24
Transporte Novos caminhos para o ramo transporte CIBP Brasil recebe congresso de bancos populares Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 Crédito Nova classificação para as cooperativas financeiras Alô, Táxi! Rio e São Paulo recebem os principais eventos do setor

Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro 2015 Montenegro Grupo de Comunicação

Citation preview

Page 1: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

TransporteNovos caminhos para o ramo transporte

CIBPBrasil recebe congresso de bancos populares

Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015

CréditoNova classificação para as cooperativas financeiras

Alô, Táxi!

Rio e São Paulo recebem os principais

eventos do setor

Page 2: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015
Page 3: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

4

Rio Cooperativo é uma publicação da Montenegro Grupo de ComunicaçãoContatos e Publicidade: (21) 2215-9463 - 2533-6009End.: Rua Acre, 47, gr. 301-304 - Centro - CEP 20081-000 - Rio de Janeiro - [email protected] | www.montenegrocc.com.brtwitter.com/MontenegroGC | facebook.com/MontenegroGCwww.riocooperativo.com.br | facebook.com/RioCooperativo

Editor Executivo: Cláudio Montenegro(MTb 19.027 - [email protected])Jornalista Responsável: Leonardo Poyart(MTb 24.393 - [email protected])Redator-chefe: Richard Hollanda ([email protected])Reportagens: Julio Cezar Camacho ([email protected])Programação visual: André Carneiro ([email protected])Administração: Márcia Fraga ([email protected])Publicidade: Maria Irlanda ([email protected])

Colaboraram nesta edição: Abdul Nasser, Myrian Lund, Paulo Rezende e Ronaldo Gaudio.Fotos: Montenegro Grupo de Comunicação e SXC.Distribuição: Lideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes, cooperados e funcionários de cooperativas de todos os segmentos (agropecuário, consumo, crédito, educacional, espe-cial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte e turismo), empresários, administradores e gestores, assessores jurídicos, auditores, contadores, pro-fissionais de recursos humanos, associações, sindicatos, federações e entidades de classe de forma geral, orgãos e instituições governamentais, universidades, clínicas e hospitais, fornecedores de produtos e serviços para cooperativas e demais formadores de opinião.Artigos: os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores, não corres-pondendo necessariamente à opinião dos editores.Envio de releases: [email protected] (os releases são avaliados pelos editores, sem obrigatoriedade de publicação dos mesmos).Capa: André CarneiroEdição nº 23 - Novembro de 2015

10

8

12

14

16

19

5

18

20

QR CodeAcesse o nosso site:

Seções

Editorial

Circulando

FinançasMyrian Lund

Causa & EfeitoRonaldo Gaudio e Abdul Nasser

Tempos VerbaisPaulo Rezende

Crédito Nova classificação para ascooperativas financeiras

TecnologiaAplicativo e bandeira únicapara táxis

CapaRio e São Paulo recebem eventos dosegmento táxi

TransporteNovos caminhos para o ramo Transporte

EventoWorld Coop Management: crescimentomesmo na crise

CIBP Brasil recebe congresso de bancos populares

22

Page 4: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 20154

Um cardápio de assuntos para todos os gostos

O mês de novembro de 2015 tornou-se o mês do Táxi. Isto por conta das

feiras Expotáxi Brasil, que pela primeira aporta na capital paulista nos dias 7 e

8, no novo São Paulo Expo (ex-Imigrantes), e o Salão do Táxi Rio de Janeiro, nos

dias 13 e 14, no Riocentro.

São eventos importantes para a categoria, trazendo novidades do mer-

cado automotivo, com parceiros como Toyota, Volkswagen, Renault, Honda e

Nissan, serviços diversos que visam a facilitar o dia-a-dia dos taxistas, como

recursos de multas de trânsito, novas tecnologias de gerenciamento de cha-

madas de táxis, palestras elucidativas e esclarecedoras para a categoria e

muitas outras informações.

As principais feiras do ramo Táxi são o principal assunto desta edição de Rio

Cooperativo, que também traz a nova classificação das cooperativas financeiras

recém-lançadas pelo Banco Central, que deverão estabelecer um novo patamar

de atuação no cooperativismo de crédito.

Outra questão importante é a criação de um aplicativo por um grupo de estu-

dos da Organização das Cooperativas Brasileiras, que visa à criação de uma ban-

deira única para o ramo Táxi, aglutinando cooperativas diversas e possibilitando

a geração de negócios mais sólidos para o setor.

Ainda no ramo Transporte, as cooperativas do segmento terão um importante

aliado contra os riscos de autuações, que são os Manuais Contábil, Tributário e

Operacional das Cooperativas de Transporte, com previsão de lançamento para

início de 2016, que pretendem padronizar os processos operacionais e promover

o atendimento de legislações contábeis e tributárias específicas do setor. Estes

manuais estão sendo elaborados pela OCB.

Também registramos os eventos World Coop Management e o 29º Con-

gresso da Confederação Internacional dos Bancos Populares (CIBP), que per-

mitiram a troca de experiências entre líderes cooperativistas e grandes pa-

lestrantes internacionais.

Em tempos de escândalos diversos, ameaças de impeachment e bate-boca

generalizado entre governo e oposição que o país acompanha exaustivamente na

mídia, apresentamos um cardápio de assuntos variados para todos os interes-

ses e que certamente irão acrescentar um pouco de informações para o dia-a-dia

de sua cooperativa, de seus cooperados e para você, caro leitor.

Aproveite este momento, pois, certamente, os temas são bem mais interessantes.

Boa leitura e saudações cooperativistas!

Cláudio MontenegroEditor Executivo

“A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com cereteza perder o futuro”(John Kennedy)

Editorial

Page 5: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 5

A ACI Américas, em parce-

ria com a Universidade

Fundepos, desenvolveu um pro-

grama de atualização gerencial

voltado a gerentes gerais, fi-

nanceiros e executivos ligados

às áreas de desenvolvimento e

crédito. O curso ocorre em no-

vembro, na Costa Rica.

