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7/26/2019 Rodas de Leitura
http://slidepdf.com/reader/full/rodas-de-leitura 1/9
RODAS DE LEITURA COMO ESTRATÉGIASDE ENSINO E APRENDIZAGEM1
Márcia Marin Vianna2
Patricia Braun3
[...] a roda de leitura, ou qualquer evento onde a palavra circule, é uma aventura quase sempre
imprevisível, o que lhe dá um sabor de novidade.(Garcia, s/d)
Planejar e promover dinâmicas que favoreçam tanto a ação pedagógica do
professor quanto a aprendizagem dos alunos são atividades docentes rotineiras !uando
tais situaç"es estão relacionadas ao cotidiano escolar das s#ries iniciais do ensino
fundamental, temos a percepção de que professores se engajam em uma $usca cont%nua
por formas variadas de ensinar e de aprender &alvez, por ser o in%cio de um processo de
engajamento no mundo acad'micoescolar, no qual os estudantes, ainda com idades
muito tenras, precisem, de fato, de estrat#gias adequadas sua fai*a et+ria e ao seu
desenvolvimento
omo professoras de uma escola da rede p-$lica de ensino, tida como um locus de
ensino de e*cel'ncia, entendemos ser relevante relatar e compartil.ar como uma
estrat#gia de ensino, em especial, # desenvolvida com sucessoalamos das r!a" !# $#itura, procedimento did+tico que # desenvolvido desde o
01 at# o 21 ano do ensino fundamental, sendo um dos alicerces fundamentais da proposta
metodológica desta escola p-$lica
3ssim, o presente te*to tem por finalidades apresentar tal dinâmica, refletir so$re
aportes teóricos e vantagens da proposta, e trazer e*emplos do cotidiano, que serão
ilustrados por algumas imagens
omecemos por definir o que são as rodas 4e uma forma gen#rica, 5ouaiss(6770) define roda como 8c%rculo9 peça circular que gira em torno de um ei*o9 grupo de
pessoas: 3 definição que aqui nos ca$e # a de grupo de pessoas, ou seja, # uma turma
de ensino fundamental que forma uma roda para uma atividade rotineira de leitura,
rotineira porque comp"e o dia a dia, constitui o tra$al.o realizado
0 Pu$licado em; P<=&>5, ? 4 @ ABCD, G(Drg) Cultura e formação contribuiç!es para a práticadocente >erop#dica (AE); =ditora da FAE, p 2HH, 67076Professora 3ssistente do Bnstituto de 3plicação ernando Aodrigues da >ilveira I 3pF=AE e
professora do =nsino undamental do ol#gio Pedro BB Pela Fniversidade do =stado do Aio de Eaneiro
(F=AE); graduação em Pedagogia, .a$ilitação em =ducação =special, +rea 4efici'ncia ?ental9 mestradoem =ducaçãoJProfessora 3ssistente do Bnstituto de 3plicação ernando Aodrigues da >ilveira I 3pF=AE
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Kale dizer tam$#m que a dinâmica de rodas de leitura não # uma atividade nova
no cotidiano social, nem tampouco nas escolas Podemos analisar a evolução e
apropriação desse tipo de dinâmica desde a .istória antiga, quando na Gr#cia eram feitas
leituras p-$licas para divulgar as o$ras de um autor e, mais recentemente, em relação ao
cotidiano de muitas fam%lias quando se reuniam em torno de um adulto para lerem e
ouvirem .istórias, lendas, contos, narrativas de uma cultura Garcia (s/d, p0) define a
roda de leitura especificamente como 8um c%rculo ou semic%rculo, reunindo um
determinado n-mero de pessoas em torno do leitorguia:
Lraun, ?oraes, Dliveira e 3lmeida
(677, p 2) compreendem a roda de leitura a
partir da organização de um c%rculo entre os
alunos, no espaço f%sico da sala de aula,
preferencialmente afastados das mesas e
cadeiras9 como 8uma forma de dinamizar um
certo aprendizado ou efetivar um o$jetivo ou
C#na 1; roda de leitura J1 ano conte-do curricular, as rodas t'm representado
no cotidiano uma oportunidade de di+logo, con.ecimento, pesquisa e aprendizado, não
só para os alunos, como tam$#m para nós, professoras:
Kale dizer que o papel de leitorguia apresentado por Garcia, anteriormente, pode
ser feito tanto pelo professor quanto por um aluno, pois nessa dinâmica não .+ a
intenção de colocar os docentes como -nicos mediadores do processo (como se isso
fosse poss%vel), mas como parceiros Mas palavras do próprio autor, so$re os pap#is de
cada um na roda, temos que;
