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AESO WWW.AESOBARROSMELO.EDU.BR Av. Transamazônica, 405 - Jardim Brasil II Olinda - Pe CEP 53300-240 Fone: +55 (81) 2128-9797 DESIGN NA MEDICINA Como o design brasileiro tem atuado na criação de produtos do setor médico e a importância de os profissionais atentarem para esta área

Rolo Criativo

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Rolo Criativo by Renata Oliveira, Joel Filho e Laryssa Wannelle.

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Page 1: Rolo Criativo

AESO

WWW.AESOBARROSMELO.EDU.BR

Av. Transamazônica, 405 - Jardim Brasil II Olinda - PeCEP 53300-240Fone: +55 (81) 2128-9797

DESIGN NA MEDICINA

AESO

Como o design brasileiro tem atuado na criação de produtos do setor médico e a importância de os profissionais

atentarem para esta área

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LANÇAMENTOS

Intuos5Proporciona uma revolucionária experiência da nova mesa digitalizadora, combinando os nossos melhores recursos da caneta com uma superfície mul-titoque intuitiva e novos recur-sos de produtividade. Ela é a escolha ideal para profissionais e qualquer um com uma paixão criativa séria por fotografia, arte ou design. www.wacom.com

Design Thinking BrasilNeste livro, Tennyson Pinheiro e Luis Alt da live|work, consul-toria global de inovação e Design de Serviços, apresentam as raízes e razões de existir do Design Thinking, uma abordagem que permite que empresas coloquem as pessoas no centro de sua estratégia para cocriar com elas soluções de alto valor percebido. Os autores mostram que a empatia, a colaboração e a experimentação devem ser parte integrante da cultura de qualquer negócio que queira inovar e manter-se competitivo e relevante no atual cenário socioeconômico. A obra apresenta os pormenores da abordagem em uma linguagem simples e envolvente, diversos casos de aplicação no Brasil e, no final, um kit de ferramentas para você começar imediatamente a apli-car o Design Thinking aos seus projetos e dia-a-dia.Editora: Elsevier - Campus

Design + Artesanato - o Caminho BrasileiroCabeça e mãos, coração e alma: é da união de pessoas de diferentes perfis, detentoras de múltiplas e complementares

habilidades e das mais diversas trajetórias de vida que surge o que se poderia chamar de identidade brasileira. Cada vez mais, artesãos e designers trabalham juntos em iniciativas de revitali-zação do objeto artesanal, que aparece nas páginas desse livro

em toda sua diversidade, complexidade e beleza.

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Editorial

A criação desta revista foi um trabalho do curso de Design Gráfico na AESO Barros Melo, orientado pela profª. Adrianna Coutinho com o objetivo de aprimorar os alunos nos processos referentes a projetos editoriais.

Todas as matérias foram retiradas da internet. Esta revista não possui fins comerciais.

Expediente

Direção de Arte:

Joel Filho Renata OliveiraDiagramação: Joel Filho Renata OliveiraPesquisa: Diego Barros Laryssa WannelleIlustração: Maria Júlia

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www.daniellourenco.com.br

Daniel Lourenço

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“No momento estou trabalhando em uma grande empresa, onde eu crio design, ilustrações e trabalhos gráficos. No meu tempo livre eu sou freelancer e atuo no mesmo campo do meu trabalho.” www.du-artwork.deabout.html D

AN

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IGGaleria

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Produto: Karim Rashid 11

Sustentável: EcoPackage 16

Galeria 20

Lançamentos 22

Dicas 18

Moda: Dion Ocher 10

Gráfico: Alphonse Mucha 8

Entrevista: Hand Made Font 6

Cap

a: D

esign + Medicina 12

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DENTRO DOHAND MADE FONTDiretamente da Estônia, os caras do HandMadeFont nos contam detalhes sobre as tipografias as fontes feitas a mão.

Quem se esconde por trás desse studio que cria essas tipografias tão legais e essas fontes feitas a mão?

