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Inovação e empreendedorismo na educação profissional

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Inovação e empreendedorismo na educação profissional

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Inovao e empreendedorismona educao profissionalExperincias Pedaggicas Registradas nas Etecs

Martha Regina Lucizano Garcia (Org.)

1 EdioSo Paulo SP2013ISBN: 978-85-99697-18-4

Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula SouzaDiretora Superintendente

Laura Lagan

Vice-Diretor Superintendente

Csar Silva

Chefe de Gabinete da Superintendncia

Luiz Carlos Quadrelli

Coordenador do Ensino Mdio e Tcnico

Almrio Melquades de ArajoREALIZAOUnidade de Ensino Mdio e TcnicoGrupo de Capacitao Tcnica, Pedaggica e de Gesto - Cetec CapacitaesResponsvel Cetec Capacitaes

Sabrina Rodero Ferreira GomesResponsvel Brasil Profissionalizado

Silvana Maria Brenha RibeiroOrganizadora

Martha Regina Lucizano GarciaProjeto Grfico

Diego SantosFbio GomesPriscila Freire

Comisso Cientfica

Adriano BocardoAlessandra Aparecida Ribeiro CostaAna Maria Aoki GonalvesAna Elisa rticoBianca SantarosaCarmem Bassi BarbosaCsar Bento de FreitasHilton Koiti SatoJos Ferrari JniorJuara Maria MontenegroJudith TerreiroJulio Cesar RaymundoLidia Ramos

Luciano da Paz SantosMaria Dalva Oliveira SoaresMaria Jos RovaiMaria Thereza Ferreira CyrinoRegina Helena Rizzi PintoRogrio Barbosa da SilvaRogrio TeixeiraSandra Manoel Guirau Rodrigues da SilvaThiago SagatVera Lucia L. Gomes Albergaria VicchiarelliWanda JuchaWellington SachettiYara Maria Denadai Golfi

A contribuio do Ensino Tcnico para a inovao no trabalhoO processo de inovao na produo de objetos e servios se apoia na imaginao, namemria e na intuio, qualidades humanas que se desenvolvem a partir das condiessociais e culturais em que cada um est inserido.O Ensino Tcnico, nos ltimos cem anos, tem buscado, nem sempre de forma contnua,construir e desenvolver currculos que reflitam a necessidade de formar profissionais aptosa executar e melhorar produtos e servios, individual e coletivamente. Isto tem exigido daEscola Tcnica uma ateno permanente ao que se passa em seu entorno, no que diz respeitos incorporaes tecnolgicas nos processos produtivos e nas relaes sociais. essa inteno, difcil e complexa, que permite a atualizao dos currculos e, para seudesenvolvimento adequado de infraestrutura e professores atualizados. Repetindo PauloFreire: S h inovao quando a relao de tenso entre a rotina que te puxa para a repetioe a ousadia que te empurra para a transformao parteja o novo.Nesta direo, o Centro Paula Souza, nos ltimos doze anos, tem dividido com instituiespblicas e privadas a responsabilidade da construo e da avaliao de seus cursos tcnicos.Ser muito difcil formar profissionais criativos se a escola no ultrapassar o limite de seusmuros e, restringir suas reflexes e aes pedaggicas s salas de aula e laboratrios.Os professores do Ensino Tcnico, na sua maioria, profissionais com formao eexperincia nas mais diferentes reas, transformam suas vivncias em processos didticosprticos e criativos. Nas palavras de Newton Brian A formao de trabalhadores comcapacidade de inovar, de identificar problemas, encontrar as suas solues e capaz deimplement-las , assim, um imperativo para o desenvolvimento econmico alm de sercondio necessria, para a construo de uma sociedade democrtica.O Centro Paula Souza como instituio, pblica estadual, responsvel por mais de 40%da formao de tcnicos em So Paulo, tem uma maior responsabilidade no esforo para amelhoria de produtos e de servios oferecidos populao. Assim, a oferta de cursos tcnicosatualizados se constitui em esteio para a aquisio e para o desenvolvimento de inovaestecnolgicas, desde que se apoie em condies laboratoriais adequadas e em um corpodocente atualizado e que conduza a processos de ensino-aprendizagem problematizadores.Algumas experincias pedaggicas e de gesto educacional das Etecs do Centro PaulaSouza apontam no sentido da concretizao desse objetivo: Disciplinas/projetos comocomponentes curriculares, Trabalho de concluso de curso, Avaliao de competnciasprofissionais para certificao e prosseguimento de estudos, uso da EAD, apresentao deprojetos de alunos em feiras tecnolgicas etc.No limite, necessrio que no Ensino Tcnico se estabelea uma simbiose entre osprocessos escolares e os avanos tecnolgicos, no campo da produo e das formas de trabalho.

Almrio Melquades de Arajo

Coordenador de Ensino Mdio e Tcnico

SumrioComunitec Inovando a integrao entre comunidade e escola .....7Industrializao do leite e derivados na escola ..............10Projeto de pesquisa experincias de turismo de base comunitriano Vale do Ribeira, So Paulo, Brasil ...................13Desenvolvimento de produtos do lixo eletrnico .............17Carrinho controlado por WI-FI...................... 20Currculos online como iniciativa inovadora . . . . . . . . . . . . . . . 23Conexo empresa-aluno: Para o aluno o trabalho, paraa empresa o empregado ideal .......................26Cipa didtica ................................30O desenvolvimento de equipamentos industriaisatravs da aprendizagem tcnica .....................33A sade dos docentes, funcionrios e alunos daEtec Adolpho Berezin sempre em dia ...................38Integrao e motivao da comunidade escolar.............41Inovando a apresentao de trabalhos sobre TGA............44Aprendizagem centrada no aluno: o caminho para a inovao ......46Segurana retornvel ...........................52Rumo qualidade total..........................55Lixo: Problema inter e multidisciplinar .................. 58A didtica e as aes inovadoras para a construo do conhecimento . .61Feira de projetos e tecnologia da Etec Trajano Camargo .........64Apndices .....................................68

Desafios para implantao do ncleo de empreendedorismo einovao tecnolgica da Etec de Praia Grande ..............69Caderno de procedimentos da coordenao de curso .......... 71Apndice.....................................74

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Comunitec Inovando a integrao entrecomunidade e escolaEixo Tecnolgico - Informao e ComunicaoAutorAna Paula Batista do CarmoKatia Cilene Buonacorso MessiasEtecDoutora Ruth Cardoso SoVicente

ResumoA COMUNITEC uma ao que permite integrar comunidadee escola atravs do trabalho voluntrio. Esta proposta se justifica poroportunizar aos alunos o exerccio da cidadania e da responsabilidadesocial com o trabalho voluntrio, bem como fazer com que coloquemem prtica as competncias e habilidades adquiridas no curso tcnico;ofertando comunidade capacitaes na rea de informtica, atravsdo curso intitulado Informtica Essencial. Os principais objetivosdeste projeto so: estimular aes de voluntariado, permitir maior integrao entre comunidade e escola, e possibilitar que o aluno, comoinstrutor voluntrio, transmita seu conhecimento e aprenda ao ensinar.Este projeto viabilizado a partir da seleo de alunos interessados emparticipar como instrutores voluntrios e da captao de pessoas dacomunidade para a participao no curso, feita por indicaes dos prprios alunos, atravs de divulgao com faixas publicitrias e contatoscom instituies parceiras. Pretende-se com esta ao inovadora possibilitar que as pessoas da comunidade se sintam mais acolhidas pelaescola, melhorem sua autoestima, sintam-se estimulados em buscar novos conhecimentos, e que os alunos adquiram no s conhecimentos,mas atitudes e valores para sua formao profissional.

Palavras-chaveCidadania. Comunidade. Escola. Inovao. Voluntariado.

IntroduoNo mundo atual, globalizado, tecnolgicoe dinmico, tem-se a necessidade de inovao eatualizao de conhecimentos e processos de formaconstante. Enganam-se aqueles que acreditamque inovar apenas atuar dentro do ambientecorporativo, a inovao faz parte tambm docotidiano da sociedade. Trata-se da criatividadehumana, estabelecida e aplicada a toda organizao.Neste contexto, o ambiente educacional apresentase como um portal inovador, porque possui capitalhumano e criativo, prontos para identificar novosprocessos, sejam de produtos ou servios. Visandodesenvolver este esprito inovador e colaborador,surgiu o projeto COMUNITEC, permitindo maiorintegrao entre a comunidade e a escola atravs daatividade de voluntariado. Segundo Morin (2006,p.20), o conhecimento no um espelho das coisasou do mundo. Todas as percepes so, ao mesmotempo, tradues e reconstrues cerebrais combase em estmulos ou sinais captados e codificadospelos sentidos.

Dessa forma, tem-se a necessidade de vivenciaras experincias para que se possa adquirir uma realpercepo acerca do que se viveu, pois os sentidosso ativados atravs das experincias e sentimentostrabalhados durante o processo de aprendizagem.Assim, a cooperao entre os alunos voluntriospermite que troquem conhecimentos tcnicos entresi, e a integrao escola e comunidade promoveuma maior conscientizao da importncia dotrabalho em equipe e da formao para a cidadania.Ao abrir as portas da instituio para a populaolocal, eleva-se a autoestima dos envolvidos etrabalha-se a diversidade cultural dentro doambiente educacional. Com isso, evidencia-se umanova forma de aprendizado.A partir da prtica do projeto COMUNITEC,a Etec Doutora Ruth Cardoso consegue proporinovao sob duas vertentes: no processo de ensinoaprendizagem, e nas percepes que os alunosenvolvidos tero no momento que interagirem coma comunidade ao entorno da escola, identificandonecessidades e problemas para o desenvolvimentode novos projetos ou aes; sejam para o TCC

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(Trabalho de Concluso de Curso) ou para produtose servios prestados populao.A inovao s faz sentido se provocar umamudana de mentalidade, e a proposta do presenteprojeto exatamente esta. Percebe-se que o ganho irmuito alm do esperado, tanto para a comunidade,quanto para os alunos, ao ultrapassarem oslimites dos muros escolares em seu aprendizado.A educao deve favorecer a aptido natural damente em formular e resolver problemas essenciaise, de forma correlata, estimular o uso total dainteligncia geral (MORIN, 2006, p. 39).

ObjetivosComo objetivo geral, a ao busca permitiruma relao inovadora entre comunidade e escola,atravs do trabalho voluntrio. E como objetivosespecficos: Permitir que os alunos apliquem na prtica,as competncias e habilidades adquiridas no curso; Possibilitar que a comunidade ao entorno daescola realize capacitaes na rea de tecnologia dainformao; Estimular a ao voluntria, para a formaode um profissional responsvel pela sociedade naqual est inserido; Promover maior integrao entre comunidadee escola; Capacitar ao menos uma turma por semestre.

