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RSS conheça os atuais níveis salariais e onde estão as oportunidades Emprego R$ 7,90 novembro 2005 :: ano 2 :: nº 23 :: www.arteccom.com.br/webdesign tutorial padrões web aprenda como incluir o CSS em seu projeto na web mercado de trabalho confira dicas para se destacar e garantir uma vaga na área 6D Estúdio O design superando as 3 dimensões Estudo aponta que usuários de RSS acessam sites três vezes mais e com maior freqüência. Saiba como implementá-lo em sua página use

Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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Page 1: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

RSS

conheça os atuais níveis salariais e onde estão as

oportunidades

Emprego

R$ 7,90

novembro 2005 :: ano 2 :: nº 23 :: www.arteccom.com.br/webdesign

tutorial padrões webaprenda como incluir o CSS

em seu projeto na web

mercado de trabalhoconfira dicas para se

destacar e garantir uma vaga na área

6D EstúdioO design superando as

3 dimensões

Estudo aponta que usuários de RSS acessam sites três vezes mais e com maior freqüência. Saiba como implementá-lo em sua página

use

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Funcionários não existem mais

Funcionário. Não soa antiga, ultrapassada, essa palavra? Hoje

são chamados de colaboradores, associados, isso sem citar as palavras

estrangeiras que já estão aí para definir esse novo perfil de profissional,

como se “funcionário” fosse um termo a ser evitado. Provavelmente

porque deve ser mudada urgentemente a forma de pensar e agir, a

mentalidade de quem trabalha para uma organização.

As empresas precisam de pessoas empreendedoras, criativas, não

só nas áreas de design e de criação, mas em qualquer outra. Pessoas que

façam diferença, que contribuam realmente para o seu crescimento. Cada

vez mais é impossível ignorar a competitividade. É preciso, não apenas ter

o melhor produto ou serviço, mas o melhor atendimento, o melhor preço,

o melhor design. Precisamos das pessoas mais competentes do mercado

para gerar produtos inovadores, originais, que se destaquem realmente

da concorrência. Precisamos, hoje, criar DIFERENCIAIS.

Ou seja, não basta apenas cumprir as tarefas diárias. Isso tornou-se

insuficiente, ineficaz para as empresas. A “função” agora é DESENVOLVER

um trabalho que faça a diferença, atraindo mais clientes ou gerando

mais lucro, é PROPOR novas idéias e soluções, é COLABORAR para o

crescimento da empresa. Crie e torne-se um colaborador. Ou desenvolva

novos projetos que o façam um associado. Seja o que for, só não preste

simplesmente “funções”. Saia da linha de conforto. Funcionário, aquele

que exerce funções, não existe mais.

Então, se sua meta é conseguir um bom emprego, estabilidade e

a ainda tão almejada “carteira assinada”, desista. Agora, para os que

pretendem fazer a diferença numa companhia, boa leitura!

quem

som

os

Editorial

Equipe

Criação e edição

Produção gráfica

Distribuição

www.arteccom.com.br

www.prolgra ca.com.br

www.chinaglia.com.br

Di re ção Geral

Criação e Diagramação

Ilustração

Direção de Redação

Redação

Assinaturas

Gerência de Tecnologia

Desenvolvimento Web

Financeiro

A Arteccom é uma empresa de design, especializada na criação de sites e responsável pelos seguintes projetos:Revista Webdesign :: www.arteccom.com.br/webdesignCurso Web para Designers :: www.arteccom.com.br/cursoEncontro de Web Design :: www.arteccom.com.br/encontroPortal Banana Design :: www.bananadesign.com.brProjeto Social Magê-Malien :: www.arteccom.com.br/ong

Adriana Melo

[email protected]

Camila Oliveira

[email protected]

Leandro [email protected]

Beto Vieira [email protected]

Luis [email protected]

Tatiana [email protected]

Jane Costa [email protected]

Fabio Pinheiro [email protected]

Eric Nascimento [email protected]

Luana Rocha [email protected]

Adriana Melo::

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men

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apresentação

pág. 4 quem somos

pág. 5 menu

contato

pág. 6 emails

pág. 6 fale conosco

fique por den tro

pág. 8 direito na web

pág. 10 clipping

portfólio

pág. 12 veterano: 6D Estúdio

pág. 18 calouro: Isabela Rodrigues

matéria de capa

pág. 20 entrevista: Marcelo Abrileri

pág. 28 quanto vale um profissional

de internet?

e-mais

pág. 40 vantagens do RSS

pág. 47 debate: RSS vs. Newsletters

pág. 51 estudo de caso: Telelistas

pág. 55 tutorial : Padrões Web 5

com a palavra

pág. 60 webwriting: Bruno Rodrigues

pág. 62 bula da Catunda: Marcela Catunda

pág. 64 usabilidade: Marcos Nähr

5

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6

Olá, vocês são 10, sou assinante da revista e conto os dias para chegar o início do mês para ler mais uma edição. Faço estágio em uma agência de design. Minha dúvida é: as minhas criações, por exemplo, layouts em geral para clientes dessa mesma agência, entram em meu portfólio?Felipe [email protected]

Claro, Felipe. Só não esqueça de

colocar os créditos para a agência

nos projetos que você participou.

Converse com os responsáveis

também, veja se existe alguma

restrição.

emai

ls

fale conosco pelo site www.arteccom.com.br/webdesign

:: Os emails são apresentados resumidamente. :: Sugestões dadas através dos emails enviados à revista passam a ser de propriedade da Arteccom.

Assunto: Parabéns pelo site!

Assunto: Concursos

Vocês têm dicas de concursos de design para sites? Obrigado,Leandro [email protected]

Olá Everton e Leandro.

Fiquem atentos que estamos

sempre divulgando concursos de

sites. No momento, vocês podem

participar do Plugin Websites Award

(www.plugin.com.br/concurso). As

inscrições vão até 18 de novembro.

Os prêmios são um Pentium IV e

uma câmera digital. Boa sorte!

E, sobre concursos em geral,

zemos uma matéria na edição

nº13.

Fireworks Assunto: X Photoshop

Assunto: Inclusão Digital

Assunto: Portfólio

Vocês possuem alguma pesquisa sobre o uso do Fireworks vs. Photoshop (qual é o mais usado para web)? Sabemos que o Photoshop reina há anos, mas o Fireworks tomou uma grande parte dos usuários web, então queria ver alguma pesquisa sobre isso.Denis Eustá[email protected]

Difícil a rmar qual o melhor editor

de imagens, quando, na verdade,

eles se completam. Para quem

trabalha com web, criação de

Olá para todos! Tenho reunido uma série de equipamentos de informática (com e sem defeitos), no intuito de poder reciclar ou doar para alguma instituição. Existe alguma ONG, de preferência aqui em Salvador, que tenha interesse em recebê-los? Aproveito para sugerir a publicação na revista de uma lista com os contatos de ONGs de Inclusão Digital, Design e áreas a ns. Um grande abraço,Andrea [email protected]

Andrea, por enquanto, ca dado o

recado e disponibilizado seu email.

Quanto à matéria, vamos prepará-la

sim. Obrigada!

Blogs, Flogs e Vlogs, pois não me lembro de ter visto nada a respeito.Adriano Santos

[email protected]

Querido colecionador,

Fizemos uma matéria sobre blogs

na edição nº8, e na nº20 uma

entrevista ótima com Helen Bar.

Sobre Vlogs ainda não. Um dia

podemos retomar o assunto, ok?

E, então, entraremos com outros

focos. Abraços!

Assunto: Blogs

layouts, logos, arquivos vetoriais,

o Fireworks vai parecer a solução

perfeita, pois é muito mais simples

e leve de se usar. Já quem trabalha

com tratamento de fotos de alta

resolução, efeitos, o ideal é usar

o Photoshop, pois mesmo sendo

pesado, possui todas as ferramentas

necessárias. Conclusão: se você

utiliza o editor de imagens para

coisas rápidas, use o Fireworks;

se utiliza para tratamento de

imagens, use o Photoshop.

Abraços, Fábio Pinheiro.

Quero parabenizá-los, fazia algum tempo que não acessava o site da revista. Ficou ótimo, é fácil de navegar, clean,

simplesmente o máximo.Márcia Guimarã[email protected]

A equipe Arteccom agradece! E

não deixe de participar da revista,

avaliando as edições, participando

das enquetes, da pesquisa, enviando

sugestões etc. Isso tudo pode ser feito

pelo site da Webdesign. A qualidade

de nosso conteúdo depende dessa

contribuição!

Sou webdesigner e trabalho em uma agência de internet. Gostaria de inscrever nossos sites em concursos, mas existe pouca informação na internet sobre esse assunto. Dessa forma, queria sugerir uma matéria que aponte quais são os principais festivais nacionais que premiam sites e como fazer para participar. Obrigado pela atenção e parabéns pela revista. Tenho todas! Everton [email protected]

Estou para enviar este email há meses (risos). Comprei a revista a partir da edição nº2 e estou apaixonado! Fui “obrigado” a comprar a edição nº1 assim que a loja virtual cou pronta. Não podia car com a coleção incompleta. Gostaria de sugerir uma matéria que falasse sobre

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dire

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na

web

Marianna Furtado é advogada

com pós-graduação em Direito

da Propriedade Intelectual pela

PUC-Rio. Atualmente, pertence

à equipe do escritório

Montaury Pimenta, Machado &

Lioce Advogados.

Envie sua dúvida para:

[email protected]

Poderia o dono de determinada página inserir o endereço de página criada por

terceiro em seu site? Não estaria ele violando direito autoral, por “distribuí-la”,

“reproduzi-la” e “divulgá-la”? Gustavo Pugliesi – [email protected]

Gustavo Pugliesi – [email protected]

Links de terceiros

Na verdade, quanto à essa questão

existem dois entendimentos doutrinários.

O primeiro afirma que o criador de

um site necessita, sob pena de violação de

direitos autorais, de permissão para incluir

um link objetivando o endereçamento a

site de outro. Tal entendimento se baseia

em algumas disputas judiciais americanas,

onde se decidiu que a cópia de um trabalho

em memória RAM é uma cópia para fins de

direitos autorais.

A segunda corrente de entendimento

considera que a World Wide Web é um

protocolo existente apenas para ligar

um site a outro, não havendo razão para

restringir a menção ou acesso a um

website, não necessitando haver permissão

específica para tanto.

Ademais, há que se ressaltar que o link

é mera instrução, portanto, em um primeiro

momento, não se adequaria ao instituto de

direitos autorais, essa reserva de direitos.

Entretanto, tal fato não significa que

não haja problemas em copiar uma série

de links organizados por uma página, vez

que o inciso XIII, do artigo 7.º, da Lei de

Direitos Autorais, estipula que “São obras

intelectuais protegidas (...): as coletâneas

ou compilações, antologias, enciclopédias,

dicionários, bases de dados e outras obras,

que, por sua seleção, organização ou

disposição de seu conteúdo, constituam

uma criação intelectual.”

De onde se conclui que o ato de

estruturar, seqüenciar e organizar links em

uma página poderia, talvez, criar proteção

autoral sobre si, e, assim, um indivíduo

que copiasse essa seqüência em outro

site poderia, perfeitamente, responder por

violação à Lei de Direitos Autorais, pois

teria copiado um dos elementos da obra.

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Lula assina decreto e “oficializa” programa de inclusão digital

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na terça-feira,

dia 23/09, um decreto referente ao programa de inclusão digital

Computador Para Todos. Com a medida, o presidente lançou

oficialmente o projeto.

A oficialização permite que seja colocado em prática o tão

esperado financiamento facilitado para micros de até R$ 1.400. A

outra frente do projeto --isenção de PIS/Pasep e Cofins para PCs

de até R$ 2.500-- já vigora desde junho em redes varejistas como

Extra e Magazine Luiza.

“A assinatura habilita o Ministério da Ciência e Tecnologia a

cadastrar as lojas que vão utilizar o financiamento do BNDES

[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”,

afirmou Luiz Cláudio Mesquita, assessor de diretoria do Serpro

(Serviço Federal de Processamento de Dados).

Antes de iniciar os cadastramentos, no entanto, o MCT ainda

deve publicar uma portaria --esperada para os próximos dias-

- com definições, especificações e características mínimas dos

computadores de até R$ 1.400 que terão financiamento facilitado.

Para se encaixar na categoria beneficiada, o equipamento, de

qualquer marca, deve utilizar obrigatoriamente software livre.

Além disso, precisa contar com um processador de 1,5 GHz,

disco rígido de 40 GB, memória RAM de 128 MB e monitor de 15

polegadas, entre outros itens.

Ainda de acordo com o comunicado do Planalto, o governo está

preparando uma campanha de lançamento para o programa de

inclusão digital. Além de propagandas, a iniciativa deve conter um

portal com as principais orientações e informações sobre o projeto.

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(03)

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Estudante ganha US$ 160 mil com minianúncios online

Em menos de um mês, o britânico Alex Tew, de 21 anos,

conseguiu levantar US$ 160 mil, vendendo em seu site pequenas

tiras de publicidade a US$ 1 dólar cada. Mas seu objetivo é

faturar algo como US$ 1 milhão nos próximos dois anos.

São Paulo - Para pagar sua faculdade, o estudante britânico

Alex Tew teve uma idéia singular: criar um site somente com

microanúncios. A iniciativa foi bem sucedida: em menos de um

mês, Tew já levantou cerca de 160 mil dólares. Seu objetivo, ao

longo deste ano e do próximo, é faturar algo como um milhão de

dólares.

Os anúncios publicados por Tew em seu “MillionDolar” medem 1

pixel e custam um dólar cada. O negócio fez tanto sucesso que

já está sendo copiado em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Mas por que alguém deveria comprar os pixels de Tew?

“Porque você terá uma imagem com link para sua home,

fornecida por um site que, de acordo com pesquisas recentes,

deverá ser visto por milhões de internautas nos próximos anos”,

ele esclarece em seu FAQ ( Perguntas Mais Freqüentes).

Tew, de 21 anos, mora na pequena cidade de Wiltshire, na

Inglaterra, e cursa Administração de Empresas.

Britânico imagina prótese de silicone que toca MP3

Chips que armazenam música poderiam ser embutidos em próteses

de silicone femininas. Um seio guardaria o tocador de MP3 e o outro

a coleção de músicas inteira da mulher. O futurologista britânico

Ian Pearson, que desenvolveu a idéia, disse que isso poderia estar

disponível dentro de 15 anos.

Analista dos laboratórios da British Telecom, Pearson disse que

um material plástico eletrônico e flexível seria colocado dentro

da prótese. O sinal seria enviado aos fones de ouvido enquanto o

dispositivo poderia ser controlado via Bluetooth mediante o uso de

um painel no pulso.

“Agora é difícil para mim pensar em seios de silicone simplesmente

como decorativos. Se uma mulher tem algo implantado

permanentemente, é bom que seja algo útil, também”, disse

Pearson ao tablóide britânico The Sun.

