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MARÇO 2011 - NÚMERO 15 WWW.BASTTER.COM Bastter Blue Ações e Opções Bastter.com Revista

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M A R Ç O 2 0 1 1 - N Ú M E R O 1 5W W W . B A S T T E R . C O M

Bastter BlueAções e Opções Bastter.com

Revista

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Nesta EdiçãoMarço de 2011

02

Expediente

Índice

Revista Bastter Blue - Edição de Março de 2011 - Revista virtual mensal com artigos sobre o mercado financeiro - Diretor geral - Maurício Hissa,

Administrativo - Mary Hissa, Planejamento gráfico e editoração eletrônica - Lucas Mantuan, Redação - Ricardo Hissa, Gustavo Dias, Leonardo Germano,

Maurício Hissa, João Bosco Oliveira, Aurélio Palos e Lucas Mantuan.

Operações com Opções 03Modelo Black & Scholes

Pérolas do Fórum 05Promoção Pérolas do Fórum

Método Bastter 06Juro Composto

Etendendo o Mercado 08Proventos

Histórias do Mercado 10Tubarão? Só se for Tutubarão

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Operações com OpçõesBastter

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Definições

Modelo de precificação de opções - Modelo e/ou formulas para chegar a um preço teórico para as opções. Preço Teórico - Como o nome diz, é teóri-co e serve de comparação com o preço real. O objetivo de se chegar a um preço teórico é tão e somente comparar com o preço real para saber se o preço real está sobre ou subavaliado pelo mercado. O mercado não tem que praticar e raramente pratica o preço teórico a não ser na hora do venci-mento. Modelo de Black & Scholes - O mais conhecido e mais utilizado dos modelos de precifi-cação de opções por se o de mais simples compre-ensão. Volatilidade - Medida de variação, no caso de preços. Quanto mais variam os preços de um ativo, mais volátil ele é. Volatilidade Histórica - Medida da varia-ção passada dos preços de uma ação em valor percentual. Dado que se insere no Modelo de Black and Scholes junto com o preço da ação, o preço de exercício da opção, o tempo para o venci-

mento das opções e a taxa de juros para se chegar ao preço teórico da opção. Volatilidade Implícita - A diferença entre o preço real e o teórico. O quanto a opção está ou não sobre avaliada. Quando a volatilidade implíci-ta da opção é maior do que a volatilidade histórica da ação a opção está sobre avaliada e o preço real está acima do preço teórico. Se a volatilidade implícita está abaixo da volatilidade histórica o inverso acontece. A volatilidade implícita é calcu-lada substituindo o preço teórico da opção que o modelo produz pelo preço real. Gregas - Subprodutos da Equação de Black & Scholes que determinam as características das opções Delta - Grega que determina teoricamente quanto a opção vai variar para cada real de varia-ção da ação. Um delta de 0,50 significa que a opção teoricamente vai ganhar 50 centavos se a ação subir 1 real e perder 50 centavos se a ação cair 1 real. Gama - Aceleração do Delta. Determina o quanto de delta teoricamente uma opção vai ganhar ou perder em relação a variação da ação. Um gama de 0,06 significa que se a ação subir 1

real a opção tende a ganhar 6 unidades de delta e se a ação cair 1 real, perder 6 unidades de delta. Neste sentido, o gama tende a intensificar ou dimi-nuir a ação do delta. Theta - O quanto a opção perde em centa-vos teoricamente pela passagem de um dia. Um theta de 0,05 por exemplo significa dizer que man-tendo todos os outros fatores inalterados, a opção tende a perder 5 centavos de valor pela passagem de um dia. Vega - Grega menos utilizada, relacionada diretamente com alterações de volatilidade da ação. Rho - Grega pouco utilizada relacionada com alterações na taxa de juros.