Materiais e MtodosFoi realizada pesquisa qualitativa do perfilda comunidade ao entorno da escola, e pesquisasbibliogrficas referentes s competncias ehabilidades necessrias aos profissionais aserem inseridos no mercado de trabalho atual.Estruturou-se ento a proposta da COMUNITEC,que apresentada a cada novo semestre a todos osalunos pelo coordenador de rea, sendo que, paraos 2 e 3 mdulos a proposta apenas reforada,pois j puderam vivenci-la no semestre anterior. Apartir deste momento, direciona-se a ao seguindoas etapas abaixo: Definio do pblico-alvo (coordenador derea); Levantamento dos interessadosvoluntariado (representantes de sala); Definiodas(coordenador de rea);

equipes

para

o

voluntrias

Assinatura de contrato (Instrutor Voluntrio); Reunio de planejamento (coordenador de

rea x equipe voluntria); Elaborao de material didtico (equipevoluntria x professores x coordenador de rea); Divulgao junto comunidade (atravs defaixas, contatos, indicao dos prprios alunos); Execuo da ao (voluntrios x comunidade/ acompanhamento coordenador de rea); Anlise resultados - feedback tanto dacomunidade quanto dos voluntrios.Ao trmino da ao, todos os envolvidosrecebem certificado de participao com o total dehoras proposto para o curso.

Resultados e DiscussoPaulo Freire (2011) afirma que ensinarno transferir conhecimento, mas criar aspossibilidades para a sua prpria produo ou asua construo. Neste contexto, esse projeto tornase uma ao promissora, pois permitir que osalunos construam novos conhecimentos colocandoem prtica aqueles que j foram trabalhados nocurso Tcnico de Informtica.Com este projeto tambm ser possvel umamaior aproximao entre escola e comunidade,aumentando a autoestima dos participantes eestimulando a busca de novos conhecimentos.A cultura de uma comunidade aprendida etransmitida de gerao a gerao, mas sua naturezaevolui espontaneamente atravs das inovaes oude abertura para outras culturas (LUBART, 2007,p. 83).O resultado positivo da COMUNITECvem sendo evidenciado pelos depoimentos dosparticipantes, e pela procura por essas capacitaesdurante a execuo das mesmas.Projetos de voluntariado educativo criam espaosde articulao entre escola e comunidade,propiciando aos alunos a aprendizagem desaberes escolares por atividades solidriasvivenciadas na comunidade, com outros jovense com as famlias (CENTRO PAULA SOUZA,Voluntariado Educacional, 2009, p. 15).

Embora a escola no seja a nica responsvelpela transformao da sociedade a qual vivemos, apartir dela pode-se construir uma nova conscinciapermitindo a construo de uma nova ordem social,pois, a escola no a alavanca da transformaosocial, mas essa transformao no se far sem ela(GADOTTI, 1984, p.73).

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Consideraes FinaisAo se propor aes que exeram mudanas construtivas no setor educacional, beneficiando acomunidade na qual a escola est inserida e vinculando estas aes ao trabalho voluntrio, obtmse benefcios tanto de cunho profissional, quanto pessoal e social. O aluno voluntrio desenvolvenovas habilidades tcnicas ao preparar e ministrar as capacitaes; e a comunidade beneficia-se com aoportunidade de adquirir novos conhecimentos. Assim, todos os envolvidos aumentam sua autoestima,possibilitando um desenvolvimento emocional e profissional muito promissor.Os alunos que esto ingressando nos cursos tcnicos nos ltimos anos possuem maior interaocom a tecnologia o que facilita o trabalho voluntariado. Eles pertencem gerao dos Nativos Digitais,aqueles que esto mudando o perfil de muitas empresas. De acordo com Palfrey e Gasser (2011), os nativosdigitais criam os negcios mais inovadores desencadeando grandes mudanas, afinal eles sabem como osseus pares esto vivendo de maneira digitalmente imediata. Aproveitar este potencial dos alunos ajuda acomunidade escolar e a comunidade local.O ensino, que sempre deve ser orientado para o aprendizado do aluno, deve estar altura dasnecessidades que a sociedade manifesta para que possa oferecer o aprendizado adequado a cada poca efaz-lo da melhor maneira possvel (BARBA e CAPELA, 2012, p. 139).Embora a escola no seja a nica responsvel pela transformao da sociedade a qual vivemos, a partirdela pode-se construir uma nova conscincia permitindo a construo de uma nova ordem social, pois, aescola no a alavanca da transformao social, mas essa transformao no se far sem ela (GADOTTI,1984, p.73).

Referncias BibliogrficasCENTRO PAULA SOUZA. Voluntariado Educacional: um dos caminhos para cidadania. 2009. Disponvelem: . Acesso em: 12 mai. 2012.BARBA, C.; CAPELLA, S. Computadores em sala de aula: mtodos e usos. So Paulo: Pensa. 2012.FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra, 2011.GADOTTI, M. Ao pedaggica e prtica social transformadora. Educao e Sociedade, v.1, n. 4, p. 5-14,set. 1984.MORIN, E. Os sete saberes necessrios Educao do Futuro. So Paulo: Editora Cortez, 2000.LUBART, T. Psicologia da Criatividade. Porto Alegre: Artmed, 2007.PALFREY, J.; GASSER, U. Nascidos na era digital: entendendo a primeira gerao de nativos digitais.Porto Alegre: Artmed, 2011.

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Industrializao do leite e derivados na escolaEixos Tecnolgicos Controle e Processos Industriais, Produo Alimentcia e Recursos Naturais

AutorAparecido Quirina GalipeEtecDeputado Francisco Franco [email protected]

ResumoA instalao do laticnio na Etec Deputado Francisco Franco Rancharia, sob o projeto Industrializao do leite e derivados na escola, tem por objetivo proporcionar situaes prticas de aprendizagem,viabilizando o contato dos alunos com a realizao de anlises fsico-qumicas e microbiolgicas, bem como o desenvolvimento e incremento de produtos derivados do leite, controle de qualidade e otimizaodos procedimentos de produo, operao e sanitizao, bem comoparcerias para melhoria social.

Palavras-chaveLaticnio. Laboratrio Multidisciplinar. Projeto Social.

IntroduoFruto de um convnio estabelecido entre aCompanhia Nacional de Abastecimento (CONAB),a Prefeitura Municipal de Rancharia (PMR), oAssentamento So Pedro e a Etec DeputadoFrancisco Franco (Chiquito), foi implantado,nas dependncias da Etec, sob a coordenao doprofessor Aparecido Quirina Galipe, no ano de2008, um Laticnio com rea de 112 m2 de extensocontendo: 01 laboratrio de anlises fsico-qumicas;01 laboratrio de Microbiologia; 18 gales paracoleta de leite; 01 banco de gelo; 01 resfriador deleite; 01 pasteurizador; 01 ensacadeira manual;01 mquina para fabricao de doce de leite; 01iogurteira; 01 tanque para fabricao de queijos e04 cmaras frias, com o auxlio de 04 funcionriosresponsveis pelo recebimento e beneficiamentodo leite proveniente do assentamento.O leite produzido pelos assentados, cerca de1300 litros/dia, comprado pela Prefeitura quetambm se encarrega do transporte, realizando otrajeto assentamento/ laticnio Etec.No laticnio, todo o leite pasteurizado, sendoque cerca de 630 litros so embalados, dos quais 315litros retornam para a Prefeitura e so encaminhadospara a cozinha piloto e para os postos de sadeda cidade, destinados distribuio gratuita paracrianas e idosos carentes. Dos 315 litros restantes,uma parte destinada ao consumo dos alunos daEtec e o restante comercializado pela cooperativada escola, a fim de arrecadar fundos para pagar os

custos operacionais e ajudar na manuteno e nosustento dos alunos envolvidos no projeto.A parte restante dos 1300 litros, ou seja,aproximadamente 670 litros, beneficiada etransformada em doce de leite, iogurte de vriossabores e algumas variedades de queijo, produtosem parte vendidos Prefeitura, para distribuioem creches e escolas do municpio, e o restantecomercializado pela cooperativa escolar.

ObjetivosO principal objetivo do projeto transformaro laticnio em laboratrio de aprendizado prticopara os alunos dos cursos tcnicos oferecidos pelaEtec.Temos ainda como objetivos realizar acoleta de amostras e as anlises fsico-qumicas emicrobiolgicas do leite de acordo com as regrase normas de higiene, segurana e preservao domeio ambiente, bem como pr-estabelecer horriosde trabalho periodicamente. E manter o canal decomunicao entre os estagirios e o gerenciadordo processo industrial para constante reflexosobre os resultados obtidos nas coletas e anlisesde amostras.

Materiais e MtodosA Etec Deputado Francisco Franco deRancharia oferece os cursos tcnicos: Tcnicoem Agroindstria e Tcnico em Agropecuria

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na produo; Tcnicos (integrado e noturno)em Qumica no controle de qualidade, tanto damatria prima como dos produtos acabados; e,para os demais alunos, proporcionar a participaona rotina de produo e em mini-cursos epalestras instrucionais periodicamente realizadaspelo professor responsvel pelo projeto com acolaborao do corpo docente e gestor da Etec, poisentendemos que as aulas prticas so de extremaimportncia para a formao profissional de nossosalunos, bem como imprescindveis para atingir aexcelncia dos cursos tcnicos oferecidos pela Etec.De acordo com Rebello (2007, p.2):No h mais possibilidade de fornecer ao mercadode trabalho pessoas apenas detentores de teorias,sem capacidade de produo de conhecimento(enfrentamento de problemas, questionamentode teorias e criao de solues) atravs deexperincias prticas.

As aulas prticas permitem aos alunos mantercontato com a: Otimizao dos recursos fsicos existentes nolaboratrio do laticnio; Realizao da coleta de amostras e anlisesfsico-qumicas e microbiolgicas do leite ederivados, pertinentes ao controle de qualidade,destinados industrializao do leite e derivados,de acordo com as regras e normas de laboratrio; Coordenao da utilizao do laboratriono que se refere organizao, horrios, regrase normas de utilizao, requisio de materiais eequipamentos, respondendo tambm pela suautilizao e conservao; Promoo de estudos e pesquisas a fim deacompanhar as atualizaes das anlises fsicoqumicas e microbiolgicas do leite; Incrementao da produo com novosprodutos (queijos finos, curados e de meia cura)e manuteno da produo e qualidade dos jproduzidos (coalhada seca, parmeso, provolone,queijos frescos condimentados, como o chancliche- zatar, ervas-finas, pimenta sria, pimenta fresca - eainda doce de leite, manteiga e iogurte); Implantao de linhas de produo dosprodutos j padronizados (anteriormente citados),com aproveitamento da prtica e das experinciasdos alunos que estagiaram e receberam formaonas aulas prticas do laticnio; Melhoramento da qualidade do ensino prtico; Ampliao dos conceitos de qualidade,segurana e responsabilidade dos alunos

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estagirios.Sero oferecidas ao pessoal envolvido noprocesso produtivo orientaes de condutapessoal e sobre a produo atravs de palestrasministradas com recurso multimdia e aulasprticas e demonstraes, permitindo a atualizaodas tecnologias utilizadas e o contato com novastcnicas, sempre primando pela higienizao equalidade necessria, assim como Manuais deAnlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle APPCC, Boas Prticas de Fabricao (BPF), BoasPrticas de Laboratrio (BPL), ProcedimentosOperacionais Padro (POP) e metodologia defabricao de queijos, iogurte, manteiga, doce deleite (pastoso e pedaos) pasteurizao e envaseembasados em conhecimentos prticos e tericosdo coordenador e fontes de pesquisas citadas nasreferncias bibliogrficas.Neste projeto dispomos dos seguintesmateriais: 01 Laboratrio de anlises fsico-qumicascom extenso de 2 metros de largura por 03 mts decomprimento com: 01 Banho-Maria, 01 AcidmetroDornic, 01 Acidimetro Salut, 02 Armrios de vidro,03 pipetadores, 03 vias, 10 pipetas graduadas 10 ml,05 pipetas graduadas 05 ml, 05 pipetas graduadas02 ml, 10 pipetas graduadas 01 ml, 03 pipetasvolumtricas 11 ml, 01 pHmetro de bancada,01 termolactodensmetro, 01 bico de Bunsen ereagentes necessrios para anlises de Acidez,Alizarol, Califrnia Mastite Teste (CMT), cloretos,urina, densidade, Peroxidase e Fosfatase Alcalinaentre outros, com capacidade para 250 litros/hora;01 Laboratrio de Microbiologia contendo: 01Forno Auto-clave, 01 Estufa de cultura, 20 Placas dePetri, 03 caixas de swabs, 15 tubos de ensaios semtampa e 15 tubos de ensaio com tampa. O laticniopossui 18 gales de 50 lt para coleta de leite, umbanco de gelo de 500 lt, 01 resfriador de leite comcapacidade para 1000 lt, Um pasteurizador para250 litros/hora, 01 ensacadeira manual para 250litros/hora, uma mquina para fabricao de docede leite para 50 litros a batelada, uma iogurteirapara 30 litros, 01 tanque para fabricao de queijospara 100 lt, 04 Cmaras frias de 2 metros x 3metros cada umas sendo uma para leite, uma paraprodutos, uma para salga e uma para maturao,uma mantegueira de 05 kg, uma embaladeira avcuo, 28 formas para queijo Minas Frescal e 03Formas para Queijo Mussarela.Para a parte terica de palestras e mini-cursosso utilizadas salas especficas da Etec, equipadascom multimdia, ar condicionado e mobliadestinada acomodao dos alunos.