O objetivo é que os partici-

pantes adquiram novos conhe-

cimentos e habilidades para

fortalecer a construção de es-

tratégias, visando à melhoria

da competitividade, por meio

de ferramentas financeiras,

utilizadas ao redor do mundo.

A capacitação é dividida em

cinco módulos: modelos finan-

ceiros internacionais, gestão

de risco, planejamento estraté-

gico e governança, liderança de

corpo e mente e liderança sis-

têmica. O valor do investimento

é de US$ 2,5 mil. Informações:

[email protected]

A cooperativa Arte Peixe de Atafona, em

São João da Barra, recebeu a visita da

Enactus, organização mundial sem fins lu-

crativos, para discutir parcerias e realizar

capacitações em boas práticas de alimenta-

ção, cooperativismo, gestão de negócios e

fortalecimento das vendas por meio do em-

preendedorismo. Também será realizado um

estudo sobre a relação entre a Arte Peixe e a comunidade local.

A visita de outubro também serviu para que fossem colhidos subsídios

para o Projeto Fragata. Desenvolvido pela Enactus com base no trabalho da

Arte Peixe, ele foi inscrito no Prêmio Santander Universidade Solidária, que

investe em projetos de extensão universitária relacionados ao desenvolvi-

mento sustentável com ênfase em geração de renda.

Serão R$ 800 mil em prêmios para os selecionados, sendo R$ 100 mil

para a implementação. Além do recurso em dinheiro, os projetos receberão

suporte técnico de dois anos para que fortaleçam e ampliem suas práticas.

ACI oferece Programa de alta gerência

São João da Barra recebe capacitação solidária

Entre as 50 maiores instituições bancárias do mundo, cinco são bancos

cooperativos, representados pelo Rabobank (Holanda), China Construc-

tion Bank (China), Agricultural Bank of China (China) Bank of China (China)

e Deutsche Bank (Alemanha). Mais de 45% da população economicamente

ativa da América do Norte é associada a cooperativas financeiras. A França

é um dos países com maior expressão, movimentando mais de US$ 4 trilhões

em ativos. No Paraguai, as cooperativas representam 32% do mercado.

Segundo dados do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (World

Council of Credit Unions) 57 mil cooperativas, presentes em 105 países nos

seis continentes, reúnem 217 milhões de associados, com ativos que che-

gam a R$ 1,8 trilhão. No Brasil, mais de 7,5 milhões de pessoas escolheram

as mais de 1.100 cooperativas de crédito como a sua instituição financeira.

Atualmente, a rede de atendimento das cooperativas no Brasil é a segunda

maior, representando 19% do total das agências bancárias. Somadas, as

cooperativas brasileiras ocupam a sexta posição no ranking em volume de

ativos com R$ 221,8 bilhões.

Cooperativas de Crédito entre os 50 maiores

Circulando

Page 6: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 20156

A greve dos bancários, iniciada em agosto no país, não atingiu a abertura e as operações das coo-perativas financeiras, que se tor-nam uma das alternativas àqueles que precisam utilizar serviços fi-nanceiros e enfrentam dificuldades devido à paralisação. É o coopera-tivismo de crédito mostrando-se, mais uma vez, como alternativa aos sistemas tradicionais.

A Unimed conquistou pela 16ª vez o título de melhor convênio de assistência médica, durante a 18ª edição do Top of Mind de RH. A con-quista se deu através da votação de profissionais de RH. A marca foi representada pela Central Na-cional Unimed, operadora nacional dos planos de saúde empresariais.

O Sicredi lançou o Crédito Con-signado INSS. O produto, voltado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), oferece recursos com baixo custo e foi criado para atender a uma demanda dos as-sociados - aposentados e pensio-nistas representam 15% da base da instituição. Entre as vantagens está o pagamento do recurso em 72 vezes.

A Coop – Cooperativa de Con-sumo inaugurou em outubro a se-gunda unidade na cidade de Tatuí, interior de São Paulo. Esta é a 29ª loja da rede e recebeu investimen-tos de R$ 20 milhões, ocupando as instalações da Fábrica Santa Adé-lia. A nova unidade é a primeira da rede a implantar um novo conceito de loja, moderna e aconchegante, abusando das pastilhas e cerâmi-cas, além de mobiliários mais bai-xos que tornam o ambiente menos sufocante, leve e interativo.

A Comunicação na Era Digital foi

o tema da 30ª edição do En-

contro Estadual das Cooperativas

Pernambucanas, evento realizado

em Petrolina (PE) nos dias 25 e 26

de setembro. Participantes de coo-

perativas de todo o estado ouviram

a especialista em comunicação es-

tratégica e consultora Martha Ga-

briel explicar a necessidade da atu-

alização na era digital.

O presidente do Sistema OCB/

PE, Malaquias Ancelmo de Oliveira,

conduziu a mesa de abertura e re-

cebeu os participantes. Durante o

evento, visitas técnicas foram re-

alizadas nas cooperativas Coana e

Coopexvale, ambas do Ramo Agro-

pecuário, especializadas na explora-

ção de uva na região do Vale do São

Francisco - responsável por 95% da

produção, destinada ao mercado in-

terno e à exportação.

Curtas Circulando

“A comunicação permeia crises e

inovações. É necessário adotar no-

vas estratégias porque as platafor-

mas digitais mudam e, assim, elas

também precisam mudar”, frisou

Martha Gabriel. Pernambuco é um

estado promissor no que refere à

comunicação digital, com destaque

para o Porto Digital (no Recife) e as

inovações tecnológicas de Petrolina.

As cooperativas que se destaca-

ram em 2015 nos programas de Mo-

nitoramento do Sescoop/PE (PAGC e

PDGC) foram homenageadas.

Os debates ao longo do evento

focaram nas estratégias de comuni-

cação que podem ser adotadas para

ajudar na divulgação do sistema co-

operativista localmente e em todo

o estado de Pernambuco. O encon-

tro contou, ainda, com trabalhos

em grupo orientados pelo instrutor

José Flávio Linhares.