Os nomes por trás do HMD são; Maksim Loginov e Vlad-mir Loginov. Somos irmãos que trabalham com design gráfica há mais de 10 anos. Nós crescemos juntos viven-do com nossos pais, até com-pletarmos 20 anos de idade, onde adotamos um para en-sinar o outro. Contudo, somos um pouco diferentes, temos interesses diferentes. Maxim gosta de trabalhar com 3D, an-ime, japanese dolls . Vladimir gosta de arte moderna e fo-

tografia. Vladimir participa de alguns filmes documentais e até já ganhou alguns prêmios em festivais de filmes. Apesar de sermos diferentes, nós nos comunicamos com facilidade. Em um projetoHandMadeFont nós não determinamos limites um ao outro, cada um faz o que achar que precisa fazer e isso deve ser respeitado.

Como a idéia de criar to-dos os tipos de fontes feitas a mão começou?

Com bastante frequência nós precisávamos criar fontes únicas para campanhas pub-licitarias, posters, propagan-das na tv, etc… E o resultado

final, depois de colocar muito esforço na criação, durava ap-enas um ou dois meses. Nós ficávamos desapontados que ninguém mais veria aqueles trabalhos novamente. Então decidimos dar a eles uma nova chance de vida. Foi assim que surgiu a idéia do HandMade-Font. Nós completamos o al-fabeto e o processo foi tão legal que acabou gerando outras novas fontes.

Onde essas fontes feitas a mão foram criadas?

De agora em diante nós trabalhamos juntos em uma grande empresa de publici-dade, AGE McCann (Estônia),

Entrevista | Paulo Canabarro

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trutura física dos escritórios e no relacionamento com os clientes e fornecedores, mas também no valor percebido do Design.

O conceito de valor per-cebido vem do marketing, basicamente significa sab-er quanto os consumidores de um determinado produto estariam dispostos a pagar por ele antes mesmo de sa-berem seu preço real. Se o valor percebido é superior ao preço do produto, o con-sumidor tem a sensação de ter feito um bom negócio, por outro lado, se é inferior ao preço, há a percepção de que o produto é caro.

O valor percebido é sub-jetivo, está relacionado não somente à percepção da qualidade do Design, mas também a diversos fatores como a demanda, a urgên-cia, a aplicabilidade, o gosto pessoal, a comparação entre concorrentes, o humor do cli-ente, etc.

Tornou-se difícil saber qual é o valor percebido do design, o design popu-larizou-se e há diferentes percepções. As tabelas de honorários perderam sua utilidade, pois há clientes de diversos portes e projetos em diferentes níveis de com-plexidade.

Como calcular o preço de um projeto tornou-se um problema recorrente. Já que a tabela não é mais

aplicável, cresceu o peso das questões relacionadas ao planejamento financeiro e à administração. Não basta ter o feeling quanto ao preço de criação para determinada peça, primeiro é necessário saber calcular quanto custa fazer o design, isto é, é pre-ciso considerar o rateio de custos fixos e específicos, impostos, tempo ocioso, de-preciação de equipamentos, verba para investimentos, pagamento de financiamen-tos e mesmo a forma de pag-amento, para então aplicar a margem de lucro desejada, a margem de negociação, en-cargos financeiros, etc.

Para saber o custo de um projeto, uma boa solução para pequenos escritórios e free-lancers é o cálculo ba-seado no custo-hora, onde determina-se o custo de uma hora de trabalho (já levando em conta todos os custos fixos), e ao orçar um projeto estimamos o tempo que será gasto, multiplicamos pelo custo hora, somamos os gas-tos específicos com o projeto

(material, fotografias, etc) e aplicamos os impostos. O resultado é o preço mínimo a cobrar, aí podemos incluir um percentual para o lucro desejado, para a margem de negociação ou para parcela-mento e percentuais especí-ficos como por exemplo para cobrir o tempo ocioso, reser-va de tempo (caso leve mais tempo que o previsto), pela expertise (pois aumenta o valor agregado) e outros que se apliquem.

Uma vez que disciplinas de administração e finanças não são parte da formação tradicional dos designers, às vezes é difícil chegar ao custo hora, conseguir prever o tempo de execução das tarefas e parametrizar tanto, mas é necessário fazê-lo para permanecer no merca-do. Para o cliente, qualidade e criatividade são itens bási-cos quando contrata um es-critório de design, o preço na maior parte das vezes é o fa-tor de decisão quando ainda não há um relacionamento estabelecido.