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Resultados e DiscussoO projeto tem alcanado seus objetivos,pois com a orientao de anlises fsico-qumicase microbiolgicas, tem garantido melhorcontrole de qualidade e novas tcnicas para afabricao dos derivados, tais como adio defermentos especficos, monitoramento do tempo etemperatura em funo da qualidade da matriaprima e incrementao de produtos como: queijoGruyere, queijo Cassio Cavalo, Queijo Golda,Parmeso e Tecnologia do kefir.Irradiando saberes com palestras paratodos os estudantes da escola com temas comoas tecnologias utilizadas nos produtos acimamencionados e, tambm, sobre Boas Prticasde Fabricao e Laboratrio, higienizao esanitizao na Agroindstria, Sade e Seguranado Trabalho, importncia de controles deestoque e produo, conseguimos otimizaros procedimentos de produo, operao,higienizao e sanitizao, absoro deconhecimentos e melhorias que podem sercomprovadas nas aulas prticas de agregao de

valores matria prima e monitoramentode qualidade.No primeiro semestre de 2012, forampasteurizados e ensacados 84.500 litros de leite, etambm fabricamos 800 kg de queijo Minas Frescal;156 kg de queijo Parmeso; 72 kg de queijo Golda;180 kg de ricota; 750 kg de doce de leite cremoso;2.000 litros de iogurte de vrios sabores; 950 kg derequeijo; e 6.000 kg de creme de leite em manteiga,totalizando 4.500 kg de manteiga.Neste mesmo perodo foram realizadas 21palestras sobre os diferentes temas inerentes tecnologia de leite e seus derivados, segurana dotrabalho, microbiologia aplicada na indstria doleite, gesto e gerenciamento em laticnios, controlede qualidade da matria-prima e produtos, anlisesqumicas, fsico-qumicas e microbiolgicas.Alm disso, recebemos 73 visitas de escolasda cidade e regio e assentados do Pontal doParanapanema; fizemos treinamento e atualizaode professores da Etec de Candido Mota; almde oferecer estgio a alunos da Etec e escolas daregio, inclusive de nvel superior dos cursos deNutrio, Qumica e Alimentos.

Consideraes FinaisCom os recursos existentes, j alcanamos bons resultados, uma vez que toda a nossa produo comercializada e consumida pela comunidade. Com os cuidados tomados na produo, nunca fomos alvosde crticas e reclamaes, e sim de elogios, uma vez que nossos produtos nunca prejudicaram a sade deningum que os consumisse.Os objetivos, a justificativa e atividades propostas no desenvolvimento do projeto so pertinentes eimportantes, visto que a industrializao de leite e derivados exige a aplicao de uma rotina de controlefsico-qumico e microbiolgico que atestem a higiene e segurana dos produtos, justificando o trabalhode um responsvel pela qualidade da produo, que beneficia diretamente a alimentao da comunidadeescolar, alm de oferecer o ambiente ideal para um trabalho pedaggico que coloque o aluno frente situao real de trabalho, promovendo a formao de competncias do ensino tcnico.Para o incio do exerccio das atividades, o professor responsvel buscou aprimorar-se participando decapacitaes relacionadas industrializao do leite oferecidas pela CEtec. Com o desenvolvimento destetrabalho e o passar dos anos, no tem sido diferente. Continuamos a aprimorar nossos conhecimentos, buscandomelhorias para o laticnio e, assim, colaborando com a comunidade do entorno e, tambm, possibilitando comunidade escolar que cumpra as metas do Plano Plurianual de Gesto (PPG), o qual tem entre suas vriasvirtudes a preocupao com a formao de competncias de seus alunos, garantindo que seus tcnicos seformem sabendo aliar teoria e prtica.

Referncias BibliogrficasDisponvel em: . Acesso em: 08 nov. 2012.Disponvel em: . Acesso em: 08 nov. 2012.Disponvel em: . Acesso em: 08 nov. 2012.FURTADO, M.M. Quesos Tpicos de Latinoamrica. Portugal: Comunicaes e Editora, 2005.REBELLO, F.A.S. Importncia da experincia prtica no ensino de graduao. Santarm: Editora Tapajs, 2007.

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Projeto de Pesquisa Experincias de Turismo de BaseComunitria No Vale Do Ribeira, So Paulo, BrasilEixo Tecnolgico - Hospitalidade e LazerAutoresAlessandra M. MartinsDaniela Galvo VidotoElisandra Carina AmendolaJoo Batista EstevanMaria Regina RighettiEtecEngenheiro Agrnomo Narciso deMedeiros - Iguape

ResumoO projeto de pesquisa EXPERINCIAS DE TURISMO DE BASECOMUNITRIA NO VALE DO RIBEIRA, SO PAULO, BRASIL temcomo objetivo descrever as experincias de turismo de base comunitria de trs comunidades do Vale do Ribeira/SP (Maruj, Aldeia Guarani Mbya-Pindoty e Ivaporunduva) identificando as estratgias, osresultados alcanados e a relao com o mercado turstico; investigarse essas experincias tm como efeito o desenvolvimento de processossociais de enraizamento nas comunidades; sistematizar as recomendaes e lies aprendidas com essas experincias para que possamservir de modelos e/ou ser aplicadas em outras localidades da regioe do pas. Para a realizao da pesquisa, o projeto foi estruturado emsubprojetos com foco em diferentes frentes relacionadas ao Turismode Base Comunitria como: formas de organizao do trabalho e dostrabalhadores dos empreendimentos de turismo de base comunitria;manifestaes culturais, artsticas e religiosas das comunidades anfitris de turismo; formas de participao social, transmisso da memria,formao de conscincia poltica e exerccio de liderana nas comunidades; lazer, sociabilidade e envolvimento dos jovens com o turismoe os turistas. Estes temas deram origem a 8 subprojetos coordenadosem duplas por professores do Instituto de Psicologia da USP e da Etecde Iguape e de Registro com participao de alunos bolsistas de Pr-Iniciao Cientfica vinculados aos cursos tcnicos de Turismo, MeioAmbiente, Administrao e Informtica. Como mtodo ser utilizado oestudo descritivo qualitativo com levantamento bibliogrfico sobre ostemas de interesse da pesquisa, observao de campo nas comunidadese entrevistas com lideranas locais, moradores, profissionais de turismoe profissionais de agncias e de escolas que enviam visitantes.

Palavras-chaveTurismo de Base Comunitria. Comunidades Tradicionais. Enraizamento.

IntroduoO presente Projeto uma parceria entreas Etecs de Iguape e de Registro e o Instituto dePsicologia da USP, por meio do Programa PrIniciao Cientifica da Pr-Reitoria de Pesquisada Universidade de So Paulo. O tema esta focadonas Experincias de Turismo de Base Comunitriado Vale do Ribeira, em especial, nas comunidadestradicionais do Quilombo do Ivaporunduva, emEldorado; a comunidade caiara do Maruja, emCanania e a Aldeia Indgena Mbya-Pindoty, emPariquera-Au; as quais desenvolvem praticas deturismo de base comunitria.

O Projeto de Turismo de Base Comunitriado Vale do Ribeira busca identificar o processo deenraizamento nas comunidades e sua relao como turismo, sendo uma das formas de economia eorganizao sustentvel.Para tanto, o Projeto envolve os cursos deTurismo Receptivo, Meio Ambiente, Informticae Agropecuria da Etec de Iguape e o curso deAdministrao da Etec de Registro, contabilizando4 (quatro) professores Supervisores das Etecs; 49(quarenta e nove) alunos bolsistas do CNPQ e 8(oito) Professores Orientadores do Instituto dePsicologia da USP.Esta parceria vem se desenvolvendo desde

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setembro de 2011, partindo da metodologiade aprendizagem por Projetos, a qual leva emconsiderao os saberes dos alunos sobre a realidadee suas questes sobre os assuntos abordados nos 8(oito) subprojetos; alm da pesquisa a campo, naqual os alunos fazem entrevistas com o pblicoespecfico de acordo com o subprojeto e observaoda comunidade.Dentro do Projeto de Turismo de BaseComunitria, so 8 (oito) os subprojetosenvolvidos: O Papel da Liderana Indgena naorganizao do Turismo de base comunitria;Olhares dos jovens sobre: vida, trabalho e culturano Quilombo do Ivaporunduva e Comunidade doMaruj; Identidade, territrio e participao: umestudo psicossocial do turismo no quilombo doIvaporunduva; Prticas Culturais e enraizamento:a perspectiva dos moradores do Quilombo doIvaporunduva; Pesquisa da Arte em comunidadesanfitris: descrevendo prticas passadas e presentesno Vale do Ribeira; Autogesto e enraizamento nosempreendimentos de turismo de base comunitriado Vale do Ribeira; Formao da conscinciapoltica e turismo: levantamento de histrias derepreenso nas comunidades anfitris do Vale doRibeira perodo de 1964-2011; e RelacionamentosAfetivos e preveno DST-Aids entre turistas ejovens nativos de comunidades anfitris do Valedo Ribeira.Em muitas comunidades anfitris o turismotem produzido desigualdades sociais e impactosambientais, alijando a maioria da populao localdos recursos e benefcios gerados pela exploraodessa atividade, bem como dos processos detomada de deciso e planejamento que envolvem oambiente no qual vivem (RIBEIRO, 2008). Diversosestudos tm mostrado que o desenvolvimentodo turismo de forma no sustentvel ou seja,ecologicamente (in)correto, economicamente (in)vivel, socialmente (in)justo e sem participaocomunitria e enraizamento social, apenascontribui para o desequilbrio ecolgico e para adesagregao social das comunidades anfitris(CORIOLANO, 2001; MBAIWA, 2004; BAUER,2008; SANTOS e FIGUEIREDO, 2009).Frente a este contexto surgem experincias,em diversas partes do mundo, de desenvolvimentode um modelo de turismo protagonizado pelosprprios moradores das comunidades. O conjuntodessas experincias tem sido denominado deTurismo de Base Comunitria ou Turismo deBase Local. Neste modelo, os empreendedores, osgestores e os maiores beneficirios do turismo soos moradores, que organizados de forma coletivaou em ncleos familiares prestam na localidadeonde vivem diferentes servios aos turistas.