Como usar o Modelo de Precificação

Diferente do que a maioria faz, o modelo de precificação tem como objetivo ajudar a enten-der sua operação com opções e compreender as opções. Não é objetivo, ao menos para o pequeno investidor, as fórmulas complexas e a precisão dos números. Tente usar B&S para entender o que está

Modelo Black & Scholes

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Operações com OpçõesBastter

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acontecendo com as opções, porque elas estão variando da forma que estão em relação a variação da ação e em relação a outros fatores como tempo e volatilidade. Aprenda a prever o que pode acon-tecer com sua operação com opções no caso de alta ou queda da ação e de que forma a passagem do tempo e a volatilidade poderão influenciar sua operação. Verificando o quanto as opções estão distorcidas em relação ao valor, pode-se também captar oportunidades de operações com as proba-bilidades a seu favor. Temos diversos marcadores Bastter.Com que auxiliam neste sentido mas com-preender as distorções é importante para poder operar melhor e com mais eficiência. Não perca tempo, a não ser que tenha grande interesse em matemática com as fórmulas. A Planilha Bastter.Com faz os cálculos para você assim como diversos programas na Internet. Preocupe-se em compreender e se beneficiar do modelo e não com as fórmulas.

Operações e Grega

A Planilha Bastter.Com faz o cálculo das gregas das suas operações mas quem quiser calcu-lar é muito fácil: Vamos dizer que você tenha a seguinte operação com PETR4 a 26 reais:

As contas são simples, vamos fazer a do Delta e cada um pode fazer para qualquer parâme-tro:PETRB24 -1000 com delta de 0,61: -1000 * 0,61 = -610, PETRB26 +2000 com delta de 0,45: +2000*0,45 = +900. Resultado: -610 + 900 = 290 Deltas

O que quer dizer estes dados?

290 deltas positivos confere a operação como sendo uma compra em termos direcionais e tende a ganhar na alta. Na teoria a operação tende a ganhar 290 reais para 1 real de alta da ação subja-cente. (Além disso ser teórico, deve-se ter em conta o Delta Quality, conceito que será visto mais adiante) Ela teoricamente tende a perder em torno de 290 reais no caso de queda da ação de 1 real. 90 gamas positivos confere a operação a característica de compra de volatilidade, teorica-mente a operação tende a ganhar 90 deltas se a ação subir 1 real e perder 90 deltas se ela cair 1 real. Sendo gama positiva a operação tende a ganhar nas fortes movimentações da ação e perder na acumulação.

40 thetas negativos indica que a operação tende a perder 40 reais pela passagem de um dia. Sabendo então as gregas de suas operações dá para se ter uma ideia de como a alta ou queda da ação, a volatilidade da ação e a passagem do tempo afetam sua operação. Esta a grande utilida-de de Black & Scholes bem como aprender a captar oportunidades que o mercado está oferecen-do devido as distorções de volatilidade.

Opções Quantidade Preço Delta Gama ThetaPETRB24 -1000 2,40 0,61 0,05 -0,02PETRB26 2000 1,20 0,45 0,07 -0,03TOTAIS 2000 1,20 290 90 -40

Maurício Hissa - Médico formado em 1992 pela UFRJ. Prof. de

Educação Física formado em 1990 pela UERJ. Agente Autôno-

mo de Investimentos. Palestrante Expomoney e de outros

congressos e feiras.

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Pérolas do FórumForenses

“Quando você importa dinheiro, você pagacomo em dinheiro? Não da na mesma? :-)”

“O dia que eu te encontrar vou dar um beijo na sua boca.E no predador também!”

“Pera ai! Alguns especialistas disseramque as chuvas que caíram na região serrana

só vão cai de novo daqui a 300 anos...Agora porque ninguém previu em 1.711

as chuvas que caíram em 2011?”

“Se carro chinês fossetão bom como dizem,

a China teria mais carrosdo que gente! :-)”

“Todo mundo está acabandocom a vida marinha... os radares enganam

as baleias e os peixes.”

“Se eu vejo um filme em 3D... e alguém vem para cima da pessoa,

isso poderia gerar um acidente!”

05

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Método BastterPalau

06

Encerramos o artigo “Juro Composto: O Pesadelo do Gastador” com a afirmação de que a impaciência nos investimentos representa barreira intransponível para que os juros sobre juros traba-lhem em nosso favor. Os frutos dos juros compos-tos levam anos para amadurecer e ficar prontos para a colheita. Durante esse tempo, a disciplina do investidor é duramente testada e tudo parece conspirar contra seu plano de enriquecer. Para os que conseguem manter o foco na

