36

revista_76

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: revista_76
Page 2: revista_76
Page 3: revista_76

EDITORIAL

Quem somosFelizCidade é a única revista semanal da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Tem como objetivo veicular matérias das mais diversas que informe, sensibilize e traga satisfação aos leitores, especialmente os de nossa região. Nossa preocupação maior é a de levar boas notícias, qualidade editorial e excelência quanto à forma, linguagem e conteúdo.

Conselho GestorCarlito Paes - Erich Prates - José Luiz Ovando Lázaro Carvalho – Marcos Madaleno

EditoresErich Prates - Mariana Madaleno

Coordenação ExecutivaErich Prates

Jornalista responsávelTalyta Grandchamp – MTB 57.760

RevisoresAline Costa - Wellington Bega

Direção de ArteFelipe Cavalcanti

Projeto GráficoAllan Marcel - Erich Prates

DesignersLucas Anacleto - Júlio César Silva – Wagner Bonfim Fernando Lopes - Evelyn Ribeiro

Fotos Acervo de fotografia Felizcidade

Foto CapaErich Prates

Anuncie(12) [email protected] - Márcio Keske

Informações(12) [email protected] Euclides Miragaia, 548 - Centro – CEP: 12245-820 São José dos Campos - SP

A Revista FelizCidade é uma publicação semanal da Editora Inspire em parceria com a PIB em São José dos Campos.As publicidades contidas nesta edição são de única e exclusiva responsabilidade dos anunciantes, não cabendo a Editora Inspire qualquer obrigação de responder sobre o conteúdo e veracidade de tais peças. Fica também a critério da Editora Inspire selecionar as propagandas que serão veiculadas.O conteúdo e informações contidos nas matérias e artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos articulistas.

CirculaçãoCaçapava, Jacareí, Jambeiro, Paraibuna, São José dos Campos e Taubaté

Impressão Allcor Gráfica

Distribuição3.500 exemplaresProibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia. Para solicitar autorização envie e-mail para [email protected]

Auditagem

__________________________________________________

Diretor ExecutivoMárcio Keske

Diretora de RedaçãoMariana Ceruks Madaleno

Coordenação EditorialViviane Godoy

Gerente FinanceiroNatália Albuquerque

Informações(12) 3911 [email protected]

O Esporte e a Nação

felizcidade.net | 3

@mari_crksfacebook.com.br/mariceruks

Mariana MadalenoEquipe Editorial

www.felizcidade.net

ISSN 1983760-7

Há exatamente uma semana, acompanhamos o encerramento dos Jogos Olím-picos em Londres. A delegação brasileira, que contou com vitórias inéditas e

derrotas em modalidades que muitos consideravam praticamente ganhas, finalizou sua participação em 22o lugar, conquistando 17 medalhas no total.

Nessa edição, você vai ver mais detalhes sobre a participação brasileira, em especial dos atletas que treinam ou são naturais de nossa região. Enquanto isso, no topo da lista, velhos conhecidos: China e EUA lideraram a conquista de medalhas, consagrando-se novamente como “potências olímpicas”. Em contrapartida, o re-sultado brasileiro, ainda que melhor do que a última edição dos Jogos em Pequim, nos faz refletir sobre a atuação do país que abriga a tocha olímpica em 2016.

Tomando como exemplo esses dois gigantes diametralmente opostos em tantas coisas, como suas raízes culturais e regime político, é possível observar em ambos um paralelo entre uma política nacional de incentivo ao esporte, que se estende desde a formação escolar, e a eficiência nos esportes de alta competição. É sabido que o acesso ao esporte é extremamente amplo nos Estados Unidos, bem como na China, apesar das duras críticas à sua metodologia rigorosa para com os atletas. O esporte, em ambos os casos, faz parte da cultura da nação, e anda de mãos dadas com a educação do país. Claramente, há uma diferença entre o esporte competitivo e o chamado esporte de “lazer”, muito mais ligado à qualidade de vida e à cidada-nia. Ainda assim, seria inapropriado dizer que não existem relações entre um país em que o cidadão local pratica, valoriza e aprecia o esporte e a atividade física, e um país que possui atletas de alto nível.

Nossa matéria de capa trata de uma das iniciativas da democratização do acesso à atividade física: as academias ao ar livre, presentes em mais de 60 espaços de nossa cidade e que têm conquistado cada vez mais o gosto das pessoas. Ações como essas, acompanhadas de outras iniciativas como a disponibilização de ciclovias, pistas para corridas e alguns espaços poliesportivos, mostram que o esporte pode fazer parte da cultura e da mentalidade de comunidades, que podem optar por um estilo de vida mais saudável e menos sedentário.

Indo além da esfera desportiva, as Olimpíadas mexem conosco pois dizem res-peito à identidade das nações. Inclusive, suas histórias em muito revelam o cenário geopolítico dos tempos – é só lembrar das famosas Olimpíadas de 36 em Berlim sob o regime nazista, o ataque nos jogos de Munique de 72 contra atletas israe-lenses ou a Guerra Fria escancarada entre os atletas norte-americanos e soviéticos na década de 80. Muitas vezes, os Jogos também evidenciam a diferença social e econômica entre as nações; e essa é uma realidade da qual todos nós deveríamos constantemente nos lembrar.

Assim, também destaco nossa matéria sobre o Senegal, um país que padece com condições precárias de saúde, de liberdade política e religiosa, descrito pelos olhos da brasileira Ivonete Reis, residente e atuante no país há 14 anos. E como somos muitas nações em uma só, também não deixe de ler nossa matéria sobre o perfil da população indígena no Brasil e seus novos e velhos desafios.

Como tantos de nós, após vibrar nos jogos de vôlei, admirar-se com os mo-vimentos da ginástica olímpica, ou prender a respiração durante os segundos das provas de natação, você também tenha saído dessas semanas com a vontade de despertar o atleta dentro de você. Vá em frente! Enquanto isso, esperemos, lutemos e trabalhemos por um país que, mais do que uma potência olímpica, possa galgar muitas outras vitórias.

Aproveite!

Page 4: revista_76
Page 5: revista_76

felizcidade.net | 5

Queremos sua participação no conteúdo da revista FelizCidade. Envie suas sugestões de matérias e faça parte da revista. e-mail: [email protected] ou comente no Facebook. Você pode estar na proxima edição.

Você também pode acessar as edições anteriores da revista FelizCidade pelo site www.felizcidade.net e conferir todo nosso conteúdo.

07 Entrevista Fernanda Cardoso

25 ABAPCreches no apoio a sociedade de SJC09 Gastronomia

Culinária do Vale

26 Meio AmbientePlástico biodegradável11 Universo Masculino

Falando a verdade

28 CotidianoGenéricos conquistam o mercado13 Crer é Pensar...

Planeje seu tempo

29 ModaSlliper, o queridinho da vez14 Pais e Filhos

A lei da palmada

31NacionalÍndios saem das reservas e mudam a forma de viver

15Plano DanielAtividade física para gestante

34 Pense BemCarlito Paes21 Esportes

Balanço Olimpíadas

22 MundoSenegal – contrastes culturais e econômicos

SUMÁRIO

17Academias ao ar livre ajudam na prevenção para envelhecer com qualidade de vida

Negócios “Adorei a matéria sobre os empreendedores, estava pensando em um negócio e esses números me motivaram a seguir pelo caminho que es-colhi. A revista FelizCidade está de parabéns com muitas informações importantes toda semana”.Priscila Marcondes – Técnica de Enfermagem

Amor paterno“A revista Felizcidade esta cada vez mais bonita e interativa, para uma boa leitura. Com assuntos atualizados,  relevantes para nossas vidas,com conteúdo,criatividade,informações gerais. Gostei muito da matéria pais e filhos,mostra o quanto temos que ser equilibrados em to-das as areas de nossas vidas,principalmente quanto se trata da educação dos filhos. Parabéns a toda equipe pela eleboração”.Adriana Lopes - Membro da Igreja da Cidade em Caçapava

Fala leitor!

Page 6: revista_76

Rua Paraibuna, 640 - Tel.: (12) 2139-5822

TODO MUNDO GANHA: Comprando acima de 400 reais, você escolhe um balão e ganha um prêmio exclusivo!Venha estourar o seu!

Estoure aBOCA DO BALÃO

Estoure aBOCA DO

na Dispemec!

Promoção válida para os clientes que comprarem na Dispemec nos sábados, durante os meses de agosto e setembro.