Segundo Coriolano (2006) o modelo dedesenvolvimento do turismo adotado pelosgrandes empreendedores e governos neoliberaisobjetiva acumular lucros e divisas, por conseguintenunca cumprir o ideal de gerar emprego edistribuir renda para todos. Contudo, o negcioturismo deixa lacunas no ocupadas pelo grandecapital, que se tornam oportunidades para aquelesexcludos desta concentrao, criando-se assim ummodelo no hegemnico, alternativo e comunitriode turismo e cujas principais caractersticas so: acooperao, a autogesto, a valorizao da cultura edo modo de vida local, a conservao da natureza ea distribuio dos recursos gerados com o turismo.No Turismo de Base Comunitria osmoradores so ao mesmo tempo os articuladores econstrutores da cadeia produtiva do turismo. Issocontribui para que a renda e o lucro permaneamna comunidade e para que os atores sociaislocais se envolvam de forma mais direta com asatividades. Tal modelo abre espao para que acomunidade possa se apropriar de ferramentaspara o desenvolvimento local ao mesmo tempo emque se beneficia da comercializao de produtose servios (CARVALHO, 2007). Todavia, essemodelo de turismo no deve ser tomado comomeio de expresso sectria, visto que impossvelpratic-lo de forma isolada. Existe a necessidadede entrelaamento entre setor pblico, iniciativaprivada e populao local, para que os moradorestenham acesso aos meios e recursos adequados paraoferecer seus produtos e servios. Trata-se, portanto,de uma oportunidade de desenvolvimentosustentvel para uma comunidade organizada ouem vias de autogesto.

Objetivos Conhecer as experincias de Turismoprotagonizadas por Comunidades tradicionais doVale do Ribeira/SP; Articular as parcerias com as comunidadespara a realizao das pesquisas; Cooperar com os supervisores dos subprojetose fazer a relao entre os mesmos e os coordenadoresdo Projeto junto ao Instituto de Psicologia da USP; Sistematizar as lies aprendidas erecomendaes para o desenvolvimento doturismo de base comunitria; Promover a qualificao em atividades depesquisa para professores e jovens do ensino mdioprofissionalizante; Fomentar a interdisciplinaridade dos cursosda Etec, bem como a integrao e articulao dos

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docentes na gesto dos Projetos.

Materiais e MtodosA metodologia do Projeto partiu da Pedagogiapor Projetos que tem como pressuposto, favorecera aprendizagem do aluno quanto ao mundo queo cerca de forma globalizada, levando-o ao desejode conhecer e criando formas de organizao desteconhecimento.Tal pedagogia foi proposta em reuniescom os professores Supervisores e os professoresOrientadores para que os alunos do Pr-IC tivessema experincia com a pesquisa partindo do que osmesmos entendiam e conheciam do Vale do Ribeira.Esta primeira etapa classificada em ndice Inicial,o qual diz respeito ao levantamento prvio do queos alunos sabem sobre o tema, quais so as suashipteses e referncias de aprendizagem. Depoisda escolha do tema, so incitados a comunicar,individualmente ou em grupo, o que sabem sobreele. O ndice inicial possibilita aos alunos e aoeducador tomarem cincia dos conhecimentos jconstitudos (conhecimentos prvios) e aquelesque devem ser possibilitados por meio da aopedaggica (CASCO, 2011)O ndice inicial levou os alunos bolsistas alevantarem questes sobre os temas dos projetose pesquisa em livros e internet sobre o assunto,formando o que se denomina ndice Formativo, oqual trata da organizao de questes em grupo ouindividualmente de temas que o levam a pesquisaras respostas em diversos ambientes, em especial apesquisa bibliogrfica.E por fim o ndice Final, o qual trata da etapa

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que possibilita a tomada de conscincia tanto dossaberes aprendidos bem como dos procedimentosmobilizados para a sua aquisio de conhecimentos.Alm de identificarem os saberes aprendidos,traou-se o perfil do pblico e quais os agenteslocais que poderiam responder as curiosidades equestes de estudos de cada subprojeto.Outra etapa da pesquisa foi primeiravisita a campo a comunidade do Quilombo doIvaporunduva e Aldeia Indgena MBYA-Pindoty,nos dias 31 de maro e 01 de abril de 2012, nasquais os alunos tiveram o primeiro contato como campo de estudo, permitindo que os mesmosfossem tanto turistas quanto pesquisadores. Nestaprimeira sada, os alunos puderam responderalgumas questes sobre os assuntos e elaborarnovas questes com novas perspectivas.

Resultados e DiscussoComo o Projeto de Turismo de BaseComunitria ainda encontra-se em andamento,os resultados obtidos em relao aos objetivos,podemos enfatizar o conhecimento dos alunossobre a regio em que vive sua prpria histria ea relao da mesma com suas famlias. Em relaos pesquisas realizadas s comunidades, os alunosdesenrolaram as questes aos agentes pesquisadose tm organizados os dados em Relatrios comfrequncias semanais. Mas j podemos diagnosticarque conseguem entender as realidades pesquisadasno momento em que levantam outras questesfrente organizao dos territrios, a produo dosartesanatos e como as lideranas interagem comas outras pessoas, desde mapeamento a questopoltica, histrica e as relaes de poderes.

Consideraes FinaisA princpio pode se diagnosticar que as experincias de Turismo de Base comunitria nascomunidades tradicionais do Vale do Ribeira vm permitindo que os alunos e os professoresidentifiquem que h outras formas de se pensar o turismo em especial no Vale do Ribeira,enfatizando inclusive, o enraizamento, a cultura e como pensamos a relao da sustentabilidade.

Referncias BibliogrficasCARVALHO, V.F. O turismo comunitrio como instrumento de desenvolvimento sustentvel,2007. Disponvel em: .CASCO, R. Roteiro para Trabalho com Projetos de Interesses. 2011.CORIOLANO, L.N.M.T. Turismo e degradao ambiental no litoral do Cear. In: Lemos, A. I. G.,(Org). Turismo: impactos socioambientais. So Paulo: Hucitec, 2001. p.93-103.

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CORIOLANO, L.N.M.T. Reflexes sobre o turismo comunitrio, 2006. Disponvel em: .MARTINS, A.B.M.; SANTO, A.O.; Paiva, V. (Orgs.). Promovendo os direitos de mulheres,crianas e jovens de comunidades anfitris do turismo no Vale do Ribeira. So Paulo: Institutode Planejamento Socioambiental - Ministrio do Turismo, 2009.

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Desenvolvimento de produtos do lixoeletrnicoEixo Tecnolgico - Gesto e NegciosAutorElaine Cristine de Sousa LuizEtecParque Santo Antonio So [email protected]

ResumoO presente trabalho tem como objetivo abordar aimportncia do empreendedorismo e o processo de inovao notrabalho do componente curricular Planejamento do Trabalhode Concluso Curso. Desta forma se justifica e pertinenteao mercado empresarial por meio do desenvolvimento deprodutos inovadores para diminuir os impactos ambientaisdo lixo eletrnico atravs da sensibilizao da sociedade sobreas tendncias atuais e problemas existentes, usando possveissolues de jovens talentosos. Atravs da incluso digital,sociocultural e educacional, por meio de palestras ministradasao corpo discente da Etec Parque Santo Antonio pretende-sesensibilizar sobre a responsabilidade do lixo eletrnico. O grupoest em processo de elaborao de um produto que simula umalata de lixo, com o uso de material reciclvel, e realizao contnuade palestras, a viso e meta que este produto seja comercializadoe tenha um retorno financeiro. Realizado o desenvolvimento deum produto, o processo de inovao traz aos alunos uma visoempreendedora de negcios e motivao, independente de faixaetria, condio cultural, escolar ou financeira. caracterizadoque este modelo de educao formal auxilia a construo dacidadania dos participantes atravs do processo criativo einovador. A metodologia aplicada uma pesquisa de campode carter exploratrio de abordagem quantitativa e pesquisabibliogrfica. Espera-se com o projeto timos resultados, nosentido de que os alunos sejam estimulados realizao edesenvolvimento de produtos e processos inovadores e tambmcom a realizao de palestras sobre a importncia do descartee destino adequados do lixo eletrnico, alm da viso dastendncias de um mercado promissor.

Palavras-chaveEmpreendedorismo. Inovao. Responsabilidade Social. Incluso. Criatividade.

IntroduoOs termos Empreendedorismo e Inovaodiscutida neste trabalho tm suas particularidadese especificaes. Para isso necessrio distinguilos como: Empreendedorismo ter uma viso demercado, perceber e entender as necessidades edesejos dos clientes, e criar novas possibilidadespara atra-los e mant-los, e desafiar o mercado,estabelecer riscos calculveis. Manter-se atualizado

sempre sobre as questes pertinentes ao segmentode atuao, pensar fora da caixa e inovarsempre; Inovao a introduo de um bem e/ouum servio, para melhorar ou inserir com o objetivode trazer um aumento ao capital financeiro,transformar, aprender novas tcnicas e melhorarsensivelmente os indicadores de qualidade.Para Freire (2007): INOVAR, possivelmente,signifique muito mais que refazer atualizar algoque j foi feito ou, s vezes preponderantemente,

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fazer o que no foi ainda. S h inovao quandoa relao de tenso entre a rotina que te puxa paraa repetio e a ousadia que te empurra para atransformao parteja o novo.Esse projeto, alm de estar em consonnciacom os ideais de sustentabilidade, traz umainovao para o entorno do bairro e regio.A dificuldade dos alunos em relao problemtica existente de compreender umcontedo complexo como o componente curricularque envolve a realizao do TCC minimizado apartir do momento que visualizam a perspectivade tentar solucionar um problema da sociedadee reverter situao com a viso de uma carreirabrilhante e empreendedora, conforme a necessidadedo mercado promissor.O mercado de empresas neste segmento promissor, portanto se justifica o incentivo aosalunos neste projeto. O grupo leva ao pblicoalegria e entusiasmo, passando energia positivae mensagens atravs de palestras e encenaesteatrais e inclusive quanto ao desenvolvimento deum produto, transportando uma motivao queinfluencia o pblico sensibilizao para espaosfora do mbito escolar e a gerao de ideiasinovadoras.

ObjetivosO principal objetivo do trabalho sensibilizaros alunos para que desenvolvam uma conscinciasobre o correto descarte de lixo eletrnico e suaimportncia em relao aos impactos ambientais.

MetodologiaPara isso deve-se abordar a importnciado empreendedorismo e o processo de inovaono incio do trabalho da disciplina PTCC Planejamento do Trabalho de Concluso Curso,conforme as teorias abordadas direcionadas aoplanejamento de projeto o aluno incentivado atrabalhar na prtica atravs de consultorias, ondeprestam servios voluntrios e informais. Portanto,gera a incluso sociocultural e educacional, sendoo projeto cujo grupo apresenta voltado ao temado lixo eletrnico e que foi aplicado na escolaatravs de palestras realizadas pelos alunos e odesenvolvimento de um produto, um coletor delixo reciclvel.- Desenvolvimento de um produto para omercado;- Reciclar materiais provenientes do lixoeletrnico de forma rentvel do ponto de vistaempresarial.Uma vez que o desenvolvimento do TCC

depende do planejamento se faz necessrio efundamental a abordagem do componente dePTCC, uma vez que auxilia na organizao etomadas de deciso do projeto, direcionando ogrupo para um resultado mais assertivo.A metodologia de pesquisa abordada nestetrabalho foi realizada de forma exploratria, deabordagem qualitativa, estudo bibliogrfico epesquisa de campo que por sua vez consiste emrealizar entrevistas na escola Etec Parque SantoAntonio.