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A profissão Designer pas-sou por enormes mudan-ças desde a informatização dos escritórios de Design, a ponto de podermos dizer que é hoje totalmente difer-ente do que era há 15 anos. Hoje quem quer ter um es-critório precisa saber ad-ministrar e planejar, precisa conhecer marketing e finan-ças. Enquanto vemos admin-istradores sendo contratados pelos escritórios maiores, vemos crescer a busca por especialização dos design-ers em mestrados de admin-istração e MBAs de market-ing e gestão.

No início dos anos 90 cir-culavam diferentes tabelas de preços para serviços de

design, algumas inclusive referenciadas em dólares, havia muito menos escritóri-os que hoje, que em geral tinham estruturas mais com-plexas e mais tempo para desenvolver seus projetos. Os designers queriam mos-trar sua cara, queriam que todos soubessem o que é design para criar uma con-scientização da importância da profissão e expandir mer-cados.

Com os PCs surgiram curiosos que usavam soft-wares gráficos e vendiam projetos a preço de banana, uma ameaça aos designers free-lancers que eram simi-lares para aquele cliente que nunca tinha usado serviços

de design. E os preços iam caindo à medida que muda-vam os processos, o com-putador permitia realizar coisas mais rápido, era pos-sível fazer mais projetos no mesmo tempo, era possível cobrar menos.

Enquanto isto, softwares gráficos chegaram ao com-putador do cliente e este pas-sou a conhecer um pouco o processo produtivo e a ter uma percepção diferente do tempo, afinal por que o designer pre-cisaria de uma semana para aquilo, se era tão rapidinho fazer? “ É só um folhetinho rápido, preciso para ontem”…

Neste processo deu-se uma mudança não somente na forma de projetar, na es-

QUANTO CUSTA MEUDicas | André Beltrão

Ilustração: Maria Júlia

o Studio fica em um Tallinn center. Nós temos uma vis-ta muito bonita para a parte antiga da cidade da nossa janela. Ao todo são 25 pes-soas trabalhando no studio, é uma atmosfera muito criativa. Por exemplo, no studio nós temos hookah, playstation, ping-pon… Você pode sempre dar uma relaxada e jogar um pouco. Nós não colecionamos nada, mas compramos e le-mos muitos livros, de design ou ficção. Mas isso não é uma coleção, é apenas um modo de vida.

Você acredita que a at-mosfera do lugar onde tra-balha pode influenciar no seu trabalho?

É claro, a atmosfera do studio garante 50% do suc-esso, ou mais. O processo de gerar as idéias é bastante complicado de organizar. Es-pecialmente quando é pre-ciso gerar novas idéias todos os dias. É muito bom quando você está no studio mas nem parece que está no trabalho. E quando o trabalho passa

uma de suas coisas favori-tas, é ainda melhor.

Vocês já fizeram muitas fontes únicas e diferentes. O que inspira vocês para criar tantas fontes difer-entes?

Se nós soubéssemos de onde elas vem (especial-mente as geniais), nós es-taríamos ricos. “No início, havia uma palavra...“. Cada objeto tem seu próprio nome. Toda palavra consiste em al-gumas letras. Isso quer dizer que a palavra implica uma forma. Por exemplo, imagine um lápis em uma mesa. Nós pegamos vários lápis e com-pomos a palavra “lápis“. Esse é o nível bem iniciante. Mas, seguindo em frente, se com-pormos a palavra “pintor“ us-ando os mesmos lápis, então recebemos a forma da pala-vra “pintor“, que expande seu sentido.

Nós estamos todos cer-cados por muitas coisas diferentes, que podem ser transformadas em fontes. Muitas vezes seguimos nos-

so instinto e não a lógica para escolher algo. É como um homem que está mar-cando o nome de sua amada em uma árvore sem pensar na fonte que está usando. O mesmo acontece com a gente. Primeiro fazemos algo, aí olhamos o resultado. Algumas vezes não é bom, mas geralmente gostamos da primeira escolha.Tem mais integridade e espírito. A diferenciação das nossas fontes é o que importa para nós, elas tem energia.