N importante ressaltar que a denominação roda de leitura como rodanão # gratuita, esta # uma formação que pretende que a .ierarquia nãose esta$eleça a partir do lugar que se ocupa =m$ora todos se voltem para o leitorguia, que # uma esp#cie de regente de orquestra, são os participantes que 8tocam: a roda (G3AB3, s/d, p 6)
Partindo, então, do conte*to em que nos situamos I 01 segmento do ensino
fundamental I acreditamos que a principal finalidade das rodas de leitura # a
participação efetiva de todos os alunos e o desenvolvimento do .+$ito de ler, como
elemento $+sico para a emancipação e autonomia pessoal e social
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<eitura e educação t'm uma relação evidente K+rios autores consideram o ato de
ler como c.ave mestra para a formação de alunos cr%ticos, como possi$ilidade de
recon.ecimento de sua cidadania, com direitos e deveres
4entre os teóricos que t'm respaldado nossas aç"es nos processos de ensino e
aprendizagem, citamos Paulo reire (0O, 0) por sua contri$uição consistente e
vision+ria, que ressalta a relevância da escola ao proporcionar aos alunos possi$ilidades
para 8lerem o mundo:, ao lerem a palavra
Messe sentido, concordamos com ollelo (6772, p H) ao afirmar que 8Paulo
reire, na d#cada de H7, foi indiscutivelmente, o primeiro a c.amar a atenção dos
educadores para a dimensão pol%tica do ensinar a ler e a escrever, defendendo o sentido
dessa aprendizagem como emancipação do .omem vinculada própria possi$ilidade de
ler o mundo:
3 perspectiva de promover estrat#gias educativas que possi$ilitem ao aluno ler o
mundo nos conduz a aç"es coletivas, pois tal leitura não se d+ a partir de percepç"es
isoladas, mas ocorre em ol.ares compartil.ados pelas percepç"es de seus pares, de
professores, de informaç"es e o$servaç"es que o ato de ler pode trazer
avorecer ao aluno a o$servação e an+lise de fatos por diferentes ângulos pode
propiciar o desenvolvimento de sua autonomia Mo entanto, vale o alerta de que não nos
referimos a um aluno autnomo como aquele que faz tudo sozin.o, que não faz
perguntas durante as atividades, como se fosse autosuficiente j+ no in%cio de sua
formação, autonomia aqui # participação
>o$re essa an+lise, >molQa (0R) nos ajuda a constatar que a escola e seu
conte*to social t'm a tend'ncia de compreender os processos de ensino e aprendizagem
como individuais Messa mesma lin.a, Lraun, ?oraes, Dliveira e 3lmeida (677, p H)
se apóiam na referida autora e esclarecem que;
=ssa concepção tem redundado na produção da ilusão do sujeitoautnomo oncordando com >molQa, acreditamos que # preciso pro$lematizar e superar essa concepção de autonomia para uma id#iade solidariedade, pois ainda .oje para a escola; 83utnomo # aqueleque entende o que a professora diz9 aquele que realiza sozin.o astarefas9 # aquele que não precisa perguntar9 # aquele que não precisados outros Aevelase o mito da autosufici'ncia que, al#m decamuflar a cooperação, aponta e culpa os fracos e incompetentes:(>?D<S3, 0R, p27)
3 culpa$ilização daqueles que não estão dentro do 8perfil: previsto pela escola
# uma discussão que se une s refle*"es so$re dinâmicas de ensino e aprendizagem,uma vez que, dependendo de como se efetivam, podem minimizar ou ma*imizar ainda
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mais o mito da autosufici'ncia >o$ esse prisma, a organização das rodas de leitura
como um espaço e tempo no qual a interlocução não # e*clusiva de poucos, mas de
todos, o coletivo prevalece, assim como as mais variadas formas de interpretar e
compreender uma informação, uma linguagem liter+ria ou po#tica
C#na 2; roda de leitura J1 ano
Ma pr+tica, como podem se organizar as rodas de leituraT 3s rodas são uma
construção de espaço e tempo dedicados aprendizagem, num conte*to coletivo, onde o
ato de ler # o condutor do ensino
Ds variados anos de escolaridade se ocupam de diversas rodas de leitura;
liter+rias, po#ticas, de not%cias, de ci'ncias, de apresentação de livros, de leituras emcap%tulos 5+ conte*to para cada roda