Siga a Dispemec no Facebook: www.facebook.com/Dispemec

www.dispemec.com.br

Page 7: revista_76

felizcidade.net | 7

ENTREVISTA

Da casa BBB para o consultório odontológico

Ao contrário da maioria das crianças, desde pequena, a paixão era ir ao

consultório de dentista das tias. Seguiu o desejo e se graduou em odontologia na Unesp. E a molecagem de criança se man-tém até hoje. Conhecida em todo país por sua participação no Programa Big Bro-ther Brasil, em 2010, Fernanda Cardoso fala sobre a mudança de valores e revela que, se fosse hoje, não entraria na casa. Como era a menina Fernanda?   Não mudei muito (rs); sempre moleca, tive uma infância saudável. Brincadeiras como: queimada, taco, polícia e ladrão fizeram parte de minha vida. Como vai a vida profissional hoje?   Agora, com alguns anos de profissão, gos-to ainda mais. Saio todo dia do consultó-rio e agradeço a Deus por Ele ter me dado este dom. Mudar o sorriso de uma pessoa a ponto de ela ter uma nova vida, tirar a dor, ensinar cuidados para as pessoas terem mais saúde, não tem nada igual! Hoje trabalho todos os  dias no meu con-sultório. Comecei a atender um convênio e o movimento aumentou bastante; estou muito feliz e realizada!     

Como foi a experiência no programa Big Brother Brasil, em 2010?   Foi uma experiência surreal. Fiquei con-finada durante 90 dias, sendo observada e avaliada por milhares de pessoas. Antes disso, fiquei em um quarto de hotel du-rante 10 dias sem contato com absoluta-

mente ninguém, sem TV, telefone, nada. Ganhar o segundo lugar na preferência do público foi único. Sei que o que eles admiraram foi meu jeito, meu caráter, minha determinação, mas, analisando agora, não sou satisfeita pelo exemplo que dei.  

Como iniciou na PIB? E como tem lhe ajudado nesta caminhada?  A igreja foi fundamental como suporte para minha nova vida. Agora busco amadurecer e aprender a cada dia e, quanto mais frequento a igreja, mais preenchida me sinto. É onde louvo, compartilho, congrego, adoro; é onde me sinto realmente acolhida! Sinto a neces-sidade de estar cada vez mais próxima de Deus, o discernimento, a forma de agir e de pensar, pois sei que tenho um Deus Onipresente, Onisciente e Onipotente. Você foi convidada a ser candidata a vereadora por muitos partidos, por que não aceitou?   Fiquei até impressionada quando os convites começaram a aparecer. Algumas questões me intrigaram. Será que era isso que Deus queria? Será que eu realmente poderia fazer alguma coisa pela cidade?

Será que toda a visibilidade foi para esse propósito? Acabei por me filiar ao PSC (Partido Social Cristão) pelos seus ideais. Procurei ouvir conselhos e opiniões, que acabaram por me deixar ainda mais confusa. Orei ao Senhor e pedi que fosse direto e claro comigo, pois não conseguia entender o que Ele queria. E foi Maravi-lhoso, tive minha resposta e hoje me sinto muito aliviada com minha escolha.     Quais são seus planos para o futuro?   Sempre que possível, quero fazer cursos e me aprimorar em minha profissão. Quero casar e ter três filhos (rs). E, o mais importante: quero estar a cada dia mais conectada com Deus e o deixar agir em minha vida.     Se fosse hoje, toparia participar do BBB?   Não. Apesar de através do programa, ter conseguido comprar meu carro, montar meu consultório, fazer minha especializa-ção, entre tantas outras coisas que acha-va que eram inviáveis antes, hoje vejo que com Deus poderia ter conseguido, mesmo que demorasse. Mas não acho que neste momento de minha vida essa seria a forma pela qual Ele iria me abençoar.

Page 8: revista_76
Page 9: revista_76

GASTRONOMIA

A Culinária do Vale do Paraíba

Nossa região tem uma história muito rica e está intimamen-te ligada à culinária do Brasil. Recebemos uma herança

dos índios que habitavam por aqui e utilizavam o milho, o cará, a mandioca, a batata-doce, os animais típicos de nossa fauna e os variados peixes encontrados em nossos rios. Temperos e variedades de carnes, verduras e frutas vieram dos portugueses que cruzaram o Atlântico e trouxeram os sabores do continente africano e das ricas tradições ibéricas.

Das cozinhas de fogão à lenha das fazendas da região, sur-giram o bolo de fubá, a vaca atolada, a canjiquinha, o afogado, a farofa de içá, o pinhão cozido, o curau, o bolinho de chuva e tantos outros pratos típicos.

Os moradores de origem humilde dos primeiros povoados e o descaso dos portugueses em relação ao sul do Brasil nos primeiros séculos da colonização acabaram obrigando os habi-tantes dessas localidades a criarem suas alternativas alimentares com base em produtos característicos da natureza local.  Um exemplo típico dessa capacidade de adaptação local dos primei-ros habitantes do Vale do Paraíba é a Jacuba, uma papa à base de farinha de milho e café de rapadura. Dependendo das cir-cunstâncias, como nos primeiros tempos em que os tropeiros e primeiros colonos se estabeleciam na região, quando a carência

Chef Marco Antonio Pinheiro

e a pobreza eram grandes, a ausência do café era suprimida com a utilização apenas da água adocicada. Entre as alternativas vale--paraibanas, regularmente usadas no passado, estão aquelas rela-cionadas ao que era oferecido aos habitantes da região pelo próprio rio que dá nome à localidade.

O rio Paraíba providenciava peixes e jacarés, que enrique-ciam a mesa dos moradores das vilas recém-estabelecidas. Ca-rentes de carne, que dificilmente chegava nos primeiros séculos e que, quando aparecia, era muito cara para a população empo-brecida que aqui vivia, a alternativa de consumo de peixes era muito interessante.

A utilização de verduras e hortaliças na alimentação local se deu apenas a partir do surgimento regular de produtores e merca-dos nas cidades do Vale. A consolidação de atividades mercantis remonta à segunda metade do século XIX, justamente quando o café atingia o status de “carro-chefe” da economia nacional e im-pulsionava o progresso no estado de São Paulo e, principalmente, no Vale do Paraíba. As receitas mais antigas e tradicionais utiliza-vam especialmente os frutos da terra, os quais derivavam da influ-ência étnica dos portugueses, dos índios e, em menor escala, dos africanos, que em seus pratos típicos utilizavam alguns ingredien-tes de forma recorrente, caso das farinhas de mandioca e de milho.

Modo de Preparo 1. Numa tigela, junte os ovos, a manteiga, o açúcar e o sal e misture muito bem. 2. Acrescente alternadamente à mistura, o leite e a farinha de trigo, mexendo sempre com uma colher. 3. Junte o fermento e misture bem. 4. Numa panela média, coloque bastante óleo e leve ao fogo alto para aquecer. 5. Quando o óleo estiver quente, abaixe o fogo. 6. Com duas colheres de sobremesa, modele os bolinhos. Encha uma das colheres com a massa e passe de uma colher para a outra, até que a massa fique com um formato arredondado. 7. Com cuidado, coloque pequenas porções de bolinhos no óleo quente. Deixe fritar até que os boli-nhos fiquem dourados. 8. Com uma escumadeira, retire os bolinhos e coloque sobre um prato forrado com papel-toalha. 9. Num prato fundo, coloque açúcar e canela em pó e misture bem. Passe os bolinhos por essa mis-tura até envolvê-los completamente. Sirva a seguir.

Receita de Bolinho de chuva

felizcidade.net | 9

Ingredientes 2 ovos 3/4 xícara (chá) de açúcar 2 colheres (sopa) de manteiga 1/2 colher (chá) de sal 1 colher (sopa) de fermento em pó 1 xícara (chá) de leite 2 xícaras (chá) de farinha de trigo óleo de canola para fritar açúcar e canela em pó para polvilhar

Page 10: revista_76
Page 11: revista_76

UNIVERSO MASCULINO

Pr. Jay Gomes

felizcidade.net | 11

Falando a verdade a qualquer custo

“Paz se possível, mas a verdade, a qualquer preço”. Me lembro de ouvir esta frase em uma das minhas aulas

de história eclesiástica, em referência a um dos períodos da igreja, que através da pena desinibida do Frei Martinho Lutero, escreveu-se para sempre outro rumo na história da cristandade. Lá pelos idos de 1.500, enquanto aqui se descobria o Brasil com suas terras, gentes e riquezas, Lutero desafiava os ensinamentos da Igreja na natureza da penitên-cia, da autoridade papal e da utilidade das indulgências, no então distante continente europeu.

Suas palavras se encorparam extraordinariamente, ao escrever e afixar a afamada declaração com as suas 95 teses na porta da capela de Wittemberg, na Alemanha, mais preci-samente no dia 31 de outubro de 1517, dando início assim à célebre Reforma Protestante. Conta a história e a tradição que Martinho Lutero ao ser confrontado pelo assistente do Arce-bispo de Trier na Dieta de Worms, sobre natureza do conteúdo de seus livros e artigos de fé, ele simplesmente respondeu, “Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão (...), pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, por-que fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável (...). Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude”.