Nós nunca pensamos como as pessoas podem usar nosso material, pois é um beco sem saída. Nós não lidamos com fabricação. No momento cooperamos com várias revistas compondou-nique headlines. Estamos sempre abertos a novas ofertas.

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ALPHONSE MUCHAReferência do Art Nouveau

Mucha foi um artista nas-cido Morávia (hoje região da República Checa) em 1960. Trabalhou em pintura decora-tiva e pintura de cenários teat-rais na cidade natal e depois mudou-se para Viena para tra-balhar em uma companhia tea-tral fazendo seu cenários.

 Mucha se mudou para Paris em 1887, e continuou seus es-tudos na Academia Julian. Além de seus estudos, ele trabalhou na produção de revistas e ilus-trações publicitárias.

Em 1894, aconteceu a que-da em uma loja de impressão, onde havia uma necessidade súbita e inesperada de um cartaz publicitário para uma nova peça estrelado por Sarah Bernhardt, a mais famosa atriz em Paris, no Teatro da Renas-cença. Mucha ofereceu-se para produzir um pôster feito em litografia no prazo de duas se-manas, e em 1 de Janeiro de 1895, o anúncio para a peça “Gismonda” apareceu nas ruas de Paris e foi uma sensação. O cartaz anunciou um novo estilo artístico. A atriz Sarah Bernhardt estava tão satisfeito com o sucesso deste primeiro cartaz que ela fez um contrato de cinco anos com Mucha para produzir palco e figurino.

Nos anos que se decorreram

Mucha produziu uma onda de pinturas, cartazes, anúncios e ilustrações de livros, bem como desenhos para jóias, tapetes, papel de parede e peças de teatro. Este novo estilo artístico foi inicialmente chamado de es-

tilo Mucha mas ficou conhecido posteriormente como Art Nou-veau (francês para ‘nova arte’).

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Sustentável

O design com orientação sustentável, ou ecodesign, que tem o objetivo de diminuir o impacto ambiental de produ-tos e embalagens, começa a ganhar espaço na agenda das empresas. “O ecodesign é uma ferramenta que ajuda a econ-omizar matéria-prima, a partir do redesenho dos produtos. Isso significa redução de cus-tos com materiais e logística, o que é bem-vindo em tem-pos de crise”, diz Cyntia Mala-gutti, professora de ecode-sign e sustentabilidade do Centro Universitário Senac.

ECOPACKAGEBenefícios através do redesenho de embalagens

Um exemplo é a multina-cional de alimentos Danone, que introduziu no Brasil uma tecnologia de produção de embalagens 19% mais leves, o que reduz na mes-ma medida o volume de resinas plásticas utilizadas. Por meio de transferência de tecnologia, um dos for-necedores brasileiros da Danone passou a fabricar embalagens por um sistema conhecido como “foam” (es-puma, em inglês), em que o ar é injetado na produção de chapas plásticas. Mais leves,

as embalagens reduzem cus-tos de produção e logística.“As embalagens representam um custo alto para a empre-sa. Além disso, o grupo tem metas globais para reduzir as emissões de gases pol-uentes. Esse projeto atende às duas questões”, diz Fabio Fontes, diretor de compras da Danone. Atualmente 10% das embalagens de iogurtes no Brasil já são feitas com a nova tecnologia. Em três anos, a meta é chegar a 100%.

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Art NouveauEstilo de arte e arquitetura

que se desenvolveu na Europa e nos Estados Unidos entre 1883 e 1910, o art nouveau perdurou até a década de 1920 e teve significativas projeções no Bra-sil. Conforme os países que o adotaram, o estilo recebeu difer-entes nomes na época, como Jugendstil na Alemanha, floreale ou Liberty na Itália, arte joven ou modernismo na Espanha. O art nouveau chamou-se ainda style 1900 e style lumière, devido à Exposição Universal de 1900, realizada em Paris em comemo-ração à passagem do século e na qual o estilo obteve a consa-gração internacional.