(01) http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19018.shtml

(02) http://www.estadao.com.br/tecnologia/internet/2005/out/05/31.htm

(03) http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI706931-EI4799,00.html

(04) http://www.estadao.com.br/tecnologia/internet/2005/out/10/38.htm

(05) http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI703778-EI4799,00.html

(06) http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19102.shtml

(07) http://concurso.plugin.com.br/

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(07)

Programas facilitam envio de mensagens indesejadas no Orkut

Além de ter se transformado em abrigo para comunidades

racistas e para usuários com identidades

falsas, o Orkut também virou um foco

para a disseminação de mensagens

não-solicitadas (spam).

Pessoas cadastradas no site

recebem propagandas por

todos os meios: nos fóruns de

discussão, via e-mail e até no

scrapbook (mural de recados).

Entre os responsáveis por essa

situação estão os programas para

Flood, termo em inglês que significa inundação, mas, no jargão dos

hackers, dá nome a uma técnica de envio em massa de mensagens

para um só destinatário.

Esses programas, inicialmente criados para ataques isolados, foram

adaptados para espalhar anúncios de sites, produtos, festas e

comunidades. Sempre sem a solicitação do usuário.

De acordo com o analista de sistemas que criou o programa chamado

Flood Tudo e preferiu se identificar como Hunter, o crescimento da

popularidade do programa é surpreendente.

O Flood Tudo está na versão 2.0 e é gratuito, mas já existem softs

pagos especializados em enviar spam pelo Orkut. Eles têm preço

médio de R$ 30 e prometem muitas facilidades.

Enquanto isso, os usuários que são vítimas da propaganda têm

poucas opções para se defender. Mesmo restringindo o acesso a suas

informações pessoais apenas para amigos autorizados, basta estar

cadastrado em uma comunidade para ser incluído na lista de envio

de propagandas.

A maneira encontrada para mostrar insatisfação são comunidades

como a “Odeio programa flood tudo”, com 4.250 membros.

Yahoo estréia busca por podcasts

Com o novo serviço, o portal passa a concorrer com o Odeo.com

e o podcast.net na pesquisa, organização e classificação da nova

forma de distribuição de programas de áudio pela internet.

São Paulo - O Yahoo está estreando um novo recurso

de buscas que permite encontrar, organizar e classificar

os programas de áudio conhecidos como podcasts , por

meio de palavras-chave, categorias ou tags. Os resultados

podem ser armazenados em reprodutores de MP3.

Com a iniciativa, o portal passa a concorrer com ofertas do

gênero como as do Odeo.com e o podcast.net. Os analistas

acreditam que a curto prazo o Google e o MSN Search

explorem também o nicho que está em plena ascensão.

Os podcasts são utilizados hoje por diversas empresas no mundo

para divulgar notícias e programação. Na versão 4.9 de seu player

digital iTunes, a Apple ampliou o suporte à novidade.

O iPod também adiciona a categoria “Podcasts” ao menu “Music”.

Segundo o Yahoo, existem 5 milhões de internautas fazendo o

download de podcasts, mas o potencial de mercado é muitas

vezes maior, levando-se em conta que só a Apple já vendeu mais

de 20 milhões de ipods.

“Relógio” monitora membros da família via GPS

Pesquisadores da Microsoft estão

trabalhando um aparelho, para

ser pendurado na parede, que

mostra onde está cada membro

da família. O dispositivo usa o GPS

dos aparelhos de celular de cada

um dos integrantes da família para

identificar onde estão.

O aparelho, batizado de

Whereabouts Clock, é um monitor de

vídeo, e apresenta na tela um ponteiro para cada

pessoa da família, que aponta se ela está em

casa, no trabalho, na escola ou genericamente em

outro lugar.

O dispositivo também é capaz de receber

mensagens SMS e disponibilizá-las na tela, como, por

exemplo, “chegarei atrasada, aqueçam a comida”.

Para evitar que qualquer um seja cadastrado e monitorado no

Whereabouts Clock, o cadastramento dos celulares e locais seria

feito pela operadora do serviço.

O Whereabouts Clock ainda é um produto em desenvolvimento.

(05)

(06)

Plug In Website Award 2005

Estão abertas as inscrições para o Plug In Website Award 2005,

iniciativa da Plug In, em parceria com a Arteccom, destinada a apontar

os melhores websites relacionados ao mercado de Internet no Brasil.

O primeiro lugar, na categoria Empresa, ganhará um computador. Já o

primeiro na categoria Pessoa Física, uma câmera digital.

Cadastre o seu website! Mais informações:

http://concurso.plugin.com.br/

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6D Estúdio promessa de ir além das 3 dimensões

Eles eram seis e, hoje, são sete sócios trabalhando do design impresso

ao design em movimento, em vídeo ou internet. Eles unem diferentes

conhecimentos técnicos com base no design e atendem a clientes de

peso como Coca-Cola, Central e TV Bandeirantes, Jota Quest, Nelson

Motta, Cultura Inglesa, entre outros.

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Por Tatiana Serra

Page 13: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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6D

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Em maio de 2003, seis designers, atuantes de

diferentes áreas, lançaram a 6D Estúdio, com a idéia

de que poderiam ir além das 3 dimensões que todos

conhecem. O nome 6D Estúdio surgiu, então, como uma

brincadeira com o conceito de 3D. Trabalhando com mídias

variadas, a empresa tem como diferencial a diversidade, a

possibilidade do cliente resolver tudo num só lugar.

Para eles, a versatilidade é um passo natural. É claro

que há muitas diferenças entre os tipos de trabalhos.

"O impresso, por exemplo, se encerra no momento em

que você manda os arquivos para a gráfica. Na web, não

tem isso, o cliente está sempre pedindo alguma pequena

alteração de texto ou de layout. Em compensação, a web

te proporciona uma fidelidade com relação ao trabalho

final que é impossível no trabalho impresso, já que você

trabalha no monitor e o resultado final será impresso em

papel", afirma o designer e animador Bernardo Vieira, de

31 anos, um dos fundadores da 6D.

Apesar das diferentes características de cada área,

a essência é a mesma: o bom design. “Se você conhece

as limitações técnicas de cada área, nada te impede

de adaptar um layout de uma área para outra. Quando

montamos a 6D, nós juntamos esses conhecimentos

técnicos diferentes com a base parecida, que é o design”,

diz Bernardo, um coringa na empresa, atuando onde

estiver a maior necessidade. Existem, porém, duas

funções que só ele faz: trabalhos que envolvem 3D e o

cuidado com a rede e o servidor da empresa. Antes da

6D existir, Bernardo fazia 3D para vídeo, mas não tinha

a liberdade de criação que tem hoje. A única área que

permitia uma certa liberdade era animação. Ele também

chegou a trabalhar com arquitetura e cenografia, que lhe

ajudaram a perceber o design aplicado em outras áreas e

a desenvolver a representação espacial que hoje ele usa

nos trabalhos em 3D.

Design: atividade solitária?

Hoje, a 6D conta com 11 pessoas em sua equipe,

fazendo web, vídeo, ambientação e impresso. Além do time

fixo, também existem parceiros terceirizados para suprir

a demanda quando necessário. “Essencialmente, acredito

que o design é uma atividade solitária. Você cria sozinho,

tem que primeiro desenhar o que se passa na sua cabeça;

e isso é tarefa de um homem só. Depois que você tem um

layout, pode receber ajuda externa. Então, nós buscamos

sempre conceituar os projetos juntos”, explica Bernardo.

A equipe 6D também analisa os layouts e o progresso

“Quando montamos a 6D, nós juntamos

esses conhecimentos técnicos diferentes

com a base parecida, que é o design”

– Bernardo Vieira, designer, animador e

sócio da 6D Estúdio

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www.6d.com.br

Page 14: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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o

dos trabalhos em conjunto, “buscando ter o máximo de

cabeças pensando o trabalho, para contrabalancear essa

característica solitária do design”.

Traduzindo em design

Com tratamento personalizado, oferecendo ao cliente

a liberdade para escolher por qual sócio ele prefere ser

atendido, a 6D acredita que o fundamental é traduzir

em design o que o cliente pretende. Na empresa, há

uma carteira-fixa de clientes e também uma renovação

freqüente, sendo a falta de tempo para prospectar uma das

dificuldades enfrentadas para conseguir novos clientes.

Dentre os projetos atuais, Bernardo destaca as

projeções da turnê do Jota Quest, o website do escritório

de arquitetura Bernardes e Jacobsen e os livros de ensino

da Cultura Inglesa.

Focada na criação

O principal foco da empresa é a criação com base

no conhecimento, que, de acordo com o Bernardo, pode

ser adquirido através da internet, da leitura de jornais,

revistas etc. “Temos uma biblioteca de design bem legal

ao nosso dispor aqui na empresa. Além disso, costumamos

navegar muito na web e ir às exposições que a cidade

(Rio de Janeiro) oferece. Sempre tem um dos sócios ou

funcionários chegando com alguma novidade que viu no

final de semana, em alguma viagem ou em alguma página

da internet”, diz.

Aliás, conhecimento faz bem tanto para os veteranos,

quanto para os calouros. Para quem está começando no

mercado de trabalho, o designer e animador dá algumas

dicas: “o mercado é carente de bons profissionais, então,

é só querer. Tem que correr atrás mesmo, gostar de

aprender, se dedicar muito. Se sua condição financeira

permitir, não trabalhe pelo dinheiro no começo da

carreira, trabalhe pelo aprendizado, escolha um

lugar que te instigue, que desperte sua

curiosidade”.

Website desenvolvido para o escritório de advocacia, Castro, Barros, Sobral e Gomes

Website desenvolvido para a loja de roupas Cavendish

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Page 15: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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6D

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o“Essencialmente, acredito que o design é

uma atividade solitária. Você cria sozinho,

tem que primeiro desenhar o que se passa

na sua cabeça; e isso é tarefa de um

homem só” – Bernardo Vieira, designer,

animador e sócio da 6D Estúdio

Capas de CDs desenvolvidas pelo 6D Estúdio.

Profissionalmente, Bernardo diz ter muito a

evoluir. “Daqui a 10 anos, talvez eu me considere

um bom designer. Por enquanto, vou aprendendo

um pouco aqui, batendo a cabeça ali; ainda estou

descobrindo meu potencial. Pessoalmente, acho

que estou um pouco mais evoluído, trabalho com

grandes amigos e tenho uma mulher pela qual

sou apaixonado. No momento, querer mais é até

pecado”, confessa o típico carioca, que tem o

surf, pelo visto, como sua segunda paixão.

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Page 16: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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“Um dos principais atrativos era a

perspectiva de podermos viver daquilo

que gostamos de fazer e passar o dia

com amigos queridos. Ao longo da nossa

curta história, isso só se solidi cou” -

Bernardo Vieira, designer, animador e

sócio da 6D Estúdio

Alguns clientes 6D Estúdio:

A seguir, Bernardo cita alguns dos principais clientes da 6D Estúdio: Dubas Música, EMI, Lenny, Isabela Capeto,

Cultura Inglesa, Jota Quest, Cavendish, Coca-Cola, Nelson Motta, Monobloco, Comedy Central e TV Bandeirantes.

Devido à exposição na mídia, Bernardo considera a abertura da novela Floribella (TV Bandeirantes) um dos trabalhos

mais importantes que a empresa fez, assim como as capas de CDs. “Fizemos algumas usando ilustração e outras

usando 3D, que deram supercerto; e foi muito legal ver o projeto inteiro conceituado e executado aqui dentro,

envolvendo várias áreas da empresa”, afirma ele, além de ressaltar que os maiores desafios na internet são técnicos.

“Integrar uma autopublicação no Flash, usar 3D de uma forma viável, desenvolver uma navegação interessante;

esse tipo de desafio quebra a cabeça da gente. É uma área em que a tecnologia é muito importante. Temos que estar

sempre muito antenados com o novo”, completa.

Quando a 6D Estúdio foi inaugurada, “um dos principais atrativos era a perspectiva de podermos viver daquilo

que gostamos de fazer e passar o dia com amigos queridos. Ao longo da nossa curta história, isso só se solidificou”,

conta o designer, lembrando ainda que, de um modo geral, a meta da empresa é aprimorar sempre, com muita

dedicação, afinal, “não existe milagre sem sacrifício”.

port

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6D

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Imagem da abertura da novela Floribella

Page 17: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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A

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O site de Isabela Rodrigues é <www.isabelarodrigues.com> e o email para contato, <[email protected]>.

Para participar da seção portfólio, cadastre-se no site www.arteccom.com.br/webdesign.

Isabela Rodrigues debutou cedo no mundo do design (dos

14 para os 15 anos de idade), foi diretora de arte da Rage, já

recebeu prêmios por seus projetos e, hoje, aos 21 anos, está na

Globo.com. Tudo começou graças a um “empurrão” do irmão,

que também é designer.

Esta gaúcha de Pelotas, que mora no Rio de Janeiro, fez

curso técnico de Desenho Industrial no CEFET e agora cursa

o 3º período de Desenho Industrial na Univercidade. “Por ser

uma profissão que depende muito de um senso estético, os

diplomas não foram e acredito que nunca serão sinônimos

de qualidade em um designer. Não existe receita de bolo,

qualquer faculdade que fizer isso para seu aluno estará

formando designers limitados e sem criatividade”, diz Isabela,

reconhecendo, em contrapartida, que a faculdade amplia os

horizontes e os contatos profissionais.

Da experiência de estar trabalhando na Globo.com,

Isabela destaca a “bagagem profissional incalculável” que

vem acumulando numa empresa de tamanha expressão. “A

preocupação da usabilidade para os usuários em massa não

era uma coisa que eu pensava quando criava layouts. Se fico

mais presa para criar? Não, eu crio, e logo me preocupo como

isso será visto pelos outros usuários. Mas devo admitir que, em

trabalhos que exigem mais liberdade e experimentação, deixo

de lado os conceitos e ‘piro’ mesmo”, conta a designer.

Dos principais projetos de seu portfólio, ela cita o da

Telefônica-RS e o teaser da Paquetá (que ganhou o GrandPrix

no último Festival de Web do RS). Dos atuais, o novo site Globo

Online, que entrará no ar em breve, bem como o projeto da

Fundação Gol de Letra, com o qual foi premiada.

Isabela também adora trabalhar com design impresso e vê

como ponto positivo a liberdade para criar, experimentar papel,

cores etc. “O lado ruim? É uma mídia que não é para todos.

