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1 l Combatente Setembro 2009

revista Setembro 2009 - ligacombatentes.org.pt · Combatente Setembro 2009 Coimbra ... Rua Maria Júlia Sales Oliveira Zuquete Moinho de Vento – Apartado 104 2440-901 Batalha

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CoimbraRua da Sofia, 1363000-389 CoimbraTel/Fax: 239 823 376/ 239 833 718

CovilhãRua do Rodrigo, 656200-188 CovilhãTel e Fax: 275 323 [email protected]/gmail.com

ElvasRua Isabel Maria Picão, 77350-476 ElvasTel: 963 302 [email protected]

EntroncamentoVila Nova da BarquinhaRua Eng. Ferreira Mesquita, 12330-152 EntroncamentoTel: 249 719 [email protected]

EspinhoRua 43, 474, 1.º - Sala C4500-801 Espinho – Tel: 227 324 799

EstremozPortas de Sta. Catarina - Prédio Militar 227100-110 Estremoz – Tel: 268 322 [email protected]

ÉvoraRua dos Penedos, 107000-531 ÉvoraTel: 266 708 [email protected]

FaroRua Dr. José de Matos, 115 - B, r/c8000-501 Faro – Tel/Fax: 289 873 067

Figueira da FozRua Rancho das Cantarinhas, 44, r/cBuarcos 3080-250 Figueira da FozTel: 233 428 379

FunchalRua Ribeirinho de Baixo, 33 B, 4.º - Dto.9050-447 Funchal – Tel: 291 220 [email protected]

GuardaPraça Dr. Francisco Salgado Zenha6300-694 GuardaTel: 271 211 891

Lagoa/ PortimãoRua Alexandre Herculano, 20 , r/cApartado 2658400-370 LagoaTel: 282 089 169

LagosRua Castelo dos Governadores, 608600-563 LagosTel: 282 768 309

LamegoUrbanização da Urtigosa, Lote 8, Cave - Esq.5100 LamegoTel: 254 613 [email protected]

LeiriaAv. 25 de Abril, Lote 12, r/c - Dto.2400-265 LeiriaTel: 244 001 [email protected]

LisboaRua João Pereira da Rosa, 18, r/c1249-032 LisboaTel/Fax: 213 470 [email protected]@ligacombatentes.org.pt

LouléRua Eng. Duarte Pacheco, 61, 1.º - Dto.8100-570 LouléTel: 289 413 726Tlm: 91 339 45 [email protected]

MafraPraceta dos Combatentes2640 MafraTlm: 96 738 46 86

ManteigasRua Dr. Pereira de Matos6260 ManteigasTel: 275 981 035

Marinha GrandeRua do Ponto da Boavista, 122430-051 Marinha GrandeTel: 244 550 [email protected]

MatosinhosRua Prof. Rocha Pereira, 1284250-007 PortoTels: 96 757 65 09 - 22 401 49 13

Mêda

Bairro Senhora das Tábuas6430-110 Mêda

MonçãoRua Dr. Álvares Guerra, 48/52(Apartado 92)4950-433 MonçãoTel: 251 652 521

MontargilTravessa dos Combatentes, 57425-141 MontargilTel: 242 904 624 / 936 910 071

Montemor-o-NovoRua de Aviz, 39/41/437050-088 Montemor-o-NovoTel / Fax:266 896 668/ 266 891 149

MontijoRua Manuel Neves Nunesde Almeida, 32, 1.º - Dto.2870 MontijoTel: 212 310 364

MoraRua do Parque, 3 - Apartado 287490-244 MoraTel / Tlm:266 403 247 / 93 852 92 26

Oeiras/CascaisRua Cândido dos Reis, 216, 1.º2780-212 OeirasTel / Fax: 214 430 036 / 214 694 [email protected]

OlhãoRua 18 de Junho, 251/2578700-568 OlhãoTel: 289 706 [email protected]

Oliveira de AzeméisRua António Alegria, 223, 1.º3720-234 Oliveira de AzeméisTel / Fax: 256 688 [email protected]

Oliveira do BairroRua Senhor dos Aflitos, 15-A, r/c3770-102 Oliveira do BairroTel: 234 747 [email protected]

PenafielRua Engenheiro Matos, 20(Antigo Matadouro Municipal)4560-465 PenafielTel: 255 212 706

PicoRua do Granel, BRMadalena do Pico9950-363 Pico

PinhelRua da República - Merc. Municipal, Loja 36400-440 PinhelTlm: 967 397 369

Ponta DelgadaAv. António José de Almeida, 27, 1.º - Dto.9500-053 Ponta DelgadaTels: 296 282 333 / 919 534 [email protected]

PortalegreRua 15 de Maio, 37300-206 PortalegreTel/Fax: 245 202 [email protected]

PortoRua da Alegria, 394000-041 PortoTel: 222 006 101

Póvoa de VarzimRua Latino Coelho, 1007, r/c4490-650 Póvoa de VarzimTel: 252 627 [email protected]

QueluzRua Dr. Manuel Arriaga, 64 - A2745-158 Queluz - Tel: 309 909 [email protected]

Regu. de MonsarazRua João de Deus, 147200-376 Reguengos de MonsarazTlm: 963 090 [email protected]

Rio MaiorRua João de Deus, 41, r/c2040-287 Rio MaiorTel/Fax: 243 908 [email protected]

SantarémTravessa dos Pasteleiros, 162000-043 SantarémTel: 243 324 [email protected]

SesimbraTravessa Cândido dos Reis, 9, 1.º2970-789 SesimbraTel: 212 280 306

SetúbalRua dos Almocreves, 62, r/c2900-213 SetúbalTel: 265 525 765

SintraRua Dr. António José Soares, 2 - Portela2710-423 Sintra – Tlm: 916 449 [email protected]

TaviraRua TCor Melo Antunes, 2, r/c - Dto.8800-687 TaviraTel: 281 324 108

TomarPraceta Dr. Raul Lopes, 1, r/c2300-446 TomarTel/Fax: 249 313 [email protected]

Torres NovasRua Miguel de Arnide,Prédio Alvorão, 69-A, r/c - C2350-522 Torres NovasTel: 249 822 [email protected]

Winnipeg (Canadá)1331 Downying St. Winnipeg,Manitoba, R3E 2R8 – CanadáTels: 204 772 1760/228 1132

Quebec (Canadá)Cp 42027 – Succ. JeanneManse, MontrealQC, Canadá – H2w2t3

Ontário (Canadá)1171 Dundas Street West, TorontoOntário M6J 1x3Tel: 416 534 75 15Fax: 416 534 31 71

Sallaumines (França)24 Rue de Quimper62430 SallauminesTel: 0033 21677052

GabuRua Sello Coiada-GabuGuiné-Bissau

S. Vicente/MindeloChã de MarinhaRibeira de JuliãoCabo VerdeC.P. 89A-5VTel: 2329105

Núcleos da Liga dos Combatentes no País

e no estrangeiro

AbrantesRua do Arcediago, 162000-399 AbrantesTel: 241 372 885nú[email protected]

Alcácer do SalCalçada 31 de Janeiro, 217580-098 Alcácer do SalTel: 96 876 43 [email protected]

AlcobaçaRua Luís de Camões, 63, r/c - D2460-014 AlcobaçaTel: 262 597 [email protected]

AlmadaPraça Gil Vicente, 13, 4.º - F2800-098 AlmadaTel: 212 751 988

Angra do HeroísmoLargo da Boa Nova9700-031 Angra do HeroísmoTel: 295 212 [email protected]

Aveiras de CimaRua António Amaro dos Santos, 52050-075 Aveiras de CimaTel: 263 476 796

AveiroRua Eng. Von Halfe, 61, 1.º - C3800-177 Aveiro – Tel: 234 427 878

AzambujaRua Boavista Canada, 202050 AzambujaTel: 263 418 160

BatalhaRua Maria Júlia Sales Oliveira ZuqueteMoinho de Vento – Apartado 1042440-901 BatalhaTel: 244 765 [email protected]

BejaPraça da República, 42, 1.º7800-427 BejaTel: 284 322 320

BelmonteEdifício Multiusos - Sala 1Rua Pedro Álvares Cabral6250-086 Belmonte

BragaBêco do Eirado, 13, 1.º4710-237 BragaTel: 253 216 [email protected]

BragançaEdif. Principal - Largo General SepúlvedaApartado 76 – 5300-054 BragançaTel: 273 326 [email protected]

Caldas da RainhaPavilhões do Parque D. Carlos I2500-109 Caldas da RainhaTel/Fax: 262 843 [email protected]

Castelo BrancoRua de Santa Maria, 1046000-178 Castelo BrancoTel: 272 323 757

ChavesTerreiro de Cavalaria, 25400-193 ChavesTel: 276 351 [email protected]

ValençaRua José Rodrigues4930 Valença

Vendas NovasRua General Humberto Delgado, 47 - C7080-167 Vendas NovasTel: 265 087 654

Viana do CasteloRua de S. Pedro, 39, 1.º4900-538 Viana do CasteloTel: 258 827 705

Vila Franca de XiraAlameda Capitães de Abril, 18 - Cave A2600-125 Vila Franca de XiraTel: 263 276 146

Vila Nova S. AndréBairro 678 FogosBanda 5 - Edifício 1, 2.º B7500-170 Vila Nova S. André

Vila Nova Foz CôaSala anexa do edifício da escolaprimária - Plano Centenáriodo Município5150 Vila Nova de Foz Côa

Vila RealLargo Conde de Amarante,Edifício do Governo Civil, r/c5000-529 Vila RealTel: 259 324 379

Vila R. de S. AntónioAv. da República - Fronteira Fluvial(Antiga Alfandega)8900-206 Vila Real de Santo AntónioTel/Fax: 281 544 [email protected]

VinhaisLargo dos Combatentes da GrandeGuerra - Arrabalde - Casa da Assistência5320-318 Vinhais

ViseuRua da Prebenda, 3, r/c3500-173 Viseu – Tel. 232 423 [email protected]

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Joaquim Chito RodriguesTenente-General

Presidente da Direcção Central

Do sonho à realidadee ao orgulho

O sonho do homem em voar controladamente teve expressão vitoriosa emlíngua portuguesa. Em 2006 o Brasil comemorou os cem anos desse feito deSantos Dumond. O primeiro voo motorizado, em 1906.

No corrente ano, é a vez de Portugal comemorar os cem anos da Aviaçãoem Portugal. Tem-no feito a Força Aérea Portuguesa com toda a dignida-de: 1909-2009.

Tal como no domínio do conhecimento científico e exploração do Mar, Portugalesteve no domínio científico e exploração do Ar.

Nos cem anos que decorreram entre o primeiro voo motorizado e os dias dehoje o homem foi do zero ao infinito. Foi do sonho à superioridade e à supremaciahumana neste meio ambiente. Com base numa tecnologia cada vez maisavançada o homem domina o ar e domina o espaço.

Os portugueses com os recursos disponíveis acompanharam sempre a evolu-ção meteórica da aviação. A Força Aérea Portuguesa torna-se Ramo independen-te das Forças Armadas há precisamente 57 anos. Ia longe o tempo em que, naI Grande Guerra, Óscar Monteiro Torres se tornava no primeiro aviador portuguêsa ser abatido em combate. Com muita honra, a Liga dos Combatentes possui, noseu Museu, a pistola por ele usada.

Neste centenário de mais um sonho do homem tornado realidade, é umahomenagem que queremos prestar a todos os combatentes que, ao longo destetempo, serviram as Forças Armadas na Força Aérea Portuguesa.

Quer em tempo de paz ou de guerra.Por isso mesmo, os combatentes que serviram e servem as FA em Terra ou no

Mar, sabem que dos serviços prestados pela Força Aérea ao País, jamais podemser omitidos ou esquecidos os altos serviços prestados a Portugal pelos militarese civis da Força Aérea, durante a Guerra do Ultramar. Quer em serviços de apoioàs populações, quer em acções de fogo próximo salvando vidas aos que em terrase batiam, quer evacuando aqueles que em terra caíam, quer transportando osmeios necessários ao reforço ou subsistência dos que combatiam, quer reconhe-cendo a área de operações ou mesmo do ar comandando e dirigindo as forçasterrestres, a Força Aérea escreveu as páginas mais distintas da sua História.

Quantos combatentes, de Terra, Mar e Ar, estão vivos e devem a vida à acçãoda Força Aérea?

Jamais se pode falar da História da Força Aérea, sem que se enalteça o períodomais brilhante da sua história, como Ramo Independente das Forças ArmadasPortuguesas.

Por isso aqui estamos como Presidente da Liga dos Combatentes a enaltecer,sublinhar e agradecer em nome de todos os que directa ou indirectamentesentiram o que foi a acção da Força Aérea, nessa guerra, quer em acçõesindependentes quer na extraordinária forma como conduziu, no seu âmbito, aCooperação Aero - Terrestre.

A Força Aérea, sempre ao longo de toda a sua história, tem sabido evoluir deacordo com as circunstâncias e com os recursos disponíveis. Novos combatentescumprem novas missões nas Operações de Paz e Humanitárias.

Aqui ficam os parabéns e o reconhecimento desta histórica, patriótica esolidária Instituição que tem a Honra de acolher como Membros, muitos dos queserviram ou servem a centenária Aviação Portuguesa.

Quantoscombatentes, deTerra, Mar e Ar,

estão vivos e devema vida à acção da

Força Aérea?

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CombatenteEdição n.º 349TrimestralSetembro 2009

Proprietário e Editor:Liga dos CombatentesRua João Pereira da Rosa, 181249-032 LisboaTel.: 213 468 245Fax: 213 463 [email protected]/NIF 500816905

Director:Presidente da Direcção CentralConselho Editorial:Direcção CentralDirector Executivo:Hélder Freire

Edição online e gestão de informática:Jorge Martins

Secretariado:Anabela [email protected]

Design:Ricardo Nogueira

Execução gráfica:Xis e érre, [email protected]

Revisão:António Costa

Impressão:Lisgráfica

Expedição:Translista, [email protected]

Tiragem:45.000 exemplares

Depósito Legal:210799/04ISSN – 223 582ICS – 101 525

Guinéregresso a casa18 20100 Anos da Aviação

em Portugal

Sumário

Tabela de PublicidadeContracapa ................................. 1.400 €Verso da capa ........................... 1.200 €Verso da contracapa ................ 1.100 €Página dupla ............................. 1.600 €Página inteira ............................... 500 €Meia página dupla ...................... 900 €Meia página .................................. 600 €Terço de página ........................... 400 €Quarto de página ........................ 250 €Rodapé .......................................... 150 €IVA à taxa legal

O Major-General naReserva, Fernando Perei-ra dos Santos Aguda, nas-ceu em Lisboa a 31 deJaneiro de 1946, tem 63anos de idade e 51 anosde serviço, é casado etem um filho.

Foi incorporado como Cadete Aluno naAcademia Militar, em 7 de Outubro de1964, e promovido a MGEN em 24 de Abrilde 2002, contando a antiguidade no actualposto desde 24 de Abril de 2002, tendopassado à Reserva em 31 de Janeiro de2005.

Está habilitado com o curso de Infantariada Academia Militar, o curso de promoçãoa Capitão, o curso de Promoção a OficialSuperior e o Curso Superior de Comando eDirecção.

Prestou serviço na Escola Prática deInfantaria em Mafra, no 2.º Batalhão deInfantaria Motorizado/1.ª BMI – Abrantes,Repartição de Gabinete do CEME, Forças deSegurança de Macau, Destacamento daAmadora da Academia Militar - que co-mandou, Direcção de Apoio de Serviços dePessoal, Comando da Instrução do Exérci-to, Regimento de Infantaria 14 (Viseu) –que comandou, Direcção de Administra-

ção e Mobilização de Pessoal (DAMP),Divisão de Pessoal do Estado-Maior doExército.

Fora do Ramo, desempenhou as fun-ções de Subdirector da Direcção-Geral dePessoal e Recrutamento Militar/Ministé-rio da Defesa Nacional, desde 18 deSetembro de 2002 a 16 de Fevereiro de2006.

Cumpriu uma comissão de serviço noex-ultramar, em Angola, onde foi Coman-dante de Companhia do BCAÇ 4810, deAgosto de 1974 a Outubro de 1975.

Da sua folha de serviços constam 21louvores. (1 concedido pelo Ministro daDefesa Nacional, 1 pelo VCEMGFA, 3 peloCEME, 1 pelo Secretário de Estado daDefesa Nacional e dos Antigos Comba-tentes, 10 por outros Oficiais Generais e 5por outros Oficiais Superiores).

É condecorado com a Medalha de Ser-viços Distintos (Ouro), com as Medalhasde Mérito Militar de 1.ª, 2.ª e 3.ª classe,com a Medalha da Defesa Nacional 1.ªClasse, com a Medalha de Comportamen-to Exemplar de Ouro e de Prata, com aMedalha Comemorativa das Campanhasdas Forças Armadas Portuguesas (Ango-la) e a Medalha Comemorativa das Co-missões de Serviços Especiais (Macau).