Encontro em Pernambuco debate mídias digitais

O presidente do Sistema OCB/PE, Malaquias Ancelmo, discursa na abertura do encontro

Page 7: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 7

Uma oferta LEGAL para as cooperativas do Estado do Rio de Janeiro Benefícios

- Redução de custos com a obrigatoriedade da publicação;

- Veiculação em jornal de grande circulação, conforme determina a Lei;

- Diagramação de acordo com as normas legais;

- Melhor custo x benefício para publicações de atos societários;

- Veiculação no jornal com mais de 100 anos de história no mercado societário.

A Montenegro Grupo de Comunicação fechou uma parceria com o Monitor Mercantil para facilitar a veiculação de Publicidade Legal das cooperativas fluminenses, como Editais, Convocações de Assembleias Gerais, Balanços Financeiros e demais Atos Societários.

Entre em contato com a Montenegro Grupo de Comunicação e garanta sua publicação Legal.

o centímetro/colunamais barato do EstadoR$

apoio:

O Dia de Cooperar (Dia C) 2015

entrou para o calendário bra-

sileiro. E foi justamente pensando

na melhoria contínua dos processos

que envolvem essa ferramenta de

transformação social que comunica-

dores e promotores sociais do Sis-

tema OCB estiveram reunidos em

outubro, na sede da instituição, em

Brasília, para a apresentação dos

resultados de 2015 e proposição

de melhorias para 2016.

Resultados esses que demons-

tram uma curva de crescimento,

tanto na quantidade como na qua-

lidade das ações desenvolvidas. Se-

gundo a gerente de Desenvolvimen-

to Social de Cooperativas, Maria

Eugênia Ruiz Borba, a adesão foi

importante. “De aproximadamen-

te 980 mil beneficiados passamos

para a marca de 2,4 milhões”, res-

salta a gestora.

No Rio de Janeiro, segundo o

Sistema OCB/Sescoop-RJ foram

contabilizadas 40 iniciativas em 16

municípios. As ações contaram com

a participação de cerca de 1.500

voluntários, beneficiando mais de

28 mil pessoas em todo o estado.

Para a gerente de Comunicação

do Sistema OCB, Daniela Lemke, o

Dia C é uma ferramenta estratégi-

ca. “A ideia é mostrar a força so-

cial e econômica das cooperativas

brasileiras neste momento em que

a mídia espontaneamente se volta

para o setor”, resume.

Além de projetar as ações para

2016, os participantes apresenta-

Dia C 2015 é avaliadoCirculando

ram suas sugestões de melhorias,

aquilo que é sentido diretamente

na base, com o objetivo de aprimo-

rar o processo e seus resultados.

“Precisamos dessa interlocução

para proporcionar aos cooperados

ferramentas atuais e funcionais. O

empenho de vocês reflete a vontade

do Sistema OCB em ser cada vez

melhor para as cooperativas”, frisa

o superintendente, Renato Nobile.

Page 8: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 20158

Crédito

Nova classificação para cooperativas financeiras

O Conselho Monetário Nacional

(CMN) aprovou a alteração da

Resolução nº 4434, que dispõe so-

bre a constituição, a autorização

para funcionamento, o funcionamen-

to, as alterações estatutárias e o

cancelamento de autorização de co-

operativas financeiras. O anúncio foi

feito em agosto pelo presidente do

Banco Central (Bacen), Alexandre

Tombini, durante o seminário Novo

Ciclo do Cooperativismo de Crédito

no Brasil.

De acordo com o Bacen, a reso-

lução é um aprimoramento no arca-

bouço regulatório do segmento de

três categorias: Plenas, Clássicas e

de Capital e Empréstimo (quadro).

Segundo o presidente do Bacen,

Alexandre Tombini, a mudança será

adequada ao perfil de risco das co-

operativas. “Essa é, além de uma

providência de racionalização muito

aguardada, um marco notável na

história das cooperativas de crédito

no Brasil”, diz Tombini.

Com a mudança, qualquer coo-

perativa financeira poderá passar

a atuar com todos os públicos, a

exemplo das atuais cooperativas de

livre admissão de associados, desde

que aprovado pelos associados em

assembleia geral que proponha a

mudança estatutária.

Esta mudança pode aumentar

significativamente a quantidade de

brasileiros associados a coopera-

cooperativas financeiras,

introduzindo uma nova

classificação para essas

entidades de acordo com

as operações realizadas.

Uma das consequências

do novo documento é a eli-

minação da regulamenta-

ção às restrições ao qua-

dro associativo.

Nesse sentido, as co-

operativas financeiras sin-

gulares foram divididas em

Sed

e do

Ban

co C

entr

al,

em B

rasí

lia

Page 9: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 9

Categorias das cooperativas financeiras singulares

Fonte: Bacen

tivas financeiras. O mesmo fato já

ocorreu nos Estados Unidos, na dé-

cada de 1990.

Para a chefe do Departamento

de Regulação do Sistema Financeiro

do Bacen, Silvia Marques de Brito e

Silva, a nova classificação permitirá

melhor acompanhamento e controle

das cooperativas. Ela cita que, an-

teriormente, as mesmas exigências

eram feitas a cooperativas com ca-

racterísticas diferentes. “Teremos

um acompanhamento mais adequa-

do e sistemático porque levará em

conta o risco”, afirma.

O presidente do Sicoob Cecre-

mef, Francisco Bezerra, acredita

que esta mudança é positiva. Ele en-

tende que o documento é uma evolu-

ção do processo regulatório do coo-

perativismo, impõe uma mudança no

modelo de gestão e o primeiro pas-

so para a conscientização do qua-

dro social. “Sob o aspecto social, a

resolução proporcionará admissão

de associados fora dos quadros das

empresas as quais as cooperativas

estão ligadas. Se pensarmos em

termos de Brasil, esta resolução vai

ao encontro do processo de inclusão

financeira, preconizada pelo Banco

Central”, comenta.

Para o presidente do Sicoob Co-

opvale, Angelo Galatoli, a resolução

do Bacen é benéfica. “Ela é resulta-

do de um trabalho com ampla divul-

gação prévia e beneficia as coopera-

tivas de crédito de um modo geral,

pois cria um novo marco neste seg-

mento, ao classificar as singulares

em modalidades”, diz.