Liberdade como ferramenta de criaçãopor Tatiana SerraExperiências servem como ótima fonte de inspiração

port

fólio

cal

ouro

::

Isab

ela

Rod

rigu

es

18

Já na web, não existe fronteira, é livre, todo mundo conhece

o trabalho de todo mundo, é uma mídia relativamente barata,

onde você pode experimentar mais”. O lado negativo seria o

limite, tanto de peso quanto de proporções. “Não gosto de

seguir proporções pré-determinadas. Acredito que as coisas

estejam mudando, as resoluções estão maiores, a conexão é

banda larga. As pessoas querem mais conteúdo. Precisamos

quebrar conceitos, mas, claro, bom senso é importante”,

afirma ela, que, em breve, pretende fazer um projeto paralelo

relacionado à moda, além de desenvolver suas técnicas e firmar

seu estilo profissional.

E por falar em estilo profissional, “gosto muito de

trabalhar com vetor, desenhos, serrilhados mesmos, gosto de

brincar com objetos, de ver a percepção do mal acabado ou

desalinhado por querer... Gosto de misturar cores estranhas”,

diz Isabela, que “escaneia” tudo o que vê e guarda como

referência, afinal, o que a inspira pode ser transformado em

peça gráfica.

Em seu novo site (www.isabelarodrigues.com), lançado no

final de outubro, Isabela mostra o que anda fazendo e recebe o

feedback das pessoas. “Gosto do virtual visitar o real”, diz.

Site da Fundação Gol de Letra, um dos projetos premiados de Isabela

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2020

en

trev

ista

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Mar

celo

Abr

ileri

Quais são as profissões mais valorizadas na internet?

O que devo fazer para conseguir uma oportunidade nesta

área? Quais diferenciais podem garantir uma vaga? Ter ou

não uma formação acadêmica causará impacto em minha

remuneração?

Talvez essas sejam algumas das principais perguntas

na cabeça de quem deseja investir na web como um campo

de atuação profissional. Para ajudar nossos leitores a

sanar tais dúvidas, fomos procurar a ajuda do especialista

Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br, empresa

especializada na área de recolocação profissional.

Abrileri fala com propriedade sobre o assunto, pois

há mais de dez anos atua no mercado de internet. Nos

anos 90, fundou o provedor de acesso e BBS Alphanet,

que depois seria vendido ao ZAZ - atual Terra Networks

-, além de liderar o desenvolvimento e a implementação

da Curriculum.com.br. A seguir, ele vai nos desvendar um

pouco do atual cenário na web.

Wd :: O senhor poderia citar quais áreas

cresceram e estão sendo valorizadas entre os

profissionais que trabalham com internet?

Marcelo :: Nestes dez anos, assistimos a muitas

transformações. Aliás, tivemos o surgimento de um mercado

que não existia. A internet comercial nasce em 1995 e

teve um boom entre 1999 e 2000, mas sofreu algumas

modificações depois do estouro da bolha, com a crise das

pontocom.

Apesar disso, este mercado continua em evolução e se

encontra agora num bom momento, sem dúvida. Um nicho

profissional que cresce é o desenvolvimento de páginas

web. Bons profissionais nesta área estão sendo cada vez

mais bem remunerados. Além disso, temos os segmentos

de rede e infra-estrutura. Hoje, todas as empresas precisam

de e-mail e configurações de acesso. Os profissionais que

cuidam dessas áreas têm se tornado valiosos.

Por último, poderia citar a segurança, cada vez mais

Passandopela PENEIRA

Por Luis Rocha

Como vencer no mercado de trabalho

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necessária para se proteger todas as informações que

migram para a internet. Esta talvez seja a profissão mais

desafiadora de todas e a mais bem remunerada. Há vários

outros cargos e funções, tais como redator de textos para

web, além de outras ligadas à administração e supervisão,

que sempre serão necessárias.

Em todos eles, há algo em comum: a necessidade de

aprimoramento contínuo, pois, em internet, o que ontem era

fato, hoje talvez não seja mais. E o que hoje é fato, amanhã

talvez já seja diferente.

Wd :: Podemos considerar a internet como um

mercado de trabalho consolidado no Brasil? E no

exterior?

Marcelo :: Sim, sem dúvida. Cada vez mais a internet

tem participado de nosso dia-a-dia e não vejo como a

estrutura moderna das grandes empresas seria mantida

hoje sem e-mail e os serviços web.

A tendência geral está mostrando que é um mercado

que ainda vai se expandir por muito tempo, tanto no Brasil

como no exterior, mesmo com toda a novidade que o

segmento ainda representa. Toda empresa, tradicional ou

não, vai precisar marcar presença na web.

Entre muitas outras coisas, a internet acabou virando

uma importantíssima fonte de consulta para quem está

buscando produtos ou serviços. E ela não é só um mero

veículo de publicidade, vai muito além disso. Alguns tipos

“Dinamismo e um lado empreendedor, sem dúvida, são sempre bem-vindos”

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de serviços, como os da própria Curriculum, somente

são possíveis com a web. Ou seja, eles já nascem

essencialmente indissociáveis da rede. Uma série de

produtos e serviços estão surgindo, paralelamente à

presença de empresas tradicionais que estão com

frentes de vendas na área. Portanto, o mercado tem

fôlego para contratar muito mais gente no futuro.

Wd :: Existe alguma particularidade que

destaca o profissional de internet das outras

áreas?

Marcelo :: Sim, há, muito embora qualquer

um possa se tornar um profissional de internet.

Eu classificaria estas particularidades da seguinte

forma: em primeiro lugar, o profissional deve saber

aprender e reaprender. Quero dizer, perceber que

o conhecimento em internet é algo volátil e o que

se sabe hoje, talvez não seja mais tão útil amanhã.

Por isso, é necessário ficar sempre atento às novas

tecnologias ou tendências de mercado. A dica é saber

interagir com grupos, ler e se informar sempre a

respeito.

Como em qualquer outra área, dinamismo e um

lado empreendedor, sem dúvida, são sempre bem-

vindos. Na internet, estas qualificações talvez sejam

ainda mais exigidas. Devido a estes dois fatores,

acredito que o perfil mais jovem se enquadra com

mais facilidade. No entanto, qualquer pessoa pode vir

a preencher estes quesitos. Basta força de vontade.

Wd :: Qual a importância da formação

acadêmica para quem deseja atuar no mercado

de internet? E qual o seu impacto/peso na

remuneração do profissional?

Marcelo :: De todas as áreas, a internet é

aquela em que a formação acadêmica tem menos

impacto. Mas não quero dizer com isso que ela seja

dispensável, não é isso. Falo devido ao dinamismo

da área e as alterações freqüentes que ela sofre.

Portanto, o que se aprende na universidade, muitas

vezes não é mais aplicável no dia-a-dia das empresas.

Por outro lado, não tenho dúvidas de que a formação

universitária dá base ao profissional e é muito

importante para que depois ele possa continuar

construindo sobre ela.

Em termos de impacto no salário, acredito que o

maior peso envolva o conhecimento acumulado, seja

ele obtido pela universidade ou de outra forma, pois

utilizando sabiamente este conhecimento é que a

pessoa se transformará em um bom profissional, com

reflexos no seu salário.

Wd :: Quais são as qualidades essenciais

que um profissional de internet deve apresentar

como um diferencial no mercado?

Marcelo :: Conhecimento e experiência. Acho que

estes, sem dúvida, formam o conjunto mais importante

para um profissional de web. O conhecimento pode ser

adquirido em cursos. Além disso, no caso da internet

especificamente, fique sempre atento às novidades.

Fóruns de discussão, revistas especializadas e livros

podem ser consideradas boas fontes para se buscar

tal atualização.

“Fique atento ao que

surge e ao que deixa

de existir para não

gastar sua energia

em lugares errados”

22

Page 23: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

23

Quanto à experiência, ela também é importantíssima, pois fixa o conhecimento adquirido e faz com que a pessoa

não só compreenda mais cabalmente sua própria atividade, como também permite ao profissional construir novas

visões sobre o assunto.

Wd :: Alguns especialistas em Recursos Humanos apontam que as transformações ocorridas no

mercado nos últimos anos podem decretar o fim do emprego tradicional, abrindo espaço para os

profissionais com perfil empreendedor. Com sua experiência na Curriculum.com.br, você acredita que

o mercado brasileiro já vivencia este tipo de realidade?

Marcelo :: Acho que há razão, mas isso é apenas um lado do que estas tecnologias estão nos trazendo.

Atualmente, há um aumento significativo na área de serviços e a possibilidade do trabalho remoto, o que faz surgir

um novo perfil profissional, que é meio funcionário, meio empreendedor.

No entanto, por outro lado, o mercado obriga as empresas a serem cada vez mais competitivas. Esta competição,

aliada ao uso intenso da tecnologia, faz com que as organizações trabalhem com margens de lucro cada vez menores,

aumentando a exigência sobre seus colaboradores, cuja dedicação vai além das tradicionais horas de jornada e o

empenho tenha que crescer muito mais (como um time). Portanto, percebo que há um aumento nestes dois pólos e

é por isso que não vejo, em curto ou médio prazo, o fim do emprego tradicional.

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Wd :: Quais dicas você daria para o

profissional que deseja investir na internet como

um campo de trabalho?

Marcelo :: Recomendaria que se especializasse em

algo e conhecesse a fundo a especialização escolhida,

seja ela qual for: Design, Redação, Programação, Base

de Dados, Tecnologia de Rede, Segurança etc.

Mas é importante também não perder a visão do

todo e compreender a internet de uma forma ampla,

lendo bastante a respeito e entendendo bem a sua

dinâmica, de forma a não só compreender as novidades

que surgem nela, bem como conseguir prever o que

está por vir.

Procure ter, paralelamente a tudo isso, uma visão

de negócio sobre a internet. Muito embora isso não seja

necessário para todas as áreas de atuação, sempre é

bom saber como é que o dinheiro surge dos negócios

para contribuir neste sentido. Além de se preparar para

o cargo que deseja, o profissional não deve parar de

se atualizar e manter tal prática como um hobby, uma

diversão, algo alegre e que traga prazer.

Esteja muito atento ao dinamismo da internet. Em

resumo, fique de olho ao que surge e ao que deixa de

existir para não gastar sua energia em lugares errados.

Outra dica é: não importa o que você venha fazer, faça

bem feito, uma vez que a internet é cruel neste ponto,

pois a exposição faz com que o acesso e a avaliação

sejam rápidos e intensos, mas se a idéia for boa e bem

feita, as chances de sucesso podem ser grandes.

E por fim, muito embora seja preciso manter os pés

no chão, sonhe, sonhe muito, pois praticamente todos

os grandes negócios de internet nasceram pequenos,

às vezes num quarto ou numa garagem com poucas

pessoas, para depois se tornarem gigantes em suas

categorias. Falo isso porque, como acredito que muita

coisa ainda está por vir, quem sabe não será o leitor

desta matéria que irá se tornar um grande nome da

internet de amanhã?

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Por Luis Rocha

Empr

ego

um profi ssionalQuanto vale

de internet

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29

Talvez muitos ainda não saibam, mas a atividade dos

profissionais de internet já é reconhecida pelo principal

órgão regulador do trabalho no país, o Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE).

Isso porque a Classificação Brasileira de Ocupações

(CBO - http://www.mtecbo.gov.br), documento que traz

“o reconhecimento, a nomeação e a codificação dos

títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho

brasileiro”, incluiu em sua última atualização, realizada em

meados de 2002, uma série de atividades relacionadas com

a web.

Para se ter uma idéia, no documento encontramos

listados os seguintes cargos: desenhista de páginas web

(webdesigner), programador web, analista de sistemas

web (webmaster), analista de comércio eletrônico (e-

commerce), editor e repórter de web.

Tal medida é extremamente significativa para uma

área que completou, em 2005, apenas dez anos de

existência. Mas, diante de sua jovialidade, já podemos

considerar a internet como um campo profissional estável

e seguro?

“A internet atravessou as barreiras

dos PCs, dando seus saltos por outros

territórios, como os celulares, a televisão,

os aparelhos domésticos etc”

“A internet está com suas raízes bem profundas

por aqui e, do quadro atual, não há volta. A quantidade

de áreas, serviços e profissões que surgiram em torno

desse universo são infindáveis. Ela iniciou de certa forma

discreta, cresceu, evoluiu, criou suas regras e, aos poucos,

está atravessando as barreiras dos PCs, dando seus saltos

por outros territórios, como os celulares, a televisão, os

aparelhos domésticos etc.”, diz Otávio Silveira, diretor

de arte da D.Mark Publicidade e professor da Unifran

(Universidade de Franca).

Segundo Ricardo Bevilacqua, Diretor Geral da

CASE Consulting, consultoria de recrutamento e seleção

especializada, a associação de empresas de telefonia com

as de internet reforçou o papel da web como um mercado

de trabalho. “Tanto é que vemos ótimos profissionais

atraídos por empresas como Terra, UOL e outras, que há

algum tempo não levariam executivos de outros mercados

mais seguros, como Bens de Consumo, Telefonia Fixa

entre outros”, relata.

Apesar dos reflexos positivos de toda essa

movimentação, alguns aspectos ainda geram uma

certa desconfiança: há “Piso Salarial” definido para tal

categoria? As oportunidades existentes são suficientes

para absorver a crescente demanda de profissionais?

Profissionalização do mercado

Antes de nos aprofundarmos na questão de salários e

oportunidades, vamos falar primeiro sobre a maturação do

profissionalismo na internet. Até porque refletir sobre esse

Empr

ego

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período serve como um valioso aprendizado para quem

hoje luta por um espaço neste mercado.

Dentre as principais lições, podemos citar a criação de

novos cargos, a oscilação dos salários, o desaparecimento

de empresas, a valorização de determinadas categorias

profissionais etc. “Nos últimos anos, houve um crescimento

vertiginoso de pessoas interessadas em ingressar nesse

mercado. Mas essa aparente alimentação com mão-de-

obra muitas vezes não especializada, também proporcionou

algumas adversidades, como baixa qualidade de trabalhos,

menor remuneração e clientes insatisfeitos”, explica

Alexandre Pereira, Diretor de Criação da DK2 Fórmulas

Interativas.

“Este mercado vem sofrendo mutações desde o

estouro da bolha em 2001, quando diversas empresas

ruíram e muitas delas, que prometiam mundos e fundos

para os seus profissionais, como stock options (participação

nas ações da empresa) e outros benefícios, foram por água

abaixo. Nisso, muitos profissionais de qualidade acabaram

ficando à deriva no mercado, causando uma desvalorização

no qual os salários já não eram mais atrativos e as pessoas

iam para as empresas por medo de ficar sem emprego”,

complementa Ricardo Bevilacqua.

Passado o período de turbulência, a prática hoje já

pode ser considerada outra. “Entre muitas transformações

que ocorreram, acredito que a principal delas foi a

Empr

ego

conscientização por muitas empresas (clientes) de

que trabalhos destinados à mídia digital se fazem com

profissionais gabaritados e equipes multidisciplinares.

