vai ter de prescindir de certascoisas. Porém, com o tempo, vai perce-ber que elas eram de facto dispensáveis.Abrace este ímpeto de mudança.

Cartas do Mês de FevereiroO Mundo e o Três de Copas

Lembre-se que o fim de uma relaçãonão obriga ao fim da sua capacidade deamar. A sua vida sentimental e socialesteve fechada durante muito tempo.Vai sentir uma maior necessidade deconviver e de se relacionar com os out-ros. Não deixe que o medo o domine.

CapricórnioDe 22/12 a 21/01

Cartas do Mês de JaneiroO Eremita e o Valete de Copas

Esteve demasiado tempo preso dentro desi. Lembre-se que estar consigo é difer-ente de estar só. Uma novidade, algoinesperada, pode vir a revolucionar o seuisolamento. Saiba aceitar as oportu-nidades que lhe estão a ser dadas e confiemais em si e nos outros.

Cartas do Mês de FevereiroA Justiça e o Dois de Ouros

As situações burocráticas e legais queestavam num impasse podem agora con-hecer um volte de face. Aproveite esteperíodo para resolver todas as questõesmais pragmáticas que merecem a suaatenção. A resolução destes problemas vaitrazer a si a mudança.

AquárioDe 22/01 a 19/02

Cartas do Mês de JaneiroOs Amantes e o Sete de Espadas

Lembre-se que todas as escolhas sãocomo uma viagem. Vai ter de estar maisdisponível para a mudança e para aaceitação de outras realidades. Quandose sentir consciente da escolha que tempara fazer, saiba que não pode levarbagagem. Avance!

Cartas do Mês de FevereiroO Julgamento e o Oito de Paus

Vai ter de estar particularmente atento àsoportunidades que lhe são dadas. Certasdádivas podem não se voltar a repetir.Seja perspicaz na interpretação dos si-nais. Uma transformação radical poderevolucionar a sua vida e conduzi-lo à suaverdadeira vocação, mas esteja atento.

PeixesDe 20/02 a 20/03

Cartas do Mês de JaneiroA Força e o Três de Copas

Vai ter de aprender, de forma ou de ou-tra, que tem uma força que desconhece.Os seus verdadeiros limites ainda nãoforam postos à prova. A sua energia espi-ritual é poderosa e está mais disponívelpara o júbilo do que para o sofrimento.Tenha fé e confie sempre no amor.

Cartas do Mês de FevereiroA Temperança e o Dois de Paus

O desenrolar dos acontecimentos podenão estar a seu favor, mas lembre-se quetudo precisa de tempo. No entanto,neste mês, vai estar em paz e em harmo-nia consigo mesmo, o que vai garantir odomínio do seu destino em situaçõesfuturas. Confie em si e tenha fé.

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Agenda Cultural

Janeiro e Fevereiro de 2015

8 de Janeiro 10 de Janeiro

16 de Janeiro

Teatro “As Criadas”Teatro Municipal do

Barreiro

14 de Janeiro

Ah, Os Dias Felizes Teatro Nacional São João,

Porto

12 de Janeiro

24 de Janeiro

“Teatro “GroupInprogress” no Chapitô, Lisboa

20 de Janeiro

Exposição “7 MilMilhões de Outros”

Museu da Electricidade

18 de Janeiro

Teatro “Play Loud”Teatro da Comuna

22 de Janeiro

Teatro “Na Solidão dosCampos de Algodão”