Outra questão levantada por Ga-

latoli é a necessidade das singula-

res estarem filiadas a uma Central.

A tendência, segundo ele, é que

singulares associadas a grandes

sistemas, em curto espaço de tem-

po, consigam atender a uma gama

muito maior de associados. “Cito

o Sicoob Coopvale, que até então

estava com sua atuação limitada

aos empregados e aposentados das

empresas do grupo Vale. Agora,

mediante prévia aprovação de uma

assembleia geral, sem necessidade

de um projeto, podemos associar

empregados de outras empresas

que venham a ser conveniadas co-

nosco”, afirma.

De maneira geral, a nova reso-

lução dificulta bastante a criação de

singulares, principalmente se não

estiverem imediatamente vinculadas

a uma central de crédito autorizada

pelo Bacen. O resultado será a valo-

rização das singulares já existentes,

possibilitando uma atuação mais

abrangente e, consequentemente,

maior reconhecimento da sociedade.

Plenas

Podem praticar todas as operações autorizadas às cooperati-

vas financeiras.

Clássicas

Ficam proibidas de realizar operações que geram exposição

vendida ou comprada em ouro, moeda estrangeira, variação

cambial, variação no preço de mercadorias, ações ou em ins-

trumentos financeiros derivativos, bem como a aplicação em

títulos de securitização, empréstimos de ativos, operações

compromissadas e em cotas de fundos de investimento.

Capital e Empréstimo

Não podem fazer a captação de depósitos

e a realização de operações que geram

exposição vendida ou comprada em ouro,

moeda estrangeira, variação cambial, va-

riação no preço de mercadorias, ações ou

em instrumentos financeiros derivativos,

bem como a aplicação em títulos de se-

curitização, empréstimos de ativos, ope-

rações compromissadas e em cotas de

fundos de investimento.

Page 10: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201510

As cooperativas do segmento

táxi devem lançar, em breve,

um aplicativo que facilitará a comu-

nicação entre o taxista e o usuário

do serviço. O aplicativo faz parte de

um projeto mais amplo, que visa à

criação da bandeira única para o se-

tor. Os assuntos estão sendo dis-

cutidos em Brasília por integrantes

do Grupo de Trabalho Táxi, fórum

criado para discussões a respeito

do segmento.

No último encontro, o grupo dis-

cutiu o texto base de orientação, a

ser assinado pelo Sistema OCB, em

relação ao atual cenário tecnológico

e difusão de aplicativos clandestinos

que vem tomando mercado.

Mas a discussão que toma as

ruas da cidade e causa impacto na

vida dos taxistas possui quatro le-

tras: Uber.

A categoria, por sua vez, não

nega a chegada de novas tecnolo-

gias, mas a concorrência desleal

feita pelo aplicativo.

Após duas votações na Câmara

de Vereadores do Rio de Janeiro,

o prefeito Eduardo Paes sancionou

Lei que impede a operação do servi-

ço Uber. A Lei define os serviços de

táxi e estabelece-os como prioritá-

rios e compatíveis com os planos de

ordenamento da mobilidade urbana,

atualiza a legislação para receber

tecnologias e cria novos serviços de

táxis a serem operados por profis-

sionais licenciados.

Para o presidente da OAB/RJ,

Felipe Santa Cruz, é preciso res-

guardar o direito da população. “A

concessão pública é voltada ao bom

atendimento e virou um debate en-

tre Uber e taxistas. E o usuário?

Esse é o ponto central”, afirma.

O diretor da OCB/RJ, Vinícius

Mesquita, comenta que esse resul-

tado é fruto do esforço e da união

do segmento. “Por muito tempo os

taxistas competiram entre si e a ca-

tegoria foi a maior prejudicada. Isso

mudou nesse ano e esta Lei mostra

que, unida, a categoria é forte e im-

portante para a sociedade”, diz.

Segundo o presidente da Comis-

são Especial de Direito Cooperativo

(CEDC) da OAB/RJ, Ronaldo Gaudio,

é preciso entender que a questão

está acima de qualquer argumen-

tação interpretativa. “A questão é

muito mais ampla do que se perce-

be, pois envolve direito econômico,

trabalhista e público. É necessário

ter uma visão mais social, pois criar

argumento jurídico para estar acima

da Lei não é possível”, acrescenta.

Retrocesso ou não às leis tra-

balhistas, o que se confere são as

quatro letras regulamentadas nes-

sa operação: Táxi.

Aplicativo e bandeira única para táxis

Quatro letras que estão levando mais de 30 mil profissionais a um embate jurídico e trabalhista no Rio

Tecnologia

Page 11: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 11

Page 12: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201512

Rio recebe o Salão do TáxiCapa

A cidade do Rio de Janeiro sediará

pelo terceiro ano consecutivo

um evento voltado para os taxistas.

Desta vez será o Salão do Táxi Rio

de Janeiro, que acontecerá nos dias

13 e 14 de novembro no Riocentro.

O evento contará com palestras, ex-

posições e serviços especializados

para o público presente. Empresas

como Toyota, Volkswagen, Renault,

Honda, Nissan, Banco do Brasil, Táxi

Machine, Payleven, Crystone, Troia e

Assist Car participarão.

O Salão do Táxi propõe um mo-

delo diferente de exposição, com as

empresas participando em espa-

ços abertos para sua livre atuação,

como num autêntico feirão de veícu-

los, em que a criatividade dos expo-

sitores, a confiança nas marcas e

condições especiais de negociação

serão diferenciais.

De acordo com o diretor execu-

tivo da Montenegro Feiras e Even-

tos – empresa organizadora da

feira –, Cláudio Montenegro, será

uma oportunidade para que em-

presas possam oferecer veículos

novos e usados, além de produtos

e serviços especializados para diri-

gentes de empresas de táxi e fro-

tas, associações, cooperativas e

taxistas autônomos.