Novo vice-Presidente da LC

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Destaque

Carta aos Partidos

«Os cidadãos que serviram ou ser-vem as Forças Armadas Portuguesasreuniram-se em Congresso de Com-batentes que congregou todas as As-sociações existentes, num total devinte e uma Associações, em 11 deJunho passado.

Se na Guerra Colonial se estimativessem tomado parte cerca de ummilhão de militares durante os trezeanos de guerra, todos com pais eavós, o que significa que sem contarcom mulheres e filhos, pelo menoscerca de seis milhões de portuguesessentiram, no seu íntimo, a dúvida deum dia poder vir a perder um seu entequerido naquela guerra e esse senti-mento de valorização e respeito poresses homens e pela sua circunstân-cia, acompanha-os pela vida fora econtinua a ter forte expressão nacio-nal nos seus descendentes.

Esse número vê-se continuado pelosque hoje se batem nas operações dereposição da Paz ao serviço do País.

A necessidade de reconhecimentoe garantia da dignidade da Condiçãode Combatente, seus direitos e deve-res, por parte do Estado, foi um pontoimportante levantado no Congressorealizado a 11 de Junho passado.

Como Presidente da Comissão Exe-cutiva do Congresso e em representa-ção e por deliberação do mesmo,venho por este meio solicitar a V.ª Ex.ªinformação sobre quais as medidasconstantes do vosso programa elei-toral e que desejam levar à prática,referentes aos Combatentes que ser-viram e servem as Forças Armadas,conducentes ao reconhecimento pelo

Quem se preocupa com a situação dos antigos combatentes?

Ainda a quente, no rescaldo das eleições, talvez seja bom lembrar que, antes delas, a Liga dosCombatentes tentou sensibilizar os partidos com assento parlamentar, para as conclusões doCongresso dos antigos combatentes, que demonstraram as dificuldades e os obstáculos com queestes antigos militares e suas famílias se defrontam.Essa acção consubstanciou-se numa carta subscrita pelo General Chito Rodrigues, Presidente daDirecção Central da Liga dos Combatentes e que dizia:

Preocupações com estes temas que tocam milhares e milhares deportugueses, tiveram atenção diferenciada dos diferentes partidos.

A carta enviada teve resposta do Presidente da Assembleia da República,dos Grupos Parlamentares do PCP, CDS e PS.

Para só falar nos maiores partidos, assinale-se que, por parte do PS,apenas enviaram um CD com o programa eleitoral, onde apenas uma linha,se refere ao tema. Melhor atitude tiveram o PCP e o CDS que nos deramconta das medidas que já tinham tomado e pelas quais prometeram bater-sena próxima legislatura. Por banda do PSD e Bloco de Esquerda, não nosdemos conta de que tenham sido «tocados» por esta questão, dado quenem sequer nos responderam.

São atitudes que valem o que valem.

Esperemos agora que, no programa do próximo Governo, sejam inscritassoluções para os problemas dos antigos combatentes.

Dessa atitude, resultará, para muitos milhares de portugueses a percep-ção de quem admite, ou não, que quem deu o melhor de si em nome daPátria, merece justiça.

Estado da Condição de Combatente edas medidas que garantam a sua dig-nidade, direitos e deveres.

A resposta obtida ou sua omissãoserá transmitida a todas as Associa-ções e respectivos membros.

Com a mais elevada consideraçãosubscrevo-me».

O Presidente da CE do Congressodos Combatentes e Presidente da

Liga dos Combatentes

Joaquim Chito RodriguesTen. General

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Jornada

As Nações Unidascomemoram todos os anos

em 21 de Setembro a JornadaInternacional pela Paz.

Este ano a Federação Mundial dosAntigos Combatentes (FMAC), cha-

mou a si a organização deste dia porintermédio da sua organização mundialde associações de antigos combatentesque estão nela filiados, visto que, o apeloà não violência e ao cessar fogo tem sido,duma maneira genérica, totalmente ig-norado. Verifica-se que as armas não secalaram e que em mais de 30 regiões doMundo, os conflitos fazem aumentar onúmero de mortos e de desalojados,sendo os mais pobres e mais carenciadosaqueles que mais sofrem dos horroresdas guerras.

Deste modo e face à falta de respostada comunidade internacional, a FMAC,pretendeu dar o seu apoio às NaçõesUnidas e ajudar a promover uma JornadaInternacional pela Paz com a participaçãode todas as organizações de combaten-tes espalhadas pelo Mundo.

Pretendeu-se, assim organizar uma jor-nada pela Paz que teve lugar no dia 21 deSetembro junto ao Monumento aos Mor-

tos do Ultramar, ao lado do Forte do BomSucesso e vizinho da Torre de Belém.

A organização desta “Marcha pela Paz”teve como organizadores as duas associa-ções de combatentes filiadas na FMAC.

Esta comemoração constou dum en-contro de todos os combatentes e dopúblico presente no relvado em frentedo Monumento aos Mortos do Ultramar,de uma marcha simbólica deste local atéjunto da Torre de Belém e volta aoMonumento onde foram depositadasflores em homenagem aos mortos eonde foram proferidos discursos alusi-vos à Paz pelos Presidentes das duasassociações filiadas na FMAC – Liga dosCombatentes e Associação dos Deficien-tes das Forças Armadas.

O Presidente da ADFA, ComendadorJosé Eduardo Gaspar Arruda, abriu a ses-são e dirigiu-se às entidades e públicopresentes com palavras de exaltação daPaz e da concórdia a nível internacional.Realçou a necessidade da existência depaz social interna, justiça e promoção dobem-estar individual para atingir estedesiderato. Destacou as melhorias alcan-çadas ao nível da assistência médica emedicamentosa para os deficientes mili-tares, sem deixar de referir alguns proble-mas que subsistem neste momento, no-meadamente ao nível do funcionamentoe reparação de próteses e ortóteses, que

não estão a ser adjudicadas devido aproblemas financeiros. Focou também opapel dos combatentes e suas organiza-ções como agentes da promoção da Paz,tendo autoridade moral para o fazer,dado conhecerem por dentro os horrorese inutilidade da guerra.

Por seu turno, o general Chito Rodri-gues, Presidente da Direcção Centralda Liga dos Combatentes, disse, a dadaaltura:

«…Ao evocarmos a Paz, daremos tes-temunho da forma como temos desen-volvido ao longo da nossa História, duasgrandes batalhas: a batalha pelos valorese a batalha pela dignidade do homem, adignidade do combatente.»

Destaque

FOTOS: HUGO GONÇALVES

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internacional pela PazE, mais adiante: «Nós, combatentes,

conhecemos num longo período das nos-sas vidas, a realidade da vida, em estadode guerra.

Conhecemos algo que nenhum de nósambicionou conhecer.

Nós que tivemos que fazer a guerra,somos o veículo ideal para dizer aosque a não fizeram e aos políticos quea determinam, que ela é um absurdo,uma catástrofe e sempre traz destrui-ção de vidas e bens.

Uma palavra de estímulo para osmilitares que hoje, se encontram emteatros de guerra.

Para eles o nosso carinho e desejos desorte e eficiência nas missões que lhe

forem atribuídas e que elas sejam o maiscurtas possíveis por aí se ter encontradoa Paz.»

Antes de terminar, o Presidente daDirecção Central da Liga dos Combaten-tes, disse ainda: «Podemos exigir quesejamos olhados pelos decisores políti-cos, não como os que fizeram umaguerra do outro regime, mas comocombatentes que fizeram essa guerra efariam as guerras do actual regime, como mesmo sentido patriótico e o mesmoempenhamento, que o fazem os com-batentes de hoje.

Muito importante se torna pois quealgumas justas reivindicações de com-batentes idosos, deficientes ou ca-

renciados sejam atendidas, para queassim possam atingir a sua paz de espí-rito individual e possam contribuir para apaz de espírito colectiva.

Termino exortando a que : Ajudemos apreparar comunidades e sociedades paraviverem em Paz. Construamos o diálogoe a confiança entre antigos beligerantes,tenhamos em consideração e legislemospara a resolução dos problemas com quese debatem diferentes gerações de com-batentes, bem como de mulheres e crian-ças afectadas pela guerra. Actuemos como nosso contributo de combatentes paraa Paz e Segurança Internacional e para orespeito do conceito alargado dos DireitosHumanos».

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Aintervenção em grupo iniciada noprincípio do ano na área do CAMPS

de Lisboa vem apresentando um enormesucesso no acompanhamento aos comba-tentes. Com a constatação desta realidade,surgiram novos grupos na região de Lis-boa. Actualmente estão implementa-dos 1.º grupos: 7 Grupos de Auto-ajuda:

2 grupos em Lisboa (combatentes emulheres combatentes); 2 em Sesim-bra (combatentes e mulheres comba-tentes); 1 em Rio Maior (combatentes);1 no Entroncamento (combatentes) e 1em Abrantes (combatentes).

Para além do grupo psicoterapêuti-co iniciado em Fevereiro no CAMPS

No passado dia 30 de Junho, decorreu, no Núcleo do Porto da Liga

dos Combatentes, uma reunião detrabalho com os Presidentes dos Nú-cleos da Zona Norte. A reunião con-tou com as presenças do Presidenteda Direcção Central – Tenente-gene-ral Chito Rodrigues, do Coronel LucasHilário e do Coordenador do CEAMPS– Dr. António Correia, e teve doisobjectivos: O primeiro, dar a conhe-cer as acções desenvolvidas pelo CE-AMPS nas suas vertentes de Centrode Estudos, Centros de Apoio Médico,Psicológico e Social e apoio às famí-lias carenciadas e aos combatentessem-abrigo; o segundo foi a inaugu-ração das instalações do CAMPS da

Zona Norte que irão funcionar a partirdo Núcleo do Porto, em colaboraçãocom o Hospital Conde Ferreira, es-tando já em actividade.

Nessa altura a Liga dos Combaten-tes e a Santa Casa da Misericórdia doPorto assinaram um Protocolo visan-do a colaboração entre a LC e o CentroHospitalar Conde Ferreira, naquela ci-dade. Na assinatura do Protocolo es-tiveram presentes:

Por parte da Liga dos Combatentes:O Presidente da Direcção Central –Tenente-general Chito Rodrigues, oCoronel Lucas Hilário, o Dr. AntónioCorreia, o Presidente e Direcção doNúcleo do Porto e todos os Presiden-tes dos Núcleos da Zona Norte.

Núcleo do Porto já tem CAMPSPor parte do Hospital Conde Ferrei-

ra: estiveram presentes o Vice-Prove-dor da Santa Casa da Misericórdia doPorto e Presidente do Complexo Hos-pitalar Conde Ferreia (CHCF) - Dr. An-tónio Tavares, o Administrador do CHCF- Dr. José Avides Moreira e o DirectorClínico do CHCF e colaborador do CE-AMPS – Dr. José Adriano Fernandes.

Actualmente, o CAMPS do Norteconta com o apoio psicológico do Dr.João Figueiredo, apoio social do Dr.Pedro Teixeira e apoio administrati-vo voluntário da Sr.ª Joaquina Araújo,desenvolvendo a sua acção a partirdo Núcleo do Porto, em colaboraçãocom o Centro Hospitalar Conde Fer-reira.

Intervenção em Grupo em Lisboa, Abrantes,Entroncamento, Rio Maior e Sesimbra.

em Lisboa, constituído por 10 comba-tentes, foram formados mais 2 gru-pos psicoterapêuticos que se inicia-ram em Setembro e irão funcionar emmodelo de intervenção semelhanteao anterior. Os grupos são constituí-dos em média por 8 a 10 pacientescada.

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Assinatura do protocolocom o Hospital Conde Ferreira

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2009

1.º Encontro Nacionalde Técnicos

Colaboradores da Ligados Combatentes

Levantamento do CAMPS do Norte Interior– Núcleo de Chaves

No dia 25 de Agosto, decorreu uma reunião de trabalho no Núcleo de Chavescom o objectivo de planear a entrada em funcionamento do CAMPS NorteInterior a funcionar a partir do Núcleo de Chaves. Estiveram presentes: pela DC/CEAMPS, Dr. António Correia, Coordenador e TCor/Enf. José Pinto; TCor. MárioPires da Silva, Presidente do Núcleo e TCor. Paulo Belmonte Faria, Secretárioe os técnicos disponíveis para colaborar neste projecto: 2 Médicos, 2 PsicólogosClínicos, 2 Assistentes Sociais e 1 Enfermeira.

O objectivo da criação do CAMPS é dar apoio médico, psicológico e social aoscombatentes e famílias já referenciadas e outros que venham a ser sinalizadosna região de Trás-os-Montes (Bragança, Mirandela, Vinhais, Valpaços, Vila Real,Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Montalegre, Macedo deCavaleiros, etc.).

Está previsto para 18 de Outubro a cerimónia de inauguração do CAMPS NorteInterior – Núcleo de Chaves.

No âmbito do protocolo existenteentre a Liga dos Combatentes e oDepartamento de Psicologia e Socio-logia da Universidade Autónoma deLisboa realizou-se o 1.º EncontroNacional de Técnicos que colabo-ram com a Liga dos Combatentesatravés dos CAMPS de Loulé, Lisboa,Porto, Coimbra e Chaves.

O encontro que teve lugar na BaseAérea em Ovar e contou com aparticipação de 25 técnicos colabo-radores.

Este encontro teve um carácter for-mativo, visando um aprofundamento epartilha de conhecimentos e boas prá-ticas que facilitem uma crescente pro-

ximidade entre abordagens e for-mas de intervenção a adoptar faceàs diversas problemáticas manifes-tadas por combatentes e famílias.

Grupo de reflexão sobre a proble-mática dos sem-abrigo reuniu naLiga dos Combatentes

Uma equipa de técnicos do CEAMPSparticipa mensalmente em Lisboa,

instalações pelo Sr. Presidente da Di-recção Central, General Chito Rodri-gues. Para além da Liga dos Combaten-tes, estiveram representadas váriasassociações: AMI, CESIS, Câmara Mu-nicipal de Lisboa, Legião da BoaVontade, Movimento ao Serviço daVida, Rede Europeia Anti-Pobreza, eSanta Casa da Misericórdia. Este en-contro serviu mais uma vez para sen-

sibilizar para a realidade de comba-tentes sem-abrigo e formas de osapoiar e também para reflectir sobre a“Estratégia Nacional para a Integraçãode Pessoas Sem-Abrigo” (2009-2015),apresentada a 14 de Março de 2009no que diz respeito à intervençãodirecta, à prevenção e acompanha-mento de casos e ao estudo sobre ofenómeno dos sem-abrigo.

num encontro informal sobre a pro-blemática dos sem-abrigo. No dia 25de Maio o encontro mensal do grupode reflexão realizou-se nas instala-ções da sede da Liga dos Combaten-tes. Foi com grande agrado que ostécnicos das várias instituições pre-sentes foram recebidos nas nossas

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Reunião do CAMPS do Porto

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Foram horas de verdadeira alegriaque ocorreram no passado dia 8 de

Agosto, em Arganil, tendo como alvoa inauguração da nova sede da Asso-ciação de Combatentes do Concelhode Arganil.

Após sete anos de luta e canseirasfinalmente foi concretizado o sonhoque alimentava no dia-a-dia cada com-batente de Arganil, sobretudo os diri-gentes da Associação.

O novo edifício, acolhedor, foi emtempos a Casa do Cantoneiro, que nãodesfeiteando a sua traça natural con-tinua a ser um marco histórico deArganil e dos arganilenses, quiçá doconcelho.

Será também um duplo espaço dememória, pois numa das suas depen-dências (águas-furtadas) funcionarácomo museu. Actualmente já pode servisto muito espólio que marca a era dachamada Guerra do Ultramar, particu-larmente no que diz respeito à Marinha.

Pois bem, a inauguração foi um actoque motivou muitos combatentes eamigos a virem a Arganil conviver e

Arganil inaugurou sede

Belmonte Convívi oBelmonte realizou, no Parque de

Merendas de Santo Antão, um almo-ço/convívio para Sócios e seus fami-liares com cerca de 160 pessoas.

Estiveram presentes o Presidenteda Câmara Municipal de Belmonte, eo Presidente da Junta de Freguesia, arepresentar a Direcção Central da Ligados Combatentes participou o CoronelJosé Pires Martins. Estiveram presen-tes também o Presidente do Núcleo

viver uma data de tão alto significa-do para a família militar, seus ami-gos e familiares.

Estiveram presentes altas indivi-dualidades civis e militares, particu-larmente o presidente da Câmara deArganil, Eng. Ricardo Pereira Alves, opresidente da Federação Portuguesadas Associações de Combatentes,António Ferraz, os presidentes daAssembleia-Geral e da Direcção daAssociação, respectivamente JoséCarlos Trindade Ventura e Leonel Con-ceição Costa. Todos, nas suas inter-venções, deixaram vincado o sonhorealizado e a boa colaboração que aedilidade arganilense deu para queesse sonho se tornasse realidade.Presentes também altas patentesligadas à Marinha, inclusive o direc-tor do respectivo Museu.