Passou a época que bastava colocar alguns textos e

fotos online para as pessoas e as empresas se sentirem

modernas e atualizadas. Hoje, o que interessa é a

capacidade de informar, transformar, propagar, saber o

porquê de se ter um espaço na internet, como deve ser

ele e onde se quer chegar. Com isso, fomos colocando os

pingos nos ‘is’ e houve a necessidade de agregar novos

profissionais às frentes produtivas das empresas de web,

como: designers, publicitários, programadores, jornalistas

etc.”, conclui Otávio Silveira.

Salários e oportunidades: o cenário atual

Fazendo um levantamento sobre as sugestões enviadas

diariamente pelos nossos leitores, constatamos que

“Piso Salarial” e “Oportunidades na área” são alguns dos

principais temas que mais suscitam curiosidade. Como na

Webdesign “o seu desejo é uma ordem”, vamos a elas.

Região Sudeste ainda é o mapa da mina

para os pro ssionais de internet

“As maiores oportunidades no mercado de internet

estão, sem dúvida, na região Sudeste, principalmente

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Empr

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no estado e na cidade de São Paulo. No entanto, o seu

desenvolvimento é um caminho sem volta e cada vez mais

novas oportunidades de emprego estão surgindo em todos

os estados e pólos urbanos do Brasil”, aponta Marcelo

Abrileri, presidente da Curriculum.com.br (saiba mais sobre

mercado, na seção Entrevista).

A predominância das oportunidades no Sudeste seria

explicada pelo fato de as principais empresas do país

estarem localizadas dentro dessa região. Apesar disso, a

boa notícia é que outras cidades começam a abrir novas

frentes de trabalho. “Você já consegue encontrar empresas

de desenvolvimento de novas tecnologias em cidades como

Curitiba, Porto Alegre, Brasília e até no Nordeste, mas em

menor escala”, acrescenta Ricardo, da CASE Consulting

(ver box “Fique de olho nas vagas!).

Em termos de valorização, algumas funções parecem

ser as mais privilegiadas. “Hoje, webdesigner, editor de

conteúdo e webmaster são os cargos com melhores chances

de remuneração, mesmo porque profissionais dessa área

saem, geralmente, de agências de publicidade com prêmios

e excelência como Leão em Cannes etc. Além disso,

atualmente grande parte dos profissionais de qualidade

trabalham em agências especializadas em web, como One

Digital, Agência Click, entre outras”, revela Ricardo.

Internet: média salarial varia entre

R$1.500,00 a R$ 9.000,00

Traduzindo as palavras do especialista em números,

apresentamos cinco diferentes estudos sobre “Piso

Salarial”: uma da empresa de recolocação profissional

Catho e outras quatro dos sites Curriculum.com.br,

Elancers.com.br, Manager Online e ApInfo.com (ver box

“Tabela Salarial”). Cruzando todas essas informações,

é possível afirmar que hoje os salários no mercado

de internet estão situados em uma faixa que vai de

R$ 1.500,00 a R$ 9.000,00, dependendo do nível de

classificação da carreira do profissional: júnior, pleno ou

sênior.

XJúnior

Profissional que possui conhecimento para a solução

dos problemas mais simples da área e que trabalha sob

supervisão direta. Tem como requisitos mínimos: Superior

Incompleto ou Recém Formado, com experiência até 2 anos.

Fonte: Grupo Catho

XPleno

Pro ssional que possui conhecimento para a solução da maioria dos

problemas da área, trabalha sob supervisão geral, podendo precisar

de orientação em algumas fases da atividade. Tem como requisitos

mínimos: Superior Completo, com experiência até 3 anos.

Fonte: Grupo Catho

XSênior

Profissional que possui elevado conhecimento técnico de todas

as fases da atividade, podendo orientar colaboradores de menor

conhecimento na solução de problemas mais complexos. Tem

como requisitos mínimos: Superior Completo, com alguma

especialização ou pós-graduação, e experiência acima de 4 anos.

Fonte: Grupo Catho

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Empr

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SitesÁrea de

Conteúdo Área de

ProgramaçãoÁrea de

Webdesign

ApInfo.com - www.apinfo.com X X

Aurélio Galvão - www.aureliogalvao.jor.br/empregos.htm X

Banco Nacional de Empregos - www.bne.com.br X X X

Bumeran - www.bumeran.com.br X X X

Catho - www.catho.com.br X X X

ClickJobs - www.clickjobs.com.br X X X

Comunique-se (Banco de Empregos)

www.comuniquese.com.br/bancodeempregos/index.asp?menu=BEX X

Curriculum.com.br - www.curriculum.com.br X X X

Curriex - www.curriex.com.br X X

Elancers - www.elancers.com.br X X

Empregos.com.br - www.empregos.com.br X X

e-Panelinha - www.e-panelinha.com.br/ X

FreeCode (Jobs) - www.freecode.com.br/jobs.php X

InfoEmprego.com.br - www.infoemprego.com.br X X

InfoJob - www.infojob.com.br X X

JobCenter (TI Master)

www.timaster.com.br/jobcenter/jobcenter.aspX X X

Jornal do Emprego

www.informatica.emprego.jor.br/internete-commercee-businesswebweb-designer.htmlX X

Link Zero - www.alexandresena.jor.br/linkzero.html X

Manager - www.manager.com.br X X X

RH Info - www.rhinfo.com.br X X X

Trabalho para Jornalistas (Orkut)

www.orkut.com/Community.aspx?cmm=153330X

Vagas.com.br - www.vagas.com.br X X X

Universia (Empregos)

www.universia.com.br/empregos/index.jspX X X

Fique de olho nas vagas!

Page 34: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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Empr

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Curso superior faz diferença na quali-

cação do nível de carreira

“A qualificação desses níveis é muito discutível

hoje em dia, visto que novas formas de remuneração

são aplicadas e novos critérios, como competências e

performance, também influenciam. Contudo, podemos

qualificar os níveis de carreira de um cargo com exigência

de curso superior para o exercício da função. Isto não

é regra, mas são os conceitos mais comuns na nossa

pesquisa salarial”, argumenta Mário Fagundes, consultor de

remuneração do Grupo Catho.

Fatores que determinam o “preço” do pro ssional

Consultar uma tabela salarial serve como uma boa

referência quando queremos mapear a realidade de um

determinado segmento de mercado. No entanto, lembre-

se que sua interpretação deve ir além dos cifrões. “Muitos

fatores são levados em consideração para se definir a

remuneração de um profissional de internet. Mas creio

que três deles são os principais: a responsabilidade do

trabalho a ser executado, sua complexidade e, sem dúvida,

o porte da empresa para quem se presta o serviço, pois

geralmente este quesito acaba aumentando as exigências

e a responsabilidade do que deve ser desenvolvido”, relata

Marcelo Abrileri, da Curriculum.

Sobre a influência da formação acadêmica, os

especialistas apontam que ela pode ser imprescindível para

o profissional que almeja alcançar cargos de decisão. “O

mercado de internet não exige formação superior técnica.

Existem empresas que não pedem nem a formação do

profissional para contratá-lo. Porém, para crescer e

desenvolver uma carreira de gestão, empresas desse

mercado (aí eu falo de empresas de grande porte) ainda

exigem uma formação técnica. Caso contrário, a carreira

do profissional pode limitar-se a uma supervisão ou

coordenação. Gerência e diretoria ficarão mais distantes.

O MBA é desejável e a especialização, em 90% dos

casos, é um grande diferencial”, afirma Ricardo, da CASE

Consulting.

Procure ter a capacidade de envolvimento

positivo com o trabalho

No caso específico dos webdesigners, Alexandre

Pereira, da DK2, diz que a participação em grandes

projetos e o acúmulo de trabalhos de destaque no portfólio

trazem reflexos positivos na hora de se pleitear um

bom salário. “Mas o que vai fazer com que esta pessoa

permaneça no cargo, e desperte o interesse de seus

superiores, será sua capacidade de envolvimento positivo

com o trabalho. Ou seja, a habilidade e a sensibilidade

para solucionar determinados problemas. A conseqüência

disso está bem clara: obtenção de melhor remuneração,

bem como o reconhecimento”, complementa Otávio

Silveira, da D.Mark Publicidade.

Já para quem trabalha com produção e edição

de conteúdo na web, o acúmulo de conhecimento é

considerado um ótimo diferencial. “É preciso apresentar

uma formação sólida. Além da universitária - jornalismo

(não vamos falar sobre diploma aqui, pois isso é tema

de outra matéria), procure participar sempre de cursos,

Page 35: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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CargosValores*

CurriculumValores**

ApinfoValores***

CathoValores**** Elancers

Valores***** Manager

Analista Programador(a) WebR$1961,71

(353 fontes)R$2420,00

R$2369,00 (236 fontes)

R$3500,00

Analista Júnior Desenvolvimento de Internet / Sistemas WebR$1956,36 (22 fontes)

R$2461,00 (156 fontes)

R$1800,00

Analista Pleno Desenvolvimento de Internet / Sistemas WebR$4275,00

(189 fontes)R$4000,00

Analista Sênior Desenvolvimento de Internet / Sistemas Web R$3272,00R$5471,00

(172 fontes)R$7500,00 R$5970,00

Coordenador(a) de Projetos WebR$2035,39 (23 fontes)

R$6812,00 (65 fontes)

R$9000,00

Editor(a)/Produtor(a) de Conteúdo WebR$1973,33 (15 fontes)

R$2181,00 (26 fontes)

Webdesigner - AuxiliarR$543,08

(13 fontes)R$600,00

Webdesigner - Instrutor(a)R$815,63

(16 fontes)

Webdesigner -Estagiário(a)R$502,55

(64 fontes)R$665,00

(136 fontes)

Webdesigner - TraineeR$1582,00 (80 fontes)

WebdesignerR$1391,56 (16 fontes)

R$1571,00R$2314,00

(175 fontes)R$3000,00 R$4049,00

Webdesigner PlenoR$2211,43 (90 fontes)

Webdesigner SêniorR$3338,80 (46 fontes)

R$9000,00

WebdevelopingR$3719,00 (45 fontes)

Webmaster R$1769,00R$2320,00

(203 fontes)R$9000,00 R$6120,00

Média salarial - Profissionais de Internet

Observações:

* As estatísticas da Curriculum são obtidas com base na informação espontaneamente cadastrada pelos próprios pro ssionais que utilizam o site da empresa

para divulgar seus currículos na web.

** Pesquisa feita pela internet, de 21/04 a 30/06 de 2004, pelo site www.apinfo.com. Valores referentes a remuneração mensal em R$ (Reais). Participaram

8.214 pro ssionais de todo o Brasil, com maior concentração nos estados do Sudeste e Sul.

*** Todas as informações da Catho são referentes ao mês de Agosto de 2005 e referem-se à Média Brasil.

**** A pesquisa da Elancers é referente ao mês de Agosto de 2005 e a apuração acontece junto a empresas do segmento de TI. A empresa informa que, aos

valores lançados na tabela, devem ser somados benefícios como Plano de Saúde (quarto de internação), Visa-Vale de R$ 10,00 por dia útil e 14º Salário.

***** Estes dados referem-se somente aos valores de salário- xo praticados na Grande São Paulo. Tais números fazem parte da 10ª Pesquisa Manager de

Remuneração, que teve como base os salários praticados em maio de 2005 e abrangeu 388 empresas de grande, médio e pequeno porte de 35 segmentos da

economia nacional e 9 regiões geográ cas.

Page 36: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

36

Empr

ego

36

encontros, realizar pesquisas, estar envolvido com uma

entidade (associações profissionais) e ler muito”, orienta

Cristina Dissat, sócia da Informed Jornalismo.

A jornalista ressalta que nem sempre essas ações

representam gastos altos para os profissionais. “Entrar

em um grupo de estudo, freqüentar debates e pequenos

eventos pode ter custo zero. É só procurar. Apresentar

pesquisas realizadas, monografias (já que as universidades

solicitam isso hoje em dia), artigos etc. também mostram

o seu interesse na área. Quanto a conhecimentos gerais,

não acho que você tenha que ser um expert em softwares

técnicos e sim saber o que eles possibilitam fazer. Afinal,

trabalhar com uma equipe técnica afinada é muito bom. Se

não quero que façam o meu trabalho de redator e editor,

porque tenho que entender de programação a fundo?”,

questiona.

Só o salário atrai e retém um bom profissional?

Será que o interesse por uma vaga de trabalho se

restringe apenas a um alto salário? Pois bem, segundo os

nossos leitores, que responderam a enquete de setembro

no site da revista, não. Perguntados sobre “além do

salário, o que o atrai numa empresa?”, mais de 80% dos

participantes apontaram os itens “crescimento profissional”

e “ambiente de trabalho” como os principais fatores na

busca por uma oportunidade.

“Toda e qualquer empresa precisa remunerar bem o

seu profissional para retê-lo. Claro que ninguém trabalha

por caridade, mas outros pontos contam muito para a

manutenção do profissional. Podemos citar o ambiente

de trabalho (que deve ser informal e alegre), a autonomia

nos projetos da empresa e também os benefícios indiretos,

como cursos e especializações”, enumera Ricardo

Bevilacqua.

A opinião é compartilhada pelo presidente da

Curriculum, que acrescenta o desafio como um estímulo

“Nenhum profissional de tecnologia

gosta de estagnação”

no trabalho desses profissionais. “Em minha experiência,

tenho observado que o salário ajuda, mas nem sempre é a

única coisa capaz de reter o profissional de tecnologia. Os

profissionais querem bons salários, sim. Quem não quer?

Mas antes disso, eles buscam bons desafios profissionais,

se a empresa trabalha continuamente no desenvolvimento

de novas soluções para atender ao seu público. Dessa

forma, o trabalho se torna um grande aprendizado em seu

dia-a-dia. Afinal, nenhum profissional de tecnologia gosta

de estagnação. O desafio constante mantém um estado

de aprendizado contínuo, se torna gratificante e conquista

equipes inteiras”, destaca Abrileri.

Para completar, não podemos esquecer da influência

do clima organizacional. “Na sua grande maioria,

profissionais de internet são talentosos e criativos. Por

isso, se tornam participativos e querem ver que sua

participação é reconhecida. Isso os incentiva a buscar

cada vez mais reconhecimento. Com isso, todos ganham.

Nesse ponto, é muito importante a presença de um líder

que saiba conviver com estes talentosos profissionais e dar

a eles o clima necessário para que possam crescer e serem

úteis em sua plenitude”, relata.

Qual seria a receita do sucesso? Três colheres

de especialização, duas pitadas de...

Existe uma receita para o sucesso profissional? Alguns

acham que sim, outros não. Pois bem, para quem deseja

tornar sua carreira em um prato saboroso e desejável pelo

mercado de trabalho, nada melhor do que aproveitar as

dicas de profissionais que já colocaram a “mão na massa”.

Como primeiro ingrediente, vamos incluir doses

Page 37: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

37

Empr

ego

generosas de especialização. “Além de criativo, é

imprescindível que o profissional se especialize, para se

dedicar à área de atuação que possui maior identificação.