A tenacidade da atitude, agregada à veridicidade das pa-lavras de Martinho Lutero afloraram o renascimento de uma igreja compromissada com a índole da verdade espiritual au-têntica e absoluta, em meio a um mundo sôfrego, caracterizado pelo despotismo da hipocrisia, da falsa devoção e da vil mani-pulação religiosa. A verdade, enfim situou-se como um divisor de águas, na forma vigente do homem viver a sua espirituali-dade, fazendo-o escolher - pela fé ou pelos próprios méritos. “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.” (2 Timóteo 1.7 ACR).

Falar a verdade a qualquer custo é desafiador tanto hoje como na época de Martinho Lutero, quando o preço por falar

DICAS MASCULINAS

Falando a verdade em amor “Este livro é sobre como devemos tratar uns aos outros, como trabalharmos juntos, como nos ajudarmos mutuamente. É sobre relacionamentos construtivos: como nos aconselhar-mos e nos encorajarmos. É sobre o que a igreja verdadeiramente é: como crescemos juntos”. David Powlison

a verdade concorria com o risco de ser encarcerado, enforcado, executado à queima roupa ou mesmo queimado vivo e em praça pública. Medo, receio, mau caráter, formação e influ-ência familiares negativas, ignorância, indiferença, problemas de autoestima, maus hábitos, a ação do pecado, conveniência, amor ao poder, represálias e preferências pessoais as mais di-versas, tem sido fatores responsáveis pela ausência da verdade nos bastidores do universo masculino.

Digo bastidores, porque a mentira se apresenta muitas vezes no palco da vida de maneira camuflada, revelando uma meia-verdade acobertada por uma ‘meia-culpa’; uma verdade defasada e deflagrada pela vergonha de um passado doloroso, de um presente lastimoso e um futuro tenebroso. Aos homens, principalmente, se acrescente ainda o fator da dignidade pes-soal. Muitas vezes acobertar a verdade pode parecer mais fácil do que se expor ao holofote da mentira. Assumir o erro e vestir a capa da humildade parece intimidar a muitos. Entretanto, os dividendos desta eleição pela mentira são extremamente devastadores e fatalmente incriminadores, pois a mentira furta a paz, desfalca a integridade, sonega o bem estar e defrauda a eternidade do destino do homem.

O livro sagrado afirma que nem os mentirosos herdarão o reino de Deus. Falar a verdade tem um preço, mas vale a pena ser sua parceira na vida. A prática da verdade é um exercício de transparência para o caráter. Faz bem à alma e ao espírito. Não somos donos da verdade, mas sabemos o que é a verdade e o que não é. Por isso, fale a verdade em amor e com ousadia. Isso não exclui nem desmerece a sua autenticidade como homem ou ser humano.

Recuse-se a viver escondido da própria mentira, com emo-ções falsas, com tolas atitudes ou na intransigência de fúteis pensamentos. Abra o jogo. Fale na hora certa, com a pessoa certa, no lugar certo e da maneira certa, pois falar a verdade inclui um grande benefício – a verdade é libertadora! Promove crescimento. Evita decepção. Protege o coração. É uma ques-tão de honra. “E conhecerão a verdade, e a verdade os liberta-rá” João 8.32. Homens, falemos a verdade a qualquer custo!

Page 12: revista_76
Page 13: revista_76

felizcidade.net | 13

CRER É PENSAR...

Planeje seu tempo

Expedito Junior Mestrando em Engenharia e Geren-ciamento de Sistemas Espaciais pelo

INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Gerente de Engenharia e pro-

fessor de Planejamento de Projetos de Software na UNIP e professor no Curso

de Especialização do SAE-Brasil.

“ATRAVÉS DA FÉ, ORAÇÃO E

MEDITAÇÃO, ESTABELECEMOS

O CANAL DE COMUNICAÇÃO

COM O ATEMPORAL

DE DEUS”

A noção do tempo para o homem é algo inerente ao ser humano. Ben-

jamin Franklin certa vez disse: “Você ama a vida? Então não desperdice tempo, pois dele a vida é feita”. A ideia de contar o tempo surge da capacidade que nós, seres humanos, temos de reconhecer e ordenar a ocorrência dos eventos que percebemos pelos sentidos. Por exemplo, ao observarmos os ciclos do sol nascente e poente, dizemos noite e dia; ao obser-varmos os diferentes momentos de frio e o calor nos meses, contamos o período de um ano; ou ainda, organizamos em nossa mente a sequência em que as coi-sas acontecem no dia: primeiro, se levan-tar, ir ao banheiro e assim por diante.

A ciência, contudo, evidenciou vá-rias vezes que os sentidos, em relação à percepção de tempo, podem nos enga-nar. Um exemplo disso é a percepção de eventos contraditórios. Quem já não ouviu alguém dizer “pareceu uma eter-nidade para mim, mas só durou 5 minu-tos”? Em nossos sonhos durante a noite, vivemos histórias de dias inteiros, mas que correspondem em nossa referência de tempo a apenas algumas horas.

O tempo é uma grandeza física, pre-sente não apenas em nosso cotidiano, mas, também, em diversas áreas cienti-ficas. Não existe uma definição absoluta para o tempo. Na ciência, o tempo é algo bem relativo, não apenas no contexto cronológico, mas também no contexto interno ao próprio paradigma cientí-fico. Assim, define-se o tempo como a grandeza física diretamente associada ao sequenciamento, mediante uma ordem de ocorrência de eventos coincidentes –  eventos estes sempre observados a partir de uma origem referencial.

A Bíblia nos dá um conselho no que se refere ao nosso tempo em Efé-sios 5:15-16: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportu-nidade, porque os dias são maus.” Essas palavras nos impulsionam a uma atitude de otimização do tempo e ao foco. Não podemos andar de maneira insensata, fazendo coisas que não geram resultados em lugar nenhum. Temos que ter uma visão de aproveitar o nosso tempo de forma construtiva e com foco em resul-tados relevantes.

No mundo empresarial, dizemos que “tempo é dinheiro”. Na gestão de projetos, associamos tempo, dinheiro e escopo. Para atingir um determinado resultado, precisamos de tempo e recur-sos financeiros, mas se não tivermos um bom planejamento, fazendo um exercí-cio de sequenciar as atividades e pacien-temente trabalhar para cumpri-las, não obteremos esses resultados.

Um bom planejamento de tempo pode ser ainda melhor quando estabele-cemos uma comunicação com o Regente do tempo, Aquele que sabe o que vai acontecer, pois para Deus não há tem-po. Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia (2 Pedro 3.8). Através da fé, oração e meditação, estabelecemos o canal de comunicação com o atemporal de Deus. Ele nos dará orientações para que possamos definir os resultados a serem atingidos (escopo), como faremos para chegar lá (atividades) e de quais recursos vamos precisar para isso (dinheiro/pessoas).

O bom planejamento do tempo começa com Deus e termina com Ele.

Page 14: revista_76

14 | felizcidade.net14 | felizcidade.net

PAIS E FILHOS

Por Clementino Insfran Junior

A lei da palmada

Alguns leitores desta coluna que, assim como eu, já tiveram o privilégio de usufruir mais de trinta primaveras devem

ter saudosas recordações de sua infância.Não raro, em conversa de amigos, nos lembramos de coisas

que nos marcaram no passado como: lugares, gostos, cheiros, sentimentos, elementos que remetem a nossa formação como pessoa. Os tempos eram outros, a estrutura familiar era mais rígida e respeitada. Escola e igreja eram locais respeitados, havia uma reverência aos mais velhos. Me lembro muito bem das vezes em que eu fui disciplinado, e não foram poucas, ne-nhuma delas, porém, me trouxeram traumas. Eram disciplinas necessárias e não exageradas.

Russel P. Shedd, em comentário ao Livro de Provérbios 22.15, inserido na Bíblia Shedd, nos ensina que: “Disciplina. A arvorezinha ainda pode ser endireitada, o que se torna im-possível depois de grande.”

As palmadas que eu recebi formaram o meu caráter, meu senso de limite e de responsabilidade e, de nenhuma maneira, me prejudicaram; elas me endireitaram.

Não estou aqui apoiando o uso descontrolado de força e agressão, física e psicológica, não é esse o caso.

O que não admito é que o governo venha intervir no modo como eu tenho que educar meu filho. Por acaso, não serei eu, pai, o mais interessado na educação do meu filho(a)? Não sou eu quem convive e sabe naquilo que devo aperfeiçoar a sua educação, em que e como corrigi-lo? Quero poder corrigir, para que ele não seja corrigido pela Fundação Casa!