=las podem ter como leitorguia o docente, alunos previamente agendados para
sua apresentação, alunos que espontaneamente se disp"em a ler, convidados de outras
turmas, depende das propostas de tra$al.o
Mas rodas liter+rias circulam te*tos cl+ssicos, contos universais, autores
$rasileiros consagrados, literatura ligada a temas espec%ficos (de acordo com o
planejamento escolar), como cultura ind%gena ou africana, por e*emplo 3ssim acontecetam$#m com rodas de poesias, que podem privilegiar este estilo de escrita ou compor as
rodas liter+rias
3s rodas de not%cias t'm o jornal (impresso ou on line) como fonte de
informação, e trazem para as aulas atualidades, cenas locais, acontecimentos que não
t'm como ficar fora da escola irculando (ol.a a rodaU) pela sala de aula e entre
estudantes e docentes os mais variados temas, para os interesses mais diversos
Aodas de ci'ncias são as que tra$al.am com um foco e*clusivo nas informaç"escient%ficas referentes s i'ncias Maturais, elas podem ter como fonte de leitura um
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periódico, como a revista C"C (i'ncias 5oje para rianças), a revista
#uperinteressante, o caderno de ci'ncia de um jornal de grande circulação local &al
escol.a se esta$elece a partir do planejamento e das propostas de tra$al.o Ma revista
5, por e*emplo, podese esta$elecer que os alunos apresentem nas rodas uma seção
espec%fica da revista, como $oc% sabia..., ou &'peri%ncias &udo depende de um $om
planejamento
4ocentes podem envolver seus alunos com o mundo da leitura a partir de
leituras em cap%tulos de te*tos liter+rios cl+ssicos, tal estrat#gia causa e*pectativas,
antecipa situaç"es, desperta a imaginação, causa prazer Fma e*peri'ncia vivida
recentemente foi a leitura de (eninos do (angue, de Aoger ?ello, da ompan.ia das
<etrin.as 3s crianças de J1 ano vi$raram, esperaram, riram e aplaudiram
ada estudante, numa escala que organize as apresentaç"es, pode ter o
compromisso de, após a leitura feita em casa, com ajuda ou sozin.o, ler um trec.o ou
contar/e*plicar algo so$re a leitura feita de um livro
=stes são alguns e*emplos mais gerais de como podem acontecer rodas de
leitura
Messe conte*to não .+ lugar para um não sa$er, mas para sa$eres diversos que podem
se completar a partir das opini"es, narrativas, discuss"es e o$servaç"es feitas por cada aluno no
decorrer da leitura apresentada na roda Messe sentido, a roda de leitura como uma açãocoletiva de aprendizagem respeita a condição individual de cada aluno
=ssa # uma das grandes vantagens da estrat#gia did+tica da roda de leitura, pois
favorece o aluno para apropriarse das informaç"es, transformandoas em con.ecimentos
significativos para si 3 partir das percepç"es de cada aluno, que são constitu%das pelo seu
modo de pensar a vida e se relacionar com o mundo, uma rede de significaç"es e interpretaç"es
se forma, favorecendo uma construção coletiva
olello (6772, p HO), a partir da an+lise de v+rios referenciais teóricos que em
seu discurso analisam processos de ensino e aprendizagem, como o j+ citado Paulo
reire na d#cada de H7, KVgotsQV (0RO,0RR)9 erreiro @ &e$erosQV (0RH)9 agliari
(0R)9 LaQ.tin (06)9 Sleiman, (02)W >oares (677J), entre outros, diz que;
Mo conjunto de tantos referenciais teóricos, não se trata evidentementede forçar um entendimento reducionista e simplificador da escrita oudo processo de alfa$etização, mas de trazer parâmetros essenciais parao posicionamento cr%tico na revisão das tradicionais pr+ticas pedagógicas >e, por um lado, respeitar o tempo e a natureza da
aprendizagem, estimular o processo cognitivo a partir do universocultural do aluno e valorizar a dialogicidade da l%ngua no ensino da
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C#na 3; roda de leitura 61 ano
escrita revolucionaram os paradigmas da pr+tica escolar, por outro,representam um desafio na transposição did+tica
3 dinâmica das rodas de leitura pode oferecer essa possi$ilidade de que$ra do
paradigma de uma pr+tica escolar formatada, que não considera os conte*tos de origem social e