Teatro Municipal São Luiz

26 de Janeiro

Pintura “Azul Profundo”Fundação AntónioMedeiros e Almeida,

Lisboa

28 de Janeiro

Exposição Interativa dePré-Cinema Cinema-teca Portuguesa, Lisboa

3 de Fevereiro

Exposição “A Medicinana Época de Júlio Dinis”no Museu Júlio Dinis

1 de Fevereiro30 de Janeiro

Pintura “A Composição doAr” no Centro Internacio-nal de Artes José Guimarães

5 de Fevereiro

9 de Janeiro 11 de Janeiro

Teatro “Eis O Homem”no Teatro CarlosAlberto, Porto

13 de Janeiro 15 de Janeiro 17 de Janeiro

Concerto “MiguelAraújo” no TeatroMunicipal da Guarda

19 de Janeiro

Exposição “40 anos dearte…” Maria João Fernan-des - Biblioteca Nacional

21 de Janeiro

Teatro “Cyrano deBergerac” -TeatroNacional D. Maria II

25 de Janeiro

Teatro “Tartufo” A Barraca, Lisboa

23 de Janeiro

Concerto “BradMehldau” na Casa da

Música, Porto

27 de Janeiro

Teatro “Los Diamantesde La Corona” TeatroNacional de São Carlos,

Lisboa

2 de Fevereiro

Exposição “GiambattistaBodoni” BibliotecaNacional de Portugal

31 de Janeiro

Teatro “Daqui Vê-seMelhor” no Chapitô,

Lisboa

29 de Janeiro

Teatro “Memórias Parti-lhadas” no Teatro Nacio-nal D. Maria II, Lisboa

4 de Fevereiro 6 de Fevereiro

Exposição de DeviprasadC Rao no Museu do

Oriente

Teatro “Ájax PorExemplo no Teatro daPolitécnica, Lisboa

Pintura “Obras Inéditasde Almada Negreiros”Museu da Electricidade

Teatro “Portugal àGargalhada” TeatroPoliteama, Lisboa

Teatro “O Principezi-nho” no TeatroPoliteama, Lisboa

Teatro “I Don’t BelongHere” no Teatro Munici-pal Maria Matos, Lisboa

Concerto “StraussFestival Orchestra”Coliseu dos Recreios,

Exposição “O Traje emPortugal” no Museu

Nacional do Traje, Lisboa

Exposição “Rien”Centro Cultural

Vila Flor

Escultura “AlexandreFarto\Vhils” Teatro Na-cional D. Maria II, Lisboa

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Fevereiro e Março de 2015

7 de Fevereiro 9 de Fevereiro

15 de Fevereiro

Caminhada “II TrailSerra da Burneira” noCarlão, Alijó, Vila Real

13 de Fevereiro

Concerto “Glenn MillerOrchestra” no Centro

Cultural de Belém, Lisboa

11 de Fevereiro

23 de Fevereiro

Exposição “O Engenho ea Arte” no Museu da Física, Coimbra

19 de Fevereiro

Concerto “AntónioZambujo” no Coliseudos Recreios, Lisboa

17 de Fevereiro

Exposição “Entre Cores ePalavras” - Auditório

Augusto Cabrita, Barreiro

21 de Fevereiro

Concerto “GNR” Centro de Artes do

Espectáculo, Portalegre

25 de Fevereiro

Porto Fashion Week“Modtissimo” Edifícioda Alfândega do Porto

27 de Fevereiro

Exposição “15 Tesourosde Matosinhos” GaleriaNave, Paços do Concelho

5 de Março

Concerto “Joel Silva”Culturgest, Lisboa

3 de Março1 de Março

Festival do Chocolate de Óbidos - Óbidos

7 de Março

8 de Fevereiro 10 de Fevereiro

Exposição Fotográfica“Estranho Lugar” Cen-tro Cultural de Ílhavo

12 de Fevereiro 14 de Fevereiro 16 de Fevereiro

“Transformação Digital, OCéu Não é o Limite” noMuseu das Comunicações

18 de Fevereiro

Exposição “AntiguidadesEgípcias” no Museu

Nacional de Arqueologia

20 de Fevereiro

Concerto “Olavo Bilac”Casa da Criatividade, S. João da Madeira

24 de Fevereiro

Exposição “Objectos deOutros Lugares” MuseuNacional da Etnologia

22 de FevereiroPasseio “Do Monte àsLapas” na Quinta dasLapas, Torres Vedras

26 de Fevereiro

Rastreio de Cancro daMama - Bombeiros

Voluntários de Benavente

4 de Março

Pintura de Fátima Men-donça no Centro de ArteManuel Brito, Algés

2 de Março

Visite Castelo de Vide,Ammaia e Marvão

28 de Fevereiro

Concerto “Joana Gama & Luís Fernandes”Culturgest, Lisboa

6 de Março 8 de Março

Concerto “SimpleMinds” no Coliseu dos

Recreios, Lisboa

Exposição “500 Anosda Torre de Belém”Torre de Belém,

Lisboa

Pintura “Colecção deFranco Maria Ricci” Mu-seu de Arte Antiga, Lisboa

Exposição “JogosMatemáticos” no Museu

da Ciência, Lisboa

Paulo Gonzo em Vila do Conde Teatro Municipal

Exposição “Bordalo àMesa” no Museu RafaelBordalo Pinheiro, Lisboa

Exposição “ArsénioMota: uma vida comoobra” no Museu doNeo-Realismo

Aproveite para REVIVERo dia dos namorados à

sua maneira

Exposição “AlmeidaGarret; Viagem e Patri-mónio” - PanteãoNacional, Lisboa

Reuna-se com asMulheres da sua Vida

67REVIVER

Page 68: Revista reviver 13ªedição final

Passatempos

Descubra as 5 diferenças

68 REVIVER

Descubra as 8 diferenças

Page 69: Revista reviver 13ªedição final

69REVIVER

Sudoku Samurai

Anedotas

Duas amigas idosas foram viajar pela primeira vez de avião. Já sentadas, uma delas pergunta a uma assistente de

bordo que passava no corredor: - Menina, diga-nos uma coisa. Garante-nos que nos trazem outra vez para baixo?

A assistente: - O que lhe garanto, minha senhora, é que nunca ficou ninguém lá em cima…

Um caracol ia a atravessar a estrada e foi atropelado por uma tartaruga. Inconsciente foi parar ao hospital.

Quando acordou nas urgências do hospital perguntaram-lhe o que é que lhe tinha acontecido, ao que o pobre do

caracol respondeu: - Como é que quer que eu saiba?! Foi tudo tão depressa!

Passatempos

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REVISTA REVIVER

FundadoresAntónio RamosNatacha Figueiredo

Director GeralAntónio Ramos

EditorAntónio Ramos

Directora ArtísticaNatacha Figueiredo

RedacçãoAntónio RamosNatacha Figueiredo

Sede de RedacçãoRua da Esperança Lote 2B2835-483 Barreiro

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Janeiro 2015 . Edição nº13

Redacçã[email protected]

DistribuiçãoNacional

Nota : Isenta de registo na ERC ao abrigodo decreto regulamentar 8/99 de 9/6artigo 12º nº1 - A

Locais de distribuição GratuitaJuntas de FreguesiaCâmaras MunicipaisCentros de diaCentros de ConvívioUniversidades da Terceira IdadeAssociações de ReformadosAssociações recreativasLares de idosos e Casas de repousoBibliotecasEspaços InternetSanta Casa da Misericórdia

Para particularesDevem efectuar o pedido através doemail [email protected]

Sugestões e participaçõesDevem ser efectuadas para os contactosgerais da revista, ou através do nossofacebook e do site integrado nesse.

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