Antes do acto de inauguração, rea-lizou-se uma Sessão Solene no SalãoNobre dos Paços do Concelho e de-pois das cerimónias teve lugar oalmoço de convívio, no Restaurantedo Mont’Alto.

A Ex-Cabo-Adjunto, 06939794, 651-Secretariado, Carla Daniela de BritoNunes, nasceu a 21 de Junho de 1976,natural da Freguesia da Sé (Faro),Concelho e Distrito de Faro, é casada,tem um filho.

Ingressou no Exército Português em10 de Abril de 1995, no Batalhão deAdidos em Sacavém, onde frequentouo Curso de Formação de Praças (CFP)e Curso de Promoção a CABO, do 2.0T/95-B, Especialidade 651-Secretariado.

Em Julho de 1995, após terminos doCFP, foi colocada na EPA, onde desem-penhou funções de Escriturária, naBateria de Instrução de Quadros.

Em Novembro de 1997, foi colocadano Centro de Recrutamento de Faro(CR/Faro), onde desempenhou as fun-ções de âmbito da sua Especialidade.

Em 2002, foi colocada em Diligênciano 1BIMec/BMI, em Santa Margarida,a fim de integrar a Missão do 1BIMec/

Loulé sócia comb a

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Núcleo de Olhãocompleta 80 anos

vi o de Verãode Castelo Branco, o Presidente doNúcleo da Guarda mais um dos seusmembros, assim como elementos doNúcleo de Manteigas.

Tivemos a participação de dois acor-deonistas, sendo que um deles é nossosócio António Pina Faleiro. O convíviodecorreu com muita alegria e camarada-gem e no fim ficaram todos muito satis-feitos por terem participado, fazendo jáprojectos para o próximo ano.

Fundado em 8 de Julho de 1929, oNúcleo de Olhão acaba de fazer 80anos.

A comemoração, decorreu num res-taurante da cidade, num jantar, emque os antigos combatentes e diver-sos associados, celebraram o dia doseu Núcleo.

No decorrer da confraternização,foram homenageados os sócios atle-tas de Pétanca, António Rita Morgadoe António Carlos de Jesus Correia, querepresentaram a equipa de Olhão eainda o benemérito, Manuel Edvigesde Sousa Calé, sócio-gerente da Em-presa lmoart, Arte e Decorações, Lda.a quem foi atribuída uma placa alusi-va ao acto.

Por iniciativa de elementos da direc-ção e da redacção do AGIL, BoletimInformativo, órgão oficial do Núcleo,foi homenageado o presidente da di-recção e director do AGIL, Vítor Manuel

b atente

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UNMISET, em Timor-Leste onde de-sempenhou funções de Condutor-Es-criturária, do 2.º Comandante e Sec-ção de Operações, até Agosto de 2003.

Em 2003, foi colocada na CCS/QG/BMI em Santa Margarida, a desempe-nhar funções na 4.ª Seccção do QG/BMI até Fevereiro de 2004.

Em Fevereiro de 2004, foi colocadano 2.º BIMec/BrigMec), a fim de inte-grar a Missão do 2.º BlMec/EUFOR naEx-Jugoslávia, onde desempenhoufunções, no Multinational BeatleGroup, até Fevereiro de 2005.

Após a Missão na Bósnia-Herze-govina, regressou à sua Unidade, CC-SIQGIBMI, tendo passado à reserva dedisponibilidade, por ter atingido o nú-mero máximo de contratos, em 10 deAbril de 2005.

Possui os Cursos de Secretariado,Promoção a CABO, Condutores Cate-goria B-C, Ms Word, Excel e PowerPoint, Mergulho Nível 1, EmpregadaMesa e Cozinheira, pelo IEFP de Évora.

É É É É É condecorada com a Medalha NATOda Ex-Jugoslávia, Medalha da ONUTimor-Leste, Medalha da EUFOR Bós-nia, Medalha Operação ALTHEIA, Me-dalha Comissões Serviços EspeciaisBósnia 2004-05, Medalha ComissõesServiços Especiais Timor 2003.

Foi louvada pelo Chefe do Centro deRecrutamento de Faro.

Mendes, pela dedicação que tem dis-pensado ao Núcleo de Olhão de que épresidente vai para 32 anos, com umaplaca comemorativa.

O presidente da Direcção Central daLiga dos Combatentes, General ChitoRodrigues, não podendo estar pre-sente enviou a seguinte mensagemao presidente do Núcleo:

«Na impossibilidade de estar pre-sente nas comemorações do 80.º Ani-versário do Núcleo de Olhão, comoseria meu desejo, e porque me en-contro no Núcleo da Covilhã, inaugu-rando as novas instalações da sededeste Núcleo, quero felicitar a direc-ção do Núcleo de Olhão e todos osseus sócios pela passagem de maisum aniversário de um Núcleo históri-co da Liga, pela sua actividade e inici-ativa em proveito dos nossos objecti-vos estatutários.

Com os melhores cumprimentos».

XV Feira de coleccionismo da Covilhã3 de Outubro de 2009Salão Bombeiros Voluntários da CovilhãOrganização – Núcleo de coleccionismo da Liga dos Combatentes

Apoios: Câmara Municipal da Covilhã, Junta Freg. Conceição; GIR-Rodrigo;Bombeiros Voluntários da Covilhã

Entrada GrátisHorário – das 09,30h – às 12,45h e das 15,00h – às 16,30h

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ONúcleo da Liga dos Combatentesna Guarda, proporcionou aos seus

sócios e familiares, uma viagem àsRias Baixas e Santiago de Compostelaem Espanha.

Após o almoço e acomodação nohotel, seguimos para Cambados ondeteve lugar um passeio num comboioturístico e outro de barco na Ria deArousa, levando-nos até à ilha daToja. Na ria, tivemos a oportunidadede ver os viveiros de mexilhão e deostras.

No segundo dia, após o almoço,saímos do hotel com destino a Santia-go de Compostela, onde visitámos acatedral com a sua fachada de estilobarroco e toda a área circundante.

A organização da viagem foi dainteira responsabilidade do tesoureirodo Núcleo, Sr. Manuel.

A direcção do Núcleo, agradece atodos os Sócios e familiares que fize-ram parte deste convívio, nomeada-mente ao elemento da DC, Cor Pires

Actividades Sócio-Culturais

Guarda foi de Viagem às Rias Baixase Santiago de Compostela

Martins que se fez acompanhar pelaesposa, cuja presença, muito nos hon-rou. A todos eles, os nossos sincerosagradecimentos, esperando que estainiciativa, tenha sido do agrado dosparticipantes.

Convívio / Sardinhada

Pelo 2.º ano consecutivo, o Núcleoda Guarda proporcionou aos seus só-cios, familiares e convidados, um diade camaradagem ao realizar um con-vívio junto ao rio Mondego, na praiafluvial de Aldeia Viçosa.

Para além da sardinha assada efebras houve também algumas entra-das, caldo verde, sobremesa e comonão podia faltar, o bom vinho daregião de Vila Nova de Foz Côa.

O Convívio reuniu cerca de 100 pes-soas, distribuídas pelo concelho doSabugal, de Celorico da Beira, VilaNova de Foz Côa, Vila Nova da Barqui-nha e Guarda.

A Direcção Central da LC fez-se re-presentar por um conterrâneo o TCorPires Martins, a Câmara Municipal daGuarda foi representada pelo Verea-dor da Cultura, assim como represen-tações do Núcleo de Manteigas e deBelmonte.

Como já vem sendo hábito, no finaldo convívio, uma sócia extraordinária,ofereceu a todas as senhoras uma florfeita à mão.

O convívio, pensamos nós, foi doagrado dos presentes. No próximoano a Direcção do Núcleo esperaque seja ainda melhor e que ummaior número de sócios diga sim, aochamamento e que haja uma cola-boração de todos. A direcção doNúcleo, não podia deixar de agrade-cer publicamente, a todos aquelesque contribuíram e ofereceram oseu trabalho para que o convíviofosse possível e inesquecível e agra-decer também a presença de todosque muito nos honrou.

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Os cursos de Informática promovidos pelo Núcleo de Chaves e ministrados pelo Centro de Formação Profissional de Chaves,são amigos do ambiente. E porquê? Porque os nossos sócios ao finalizarem o curso ficam habilitados entre outras coisas,

a enviar e receber correio electrónico e assim, no futuro, passam a receber as nossas informações por “e-mail”, em vez datradicional carta via postal. No passado dia 17 de Julho acabou mais um curso de Iniciação, Word e lnternet, com 75 horas deduração, tendo finalizado com sucesso, 17 formandos.

O encerramento teve a presença do director do Centro de Formação Eng. Nuno Rodrigues, assim como acoordenadora do Centro, Dra. Lurdes e a formadora, Prof. Mariana Carvalhal e o Presidente do Núcleo — Mário Piresda Silva. Foram eles que distribuíram os Certificados de Qualificações. O encerramento não teria ficado bem seladosem um jantar de comemoração, num restaurante da cidade.

Foi agendado o início de 3 cursos – de Informática, Inglês e Cozinha.

Encerramento do cursode informática em Chaves

«É dever do Homem perpetuara sua História...

Porque, mais do que fazer umexercício de memória, divulgar opassado é valorizar o contributodas pessoas que, ao longo dostempos, são o motor da constru-ção social.

Por isso, permitam-me que, emnome da Câmara Municipal, enal-teça a iniciativa da Junta de Fre-guesia da Igreja Nova, homena-geando todos aqueles que assu-miram a missão de defender abandeira de Portugal.

Apraz ainda registar que estasimbólica homenagem tenha lu-gar neste jardim que, agora re-qualificado, tem por objectivomotivar a estadia das populações,situando-se no “coração” da fre-guesia.

Nesta medida, não posso deixarde formular os melhores votos deque este seja, sobretudo, um es-paço de muitos encontros: com asreferências do passado, mas tam-bém com as gentes do presenteque, com certeza, aqui vão cruzaros seus caminhos.»

Palavrasdo Presidenteda CM de Mafra

Em Agosto, na Igreja Nova, fregue-sia do Concelho de Mafra foi inau-

gurado mais um monumento aos Com-batentes do Ultramar.

Por iniciativa do Presidente da Juntade Freguesia, Domingos Janota, tam-bém ele fuzileiro e combatente na Gui-né, por ocasião da requalificação doJardim da Vila e com a presença doPresidente da Câmara de Mafra, Eng.0

José Maria Ministro dos Santos, tam-bém combatente e do Presidente daDirecção Central da Liga dos Combaten-tes, General Chito Rodrigues, entre en-

Mafra Monumentoem Igreja Nova

tidades civis e militares realizou-se umacerimónia cheia de significado, com apresença de muito público. Após o des-cerramento do Monumento e a bênçãodo mesmo pelo Padre Rui Peralta foicolocada uma coroa de flores em home-nagem aos Mortos pela Pátria.

Usou depois a palavra o Presidenteda Junta de Freguesia, o Presidente daDirecção Central da Liga dos Comba-tentes e o Presidente da Câmara Mu-nicipal de Mafra.

A cerimónia terminou com um con-vívio entre os presentes.

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ONúcleo da Liga dos Combatentesde Angra do Heroísmo e Praia da

Vitória, em colaboração com a Câma-ra Municipal da Praia da Vitória, inte-grado no programa das cerimónias doferiado municipal da cidade, organi-zou no dia 11 de Agosto, na Praça daBatalha, a comemoração evocativada Batalha da Praia da Vitória e acerimónia de homenagem aos anti-gos combatentes, mortos na Guerrado Ultramar do Concelho.

Assistiram ao acto, o Presidente daCamara Municipal da Praia da Vitória,Doutor Roberto Lúcio da Silva Montei-ro, Comandante da Zona Aérea doAçores, MGEN PILAV Rui Mora de Oli-veira, representante do Presidente doNúcleo de Angra do Heroímo, TCOR,(Reserva), José Pereira Rodrigues e oPresidente da Junta de Freguesia deSanta Cruz da Praia da Vitória, Sr.Diamantino Barcelos Melo.

A cerimónia contou ainda, com apresença de diversas entidades con-

Praia da Vitória homenagemaos combatentes

vidadas civis e militares, como tam-bém com a participação espontâneade combatentes e de muito povo anó-nimo que se quiseram associar direc-tamente ao acontecimento.

Usaram da palavra, o ilustre convi-dado pelo Núcleo dos CombatentesAHPV, Doutor Luís Filipe Cota Monizque proferiu uma alocução alusiva àcerimónia e o Presidente da CâmaraMuncipal da Praia da Vitória Dr. Ro-berto Lúcio da Silva Monteiro.

As Forças Militares presentes foramconstituídas por um Pelotão com umasecção do Regimento de Guarniçãon.º1, uma Secção da Base Aérea n.º 4e por uma fanfarra do Regimento deGuarnição n.º 1.

Depositaram flores junto ao Monu-mento dos Combatentes, o representan-te do Presidente do Núcleo da Liga dosCombatentes de AHPV, o Presidente daCâmara Municipal da Praia da Vitória e oPresidente da Junta de Freguesia de SantaCruz da Praia da Vitória.

Com a pompa e circunstância quecaracterizam os grandes eventos,

realizaram-se as cerimónias da inaugura-ção do Monumento aos Combatentes doUltramar do Concelho de Caminha e daRua dos Combatentes do Ultramar, emVila Praia de Ancora.

Com a presença das mais altas autori-dades civis e militares, foi celebrada umamissa pelo Sr. D. Carlos Pinheiro, BispoAuxiliar Emérito, coadjuvado pelo Párocode Vila Praia de Ancora, João Baptista.Com a igreja repleta de combatentes efamiliares, o celebrante proferiu, durantea sua homilia, algumas palavras que ca-laram fundo nos corações daqueles queum dia foram chamados a defender aPátria, não deixando de recordar, commuita saudade, aqueles filhos deste con-celho, que a morte ceifou em Angola, emMoçambique e na Guiné.

Finda a missa, foi colocada uma coroade flores na lápide do cemitério, tendo ocombatente Antero Sampaio proferidoalgumas palavras em que referiu:

«É com grande emoção e com profun-da saudade que em nome da Comissãodos Combatentes do Ultramar do Conce-lho de Caminha, profiro estas palavras.São palavras dum Combatente, dumamigo, dum irmão, que recorda outrosirmãos, do mesmo concelho, que honra-ram a sua Pátria, que morreram por ela.Desta Pátria que começou a ser construídaem 1128, com o jovem Rei D. AfonsoHenriques e cuja história militar terminouem Abril de 1974. História Militar, escritacom sangue, suor e lágrimas, onde asnossas Forças Armadas souberam defen-der até à última gota de sangue, esteterritório que se chama Portugal.

O Adrião Ferreira, o António Franco, oAntónio Abreu, o António Quintela, oAntónio Gomes, o José Verde, o LinoFranco e o Mário Rocha, foram melhoresque nós.

É por eles que estamos aqui.Eles não morreram. Só morre quem é

esquecido.»

Inauguraçõesem Caminha

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Inaugurado monumento

No dia 10 de Junho, Dia de Portugal, deCamões e das Comunidades Portugue-sas, com a presença de altas individuali-dades civis e militares, entre as quais, aPresidente da Câmara de Caminha, oGovernador Civil de Viana do Castelo,autarcas deste concelho e de muitoscombatentes e familiares, procedeu-se àinauguração do Monumento aos Comba-tentes do Ultramar do Concelho de Cami-nha e da Rua dos Combatentes do Ultra-mar.

Estas inaugurações tiveram direito ahonras militares, feitas por uma forçamilitar vinda do Regimento de Cavalariade Braga e de uma força dos Fuzileiros.Antes da inauguração, foi deposta umacoroa de flores, na base do monumento

Nos discursos, usou primeiro da palavrao combatente Antero Sampaio, em nomeda Comissão de Combatentes do Ultra-mar do Concelho de Caminha.

Depois de saudar as autoridades civis,militares e eclesiásticas, os porta-estan-dartes, os combatentes e suas famílias alipresentes, aquele combatente, afirmou:«Sejam-me permitidas breves palavraspara exprimir a V. Ex.ªs quanto nos senti-mos felizes, na Comissão dos Combaten-tes do Ultramar do Concelho de Caminha,pela inauguração deste Monumento e daRua dos Combatentes do Ultramar, emVila Praia de Âncora.

Dedicado a homenagear, não só amemória dos Combatentes do Conce-lho de Caminha, que sacrificaram a suavida na defesa da nossa Pátria, mastambém, todos os combatentes destemesmo concelho que serviram abne-gadamente Portugal no Ultramar, nascondições difíceis que ali nos foramimpostas, este Monumento é um orgu-lho para esta Princesa do Âncora e paratodo o concelho de Caminha».