É um erro julgar ser plenamente competente em todos os

processos que envolvem um projeto de webdesign. Isso

não existe. Ser especialista, por exemplo, no Desenho

da Interface, na Arquitetura da Informação, na Animação

ou na Programação, é muito mais respeitável do que ser

ligeiramente competente em todos deles. E o mercado

já reconhece que cada um desses profissionais é um

mecanismo importante no funcionamento do todo e saber

trabalhar em equipe é o que mais se aprecia”, explica

Alexandre Pereira.

“Você tem que ser um apaixonado,

observar, estar sempre atento: seja no

restaurante, nas ruas ou no cinema”

Um bom exemplo de como nossa receita caminha na

direção correta aparece quando conhecemos um pouco

da carreira de Cristina Dissat, editora de conteúdo do site

da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “Você deve

conhecer poucos jornalistas especializados em diabetes,

pois é. Nem eu imaginei que essa seria uma área de

atuação. Encontrar esse diferencial pode garantir um

projeto na sua mão ou um emprego”, afirma.

E para que a massa não desande, inclua no recheio

boas pitadas de humildade. “Cuidado com o excesso

de confiança e ar de superioridade, pois pode parecer

arrogância em alguns casos. Lembre que sempre existe

alguém que sabe alguma coisa que você desconhece”,

orienta Cristina.

Como toque final, não se esqueça de acrescentar

muitas colheres de prazer, considerado o condimento

especial para se alcançar, qualquer que seja, o seu

objetivo. “O profissional deve gostar realmente do que faz,

não dá para ser meio termo. Não basta praticar apenas

durante o expediente. Você tem que ser um apaixonado,

observar, estar sempre atento: seja no restaurante, nas

ruas ou no cinema. Ao navegar horas pela internet,

troque conhecimentos, fique atento às novidades e se

inspire em trabalhos de sucesso. Enfim, ao observar tudo

com atenção, as idéias surgirão e você com certeza irá

despertar seu lado criativo, ganhará um diferencial para o

seu trabalho. Neste caso, mesmo se o mercado aparentar

estar perto da saturação, pode ter certeza: seu lugar

estará garantido e as portas estarão sempre abertas”,

finaliza Otávio Silveira.

Além do salário, o que mais te atrai numa empresa ?

56% Crescimento profissional

29% Ambiente de trabalho

8% Prestígio da empresa

7% Benefícios

acessa e participe!

www.arteccom.com.br/webdesign

Page 38: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

38

Empr

ego

Participação dos assinantesQual o segredo para manter um bom relacionamento no trabalho em equipe?

Antonio Felipe Silva [email protected]

O bom humor, com certeza. Na minha equipe, nós usamos a criatividade até nos dias mais sacais, quando o

trabalho está muito chato, nós descontraímos da maneira que achamos melhor: seja com a famosa “guerra

de papel amassado”, ou fazendo reunião sentado no chão ou na parte externa da empresa. Resumindo,

sempre tentando criar uma maneira nova para afastar o fantasma da rotina que nos aflinge.

Tiago Azeredo Peçanha [email protected]

Uma boa liderança feita com carisma, respeito e valorizando os potenciais de cada indivíduo é extrema-

mente estimulante ao buscar atingir metas. Além disso, agregar valor a cada tarefa a ser efetuada gera

grande estímulo emocional!

Daniel Schmidt da Silva [email protected]

Ter em mente que a aplicação pessoal (individual), integrada com o compartilhamento (para com o grupo),

provê resultados maiores, além de mais idéias. Isso porque a diversidade hoje nos proporciona “somar”

nossos conhecimentos. Claro, todas essas coisas devem estar alinhavadas com respeito, relação mais que

profissional, dignidade, honestidade...

Kerley Silva [email protected]

Saber ouvir, respeitar as decisões da maioria, principalmente se forem opostas as suas. Sempre dizer o que

pensa, mesmo que não seja a melhor solução para um determinado assunto, mas com certeza voce será

respeitado por tentar ajudar. Uma ótima equipe de trabalho é diferente de um ótimo grupo de amigos, saiba

diferenciar com bastante cautela. E claro, como não pode faltar em nada nessa vida: uma boa dose de bom

humor.

Jorge Elias Bachur Junior [email protected]

Primeiramente, dizer “Bom dia”, “Como vai”, “Boa Noite”. Acho que nos dias de hoje, com o corre-corre,

parece que falta tempo para este tipo de tratamento. Dar e receber atenção é muito importante num rela-

cionamento em equipe. Pesquisar, projetar, discutir, debater e, inevitavelmente, saber ouvir. As melhores

sugestões, a saída para aquele problema ou determinada situação, a superação para aquele desafio pode

estar do nosso lado. E isso só é possível se puder ouvir o próximo. Ouvir é respeitar a opinião seja lá de

quem for e, tratando-se de uma equipe, se não houver respeito, teremos apenas um grupo. Um grupo que,

em seu meio, disputa uma liderença e não uma equipe vencedora.

Se você é assinante, participe desta seção pelo site www.arteccom.com.br/webdesign/clube

Page 39: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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RSS

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Reportagem sugerida pelo leitor Ozi ([email protected])

Por Luis Rocha

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RSS

Quando estudamos a Teoria da Comunicação, aprendemos que ela é com-

posta dos seguintes elementos: emissor, receptor, mensagem, código, canal de

comunicação e referente.

Aplicando tais conceitos no mundo da internet (canal de comunicação),

sabemos que o fluxo das informações produzidas trafega da seguinte maneira:

geralmente, são os internautas (receptor) que buscam o conteúdo (mensagem)

produzido pelos sites (emissor).

Pois bem, parece que esse cenário vem se transformando após o surgimento

da tecnologia RSS. Agora, é a informação que vai até o usuário. Isso porque,

munido de um programa ou aplicativo leitor de arquivos RSS feeds, você passa

a ser informado assim que um novo conteúdo é publicado em um determinado

site. Mas lembre-se: para que todo esse processo funcione, o desenvolvedor tem

que disponibilizar tal programação em sua página.

“O RSS é um padrão que simplifica e facilita uma pessoa acompanhar notí-

cias ou tópicos do seu interesse. Ao assinar feeds RSS, as pessoas passam a

RSS é um padrão que simpli ca e facilita o

acompanhamento de notícias

XFeedArquivo XML (eXtensible Markup Language) que alimentará o programa leitor de RSS.

Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Feed)

41

Page 42: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

42

depende muito da facilidade em sua utilização. “O que é

interessante notar também sobre este estudo da Nielsen

é que ele menciona os ‘Aware RSS users’, ou seja, aqueles

que entendem o que é RSS. Mais uma vez enfatizo que o

que é necessário é que o usuário utilize os feeds de maneira

transparente, sem saber o que é, de fato, RSS ou ATOM,

assim como acessam sites sem se preocupar com a tecnolo-

gia usada para construí-lo (HTML, por exemplo). Acho que

ainda é preciso um grande avanço neste sentido”, afirma.

Como funciona

Para entendermos como um usuário vai utilizar o RSS,

vamos a um exemplo prático. “Publiquei uma matéria e di-

vulguei para meus leitores via newsletter. Você que assinou

a newsletter vai receber um e-mail informando e fornecendo

um link para a matéria. E receberá, via e-mail, as newslet-

ters de todos os sites aos quais você se inscreveu. De modo

muito semelhante, você ‘assina’ os RSS de várias páginas

e instala em seu computador uma interface de leitura

(existem várias delas gratuitas ou você poderá utilizar um

navegador que suporte RSS). Sempre que houver uma novi-

dade no site assinado, você recebe não um e-mail, mas um

aviso no seu desktop (por exemplo, um popup semelhante

ao do Messenger) de que foi publicada uma matéria nova

no site”, detalha Maurício Samy Silva, professor do centro

de treinamento iLearn.

Segundo o especialista, abrindo a interface de leitura,

o internauta acessará um conteúdo semelhante ao de um

boletim informativo. “Em geral, com o título da matéria

seguido de uma breve descrição com um link ‘Leia mais’. As-

acompanhar mais de perto tudo o que é publicado - são

avisadas instantaneamente de novidades”, explica Victor

Ribeiro, diretor de produtos e estratégia do UOL (Universo

Online).

Disseminação do RSS

Um estudo do instituto Nielsen/Ratings, divulgado

no final de setembro, revela que a conveniência e a fac-

ilidade para se obter novas informações são os principais

motivos para o uso do RSS. A pesquisa constatou ainda

que os usuários dessa tecnologia acessam sites três vezes

mais e com maior freqüência do que aqueles que não a

utilizam.

Usuários de RSS acessam sites

três vezes mais e com maior freqüência

“Isso acontece porque primeiro o usuário de feeds

agrupa todos os sites que o interessam em um lugar só e

isso faz com que ele tenha a capacidade de gerenciar um

número maior de sites. Segundo, porque o usuário cria

um vínculo maior com os sites que compõem sua lista, já

que ele sabe que um site foi atualizado quase que instan-

taneamente e, se esta atualização o interessar, ele muito

provavelmente vai acessar o site para poder ler na íntegra

o conteúdo”, aponta o web developer Bruno Torres.

No entanto, ele ressalta que a disseminação do RSS

XATOMOutro tipo de formato para divulgação de notícias.

Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Feed)

XFeed ReadersFeed Readers (agregadores de conteúdo): programa ou

aplicativo utilizado para a leitura de arquivos RSS de um

determinado site. Exemplos: FeedReader, BlogLines, Leitor de

Notícias (RSS/XML), NewsGator etc.

Fonte: CVRD (http://www.cvrd.com.br)

Benefícios no uso do RSS

- A informação vai até o receptor da mensagem

- Leitura de notícias em “tempo real”

- Concentração de conteúdo de diversos sites

- Processo automatizado

Fonte: UOL

RSS

Page 43: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

43

Saiba mais!

- Projeto RSS

http://www.rssficado.com.br/

- RNP - RSS

http://www.rnp.br/rss

- RSS users visit three times as many news web

sites as non-users - Pesquisa Nielsen/Ratungs

http://direct.www.netratings.com/pr/pr_050920

- Implementando caching em feeds RSS/ATOM

http://brunotorres.net/2005/01/26/caching-feeds

- My Yahoo

http://br.my.yahoo.com/

Bloglines

O Bloglines (www.bloglines.com) é um exemplo

de interface de leitura de arquivos RSS. Gratuito e

online, ele verifica periodicamente a atualização

dos canais feeds assinados pelo usuário.

Bloglines - exemplo de interface de leitura de RSS

Page 44: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

44

RSS

44

sim, ele terá todos os RSS em uma só interface, acessíveis

a qualquer momento no seu desktop, sem necessidade de

e-mails”, completa.

Passos para se adotar o RSS em seu site

Tudo bem, você se convenceu sobre os benefícios no

uso do RSS. Mas a pergunta que fica é: como faço para

implementá-lo em meu site? “Atualmente, a grande maioria

dos gerenciadores de conteúdo (CMS) existentes já tem

suporte nativo aos feeds. O desenvolvedor precisa apenas

habilitar este recurso. Caso o seu gerenciador não tenha

suporte, ou seja, um sistema customizado, feito por você,

criar um feed não é nada difícil”, argumenta Bruno Torres.

Falando na criação de feeds, ela envolve, basicamente,

duas formas de desenvolvimento. “Uma é acessando o con-

teúdo do site via HTTP, retirando apenas a informação que

interessa e formatando de acordo com a especificação do

RSS (ou ATOM). A outra é criar os feeds internamente, com

os dados obtidos, por exemplo, do banco de dados. Aí o tra-

balho é o mesmo que se tem ao criar um HTML, só mudam

os elementos e o Media (MIME) Type”, explica.

RSS aumenta principalmente o número de

visitas de uma mesma pessoa

Para finalizar, Victor Ribeiro lembra que nada adianta

adotar RSS em um site se não houver o que comunicar. “É

preciso que o site tenha conteúdo permanentemente atuali-

zado e de relevância para seus visitantes. O RSS aumenta

principalmente o número de visitas de uma mesma pessoa,

de alguém que já visita o site. Dificilmente uma pessoa irá

adicionar ao seu agregador, site que não conheça, ou que

não tenha relevância. Sites que inundam os feeds com mui-

tas novidades logo são descartados. É fundamental manter

e informar o que é importante em tópicos bem definidos. Se

tiver muitos tópicos distintos para serem abordados, divida

em vários feeds”, diz.

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Page 45: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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deba

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46

RSS

Por René de Paula Jr. (Diretor de conteúdo do Yahoo Brasil)

O Tarzan deve morrer de inveja do Homem-Aranha: o cara clica num botão e zás, sai um cipó

automático limpinho para se baloiçar sobre abismos. Assim é fácil. Para piorar a raiva, a selva de pedra

tem mocinhas muito mais interessantes do que a Jane e a Chita. Sem platéia feminina, de que adianta

desfilar saradão e seminu pela floresta, afinal? Uma banana para esse mascarado! - deve grunhir o

homem-macaco.

É curioso que um dos super-heróis mais queridos seja... uma aranha. Imagine você convencendo

um cliente ou chefe de que um homem-inseto que sobe pelas paredes e lança teias vai ser um estrondo

comercial. Faça isso hoje e o cara ou te demite ou pede antes um focus-group (discussões de grupo), que

vai optar fragorosamente pelo iridescente Homem-Borboleta. Só o Stan Lee mesmo para emplacar uma

idéia improvável dessas.

Mudemos da Cartoon Network para o Discovery Channel: o forte das aranhas não é o bungie-

jumping. Aranhas vivem por um fio, mas um fio que tece teias. O bichinho escolhe um canto e vai

pacientemente esticando, prendendo, enredando, até que uma teia complicada e invisível fique estendida

no ar. Como um certo senhor barbudo, ao final da criação ela descansa.

Descansar é modo de dizer: na ponta de suas patas, os fios tensos vão dando notícia se o almoço

chegou ou não. Um tremelique nervoso no setor XYZ é a sineta do lanche: ela corre para o ponto exato,

antes que o almoço escape.

Biologices à parte, vou confessar uma coisa: pela primeira vez, em anos, vejo sentido nessa história

de falar em web. Que web é teia em inglês não é novidade, mas antes o que me vinha à cabeça era uma

teia mundial de computadores interligados e zunindo, e a metáfora não me comovia muito.

Tudo mudou, ou melhor, tudo está mudando muito rápido. A teia agora é outra. Posso escolher quais

são as fontes de notícia e informação mais relevantes para mim e concentrá-las todas numa página só ou

em um único software. Bato o olho ali e vejo o que tem de novo em “N” fontes.

Como a aranhazinha, sem sair do lugar, fico ligado em mil fios que me anunciam as novidades. E tudo

o que produzo, de podcasts a blogs, passando por minhas fotos, tudo pode ser importado nas teias alheias.