Resultado e DiscussoEspera-se com o projeto timos resultados, nosentido de que os jovens talentos sejam estimuladosa realizao e desenvolvimento de novos produtose processos inovadores juntamente com as palestrasrealizadas seguindo as tendncias de mercadospromissores. Com o projeto proposto pretendese desenvolver novos produtos e evidenciar quemuitas vezes o que falta estmulo aos jovenspara que coloquem em prtica a criatividade pormeio da inovao, no s na criao de produtos,mas tambm na reestruturao de processos. Esseestmulo pode ser o fio condutor para que, a partirde um projeto de TCC novos empreendedoressejam descobertos e que atravs deles empresasvenham a ser criadas.

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Consideraes FinaisO Empreendedorismo a chave para uma sociedade sufocada pelo consumo exacerbado, para aescola enquanto cerne de reflexo, discusso e construo do conhecimento.Os objetivos sociais, culturais, educativos e empreendedores se concretizam atravs do respeito srelaes interpessoais e intrapessoais, tanto por parte dos alunos quanto dos professores.Um compromisso de integridade e unio com responsabilidade, respeito e dedicao. Estasinformaes foram mais uma vez enfatizadas, as quais fizeram parte da abordagem metodolgica destetrabalho. Assim, a prtica do empreendedorismo alm de inmeros benefcios visa incluso e o despertarde uma viso empreendedora. O indivduo descobre e passa a vislumbrar por novas perspectivas detrabalho. importante salientar a existncia de novas pesquisas a serem realizadas a cada semestre.

Referncias BibliogrficasBIAGIO, L. A. Empreendedorismo: construindo seu projeto de vida. So Paulo: Manole, 2012.DEMO, P. Praticar cincia: metodologias do conhecimento cientfico. So Paulo: Saraiva, 2012.DIAS, D.de S. SILVA, M.F. Como escrever uma monografia. So Paulo: Atlas, 2010.ECO, U. Como se faz uma tese. 23. ed. So Paulo: Perspectiva, 2010.LEITE, E. O fenmeno do Empreendedorismo. So Paulo: Saraiva, 2012.MEDEIROS, J.B. Redao Cientfica: a prtica de fichamentos, resumos, resenhas. So Paulo: Atlas, 2010.TIGRE, P.B. Gesto da Inovao: A economia da Tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2006.A Era da Inovao. Inspire-se nas grandes empresas Brasileiras inovadoras e aumente os seus resultados.Revista Wide, So Paulo, v. 89, n. 9, maro/abril 2012.

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Carrinho controlado por WI-FIEixo Tecnolgico - Informtica e ComunicaoAutorGustavo de Souza GabrielLuciano Sbragi CrecenteOseas Teles dos SantosPedro Ivo Cotrim GonalvesRafael Corradini da CunhaTiago Sanches FrancoEtecIbitinga - [email protected]@[email protected]

ResumoO presente trabalho tem o escopo de unir diversastecnologias, a fim de criar um carrinho que, ao invs de ser dirigidopor controle remoto, ser guiado por comandos transmitidos porrede sem fio Wi-Fi, atravs de um software criado especialmentepara o projeto. Assim, a partir deste prottipo, permitido oacesso a lugares insalubres e/ou perigosos, onde, ao invs deenviar um ser humano, seria enviado o carrinho para verificaralguma situao anormal, como por exemplo, um vazamentode gs, um tremor de terra, entre outras ocorrncias. O projetodemonstra atravs da programao de componentes eletrnicosa aplicao prtica dos conceitos abstratos desenvolvidos nasdisciplinas de programao do curso Tcnico em Informtica.

Palavras-chaveWi-Fi. Delphi. C++. Linguagens de Programao. Arduino.

IntroduoA Robtica, basicamente, pode ser definidacomo o estudo e a utilizao de robs (robots). Foio cientista e escritor estadunidense Isaac Asimov(1920-1992) o primeiro a empregar a expressorobot. E mais tarde, num livro publicado em1942, Runaround, apareceu pela primeira vez apalavra robtica.O objetivo fundamental de todos osdesenvolvimentos no campo da robtica seriaalcanar a automatizao de tarefas que podem serexecutas pelo homem. No entanto, cabe salientarque robot derivado do idioma tcheco, tendocomo significado trabalho forado. O rob seriauma mquina que realiza uma dada tarefa sem sercontinuamente supervisionado por um operadorhumano.Amplamente utilizado na atualidade, osistema de transmisso de dados adotado parao projeto foi o Wi-Fi, sinnimo para a tecnologiaIEEE 802.11, que permite a conexo entre diversosdispositivos sem fio.Segundo definio postada no site Tecmundo,As redes Wi-Fi funcionam por meio de ondasde rdio. Elas so transmitidas por meio de umadaptador, o chamado roteador, que recebe ossinais, decodifica e os emite a partir de uma antena.Para que um computador ou dispositivo tenhaacesso a esses sinais, preciso que ele esteja dentro

um determinado raio de ao, conhecido comohotspot.Para relevncia do objetivo do projeto, foiimprescindvel a utilizao de um meio no fsico(rede sem fio) na transmisso dos dados do controlepara o carrinho. Desta forma o acesso a lugaresinspitos no fica comprometido.

Objetivos

Demonstrar as habilidades adquiridas nodecorrer do curso, atravs de um projeto prtico; Desenvolver um produto inovador, capazde agregar conhecimentos da informtica asnecessidades das empresas, incluindo o quesitoacessibilidade a lugares inseguros para o serhumano; Despertar o interesse pelos conhecimentos eaquisio destes para sua formao curricular; Incentivar e disseminar a cultura e estudodo empreendedorismo, inovao e a questo dapropriedade intelectual e industrial nos corposdiscente e docente.

Materiais e Mtodos

A ideia do projeto surgiu no 2 Mdulo do

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Curso Tcnico de Informtica como Trabalho deConcluso de Curso (TCC). Atravs de pesquisas na internet e vdeoaulas, os alunos conheceram o funcionamentoda placa ARDUINO, que permite programaoem linguagem C++. Isso foi crucial para definir aviabilidade do projeto. Para o projeto do veculo controlado porWi-Fi foram utilizados um carrinho e trs placas.A principal placa uma ARDUINO (placa opensource) UNO R3. A segunda placa usada paracontrolar o motor eltrico DC, e a terceira placafar a comunicao com o PC via Wi-Fi. Todas estasplacas e baterias sero acopladas no carrinho. Os movimentos realizados pelo prottipo frente, atrs, esquerda e direita. Para isso aplaca ARDUINO UNO R3 recebe os cdigosprogramados e compilados em linguagem C++. Todo o controle ser realizado atravsde uma interface visual desenvolvida em Delphi(EMBARCADERO XE2) que ser instalada em umPC ou Notebook. O funcionamento ser utilizandoas setas de direo no teclado. Os materiais a serem utilizados so osseguintes:Carrinho de controle remoto.Placa ARDUINO UNO R3 (principal).Placa ARDUINO SHIELD 2A MOTORSHIELD (controla o motor DC).CUHEAD WIFI SHIELD FOR ARDUINO(comunicao wireless).Baterias de 6 a 9 volts.Um notebook. Roteador wireless.O projeto teve incio no ano de 2012 e seguiu

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as seguintes etapas: nos ms de Janeiro e Fevereiroforam realizadas as pesquisas sobre o assunto. EmFevereiro e Maro, houve o desenvolvimento doprojeto e a aquisio de peas. A implantao e ostestes foram realizados nos meses de Abril e Maioe em Junho o projeto foi concludo.

Resultados e DiscussoRealizar o controle do carrinho via conexo WiFi (Figura 1), atravs da programao das placas ecriao da interface de comando no PC. Mostrar comisso a viabilidade dos alunos assimilarem oscontedos de programao das disciplinas do cursoTcnico de Informtica em projetos prticos quegeram motivao aos estudantes.

Figura 1. Carrinho criado para ser controlado via conexo Wi-Fi.Fonte: Gustavo de Souza Gabriel, 2012.

Consideraes Finais Diante dos testes j realizados na Etec de Ibitinga, so satisfatrios os resultados alcanados, sendocerto que, aps a finalizao de alguns detalhes tcnicos, o projeto poderia comear a ser produzido parauma efetiva implantao. Ressalta-se, que a inscrio do o referido projeto para FETEPS 2012, foi uma forma de motivar osalunos a desenvolverem projetos de acordo com as habilidades desenvolvidas no curso tcnico. Mostrarque no basta ter a ideia, mas tambm, preciso correr atrs, pesquisar e tirar dvidas com os professores.Criar no aluno o interesse de empreender e inovar, podendo assim o projeto tornar-se algo til que recebaincentivos, inclusive patentes e que esta cultura faa parte do dia-a-dia das futuras geraes. Para realizao do projeto os alunos tiveram que pesquisar e aprimorar muito as habilidades deprogramao. Este correr atrs ocasionou progresso em termos de conhecimentos adquiridos que levaropara a vida pessoal e profissional. Verificou-se ainda, que a partir da placa arduino e demais hardwares e softwares utilizados nestetrabalho, pode ser criados outros projetos, como uma monitorao distncia de idosos e crianas, debens mveis e imveis, transporte de produtos entre salas de um mesmo prdio, enfim, uma nova e poucoexplorada rea do conhecimento. Por fim, destaca-se que a motivao foi to grande, que os estimulou a ingressarem num segundo

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curso, o Tcnico em Informtica para Internet, fato este que levou outros colegas a seguirem o mesmocaminho, inclusive de outros cursos.

Referncias BibliogrficasARDUINO. Disponvel em: . Acesso em: 19 nov. 2012.Curso Arduino. Aula 1 por Renato Aloi. Disponvel em: . Acesso em: 19 nov. 2012.Laboratrio de Garagem. Disponvel em: . Acesso em: 20 nov. 2012.RoboCore Tecnologia e Empreendimentos Empresarias LTDA. Disponvel em: . Acesso em: 19 nov. 2012.TECMUNDO. Disponvel em: . Acessoem: 10 nov. 2012.

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Currculos online como iniciativa inovadoraEixo Tecnolgico Gesto e NegciosAutorJos Aurlio Pieretti Pedro IvoIzabel Castanha GilEtecProfessor Eudcio Luiz Vicente [email protected]@Etec.sp.gov.br

ResumoEste ensaio tem como objetivo socializar uma prticainovadora na rea de gesto realizada na Etec Prof. EudcioLuiz Vicente. Para a realizao do trabalho optou-se peladescrio da ao currculo online, que consiste no cadastrode alunos interessados em ingressar no mercado de trabalhoe cadastro de empresas interessadas em contratar jovenstrabalhadores. A experincia prioriza inovao organizacionalcomo ferramenta institucional disponibilizada aos alunos e sempresas da cidade, com o intuito de aproxim-los de maneiraproativa. Considera-se que a inovao no se refere, apenas, criao de um novo produto ou priorizao de equipamentossofisticados. Ela estende-se tambm aos servios, no caso emdestaque, na educao.