O estado, naquilo que lhe cabe, o faz de maneira precária: professores apanham em sala de aula, monitores são ameaça-dos, falta estrutura, falta educação, falta disciplina.

Pois bem, desde 2010 está em trâmite na Câmara dos De-putados o Projeto de Lei 7.672/2010, conhecido como a “Lei da Palmada”, acordada entre Brasil e ONU em 1989 pela Assem-bleia Geral das Nações Unidas.

A Lei da Palmada visa alterar o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que já menciona “maus-tratos”, mas não especifica quais castigos não podem ser aplicados pelos pais ou responsáveis. As alterações alegam que “a criança e o ado-

lescente têm o direito de serem educados e cuidados. A corre-ção, disciplina e educação não pode ser feita através de castigo físico ou de tratamento cruel e degradante, tanto pelos pais, como pelos integrantes da família ampliada, pelos responsá-veis, pelos agentes públicos. Cabe a eles cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los”.

Como pai não concordo com a Lei da Palmada, pois anda na contramão daquilo que acredito como princípio da educa-ção familiar, que é o pai dar uma boa educação aos seus filhos para que, assim, reflitam quando adultos a educação de sua infância e sejam maduros no futuro.

Não tenho interesse em terceirizar a educação e a disci-plina da minha filha, acredito sinceramente que sou eu quem deva ensiná-la, discipliná-la, educá-la e principalmente, amá--la incondicionalmente.

Quero ter o direito de expor a minha filha a Verdade Eter-na em que eu creio, sem que isso seja considerado atentado à integridade psíquico-emocional dela. Existe um provérbio Bíblico que assim nos ensina: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” Provérbios 13.24.

Eu amo a minha filha e, por amor a ela, não quero perder a autoridade de discipliná-la e ensiná-la no caminho em que deve andar.

Page 15: revista_76

felizcidade.net | 15

PLANO DANIEL

Atividade física na gestaçãoPor Felipe Lobo

Inicialmente, é preciso esclarecer uma dúvida muito frequen-te: quando a gestante deve iniciar a prática de atividade físi-

ca? Sempre após a permissão médica por escrito. O que se deve evitar são as adaptações (estímulos novos)

nesse período gestacional, já que o bebê está em formação e toda a energia deve ser direcionada para a ele. Após o terceiro mês, o bebê já está praticamente formado e, daí em diante, apenas cresce e desenvolve o que já está pronto. Logo, se a gestante era sedentária, deve iniciar a prática de exercícios so-mente após o terceiro mês de gestação. Se já praticava alguma atividade física antes de engravidar, deve continuar com ela no primeiro trimestre, a não ser que se trate de alguma atividade

de risco para a gestação. Se a mulher pratica-va outra atividade física e quer mudar de

modalidade, deve fazer isso só depois do terceiro mês da gestação.

É necessário a todas as gestantes um trabalho corporal a cada trimestre da gestação, para facilitar a adequação às alte-rações que ocorrem nesse período. Uma melhor capacidade cardiorrespiratória facilita a realização das atividades domés-ticas; uma melhoria das condições musculares e esqueléticas ajuda na adaptação às mudanças posturais e no trabalho de parto. Além disso, é de extrema importância a autoestima, a convivência com outras gestantes e os sentimentos de segu-rança e de felicidade.

Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento mus-cular, protegendo, assim, as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés e das mãos.

As mulheres que já praticavam atividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo podem continuar as ati-vidades após adaptação para seu novo estado. Se não houver problemas, os exercícios podem continuar até o parto, em-bora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas em 40 dias. No caso de cesárea, o médico avalia cada caso. As atividades físicas mais recomendadas às mulheres grávidas são:

Caminhada: é muito bom para a preparação do parto, já que melhora a capacidade cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos. Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são liberadas durante a gestação. Hidroginástica: é a mais indicadas para as gestantes! Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxa-da e o controle da respiração

Musculação: feita de forma individualizada, auxilia na prevenção de lesões e sobrecargas articulares.

Page 16: revista_76
Page 17: revista_76

CAPA

Cidades da região investem na qualidade de vidaFAzEr ExErcícIos nEssEs APArElhos trAz bEnEFícIos PArA toDAs As IDADEs

Elas surgiram tímidas e causaram curiosidade no início, mas conquistam cada vez mais seu espaço. Elas aparecem em praças, parques, pequenos espaços verdes e são coloridas pelas barras e equipamentos que tomam seu lugar em

meio à natureza. As academias ao ar livre surgem como uma saída para o sedentarismo, que toma conta de grande parte da população. A sociedade moderna protagoniza um cenário preocupante, que mostra 48% dos brasileiros aci-ma do peso. Com boa alimentação e exercícios, é possível mudar esses dados, basta força de vontade para cuidar do corpo e alcançar a longevidade que atualmente atinge 7,4% da população brasileira. Com equipamentos para todas as idades, de crianças a idosos, as academias ao ar livre chegam como uma saída, que não se encaixa em desculpas de fal-ta de tempo ou dinheiro. Elas estão ali, basta se conscientizar e usar! Vamos nos mexer para envelhecermos com saúde.

Page 18: revista_76

CAPA

Vermelhas, amarelas, verdes, de ferro, em vários formatos e em um espaço verde de fácil acesso, as-

sim as academias ao ar livre são vistas por quase todas as cidades da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte. Só em São José dos Campos, são mais de 60 em todas as regiões e contam com professores que orien-tam qual é a forma correta de fazer os exercícios.

Esses equipamentos podem ser usados por todas as faixas etárias, desde crianças a idosos, para musculação, ginástica e alongamento.  Com design moderno e arro-jado, os aparelhos suportam ações climáticas e propor-cionam aos usuários uma melhor qualidade de vida. A maioria delas é equipada com barra fixa, roda de om-bros, elíptico mecânico, massageador duplo, along flex, peitoral duplo, remador, paralela dupla, twisth lateral, simulador de caminhada e torre de elevação de braços.

Essa ferramenta importante chega em um perío-do em que hábitos alimentares ficam cada vez mais defasados, com fast foods e produtos industrializados consumidos em longa escala.

Os dados de obesidade em todo mundo tem se tor-nado alarmantes. Os Estados Unidos já começa a fazer mudanças radicais para tentar reverter o problema. Aqui no Brasil, a situação já é preocupante. O último estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, referente a 2011, indica que 48,5% da população brasileira está acima do peso.

Entre os homens, o problema começa entre os 18 e 24 anos, já nas mulheres, dos 35 aos 45 anos.

Envelhecendo com saúde Os últimos dados do IBGE mostraram que a expectativa de vida dos brasileiros cresceu de 48 para 73 anos em média. Em uma população de mais de 190 milhões de pessoas, os idosos representam 7,4%.

São José dos Campos tem 48 mil idosos, aproxima-damente 37% da população, e Taubaté, 31 mil idosos, uma média de 49% dos taubateanos.

Esses dados são um reflexo da melhoria de vida no país, com saneamento básico e vacinas, que ajudam para melhor condição de vida, mas isso não quer dizer que estejamos mais saudáveis.

Envelhecemos desde que nascemos, por isso é neces-sário que o cuidado com a saúde esteja sempre incluso em nossa rotina diária. “Boa alimentação, exercícios físicos ao menos três vezes por semana e exercícios tam-bém para mente, nada pode ficar parado, senão atrofia. Na linguagem popular: ‘se não usa, enferruja’. Tomar bastante água também é muito importante. Quando envelhecemos, perdemos um pouco da vontade de ingerir água, precisamos ter o hábito, pois ela faz um bem e tan-to”, explica a geriatra Regina de Almeida Vasconcelos, médica da Casa do Idoso em SJC.

“As academias ao ar livre são excelentes ferramentas, pois possibilitam qualquer pessoa a se exercitar. Não basta envelhecer, é bom pensarmos em chegar aos 70 com saúde e qualidade de vida. Por isso a prevenção é tão importante para todos nós”, finaliza a geriatra.

52,6%

44,7%Mulheres acima do peso

Homens acima do peso

Page 19: revista_76

Academias ao ar livre na região

são José dos campos: total de 6421 – zona Leste15 – zona Sul10 – zona Norte 7 – zona Central 5 – zona Oeste 5 – zona SudestePIB – Campus Colina – Km 145 da via Dutra, sentido Rio.

Taubaté: total de 9Caçapava: total de 13São Sebastião: total de 3Campos do Jordão: total de 6

As academias funcionam com monitores de segunda à sexta das 7h às 10h e aos sábados das 7h às 10h.

A hora da viradaSe você não tem esses hábitos, é melhor correr atrás do prejuízo. Principalmente se está na casa dos 30 anos. É nessa fase que as mudanças corporais se acentuam. Há muitas mudanças, como perda de elastina e de colágeno da pele, tornando-a mais fina e sensível às agressões ambientais. “Também ocorre a lipossubstituição, ou seja, o aumento progressivo da proporção de gordura corporal e a perda de massa muscular. Nas mulheres, a principal mudança se dá na perda de massa óssea - aproximadamente 0,5% é perdida até a menopausa”, informa o geriatra gaúcho Ro-dolfo Schneider, professor da PUC-RS.