Usou da palavra, a seguir, o GovernadorCivil de Viana do Castelo, que a dadopasso do seu longo discurso, afirmouestar de alma e coração com os comba-tentes da Guerra do Ultramar, o seu esfor-ço em defesa da Pátria, saudando-os pelainauguração do seu Monumento e dasua Rua.

A seguir, falou o Presidente da Juntade Vila Praia de Âncora, que felicitou aComissão pelo trabalho feito ao longodestes últimos seis anos.

A encerrar esta festa, discursou aPresidente da Câmara de Caminha,que descreveu, todo o historial doMonumento e da Rua, desde o seuinício, até ao dia de hoje. Explicoudetalhadamente, todos os passos queforam dados pela Câmara de Cami-nha, para que aquelas obras fossemuma realidade e que, muito cedocompreendeu o que a Comissão dosCombatentes do Concelho de Cami-nha, pretendia.

actual Núcleos

14 de Julho de 1919 (2.ª feira)– Em Paris um pequeno contin-gente do Corpo ExpedicionárioPortuguês, integrado nas forçasAliadas do marechal Foch, desfilana Place de l’Etoile sob comandodo major de infantaria Ribeiro deCarvalho e tendo à frente o te-nente Perestrello da Silva, porta-bandeira do RI22/CEP e que co-mandou a 2.ª/BI14 durante a ba-talha de La Lys.

– «Encabeçavam o destacamen-to de honra, 2 verdadeiros solda-dos: o comandante do RI21, ma-jor Ribeiro de Carvalho; e o capi-tão Bento Esteves Roma, do RI13.Erguiam as hastes 4 alferes, emcujo peito pendia uma Cruz deGuerra.»; (extractos de jornais daépoca).

– «As forças portuguesas doCEP ocuparam o seu devido lu-gar nas festas da vitória, realiza-das em Paris, Londres e Bruxe-las, onde foram entusiasticamen-te louvadas.

Portugalno desfileda vitória

Efeméride

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OMemorial, tornando realidade umainiciativa da Associação Portuguesa

de Veteranos de Guerra de Manitoba eNúcleo da Liga dos Combatentes dePortugal em Winnipeg, homenageia osCombatentes do passado, presente efuturo.

Com um projecto do arquitecto portu-guês Varandas dos Santos, desenvol-vendo um conceito de universalidadeda cultura Portuguesa e invocando apresença do Combatente Português nosvários continentes, foi concretizado como apoio da Província de Manitoba, daLiga dos Combatentes, da ComunidadeCanadiana e Portuguesa, da AssociaçãoPortuguesa de Manitoba e da ChapelLawn Memorial Gardens.

O evento, desenvolveu-se de acordocom um programa cuidadosamente ela-borado, que começou por evidenciar aatitude de Cidadania de todos os pre-sentes, com o toque dos Hinos Nacio-nais do Canadá e de Portugal, a cargo daBanda Lira de Fátima, de Winnipeg.

Após o acto de Meditação e Consagra-ção religiosa, a cargo do Reverendo JoséEduardo Medeiros – capelão da Liga dosCombatentes em Winnipeg, o Cônsul dePortugal – Paulo Cabral, o Major-generalDennis Tabbernor – distinto Oficial doExército Canadiano no activo e o CoronelLucas Hilário – da Direcção Central da Ligados Combatentes, procederam à inau-guração do Monumento. O Coronel Lu-cas Hilário, com o apoio do mais novoCombatente residente em Winnipeg -

Portugal em Winnipeg CanadáMemorial de homenagem aos combatentes

No passado dia 12 deSetembro decorreu na Capital

da Província de Manitoba acerimónia de inauguração de

um Monumento deHomenagem aos Combatentes

por Portugal.

Paulo Gomes, fizeram entrega da Ban-deira de Portugal, usada no acto, aoCônsul de Portugal, para que o Consula-do se tornasse fiel depositário da mes-ma, por estar associada a um acto histó-rico para a Comunidade, para os Comba-tentes e para Portugal.

O programa considerou uma Home-nagem aos Mortos, segundo o ritualtradicional a que se seguiu a deposiçãode flores por parte de todas as Entida-des e Representações presentes.

Na sequência, usaram da palavra oCônsul de Portugal, a Senhora BonnieKorzenowsky (MLA for St James) – Spe-cial Envoy Military Affairs of ManitobaGovernmant e o Coronel Lucas Hilário,em intervenções alusivas ao significadoe importância do momento.

Pedro Correia, Presidente da Associa-ção de Veteranos de Guerra e do Núcleoda Liga dos Combatentes, nesta cidade,salientou o desejo e o empenhamentopatente na Comunidade em homena-gear os Heróis da Pátria, evidenciando,

também, todos os apoios recebidos eque permitiram que um sonho se viessea tornar uma realidade de que todos sesentem orgulhosos e que prestigia osPortugueses, a Liga dos Combatentes ePortugal.

Entrega da bandeira nacional ao Cônsul de Portugal

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A Cerimónia contou com a presençade elementos dos três Ramos dasForcas Armadas - Coronel RR Porier doExército, Tenente-coronel Wayne Wat-son da Força Aérea, Comandante Mar-garet Morlok da Marinha, Coronel GarySolar - Military Adviser to Envoy, CoueRickl Nordman - Vereador da Cidadede Winnipeg, Mc Caskil - Chefe daPolícia da Cidade e José Mário Coelho– Presidente da Associação Portugue-sa de Veteranos de Guerra e do Nú-cleo da Liga dos Combatentes de Por-tugal em Toronto.

Estiveram, como convidados es-peciais, Hon Steve Ashton, MLAThompson – Ministro dos AssuntosGovernamentais de Manitoba, An-drew Swan, MLA Minto – Ministro deManitoba, um representante doRoyal Military Institute, um repre-sentante de “Commissionairs of Ma-nitoba”, Paul Welechko - Branch Ma-nager Chapel Lawn Gardens, LuísDias – Presidente da Banda Lira deFátima, Luís Vicente – Director daPortuguese Association of Manito-ba, Paulo Gomes - Wreath Carrier,Capt Ian Aastrom, CO No 553 Sgt

Tommy Prince, MM DCACC e Francis-co dos Reis da Casa dos Acores.

Associaram-se, com a presença deDelegações, a “Nursing Siters Associati-on of Canadá”, do “Winnipeg WhiteEnsigne Naval Club”, da “CanadianJewish Veterans Association”, da “Ca-nadian Asse of United Nation PeaceKeepers”, da “Canadian Vietnam Vete-rans Association”, do Manitoba e “No-thwestern Ontario Royal Canadian Legi-on Comand”, do “Joint Veterans Com-mittee”, da “Charleswood RCL Br No100”, da “Belgian Canadian VeteransRCL Br No 107”, da “General MonashRCL Br No 115”, da “Hendersen Hwy RCLBr No 215”, da “Polish Canadian Vete-rans RCL Br No 246” e da “Canadian WarAmputee”.

Importa referir a presença da “FamíliaBoneca” (Luso Canadiana) cujo filhofaleceu, há cerca de dois anos e meio,no Afeganistão, com uniforme Cana-diano e que desde essa data encontra,junto do Núcleo de Winnipeg, apoio eamizade reconfortantes.

A campa do Combatente FranciscoBarão, recentemente falecido e situadaa poucos metros do monumento, apre-

sentava-se muito bem cuidada e foiobjecto da visita dos demais Comba-tentes que estiveram no local.

Ao longo de todo o evento foi eviden-te, de forma inequívoca, uma atitudede reconhecimento e de extraordinárioapoio, mesmo muito emotivo, à edifi-cação do “Memorial de Homenagemaos Combatentes por Portugal”.

O Major-General Dennis Tabbernormanifestou esse estado de espírito, pelolado Canadiano e por si próprio, saudan-do, prolongada e efusivamente, comum abraço, o Coronel Lucas Hilário, nomomento em que a “Obra de Arte”acabara de ser patenteada ao público.

A Comunicação Social fez-se repre-sentar através de Paulo Raulinho da“RTP Contacto”, de João Cardoso e PauloCardoso da “CKJS 810 AM” e, ainda, deManuel Guerra do “Mundial”.

No final das Cerimónias decorreu, nasinstalações da “Chapel Lawn MemorialGardens”, com o apoio do Gerente Localdesta instituição e a cooperação deelevado número de Esposas dos Com-batentes, uma recepção oferecida atodos os presentes, sendo visível a ex-pressão de regozijo de todos.

Estiveram presentesrepresentantes de todos

os ramos das Forças Armadasdo Canadá

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Passavam cerca de 10 minutos das11H30 do dia 29 de Maio, quando

a pequena aldeia de Infías do Conce-lho de Fornos de Algodres viu regres-sar após 45 anos, os restos mortais do1.º Cabo João Martins Lourenço que deali tinha partido para a ex-Provínciada Guiné no cumprimento de umamissão patriótica local onde faleceuem combate, em defesa da sua Pá-tria.

A cerimónia decorreu dentro de umahumildade sentida com algumas lá-grimas de tristeza mas, também, dealegria por parte dos seus familiaresque o viram partir, e sabem agora queestá ali perto deles na mesma campajunto dos seus antepassados.

Foram prestadas honras fúnebrespor parte do Exército que fez deslocarpara o local através do Regimento deInfantaria de Viseu (RI 14) uma sec-

ção bem como um Oficial Superior. Deseguida rumou-se até Trandeiras, Fre-guesia de Braga onde pelas dezasseishoras se procedeu de igual modo aofuneral dos restos mortais do 1.º CaboJosé da Silva Ferreira Duarte que tam-bém dali sua terra natal, tinha partido45 anos atrás tendo sido vítima talcomo o seu camarada Lourenço emdefesa da sua Pátria.

Também aqui a cerimónia foi bas-tante digna e repleta de gente poispode dizer-se que estariam mais deduzentas pessoas presentes. No inícioda cerimónia pelo Sr. Presidente daJunta de Freguesia foram proferidasalgumas palavras de agradecimentoaos presentes bem como à Liga dosCombatentes tendo claramente afir-mado que sem o apoio desta não teriasido possível ter num tão curto espa-ço de tempo ali junto de todos osrestos mortais do Duarte.

O Exército através do Regimento deCavalaria 6 (RC 6) deslocou para o localuma secção afim de serem prestadas asrespectivas honras fúnebres bem comoum Oficial Superior. Em ambas as ceri-mónias a Liga dos Combatentes fez-serepresentar pelos Presidentes dos res-pectivos Núcleos (Guarda e Braga) es-tando como representante da DirecçãoCentral o TC Tavares Correia.

Guiné regresso a casa

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Cerimónias em Braga

Cerimónias em Infias

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Dia da Infantaria

As celebrações começaram com arealização da Missa de Acção de

Graças na Basílica do Convento.Seguiu-se a homenagem aos mor-

tos, relembrando o Comandante daEscola Prática de Infantaria, CoronelGuerra Pereira, a data histórica daBatalha de Aljubarrota e outras comoa da criação da Escola Prática de In-fantaria e Cavalaria, naquela vila.

Falou depois o Director Honorárioda Arma de Infantaria, Ten. GeneralFerreira dos Santos, que referiu o de-senvolvimento tecnológico e o en-

quadramento estratégico da defesa,o qual, apesar dos avanços, não dis-pensa a guerra de ocupação no terre-no, onde o soldado de Infantaria maisse afirma pelo seu valor e indiscutívelpréstimo.

Referiu, num breve contexto histó-rico, o espírito que liga a casa-mãe daInfantaria ao Convento de Mafra e àsua vila.

Seguiu-se a leitura da mensagemdo General CEME, pelo Coronel Mor-gado Batista, que falou nos compro-missos e missões operacionais noexterior, nas múltiplas tarefas quetêm vindo a ser cometidas aos milita-res das unidades de Infantaria.

Fez-se referência ao prestígio daEPI, face ao sucesso no cumprimentodas suas missões, nomeadamente naformação. O CEME, congratulou-setambém com o trabalho desenvolvi-

As cerimónias do Dia da Armade Infantaria e da Escola

Prática de Infantariadecorreram em 14 de Agostoem Mafra e foram presididas

pelo Chefe do Estado-Maior doExército, General Pinto

Ramalho.

do pelo Centro de Novas Oportunida-des.

A cerimónia terminou com a impo-sição de condecorações a militares.

Noutro local realizou-se a “apre-sentação da EPI na Era Digital”, ondeos presentes puderam verificar r quea EPI se encontra na vanguarda dasnovas tecnologias.

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FOTOS CEDIDAS PELO JORNAL DO EXÉRCITO

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09 Pela importância que a Aviação emgeral, e a Aviação Militar em par-

ticular, trouxeram a Portugal nos últi-mos 100 anos, nos campos económi-cos, industriais e culturais, o AeroClube de Portugal e a Força AéreaPortuguesa decidiram associar-se nodesenvolvimento de um conjunto deiniciativas que irão comemorar os 100Anos da Aviação em Portugal.

Entre as diversas actividades pla-neadas, destacamos as comemora-ções do Centésimo Aniversário doAero Clube de Portugal, o 57.º Ani-versário da Força Aérea Portuguesa,diversos festivais aéreos, exposiçãodas actividades da Força Aérea, ex-posição fotográfica sobre a históriada Aviação, concertos, seminários ecolóquios.

Em 17 de Dezembro de 1903, nacidade de Kitty Hawk, no estado ame-ricano da Carolina do Norte, os irmãosWright realizam pela primeira vez nahistória da humanidade o primeirovoo controlado num aparelho maispesado que o ar. Seis anos mais tarde,o mesmo feito realiza-se em Portu-gal, a 17 de Outubro de 1909, junto àTorre de Belém com o cidadão francêsArmand Zipfel, aos comandos de umbiplano “Voisin Antoinette”. Esta datarepresenta a institucionalização doassociativismo dos entusiastas aero-náuticos, pioneiros na fundação do

Aero Clube de Portugal, onde se inicia-ram os trabalhos da comissão de es-tudo que originou a criação da Aero-náutica Militar e da Aviação Naval,percursoras da Força Aérea. Já o pri-meiro voo, conhecido, realizado porum piloto português, acontece a 1 deSetembro de 1912 no Mouchão daPóvoa de St. Iria, efectuado por Alber-to Sanches de Castro.

A primeira Escola de Aviação Militarfoi instalada em Vila Nova da Rainha,em 1916. Dos seus fundadores ressal-tam os nomes de Cifka Duarte, ÓscarMonteiro Torres, António Maia e Saca-dura Cabral, que realizou aquele queviria a ser o mais importante feito daAviação Portuguesa: a Primeira Tra-vessia Aérea do Atlântico Sul. Do pri-meiro curso efectuado nesta escolasaíram pilotos como Sarmento deBeires ou Pinheiro Correia, que irãoprotagonizar nos anos seguintes al-guns dos feitos mais heróicos da his-tória da Aviação.

100 Anos da Aviaçãoem Portugal

Comemorações durante o ano de 2009

Entre Maio e Dezembro de 2009,estão programadas diversas

actividades aeronáuticas, tendocomo objectivo levar o

conhecimento da Aviação junto daspopulações, ou seja, dar a conhecer

a realidade da Aviação naactualidade, mas também a sua

história, as suas proezas, os heróisque foram o exemplo para todos nós

no caminhar desta longa jornada.

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Esta Escola muda-se definitivamen-te em 1920 para a Granja do Marquês,próximo da serra de Sintra, constituin-do o núcleo inicial da Base Aérea n.º1. Foi justamente este, o cenário es-colhido para a comemoração do 57.ºAniversário da Força Aérea, enquantoramo independente das Forças Arma-das Portuguesas.

As origens da Base Aérea de Sintraremontam a 1914, após promulgaçãopelo Presidente da República Manuelde Arriaga, a 14 de Maio, da lei quecria a Escola Militar de Aviação, combase em estudos efectuados pelo AeroClub de Portugal.

Posteriormente, em 1928, viu o seunome alterado para Escola Militar deAeronáutica, até à sua extinção emOutubro de 1939, altura em que passaa designar-se por Base Aérea n.º 1.

Foi, portanto, na Granja do Marquêsque durante longos anos se formaramos pilotos e especialistas da ForçaAérea, mantendo-se a BA1 vocacio-

nada para a formação de pilotos atéJunho de1993, altura em que vê trans-ferida para a Base Aérea (BA11) aEsquadra de Instrução 101 (Epsilon).

Esta esquadra foi criada em 1989,após a extinção da Esquadra 102 deInstrução Básica de Pilotagem (T-37),onde se formaram várias gerações depilotos da Força Aérea e cuja patrulhaacrobática “Asas de Portugal”, na al-tura equipada com aeronaves T-37,tão condignamente a representou.

Além da instrução, a Fotografia Aé-rea foi uma actividade com grandestradições na BA1, executando-se im-portantes trabalhos à escala nacionalnas mais variadas áreas de activida-de.