de e*peri'ncias dos alunos, que não se d+ conta de tornar o con.ecimento algo próprio ao aluno
Ma contramão de muitas atividades que são desenvolvidas nas s#ries iniciais, nas
rodas de leitura não .+ a preocupação com nen.um tipo de registro escrito formal, ou
com leitura oral coletiva, ou ainda, com sequ'ncia de atividades de interpretação
3 intenção # permitir a cada um que dinamiza a leitura ou que a escuta, e*plorar
ideias, narrar fatos, despertar a curiosidade, opinar, apresentar d-vidas, a partir do que
foi lido para/com o coletivo
Fma vez via$ilizado o espaço de interação na roda, as informaç"es passam por v+rios
interlocutores
Fma situação comum # a 8ciranda de livros: que começa a se formar, os alunos assumem
o papel de informantes so$re livros, recomendam leituras ou não, apresentando an+lises so$re a
leitura realizada
Fma rede de cone*"es entre opini"es,
informaç"es se forma no grupo de alunos a
tal ponto que, em alguns momentos, a
proposta da roda de leitura ultrapassa as
paredes da sala de aula Aeferimosnos a
momentos em que alunos, em suas casas,
começam a solicitar aos seus pais a compra
de determinados livros eleitos pelo grupo
como muito interessantes, ou quando
outros começam a trazer livros de seu
acervo pessoal para apresentar e emprestar no grupo, ou ainda quando alguns pais c.egam
perguntando so$re onde conseguir um determinado livro que foi lido na roda e que o fil.o
tam$#m quer t'lo em casa, para ler outras vezes
&razemos como e*emplo a e*peri'ncia com as rodas, numa turma de 61 ano,
com crianças de O e R anos, num projeto did+tico, com duração de 0 ano, so$re a
formação do povo $rasileiro D tra$al.o pedagógico # organizado por meio de
diferentes projetos did+ticos
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Para 5ernndez e ?onteserrat (0R), uma concepção atual de projeto trata o
estudante como protagonista de seu processo de aprendizagem, dando importância
comunicação interpessoal, criatividade, formulação e resolução de pro$lemas
D projeto nasce de uma situação real, aspecto fundamental para que os
con.ecimentos circulem na escola Muma perspectiva de inclusão, não se pode dei*ar de
tratar todos os con.ecimentos como $ens culturais, isso pode possi$ilitar a participação
efetiva de estudantes na sociedade em que vivem
Partindo desta concepção, as salas de aula transformamse em espaços de
permanentes di+logos 4i+logos com os sa$eres trazidos pelas crianças, com os sa$eres
e con.ecimentos docentes e com os que vão sendo constru%dos cotidianamente 3 sala
de aula, portanto, caracterizase como um espaço/tempo desafiador, de ação, criação,
movimento, pesquisa e refle*ão
Ma tentativa de promover um enfrentamento e um (re)con.ecimento da
igualdade entre culturas africanas e afrodescendentes e $rancas (euroc'ntricas),
introduziuse, nos planos de curso, uma discussão mais ampla so$re as diferenças, com
o intento de mostrar uma outra )frica I como $erço de culturas milenares I com todas
as sua $elezas, seus reinos, seus con.ecimentos so$re navegação, agricultura,
matem+tica, sistemas pol%ticos, meio am$iente etc =ntão se desenvolveu um projeto
que pudesse apresentar os valores das culturas africanas e de outros povos
Mum movimento circular (ol.a a roda a%), em conviv'ncia nas rodas, vão se
descortinando para todos (estudantes e docentes) camin.os descon.ecidos, e
transformamse modos de fazer e pensar (n)a sala de aula e para al#m da escola >ão
leituras produzidas e leitores em formação
Para a realização deste projeto did+tico, circulou variada literatura; grandes
navegadores, aventuras no mar, contos e lendas dos %ndios $rasileiros e dos povos da
Xfrica, tradiç"es, culturas, crenças, diferenças e semel.anças entre variadas gentes Messa circulação (novamente o movimento da roda), docentes se deleitaram lendo,
contando, encantando com palavras, sendo, como nas culturas africanas, os gris Y para
os seus alunos
Y 8Gri, e*plica Sonte, surge porque, como a escrita não era usada em certas regi"es da Xfrica, confiavama um grupo social a tarefa de narrar a .istória e, assim, de desempen.ar o papel de memória do povo