As articulações também sofrem, já que perdem lubrificação - o que causa alterações neurológicas de percepção, ou seja, a pessoa demora mais a reagir a estímulos. Come-çam os processos de calcificação de alguns ligamentos de sustentação das vértebras e endurecimento dos discos intervertebrais. A terceira década sinaliza as perdas que serão potencializadas na fase seguinte. É, portanto, um ótimo período para montar um progra-ma preventivo, que incluirá, segundo Sch-neider, a realização de exames para detecção de características genéticas presentes em pa-rentes de primeiro grau, como hipertensão, cardiopatia isquêmica, diabetes, dislipidemia e osteoporose.

Segundo Mônica Dalmácio, do Conselho Regional de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro, o cardápio também precisa ser refor-çado para limitar ou prevenir danos ao orga-

nismo, com carnes magras como filé, lagarto e patinho, frango sem pele e peixes de carne magra e de água fria, como salmão e atum. Esses alimentos preservam massa muscular e, com isso, mantêm o consumo energético. Claro, sem deixar de lado os vegetais em geral, importantes fontes de vitaminas e minerais.

Nesta faixa etária, a palavra de ordem é adquirir flexibilidade, segundo Alexandre Menegaz, coordenador de Educação Física do Projeto de Atendimento ao Obeso, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas de São Paulo. Deve-se aumentar a prática do alongamento após os exercícios, fundamental para prevenir torções, dores

musculares e o encurtamento dos músculos, que leva a inflamações nos tendões e articula-ções. A partir dos 25 anos, a mulher perde 1% da capacidade aeróbica por ano de vida e os exercícios regulares atenuam essa queda. 

E todos esses cuidados com alimentos e exercícios devem ser tomados em todas as fases da vida. Com as academias ao ar livre, os riscos de lesões são quase zero. Já que não há carga de peso, basta pedir orientações ao pro-fissional para fazer todos os exercícios corre-tamente. Não há idade, condição econômica ou falta de tempo que sirva como desculpa para ficar parado. Mexa-se antes de se arre-pender e envelheça com saúde.

Page 20: revista_76
Page 21: revista_76

felizcidade.net | 21

O Brasil fechou as Olimpíadas com o melhor resultado se comparado a 2008 em Pequim quando conquistou ape-

nas 15 medalhas. Nesse ano, foram 17 no total: três de ouro, cinco de prata e nove de bronze, com participação de 259 atle-tas. Cerca de 10% deles representam, de certa forma, o Vale do Paraíba e o Litoral Norte.

Esportes como natação e atletismo, que poderiam trazer mais medalhas, desta vez deixaram a desejar.

Na natação, apenas uma prata de Thiago Pereira (400m medley) e um bronze de César Cielo (50m livre). Duas competidoras foram representar nossa região. Fabíola Molina, aos 37 anos, perdeu tempo na virada dos 100m costas e ficou já nas eliminatórias, a joseense, que mora atualmente nos Estados Unidos com o marido, não sabe se vai participar das Olimpíadas em 2016. Daynara de Paula, natural de Manaus, foi criada em Jacareí e eliminada na rodada classificatória dos 100m nado livre, ficando com o 26o tempo.

No atletismo, pela primeira vez desde 1992, os brasileiros ficaram sem medalhas. As favoritas Fabiana Murer e Maurren Maggi sequer passaram para a final, e, nas provas de pista, o máximo que o país conseguiu foi um sétimo lugar com o revezamento feminino. A maratonista Adriana Aparecida da Silva conquistou a 47a posição, com o tempo de 2h33m15s não conseguiu nem atingir o recorde pessoal, mas conta como experiência para 2016.

O judô teve o melhor resultado, com quatro medalhas e sexta classificação geral. Leandro Cunha, de São José dos Campos, apesar de ser o atual sexto colocado do ranking

mundial, perdeu a primeira luta para o polonês e a chance de conquistar uma medalha. Sarah Menezes conquistou o único ouro da modalidade. O Handebol também ficou pelo caminho. Nas quartas de final, depois de abrir seis pontos de vantagem, a equipe da Noruega, atual Campeã Mundial, virou o jogo. Na equipe brasileira, estava Fabiana Carvalho Diniz de Guaratinguetá.

O lutador de taekwondo Diogo Silva, de São Sebastião, ficou desanimado depois de duas derrotas apertadas e polêmicas na disputa pelo bronze, na semifinal e não garantiu sua participação em 2016.

O boxe foi o esporte que surpreendeu com a melhor campanha na história depois de 44 anos. Os atletas que treinam em SJC, Everton Lopes e Roseli Feitosa, apesar dos títulos Mundiais, não conquistaram medalhas. Os melhores resultados ficaram com Esquiva Falcão (prata), Yamaguchi Falcão (bronze) e Adriana Araújo (bronze), na primeira participação da categoria feminina do esporte.

Para em 2016, no Rio de Janeiro, surpreendermos ainda mais, precisamos que o esporte regional e nacional seja visto com bons olhos. Resta esperar.

ESPORTES

AtlEtAs DA rEGIÃo nÃo sE DEstAcAM E PrEFErEM PEnsAr nAs DErrotAs coMo ExPErIÊncIA PArA 2016

Dezessete medalhas: esse é o resultado do Brasil nas Olimpíadas de 2012

Page 22: revista_76

22 | felizcidade.net

MUNDO

o PAís AFrIcAno MostrA FortE contrAstE EconÔMIco E cUltUrA DIVErsIFIcADA

Senegal pelos olhos de uma brasileira

Sol escaldante. No inverno, o vento traz a areia que gruda nos rostos. As

crianças não têm roupas suficientes para se aquecer. A alimentação é feita com as mãos, as mesmas que não podem ter as unhas cortadas, porque a tradição diz que, se cortarem as unhas, as crianças serão ladras. Todas as refeições são feitas em comunidade, com arroz quebrado, muito alho e cebola para rechear o peixe e poucos legumes. Tudo isso mergu-lhado em muito óleo em uma panela grande adaptada em cima de um botijão de gás.

Para servir, eles colocam a mistura em grandes tigelas, como fatias, e cada um come sua parte sempre com as mãos. Como Joal é a cidade com o maior porto artesanal, de lá seguem os peixes para várias cidades, transportados nos bancos dos carros. A sardinha e o arroz são as principais fontes de alimentação nas cidades pobres. Mas não é só a cozinha que é para todos, o banheiro (buracos no chão, cercados por um barraco) também é coletivo.

aonde foi para prestar ajuda huma-nitária, e ainda se choca com algumas situações. “As crianças em prantos ficam amarradas nas costas das mães, que andam pelas ruas no sol escaldante, pe-dindo esmolas. As mães são desnutridas, muitas morrem no parto. Depois que amamentam os bebês, eles se alimentam da mesma comida que os adultos, muitos deles sofrem com a desnutrição. Por isso, iniciei um trabalho com palestras para ensinar a elas a importância de uma boa alimentação”, conta ela.

Lá já existe água potável, mas o cos-tume antigo não permite a higiene. As mulheres colocam a água em grandes potes e lá mergulham os copos, levando contaminação para toda água.

“Como 98% são muçulmanos, muitas crianças são entregues aos ‘Marabus’ (líderes feiticeiros) para aprenderem o alcorão, todo em árabe, e são espancadas quando não conseguem ler corretamen-te. Os ‘Baifales’ (ligados ao Tuba, como Santos para eles) pedem dinheiro a todos, roubam e usam drogas. O período do Hamadã, pelo qual estão passando agora, é o mais difícil. Um alto-falante avisa o momento da oração na Mesquita (o tem-po todo). Nesse período, durante a noite, eles comem muito e, assim que o sol nas-ce, não podem se alimentar e nem mesmo engolir a saliva. É um período de grande opressão. A tradição deles também man-tém a cultura de poligamia, quando uma esposa está grávida a outra descansa, mas todo ano nascem crianças em cada famí-lia”, relata Ivonete.

Page 23: revista_76

felizcidade.net | 23

Histórico O Senegal ocupa a área mais ocidental do continente africano 196.722 km2 - extensão700 km de faixa marítima frente ao oceano Atlântico4 países fazem divisaEstação seca entre novembro e junhoEstação chuvosa entre junho e outubro1.700 km - rio “Senegal”, ao norte  750 km - rio “Gambie”   300 km - rio “Casamance”, ao sul

Principais riquezas• Exploradas do subsolo • Fosfatos - das regiões de “Thiès” e “Matam” • Calcário - em “Bargny”• Gás natural  - de Diamniadio• Ferro, mármore e ouro - no sudeste do país* fonte: Consulado brasileiro no Senegal

DadosCerca de 12 milhões de habitantes moram no país, caracterizado por um crescimen-to anual intenso de 2,5% e por uma divi-são geográfica bastante desequilibrada.