Na área da Base existe uma delega-ção do Museu do Ar, bem como asinstalações da Academia da ForçaAérea (AFA).

Das Comemorações do 57.º Aniver-sário da Força Aérea Portuguesa (FAP),destacaram-se no dia 1 de Julho (o dia

da FAP), a cerimónia militar e no dia 5de Julho o Festival Aéreo Internacio-nal, com a presença das patrulhasacrobáticas “Asas de Portugal” e “Ro-tores de Portugal”. Além destes even-tos que se realizaram na Base Aéreade Sintra, esteve patente ao públicouma exposição temática entre os dias26 de Junho e 5 de Julho que visavadivulgar todas as áreas de actividadeda Força Aérea Portuguesa e que cul-minou com o já referido festival Aé-reo Internacional que levou a Sintramais de 50.000 pessoas.

Das comemorações dos 100 anosda Aviação em Portugal destaca-seainda a participação da Força AéreaPortuguesa no Portugal Air Show emÉvora de 18 a 20 de Outubro com umaimportante exposição temática, a parda sua equipa de demonstração decães militares e ainda com a partici-pação dos “Rotores de Portugal” (dias19 e 20) e uma passagem de F16 noDomingo dia 20.

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Helena Maciel Tenente

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Estórias da História

Lado a lado com a História

CoutinhoGago Coutinho homem de ciência adaptou osextante da marinha à navegação aéreainserindo-lhe uma bolha de nível quepermitia simular o horizonte real.

Reprodução da carta daTravessia Aérea

Lisboa-Rio de JaneiroCoronel Pinheiro

Correia - Almirante GagoCoutinho ( primeiro

centenário do seunascimento) Separata doboletim da Sociedade de

Geografia de Lisboa,1969.

Recepção dosaviadores Portuguesespor Marechal Joffreem França.Reprodução da Fotode Henri Manuel. 23

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Reprodução do texto de louvor de concessão do grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Torre Espada, Valor Lealdadee Mérito, do Almirante Gago Coutinho, publicada no Diário do Governo em 19 de Abril de 1922.

Não são os rapazes de agora que sóconhecem a guerra pelo que se escu-sam em ler isto, mais ou menos ten-dências, quem poderá avaliar o que foia guerra de 1914-1918 e o sacrifícioque ela representou em quase toda ahumanidade. Quem o pode mesmoavaliar para futuro (…)os antigos Com-batentes e da união desses conheci-mentos traçar os critérios que pode-mos respeitar para a humanidade umagrande paz em lugar de uma grandeguerra. A saudação portuguesa aosantigos combatentes que agora se (…)uma obra tão humana.

(Gago Coutinho. 1935-Nov-15)

Gago Coutinho dedicaestas palavras aos AntigosCombatentes, num álbum

de Homenagem de umCombatente Português,

Américo Pereira Cerqueira,Sócio n.º 2053, aos seus

Irmãos de Armas de todasas Nações Beligerantes.

Mortos Gloriosamentena grande Guerra (1914-

1918) pela defesa dasPátrias Respectivas.

Notícia da Cerimónia de Homenagem aoAlmirante Gago Coutinho pela Liga dos

Combatentes da Grande Guerra. Recorte do Jornal O SéculoO SéculoO SéculoO SéculoO Século, Terça -

Feira, 21 Outubro de 195324 l

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Estórias da História

No ano em que se assinala o cin-quentenário da morte de um dos últi-mos Heróis do Império, a Liga dosCombatentes em memória desse ilus-tre português e prezado sócio Hono-rário desta Liga, queremos tambémassociarmos à Homenagem Colectivae pátria em pleno ano de comemora-ção do Pioneirismo na avião Portu-guesa onde se assinala o centenárioda Aviação em Portugal.

No âmbito do Programa de homena-gem aos militares combatentes conde-corados com a ordem da Torre e Espada,Valor, Lealdade e Mérito a Liga atravésdo seu Museu durante 2008 evocou oCombatente Gago Coutinho (1869-1959).

Mas o vínculo histórico da Liga dosCombatentes ao Homem, combaten-te Almirante Gago Coutinho conhecelonga data.

É em 1958 através da acta n.º 1124de catorze de Junho que por propostado Comandante José Cabral da Comis-são Central da Liga dos Combatentesdeliberou:

a) Nomear o ilustre marinheiro ehomem de ciência sócio de honra daLiga dos Combatentes;

b) Elegê-lo simultaneamente paramembro do Conselho supremo que éuma dignidade, como diz o 2.º artigo60.º dos estatutos, de um grau muitomais elevado do que o de Sócio deHonra.

c) Convidá-lo a visitar a sede sociale entregar-lhe, no decorrer de umareunião íntima o diploma e o distinti-vo respectivo de Sócio de Honra.

Palavras de Gago Coutinho, dedicadas à Ligados Combatentes, 1958,

celebradas em Outubro onde o Almi-rante Gago Coutinho pelas 18 h. hon-rou a Liga com a sua presença, numasingela homenagem pessoal do SenhorAlmirante a todos os Combatentes.

Foi um dia festivo para os Comba-tentes, como nos mostra este quadroa óleo que evoca esse momento sole-ne da vida da Liga. Esta cerimóniatomou claramente mais tarde a di-mensão última de despedida da Ligae dos Antigos-Combatentes a tão no-bre e ilustre português que morreuem Fevereiro de 1959.

Para a história da Liga dos Comba-tentes fica a Acta n.º 1135 importantetestemunho do último momento so-lene na vida do Almirante GagoCoutinho junto dos Combatentes.

Esta intenção teve como epílogo ascerimónias do dia da LCGG desse ano,

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O ambiente operacionalnos baixos escalões

A pequena dimensão da Guiné permi-tiu ao adversário desenvolver a ac-

ção violenta, praticamente em todo oterritório. Em Moçambique e Angola aextensão geográfica, condicionando aacção amiga e inimiga, não obstanteem Angola se tivessem identificado eactuado três movimentos armados di-ferentes, permitia distinguir zonas deacção violenta, zonas de acção violentapouco provável e zonas sem acçãoviolenta.

Em Angola, nos anos setenta o dispo-sitivo terrestre marcava presença emcerca de 264 posições sendo 150 sedede Comando de Batalhão e de Compa-nhia e cerca de 114 posições de Pelotão(30H) e algumas de secção (9H).

Isto para significar que a dispersão dodispositivo por todo o território, catorzevezes maior que Portugal continental,sendo mais denso nas zonas de acçãoviolenta, aumentava o sentimento deisolamento, as dificuldades logísticas,administrativas e de apoio mútuo, exi-gindo de comandantes e comandadoselevados níveis de comando e liderançae de disciplina consentida.

O Stress de guerraem ambienteoperacional

Os três Teatros de Operações ofereciamcaracterísticas semelhantes quanto ao tipode guerra a enfrentar (guerra subversiva,guerra de guerrilha) e à finalidade doopositor (a independência), mas o espaçogeográfico africano onde se desenvolvia eradistinto nos três teatros.

A área dos Dembos, foi em Angola de1960 a 1966 a zona de acção violentapor excelência, ano em que o inimigopassa o seu esforço para Leste.

Mais ou menos ao centro da Zona deacção ficava Muxaluando. Aí vivemosdurante catorze meses a 18 kms deNambuangongo, sobre uma picada, la-deada por quatro casas. Uma onde tra-balhávamos, uma onde dormíamos, umaonde comíamos. Outra que servia deenfermaria.

Quando um dia tivemos que enunciara impressão sobre o inimigo nos Dem-bos disse:

“O inimigo não se vê, sempre que podeatira”. E era uma realidade. Daí a pressãode entrada em sector. Ao comportamen-to resultante da tensão e da inexperiên-cia, seguia-se o domínio do desconhecidoe do medo e a resposta proporcional aosperigos que se enfrentavam. O sentimen-to de cerco que o arame farpado reforça-va, tinha que ser imediatamente quebra-do com saídas frequentes e sistemáticaspor forma a ganhar iniciativa e domínio dazona de acção.

Percorremos sistematicamente toda aárea dos Dembos e somos testemunhodos mais diversos comportamentos co-lectivos e individuais. Recordo a cora-

gem silenciosa do capitão comando aquem uma mina anti-pessoal ceifou umaperna e a quem ajudámos a evacuar deZala sem dele ouvir um queixume. Doúltimo suspiro do soldado que amaçan-do o pão em Nambuangongo foi atra-vessado pelas balas traiçoeiras do heli-canhão que inadvertidamente se dispa-rou. Do sinistro som do rádio AN/GRC9quando passava toda a noite insistindopara que fosse feita uma evacuaçãoaérea impossível e no final da noiteinformava Luanda já não ser precisa poro ferido já ter falecido. Ou da centena demortos em combate e centenas de feri-dos que tivemos enquanto ali estive-mos. Ou o ruído característico da pá doshelicópteros sobre as nossas cabeçaspara recolha ou lançamento. Ou o adivi-nhar longínquo do ruído do motor doAuster que trazia o correio ou do MVLque trazia o reabastecimento criandoum alvoroço que cedo se desvanecia. Ouda flagelação tranquila ou da embosca-da traiçoeira.

Antes de ir para Angola comandei umacompanhia da qual três pelotões foramenviados para a Guiné. Quando em An-gola, os contactos com os alferes co-mandantes de pelotão mantiveram-sepor carta, que guardo até hoje.

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Estórias da HistóriaUma carta do Alferes Oliveira, carta

como outras, está comigo há quarentae cinco anos.

Escrevia-me o meu alferes, dia 20 deMarço de 1963, quando, estando eu emAngola, ele comandava um pelotão in-dependente, na Guiné:

«Nunca imaginei encontrar tantas difi-culdades, ser tudo tão difícil para nós quenos encontramos numa unidade inde-pendente.

Estamos adidos a uma companhia deindígenas, no sul da Guiné, em pleno fulcrodo terrorismo. Vim para este local paraonde veio tropa pela primeira vez, porconseguinte tivemos que fazer o quartelde uma casa muito velha, feita só de lama(adobo), de blocos de terra e depois todasas demais coisas que isto acarreta.

Foi um trabalho duro para a rapaziada,cortar muitas árvores e de uma grossuraenorme, tapar covas, desfazer montesde terra, fazer a cerca para o aramefarpado, enfim todas as coisas necessá-rias. Limpámos e aplanámos terrenonuma extensão de mais de duzentosmetros para cada lado da casa.

Agora começaram a aparecer as difi-culdades, tudo o que dependia de nósainda fomos resolvendo. Estamos a 50Km da sede da companhia por matadensa e caminho muito mau. Ao chegaro pelotão trazia cinco viaturas, logo ocomandante de companhia me apa-nhou três, dois jeepões brasileiros e umjeep, deu-me depois um unimog. Reti-rou-me uma secção e deu-me uma deindígenas. Estes indígenas são de trata-mento difícil e parecem-me até todosfeitos com os terroristas.

Bem adiante, como ia dizendo come-cei por necessitar de material, primeiro oarame farpado, depois armamento, gra-nadas, munições, lança granadas, gra-nadas de mão ofensivas e defensivas.Cansei-me de enviar rádios e em todosos relatórios pedia e não vinha nada.Estive assim três meses e o senhorcomandante de companhia parece quenão era nada com ele. Estava já deses-perado e revoltado. Os homens falavame com razão mas a mim parecia-me quefazia tudo o que podia.

Entretanto chega junto da companhiaa que pertencia, outra de açorianos,

operacional, no sector da companhiaindígena. Um dia expus a situação aooutro comandante e dentro em brevetinha o que necessitava, arame farpado,uma bazooka, duas metralhadoras Mad-sen, algumas granadas dos dois mode-los. Agora pergunto, porquê estas coisashão-de ser assim?

Um dia saíu uma secção numa viatura,não podia mandar mais. Tinha três comodisse. A secção saíu para fazer um reco-nhecimento e aproveitavam para trazeruns pregos de um lugar onde há trêscasas comerciais e de caminho traziamum vitelo para o rancho.

À saída dessa localidade no meio dabolanha (área plana pantanosa ondecultivam o arroz) cheia de pontões depaus soltos, a viatura ao chegar à entra-da do pontão, quase a parar sofreu umaemboscada.

Quatro indivíduos de um dos lados,cada um com uma pistola metralhadoradesencadearam o fogo. Os homens ime-diatamente saltaram e reagiram numavala ao fogo inimigo e lançaram grana-das de mão ainda com intenção derecuperarem armas deixadas na viatura.O depósito da viatura foi logo furado poruma rajada e a viatura ficou condenada.

Mas imediatamente são atacados pe-las costas por um grupo de (70 a 100)indivíduos também com pistolas metra-lhadoras e armas de repetição que têmido roubando, Lee Enfields cedidas pelasautoridades administrativas aos comer-ciantes e até Mausers.

Perante aquele fogo cerrado, aguen-taram, gastaram quase as munições. Osterroristas lançaram também muitas gra-nadas.

O nosso armamento eram duas FBP,uma das quais tinha sido abandonada naviatura pelo cabo que estava a lançar asgranadas e que segundo ele depois nãoteve tempo de recuperar ficou para osterroristas), 2 Mauser do modelo maisantigo que levavam dois soldados indí-genas e 5 G3 uma das quais encravoulogo. Outra a do condutor tinha só umcarregador pois tinha deixado o cinturãocom os outros na viatura.

Não puderam repelir o inimigo e ten-taram a dispersão para o mato aprovei-tando a vala. Começaram a ser persegui-

dos pelo mato e assim andaram duranteseis horas. Nessa altura seria já mais deuma centena de terroristas.

Entretanto cá no quartel tardou-memuito a chegada, Já tinham passado trêshoras da hora prevista. Mandei entãouma secção reforçada nas duas viaturasque tinha, o jeep e unimog procurar ooutro pessoal.

O itinerário que levaram era o mesmoda secção anterior. Não chegaram aofim pois em determinada alturaencontraram os dois furriéis, que depoisde se terem separado se reagruparam. Oresto dos homens então comandadospelo cabo (o nosso conhecido artista decirco) que desempenhou um óptimopapel na condução do pessoal e nomoral. Eram sete homens), constante-mente perseguidos no mato, mata den-sa, durante seis horas, chegaram depoisao quartel com um guia que encontra-ram e obrigaram a trazê-los.

Como ia dizendo as duas viaturas en-contraram os dois furriéis e regressaramlogo. A 5 Km do quartel, numa encruzi-lhada estava outra emboscada monta-da. Dispararam fogo cerrado sobre oscarros e miraculosamente nenhuma rodafoi atingida. Há vários empates nas pro-ximidades e o resto dos carros está todocrivado. Alvejaram mais a viatura daretaguarda, fazendo entrar o fogo pelatraseira do carro que estava aberta. Oslados e a frente tinham quatro chapassobrepostas. Aí morreu um cabo e ficouferido outro numa perna com a coxaestilhaçada.

Na primeira emboscada onde podiamter ficado muitos, mesmo na persegui-ção iam atrás deles a uma distância de50 metros sempre a disparar para eles ea secção a reagir fazendo umas rajadasque iam atrapalhando o inimigo, podiamter ficado alguns mas tiveram todossorte. Na segunda emboscada onde ti-nham menos possibilidades de êxito foionde tivemos as baixas.

Agora meu capitão era por isto que eue todos os homens desejávamos estarna nossa Companhia, completa e opera-cional, por aí fora, tinha vontade e queriadar luta a esses indivíduos. Tenho etemos mais que um estímulo para ofazer, parece-me que temos vontade

Joaquim Chito Rodrigues General

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para superar o inimigo, mas assim paraaqui estamos, coitados, como porcos nocurral, só para isca. É triste e revolta asentranhas.

Agora meu capitão era por isto que eue todos os homens desejávamos estar nanossa Companhia , completa e operacio-nal, por aí fora, tinha vontade e queria darluta a esses indivíduos. Tenho e temosmais que um estímulo para o fazer, pare-ce-me que temos vontade para superar oinimigo, mas assim para aqui estamos,coitados, como porcos no curral, só paraisca. E triste e revolta as entranhas.

Há de tudo neste testemunho. Exemplovivo do que caracterizou o ambiente ope-racional nos baixos escalões. Sublinho aconfiança do alferes em si próprio, nosseus homens e nos ensinamentos que lhehaviam sido transmitidos. Isolado e comreduzidos efectivos tinha a noção real dolhe era possível fazer. De espírito críticoface à situação e aos seus superiores,encara com um elevado espírito, proble-mas administrativos e operacionais.

Estando eu em Angola, noutra comis-são, nos anos 71, recebi datada de 2 deJunho a carta de um capitão, comandan-te de uma companhia algures no nortede Angola, numa zona com actividadeviolenta pouco provável. Dizia ele:

Encontro-me perante uma situação defacto e sei, infelizmente que, se continuarpor mais algum tempo como “Coman-dante” desta companhia, serei despa-chado em grande velocidade para o“estado de minas gerais” ou encontrareipor mim mesmo uma solução radical,definitiva e absoluta depois da qual tudoé paz e eterno silêncio.