Como isso é possível? RSS. Não, RSS não quer dizer “risos”. RSS é tão fácil que é até divertido,

mas é algo bem sério. A tecnologia foi um recurso criado anos atrás para facilitar a distribuição de

informações.

Atualizo meu podcast “roda e avisa” (http://www.usina.com/rodaeavisa) e automaticamente um

arquivinho é gerado com o resumo das mudanças. Esse arquivinho de nada é que permite que pessoas

pelo mundo “acompanhem” as coisas que publico sem ter que visitar minha página.

Preste atenção em grandes sites de notícias, em bons blogs e portais: você vai ver que em algum

lugar vai ter um botãozinho escrito RSS, XML ou Feed. Esse botão tem um link e esse link você pode

adicionar à tua teia pessoal de interesses e fontes de notícia. Quer ver bons exemplos?

A CNN oferece inúmeros feeds (http://www.cnn.com/services/rss/). Outro exemplo: recentemente

me indicaram um blog bárbaro de um americano superantenado (http://jeremy.zawodny.com/blog/).

Como o blog dele tinha RSS, adicionei-o imediatamente à minha página agregadora e pronto: agora ele

faz parte da minha teia, ou melhor, da minha web.

OK, agora todos nós temos “sentidos de aranha”, todos lançamos teias num duplo-clique. Isso o

Peter Parker já tinha. Mas temos uma vantagem sobre o CDF solitário: somos milhões de aranhas, cada

uma construindo sua própria web, cada uma produzindo e pendurando na teia para todas as outras

aranhas, cada uma aliando forças com outras aranhas e montando sua própria rede de comunidades e

trabalho.

Para nós que trabalhamos com essa selva de teias, qual o impacto? O que muda? Vamos ter que

repensar nossa maneira de fazer sites, de criar serviços, de pensar em ações de comunicação? Sim, e

rápido. A menos que queiramos ficar de tanga escutando gorilas.

Minha teia 2.0 RSS: mudando a maneira de fazer sites

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João da Silva é um exemplo de pro ssional que procura se manter bem informado. Aproveitando todas as facilidades

proporcionadas pela internet, ele navega por diversos sites de notícias por dia, além de receber por e-mail uma

variedade de newsletters contendo as últimas notícias em destaque pelo Brasil e no mundo.

Porém, depois que nosso bravo internauta descobriu as facilidades no uso da tecnologia RSS, sua vida nunca mais foi

a mesma! Agora, através de um programa ou aplicativo que faz a leitura de arquivos RSS, João é avisado a cada 20

minutos, por exemplo, sobre qualquer conteúdo que venha a ser publicado em seus sites preferidos. Mas isso só foi

possível porque todos esses sites já disponibilizavam tal tecnologia em suas páginas.

Dessa forma, será que o RSS vai diminuir a navegação por sites de notícias e o envio de newsletters?

Con ra algumas opiniões a seguir.

Page 48: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

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“Sim, com certeza. O RSS permite que o internauta

receba todas as chamadas publicadas pelos sites de notí-

cias que usarem o sistema em um programa que podemos

chamar, genericamente, de leitor de RSS. Desta maneira,

ele não precisa mais ‘navegar’ por seus sites preferidos para

saber das novidades.

No entanto, isso não significa menos acessos a um

determinado site, ao contrário, cada vez que o internauta

‘clica’ no link de uma chamada, ele acessa a página da

notícia, sem, no entanto, navegar’ pelo site (entendendo

navegar por um site como mover-se por ele, o que não é o

caso, já que se vai diretamente a uma página específica e,

geralmente, não se move desta para outras).

Em outras palavras, com o uso de RSS, o internauta

não precisa mais entrar e navegar nos sites para encon-

trar coisas que o interessem. As chamadas de vários sites,

selecionadas pelo internauta e, dependendo do site e do

leitor usado, no intervalo que ele determinar, chegam até

o usuário automaticamente. A seleção do que ler e do que

não ler torna-se muito mais fácil e rápida.

No caso das newsletters eletrônicas, enviadas por e-

mail, a vantagem do RSS é mais evidente ainda. Primeiro

porque as notícias não se misturam com outras mensagens

:: Eduardo de Carvalho Viana

Analista de Comunicação Sênior da RNP

www.rnp.br

pessoais e/ou de trabalho. Segundo porque os feeds de

RSS podem ser recebidos no próprio browser, onde também

será lida a notícia ou - outra opção - os programas leitores

incluem um browser próprio para leitura.

Nos boletins enviados por correio eletrônico, ou

recebemos os textos na íntegra - muitas vezes com recur-

sos (HTML, Java) não suportados pelo programa de e-mail

do assinante -, ou recebemos os links das notícias, os quais,

acionados, serão abertos em um browser à parte.

Isso sem falar que, para quem distribui as notícias, o

RSS é muito mais prático, pois evita a necessidade de cadas-

tro do assinante e manutenção do mesmo, criação de lista

ou uso de ferramenta de distribuição de correio eletrônico.

A desvantagem é que o cadastro pode ser importante para

a empresa que distribui as notícias, principalmente para

fins comerciais. Mas este não é o caso da Rede Nacional de

Ensino e Pesquisa (RNP), que só deseja que o maior número

de pessoas tenha a possibilidade de acessar todas as suas

notícias quando bem entenda. Para nós, o RSS é um forte

aliado.”

deba

te

4848

Page 49: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

49

:: Thiago Ávila

Diretor de Tecnologia da Informação do ITEC/AL

(Instituto de Tecnologia da Informação e

Informática do Estado de Alagoas

“Muito pelo contrário. O formato RSS, ao invés de diminuir a navegação nos sites de notícias, tenderá fatalmente a

ser um estímulo a visitação de portais que se preocupem em disponibilizar fontes de notícias de qualidade. No contexto

dos portais, públicos ou corporativos, um dos maiores problemas detectados pelos especialistas é o excesso de informa-

ção. Esse excesso é altamente desmotivante para o leitor, gerando no mesmo, uma rejeição natural a portais que não se

preocupam em estruturar a informação de forma adequada.

Assim, o RSS permite que o leitor se dirija ao portal para ler exatamente o que lhe interessa, ou seja, um portal que

disponibilizar através de RSS, conteúdo interessante e bem estruturado, será beneficiado por esta tecnologia, graças aos

recursos dos clientes RSS que permitem alertar ao usuário em seu desktop sempre que há novas notícias.

Vejo que essa tecnologia é apenas o segundo passo para uma relação pró-ativa entre a máquina e o homem, no con-

texto da informação digital. Inicialmente vieram as newsletters, hoje temos o RSS e em breve teremos a popularização do

SMS e do MMS como uma forte mídia digital. É um caminho sem volta. Cabem aos portais de conteúdo ficarem sintonizados

com as novidades tecnológicas e tirar proveito delas da melhor forma possível.”

:: Edney Souza

Sócio diretor da InterNey Informática

www.interney.net/

“Sim e não. Sim, diminuirá o envio de newsletters, porém isso ainda está longe de acontecer devido a maioria dos

webmasters ainda desconhecerem o RSS. Não, pois acredito que aumentará o tráfego dos sites de notícia. Ao receber a

notícia em RSS, o usuário clicará em um link para vê-la completa no site (com informações adicionais como gráficos, pes-

quisas, debates), pois a ferramenta de RSS permite um acesso mais eficiente às notícias (pesquisas por palavras-chave,

por exemplo). A popularização da mesma tende a prevalecer sites com maiores volumes de notícias ou com notícias espe-

cializadas por segmento de mercado, colaborando para o crescimento dos veículos de comunicação mais eficientes.”

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deba

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“Em pesquisa feita no meu site para saber a quanti-

dade de leitores que assinam meus arquivos RSS, forneci

como opções de respostas: ‘SIM’, ‘NÃO’ e ‘O QUE É RSS?’. A

resposta campeã foi a de número três, com a esmagadora

percentagem de 87%. Assim, gostaria de iniciar minha res-

posta com um rápido esclarecimento. Arquivo RSS ou ‘feed’

é um documento XML destinado à publicação automática

de conteúdo. Existem excelentes artigos na internet, expli-

cando detalhadamente o assunto. Faça uma busca digitando

a palavra-chave ‘RSS’ e pedindo ‘Páginas em português’.

Os RSS, quando disponibilizados pelos sites de notí-

cias, em sua quase totalidade, escrevem seus arquivos no

formato citado acima, ou seja, com o título, um resumo e o

link tipo ‘Leia mais’. Isto, na prática, levará o leitor ao site

que publicou a notícia. Entendo que diferente não poderia

ser, pois o usuário ao abrir sua interface e se deparar com

:: Maurício Samy Silva

Criador do “CSS para Webdesign”

www.maujor.com

telas e mais telas de matéria em seu conteúdo total, sem a

facilidade de acesso imediato à manchete que interessa, em

muitos casos, desistiria daquele feed.

Esta é a fórmula, salvo raras exceções, atualmente

adotada e consagrada e não vejo qualquer tendência que

aponte para uma mudança. Sem dúvidas, RSS é uma ex-

celente opção para newsletter. Não só para o usuário que

assina como para o desenvolvedor que divulga, pois elimina

todo o processo de uso de e-mail com manutenção de ca-

dastros de usuários em banco de dados, envio de e-mails e

todo o processamento que conhecemos.

Realmente é a próxima geração da newsletter. Para um

futuro, arriscaria dizer ainda distante da nossa realidade,

pois o desconhecimento do assunto inibe usuários e desen-

volvedores, uns não assinando os RSS disponíveis e outros

não implementando RSS.”

50

deba

te

Page 51: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

51

Por Tatiana Serra

A prestadora de serviços que oferece mais que nomes,

endereços e telefones

Telelistas.net

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udo

de

caso

::

Tele

lista

s

51

Page 52: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

52

estu

do d

e ca

so :

: Te

lelis

tas

52

Na web desde 2000, a Telelistas disponibiliza ser-

viços, informações em geral e entretenimento num único

endereço. Quem acessa o www.telelistas.com.br, espera

se deparar apenas com um serviço de utilidades, como:

nomes, telefones e endereços. Porém, já que para o inter-

nauta informações “úteis” são mais que isso, ao carregar a

página, ele tem acesso ao portal Telelistas.net, com dados

sobre Gastronomia, Turismo, Cidadania, Saúde, entre outros

assuntos, todos com base na interatividade com o público.

Afinal, não basta dar um endereço virtual a uma empresa,

é preciso adequá-lo ao mundo web. Aliás, foi através dos

canais de interação com o público que constatou-se a ne-

cessidade de reformulação do site. E, em julho deste ano,

ele ganhou uma nova versão.

Em entrevista exclusiva, os webdesigners Vitor Gau-

lia Ferreira e Rosival de Cerqueira Costa nos dão mais

informações sobre o site e nos falam sobre o desafio e a

responsabilidade de criar para um público muito grande e,

ao mesmo tempo, ter um único cliente, a própria Telelistas.

Acompanhe!

Wd: Como é trabalhar no site de uma “presta-

dora de serviços”? É possível “usar e abusar”

da criatividade?

VeR: Projetos online que envolvem um vasto público

com necessidades diferentes, como é o da TeleListas, sem-

pre necessitam de estudos e análises detalhadas, pois temos

por objetivo o alcance das informações pesquisadas com fa-

cilidade, exatidão e rapidez, num universo muito grande de

usuários. Temos como ‘carro-chefe’ o portal TeleListas.net,

e dele ramificam-se vários outros projetos relacionados à

empresa, onde estamos sempre inovando e criando, como

é o caso dos hotsites comemorativos, não necessariamente

obedecendo a uma identidade visual estabelecida, o que

acontece no portal. Esses projetos têm sua própria identi-

dade, desassociando-se da TeleListas.net.

WD: A equipe do site é formada por profissionais

da própria Telelistas. Quem são eles?

VeR: Somos sete profissionais: um gerente de proje-

tos, quatro analistas e dois designers. O gerente de projetos

é responsável pelo estudo, estruturação e implementação

das tarefas solicitadas à equipe pelos setores de Marketing

e Novos Negócios. Os analistas trabalham com a manuten-

ção e o desenvolvimento de sistemas. Nós dois cuidamos da

parte visual dos produtos online da empresa. O conteúdo

fica sob responsabilidade do setor de Novos Negócios e uma

equipe de jornalistas realiza as atualizações diárias (guias,

matérias, receitas, enquetes etc).

Wd: Quais são os diferenciais de se trabalhar

num site como o da TeleListas?

VeR: A responsabilidade de criar para um público

muito grande e, ao mesmo tempo, ter um único cliente, que

é a própria empresa, proporciona o desafio de transmitir

informações sobre diferentes olhares. Isso torna nossos

projetos desafiadores e estimulantes.

Wd: Quando a TeleListas foi lançada na web?

Quando e por que foi desenvolvida uma nova versão

do site?

VeR: Em 1999, o Grupo TeleListas era composto por

duas empresas, a TeleListas e a RioListas, esta última já

online. Em 2000, houve a fusão dessas empresas, tornando-

se apenas TeleListas, ganhando, em 2002, sua versão online

www.TeleListas.net. De 2000 até hoje, o portal passou por

seis grandes reformulações estruturais e de tecnologia.

Nessa última versão, lançada em julho de 2005, o portal

ganhou novas seções, o novo motor de busca possibilitou

a busca nacional (pesquisa de um assinante em todo o ter-

ritório nacional) e foram criadas áreas destinadas à publici-

dade. Todas as modificações ocorreram pelas necessidades

encontradas através de canais de interação (Enquetes, Fale

Conosco, Opine, SAC) com o nosso público.

Wd: O site institucional, por diversas vezes,

funciona apenas como uma cópia fiel da filosofia da

empresa. Para Michel Lent, designer gráfico, mestre

Desa o de transmitir informações

sobre diferentes olhares

Page 53: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

53

estu

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lelis

tas

Campanha online

desenvolvida por Suzana

Apelbaum para Trident.

Apesar de não ser um e-card

tradicional, funcionava como

tal, por ser um vídeo divertido

que os amigos repassavam

entre si.

53

em Telecomunicações Interativas e um dos primeiros

brasileiros a trabalhar com internet, “a marca precisa

se comportar na internet de forma semelhante ao

mundo offline, mas sem ser uma simples adaptação.

Precisa ser uma releitura adequada”. Qual sua opi-

nião sobre a representatividade de uma empresa na

internet? Qual é a postura da TeleListas na web?

VeR: No caso da TeleListas, a empresa tinha como

principal produto a lista impressa, que existe até hoje. Com

o crescimento web no Brasil, nosso foco passou a ser a in-

ternet, onde é possível encontrar as mesmas informações

que existem nas listas, só que de forma mais rápida e fácil

– de acordo com a linguagem da web. Por se tratarem de

mídias diferentes, não poderíamos associar nosso portal

online à lista impressa, porém tínhamos que disponibilizar

o mesmo serviço encontrado na lista.