A região de Dakar, que ocupa 0,3% do território nacional, abriga 22% da po-pulação total do país e concentra mais da metade (53%) da população urbana. Em um país de 12 milhões de habitantes, onde 53% da população tem menos de 20 anos, a educação e a formação são priori-tárias e o Estado do Senegal a elas consa-gra 40% de seu orçamento. A taxa bruta de escolarização é estimada em 86%, e o estado se interessa especialmente pela educação feminina, sendo que a Univer-sidade de Dakar é a mais antiga da África francófona.

O Senegal possui vinte etnias que vivem em perfeita harmonia.

43% “Wolofs” 25% “Haalpulaar” que reúnem os

“Toucouleurs” e os “Peuhls”14% “Sérères” 4% “Mandingues”  e “Bassaris”5%  “Diolas” e as outras etnias

do sul do país* fonte: Consulado brasileiro no Senegal

A população do Senegal é 98% mu-çulmana, dividida entre diversas con-frarias religiosas: “Tidjanos”, “Mouride”, “Quadiriya” e “Layenne”. As minorias cristãs e animistas representam respecti-vamente cerca de 4% e 1% da população.

Ivonete implantou desde 2005 uma escola maternal de extrema necessidade, em Joal, para as crianças. “Lá elas apren-dem não só o necessário, como ter higiene, comer em seus próprios pratos com talhe-res, como podem usar o banheiro indivi-dual; muitas delas esperam o dia todo por esse momento. Também aprenderam a escovar os dentes. O costume deles é es-covar os dentes a partir dos 12 anos com pauzinhos que se abrem e formam fibras. Com tantos benefícios, as famílias muçul-manas têm permitido que a escola ensine a Bíblia, e que falemos de Jesus para os filhos”, finaliza ela.

Etnias mais representativas são:

Page 24: revista_76
Page 25: revista_76

As Creches Flamboyant e Primavera apoiam a comunidade alinhadas aos propósitos educativos da Educação Infantil

da Rede Municipal de São José dos Campos, baseados na teoria sócio-construtivista-interacionista, com o conhecimento visto como construção da reação do indivíduo com o meio físico, social e na sua ação sobre ele.

As crianças, entre 0 e 5 anos, têm todo suporte nos princí-pios filosóficos, epstemiológicos, sociais, emocionais e éticos. Tudo pensando no desenvolvimento, humanização e bom trabalho. A prática educativa almeja a formação integral dos alunos nos seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. A função educativa da Creche complementa a ação da família e portanto leva em conta a cultura, os valores da família e da comunidade na qual está inserida, respeitando sempre as carac-terísticas e necessidades de cada criança e as da sua faixa etária.

A creche tem como critério atender as crianças cujas mães exercem atividade remunerada, seguindo a classificação de renda definida pela Secretaria Municipal de Educação. As fa-mílias são de bairros próximos ou mesmo trabalham por perto. O atendimento às crianças é realizado em período integral, das 7h00 ás 17h00 sendo no período da manhã aulas e no período da tarde oficinas lúdicas.

A PIB em São José dos Campos através da ABAP é a grande apoiadora do projeto das Creches Flamboyant e Primavera e tem sido norteadora do avanço deste departamento, não só financeiro, mas também participativo, impulsionando para novos horizontes para que a qualidade do trabalho alcance cada vez mais crianças, contribuindo de forma significativa para uma melhor sociedade.

Apoio social de creches em SJCOS CRÉDITOS PODEM CONTRIBUIR PARA PROJETOS SOCIAIS

Princípios:• Respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, preservando suas características etárias e atendendo suas necessidades básicas;• O direito das crianças a brincar de forma particular de ex-pressão, pensamento, interação e comunicação infantil;• O acesso das crianças ao saber e aos bens sócio-culturais dis-poníveis, ampliando o desenvolvimento, à interação social, ao pensamento, à ética e a estética;• A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem descrimi-nação de espécie alguma;• O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevi-vência e ao desenvolvimento de sua identidade com autono-mia;• Condições para que a criança desenvolva harmoniosamente a sua personalidade e possa ser uma pessoa feliz na sociedade.

Respeitando as crianças e adultos fazendo da Creche um am-biente sócio-moral um espaço de descoberta, discussão, cons-trução e reconstrução de conhecimentos.

felizcidade.net | 25

ABAP – Associação Beneficente de Ajuda ao Próximo Registro de Utilidade Pública Municipal: Lei n° 5.758 de 05 de outubro de 2000.

Registro de Utilidade Pública Estadual: Lei nº 13.520 de 29 de abril de 2009.Avenida Deputado Benedito Matarazzo, 8333. Vila Betânia - São José dos Campos/SP.

ABAP

Contato: (12) 3923-1544 www.abapsjc.org.br

Contribua para a continuidadedos projetos.Banco Bradesco: Agência: 2858-4 Conta Corrente: 19780-7 CNPJ da ABAP 01.372.496/0001-97

Page 26: revista_76

26 | felizcidade.net

MEIO AMBIENTE

Plástico: um dos vilões do século pode ser transformado em biodegradávelA CANA DE AÇÚCAR MOSTRA MAIS UM DE SEUS BENEFÍCIOS PARA O MEIO AMBIENTE

No caminho pela sustentabilidade há mais de dez anos, a empresa PHB Industrial iniciou a produção do “biocycle”,

um plástico biodegradável feito com açúcar de cana. A tecno-logia mostrou resultados muito positivos, mas ainda não está no custo ideal para competir com os plásticos convencionais. A corrida agora é conseguir uma produção em escala indus-trial. O ideal seria uma parceria da empresa com a indústria petroquímica, afirma Roberto Nonato, engenheiro de desen-volvimento da PHB, “Estamos tentado isso há alguns anos, mas o pessoal do petróleo não costuma conversar com o pessoal do açúcar”, disse. História do produto O plástico biodegradável começou por meio de parceria entre a Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Es-tado de São Paulo (Copersucar) com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo. Dessa junção saiu o pri-meiro produto com características físicas e mecânicas pareci-das com as resinas sintéticas como o polipropileno, só que este usa apenas açúcar fermentado por bactérias naturais do gênero alcalígeno.

Em 1994, uma planta piloto foi instalada na Usina da Pedra em Ribeirão Preto. Em 2000, foi criada a PHB Industrial e a tec-nologia passou a pertencer ao Grupo Pedra Agroindustrial, de Serrana, e ao Grupo Balbo, de Sertãozinho.

Com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e auxílio de pesquisadores da Uni-versidade Federal de São Carlos (UFScar), a empresa desenvol-veu a tecnologia de produção de pequenas pastilhas cilíndricas feitas com uma mistura de PHB e fibras naturais, matéria-pri-ma usada pela indústria transformadora para produzir uten-sílios de plástico. “Inicialmente, nos preocupamos apenas em desenvolver o PHB e achávamos que a indústria transformadora faria o resto, mas, quando você chega com uma resina nova ao mercado, ninguém sabe como processar. Percebemos que era preciso ir além”, disse Nonato.

A técnica de misturar PHB com fibras vegetais trouxe outra vantagem: a redução do custo. Enquanto o quilo do polipro-pileno custa em torno de US$ 2, o quilo do PHB sai por volta de US$ 5. “Se você mistura com pó de madeira, por exemplo, barateia o produto e dá a ele características especiais que podem ser interessantes”, explicou o engenheiro.

Page 27: revista_76

felizcidade.net | 27

Multiutilidades Além de ser uma ótima notícia, essa substância PHB pode substituir muitos materiais que, à primeira vista, podem pa-recer no mínimo esquisitos. É um material duro que pode ser usado na fabricação de tampas de frascos, canetas, brinquedos e potes de alimentos ou de cosméticos. Também pode ser apli-cado na extrusão de chapas e de fibras para atender a indústria automobilística. Serve ainda para a produção de espumas que substituem o isopor. “Desenvolvemos diversas aplicações para o polímero em cooperação com outras empresas. A indústria automobilística, por exemplo, nos procurou para testar o PHB e vimos que o polímero era viável para a fabricação de peças do interior dos carros. Mas, como ainda não temos condições de produzir em escala industrial, não conseguimos entrar no mer-cado”, disse Nonato.

Também pode ser usado na fabricação de embalagens para alimentos, cosméticos e outros produtos oleosos que são de difícil reciclagem.