conquista da independência financeira, o resultado tende a ser bem recompensador. A “bola de neve” da capitalização composta forja verdadeiras fortu-nas, conforme se observa no gráfico 1. A construção do gráfico 1 considera apor-tes mensais fixos e juros reais de 0,5% ao mês e retorna o volume de juros em razão do aporte mensal para cada intervalo de tempo (medido em anos). A hipótese é de que os aportes se destinam a adquirir ações de boas empresas. Logicamente, é

um estudo para fins meramente didáticos, pois a renda variável não oferece tamanha previsibilidade e tanto a capacidade de poupança como as necessi-dades de consumo variam ao longo da vida. Por outro lado, pode-se considerar um juro real de 0,5% ao mês bastante conservador para o mercado acionário brasileiro. A despeito das limitações, o foco do estudo é analisar o comportamento da capitalização composta em função do tempo. A inclinação crescente da linha preta com o passar dos anos demonstra o componente expo-nencial do processo de acumulação por juros com-postos. Em 20 anos, os juros corresponderiam a 231% do aporte mensal fixo. Se esse aporte corres-ponder a 30% da renda mensal, os juros sobre o capital acumulado nesse período seriam suficientes para o custeio das despesas (231% de 30% equiva-lem a 70%), que é exatamente a parcela da renda não poupada. Claro que são poucas as pessoas que encontram meios para poupar 30% da renda mensal. Para os que conseguem poupar menos, o mesmo resultado demandará maior prazo de acumulação. Se o aporte corresponder a 20% da renda mensal, por exemplo, seriam necessários

Juro CompostoO maior aliado do investidor

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Método BastterPalau

07

Aurélio Palos - Graduado em ciências econômicas e mestre

em economia do setor público pela universidade de brasília.

quase 27 anos de acumulação para que juros reais de 0,5% ao mês pudessem gerar renda suficiente para manter o padrão de vida sem que se dependa de outras fontes de renda. Obviamente, 27 anos é muito tempo para a maioria das pessoas, pois, infelizmente, o normal é se convencer da necessi-dade de se formar um “pé de meia” por volta dos 40 anos. Que os quarentões não desanimem! O resultado dos juros compostos é extremamente sensível a pequenas variações na rentabilidade média, mesmo para prazos não tão dilatados. Suponhamos, de forma relativamente conservadora, um acréscimo de 0,3 ponto percen-tual à rentabilidade real média dessa carteira de ações (3,66 pontos percentuais por ano), oriundo da remuneração obtida com lançamento de opções. Haveria significativo crescimento da proporção entre juros e aporte ao longo do tempo, conforme atesta o gráfico 2. Com uma rentabilidade real maior, o nível de juros suficientes para o custeio das despesas de quem poupa 20% da renda mensal seria alcançado em aproximadamente 17 anos (10 anos antes!). Para os que iniciassem sua acumulação antes e pudessem esperar mais, após 25 anos a proporção juros/aporte atingiria 992%. Nesse caso, se a opção fosse pela manutenção do nível de poupança em 20%, a renda de juros disponível

equivaleria a quase o dobro da parcela da renda mensal destinada ao consumo. Caso a preferência fosse incrementar o consumo durante o período de acumulação, bastaria poupar 9,2% da renda mensal e, após 25 anos, os juros corresponderiam ao custeio das despesas mensais. Naturalmente, essa rentabilidade adicional não virá de graça. O plus exigirá mais dedicação, estudo e trabalho. Exigirá, sobretudo, muita disci-plina do investidor, não só como poupador, mas também como operador de opções.

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Entendendo o MercadoEquipe Bastter.com

08

Conheça a diferença entre as formas de remuneração dos acionistas. Embora praticamente todo mundo que acompanha o mercado de ações já tenha se deparado com os conceitos: dividendos ou juros sobre o capital próprio, muitos ainda têm dúvidas em relação à diferença entre estes dois conceitos e como eles se comparam com outros proventos, como bonificação e subscrição. Em primeiro lugar, é importante diferen-ciar os proventos pagos em dinheiro, como dividendos e juros sobre o capital próprio, dos proventos no qual o benefício ao acionistas se dá na forma de ações, como subscrições ou bonifica-ções.