WD: Quando se pensa no portal TeleListas.net,

imagina-se um prestador de serviços prático e obje-

tivo, simplesmente. Porém, quando o usuário acessa

o www.telelistas.com.br, ele se depara com mais

informações do que se imaginava: são matérias e

enquetes sobre assuntos atuais; guias de serviços

variados, e, até mesmo, homenagens a personali-

dades. Como se deu a escolha das seções? Quais são

as de maior sucesso?

VeR: Os guias de automóveis, restaurantes, medicina

e saúde e cidadão (em breve, teremos o turístico), ape-

sar de serem heranças da lista impressa, têm um formato

totalmente diferente. Agregamos a eles informações que

fazem com que o usuário encontre tudo o que precisa por ali

mesmo. Ao buscar um serviço, ele acaba se deparando com

notícias relevantes, que tornam esse visitante cada vez mais

fiel ao site. As enquetes são uma forma de conhecer melhor

nosso público e interagir com ele, cerca de três mil usuários

participam delas semanalmente. As seções de maior sucesso

são as matérias dos guias, as receitas, os cartões virtuais,

as enquetes e os mapas digitais.

WD: E, por falar nas seções do site, a TeleListas

está homenageando o centenário de Erico Verissimo

com um hotsite sobre o escritor, fruto de uma par-

ceria entre o Circuito Cultural TeleListas e o Centro

Cultural CEEE Erico Verissimo. Fale sobre a atuação

da Cultura no site e sobre a criação do hotsite em

homenagem ao escritor.

VeR: A TeleListas é uma empresa 100% nacional que

investe na cultura. Através de ações locais, ela faz seu papel

de empresa cidadã valorizando e disseminando a cultura

do país. Assim como o hotsite do Erico Verissimo, foram

desenvolvidos o hotsite do Candido Portinari, Patativa do

www.telelistas.com.br

Todas as modi cações ocorreram pelas

necessidades encontradas através de

canais de interação (Enquetes, Fale

Conosco, Opine, SAC) com o nosso público

O conteúdo é sempre um diferencial,

mesmo sendo um site de serviços

Page 54: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

54

Assaré, JK (Juscelino Kubitschek) e 310 anos da cidade de

Curitiba (PR).

WD: Imagino que, por se tratar de um presta-

dor de serviços acima de tudo, o site tenha sim a

preocupação de mostrar um conteúdo diversificado,

porém sempre objetivo para atender ao usuário que

o acessa, basicamente, para buscar informações tam-

bém objetivas. Sendo assim, como é feita a escolha

dos temas? Quais são as prioridades para a página

principal?

VeR: Se a referência da escolha dos temas diz respeito

às matérias, o que a equipe de conteúdo faz com freqüência

é analisar as mais lidas, os temas que causam mais impacto,

além de escutar as sugestões diárias dos leitores/usuários.

A página principal é atualizada com as matérias de maior

destaque.

WD: Buscando justamente atender ao usuário

com praticidade e objetividade, que recursos são

utilizados para trazer leveza ao site, além de uma

dinâmica às seções? Quais são as técnicas utilizadas

no site?

VeR: As páginas do site e ferramentas internas foram

criadas utilizando ASP.NET. Para o armazenamento dos da-

dos, utilizamos o banco de dados SQL Server 2000.

Passamos a utilizar folha de estilos, o que diminuiu

consideravelmente o tamanho do código, e a quantidade

de tags HTML. Otimizamos todas as imagens que são

produzidas na empresa e precisam estar online, definimos

tamanhos-padrão para a publicidade. A navegação foi

reestruturada, evitando páginas intermediárias sem

função.

Hotsite criado para homenagear o escritor Erico Verissimo

Para cada guia foram de nidas cores que

estimulam o sentimento de estar em um

ambiente diferenciado e associado ao

serviço, de forma a fortalecer sua idéia.

WD: E quanto ao visual... Como se dá a escolha

das cores e das imagens?

VeR: A empresa possui como cores principais o laranja

e o azul, sendo cores contrastantes e fortes, causando im-

pacto visual e fortificando nosso nome e identidade. Na

home do portal, usamos as cores da empresa para definir-

mos as diferentes seções e serviços; separamos as seções

de grande importância com tonalidades fortes, chamando

a atenção do usuário. Nas seções secundárias, colocamos

cores neutras, evitando uma poluição visual e o excesso de

cores. Para cada guia foram definidas cores que estimulam

o sentimento de estar em um ambiente diferenciado e as-

sociado ao serviço, de forma a fortalecer sua idéia.

WD: Com o surgimento de um conteúdo diferen-

ciado, houve um aumento do número de visitantes?

Fale também sobre o tempo de visita, se o mesmo

usuário costuma voltar ao site etc.

VeR: O aumento vem sendo progressivo. Para se ter

uma idéia, em outubro do ano passado, a média mensal era

de 700 mil visitantes únicos; em agosto deste ano, foram

1,2 milhão. O conteúdo é sempre um diferencial, mesmo

sendo um site de serviços (objetivo específico). Percebemos

pelas estatísticas que os usuários têm o hábito de ler, bus-

car receitas, enviar cartões, responder enquetes, ou seja,

quem está na rede tece suas teias, uns entram e realizam

pesquisas, outros pesquisam e lêem, e outros só lêem.

A psicologia explica?

estu

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Page 55: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

55

tuto

rial

Incluindo CSS em seu projeto web

Dando continuidade ao Tutorial do CSS, nesta segunda

e última parte aprenderemos como incluir o CSS em seu

projeto na web.

Antigamente, colocávamos as formatações no próprio

código, conforme podemos observar no exemplo abaixo:

...

<body bgcolor=”#FFFFFF”>

<table border=”0” cellpadding=”7” cellspacing=”0”

width=”78%”>

<tr>

<td align=”justify” colspan=”3” valign=”top”

bgcolor=”#000066”>

<p>

<font color=”#FFFFFF” size=”7”

face=”Helvetica, sans-serif, Arial”>Cursos</font>

</p>

</td>

</tr>

<tr>

<td rowspan=”4” valign=”top” bgcol-

or=”#000066” width=”20%”>

<p>

<b><font face=”Helvetica, sans-serif, Arial”

color=”#FFFFFF”>Cursos de WebDesigner:</font></b>

...

No código acima, podemos observar diversas ocor-

rências de inclusão de elementos de formatação. Esta é

uma forma que, infelizmente, ainda é muito encontrada em

páginas na Web.

Evoluindo no caminho certo, observamos no exemplo a

seguir, como poderemos escrever menos linhas com os mes-

mos resultados visuais encontrados no exemplo acima.

...

<head>

<title>

Minha Home Page

</title>

<style type=”text/css”>

body {background-color:#FFFFFF}

.logo {color:#FFFFFF;font-size:46pt;font-family:hel-

vetica, arial, sans-serif,;}

.cabecalho1,.link {color:#FFFFFF;font-family:helvetica,

sans-serif, arial;}

. cabecalho2 {color:#FF0000;font-family:helvetica,

sans-serif, arial;font-weight:bold;}

. cabecalho3 {font-family:helvetica, sans-serif,

arial;font-weight:bold;}

.azul {background-color:#000066;}

</style>

</head>

...

Com isso, estamos alcançando nosso objetivo, sepa-

rando a formatação do seu conteúdo, mas ainda existe

um problema. Os códigos, apesar de separados, estão no

mesmo arquivo.

CSS permite que o HTML ou o XHTML volte ao seu

objetivo original, ou seja, em seu conteúdo. Separando o

conteúdo da exibição, o CSS permite uma nova maneira e

facilita a vida dos designers e desenvolvedores.

Padrões Web 5A ampliação do HTML desembocou na famigerada “guerra dos browsers”, na qual cada fabricante desenvolvia, ao seu juízo, uma solução própria para facilidades

de renderização e interpretação da linguagem de marcação.

O W3C, percebendo o rumo caótico para onde se encaminhava a internet, não vem economizando esforços para alcançar uma maior padronização. Padronização

de softwares, de hardwares, de códigos de dispositivos, en m, de todo componente relacionado à web.

Uma padronização que garanta compatibilidade com dispositivos em uso, com dispositivos futuros, e que garanta servir um único código não só para diferentes

navegadores e resoluções de monitor, como também para diferentes mídias, dispositivos especiais e agentes de usuários os mais diversos.

Prof. Everaldo Bechara e Prof. Maurício Samy SilvaProfessores do Centro de Treinamento iLearn [email protected]

Page 56: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

56

Logo, devemos nos acostumar a usar o CSS para con-

trolar a exibição. Quando eu digo “exibição”, são todas as

formas de exibição, inclusive layout. Uma, duas ou três

colunas são formas de layouts, portanto controladas pelo

CSS. Sei que é meio intrigante no início e para muitos que

estão acostumados a desenvolver layouts não entenderão

no início como um arquivo CSS tem tanto “poder” assim.

Na evolução natural do XHTML, muitos elementos de

formatação serão eliminados, portanto veja como o W3C está

direcionando a Web e como você está no caminho certo.

Vantagens de separar estilo de conteúdo

Com a introdução do XML (metalinguagem do XHTML),

a exibição de dados se torna única e a formatação é atribuí-

da as folhas de estilo.

Esta separação é fundamental, pois permite aos desen-

volvedores um controle muito maior que antes, conseguindo

assim, diversas vantagens, como descreveremos abaixo:

Legibilidade

É muito mais fácil e lógico manter seu site com as fo-

lhas de estilos, pois com os códigos cada vez maiores, ima-

gine com tudo isso (apresentação + conteúdo) misturado?!

Quando der algum problema, você ficará louco procurando

em uma quantidade muito grande de linhas.

Com as folhas de estilos, tudo ficará mais simples. Se

o problema for detectado como sendo de apresentação,

basta analisar o CSS. Caso o problema seja de conteúdo,

analisaremos o XHTML. Simples, não.

Pode imaginar como a manutenção de seu projeto Web

irá ganhar de tempo e em produtividade?

Otimização de código

Imagine uma empresa com vários departamentos. Ao

criarmos uma folha de estilo, ali estará toda a identidade

visual desta empresa. Assim, o arquivo CSS poderá ser en-

caminhado para diversos setores, criadores de conteúdo

desta empresa, com a garantia que todas as páginas estarão

seguindo a mesma identidade visual.

Uma matriz poderá encaminhar este CSS para todas as

suas filiais espalhadas pelo mundo. Isso não é sonho. Isso

já acontece com algumas empresas globalizadas. Isso sig-

nifica economia, qualidade e otimização dos recursos.

Dispositivos

A possibilidade de visualizarmos nossos sites em disposi-

tivos diversos é uma realidade. PDAs, celulares ou mesmo em

dispositivos lançados por empresas que fogem aos padrões

de design que estamos acostumados, acessam a Web. Desta

forma, ser acessível aos dispositivos hoje existentes é uma

obrigação de todos os designers e desenvolvedores.

Quando um dispositivo não interpreta o CSS, o conteú-

do desta página passa a ser visualizado sem a formatação.

Veja, por exemplo, um site visualizado pelo browser Firefox

com a barra de desenvolvedor instalada. A visão do site para

desktop (computador tradicional) é apresentada a seguir.

Figura 1 - Página home do site de Eric Meyer

www.meyerweb.com

Agora, vamos visualizar esta mesma página, como se

estivéssemos em um dispositivo que acesse a internet, mas

que não dá suporte ao CSS.

A imagem abaixo exibe a seguinte situação: mesmo

não acessando e interpretando o CSS, o documento conti-

nua acessível, ou seja, a página analisada poderá ser visu-

alizada e seu conteúdo estará disponível para leitura.

Figura 2 - Página home do site de Eric Meyer

visto por um dispositivo sem a implementação do CSS

tuto

rial

Page 57: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

57

tuto

rial

Este recurso é muito interessante e importante aos

desenvolvedores Web.

Fundamentos do CSS - continuação

Valores e unidades

Unidades de cor

Propriedades de fundo, cor de texto etc podem as-

sumir diversas cores diferentes. Uma forma de atribuirmos

as cores aos elementos desejados é pelo nome. Embora

não seja aconselhável tal utilização, ainda é possível.

Nomes como RED, BLUE, AQUA etc. Esta forma é

bastante conhecida para quem já trabalha com HTML.

Uma outra forma é a utilização do código hexadeci-

mal, ou seja, representando o RGB. FFFFFF significa FF

para R (Red), outra seqüência de FF para o G (Green) e

a última seqüência de FF para o B (Blue). Ou seja, uma

cor como a preta é representada por #000000, ausência

de cor. R (00) + G (00) + B (00) = Preto.

Como existe a repetição de caracter no R, no G e no

B, podemos abreviar para #000. Neste sentido, se tenho

um componente com #EE5511, então posso representá-

la da seguinte forma: #E51. Melhor e menos código.

Unidades de tamanho

Muitas propriedades utilizam unidades de tama-

nho como valores, podendo ser positivo ou negativo

(menos para algumas propriedades que restringem o

uso do negativo).

As unidades de tamanho estão descritas abaixo:Nome AbreviaçãoEme emPolegada inEx exPaica pcPonto ptPixel pxMilímetro mmCentímetro CmPorcentagem %

Figura 3 – Tabela dos tamanhos possíveis

Propriedade de texto

A quantidade de propriedades dedicadas a for-

matação básica de um conteúdo é muitíssima grande.

Vertical-align, text-align, text-decoration, text-indent,

text-transform, word-spacing, letter-spacing, white-

space, text-shadow, font-size-adjust e font-stretch,

além de direction e unicode-bidi, duas formas de con-

trolar a direção do texto.

Veja o exemplo a seguir:

<head>

<title>Exemplos</title>

<style type=”text/css”>

p {

letter-spacing:1em;

word-spacing:1em

}

</style>

</head>

<body>

<p>Veja este exemplo de texto.</p>

</body>

Veja o resultado do código anterior no browser

V e j a e s t e e x e m p l o d e t e x t o

Caixas e bordas

Existem várias propriedades para manipular a exi-

bição de caixas e bordas. Display, height, width, float,

clear, border-top-width, border-right-width, border-left-

width, border-color, border-style, border-top, border-

bottom, border-left, border-right, border, margin-top,

margin-left, margin-bottom, margin-right, margin,

padding-top, padding-left, padding-bottom, padding-

right e padding.

Veja o exemplo:

<head>

<title>Documento XHTML</title>

<style type=”text/css”>

ul {

background: aqua;

margin: 10px 10px 10px 10px;

padding: 3px 3px 3px 3px;

}

Page 58: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

58

tuto

rial

li {

color: black;

margin: 10px 10px 10px 10px;

padding: 12px 0px 12px 12px;

list-style: none;

}

li.border {

border-style: dashed;

border-width: medium;

border-color: black;

}

</style>

</head>

<body>

<ul>

<li>Itens da Lista</li>

<li class=”border”> Itens da Lista</li>

</ul>

</body>

Veja o resultado

Incluindo CSS em documentos XHTML

Ter como arquivo externo o CSS, ou seja, a for-

matação é muito produtiva, pois como vimos, um único

arquivo poderá ser utilizado por centenas de páginas

HTML ou XHTML.