Exemplo internacional A empresa já produziu em pequena escala para painéis de tratores, mesmo o painel sendo mais barato que o feito com plástico convencional, não foi viável a continuação, já que a empresa ainda não tem capacidade para produção em grande escala. Enquanto no Brasil o mercado para o PHB é restrito a nichos interessados em fabricar produtos com apelo ecológico a um preço mais elevado, na Europa a busca por produtos bio-degradáveis é grande, segundo Nonato. “Na Europa, a agricul-tura hidropônica é forte e a legislação ambiental é rígida. Usa-se muito material biodegradável em estufas”, contou. Sustentável Os produtos feitos à base de PHB se decompõem em 12 meses e liberam apenas água e dióxido de carbono, enquanto os plás-ticos tradicionais levam mais de cem anos para se degradar.

“O mercado existe e nosso produto está pronto. O que falta é um canal para chegar ao mercado e um pouco mais de investi-mento”, disse.

Page 28: revista_76

28 | felizcidade.net

COTIDIANO

os PrEÇos AtÉ 65% MEnorEs Do QUE os Dos ProDUtos DE rEFErÊncIA sÃo DEtErMInAntEs

Em 10 anos, genéricos atingem 24% das vendas de medicamentos

65% 24% 25

Quando surgiram, há 10 anos, os genéricos eram respon-sáveis por 5,7% das vendas do setor de remédios. Apesar de muitos laboratórios conceituados apostarem que eles não cairiam no gosto da população por não serem o nome de divulgação do medicamento, a participação dos genéricos quadriplicou nessa década.

Com preços até 65% abaixo dos medicamentos de nomes conhecidos, de acordo com o Ministério da Saúde, os gené-ricos respondem por 24% da fatia de vendas nesse mercado atualmente.

O coordenador do Programa Farmácia Popular, Marco Aurélio Pereira, acredita que o aumento vem ocorrendo desde o lançamento da política de medicamentos genéricos em 1999. “Com a quebra de patentes, o mercado brasileiro de genéricos tem crescido ano a ano e isso significa que a sociedade tem acesso a um medicamento com a mesma qualidade e segu-rança do medicamento que surgiu primeiro e com custo muito menor”, disse Pereira.

Além de gerar economia para o bolso do consumidor, a aquisição de remédios a preços mais acessíveis gera, para o ministério, economia no orçamento, o que facilita a amplia-ção da quantidade de produtos da lista de medicamentos. Para as farmácias particulares que têm convênio com o SUS, a ampliação do leque de opções atrai um número maior de consumidores e aumenta o lucro dos estabelecimentos.

Essa economia para o governo tem permitido a ampliação significativa de medicamentos ofertados de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde também nas farmácias privadas por meio do Programa Aqui Tem Farmácia Popular. Desde o início do programa, em 2006, o número de medicamentos ofertados cresceu de oito para 25 itens para combater especifi-camente diabetes, problemas de pressão e asma.

preços abaixo dos remédios conhecidos

da venda total de medicamentos no Brasil

itens gratuitos disponíveis para diabetes, pressão e asma

Page 29: revista_76

felizcidade.net | 29

slIPPEr, o noVo sAPAto QUErIDInho DA EstAÇÃo

MODA

O que está na moda?

O hit do momento dentre os sapatos da estação é o Slipper. A inspiração e o nome são referência àqueles

chinelos macios de usar em casa com pijama - muito vistos em filmes americanos quando se sai à porta de casa para pegar o jornal e o leite pela manhã. Alguém se lembra de uma cena assim?

Esse tipo de sapato também era usado pelas famílias ricas da Inglaterra em seus aposentos, por volta do século 15. Mas os Slippers de hoje são bem mais moderninhos! Ainda bem, não é?!

O modelo aparece em todas as marcas de calçado e já virou moda entre as celebridades e também nas ruas. Para quem gosta de conforto nos pés e quer variar um pouco a sapatilha, o Slipper é a alternativa da vez.  Principalmente nessa época do ano em que ainda não nos despedimos do inverno, mas o calorzinho já começa a dar o ar da graça.

Super despojado, combina com short, saia, vestido e calça e tem para todos os gostos: dos mais clássicos em couro e cores sóbrias, aos mais modernos com estampa animal e até glitter!

Fica lindo em looks formais, com uma calça, por exemplo, e pode ser usado para ir ao trabalho. Se combinado com um short ou saia, garante estilo ao visual do final de semana.

Se você é fã do look básico, trabalha em um ambiente que exige essa formalidade e quer variar um pouco ou dar um tom alegre no seu visual, a dica é acrescentar um Slipper colorido. Você continua clássica, mas com um toque de ousadia.

Na próxima edição, ensinaremos como usar o Slipper.Para mais dicas de moda acesse www.glammais.com.br

Por Paula Talmelli

som

eday

.com

.br

Page 30: revista_76
Page 31: revista_76

felizcidade.net | 31

Os dados do Censo/ IBGE apontam que o Brasil tem 896,9 mil índios divididos em 305 etnias, que falam 274 línguas

diferentes. O resultado surpreendeu os técnicos que imagina-vam ser 220 etnias e 180 línguas.

Esse raio-x do território indígena, feito pela primeira vez, mostra que 380 mil índios vivem fora de terras próprias e 517 mil ocupam as 505 terras demarcadas regularizadas até dezem-bro de 2010.

Na regiãoOs índios Guaranis estão na região desde o século XIX. Vindos do Paraguai, depois foram para o Paraná, Paraty e pararam em Ubatuba na aldeia Boa Vista. Uma briga com fazendeiros os afastou de lá. Anos mais tarde, a Funai doou a área alvo das brigas de 801 hectares para os Guaranis. Atualmente, vivem, em média, 250 índios na área, que já conta com energia elétrica captada por placas solares. Até mesmo máquina de lavar já chegou por lá.

O alimento principal sempre foi milho, mandioca e bana-na, mas, como não há plantação suficiente para toda tribo, eles se alimentam de comidas compradas na cidade. As índias saem logo cedo, com suas crianças, e seguem de ônibus para Paraty, onde vendem seus artesanatos.

Apesar de algumas modernidades, é o cacique Miguel que continua a dar ordens. As crianças aprendem primeiro a língua tupi-guarani e, só depois de adultos, aprendem a falar e escre-ver o português. A questão espiritual também é resistente, mas, há cinco anos, grupos evangelísticos trabalham para levar os ensinamentos da Bíblia até eles. Há pouco tempo, um grupo de americanos esteve na tribo, liderado por Diana Kurley, da Pri-meira Igreja Batista em SJC. “Eles gostam de onde estão e pro-curam manter suas origens. Apesar disso, já nos recebem com mais tranquilidade. A comunicação é fácil, já que a maioria dos adultos fala português”, disse Diana.

A população indígena de Ubatuba/Paraty representa 8% do total do estado de São Paulo.

NACIONAL

Censo aponta que 40% dos índios vivem fora das reservas

EtniaA etnia Tikuna, que se concentra no Amazonas, é a mais nu-merosa do País. Com 46 mil habitantes e sua grande maioria (85,4%) moradora de terras indígenas. Em segundo lugar, estão os Guarani Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, com 43,4 mil habitantes, sendo 81,2% instalados em terras próprias.

A análise das 505 terras indígenas regularizadas mostra que seis delas têm população de mais de 10 mil índios. A terra mais populosa é a Yanomami, localizada nos Estados de Amazonas e Roraima e que reúne 25,7 mil indígenas.

Língua nativaO Censo 2010 mostra que apenas 16% dos indígenas de todo Brasil não falam português. Nas terras indígenas, 27,9% dos moradores não falam português e, fora das terras, apenas 2%. Um percentual muito baixo que mostra que, embora lutem para preservar suas características, algumas mudanças têm acontecido.

Crescimento indígenas no Brasil

*fonte: Censo/IBGE 2010

60% vivem nas reservas indígenas

40% estão fora das reservas indígenas

1991 34,5%

200063,5%

2010 80,5%

Depósito BetâniaMateriais para Construção

Tel: (12) 3907-6786e-mail: [email protected]

Estrada do Bairrinho, no 1.300 - Santa Hermínia - São José dos Campos-SP

nA rEGIÃo, AlGUns PErMAnEcEM nAs tErrAs InDíGEnAs, MAs A ForMA DE VIVEr tEM sE MoDIFIcADo

Page 32: revista_76

32 | felizcidade.net32 | felizcidade.net

PARA INSPIRAR

EM NOTA

Investimento em sJc O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou investimentos em habitação e saneamento para São José. O pacote totaliza R$ 177,9 milhões. O projeto prevê a construção de 1.317 unidades pela CDHU e deve atender as famílias do Pinheirinho. O prazo para entrega é de 15 meses. Também tere-mos investimento no saneamento básico de R$ 80,4 milhões, que vai elevar a coleta de esgoto para 93% em SJC. cursos gratuitos em caçapava O Senai de Taubaté fez parceria para oferecer 300 vagas de cursos profissio-nalizantes gratuitos em Caçapava como: auxiliar mecânico de manutenção, assistente de recursos humanos, eletricista instalador, instalador hidráu-lico e operador de computador. Inscrições por ordem de chegada. Informa-ções: (12) 3655-5152. Umidade do ar baixa O tempo seco na região já chegou a uma situação preocupante. Nessa semana, muitas cidades registraram níveis de umidade relativa do ar próximos ou abaixo de 30%, o que leva a um estado de atenção. Cenário característico do inverno. Os médicos recomendam beber bastante líqui-do e evitar a exposição ao Sol. Atleta joseense em destaque O tenista Bruno Sant´anna, de 18 anos, é o número 449 do mundo e supe-rou seu primeiro desafio nessa semana no torneio Future de São José do Rio Preto, competição profissional nas quadras de saibro do Clube Monte Líbano, que distribui US$ 15 mil em premiação e vale pontos para o ranking mundial.