Distribuição de Parte dos Lucros da Empresa

O conceito básico por trás dos proventos em dinheiro é a distribuição de parte dos lucros obtidos por uma empresa para seus acionistas. Ao comprar uma ação, você se torna acionista e, portanto, tem direito a receber a sua parte dos lucros que a empresa gera. Assim, quando você recebe dividendos de uma empresa, você está recebendo uma parcela do

lucro, que é determinada pela legislação brasileira em pelo menos 25% dos lucros gerados pela empresa em um determinado período de tempo.Para a empresa, os dividendos são distribuídos a partir do lucro líquido, ou seja, após o pagamento de IR, CSLL e outros impostos ou contribuições. Com isso, os valores que são anunciados em dividendos para os acionistas já são líquidos de imposto de renda, já que a empresa efetuou o paga-mento de impostos sobre estes lucros.Juros sobre capital próprio Outra forma de pagamento de proventos em dinheiro é através dos juros sobre o capital próprio (JCP). Para o acionista, a grande diferença é que ele tem que pagar 15% de imposto de renda na fonte, de forma que sempre é preciso ficar atento se o valor anunciado é o bruto (sem impos-tos) ou líquido (já descontando os impostos). Para a empresa, muitas vezes o uso de JCP é vantajoso do ponto de vista fiscal. Desde sua criação, o pagamento de JCP permite que a empre-sa remunere seus acionistas até o valor da TJLP, com o valor sendo considerado como despesa financeira. Com isso, ele reduz o lucro tributável, diminuindo o IR a ser pago pela empresa.

A grande vantagem é que a empresa paga-ria impostos maiores sobre o lucro, na faixa de 25%, do que os acionistas, que pagam 15% sobre os JCP. Assim, ela pode oferecer JCP, que mesmo após o pagamento de IR, podem ser maiores do que seriam na forma de dividendos, em função da diferença nas alíquotas de tributação.Bonificação A bonificação não é, na grande maioria das vezes, um provento em dinheiro, mas sim em ações. Assim, representa uma distribuição gratuita de novas ações, geralmente em função de aumento de capital ou incorporação de reservas. É impor-tante destacar que, ao contrário dos dividendos e JCP, onde existe um efetivo desembolso de dinhei-ro, no caso de bonificações as cotações das ações podem se ajustar.

Bonificação em Ações

Distribuição de resultados da companhia mediante emissão de ações, quando de incorpora-ção de reservas ao capital social. As ações bonifica-das são entregues gratuitamente aos acionistas, na proporção da quantidade de ações possuídas. A

ProventosJuros, Dividendos e Subscrições

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Entendendo o MercadoEquipe Bastter.com

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bonificação aumenta a quantidade de ações da empresa, sem alterar o valor do patrimônio. Exem-plo: Companhia com capital de 100 e reservas de capital de 20 resolve incorporar tais reservas ao capital registrado. Para tanto, resolve aumentar o capital mediante bonificação em ações novas, gratuitas, aos acionistas. O Patrimônio Líquido, de 100 (capital) mais 20 (reservas) passa a ser de 120 (capital), ou seja, não se altera.

Bonificação em Dinheiro

Distribuição aos acionistas de valor em dinheiro referente a reservas até então não incor-poradas ao capital. Não confundir com dividendo.

Subscrição

A subscrição representa um direito dados aos acionistas para que eles adquiram novas ações a custo e preço determinado. A subscrição pode surgir como um benefício aos acionistas caso o preço de subscrição seja inferior ao preço de merca-do, de forma que está sendo dada uma espécie de "desconto" para os acionistas. Caso o preço seja equivalente ou superior ao de mercado, isso muitas vezes não representa uma vantagem, já que não existe condição diferenciada em relação a quem ainda não possui ações da empresa.

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Histórias do MercadoBastter

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Passeando pelos fóruns de mercado finan-ceiro sempre nos deparamos com esses tipos de afirmações: "Os tubarões estão manipulando!", "A PLIM não podia cair tanto hoje, só pode ser arma-ção...", "Se os Tubarões deixarem, CESP vai a 20 este mês...", "...tem um cara vendendo 100M de BBDC4, só pode ser um idiota!", "A corretora 63 não deixa a TSPP4 em paz, tão manipulando brabo...", "Não aguento mais perder dinheiro por causa de manipulação dos tubarões.". Va em qualquer fórum, e até aqui mesmo e veja quantas destas mensagens vai encontrar durante o horàrio de pregão. Analise se você mesmo não coloca este tipo de mensagem e acredi-ta nisso. O ser humano em sua maioria, tem grande dificuldade de aceitar seus erros. Por isso a descul-pa faz tanto sucesso. E a invenção de que na bolsa existem tubarões manipulando o tempo todo serve a ambos os lados. Quem perdeu dinheiro tem alguém para colocar a culpa. Quem ganhou dinheiro, adora esta histó-ria porque fará quem perdeu continuar perdendo. Alguém lhe obrigou a comprar PLIM4 a