Vamos aprender agora como incluir nosso arquivo

CSS em documentos XHTML.

Existem quatro formas de incluirmos estilo em suas

páginas. Então, vamos conhecê-las.

Link

Importar

Regras de estilo no corpo do XHTML

Regras de estilo no elemento head

Vejamos o exemplo abaixo. Neste código identifi-

caremos as três formas de adição de estilos.

<?xml version=”1.0” ?>

<!DOCTYPE html PUBLIC “-//W3C//DTD XHTML

1.0 Strict//EN” “http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/

xhtml1-strict.dtd”>

<html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml”

xml:lang=”en” lang=”en”>

<head>

<title>Folha de Estilo</title>

<!-- Chamada a arquivo externo - Link -->

<link rel=”stylesheet” type=”text/css”

href=”file.css” />

<!-- Chamada através da importação -->

<style type=”text/css”>

@import “file.css”;

body {

color:green;

font-weight:bold;

}

</style>

</head>

<body>

<p>Texto em negrito e verde.</p>

<!-- trodução de estilo inline, ou seja, no corpo do

XHTML -->

<p style=”color: red”>Texto em vermelho.</

p>

</body>

</html>

Ótimo, agora que passamos a conhecer mais sobre

o CSS e seu poder, tente implementá-lo em seu próximo

projeto e boa sorte! Até o próximo tutorial.

Page 59: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

59

Page 60: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

60

Redação online não possui reserva de mercado. O que significa que não apenas jor-

nalistas podem escrever para a web, mas todos aqueles que precisam elaborar textos para

a Rede.

Sinto muito àqueles que acreditam que é necessário formação em Jornalismo para

tornar-se um redator (isto funciona – e bem – em outras mídias), mas na internet o canudo

ficou em segundo plano.

Por que? Há dois motivos bem simples.

Em primeiro lugar, redação na Rede vai muito além de veículos informativos como

jornais e revistas. Há sites de comércio eletrônico, de entretenimento, páginas financeiras,

portais, blogs e até mecanismos de busca que utilizam, e bastante, o trabalho de redação.

Nestes ambientes, o que vale mesmo é o talento, e muitíssimas vezes o conhecimento sobre

algum assunto específico.

O outro motivo que coloca o canudo em segundo lugar no pódio é a necessidade. São

administradores de empresas, economistas, engenheiros, técnicos em informática e até

médicos que se vêem obrigados, no dia-a-dia das empresas, a lidar com a redação online,

seja incluindo conteúdo em sites intranet ou alimentando sites internet.

Em resumo, escrever para a web é possível e acessível a todos – e basta pensar só

um pouquinho para perceber que este ímpeto de liberdade é nada mais, nada menos, que

a filosofia de toda a internet.

Abaixo estão as categorias de webwriters que estão invadindo o mercado de redação

online, e estarão no topo em pouco tempo.

• Profissionais de Humanas, em geral - Estão mudando de área para mergulhar

de cabeça no webwriting. Nesta categoria está, principalmente, um número considerável

de pessoas que migraram do mercado de Letras e estão fazendo belíssimos trabalhos.

• Jornalistas da Velha Guarda - São profissionais que têm experiência de sobra e

mente aberta o bastante para perceber que existe, sim, uma maneira especial de trabalhar

a informação para a web, e batem uma bola redondinha com quem está saindo do forno

das universidades. Só de olhar já dá gosto.

• Redatores Publicitários - Eles têm uma vantagem imensa na Rede se com-

parados aos jornalistas. Afinal, texto publicitário é 100% persuasão, e é ela quem dita as

regras na web.

• Usuários Comuns - É dono de um blog ou de site pessoal. Como ninguém gosta

Bruno RodriguesAutor do primeiro livro brasileiro e terceiro no mundo sobre conteúdo online, intitulado

“Webwriting - Pensando o texto para a mídia digital”. É coordenador de informação do website

Petrobras e titular da primeira coluna sobre Webwriting no mundo, elaborada desde 1998 e hoje

veiculada na revista online “WebInsider”. Ministra treinamento de Webwriting e Arquitetura da

Informação no Brasil e no exterior.

[email protected]

Todos podem escrever!

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Page 61: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

61

“Sinto muito àqueles que acreditam que é necessário formação em Jornalismo para tornar-se um redator, mas na internet o canudo cou em segundo plano. ”

de fazer feio, os trabalhos costumam ser caprichados, e por vezes alcançam o sucesso apenas com o boca-a-boca. Neste

processo, é essencial entender como se comporta a informação online.

Em tempo: é a pura verdade que nada supera o talento, a vocação e a experiência.

Os profissionais de Comunicação estão na dianteira quando o assunto é escrita, seja para a web ou não – afinal,

nesta área respira-se (em teoria) redação.

Ainda assim, é bom tomar cuidado...

***********************************

Meu workshop sobre Webwriting & Arquitetura da Informação chega a São Paulo e Florianópolis neste final de ano.

Na capital paulista estarei em 22/11 - para informações, basta ligar para 0xx 11 3283-4588 ou enviar um email para

[email protected]. Em Florianópolis, estarei, no dia 12/12, no Instituto Stela, 0xx 48 239-2559 ou email [email protected].

Até mês que vem!

web

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tin

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Page 62: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

62

Marcela CatundaTrabalhou na TV Globo, TV Bandeirantes, TV Gazeta, Manchete e SBT. Foi redatora da DM9DDB e

Supervisora de Criação de Mídia Interativa da Publicis Salles Norton.

É sócia do site Banheiro Feminino, está no Orkut e trabalha como autônoma.

[email protected]

A cigana leu o meu destino...bula

da

Cat

un

da

Eu sempre fui chegada num universo astrológico, numas cartas de tarô, num I Ching

básico e mais recentemente andei emprestando minhas mãos ao talento de um vidente. E

tudo isso sempre à procura da tal resposta: O que será do meu futuro?

Esse clima todo de final de ano deixa a gente com aquela vontade de saber se o

próximo vai ser melhor. Tudo que sei de 2005, por enquanto, é que ele será mais um ano

sem décimo terceiro, sem poder se atirar nas prestações, sem poder passar na frente das

grandes lojas de departamento, quer dizer, passar na frente até que eu posso, só não posso

é entrar. Isso, de jeito nenhum. Nem morta.

Será que minha vida de freela modelo 2006 será mais animada? Mais lucrativa? Mais

interessante? Tumultuada? Divertida? Enquanto 2006 não chega, encaro esse dois mil e

cinco de frente.

Entre um marasmo e outro na tal entressafra de freelas, procuro elevar meu espírito

aos píncaros do autocontrole enquanto repito o mantra: O próximo mês vai ser melhor.

O próximo mês vai ser melhor. O próximo mês vai ser melhor. Se o próximo mês não for

melhor, eu vou dançar. O próximo mês vai ser melhor. Aoooom!!!

Aproveito os tempos de freelas tranqüilos para escrever e me dedicar àqueles projetos

pessoais como: fazer um roteiro de um longa, ir ao dentista, limpar gavetas, pensar no refe-

rendo das armas, assistir a nova velha novela de depois do almoço e aos velhos episódios

do Chaves (que eu adoro). Essas coisas deliciosas, que a vida de freela nos permite quando

não estamos tomados de trabalhos para ontem.

Buracos na vida de freela. Cuidado!

É. Quando eu escrevi lá do tal mantra eu tava falando sério, ou quase. Porque na tal

da entressafra pinta cada freela roubada que vou te contar. Tem coisa que tá mais pra

“friia” do que pra freela.

- E aí Catunda, ferradona? – diz um cliente ao telefone.

- Especifique o ferradona – peço suplicando por uma resposta.

- Ferradona, querida. Sem trabalho. Precisando de algum? – responde.

- Especifique o “algum” - suplico quase aos prantos.

Depois de escutar a proposta indecorosa e descobrir que o algum era praticamente

nenhum, entenda-se nenhum dinheiro, desligo o telefone um tanto irritada enquanto lanço

ao universo o mantra: O próximo mês vai ser melhor. O próximo mês vai ser melhor. O

próximo mês vai ser melhor. Eu não estou ferrada. O próximo mês vai ser melhor. Eu não

Page 63: Revista Webdesign - Ano II - Número 23 - Emprego

63

sou querida desse cara. O próximo mês vai ser melhor.

Quando as coisas não estão agitadas na vida de um

freela é preciso tomar muito cuidado para não pegar a

primeira coisa que aparecer pela frente. Essa coisa pode

custar caro, muito caro. Caríssimo e daí seu desespero vai

fazer de você um escravo de um job porcaria que vai durar

séculos, como tudo que é ruim e não acaba nunca. Por isso,

não caia na primeira roubada que surgir em seu caminho.

Ser freela é também saber esperar. Se conseguir, espere.

Tem hora que me sinto uma David Copperfield do

mundo dos freelas. Do nada eu levito, faço uma gasolina

surgir no meu tanque, o telefone toca, um cliente aparece,

um roteiro reeditado surge, um pagamento atrasado cai na

conta, um amigo me indica pra alguma coisa e pronto, faz-

se a mágica e a tal luz no fim do túnel dá lugar a um trem de

algumas coisas para aliviar o mês que até então anunciava

ser um fiasco.

Escuto a tal Madoninha Capixaba e sua versão de Like a

Virgin e vejo enquanto a escuto, que nem tudo está perdido.

É preciso buscar forças onde quer que elas estejam.

“ Quando as coisas não estão agitadas na vida de um freela é preciso tomar muito cuidado para não pegar a primeira coisa que aparecer pela frente. Essa coisa pode custar caro, muito caro. ”

bula

da

Cat

un

da

- E aí Catunda? Tudo certo? Então, uma amiga minha

tá precisando de uma roteirista pra um freela. Parece bem

legal. Posso indicar você? – diz um amigo ao telefone.

E então passo a mão numa canetinha e anoto o

endereço da tal agência que pode ser mais uma grande

parceira. Liguei, marquei a reunião, fui e cá estou eu e mais

um freela.

Por isso, aqui vai uma dica valiosa para quem, assim

como eu, encara a dura vida do freelar: tenha amigos.

Porque se na pior das hipóteses eles não te indicarem

pra algum trabalho, você terá pelo menos, ótimas com-

panhias para as tardes de calmaria. E nada melhor do que

amigos e um saco de pipocas.

O telefone tá tocando. Será que é mais um freela?

O próximo mês vai ser melhor? O próximo mês vai ser

melhor? O próximo mês vai ser melhor. O próximo mês vai

ser melhor. Aoooom!!!

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Marcos NährWeb technologist do departamento de marketing da Dell Computadores.

Responsável pelo desenvolvimento do site e loja online da Dell Computadores no Brasil.

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usa

bilid

ade

Design tem sexo? Sabemos que homens e mulheres possuem preferências estéticas diferentes, disto

não há dúvidas. Mas será que um designer, ao produzir o layout de um website, carrega

consigo estas preferências? E mais, será que o usuário desta página pode ser positiva ou

negativamente afetado pelo estilo (masculino ou feminino) do design?

Um estudo recente conduzido por especialistas da Universidade de Glamorgan, na

Inglaterra, demonstrou que homens e mulheres são realmente pólos opostos quando se

leva em conta o que prende a atenção deles na internet.

Ao estudar o que homens e mulheres acham esteticamente atrativo quando navegam

na web, descobriu-se que o que atrai o público de um sexo pode não ter apelo algum para

o do outro sexo.

Com a internet dobrando de tamanho a cada dois ou três meses, é cada vez mais

importante para os websites atrair a atenção do seu público-alvo específico, do seu

mercado-alvo.

O estudo foi feito analisando-se websites criados por 60 estudantes universitários (30

mulheres e 30 homens) para averiguar se existia alguma grande diferença no design. Foram

avaliados, entre outros, aspectos como linguagem, estética e navegação. As diferenças

ficaram aparentes de forma imediata. No total, foram levados em conta 23 diferentes

aspectos nas análises e foram encontradas diferenças em praticamente metade deles.

Nos aspectos visuais, os homens preferem, em sua maioria, linhas retas, poucas

cores além de fontes formais. Quanto à linguagem empregada pelos homens, houve

uma predileção pela mais formal e técnica, com poucas abreviações e uma tendência a

autopromoção.

Uma seleção de sites da universidade foi apresentada a um grupo de ambos os sexos

que deveriam dar notas para os sites que achassem mais interessantes e atraentes. Em

praticamente todos os casos, as mulheres preferiam os sites desenvolvidos por mulheres

e o mesmo valia para os homens, que apontavam o design dos sites desenvolvidos por

homens.

Não há dúvida em relação à força da preferência de homens e mulheres aos sites

produzidos por pessoas do mesmo sexo. Os pesquisadores aplicaram posteriormente

estes dados para medir os valores estéticos de websites de 32 instituições educacionais

da Inglaterra.

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“...homens e mulheres são realmente pólos opostos quando se leva em conta o que prende a atenção deles na internet.”

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Apesar de o público destas instituições ser relativamente

equilibrado (proporção entre homens e mulheres), os

resultados demonstraram que 94% destes sites ostentavam

uma orientação de design masculino e apenas 2%

apresentavam uma orientação tipicamente feminina.

Analisando quem desenvolveu estes sites descobriu-se

que 74% eram formados de equipes predominantemente

masculinos e 7% apenas de times femininos de designers.

A pesquisa detectou que as organizações educacionais

britânicas não estão levando em conta no desenvolvimento

estes aspectos, ou seja, não estão preocupadas em tornar

seus websites atrativos para todo o seu público-alvo. Isto

leva a pensarmos que o mesmo deve estar acontecendo com

os sites comerciais.

Se as visitas aos sites precisam ser aumentadas, será

necessária mais atenção à produção estética. Levando-

se em conta a forte tendência de cada sexo de preferir

os resultados do design do seu próprio sexo, não faz

sentido tentar atrair mulheres usando uma estética que é

notoriamente masculina.

Para reforçar o estudo, foi escolhida uma série de

websites de estudantes da França e Polônia, onde foram

encontrados resultados semelhantes aos da Inglaterra,

reforçando a idéia de que estes dados têm implicações

globais nos websites e por isto devem ser levados em

conta.

Estes achados se tornam importantes na medida

em que 78% dos sites orientados à beleza feminina

na Europa apresentam um design produzido por times

predominantemente masculinos.

Não acredito, no entanto, que sites para um público

feminino devam ser desenvolvidos exclusivamente por

designers do sexo feminino, nem sites para homens por

designers do sexo masculino. Mas os resultados desta

pesquisa deixam claro que este é um aspecto da produção de

websites que deve ser cada vez mais levado em conta.

XLink do estudo

http://www.glam.ac.uk/news/releases/003056.php

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