A situação é só esta: ninguém sabenada de nada. Tenho dois sargentosapenas (todas as companhias operacio-nais têm três), um dos quais, o queresponde tem 7 meses de prática comoresponsável. Muito boa vontade mas...não chega. O outro, ex-segundo, emboracom quatro divisas desde há quatromeses, ainda não foi promovido na men-talidade.

Tenho que ser eu a tentar fazer tudo,mas como a preparação que me impin-giram em Mafra é uma vergonha tenhoque vasculhar nas NEP’s e as circulares àprocura de uma solução. As NEP’s do

serviço de material, por exemplo, são oalmanaque de charadas mais completoaté agora editado em português.

Os alferes são uns abortos da mãenatureza. O nosso Ten Coronel. reconhe-ceu mesmo que foram escolhidos a dedopara auxiliarem o capitão mais inconcebí-vel do Batalhão. Como isso não bastassedois deles não se dão e tive que colocaraqui como adjunto um quase tão inexpe-riente como eu, visto que os menos fracostive que os mandar para os destacamen-tos. E são realmente os destacamentosque dão cabo de mim.

Fui há dias a um dos destacamentos.Fiquei horrorizado com a imundice a in-disciplina “daquilo”. Imagina que não haviaformatura, nem chamadas, nem outrocontrolo! Evidentemente que dei trêsmurros em cima de uma desconjuntadamesa (como desconjuntado é aquilo tudo)e ouviram-me tanto os furriéis como osalferes, mas depois de eu virar costasquem me garante que vai ser cumpridauma palavra do que eu lhes disse?

Operacionalmente ainda não têm surgi-do complicações mas é provável, que semodifique a situação. Com pessoal fraco,com metade das quinze viaturas paralisa-das e com a companhia esfrangalhada istovai ser presa fácil do amigo “turra”.Sinto-me impotente, para além de todas

as minhas limitações quer congénitas, querimpostas, para conduzir a bom porto umanau partida em três bocados.

Foi por todas estas razões que nummomento de desespero pedi ao nossoTen Coronel que me destituísse do Co-mando da Companhia pois além de tudosinto o cérebro profundamente cansadoe o sistema nervoso prematuramente àbeira do colapso.

Esta situação de insegurança, descon-trolo e menos auto-estima, não era comotodos sabemos a situação comum. Mui-tas vezes esta situação era remediadaem Luanda na consulta de psiquiatria,onde pessoas baixavam e passado al-gum tempo de recuperação, regressa-vam ao serviço. Era a tradicional consultado Dr. Quintas. Quando alguém ia aLuanda a pergunta jocosa era imediata:-Foi ao Quintas?

O que venho relatando pretende tes-temunhar o difícil ambiente operacionalnos baixos escalões. É pois natural quesituações de risco iminente e permanen-te, associados a efectivas situações dechoque provocadas por acções de fogo,de morte ou ferimento de amigos, vivi-das nas mesmas circunstâncias ou mes-mo apenas situações de profundo senti-mento de isolamento e solidão que acen-tuam o medo do que possa acontecer e

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Estórias da Históriao medo de não voltar a ver entes queri-dos, condicione o comportamento indivi-dual e colectivo. A inactividade, a inacção,a falta de apoio dos comandos, a falta detreino ou a fraca capacidade operacionalda unidade a que se pertence, podemaumentar as situações de rísco.

Não estou por isso com os que afir-mam, ser nas tropas comandos quesituações de stress são mais comuns.Embora sujeitas a situações de choquemais frequentes, estavam para isso pre-paradas física e psicologicamente e sem-pre preferiram a acção à inacção. Nãotêm significado as situações de stressnas tropas comando ou pára-quedistas.

O que vos venho relatando pretendetestemunhar o difícil ambiente operaci-onal nos baixos escalões. É pois naturalque situações de risco iminente e per-manente, condicione o comportamentoindividual e colectivo.

0 ambiente operacionalnos elevados escalões

Falei-vos até aqui do ambiente opera-cional nos baixos escalões: Batalhão,Companhia e Pelotão. Quando regresseiem 1969 a Angola, onde estive até 1971,tive oportunidade de trabalhar nos esca-lões operacionais mais elevados.

Ao nível dos Comandos das RegiõesMilitares e dos Comandos Chefes o am-biente operacional era influenciado so-bretudo pela análise geral que se faziadas forças inimigas no Teatro de Opera-ções e da forma como se aplicavam asforças disponíveis face àquele factor, aoterreno, ao clima e sobretudo à popula-ção. A actividade operacional era intensaquer nas zonas de acção violenta quernas zonas sem acção violenta. O contri-buto para o desenvolvimento proporcio-

nado pelas Forças Armadas era por to-dos visível. Os números do desenvolvi-mento económico e social de Angolaeram significativos. Posso testemunharque em Angola, onde 40% dos efectivoseram de cor, o ambiente operacional apartir de 1970, era um ambiente devitória militar e de desenvolvimento.

É de todos conhecido que a situaçãona Guiné era diferente e que em Mo-çambique se vivia uma situação menosinquietante do que na Guiné.

Não obstante as características dife-rentes dos três mais carismáticos Co-mandante Chefes nos três TO, os trêsinfluenciaram decisivamente a condutada guerra e o ambiente operacional emcada um dos teatros. Não há dúvida quenão foi o ambiente operacional de vitó-ria de Angola, nem a situação mais oumenos equilibrada de Moçambique, maso ambiente operacional difícil da Guinéque inspirou o General Spínola a escre-ver o que escreveu.

Eu diria que em Angola o GeneralCosta Gomes humanizou e ganhou aguerra. Em Moçambique o General Kaul-sa talvez tenha dado um toque de res-posta clássica menos sucedida numaguerra subversiva e na Guiné o GeneralSpínola, numa situação difícil, não des-curando as populações, não autorizado adialogar, viu-se obrigado a enfatizar aguerra.

Como já tive ocasião de afirmar outrasvezes considero que o factor militar foiconsiderado pelos responsáveis políti-cos durante tempo demasiado, comofactor determinante. Com o tempo osresultados militares na contenção dasubversão permitiram aos políticos alte-rar as prioridades que inicialmente atri-buíram à Defesa, exigindo no entantoaos militares resultados decisivos. A sa-

Balada do amor militarO nosso amor é de combate. De coragem.O nosso amor é por valores.De verdade. Amor com Pátria, amor imagem,O nosso amor é esta perenidade. Na viagem.

O nosso amor é uma dádiva totalO nosso amor é do País. De Portugal.Amor de filho, amor leal, amor da terraO nosso amor é por ti. Mesmo com guerra.

Deixa-me cantar o nosso amor militarO nosso amor é com prazer e com fervorAmor do nosso terreno e nosso marAmor por vezes com dor. Este amor militar.

turação militar produzida pelo impassepolítico gerado ao longo de catorze anosfoi ainda potencializada pelo facto de asautoridades legais permitirem que aNação se convencesse de que os milita-res iam à guerra mas, por sua conveni-ência não obtinham a vitória!

Seria interessante poder concluir se oambiente operacional que vivemos du-rante catorze anos de guerra de guerri-lha, foi propício ou não ao desenvolvi-mento de situações de PTSD.

É vulgar hoje falar-se dos mais dife-rentes tipos de stress pós-traumático.Que tenhamos visto assinalados maisrecentemente, recordo o stress pós-trau-mático da violação, do aborto, do rapto,dos residentes portugueses na África doSul entre outros.

Para além de situações individuaisserá lógico interrogarmo-nos sobre qualfoi o stress pós-traumático de umasForças Armadas que garantiram todas ascondições para que fosse possível umasolução política, se bateram anos paraque tal acontecesse, acabaram por serevoltar porque isso não acontecia e seviram e vêem hoje muitas vezes ataca-das por terem feito uma guerra colonialinjusta.

Respeitando todas as opções indivi-duais perante a coisa militar, permitam-me que exprima sinteticamente aquiloque continuo a pensar sobre ela, emquaisquer circunstância, tendo a plenaconvicção de que estou com a generali-dade dos militares:

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Regimento de Infantaria 8No dia 12 de Setembro de 2009, realizou-se no Regi-

mento de Cavalaria 6, o 14.º Encontro de Antigos Militaresdo Regimento de Infantaria 8 – Braga, Oficiais, Sargentose Praças.

Começou com a concentração do pessoal na parada doRegimento de Cavalaria 6 pelas 10H00; às 10H15 foicelebrada uma missa em memória dos militares já faleci-dos, na Capela do Regimento; às 11H30 foi colocada umacoroa de flores junto ao túmulo onde se encontram osnomes dos militares que tombaram ao serviço da Pátria,pertencentes ao Regimento de Infantaria 8. O almoço foiservido no refeitório do Regimento de Cavalaria 6.

Companhia de Caçadores 2780Cassiano Barbosa Barroso, organizador dos convívios anu-

ais da Companhia de Caçadores 2780 (Biambe - Guiné1970/1972) informa que no passado dia 26 de Setembro de2009, realizou-se na Régua o 18.º convívio desta Compa-nhia, com missa realizada pelo Capelão Morgadinho e oalmoço no Hotel “Régua Douro”, onde todos os participan-tes recordaram com os familiares e amigos os bons e mausmomentos que passaram juntos na juventude.

3.ª Companhia do Batalhão de Cavalaria 8421Na aldeia de Santo Antão, na Batalha, no passado dia 27

de Junho de 2009, realizou-se o 17.º almoço/convívio da3.ª Companhia do Batalhão de Cavalaria 8421 que prestouserviço em Cabo Delgado/Moçambique de 1973 a 1974.José Vieira, informa também que no próximo dia 1 deDezembro deste ano de 2009, faz 35 anos do regressodesta Companhia, logo quem quiser comparecer bastacontactá-lo para, Vieira 917 663 764.

CART 3538Fernando Monteiro, informa que no passado dia 6 de

Junho de 2009, realizou-se o 32.º almoço/convívio daCART 3538, no Restaurante Zé do Telhado em Paredes,onde estiveram presentes, além dos colegas, muitosfamiliares e amigos.

Batalhão de Caçadores 2856António Correia Pinto, informa que no passado dia 20 de

Junho de 2009, realizou-se o habitual almoço/convívio daCCS – Batalhão de Caçadores 2856 em Barroselas (Viana doCastelo), com a presença de mais de uma centena e meiade camaradas e seus familiares. Para o próximo ano oconvívio terá lugar em Amarante na 1.ª semana de Junho.

Companhia de Caçadores 169António Manso Gigante, informa que a Companhia de

Caçadores 169, que, comandada pelo saudoso TenCoronelAlberto Fernão de Magalhães Osório, na altura Capitão, queserviu em Angola de meados de 1961 até finais de 1963, feza sua reunião anual no dia 6 de Junho último, na localidadede Valado dos Frades, com a presença de 167 pessoas, dasquais, perto de metade são ex-militares.

Como em quase todas as reuniões anuais há um momentopara apreciar a poesia e como este ano não fugiu à regra,dedico este soneto, intitulado “Esta Força que nos Une” atodos os militares e ex-militares que estiveram no Ultramar.

Batalhão de Cavalaria 3845Mais uma vez a família do BCav 3845 se juntou, no mês

de Junho, para comemorar o 36.º aniversário da suachegada. Este ano estiveram presentes 75 elementos queconjuntamente com os seus familiares perfizeram cerca deduas centenas de pessoas que praticamente encheram o SalãoMoinho de Vento, em Almeirim. O encontro serviu comosempre para se recordarem os momentos vividos nasparagens africanas e rever amizades aí construídas efortalecidas. Um almoço agradável, abrilhantado com aactuação de um grupo de folclore infantil da região.

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Companhia de Caçadores 167A Companhia de Caçadores 167 (Angola 1961-1963),

realizou no dia 20 de Setembro, no Restaurante Zé Dias emSão Brás de Alportel, o seu 15.º almoço/convívio. Depoisde uma breve alocução do ex-combatente Firmino Galvão,o capelão da Companhia, Padre Macedo de Sousa, lem-brou os ex-militares que faleceram. O Núcleo de Loulé daLiga dos Combatentes, esteve representada pelo Secretá-rio da Direcção, Sch Tomás Santos e pelo 1.º Vogal daDirecção, Dionísio Viegas.

já aconteceuBatalhão de Caçadores 3868

Fernando Martinho da Silva Coelho informa que serealizou no dia 9 de Maio de 2009 no Restaurante “Quintados Moinhos”em Olival – Ourém, mais um almoço/conví-vio da CCS / Batalhão de Caçadores 3868 que esteve emMoçímboa da Praia/Ribaué em Moçambique entre 1971 –1974. Sendo o seu lema “Um Por Todos, Todos Por Um”.

Realizou-se em Fafe, entre os dias 10 e 14 de Junho, o5.º Convívio da C.Caç.2726, que reuniu cerca de 70 parti-cipantes, entre elementos desta Companhia, alguns vin-dos dos EUA e do Canadá e respectivos familiares. Doprograma previamente definido, para além da celebraçãode cerimónia religiosa, por intenção dos elementos daCompanhia que já não se encontram entre nós e doalmoço de confraternização abrilhantado por um conjuntomusical, constaram diversos passeios por aquela RegiãoMinhota, nomeadamente Guimarães, Braga, Viana doCastelo e Ponte de Lima.

O Convívio não podia ser dado por terminado sem quetivéssemos a grata presença de um Conjunto de Concerti-nas e Cantadores de Guimarães, que nos deliciaram coma sua alegria até altas horas da madrugada. A ComissãoOrganizadora representada pelo nosso Amigo AntónioSilva Lopes desde já agradece a presença de todos,fazendo votos para que nos voltemos a reunir no próximoano, na Cidade de Setúbal, coincidindo com a comemora-ção do 40.º aniversário da nossa partida, daquela Cidade,para a ex-Colónia da Guiné, em 1970.

30.ª Companhia de ComandosJoaquim Lopes Correia, informa que o 18.º Convívio da 30.ª Companhia de Comandos (Angola 1970-1972),

realizou-se em Castelo Branco, no dia 14 de Junho de 2009. Do programa constou a recepção dos convidados às11H00; missa na Igreja dos Fradinhos às 12H00 e o almoço/convívio num restaurante da cidade. Teve a participaçãode 100 pessoas e a responsabilidade deste convívio pertenceu ao Sr. Joaquim Lopes Correia (Trms). O Convívio para2010 terá lugar na cidade de Vila Real e será organizado pelo Sr. Luís Cardão. Não faltes.

Companhia de Caçadores 2726

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Ex-Batalhão de Caçadores 2831Hernâni Jorge Chamusca, informa que se realizou no

passado dia 18 de Julho de 2009, organizado pela Comis-são, o 15.º almoço/convívio do Ex-Batalhão de Caçadores2831 no salão da Adega Cooperativa de Cantanhede. Apósmissa celebrada por intenção dos companheiros mortos,seguiu-se o almoço, que decorreu entre mais de umacentena de ex-camaradas e familiares, em ambiente defranca camaradagem, amizade e alegria pelo reencontrode antigas amizades e o reviver da memória colectiva doBatalhão.

Companhia de Polícia Militar 314Edalberto Arcado de Matos, informa que a Companhia de

Polícia Militar 314 – “Os Gatos” (Angola 1962-1964),realizaram o seu habitual almoço/convívio no dia 16 deMaio de 2009, no Restaurante “Três Pinheiros” na Mealha-da. Contactar para o convívio de 2010, Edalberto Matos:234 752 228 ou 969 234 410.

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Companhia de Caçadores Especiais 65No passado dia 23 de Maio de 2009, e com um elevado

n.º de participantes, a Companhia de Caçadores Especiais65 reuniu-se em S. Pedro do Sul, para mais um animadoconvívio. Esta CCaç. constituiu uma das primeiras Compa-nhias integralmente formadas no Centro de OperaçõesEspeciais (Lamego), no verão de 1960, tendo servido emMoçambique de 1961 a 1963. Desde o seu regresso aoContinente, reúne-se regularmente, com larga participa-ção de familiares dos ex-militares, sendo, muito provavel-mente, a Companhia que mais cedo instituiu esta salutarprática.

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Companhia de Caçadores 671António Menezes, informa que a Companhia de Caçado-

res 671 (Diabos da Canda), realizou em 9 de Maio de 2009,na Quarteira o seu 22.º almoço/convívio desta Companhiaque serviu em Angola de 1964/1966 nos sectores deCuimba (COMA), e na intervenção da Região Militar.