“Será um espaço de negócios

em que as principais concessio-

nárias e as marcas por elas re-

presentadas poderão interagir

diretamente com os visitantes”,

comenta Montenegro.

Fóruns

Durante o Salão do Táxi Rio de

Janeiro, serão realizados diversos

fóruns. Assunto amplamente discu-

tido pelos taxistas, o uso de novas

tecnologias e softwares de geren-

ciamento de corridas estarão em

pauta, além de segurança pública -

visto os inúmeros casos de violência

contra taxistas -, questões tributá-

rias e mobilidade urbana.

Nos eventos anteriores, diversos fabricantes estiveram presentes

AR

QU

IVO R

C

Page 13: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 13

Expotáxi Brasil nacapital paulista

Capa

O Centro de Convenções São

Paulo Expo (antigo Imigrantes)

receberá nos dias 7 e 8 de novem-

bro a Expotáxi Brasil – Feira Nacional

do Táxi. No evento, os profissionais

do segmento poderão acompanhar

as principais inovações tecnológicas

para a categoria, assim como terão

a oportunidade de participar de fó-

runs, que irão tratar de assuntos

pertinentes à área, como mobilidade

urbana, atuação política, seguran-

ça, entre outros temas.

Esta é a terceira edição da Feira,

que em 2014 foi realizada na cidade

do Rio de Janeiro e recebeu mais de

4 mil pessoas. O evento chega para

reafirmar a força do segmento táxi

na cidade de São Paulo. Números

da Associação de Empresas de Táxi

do Município de São Paulo (Adetá-

xi) mostram que a cidade possui 34

mil taxistas, que rodam mais de 20

milhões de quilômetros por mês e

transportam 2 milhões de pessoas.

De acordo com Cláudio Montene-

gro, diretor executivo da Montene-

gro Feiras e Eventos, empresa or-

ganizadora e promotora da feira, a

Expotáxi Brasil em São Paulo reflete

a importância desse mercado local

para o segmento táxi. “A Feira será

uma vitrine para a indústria auto-

motiva, com apresentação de novas

tecnologias, produtos e serviços

personalizados para os profissionais

que atuam no setor. Os motoristas

sairão da feira mais capacitados e

informados das novidades da cate-

goria”, afirma Montenegro.

Os visitantes conhecerão as

novidades do setor com as princi-

pais montadoras, fornecedores de

produtos e serviços para empresas

de táxis, associações, cooperativas

e poderão conferir atrações como

palestras, realizar test drives em

novos veículos, e inovações em me-

cânica, eletrônica e carroceria.

Com entrada franca e esta-

cionamento gratuito para táxis, a

Expotáxi Brasil também terá foco

educacional. Instituições auxiliarão

na qualificação profissional da ca-

tegoria e na sua preparação para

a prestação de serviços de melhor

qualidade para a população.

As duas primeiras edições da Feira, no Rio de Janeiro, reuniram 10 mil pessoas

AR

QU

IVO R

C

Page 14: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201514

Transporte

Cooperativas do segmento

Transporte terão um importan-

te aliado contra os riscos de autu-

ações. Previsto para serem entre-

gues no início de 2016, os Manuais

Contábil, Tributário e Operacional

das Cooperativas de Transporte

pretendem padronizar os processos

operacionais e promover o atendi-

mento de legislações contábeis e

tributárias específicas do setor.

Os documentos estão sendo ela-

borados pela Organização das Co-

operativas Brasileiras (OCB) com

reuniões periódicas de um Grupo de

Trabalho para tratar do tema. O grupo

é formado por representantes dos es-

tados do Paraná, Santa Catarina, Rio

Grande do Sul, Minas Gerais, Mato

Grosso, Espírito Santo, São Paulo e

Ceará, além de técnicos da OCB.

E, com vistas à disseminação

de boas práticas e à eficácia da

gestão, o Sistema OCB contratou

uma empresa para auxiliar no pro-

cesso de elaboração e execução

dos manuais. Desta forma esta-

rão asseguradas a transparência

e a padronização dos processos.

A metodologia envolveu visitas

técnicas às cooperativas a fim de

compreender o modo operacional

aplicado hoje.

Representante nacional do ramo

Transporte pelo Sistema OCB, Abel

Paré afirma que os manuais servi-

rão como orientadores. “Há muito

o ramo busca padronizar um enten-

dimento com o intuito de mitigar

interpretações equivocadas e auxi-

liar as cooperativas na tomada de

decisão”, diz.

Novos caminhos parao ramo Transporte

Page 15: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 15

Page 16: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201516

O cooperativismo é uma ferra-

menta de mitigação dos efeitos

da crise. A afirmação ficou evidente

durante o World Coop Management,

ocorrido em setembro, em Belo Ho-

rizonte (MG). O evento reuniu mais

de 300 lideranças do movimento co-

operativista de diversos países para

discutir ideias inovadoras e as no-

vas tendências sobre liderança. Ao

todo, 21 estados brasileiros foram

representados.

O presidente do Sistema OCB,

Márcio Lopes de Freitas, foi enfáti-

co ao falar sobre a situação do país.

“A deterioração do processo políti-

co tem reflexos diretos na economia

nacional e essa culpa não deve ser

assumida por todos. Os resulta-

dos das nossas cooperativas, bem

como as atividades econômicas do

setor privado, vão muito bem”, ana-

lisa o cooperativista.

O presidente do Sistema OCB

fez questão de ressaltar que o mo-

vimento cooperativista, apesar das

dificuldades, tem encontrado cami-

nhos para manter seu crescimento.

“Quando rodamos pelo interior do

Brasil, visitando cooperativas dos di-

versos ramos, notamos que há uma

resiliência grande. Segundo dados do

Banco Central, até agosto os depó-

sitos à vista no Sistema Financeiro

Nacional caíram 17% em relação

ao ano passado, afetando o crédito

rural brasileiro. E quando converso

com algumas lideranças, vemos o

World Coop Management: crescimento mesmo na crise

contrário: os depósitos nas coope-

rativas aumentaram”, informou.