africano a$ia, portanto comunidade gri transmitir oralmente a .istória: (3<K=> @G3AB3, 0, pR)
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>egundo irmino (677O, p 0), 8ensinar os alunos a ler os mais diferentes
g'neros te*tuais, adquirindo o gosto pela leitura, pode garantir o seu sucesso ao longo
de toda sua trajetória escolar, al#m de ampliar sua compreensão de mundo:
D ato de ler, por si só, # uma ação que se d+ em diferentes conte*tos e a partir de
diferentes meios 3 escola # somente mais um conte*to o qual, a partir de dinâmicas
como a roda de leitura, pode valorizar e enriquecer as mais diversas formas de leitura
(irmino, 677O)
3 leitura, 8al#m de ser uma questão de t#cnica, # tam$#m de status, de estatuto
de leitor: (idem, p Y)
3s rodas com suas leituras convidam a con.ecer e a pensar so$re o mundo em
que nos encontramos inseridos Melas vemos alunos, com pouca idade, emitindo suas
opini"es, indagando so$re o que ouvem, repetindo e fazendo uso, em outras situaç"es,
das e*press"es usadas pelos autores e apreciando o valor est#tico do arranjo das
palavras =sta circularidade como espaço/tempo #, e pode ser, prof%cuo para a formação
de leitores, informados, curiosos, instigados, apai*onados pelas .istórias, pelos lugares
e pelas diferentes culturas
Por isso as rodas de leitura cotidianas são cuidadosamente planejadas, procuram
co$rir a variedade te*tual e de interesse dos alunos, mas acima de tudo, $uscam
despertar o prazer de ler
Messe movimento da roda, os alunos aprendem a esta$elecer diferenças entre o
que # falado e o que # escrito, desenvolvem o prazer em ler, con.ecem os diferentes
g'neros te*tuais, apreciam a $eleza da linguagem, aprendem e compreendem met+foras,
ampliam voca$ul+rio, desco$rem os diferentes ilustradores e seus estilos, perce$em
diferentes tempos e espaços do mundo, tiram conclus"es, relacionam ideias, enfim,
realizam in-meras aprendizagens e constroem variados con.ecimentos
3s rodas de leitura t'm se tornado uma e*pressão de cultura escolar na nossarealidade, quase um rito de preservação de memória, um espaço da palavra que # lida,
ouvida, retida, guardada, reela$orada, transformada
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R#%#r&ncia" 'i'$i(rá%ica"
3<K=> M @ G3AB3 A < O S#nti! !a E"c$a) Aio de Eaneiro; 4P@3 =ditora,
0
L3S5&BM, ? E"t*tica !a cria+, -#r'a$) >ão Paulo; ?artins ontes, 06
LA3FM, Patricia9 ?DA3=>, Eacqueline, D<BK=BA3, ristiane9 3<?=B43, ?nica
A r!a c. espaçotempo !# a/r#n!i0a(#. n #n"in %un!a.#nta$ 677 Zno
prelo[
3G<B3AB, A A$%a'#ti0a+, # Lin("tica >ão Paulo; >cipione,0R
D<=<<D, >ilvia ?attos Gasparian R#/#n"an! a" Din.ica" P#!a(4(ica" na"
C$a""#" !# A$%a'#ti0a+, Bn Kidetur J7 Zon line[ >ão Paulo; ?andruv+, 6772
Disponível na internet em \.ttp;//]]].ottoposcom/videturJ7/silviapdf^ 3cesso em 0R de
nov de 677
BA?BMD, #lia Aodas de leitura; uma proposta de leiturização social Bn Anai" !
156 Cn(r#"" !# L#itura ! Bra"i$ Zon line[ 4ispon%vel em;
.ttp;//]]]al$com$r/anais0H, 677O 3cesso em a$ril/6707
A=BA=, Paulo P#!a((ia !a Autn.ia Aio de Eaneiro; Paz e &erra, 0O
_____________ E!uca+, c. /rática !a $i'#r!a!# Aio de Eaneiro; Paz e &erra,
0
=AA=BAD, = @ &=L=AD>S`, 3 P"ic(&n#"# !a $n(ua #"crita Porto 3legre;
3rtes ?#dicas, 0RH
G3AB3, Pedro Landeira Ora$i!a!#7 #"crita # .#.4ria8 e*peri'ncias com rodas de
leitura e 8conversas de rua:) 9n $in#: Di"/n-#$ #.8
.ttp8;;]]]tve$rasilcom$r/salto 3cesso em; a$ril/6707
5=AMM4=C, @ K=M&FA3, ? A r(ani0a+, ! currcu$ /r /r<#t" !#
tra'a$= Porto 3legre; 3rtmed, 0R
5DF3B>>, 3 e Killar, ? de > Dicinári >uai"" !a Ln(ua Prtu(u#"a. Aio deEaneiro; D$jetiva, 6770
S<=B?3M, 3 L (org) Ds significados do <etramento; uma nova perspectiva so$re a
pr+tica social da escrita ampinas; ?ercado das <etras, 02
>D3A=>, ? > A$%a'#ti0a+, # $#tra.#nt >ão Paulo; onte*to, 677J
>?D<S3, 3na < L A crian+a na %a"# inicia$ !a #"crita ampinas; ortez, 0R
K`GD&>S`, < > A ?r.a+, "cia$ !a .#nt# >ão Paulo; ?artins ontes, 0RR
_______________ P#n"a.#nt # Lin(ua(#. >ão Paulo; ?artins ontes, 0RO.