Pinheirinho em leilãoO terreno da zona sul de São José dos Campos vai a leilão no final de setembro, por R$ 187 milhões, o dobro do valor venal da área, estimado atualmente em R$ 92,7 milhões. No próximo dia 26 o edital será pu-blicado pelo leiloeiro Luiz Fernando Sodré Santoro. De acordo com juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, da 18º Vara Cível, responsável pelo processo de falência da massa falida da Selecta, a estimativa é que a dívida com município e União some R$ 28 milhões.

Mudanças na Águia do ValeSeis reforços chegaram no time do São José, mas para alguns essa chegada não foi bem vista, já que quatro jogadores foram dispensados. Por enquanto a equipe segue com 26 jogadores inscritos para a Copa Paulista e sem os novos reforços. O último jogo do time com derrota e último lugar na classificação deixou torcedores irritados, além de invadir o vestiário muitos agrediram os atletas.

As cinco linguagens da valorização pessoal no ambiente de trabalho lançamentoO estresse, a correria e a competição do mundo corporativo acabam com todos que gostariam de se sentir mais valorizados e ter relações gratificantes no ambiente profissional. Aprenda a ser mais que um líder, inspire as pessoas ao seu redor a melhorar como profissionais e como seres huma-nos. Descubra que palavras de afirma-ção não são elogios vazios, que tempo de qualidade com os colegas é mais que fazer reuniões intermináveis.

Aline barros 20 anos ao vivo  O show foi gravado no Teatro Municipal de Paulínia, interior de São Paulo. O álbum conta com a participação especial de Michael W. Smith, Abraham Laboriel e Tom Brooks, e traz as músicas do início de carreira de Aline com novos arranjos e instrumentais. O CD vem recheado de canções que marcaram esses anos todos de carreira como “Guarda a Tua Fé”, “Recomeçar”, “O Poder de Seu Amor” e ainda conta com a participação do cantor Michael W. Smith na canção “Above All”.

De bem com você lançamentoÀs vezes nos sentimos a pior das criaturas, a mais inútil, incompetente, fraca e sem graça. Se isso acontece só de vez em quando, pode ser que você tenha se deixado levar por uma circunstância difícil, um problema ou até seja por conta da TPM! Mas se você se olha no espelho e não consegue enxergar nada de bom, há algo errado e que precisa mudar urgentemente. Não, você não é perfeita, mas isso não significa que não tem qualidades, muitas qualidades! Ninguém é feito só de defeitos e isso vale para você! É uma questão de reprogramar o seu olhar sobre você mes-ma, assumindo uma perspectiva diferente, a perspectiva de Deus. 

Entre lençois O sexo não é tudo em um casamento, mas não dá para negar que sem ele não há unidade entre o casal. Diversas coisas po-dem tomar o espaço de uma sexualidade saudável e isso acaba por afastar marido e esposa, minando outras áreas da relação.  Você deve saber que o sexo é muito bom, mas isso não significa necessariamente que você está satisfeito(a) nesta área. Com todo seu bom-humor e experiência no aconselhamento de casais, o autor traz uma visão muito aberta e direta sobre a intimidade no casamento. É um livro para ser lido pelo casal em conjunto e entre os lençóis. Aproveite!

Page 33: revista_76

felizcidade.net | 33

Page 34: revista_76

PENSE BEM

Paz Interior x Barulhos do Mundo

Você não precisa necessariamente es-tar isolado do mundo e das pessoas

para viver em paz interior, isto se chama isolamento e não solitude. Precisamos e podemos, mesmo em meio à agitação da cidade, do trabalho, estudos, tomadas de decisões, agendas cheias de compromis-sos e cercados de muitas pessoas, é pos-sível desenvolver e viver uma vida de paz interior. A paz de espírito, a solitude e a serenidade são bases para que o homem seja feliz nestes dias tão estressantes que vivemos, em especial para nós que con-vivemos no contexto urbano, na cultura da fábrica!

Com a quantidade de estímulos es-tressantes que vivemos atualmente, o ser humano fica cada vez emocionalmente mais frágil, sem levar em conta que somos brasileiros e culturalmente, uma grande maioria de nós, não precisa sofrer de transtorno bipolar para experimentar diferentes mudanças do estado emo-cional em um único dia, muitos vivem literalmente com suas emoções à “flor da pele”. Na cultura brasileira é muito difícil desassociar comportamento e emoções, somos em geral relacionais e emocionais.

Todos nós precisamos cuidar bem das nossas emoções, e quanto mais rápido melhor. Desde cedo o grau de respostas adaptativas é maior. Crescemos no contexto de pressão diária: relacio-namentos interpessoais, família e provas escolares, dominar outro idioma, tra-balho, carreira, casa própria, concursos, decisões, enfim, vivemos uma vida que precisamos andar, ou melhor: correr na velocidade dos carros, caso contrário você pode atrapalhar o trânsito, ou se é um pedestre, tem que prestar atenção para não ser atropelado. Morar em pré-dios altos, medo dos elevadores e dos ladrões; pressão do chefe, a crítica alheia

sagaz, lidar com uma dura do chefe es-tressado e frustrado, encarar uma crise relacional ou familiar, lidar com o medo da violência urbana. O sistema nervoso é o mesmo, desde quando não havia essa quantidade enorme de variáveis precipi-tantes que levam cada indivíduo a passar por algum tipo de transtorno emocio-nal. E o que fazer para melhorar nossa qualidade de vida segundo a orientação bíblica?

Coloque em sua mente somente o que possa ajudá-lo realmente a viver em paz, com atitudes positivas. No momen-to em que vier à sua mente algo ruim, alguma “voz” dizendo a você que  você é incapaz, que não tem condição, rebata esse sentimento de baixa autoestima com outro, mediante a sua razão. Não é seu sentimento que deve controlar você, quem controla seu sentimento é você. Diga para você mesmo: “Outros consegui-ram, eu também posso conseguir. Outros foram capazes, eu também posso ser”. A Bíblia diz que o coração do homem é en-ganoso. Quando a Bíblia diz de coração, está dizendo que o que você sente pode ser passageiro, volúvel e irreal.

Então treine esse mecanismo, rebata seu pensamento com outro, seja bom nisso. Não fique achando que isso soa como falso, pois não é. Você pode tam-bém rebater seus pensamentos negativos com conselhos bíblicos motivadores, tais como: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Lamentações 3.21. “Finalmente ,irmãos, tudo que for verda-deiro, tudo que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo que for amável, tudo que for de boa fama, se hou-ver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Ponham em prática tudo que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim. E o Deus da

PENSE BEM

carlito PaesPastor Sênior da

Primeira Igreja Batista em São José dos Campos/SP

paz estará com vocês.” - Filipenses 4.8,9.Não tenha pensamentos antecipa-

dos ou precipitados. Nós sempre temos a tendência de sofrer por antecipação. Hoje a resposta de Deus para sua alma agitada se chama descanso. Na maioria das vezes as coisas pelas quais sofremos nem mesmo acontecem. Assim perde-mos energia sofrendo à toa. Diga a você mesmo: “não vou sofrer por antecipação, não há nada que eu possa fazer agora”. E pense em outra coisa que você possa evi-tar o estresse desnecessário. “O coração ansioso deprime o homem, mas uma pa-lavra bondosa o anima.” - Pv 12.25. Seja bondoso com você mesmo. Saiba que o maior carrasco do homem é ele mesmo. E como também está escrito na Bíblia: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. Filipenses 4.6.

Seu mundo exterior pode estar em confusão, guerra e conflito, todavia seu mundo interior é Jesus e nele você encontra completa paz interior, paz de espírito para conviver com os agitos e barulhos do mundo ao seu redor.

Pense bem nisto!

Page 35: revista_76
Page 36: revista_76