O cooperativismo é capaz de li-

dar com a crise e de sair vitorioso

dela. Basta seguir seus valores e

princípios. “O cooperativismo é co-

ração aliado à razão, ao planejamen-

to e à estratégia”, acrescentou.

Aprendizado

O presidente da Ocemg, Ronal-

do Scucato, contou que sua histó-

ria com cooperativismo – que soma

seis décadas – evidencia que o movi-

mento é capaz de passar pela crise

econômica de cabeça erguida. “De

minha jornada no cooperativismo,

ficam três certezas: estou sempre

começando, é obrigatório continu-

Evento

Presidentes e diretores se unem para registro fotográfico durante o evento

FOTO

S: D

IVU

LGAÇÃO

Page 17: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 17

ar, seremos interrompidos antes

de terminar nossa tarefa. Por isso

estamos preparando os que virão

em seguida, para dar continuidade

à obra cooperativista”, comentou.

Pelo Sistema OCB/Sescoop-RJ

participaram o presidente Mar-

cos Diaz, o superintendente Jorge

Lobo, o conselheiro do Sescoop/RJ

e presidente da Unimed Centro Sul

Fluminense, Sebastião Barbosa, e o

presidente da Unicred Central RJ-

-MT, José Maria de Azevedo. O edi-

tor executivo de Rio Cooperativo,

Cláudio Montenegro, também parti-

cipou do evento.

Inovação

Acesso a conhecimentos ino-

vadores, atualizações e desenvol-

vimento de métodos e conceitos.

Esses são os pré-requisitos bási-

cos para as cooperativas e seus

dirigentes alcançarem uma posição

de destaque em mercados cada vez

mais competitivos. A ideia foi apre-

sentar caminhos e estratégias para

a realização de bons negócios.

O diretor do congresso, Luiz

Branco, explicou a importância da

atualização do conhecimento no ce-

nário econômico global. “Estamos

na era do conhecimento, e estar

sintonizado com as principais ten-

dências mundiais do management é

tão importante quanto o relaciona-

mento e o próprio negócio. Alinha-

mos, portanto, esses três objeti-

vos”, afirmou.

O World Coop Management foi

realizado pela Wex Business em

parceria com os Sistemas OCB e

Ocemg. As atividades ocorreram no

Centro de Inovação Unimed.

Mais de 300 lideranças cooperativistas de vários países assistiram às palestras

Page 18: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201518

O superendividamento existe

quando uma família, por conta

do elevado nível de dívidas que cor-

rói o salário, não consegue pagar as

despesas essenciais: alimentação,

moradia, luz, água... e ao mesmo

tempo a fonte de recursos, que eram

novas dívidas, não é mais possível.

Neste momento é necessária calma

pois nenhuma situação é totalmente

irremediável. Agora o passo é pensar

nas soluções. Por onde começar?

1o PAsso: Fazer uma planilha

financeira (receitas menos despe-

sas). Anote tudo, principalmente

os pequenos gastos como R$ 2 ao

dia com um cafezinho, por exemplo.

Todos podem tomar seu cafezinho,

mas é necessário ter a consciência

de quanto se gasta por mês e por

ano com esse cafezinho e se está

valendo a pena. Estamos falando da-

quele dinheiro que está faltando na

carteira e você não consegue lem-

brar onde ele foi usado. Pode pare-

cer pouco, mas R$ 2 todos os dias

representam, ao final de um ano,

R$ 720. Quantas coisas você pode

Finanças

fazer com este montante! Analise

item a item tudo o que pode ser re-

duzido. Sempre é possível economi-

zar. Na primeira análise da planilha,

é comum conseguirmos diminuir em

30% as despesas. A análise perma-

nente vai ajudar você a encontrar

novos itens a serem revistos, itens

que vão deixar de ser importantes

para a sua vida, como já foram no

passado, à medida que você se tor-

na um consumidor consciente.

2o PAsso: É interessante, se

possível, ter uma conta bancária

sem cheque especial e sem cartão de

crédito para você operar o dia-a-dia

sem o acúmulo de débitos e juros que

levam todo o seu salário.

3o PAsso: Receita menos des-

pesa tem que ser maior que zero. É

possível que você tenha que deixar

alguma despesa para pagar depois.

Não renegocie dívidas bancárias que

você já sabe que não terá condições

de pagar mensalmente.

4o PAsso: Não faça anteci-

pações de 13º, férias, Imposto de

Renda, pois são esses recursos que

vão lhe ajudar na negociação para

liquidação de dívidas, quando o orça-

mento não permite renegociações,

ou seja, novas prestações mensais.

5o PAsso: Ter um grupo de

apoio ou a ajuda de um Planejador

Financeiro é importante para lhe au-

xiliar neste caminho que é dolorido

emocionalmente pela quantidade de

cobranças, seja de credores, de fa-

miliares e de você mesmo.

Um desabafo: Os bancos esti-

mularam seus clientes a se endivi-

dar e não se preocuparam em fazer

análise da capacidade de pagamen-

to de cada um. Se hoje a situação

está ruim para as pessoas, os ban-

cos têm uma co-participação, pois

motivaram, estimularam a aquisição

excessiva de empréstimos e finan-

ciamentos. No momento do caos,

eles precisam, também, ser parcei-

ros na solução.

Uma dica: É possível uma ins-

tituição financeira ser parceira e

ganhar dinheiro e é isso que a coo-

perativa de crédito faz, pois é uma

instituição financeira onde você é

dono e cliente ao mesmo tempo.

Oferece os mesmos produtos e

serviços que um banco e trabalha

pensando em você e para você. Ve-

rifique se na sua região há uma coo-

perativa de crédito para a sua cate-

goria profissional ou de livre adesão

e seja um cooperado.

Como lidar com o superendividamento?