Pelotões de Caçadores 964/965/967José Manuel dos Santos, divulga que no dia 31 de Maio de

2009, se realizou o 7.º Convívio dos Pelotões de Caçadores964/965/967, que celebraram o 43.º Aniversário do regressoa Portugal, depois da comissão em Angola (Cabinda), de1964/1966. À parte de, desde o 1.º ao 7.º convívio ter sidosempre o Sr. José Santos a organizar na Figueira da Foz, etambém ter sido dos anos em que menos gente estevepresente, o convívio foi espectacular e realizado com muitoorgulho e prazer. Nele estiveram presentes ex-colegas deNova York e de Los Angeles, como também veio o nossoCoronel Pamplona directamente dos Açores (Terceira).

5.ª Companhia de CaçadoresCapitão Francisco dos Reis Graça informa, que o

almoço/convívio da 5.ª Companhia de Caçadores doRegimento de Infantaria de Nova Lisboa, que actuouno Norte de Angola de 1962-1963, se realizou naMealhada no dia 6 de Junho de 2009.

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Companhia de Caçadores 2527José Francisco da Silva Nunes, realizou nos dias 22,23

e 24 de Maio de 2009, o 6.º encontro/convívio daCompanhia de Caçadores 2527 que esteve no Norte daGuiné/Bigene de 1969/1971.

A cerimónia principal no dia 23, começou com arealização das comemorações no Monumento da Ligados Combatentes em Lagoa com a colaboração do seuNúcleo em Lagoa/Portimão, com deposição de flores eseguida de missa pelos colegas já falecidos. O convíviocontinuou com uma grande festa onde estiveram pre-sentes dezenas de combatentes seus amigos e familiaresnum ambiente de muita alegria e camaradagem, duran-te todo o dia com troca de presentes e lembrançassempre com muita animação. Aos que não puderamestar presentes este ano, mas que enviaram mensa-gens, um até breve.

Batalhão de Caçadores 1895 (Angola 1966/1968)A Comissão organizadora dos encontros dos anos de

1999 a 2006 em nome do Sr. António Manuel Martins Pintoda Companhia de Caçadores 1610 (Batalhão de Caçadores1895), divulga os encontros anuais de confraternizaçãodos ex-militares do B.Caç. 1895 (Angola 1966/1968) e dasSub-Unidades, respectivamente:

CCS - 19 de Maio de 2009, em Viana do Castelo, 47participantes; Contacto Manuel Coelho 967 703 246

C.Caç.1609 - 2 de Maio de 2009, no Porto, 65 participan-tes; Contacto Ernesto Santos 219 884 397

CCaç.1610 - 17 de Maio de 2009, em Tomar, 66 partici-pantes; Contacto Martins Pinto 218 865 315

CCaç.1611 – 30 de Maio de 2009 em Alfeizerão, 57participantes; Contacto: João Castilho 965 665 674.

CPM 497 (Angola 1963/1965)Coronel de Cav. Orlando José Sequeira da Silva, informa

que em 6 de Junho de 2009, teve lugar em Lisboa oalmoço/convívio anual da CPM 497 (Angola 1963/1965)do comando do então Cap.Cav. Orlando Sequeira da Silvae do PPM 998, que a ela foi atribuído.

CART 2644José Manuel Lopes da Silva, informa que os ex-comba-

tentes da CART 2644, que serviu em Angola “Nambuan-gongo” de 1970 a 1972, realizaram no passado dia 6 deJunho de 2009, o seu 14.º almoço/convívio em Évora.

Companhia de Cavalaria 3318José Ferreira da Silva, divulga que o 9.º convívio da

Companhia de Cavalaria 3318, que prestou serviço emMoçambique de 1971/1973, realizou-se no dia 28 deMarço de 2009. Este convívio foi em Alfandega da Fé,no Hotel SPA, sendo a realização da responsabilidadedo Combatente Francisco António de Matos Jacinto esua Família. Não podíamos deixar de agradecer aoorganizador, nos ter levado às grandes maravilhas danatureza da zona, como também a visita ao Santuáriode Cerejais (Loca e Calvário), mais ainda ao jovemPadre que realizou a cerimónia na Igreja e nos brindoucom a sua presença no almoço.

CART 6254 (Guiné - 1973/1974)José Manuel Azevedo, divulga que se realizou em 30 de

Agosto último, o almoço/convívio da CART 6254 (Guiné -1973/1974), comemorativo dos 35 anos de regresso àMetrópole. Se pretendes integrar o próximo convívio con-tacta: José Azevedo TM: 965 009 913 / E-mail:[email protected]

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Companhia de Caçadores 545Carlos Pinto, informa que a Companhia de Caçadores

545 (Angola 1963/1966), mais uma vez se encontrarampara comemorarem o 44.º Aniversário de regresso àMetrópole na linda Vila de Arraiolos em Évora no seupavilhão Multiusos no dia 4 de Abril de 2009 onde compa-receram muitos dos seus colegas e familiares. Rapaziadapara o ano será na Mealhada.

Companhia de Caçadores 457Eduardo Ferreira, informa que o 33.º convívio da C. Caç.

457, que prestou serviço em Angola, sob o comando doCapitão Jaime Faria Afonso de 1963/1965, ocorreu em 30de Maio de 2009, em Fátima com 77 participantes. Comfoto do Grupo de Operações Especiais.

Batalhão de Caçadores 5010/741.ª Companhia de Caçadores do B. CAÇ. 5010/74,

realizou no passado dia 6 de Junho de 2009 em Almei-rim o 12.º encontro/convívio desta companhia queactuou em Angola, no Béu, Cuilo-Futa e Ponte Zádi emMaquela do Zombo e em Luanda, nos anos de 1974 e1975. O encontro/convívio foi precedido de Missa cele-brada na Igreja Matriz, onde foram evocados os com-batentes da Companhia mortos durante a missão efec-tuada. Foram igualmente recordados os camaradasposteriormente falecidos. O almoço/convívio decorreuno Restaurante Moinho de Vento e reuniu ex-oficiais,ex-sargentos e ex-praças da Companhia a que se junta-ram familiares e amigos bem como alguns ex-militaresde outras companhias do Batalhão 5010/74. Durante omesmo recordaram-se episódios vividos em África etrocaram-se impressões sobre os bons e os maus mo-mentos não só do passado mas também do presente.

Durante o encontro foram também apresentados osite (http://pacbc5010.com.sapo.pt) e o Blogue daCompanhia (http://1acbc5010.blogs.sapo.pt) que sepretende constituam mais um elemento da históriavivida e um elo de permanente ligação entre os ex-militaresda Companhia e do Batalhão. Qualquer contacto sobre erelativo a assuntos relacionados com a Companhia pode edeve ser feito para o e-mail [email protected].

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Companhia de Caçadores 536Dr. Fernando Viseu, informa que o almoço de confrater-

nização dos sobreviventes da C.Caç. 536 que esteve deOut. 1963 a Fev. 1966, em Moçambique, realizou-se esteano em Lagos, como sempre no dia 25 de Abril.

Batalhão de Caçadores 595Realizou-se em 6 de Junho de 2009, no Restaurante

Quinta do Pinhal dos Frades, em Mafra, a festa anual doBatalhão de Caç.595, que esteve no Norte de Angola entre1963 a 1966. O convívio foi muito animado e reuniu cercade 250 pessoas, quem informa é o Sr. Agostinho DiasPalos.

Caçadores 2471Carlos Alberto Correia da Silva, informa que a Compa-

nhia de Caçadores 2471, (Moçambique 1969/1971) maisconhecida por “A BAIDOSA”, realizou em 15 de Março de2009 o seu habitual almoço/convívio na Mealhada, naQuinta “Os Três Pinheiros”.

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já aconteceuBatalhão de Caçadores 2878

Fernando Hipólito, informa que o almoço/convívio daC.CAÇ.2544 do Batalhão de Caçadores 2878, realizou-seem Buarcos no Restaurante “Metinha 3”.

Esta Companhia serviu em Angola de 1969 a 1971.Contacto: [email protected]

Companhia de Caçadores 2381 e 2382Fausto Antunes de Matos Costa, informa que a Companhia

de Caçadores 2381 e 2382 que esteve na Guiné de 1968 a1970 no dia 9 de Maio de 2009, realizaram o 1.º AlmoçoConvívio em conjunto em Alferrarede (Abrantes), com apresença dos ex-Combatentes e respectivas famílias.

O dia começou com a concentração junto à porta princi-pal do antigo RI2 em Abrantes. Seguiu-se uma visitaguiada à unidade mobilizadora recordando os tempos alipassados. Desde já agradecemos a amabilidade com quefomos recebidos.

Junto ao monumento aos Mortos do Ultramar foi depo-sitada, pelos Capitães das Companhias, uma coroa deflores e de seguida, foi feita a chamada de todos osCamaradas Falecidos e cumprido um minuto de silêncioem sua memória. Acabada a cerimónia, os ex-Combaten-tes e os seus familiares rumaram ao restaurante Quinta doLago onde foi servido o almoço. As recordações dostempos de Guerra andaram à roda da mesa, numa jornadade alegria e boa disposição que se prolongou até ao fim dodia. Ficou a promessa de novo convívio conjunto nopróximo ano na zona de Fátima.

Batalhão de Caçadores 2855António Silva dos Santos, informa que no passado dia 27

de Junho de 2009, realizou-se o Convívio do Batalhão deCaçadores 2855, em Espinho, no Restaurante Flor daCorga. O almoço/convívio contou com a presença de 180pessoas, entre ex-combatentes e suas famílias, e foipresidido pelo Sr. Comandante General António MarquesLopes. Para o próximo ano, será realizado em Bragança.

CART 2786 (Moçambique 1971-1972)João Vasco Mateus, informa que a CART 2786 (Moçam-

bique 1971-1972), com o lema “De Cabora Bassa Defen-sores” reuniu-se no fim-de-semana de 11 a 13 de Junho,para o 5.º encontro/convívio, no Vale do Lobo, no Algarve.

“Por vezes é penoso cumprir o dever, mas nunca tãopenoso como não cumpri-lo” - Alexandre Dumas.

Caçadores 2841.º Cabo Radiotelegrafista José Coelho Ganilho Henriques e

membro da Direcção do Núcleo de Espinho, informa que dopassado dia 19 de Julho de 2009, realizou-se mais um convíviode ex-combatentes da Companhia de Caçadores 2584, orga-nizado pelo 1.º Cabo Radiotelegrafista Eduardo Fonseca Cola-ço. Este convívio contou com a presença de 80 antigoscombatentes e seus familiares para comemorar os 48 anos dapartida para Angola. Estiveram presentes o Comandante daCompanhia Coronel Nuno Alexandre Lousada e o ilustremédico Dr. Manuel Vitorino Ribeiro da Costa.

Companhia de Cavalaria 2486José Cumbre, informa que no dia 19 de Setembro de

2009, realizou-se o almoço/convívio da Companhia deCavalaria 2486, no Restaurante Residencial Braga, noVimieiro, em Torres Vedras.

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PortalegreCedência de um Talhãoem Castelo de Vide

Com a presença do Governador Civildo Distrito de Portalegre, Presi-

dente e Vice-Presidente da Câmara deCastelo de Vide, representante da GNRda localidade, Direcção do Núcleo dePortalegre da Liga dos Combatentes,inúmeras pessoas, muitos deles com-batentes, realizou-se a cerimónia dacedência de um talhão ao Núcleo dePortalegre da Liga dos Combatentes.

Após a assinatura do protocolo,em que o Município de Castelo deVide cede à Liga dos Combatentes,um talhão a título perpétuo, comcinco sepulturas e um ossário, foialtura do Presidente do Núcleo dePortalegre dizer algumas palavras.Começou por agradecer ao Municí-pio, na pessoa do seu Presidente aoferta do talhão: «Este acto repre-senta um marco simbólico e materialda conjugação de esforços e que eraambicionado pelos Combatentes deCastelo de Vide».

Disse que a Liga dos Combatentessempre desenvolveu um papel rele-vante na dignidade dos seus Comba-tentes, ajudando os mais fragilizadose entre outras situações também ossítios onde são inumados.

Foi garantido mais uma vez, peloPresidente do Núcleo, que tudo farápara que os combatentes do Distritorepousem em paz, com a dignidadeque merecem.

Procedeu-se ao descerramento deuma placa evocativa da Liga dosCombatentes, Núcleo de Portalegrena porta do cemitério, seguindo-sea colocação de uma coroa de floresno túmulo do Tenente-Coronel Sal-gueiro Maia. Por fim procedeu-se àentrega e descerramento de umaplaca no talhão. Após a cerimóniaseguiu-se um almoço com comba-tentes e familiares numa quintaparticular nos arredores de Castelode Vide.

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Saiba como ajudar atravésdo número de tel.: 213 425 151ou em www.lc.pt

Mantenha viva a solidariedadeda Liga dos CombatentesContamos com a sua ajuda!

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Francisco B. Reis, procura camara-das que tivessem prestado serviço noEsquadrão a Cavalo de Vila Pery entre1971 a 1974.

([email protected])

José Domingos Andrade, preten-de procurar camaradas do CCS Bata-lhão de Caçadores 12, que prestaramserviço em Carmona/Angola entre1968/1970. Contacto: 923 459 349.

Anónimo, procura combatentesdo Luso da Companhia de Engenharia9142 em particular aqueles que láestiveram entre 1973 e 1975. Contac-to: [email protected].

José Fernandes da Silva e CarinaSilva, gostavam de ter contacto comcamaradas da CART 1700. Contacto:[email protected].

António Brandão, foi Alferes Mili-ciano da Companhia de Caçadores2336 que prestou serviço em Angolaentre 1968 e 1970, e vive em VilaNova de Gaia, no norte do País. Procu-ra camaradas, que na altura eramAspirantes Milicianos que com ele fre-quentaram o 3.º curso de OperaçõesEspeciais em Lamego, em 1967, parafuturos convívios.

Procura também, um outro camara-da Alferes que salvo erro, se chamaJoão Manuel Santos e terá pertencidoao Pelotão de Reconhecimento doBatalhão de Caçadores 2843, se sabesde quem se trata ou até pertenceste aalguma desta Companhia ou Bata-lhão, Contacta: ([email protected]).

António Vaz, procura:- ex-militares das Companhias de En-

genharia 1447, 1448 e 1665, que presta-ram serviço em Angola de 1965 a 1969;

- ex-militares das Companhias deCavalaria 1482, 1483, 1484 e 1485,que prestaram serviço na Guiné de1965 a 1967;

- ex-militares das Companhias dePolícia Militar 1750, 1751, 1752 e 1753,que prestaram serviço em Angola,Guiné e Moçambique de 1967 a 1969;

- e todas as Companhias, Pelotões erendição individual, que prestaramserviço em S. Tomé e Príncipe e queainda não contactaram com os ele-mentos da organização dos Convíviosanuais; contacto: 966 444 449 ou([email protected])

Confraternização de ex-alunosdo Lar dos Combatentes

As antigas alunas (os) do Lar dos Filhosdos Combatentes mais uma vez cum-

priram a tradição, reunindo-se num al-moço, que é pretexto para recordar asalutar vivência que tiveram naqueleEstabelecimento de Ensino, razão paramatar saudades.

Este Ano a cidade do Porto, e o próprioLar, foram escolhidos para a reunião nopassado dia 06JUN09.

O almoço de confraternização decor-reu em ambiente naturalmente de ver-dadeira amizade, e recordando os belostempos da juventude vividos no Lar.

Após o almoço coube à ex-aluna MariaHortênsia, organizadora do encontro, apre-sentar um pequeno discurso alusivo aoacto, onde foi dado a conhecer a Históriada Casa dos Filhos dos Soldados/Lar dosFilhos dos Combatentes – Obra que a JuntaPatriótica do Norte soube criar em mo-mento alto da História Nacional.

As ex-alunas ficaram entusiasmadascom o que ouviram e sugeriram que parao ano a Liga dos Combatentes pudesseorganizar uma pequena Cerimónia deHomenagem à Memória dos Fundadoresda Casa dos Filhos dos Soldados, (CFS)figuras ilustres da Sociedade Portuense,

dotados de um elevado humanismo,que souberam juntar a si personalida-des que constituíram o Núcleo Femini-no da Junta Patriótica do Norte e que osajudaram a fundar a CFS, convidandopara este evento, os filhos ou netossobrevivos.

Esta cerimónia a ter lugar, será paramarcar a transformação do Lar dos Filhosdos Combatentes (90 anos de vida) emLar de Terceira Idade, caso estejam pron-tas as obras de adaptação a esta últimavalência.

Todas as ex-alunas foram convidadasa manterem a sua condição como sóciasda Liga, o que foi muito bem aceite.

O Presidente do Lar Cor Barbosa Pintoacompanhado pela Dra. Manuela Cor-reia Leite acarinharam-nos com a suapresença manifestando o seu contenta-mento por ali terem estado presentes efelicitaram as ex-alunas (os) pelo espíri-to que os tem mantido unidos ao longodo tempo, recomendando que estesencontros não se extingam no tempo.

Para finalizar foi cantado o Hino do Lar,com o timbre e emoção como é apaná-gio das ex-alunas do Lar dos Filhos dosCombatentes.