R$3,30? Alguém lhe obrigou a não vender quando todos sabiam que estava desabando? Alguém lhe obrigou a tirar o dinheiro da Renda Fixa e arriscar na bolsa? Alguém lhe obrigou a comprar CESP4? Alguém lhe obrigou a acreditar que ela tinha um "preço justo" de R$48,00? Alguém lhe disse que a bolsa era uma brin-cadeira de crianças que bastava comprar ações no impulso, sem estudar, sem analisar, sem saber o que se está fazendo e depois ir pegar o dinheiro no caixa? Que eu saiba não. Foi você que apertou os botões, que deu os telefonemas, as ordens. Então porque a culpa é dos outros e não sua? Meus amigos, a bolsa de valores não é brincadeira. Tem regras sim. E faz parte destas regras manipular. Faz parte destas regras derrubar o preço de ações para ter lucro. Faz parte destas regras blefar. E principalmente faz parte destas regras TIRAR TODO O SEU DINHEIRO. TODO! E a regra número 1 do mercado é a seguinte: Todos, inclusive eu, querem o seu dinheiro. Ou você acha que alguém ganha dinheiro aqui sem tomar do outro? Pare de se iludir. Quer brincar? Vá para

uma loja de video-game, vá ao Jardim de Infância. Isso aqui é Bolsa de Valores, Mercado Financeiro, não é brincadeirinha. Não adianta se jogar no chão e pedir falta que o juiz não vai dar. E mesmo quando o zaguei-ro vier na maldade, quebrar a sua perna e cuspir na sua cara o juiz não vai dar falta. Ou você aprende a se defender e a matar o zagueiro antes dele tocar em você, ou vão te matar enquanto você fica nos foruns publicando estas frases de choro de criança. Aprenda também que muitos ganham dinheiro na bolsa derrubando o preço das ações, na venda. Não há nada demais nisso. Aprenda a fazer também ou ao menos reconheça que isso existe, não é um pecado nem contra as regras. Você precisa que a ação aumente de preço para ganhar pois está comprado. Pois bem, quem está vendido precisa que ela caia de preço para ganhar dinheiro. Qual é a diferença. Porque é ele e não você que está manipulando? Você quer entregar o seu dinheiro? Quer perder tudo? Continue acreditando nestas asneiras ao invés de procurar onde está errando para tentar acertar. É tudo muito simples na bolsa. Se você

Tubarão? Só se for o Tutubarão.

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Histórias do MercadoBastter

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ganhou dinheiro VOCÊ e mais ninguém acertou.Se você perdeu dinheiro VOCÊ e mais ninguém errou. Passo número um para se livrar desta atitu-de que te leva a perder dinheiro: ASSUMIR SEUS ERROS! E parar de falar em manipulação, tuba-rão, preço justo, todas estas besteiras. O tempo que perde publicando ou lendo estas asneiras, poderia estar estudando seus trades para saber aonde errou. Estudando livros de mercado financeiro. Lendo analises, fazendo cursos, etc. Prepare-se adequadamente para o mercado financeiro. Ou então deixe seu dinheiro na Renda Fixa. Pois os inimigos estão preparados. Ou você vai querer lutar de estilingue em uma guerra de metralhadoras? Não vai ter chance, por mais que chore e esperneie. A bolsa de valores espulsa 90% dos que tentam aplicar em ações em seis meses. Decida se quer fazer parte desta maioria ou não. Não vai ser falando de tubarões e manipulações que vai conse-guir fazer parte da minoria que sobrevive e ganha dinheiro. Mude enquanto é tempo ou então vá para casa ver o desenho animado do Tutubarão, porque este ao menos existe e é ate engraçado.

Maurício Hissa - Médico formado em 1992 pela UFRJ. Prof. de

Educação Física formado em 1990 pela UERJ. Agente Autôno-

mo de Investimentos. Palestrante Expomoney e de outros

congressos e feiras.