Palavras-chaveInovao Organizacional. Inovao Pedaggica. Currculos Online.

IntroduoA experincia priorizada neste ensaioconsiste em tentativa de encontrar formas criativasde utilizar os recursos disponveis na escola,melhorando a qualidade do ensino oferecida aosalunos sem implicar em custos adicionais.A metodologia utilizada foi a descrio de umaao em desenvolvimento pelo ATA AssistenteTcnico Administrativo -, autor deste ensaio, coma colaborao de professores de informtica e degesto. Trata-se, portanto, de pesquisa descritiva eexploratria, considerando-as como aquelas que sereportam a um determinado fato sem, no entanto,alter-lo.Inovao Organizacional: Breve DefinioH algumas dcadas o tema inovaoganhou destaque. A revoluo tecnolgica quecaracteriza os dias corrente, ganha relevncia como desenvolvimento das telecomunicaes comdestaque para a rea computacional. A velocidadeacelerada uma das caractersticas mais marcantesdo tempo presente, quando a evoluo tecnolgicapassou a desacomodar princpios cristalizados e aruir processos consolidados.As inovaes no se limitam sofisticao dosnovos equipamentos. Trata-se de algo estrutural,

que se reflete nas formas de organizao dotrabalho. A complexidade do tempo presente,portanto, requer reviso permanente do conceito deinovao. Entre os vrios esforos de conceituao,neste ensaio considera-se aquele expresso noDecreto Federal n 5.798, de 7 de junho de 2006,para quem inovao tecnolgica :A concepo de novo produto ou processode fabricao, bem como a agregao de novasfuncionalidades ou caractersticas ao produto ouprocesso que implique melhorias incrementaise efetivo ganho de qualidade ou produtividade,resultando maior competitividade no mercado.Em 2005, o Manual de Oslo, editado pelaOrganizao para a Cooperao e DesenvolvimentoEconmico (OCDE), responsvel pelas definiesmundialmente adotadas sobre inovao, passoua incluir o setor de servios, retirando a palavratecnolgica da definio de inovao. Houve,ento, uma expanso do conceito de inovao,abrangendo a inovao em produtos, processos,servios, marketing, e em sistemas organizacionais.Trata-se, portanto, de um conceito mais flexvelquanto s definies e metodologias de inovao.(GUIA PRTICO DE APOIO INOVAO, 2009).A inovao de processo tem como objetivo

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o aumento da produtividade ou a melhora dascondies e da qualidade do trabalho, a melhorano valor do produto ou servio disponibilizadoao consumidor ou usurio, reduo de custos eaumento da eficincia produtiva. Ela consiste naimplantao ou melhoria de processos de fabrico,logstica e distribuio. Pode ser ainda atividadenova ou significativamente melhorada de apoioa processos, entre eles sistemas de manuteno,sistemas de informao, sistemas de contabilizao,entre outros. (INOVAO DE PROCESSO EDESENVOLVIMENTOORGANIZACIONAL,2012).A experincia relatada refere-se a esforosde inovao organizacional, vinculada rea degesto. Procura inovar a partir das condies reaisdisponveis na escola, revertendo em melhoriasqualitativas no ensino, sem custos adicionais escola ou ao CEETEPS.JovensTrabalhadoreseEmpresasContratantes: O Encontro VirtualA unidade escolar protagonista da experinciaatende 985 alunos distribudos em nove turmas doensino mdio e dezessete turmas de ensino tcnico,em nove habilitaes profissionais. As habilitaesoferecidas so Informtica, Informtica paraInternet, Contabilidade, Comrcio, Administrao,Enfermagem,Acarelcool,AgenteComunitrio de Sade e Mecnica. O ndice dealunos empregados significativo, mantendo umamdia de 80% entre aqueles do perodo noturno.(SECRETARIA ACADMICA DA ESCOLA, 2012).Na condio de ATA, observa-se que aagilidade na mediao entre os alunos que desejamingressar no mercado do trabalho e a demanda dasempresas fator fundamental para a promoo deencontros exitosos. Dessa forma, busca-se mantercontato permanente com os alunos interessadosem enviar seus currculos, com orientao paraa sua montagem. Visando facilitar a elaboraofoi desenvolvido um modelo padro, que repassado aos alunos. O cadastro feito peloprprio proponente (aluno do ensino mdio e outcnico) no site da escola. Seu login remete ao seunmero de RG e sua senha repete seu registro dematrcula RM. Simultaneamente, so realizadoscontatos com empresas da cidade e de cidadesvizinhas, cujos cadastros tambm so realizadospelas mesmas. Havendo interesse, elas acessam olink e selecionam os currculos de sua preferncia.O contato feito diretamente com o aluno ou como ATA.A experincia, em funcionamento desde 2010,j contabiliza mais de cem estudantes cadastrados,com cerca de 20% de contrataes. Entre asempresas cadastradas relacionam-se a Caixa

Econmica Federal, O Boticrio, Forum da Comarcade Adamantina, e um significativo nmero deempresas locais. Para conhecer o banco de dados s acessar o link: http://www.escolaeudecio.com.br/site/curriculo.A primeira ferramenta computacional paraa ao descrita foi desenvolvida em 2010, peloprofessor de informtica Alexandre Gonalves.Em 2012, o professor Andr Scagnolato,tambm de informtica, vem trabalhando parao aperfeioamento da mesma. Os professoresda rea de Gesto, Maria Emlia F. F. de Luccas eHilton R. Dalago Borges so grandes colaboradoresda iniciativa. So eles os divulgadores, em sala deaula, das vagas disponibilizadas pelas empresase incentivadores do cadastramento dos currculosonline.

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Consideraes FinaisAs inovaes tornam-se mais fceis quando se est em fase inicial de implantao de uma empresa oude funcionamento de uma instituio. Para os servios j em andamento, a rotina toma tempo e a culturainterna, muitas vezes, dificulta a inaugurao do novo.Criatividade, pacincia, perseverana, viso sistmica, so elementos essenciais para que as inovaesaconteam. Nem sempre altos vultos financeiros ou sofisticados equipamentos so as nicas condiespara que haja inovao. Qualquer melhora que se implante pode ser considerada como inovao e deve sercomemorada. Em ambientes escolares ela condio para adequao contemporaneidade. A inspiraovem do direito de cada aluno em buscar e obter o melhor da instituio escolar qual confiou a sua formao.

Referncias BibliogrficasGuia prtico de apoio inovao. O que inovao. ANPEI e MICT Ministrio da Cincia e Tecnologia,2009. Disponvel em: . Acesso em:12 mai. 2012.Inovao de processo e desenvolvimento organizacional. Disponvel em: . Acesso em: 12 mai. 2012.Secretaria acadmica da Etec Prof. Eudcio Luiz Vicente. Adamantina, 2012.

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Conexo empresa-aluno: Para o aluno otrabalho, para a empresa o empregado idealEixo Tecnolgico - Informtica e ComunicaoAutorJoseli Marise BenineEtecTenente Aviador Gustavo Klug [email protected]

ResumoA necessidade de bons profissionais vem fazendo com queas empresas cada vez procurem mais as instituies de ensino.Em contrapartida os alunos vm procurando se especializarem reas especficas onde existe a necessidade de mo deobra qualificada, dessa forma, esperando entrar com maisfacilidade no concorrido mercado de trabalho. A Etec TenenteAviador Gustavo Klug, situada na cidade de Pirassununga,oferece atualmente nove cursos tcnicos que visam preparar oaluno atravs de aulas prticas e tericas para que se tornemos profissionais ideais. Atravs de parcerias com empresas,os alunos podem ingressar nas empresas como estagiriose consequentemente conseguirem uma efetivao. Atravsdo programa Menor Aprendiz, o aluno pode iniciar sua vidaprofissional desde que tenha entre 14 e 24 anos. O softwareConexo Empresa-Aluno busca aproximar esses dois mundos,o mundo empresarial, com cadastro de vagas de Emprego/Menor Aprendiz/Estgio, e consulta de currculos dos alunose o mundo estudantil, que poder cadastrar seu currculo,obter sugestes de atitudes e posicionamento em entrevistas,selees, e consulta de vagas em aberto. Durante o estgio, ha possibilidade de verificar as atividades desenvolvidas pelavisualizao de relatrios, alm de encaminhar informativossobre prazos, entrevistas de acompanhamento com o orientadorde estgios, etc. A escola alm de proporcionar essa conexo,poder efetuar o acompanhamento dos estgios de maneiramais eficaz, facilitando as aes de orientao e estar maisprximo desses dois universos to distintos. O objetivo maior proporcionar essa interao entre a empresa e o aluno, de umaforma atrativa e eficiente. Atravs da linguagem de programaoPHP e do banco de dados MySql, o sistema foi desenvolvidopara a plataforma web e estar disponvel atravs do site da EtecTenente Aviador Gustavo Klug.

Palavras-chaveParcerias. Empresa. Software. Escola.

IntroduoUma das grandes personalidades daeducao atual o professor Paulo Freire, citadopor Moram, nos ensina que o ser cidado, o serpoltico, capaz de questionar, criticar, reivindicar,

participar, ser militante e engajado, contribuindopara a transformao de uma ordem social injustae excludente. E isso nos reflete a indagar qual afuno de uma escola tcnica no carter social emercadolgico dos alunos. Nos leva a refletir sobrea construo de conhecimentos, atitudes, valores e

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o preparo que nossos educandos devem ter.A Etec Tenente Aviador Gustavo Klug, umainstituio do Centro Paula Souza, situada nacidade de Pirassununga, busca constantementee incansavelmente preparar os alunos para ainsero no mercado de trabalho. A instituio temhoje nove cursos tcnicos abrangendo reas comosade, tecnologia, gesto, entre outras. E a cada diase fortalece mais no cenrio municipal e regionalonde est inserida. Torres (2006), diz que uma das funessociais da escola preparar o cidado para oexerccio pleno da cidadania vivendo comoprofissional e cidado. Baseados nesse contexto aAta da unidade, Professora Karla Furlem, efetuouuma parceria entre a escola, a prefeitura e o governodo Estado, trazendo para dentro dos portes denossa Etec, o Programa Time do Emprego.Na sequncia, com o auxlio da ProfessoraJoseli Marise Benine, orientadora de estgio e doprograma Menor Aprendiz da unidade, os alunosdo 3 mdulo de informtica desenvolveramum software para a plataforma web, o ConexoEmpresa Aluno, onde as empresas parceiras daescola podem cadastrar suas vagas de estgio/emprego/menor aprendiz, acessar os currculoscadastrados no banco de dados, receber notificaoquando o contrato estiver expirando, consultar asleis que regem a contratao de estagirios e deMenores Aprendizes, e manter um contato maiorcom o professor orientador e com o responsvelpela integrao entre a empresa e a escola (emnossa unidade a ATA). Os alunos podero cadastrare atualizar seus currculos, visualizar as vagasdisponveis, consultar as leis de estgio e do MenorAprendiz. O sistema tambm alertar os estagiriossobre prazos de entrega de relatrios e de visitasde acompanhamento com o professor orientador,propiciando um contato maior entre o orientadore os alunos. As empresas que fazem parte doPrograma Menor Aprendiz tambm receberoemails automticos com lembretes de prazos deentrega dos relatrios de acompanhamento.O lanamento do Projeto foi efetuado na 1Feira Tec da Etec Tenente Aviador Gustavo Klug, eempresrios, professores de outras instituies e osalunos elogiaram muito o sistema e demonstrarammuito interesse em utiliz-lo. Com isso a instituiodemonstra mais uma vez a preocupao nainsero de mo de obra qualificada no mercadode trabalho.Mas o que o Time do Emprego?O programa Time do Emprego, umprojeto do governo estadual em parcerias comas prefeituras municipais, que visa preparar oscandidatos para uma recolocao no mercado de