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Todas as guerras têm o seu lugarobrigatório na História, indepen-

dentemente das razões que se tra-vam nesses confrontos entre povos enações.

Tem sido sempre assim ao longo daHistória da Humanidade e o mesmonão poderá deixar de acontecer coma guerra que Portugal travou no anti-go Ultramar, contra as forças de liber-tação das então colónias, hoje naçõesindependentes e a nós ainda ligadaspelos laços fraternos construídos aolongo de séculos de Língua portugue-sa partilhada.

Não poderemos nunca mais omitiros factos que revelam o lado positivode uma caminhada histórica, bemcomo não podemos igualmente ne-gar as evidentes contradições queforam sendo semeadas ao longo des-se caminho. Tudo e todas as coisassão sempre marcadas por um tempo

Um lugar na história

que finalmente se deve constituirnaquela que é a História dos nossospovos. Em nome até da memória co-lectiva.

Uma Nação que esconde o seu pas-sado é uma Nação sem grande futuro.

A primeira metade deste tempoque Portugal leva de Democracia foiclaramente marcado por uma perma-nente recusa na abordagem à realida-de da guerra que opôs povos irmana-dos pela Lusa Língua de Camões. Em

contrapartida os últimos anos teêm-serevelado importantes no que se refe-re ao aparecimento de algumas im-portantes produções documentaissobre a guerra colonial, cuja objectivi-dade histórica se saúda.

Exemplos disso são a série televisi-va da RTP “A Guerra”, com uma exce-lente realização do jornalista JoaquimFurtado, e ainda “Os Anos da GuerraColonial”, numa produção de 16 volu-mes e outros tantos fascículos queregistam com grande interesse “Asgrandes Operações da Guerra Coloni-al”, num trabalho onde fica patenteuma exaustiva pesquisa de anos, fei-ta de enorme precisão documental eque resulta por isso num documentode grande objectividade histórica eliberto de preconceitos ideológicos.

Os seus autores, Carlos Matos Go-mes e Aniceto Afonso, estão na ver-dade de parabéns pelo seu importan-te contributo para uma História, a quese começa a dar uma forma e umconteúdo verdadeiramente dignos efinalmente dirigidos ao grande públi-co.

Estes dois tetemunhos históricos po-dem, de algum modo, funcionar comoum forte impulso ao aparecimento deoutras produções e registos, cuja cons-trução deverá ter sempre em conta,como um valioso contributo, as experi-ências vividas pelos seus protagonistas,os ex- Combatentes, que ainda vãoresistindo ao tempo.

Afinal os ex-Combatentes da guerracolonial, são eles mesmo, a Históriaviva de um tempo, e por isso mesmo seconstituem numa enorme mais-valiapara a construção do património danossa memória militar. Mesmo queisso possa incomodar alguns arautosde um progresso muitas vezes faze-dor da desgraça e que se vai desfian-do à margem dos valores patrióticosque foram sendo construídos por estaNação, ao longo dos séculos.

Porque a História é uma inevitabili-dade.

DO ANTECEDENTE 46.949,38Anónimo 100,00Lisandro Manuel Ribeiro Trafaria 20,00Anónimo 20,00Tenente-Coronel Luís Borges 20,00Palestra “Organização dos Comandos” 53,00Comissão Organizadora da Comemoração do 50.º Aniversáriodo Curso de Entrada na Escola do Exército em 195 614,00Carlos Eugénio Marques Carrera 74,00Anónimo 14,00Núcleo do Entroncamento/Vila Nova da Barquinha 434,00Domingos Manuel Janota 32,00Núcleo de Lagos 150,00SALDO PASSA A: 48.480,38

Fundo Liga SolidáriaDonativos 2009 – NIB 0035 0396 0022 0208 9305 8

Lisboa, dia 14 de Setembro de 2009

Francisco José Barata Gonçalves

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4 sugestões de leitura

CAMUFLADOAutor: José Miguel Ramos de Almeida –Edição do AutorDistribuição: Sra. D. Fátima BinelaTL: 21 796 74 97 TM: 96 166 33 67

Licenciado pela Faculdade de Medicinade Lisboa (1954), percorreu todos osgraus da carreira hospitalar e, comobolseiro da Organização Mundial deSaúde, trabalhou em hospitais pediátri-cos de Toronto, Bóston e Nova Iorque.Iniciou o ensino da Pediatria em 1964,como assistente da Faculdade deMedicina de Lisboa; doutorou-se em1987, fez a agregação em 1991 e foiaprovado no concurso para professorcatedrático em 1993, na Faculdade deCiências Médicas da UniversidadeNova de Lisboa.Publicou numerosos artigos de opiniãona imprensa periódica.É autor de Adolescência e Maternidade(Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1987, 2002, 2007), de Vício de Pensar(Lisboa, Grifo, 1998), e de Do Sótão dasMemórias (Lisboa, Grifo, 2002).Entre outras distinções, recebeu oprémio “Memorial Arce-SánchezVillares” (2000), atribuído anualmentepela Sociedade de Pediatria deAstúrias, Cantábria, Castela e Leão.

MOÇAMBIQUE (O Regresso dos Soldados)Autor: Ricardo MarquesEdição: Cadernos D. Quixote – Repor-

tagem 06Contacto do Autor:E-mail: [email protected]

Ricardo Marques nasceu em Julho de1974 e vive entre Lisboa e Peniche.Terminou o curso de Ciências daComunicação na Universidade Autóno-ma de Lisboa em 1998 e no anoseguinte ingressou no jornal Correio daManhã, onde trabalha como jornalista.“Nas entrevistas que fiz, muitas delasna Ilha de Moçambique, procurei queme falassem principalmente dasoutras coisas. Dos cheiros, das cores,das gentes. Mas também da guerra,do medo e da morte. Todos aceitaram,com mais ou menos vontade. Sãoconversas que nunca esquecerei. Quenão poderei esquecer.Esta viagem começa junto a um rio,não muito longe de Maputo.Começa com um menino que lançabarcos de cana à água e com umexercício de imaginação. Os portugue-ses vão nesse barco, incapazes delutar contra a corrente, ao encontro deMoçambique. Resta-lhes partir. O conviteque lhe faço é que os acompanhe”.

CAMBANÇA(Guiné Morte e Vida em Maré Baixa)Autor: Alberto BranquinhoEdição: Sete CaminhosE-mail: [email protected]: 218 394 434 – Fax: 218 394 436

CambançaÉ passagem para o outro lado.Por vezes uma fuga ou uma mudança.Pode ser uma partida ou um regresso.Quase sempre com a vida em marébaixa.Cambança é um conjunto de peque-nas histórias em tempo de guerracolonial, na Guiné.

DIÁRIO DA GUINÉ 1968-1969(Na Terra dos Soncó)Autor: Mário Beja SantosEdição: Círculo de Leitores / Temas eDebatesContactos: 217 626 100E-mail: [email protected]

Mário Beja Santos é assessorprincipal da Direcção-Geral doConsumidor.“Era uma vez um menino alferesque chegou à Guiné e foi lançadono regulado do Cuor, no Leste, em1968. A sua missão principal eraproteger o rio Geba, garantindo asua navegação, indispensável para acontinuação da guerra. O alferescomandava dois aquartelamentos ealguns dos soldados mais valentesdo mundo: caçadores nativos emilícias, gente que vivia no Cuor, emMissirá e em Finete. Mas havia outrasmissões, para além de proteger o rio:emboscar, patrulhar, minar, atacar edefender, garantir um professor paraas crianças, reconstruir os quartéisflagelados, levar os doentes aomédico, praticar a justiça com régulo,um destemido Soncó, neto de InfaliSoncó que derrotara Teixeira Pinto nodealbar do século XX. Era uma vezum alferes que aprendeu a trabalharcom um morteiro 81, a emboscar nacalada da noite, a enterrar os mortose a levar os moribundos às costas. Erauma vez um alferes que se deslum-brou com as terras dos Soncó e queresolveu escrever um diário paramanter vivo e lembrar aos entesqueridos que estava a fazer umhomem. A partir daquela guerra, Cuore os Soncó viveram sempre nocoração do alferes. Era uma vez…”.

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Tele objectiva

Os 424 sócios que o Núcleo nestemomento tem, é fruto do trabalho de-senvolvido por todos, sócios, DirecçãoCentral da Liga dos Combatentes, Direc-ção do Núcleo, Câmara Municipal deLoulé e todas as suas Juntas de Fregue-sia. A sede social está a funcionar, todosos dias, das 9 horas às 17 horas.

Esta Direcção termina o seu mandatono final do ano e está a trabalhar paraatingir os 500 sócios (número impensá-vel de atingir, quando o Núcleo foi fun-dado em 2006). Estamos a trabalhar naconstrução do Monumento ao Comba-tente.

O Centro de Apoio Médico, Psicológi-co e Social (CAMPS), está a trabalharcom ex-combatentes e familiares, deVila Real de Santo António até Lagos,Beja e Reguengos de Monsaraz.

Estamos a apoiar sócios carenciados,alguns fora do nosso Concelho. Já te-mos vários orçamentos para a aquisi-ção de uma viatura, brevemente ire-mos adquiri-la.

A Câmara Municipal de Albufeira, reco-nheceu o nosso trabalho publicamen-te, ao reconhecer a importância dacriação do CAMPS, para os ex-comba-tentes e familiares.

Neste momento é imperioso tentararranjar um novo espaço, para funcionara sede social. Com as consultas de psico-logia, medicina, apoio social e formaçãoinformática, as nossas instalações, jánão reúnem condições necessárias parao bom funcionamento do nosso Núcleo.A todos o meu muito obrigado, pelotrabalho, dedicação e apoio, dado aosex-combatentes. Bem hajam!

Memorial aos mortos em áfrica

Os 167 militares do Porto que mor-reram em combate nas ex-colóniasvão ser recordados num Memorialnas imediações do Castelo de S. Joãoda Foz, revelou ontem Miguel Len-castre, um dos promotores da inicia-tiva. “Na cidade do Porto não hánenhum memorial que recorde oscombatentes que nasceram nesteconcelho”, frisou Miguel Lencastre.

Nova polémica com pensões

A Associação dos ex-militares / ex-combatentes de França quer que acontagem do serviço de tempo mili-tar para efeitos de reforma seja alar-gada a todos os emigrantes ex-mili-tares portugueses e não apenas aos

que combateram na guerra do Ultra-mar. “Os ex-militares não são con-templados pela lei, o que é´ incom-preensível e injusto. A lei devia cobrirtoda a gente que fez serviço militar,independentemente de ter estado naguerra ou não”, disse ontem à LusaJoão Machado, daquela associação.

Monumento aos AntigosCombatentes

No passado dia 15 de Março, noparque da zona norte citadina, PedroRibeiro, vice-presidente da Câmara,inaugurou o “Monumento dedicadoaos 14 antigos Combatentes do Con-celho, que lutaram e morreram pelaPátria”. Assistiram vereadores e ou-tros membros dos órgãos autárqui-cos, familiares dos homenageados epopulação.

A Nossa Missão

O 9 de Abril é uma data que arrepiaa galvaniza, ao mesmo tempo, o senti-mento patriótico português! Arrepia por-que faz recordar a morte, em combate,de milhares de soldados portuguesesem terra estranha, longe da Pátria.Galvaniza porque é uma data que ficougravada nos anais da nossa tradicionalheroicidade. Como temos afirmadomuitas vezes, o 9 de Abril não pode serconsiderado uma derrota, porque osmilitares combateram bravamente nasterras da Flandres, o 9 de Abril foi umacoisa diferente; diríamos que foi a con-sequência do seu triste destino numaluta mal preparada, mas não por eles,os soldados. Fomos, nessa altura, paraa guerra como subalternos. Os nossosantigos aliados pensaram fazer do sol-dado português, não um soldado, masum cavador de trincheiras, como até odesignavam desprimorosamente. E obrio dos nossos militares ofendeu-se,naturalmente. É que o soldado portu-guês não era cavador de trincheiras(embora nisso tivesse sido utilizado)provou-o ele pela forma como se com-portou, muito especialmente, nesse 9de Abril, na tristemente célebre Bata-lha de La Lys. E arrepia ainda esta datapor muitos motivos que este aponta-mento não comporta explicar com de-talhes, porque é longa, muito longa, ahistoria que gira á sua volta. E estamosplenamente convencidos que muitosportugueses não a conhecem, primeiroporque já lá vão nove décadas sobre osacontecimentos e, em segundo lugar,porque ela jamais foi amplamente di-vulgada. E se interrogarmos os maisnovos, então é o descalabro total.

Mas uma Instituição designada Ligados Combatentes está bem viva e,todos os anos, pretende lembrar aosportugueses o 9 de Abril. Na cidade deEstremoz, onde, há mais de oito déca-das, existe um dos Núcleos dessa Ins-tituição, essa data jamais foi esqueci-da. E este ano, mais uma vez, tal acon-tece.

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Tome nota

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FADO NO CHIADO

Espectáculo diário com a duraçãode 40 minutos.Vozes que cantam o fado ao somda guitarra portuguesa.«Fado in Chiado» encontro com atradição no centro histórico deLisboa.Um espectáculo que revela o fadocomo património da humanidade.Venha ouvir e sentir, hoje mesmo, avoz da alma portuguesa.Todos os dias, às 7 da tarde no Chiado.

BACH REVISITADODomingo | 8 Novembro 200912:00, Sala Suggia

Inserido no Festival À Volta do Barroco,este programa ilustra o produto dainfluência das obras corais de Bach namúsica do século XX. Desde o Livro deCorais escrito originalmente para corona década de setenta por MaurícioKagel, até à alusão mais directa a Bachnuma transcrição para vozes daBachiana Brasileira n.º 9 de Villa-Lobos,este é um programa que inclui dois dosmais célebres corais do mais composi-tor mais importante do Barroco

CORO CASA DA MÚSICADom 4 Out 2009 a Dom 20 Dez2009 às 12:00

Paul Hillier direcção musicalHeitor Villa-Lobos BachianasBrasileiras n.º 9J. S. Bach Jesu meine FreudeMauricio Kagel Das ChorbuchJ. S. Bach Lobet den Herrn

TALK SHOW | ATÉ SE APAGAR O CORPORUI HORTA - No CCB

Talk Show é uma obra para quatrointérpretes e duas colunas de som.Um questionamento sobre o corpoenquanto sistema comunicante esobre o seu desaparecimento aolongo da vida no território maior dasua evidência, o amor.15 e 16 Out 2009 - 21:0017 Out 2009 - 18:00 e 21:0018 Out 2009 - 17:00M/12 ANOS

O DEUS DA MATANÇA4 Set a 25 OutQua a Sáb: 21h30 | Dom: 16h

Yasmina Reza, autoria; João Louren-ço e Vera San Payo Lemos, adapta-ção; João Lourenço, encenação;Joana Seixas, Paulo Pires, SérgioPraia e Sofia de Portugal, interpreta-ção.

O Teatro Aberto investe na drama-turgia contemporânea ao apresentarum texto de 2006 que está a fazersucesso por toda a Europa e nosEstados Unidos. A autora francesa,Yasmina Reza, analisa o universo dafamília com a mistura de humor ecrítica social que lhe é característi-ca. Dois rapazes andam à pancada eum deles parte um dente ao outro.Os pais encontram-se para falarcom calma sobre o incidente e asconsequências que ele terá para osdois jovens. Não vai ser fácildescobrir quem começou a briga.

2.º CICLO DA TERTÚLIA“FIM DO IMPÉRIO” O Núcleo de Oeiras/Cascais da LC, vairealizar, durante o mês de Outubro, o 2.ºCiclo da Tertúlia ‘’Fim do Império’’, sob atemática “Olhares Civis”, iniciativa noâmbito do programa estruturante, Cultura,Cidadania e Defesa, da LC, com o apoio daDirecção Central e da C. M. de Oeiras.As sessões realizam-se em Oeiras, naLivraria-Galeria Municipal Verney (RuaCândido dos Reis, 90 - no centro históricoda Vila) com a seguinte programação:1.º Encontro, em 20Out. 15h.: A obraliterária e pictórica de Albano Neves eSousa, com Luisa Neves e Sousa (viuva doautor) e o engº Miguel Anacoreta Correia(Conselheiro de Estado) ;2.º Encontro, em 18/Nov. 15h. : “Moussede Manga“ de Helena Pinto de Maga-lhães, com a autora e o dr. FernandoNobre (Presidente da A.M.I.);3.º Encontro, em 15Dez. 15h.: “Milicianos,os Peões das Nicas” de Rui Neves da Silva,com o autor e Daniel Gouveia (Editor);4.º Encontro, em 19Jan.2010 15h.: “Diárioda Guiné, 1968-1969, na Terra dos Soncó”,do dr.Beja Santos, com o autor e o doutorLuis Graça (Prof. do Ensino Supeior). Os encontros da Tertúlia são abertos aossócios da Liga que desejem participar.”

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