Myrian Lundé professora e planejadora financeira,ocupando por mais de 20 anos cargos

executivos no mercado financeiro.Professora e coordenadora de MBAs pela FGV, com forte atuação no Cooperativismode Crédito. CEO do portal Viva Plenamente

www.vivaplenamente.com.br

Page 19: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 19

Dirigentes cooperativistas de

todo o mundo participaram,

entre os dias 18 e 20 de outubro,

do 29º Congresso da Confederação

Internacional dos Bancos Populares

(CIBP). O evento, realizado pela pri-

meira vez no Brasil, levou o tema

Inovação: Fortalecendo os Bancos

Populares e Cooperativos e promo-

veu a capacitação, reflexão, motiva-

ção e atualização dos participantes,

gerando conhecimento técnico e

mercadológico sobre as iniciativas

adotadas em diferentes nações.

O congresso ocorre a cada três

anos e reúne representantes do

cooperativismo dos quatro conti-

nentes para discutir assuntos que

possam contribuir para o desenvol-

vimento dos sistemas cooperativos.

Para o presidente do Bancoob,

Marco Aurélio Almada, é vital que

os bancos cooperativos incorporem

a inovação em seus modelos de ne-

gócios, tanto em novas tecnologias

quanto em governança cooperati-

vista, ao mesmo tempo em que for-

talecem seus valores e identidade

próprios. “O modelo de negócio das

cooperativas financeiras se destaca

pela oferta de produtos e serviços

com taxas mais atrativas. O núme-

ro de pessoas ligadas ao sistema

no mundo chega a 217 milhões. No

Brasil começou há pouco tempo e,

portanto, é de grande relevância

fazermos esse fórum para troca de

experiências”, diz Almada.

No evento foi possível discutir

assuntos como as novas tecnolo-

gias, a pujança de uma nova geração

de clientes e a inovação em serviços

financeiros. “Por meio destas dis-

cussões podemos conhecer, juntos,

formas de desenvolver nosso país

por meio dos sistemas financeiros

Brasil recebe congresso de bancos populares

“O cooperativismo está ganhando credibilidade com a população”, Marcos Diaz, presidente do Sistema OCB-Sescoop/RJ

CIBP

cooperativos”, enfatiza Almada.

O CEO do Banco Cooperativo Si-

credi, Edson Nassar, lembra o pa-

pel fundamental da colaboração en-

quanto associação de pessoas com

os mesmos interesses. “É impor-

tante uma atuação integrada entre

as cooperativas de crédito para que

possam avançar na representati-

vidade do setor perante o sistema

financeiro”, afirma.

Para o presidente do Sistema

OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, o

cooperativismo de crédito vem ga-

nhando credibilidade junto à socie-

dade. “Recentemente, o Conselho

Monetário Nacional aprovou reso-

lução alterando a classificação das

cooperativas de crédito. Isso possi-

bilitará maior acesso da população

às instituições cooperativistas do

segmento, algo que era uma deman-

da dos dirigentes”, comenta Diaz.

ROG

ÉRIO

RES

END

E

Page 20: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201520

Um tratamento estratégico de litígios

Tratar estrategicamente

os litígios entre cooperativas e seus sócios –

crédito, consumo, habitacional e infraestrutura

A defesa do consumidor pelo ins-

trumento do cooperativismo

constitui uma das mais importantes

e históricas formas de reação con-

tra as distorções produzidas já nos

estertores do Liberalismo – muito

antes das primeiras iniciativas do

Estado de tentar promover alguma

equalização entre os agentes eco-

nômicos fornecedores de produtos

ou serviços e seus adquirentes.

Após séculos de funcionalização do

Direito, o sistema jurídico de prote-

ção ao consumidor de mercado se

superpôs, parcialmente, ao regime

próprio do ato cooperativo de consu-

mo. As cooperativas de infraestru-

tura, as habitacionais, as institui-

ções financeiras e as cooperativas

de consumo em sentido amplo,

cujas operações econômicas com

os sócios se baseiam no consumo

de algum serviço ou produto, envol-

vem desafios pe-

culiares a cada um

desses segmen-

tos de mercado,

mas necessários

para contornar a

grande confusão

estabelecida pela

Jurisprudência do-

minante, que reco-

nhece a incidência

do Código de Defe-

sa do Consumidor

Abdul Nasseré especialista em Direito Tributário

e em Gestão de Cooperativas.

Ronaldo Gaudioé especialista em Direito Processual

Civil e MBA em Business Law.

Ambos são sócios da Gaudio & Nasser Advogados Associados.

Causa&Efeito

Page 21: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 21

(CDC) nestas relações jurídicas.

Entretanto, há importantes li-

nhas comuns entre esses ramos,

que permitem a construção de es-

tratégias para alinhar a prática co-

operativa com maiores chances de

incidência de um tratamento ade-

quado pelo Judiciário e pelo Estado

em sentido amplo.

No plano teórico, prepondera a

doutrina do reconhecimento de um

regime jurídico próprio, diverso da-

quele irradiado do CDC, e as razões

jurídico-econômicas que apontam

nesse sentido não têm como ser

analisadas neste breve lineamen-

to. A distinção entre o regime do

CDC e do Consumo Cooperativo já

se manifesta na finalidade de cada

um deles, pois enquanto este sis-

tema quer emancipar o consumidor

dos intermediários, entre ele os

fornecedores, tornando fornecedor

e consumidor donos da empresa

cooperativa, enquanto que aquele

pretende menos – que proteger o

consumidor como parte mais fraca

nessas relações jurídicas.

O ponto de conexão entre um

e outro sistema

está na explicitado

na própria Cons-

tituição Federal,

que pretende pro-

teger o consumi-

dor como parte

mais vulnerável.

A vulnerabilidade

tem sido o ele-

mento que, nas

decisões mais fun-

damentadas, tem

feito recair sobre as cooperativas

o inadequado regime jurídico do

CDC, pois não são raros os casos

em que o cooperado é constatado

em posição de fragilidade.

É fundamental a demonstração

sólida de que os cooperados não

são, nos casos concretos, vulne-

ráveis como o consumidor de mer-

cado. Essa demonstração precisa

essencialmente não estar cingida

ao plano teórico, mas demonstrada

em concreto.

Além, se a finalidade das coope-

rativas é colocar os consumidores-

-donos em condição mais favorável

que o consumidor de mercado, mais

uma demonstração é necessária: de

que a cooperativa está cumprindo

com este propósito.