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trabalho. Nesse programa, eles aprendem alm defazer seus currculos, a como devem se comportarem uma entrevista de emprego, em uma dinmica,como se trajar, como tratar os superiores, comose mostrar competentes em seu novo emprego.No primeiro semestre de 2012 foram formadas3 turmas, com 30 alunos cada, que participaramdo curso composto por 10 encontros. Durante osencontros, alm do contedo didtico, os alunosparticiparam de diversas dinmicas e receberamsemanalmente visitas de empresas que expunhamo perfil do profissional que procuram, o perfilda empresa, suas necessidades profissionais eesclareciam dvidas de todos os participantes.O que estgio?A escola possui parcerias com diversasempresas na cidade e agentes integradores, quebuscam oferecer estgios e inserir os alunosmenores no Programa Menor Aprendiz. Segundo aCartilha do Ministrio do Trabalho, que traz a lei n11.788, de 25 de setembro de 2008, o estgio um atoeducativo escolar supervisionado, desenvolvido noambiente de trabalho, que visa preparao para otrabalho produtivo do estudante. O estgio integrao itinerrio formativo do educando e faz parte doprojeto pedaggico do curso.O estgio visa auxiliar o aluno (com idadeacima de 16 anos) em sua educao profissional,levando os conhecimentos da escola para aempresa e trazendo os conhecimentos adquiridosna empresa para a sala de aula.O que o Programa Menor Aprendiz?J o Programa Menor Aprendiz, um contratode aprendizagem especial, ajustado por escrito epor prazo determinado no superior a dois anos,em que o empregador se compromete a assegurarao aprendiz (com idade entre 14 e 24 anos),inscrito em programa de aprendizagem, formaotcnico-profissional metdica compatvel com oseu desenvolvimento fsico, moral e psicolgico,e o aprendiz se compromete a executar com zeloe diligncia as tarefas necessrias a essa formao.O SOFTWARE CONEXO EMPRESA-ALUNOAlm de preparar os alunos buscando queadquiram uma boa bagagem de conhecimentos, importante que a escola esteja preparada tambmpara oferecer recursos aos alunos e as empresas deforma que possibilite a interao entre esses doismundos, de forma que facilite o contato entre eles,e que a empresa consiga adquirir o profissionaldesejado, e o aluno o seu ingresso no to disputadomercado de trabalho. Para isso, com o auxlio dosalunos do 3 mdulo de informtica vespertino, a

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Professora Joseli Marise Benine, que atualmenteorienta os estgios e o Programa Menor Aprendizna Etec de Pirassununga, desenvolveu um sistemapara a plataforma web, chamado ConexoEmpresa-Aluno, que visa facilitar a comunicaoentre a empresa, o aluno e a escola.O software foi lanado na 1 Feira Tec realizadaem maio de 2012. Segundo o Professor Azarite,da Delegacia de Ensino de Pirassununga, essesoftware um caminho excelente para dinamizaras contrataes de alunos. Eu oriento estgios emoutra instituio e isso me ajudaria muito se tivesseum sistema assim implantado l.O sistema auxilia tambm na orientao feitaaos alunos, facilitando o agendamento, a entregade relatrios, esclarecendo dvidas, entre outrascoisas. As empresas podem consultar currculos,cadastrar vagas, ter um contato maior com a escola.

A internet aproxima as pessoas indiferente dadistncia em que se encontram, e com o sistemafuncionando na web, qualquer empresrio equalquer aluno da instituio podero acessar econsultar o banco de dados a qualquer hora e emqualquer lugar.Para a Etec Tenente Aviador Gustavo Klug,alm da gratificao de saber que est formandojovens e auxiliando-os a ingressarem no mercadode trabalho, ainda conseguiu-se diminuir a evasoescolar, pois a maioria das desistncias eramoriundas de alunos que precisavam trabalhar e noconseguiam vagas e por isso acabavam optandoem aceitar trabalhos em horrios de curso.A Conexo Empresa Aluno a ponte entreo aluno e o mercado de trabalho e entre o mercadode trabalho e o profissional ideal.

Figura 1. Imagem da tela principal do software Conexo Empresa-Aluno

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Consideraes FinaisPasso a passo a Etec Tenente Aviador Gustavo Klug vem auxiliando os alunos a ingressarem no mercadode trabalho e est construindo uma ponte, aproximando a empresa da escola, dos alunos, fazendo novasparcerias, buscando levar a essas empresas o profissional desejado. Para isso, existe a participao de todosos professores e coordenadores da escola, pois os alunos precisam estar prontos quando chamados e asdvidas encontradas no dia a dia na empresa so sanadas dentro de salas de aula.A unidade possua poucos currculos de alunos, mas com a utilizao do software obtivemos um aumentode mais de 70% de alunos interessados em estagiar e/ou participar do Programa Menor Aprendiz. Podemosdizer que a cada dia crescemos e fortalecemos nossas parcerias, estimulamos nossos alunos e construmoso nome de nossa.

Referncias BibliogrficasDirio Oficial da Unio. Orientao Normativa N 7, de 30 de Outubro de 2008. Disponvel em: . Acesso em: 07 mai. 2012.Etec Tenente Aviador Gustavo Klug. Guia de Estgio 2012. Disponvel em: . Acesso em: 07 mai. 2012.Ministrio do Trabalho e Emprego. Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estgio. Disponvel em: . Acesso em: 07 mai. 2012.MORAM, J. Aprender colaborar. Disponvel em: .Acesso em: 12 mai. 2012.Presidncia da Repblica Casa Civil. Lei N 11.788, de 25 de Setembro de 2008. Disponvel em: . Acessado em: 07 mai. 2012.TORRES, S. Uma funo Social da Escola. Disponvel em: . Acesso em: 08 mai. 2012.

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Cipa didticaEixo Tecnolgico - Ambiente, Sade e SeguranaAutorJos Antonio Castro BartelegaJoyce Maria de Sylva TavaresBartelegaMeire Satiko Fukusawa YokotaEtecProfessor Alfredo de Barros Santos- [email protected]@centropaulasouza.sp.gov.br

ResumoSegundo o estudo da Organizao Internacional doTrabalho (OIT), o Brasil ocupa o 4 lugar em relao ao nmerode mortes, relacionadas a acidentes do trabalho. Para revertereste quadro, fica explcita a importncia das atividadesdesenvolvidas pelo Tcnico em Segurana do Trabalho. Suaformao dever contemplar uma srie de competncias ehabilidades que permitam conscientizar os trabalhadores sobrea necessidade do trabalho seguro. Para atender as exigncias domercado de trabalho preciso incorporar a prtica na formaodestes profissionais. O Projeto CIPA DIDTICA permiteaplicar na prtica a Portaria SSST/MTb N 8 de 29/10/1999(NR5 CIPA). Para desenvolver o Projeto ser formada umaComisso Interna de Preveno de Acidentes com os alunosdo Curso Tcnico de Segurana do Trabalho. Assim, os alunosvivenciaro todas as etapas da formao e funcionamentode uma CIPA (eleio, posse, treinamento, verificao dosambientes escolares contribuindo inclusive para o melhorfuncionamento das normas na Etec, elaborao de atas, etc).Fortalecendo as parcerias, 30 alunos participaram de reuniesda CIPA da Empresa LIEBHERR BRASIL e LIEBHERRAEROSPACE durante o ano de 2012. O desenvolvimento doProjeto CIPA DIDTICA proporcionou aulas mais prticase uma formao mais slida para os nossos alunos.

Palavras-chaveAcidentes. Escola. Segurana. Preveno.

IntroduoApesar do decrscimo verificado no perodo2008/2009, as altas taxas de acidentes e doenasregistradas pelas estatsticas oficiais expem oselevados custos e prejuzos humanos, sociaise econmicos que custam muito para o pas,considerando apenas os dados do trabalho formal.Cabe ressaltar que acidentes e doenas relacionadasao trabalho so agravos previsveis e, portanto,evitveis. A incorporao das boas prticas de gestode sade e segurana no trabalho contribui para aproteo contra os riscos presentes no ambientede trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes,doenas e diminuindo consideravelmente oscustos. A Comisso Interna de Preveno deAcidentes CIPA tem como objetivo a prevenode acidentes e doenas decorrentes do trabalho,de modo a tornar compatvel permanentemente o

trabalho com a preveno da vida e a promoo dasade do trabalhador.A Etec Professor Alfredo de BarrosSantos tem um estreito relacionamento com asempresas da regio, tanto no fornecimento demo-de-obra em formao, atravs de estgiossupervisionados, quanto na mo-de-obra jqualificada e capacitada. Esta parceria se concretizae fortalece tal relacionamento com a abertura dasempresas parceiras em permitirem que os alunosem formao do curso Tcnico em Segurana doTrabalho participem de suas respectivas reuniesdas Comisses Internas de Preveno de Acidentes,conhecendo e participando como ouvintes dosprocessos de avaliao, anlise e deliberaestomadas pelos Cipeiros.Como se trata de uma atividade didtica,os alunos tm participao limitada observaosem a prerrogativa de voz e voto. Mesmo

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nessas condies h uma vivncia prtica, oque proporciona uma formao mais slida dosTcnicos em Segurana do Trabalho.Com a prtica deste Projeto Cipa Didtica oqual permite aplicao da Portaria SSST/MTb N8de 29/10/1999 (NR5 CIPA), os alunos vivenciamtodas as etapas da formao e funcionamento deuma CIPA.

ObjetivosEstimular as atividades prticas no CursoTcnico em Segurana do Trabalho; Estabelecervnculo entre a Portaria SSST/MTb N 8 de29/09/1999 (NR5 CIPA) e a prtica profissional;Fortalecer Parcerias entre a Etec e as Empresas daregio.

Materiais e MtodosO presente projeto desenvolvido a partir doestudo detalhado da NR 5 CIPA em sala de aula,com a explanao do docente discutindo todas asfases e etapas da constituio, da organizao, dasatribuies, do funcionamento, do treinamento,do processo eleitoral e das disposies finais,consolidando a totalidade do que preconiza talNorma Regulamentadora.Ato contnuo, com a anuncia da Diretoriae Coordenao do Curso Tcnico em Seguranado Trabalho da Etec Professor Alfredo de BarrosSantos, d-se o comunicado aos interessadosda abertura do processo eleitoral, precedido dapublicao e divulgao da Comisso Eleitoral.O processo eleitoral indica os representantes dosempregados (alunos).Os alunos, indicados pela coordenao doprojeto, formam a Comisso Eleitoral, de acordocom a Norma Regulamentadora NR5 e promovem:

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Divulgao do edital de abertura do processoeleitoral para a composio da CIPA DIDTICA; Abertura das inscries dos candidatos(alunos) para o pleito s vagas de Cipeiros,conforme a representatividade, 50% representantesdos empregados (alunos); Divulgao dos respectivos candidatoss vagas de Cipeiros de acordo com arepresentatividade; Processo eleitoral, com voto secreto dosalunos dos cursos tcnicos da Etec, com apuraodos votos e publicao dos eleitos, considerandoos mais votados, em quantidade de acordo com osquadros I e II da NR5.Aps a eleio dos representantes dosempregados (alunos), o empregador (Direo/Coordenao da Etec), indica os seus representantesna CIPA.Com a formao da CIPA, contando com50% representantes dos empregados (alunos) e50% representantes do empregador (Direo/Coordenao da Etec), realizou-se as seguintesetapas do projeto: Posse da CIPA; Divulgao da composio da CIPADIDTICA, com posterior treinamento ecapacitao; Reunies ordinrias realizadas mensalmente; Verificaes nos ambientes da Etec; Elaborao dos Mapas de Risco da Etec; Participao nas reunies da CIPA dasempresas LIEBHERR BRASIL e LIEBHERRAEROSPACE; Avaliao final do Projeto.

Resultados e DiscussoDurante o desenvolvimento do Projeto CIPA DIDTICA realizou-se o estudo da NormaRegulamentadora NR 5 CIPA em sala de aula e sua aplicao prtica atravs de simulaes,reunies e procedimentos de segurana. O funcionamento das normas de segurana na Etectornou-se mais eficaz e o Curso Tcnico em Segurana do Trabalho mais dinmico, proporcionadoaos nossos alunos uma formao mais slida, atendendo o solicitado pelo mercado de trabalho.Tambm manteve-se as parcerias com a LIEBHERR BRASIL e LIEBHERR AEROSPACE,possibilitando a participao dos alunos em reunies ordinrias da CIPA destas empresas.

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REFERNCIAS BIBLIOGRFICASBARROS, A.M. Curso de direito do trabalho. So Paulo: LTR, 2010.Manuais de Legislao Atlas Segurana e Medicina do Trabalho. So Paulo: Atlas, 2011.SAAD, E.G.; SAAD, J.E.D.; BRANCO, A.M.S.C. CLT Comentada. So Paulo: LTR, 2010.SALIBA, T.M.; PAGANO, S.C.R. Legislao de segurana, acidente do trabalho e sade do trabalhador. SoPaulo: LTR, 2009.ZOCCHIO, . Como entender e cumprir as obrigaes pertinentes segurana e sade no trabalho. SoPaulo: LTR, 2008.

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O desenvolvimento de equipamentosindustriais atravs da aprendizagem tcnicaEixo Tecnolgico: Controle e Processos IndustriaisAutorJuliano Gomes da RochaEtecPedro Badran So Joaquim [email protected]

ResumoApresenta um estudo direcionado utilizao de recursosde aprendizagem tcnica para a elaborao e o desenvolvimentode equipamentos industriais que atendam demandas reais demercado. A busca pela inovao e motivado pela transformaodo meio em que vive, o ser humano analisa o tempo, o espaoe os recursos disponveis em prol de mudanas relevantes queafetam seu modo de ser, pensar e viver em sociedade. Atravsdo senso crtico apurado e desenvolvido em meios acadmicos,os quais se constituem bero de grandes pensadores querevolucionaram o mundo com suas descobertas e inventos, ohomem alinha conhecimento terico e os recursos disponveis sua criatividade intrnseca, levando a compreender que seupoder de transformao se potencializa criando a partir dessesrecursos, solues antes inimaginveis pela sociedade.

Palavras-chaveNovas Tecnologias. Ensino-Aprendizagem Tcnica. Metodologia Inovadora.

Introduo possvel afirmar que as inovaestecnolgicas tornaram-se fundamentais nocontexto de vida moderna. O ser humano desdeos tempos primitivos utilizou-se de recursostecnolgicos, mesmo que rudimentares, com opropsito de promover a elevao da qualidadede vida. A criao de instrumentos para defesae caa, o desenvolvimento de tcnicas paradominar o fogo e a criao da roda so artifciosque perduram at hoje nesta promoo. Porassim dizer, entende-se por tecnologia as tcnicas,conhecimentos ou mtodos empregados a partirde sua atuao prtica, na busca para solucionarproblemas individuais ou coletivos. A escola, porsua vez, desenvolve um papel fundamental nessesentido como afirma Libaneo (1985):A escola atravs da atuao no formal,professores e alunos, medializados pela realidadeque apreendem e da qual extraem o contedo daaprendizagem, atingem um nvel de conscinciacrtica a fim de buscarem uma transformaosocial.

dentro dessa filosofia de solues deproblemas de ordem mundial, categorizada comouma questo coletiva, que se enquadra a questoda fome. Atualmente o planeta j conta com setebilhes de pessoas, espalhadas pelas mais remotasregies do globo terrestre, submetidos a diferentestipos de clima, altitudes, solo e sem contar seusaspectos culturais.Com o propsito de como aumentar aproduo de alimentos para que supra toda essademanda, grandes empresas investem bilhes empesquisa e desenvolvimento de cultivares (milho,soja, sorgo, arroz e outros), com capacidade deadaptao nas mais remotas regies do planeta(Figura 1).

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Menezes, do Ncleo de Sementes Departamentode Fitotecnia do Centro de Cincias Rurais daUniversidade Federal de Santa Maria, afirma:O teste de Tetrazlio (Tz) rpido e de grandeimportncia para a avaliao da qualidade dassementes, porque, alm da viabilidade, o mesmopode informar sobre o vigor e ainda identificardiversos problemas que afetam o desempenhodas sementes. A metodologia do teste vem sendoaperfeioada constantemente, de modo queexistem manuais que indicam a execuo paravrias espcies, tais como a soja, milho, trigo,feijo, algodo e amendoim.

O que se verifica para o estudo em questo que esse processo ocorre de forma totalmenteartesanal, uma vez que so feitos os cortes nassementes manualmente, praticamente sem proteoalguma, utilizando-se apenas um bisturi. Alm dasquestes da baixa eficincia produtiva e um alto risco integridade fsica do operador, uma vez que ele fica

Figura 1. Mapa da Fome do Mundo.Fonte: www.frigoletto.com.br/geopop/mapafome.htm, 2012.

Dentro da cadeia do processo de pesquisae produo dessas sementes, que se iniciabasicamente do cruzamento de diversos tipos decultivares (milho, soja, sorgo, etc.), j adaptado aum determinado clima ou solo existe um etaparesponsvel pela anlise fitossanitria da planta, ouseja, ainda em fase germinao (semente) analisamestatisticamente sobre as mais diversas condiesque se encontra a sanidade dessa futura planta.Resumindo, seria verificar antecipadamente se essasemente germinaria com vigor a ponto de suportaras adversidades naturais a qual estaria exposta:clima, solo, infestaes e outras adversidades. Para que ocorra um desses processos deanlise com toda eficcia preciso que as sementesfiquem submergidas numa soluo qumica,expostas por algumas horas, a uma temperaturapr-estabelecida dentro de uma estufa. Aps esseprocesso cada semente individualmente partidaao meio para checagem da reao da semente frenteao efeito qumico. Este teste conhecido comoTetrazlio, responsvel por checar a possibilidadede germinao da planta atravs de anlise doembrio da semente.De acordo com o artigo Testes Rpidos paraa Determinao da Qualidade das Sementesescrito pelo professor-adjunto Nilson Lemos de

exposto a cortes constantes (Figura 2).Figura 2. Ilustrao do processo de corte manual da semente.Fonte: www.ufms.br/sementes/textos/testes.shtml, 2012.

Atualmente as empresas produtoras de sementesde milho em escala comercial, mercado formadonotoriamente por empresas multinacionais quepesquisam, desenvolvem e comercializam esses gros,as quais detm maior participao mundial nessesegmento e procuram constantemente solues demelhoria de processo para desenvolver suas pesquisasem gentica e melhoramento dentro das mais rigorosasleis de proteo ao meio ambiente.A partir da oportunidade de uma soluotecnolgica que a Etec Pedro Badran, por meio do CursoTcnico em Eletroeletrnica, promoveu um ambientetcnico e cientfico, onde a unio de coordenadores,professores e alunos propiciou o desenvolvimento deum equipamento, o Cortador de Sementes, capazde suprir essa necessidade industrial com eficincia,eficcia e total segurana ao operador.

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ObjetivosO projeto teve por objetivo criar um aparelhopara aumentar ganhos produtivos aliados segurana do operador.

Materiais e MtodosCom base em que a definio de educao nose relaciona isoladamente ao ensino, mas tambm toda vivncia, suas experincias, reflexes,percepes e concepes do indivduo em relaoao mundo e maneira como ir conduzir suasaes diante dos cenrios criados e propostos,prope uma metodologia de ensino com uma dasferramentas fundamentais na conduo dos alunosao alcance da aprendizagem, no relacionamentoteoria-prtica e parcialmente responsvel naformao de educandos crticos e criativos, comoafirma Cormnio (1966):Em primeiro lugar, todos aqueles quenasceram homens, nasceram para o mesmo fimprincipal, para serem homens, ou seja, criaturaracional, senhora das outras criaturas... todos,por isso, devem ser encaminhados de modo que,embebidos seriamente do saber, da virtude e dareligio, passem utilmente a vida presente e sepreparem dignamente para futura.

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Embora o equipamento proporcionasseum aumento de produtividade em relao quantidade/hora de sementes cortadas, o mesmoainda no oferecia recursos quanto total seguranado operador, que era um fator imprescindvelexigido pelas empresas.Segunda Fase Princpios EletrnicosCom conhecimentos bsicos em eltrica eeletrnica e um domnio em softwares paradesenvolvimento de projetos, os alunos puderamdesenvolver um segundo prottipo que japresentava uma maior quantidade de recursos.Foram implementados vrios dispositivos eltricose o aparelho recebeu uma estrutura mais robusta,que proporcionava maior conforto e seguranaoperacional (Figura 4).

O projeto foi desenvolvido em trs fases: amecnica, os princpios eletrnicos e por ltimo aautomatizada. O conceito foi evoluindo em ideia eaplicao juntamente com o conhecimento tericoe prtico dos alunos ao longo do curso.Primeira Fase - A MecnicaOs conhecimentos bsicos de desenhotcnico proporcionaram aos alunos a elaboraode um primeiro prottipo. Atravs de ferramentassimples de desenho tcnico, o primeiro prottipo(Figura 3) ficou parecido com um cortador depapel. O aparelho tinha um grau de eficincia,pois cortava uma quantidade maior de sementenum perodo menor de tempo, quandocomparado ao corte feito manualmente.

Figura 4. Prottipo intermedirio.Fonte: Frederico de Assis Zanini, 2010.

Nesta fase foi dada uma ateno especialquanto s normas de segurana: Pois o dispositivo seguia as orientaescontidas da NR 12 (Norma Regulamentadora 12 Equipamentos e Mquinas); O equipamento era totalmente lacrado; Possua sensores de segurana para evitar ocorte sem a gaveta; Contava atravs de um comando bi-manualque garantia o acionamento somente quando asduas mos do operador estivessem ocupadas.

Figura 3. Prottipo inicial.Fonte: Frederico de Assis Zanini, 2009.

Nessa fase a mquina j se encontravatotalmente dentro das normas de segurana e emsua performance total cortava aproximadamentemil sementes em trs horas, uma vez que o mesmoservio com a maquina anterior levaria at oito horas.

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Terceira Fase A AutomatizadaConsiderando evoluo como um exerccioconstante do processo de investigao em novasformas de como fazer as coisas, o terceiro prottipodemonstrava alto grau de eficincia. Com aaplicao de