Mas questões mais basais têm

fulminado as chances de êxito das

cooperativas no enorme atulhamen-

to de processos judiciais onde os

cooperados, por seus advogados,

pedem em face de suas sociedades

a incidência do CDC, negando a rela-

ção societária.

O desconhecimento limita a pos-

sibilidade do julgador encarar o ato

cooperativo a partir de uma premis-

sa própria e tal desafio dificilmente

será contornado nos processos ju-

diciais, sobretudo no hiperinflacio-

nado Judiciário brasileiro.

Contudo, todo arsenal documen-

tal das cooperativas, que serve de

prova nos processos judiciais, cos-

tuma cometer descuidos capitais

– desde os estatutos, termos de

adesão, atos, contratos, atas de

assembleia e instrumentos diver-

sos, que não delineiam a operação

econômica com as particularidades

essenciais do ato cooperativo.

A ausência de investimento na

formação e legitimação do quadro

social não só faz prosperar o desco-

nhecimento como também constitui

um fator de grande fomento dos

processos judiciais.

Apesar de ser direito essencial

do consumidor, muitas cooperativas

não conseguem demonstrar que ao

próprio sócio prestam mais infor-

mações sobre o produto ou serviço

que as empresas prestam aos me-

ros consumidores de mercado.

A mediação cooperativa como al-

ternativa para solução de conflitos

não é propriamente uma novidade no

cooperativismo, mas ainda é pouco

valorizada no país. Como isso, mui-

tos problemas que poderiam deixar

de ser judicializados, viram proces-

sos que serão julgados porque não

teve acesso ao parco acervo sobre

Direito Cooperativo e que prosse-

guirão na formação de precedentes

bastante negativos.

A ampliação e a difusão do co-

nhecimento do Direito Cooperativo

e prover uma real Educação Coo-

perativista para formar o quadro

social cumprem papel estratégico,

mas há tarefas bem mais simples e

imediatas que merecem atenção rá-

pida em meio a um cenário Jurispru-

dencial atual bastante desfavorável.

A adequada escrituração/docu-

mentação do ato cooperativo de

consumo (ou financeiro) e a media-

ção cooperativa são duas dessas

prementes iniciativas estratégicas.

Page 22: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 201522

Lembro-me do início da minha vida

profissional – lá se vão alguns

anos! Tinha quinze anos e fora con-

tratado para servir café numa gran-

de empresa. Depois das apresenta-

ções – dona Luiza, primeira gerente,

e Serginho, primeiro colega de tra-

balho – entregaram-me um jaleco,

bandeja com apetrechos e uma gar-

rafa térmica. Não me saiam da ca-

beça as recomendações maternas:

respeito, cordialidade...

Passava das oito quando, num

misto de ansiedade e insegurança,

fui instruído a acompanhar o colega

para aprender a tarefa... Permaneci

nessa função por cinco meses e, na

empresa – grande escola! –, por 27

anos, dos quais 25 na área de Re-

cursos Humanos.

..........

Com o passar dos anos, conheci

os meandros da gestão de pesso-

as, gerenciei e participei da elabo-

ração de inúmeros projetos, cujas

intenções eram de melhorias nas

relações e otimização dos resulta-

dos. Nem sempre obtivemos êxito:

o apoio anunciado nas solenes reu-

Gerir Recursos Humanos, além de cuidar do que é legal para a segurança e bem-estar da

empresa e seus empregados, é cuidar de gente.

niões repletas de gente, canapés e

gráficos coloridos não se concreti-

zava e mudanças estratégicas, tro-

ca-trocas na alta direção, mudan-

ças de foco acabavam por interferir

na dinâmica organizacional, esmore-

cendo o comprometimento e geran-

do descontinuidades fatais.

Hoje, na distância das emoções,

posso afirmar que mudanças abrup-

tas – às vezes, decididas em en-

contros casuais regados a uísques

e espumantes importados –, cons-

tituem os maiores desafios e mo-

tivos de frustrações profissionais.

Não dos “pirotécnicos”, mas dos

que enxergam a gestão de pessoas

como importante ferramenta nas

estratégias de negócios. Nesses

cenários instáveis, aprendi muito,

especialmente com as banalidades.

..........

Já perto da hora do almoço do

meu primeiro dia de trabalho, ainda

não havia ido ao banheiro; não por

falta de vontade, mas porque não

sabia onde ficava ou se podia parar o

serviço para atender à necessidade

tão pessoal; um garoto, de origem

Paulo Roberto Rezendeé palestrante e consultor nas áreas de Treinamento e Desenvolvimento,

Liderança, Planejamento Estratégico, Comunicação Empresarial, Redação

Técnica, entre outras. Graduado em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Gestão Estratégica

Empresarial e em Docência de Ensino de Nível Superior.

[email protected]

Tempos Verbais

humilde, cheio de recomendações...

Quando a situação tornou-se insu-

portável, tomei coragem e pergun-

tei a Serginho onde ficava o mictório

e se... Minutos depois, aliviado, era

outro, renovado e preparado para

novos desafios.

Anos depois, então na gerência

de RH de uma indústria que passava

por processos de reestruturação,

lembrei-me desse fato. Chamei a jo-

vem responsável pela área de acom-

panhamento e lhe contei a história.

Rimos juntos. Pedi-lhe que elabo-

rasse um manual de instrução para

recepção dos novos colaboradores.

Começava assim:

“Não perca a oportunidade de

transformar esse momento em algo

marcante. Coloque-se no lugar do

novo colaborador e responda às

perguntas que você faria ou gostaria

de ter feito – inclusive, ‘onde fica

o banheiro!’”.

Sorri e tive, então, certeza de

que área de RH e os verdadeiros

líderes são capazes de grandes re-

alizações, especialmente se come-

çarem pelas coisas simples.

Onde fica o banheiro?

Page 23: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015

Rio Cooperativo | Ano VIII - N° 23 - Novembro de 2015 23

Page 24: Rio Cooperativo Ed. 23 - Novembro / 2015