O art nouveau fteve estreita relação com a Segunda Rev-olução Industrial, no que se refere à utilização de novos ma-teriais - como o ferro e o vidro - e aos avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida (que teve grande influência na elaboração e confecção de cartazes). A uti-lização de elementos que reme-tiam à natureza, por outro lado, tentava romper com a visão mecanicista do mundo, trazida pela industrialização.

Caracterizado por exuberân-cia decorativa, formas ondulan-tes, contornos sinuosos e com-posição assimétrica, procurou sempre um ritmo ascensional el-egante, feito de linhas entrelaça-das que sugerem muitas vezes o mover instável das chamas.

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A Dion faz camisetas há oito anos, desde Janeiro de 2003. A ideia começou a sur-gir durante sessões de skate com amigos e sentindo a necessidade na época de ter uma marca bacana com qualidade e boas estampas que fossem além do simples logotipo ou nome estampado gigante nas camisetas nasceu a Dion Ocher.

Dionei, fundador da Dion uniu forças com o Marcelo,

Samuel e Jair do Estúdio Carpintaria há três anos onde vem desenvolvendo a arte gráfica das camisetas. Nessa coleção de verão está en-trando mais um amigo para o time, que é o Diogo Hornburg. Um cara novo que compar-tilha da mesma visão do que falta no mercado e se iden-tifica com a marca. Todas as referências e ideias da empre-sa são discutidas uma a uma com os ilustradores, uma das

partes mais lentas do desen-volvimento. Cada ilustração tem um porquê, então a única forma é discutir bastante an-tes de começar o desenho. Com essa troca de ideias so-bre o mercado, sempre vem a pergunta, o que falta? A Dion coloca aquilo que nós consu-midores gostaríamos de ver. O legal de fazer camisetas com ilustração é que ela vira uma obra de arte.

DION OCHER LOOKBOOK 2012

“As nossas referências vêm de todos os lugares, não têm um ponto específico, pode ser qualquer coisa.” Dionei

Moda | Marcela Bertolo

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de vendas de música, estrem-ecendo um mercado que usa o mesmo modelo de negócios há mais de meio século.

Portanto, ao se criar difer-enciais num equipamento mé-dico, seja por novas funcion-alidades, por ocupar menos espaço ou por simplesmente ser mais agradável aos olhos, a competição com o expositor ao lado numa feira já começará favorável para quem tem este produto.

Para completar, da mesma maneira que a indústria de produtos para a área médica brasileira atinge sua maturi-dade, também os designers e seus escritórios souberam perceber a necessidade de maior profissionalismo. Hoje

estão muito mais sintoniza-dos com as necessidades e capacidades dos seus cli-entes e trabalham para tor-nar melhores os produtos médicos, somando à capaci-dade técnica da engenharia dos fabricantes a inovação e criatividade que este tipo de profissional tem.

Projetos para produtos mais racionais, utilizando materiais e processos mais adequados e que atendem os anseios do mercado consumidor. E por que não dizer, mais bonitos!

Nota: Prova que o design

Exemplo de signdentro da área médca Cadeira premiada no iF Design Award

chegou de vez aos equipa-mentos médicos, o Prêmio Design Museu da Casa Bra-sileira, mais importante prêmio de design no país, nas últi-mas edições premiou equipa-mentos médicos ao lado que produtos de consumo, como luminárias e fogões. E este ano, pela primeira vez um eq-uipamento médico nacional foi premiado no iF Design Award, na Alemanha, um das mais im-portantes premiações de de-sign no mundo.

Produto

Karim Rashid é um design-er industrial egípcio. Obteve o bacharelato na Universidade de Carleton em Ottawa, Canada em 1982 e completou os seus estudos de pós-graduação na Itália.

Goste-se ou não da explosão de cores e formas orgânicas (e pouco convencionais) pelas quais são conhecidas as cen-tenas de produtos criados por Rashid nos últimos 25 anos, uma coisa não se pode igno-rar: ele está em todo lugar. Com projetos realizados (e produtos vendidos) em 42 países, o an-glo-egípcio é praticamente um lugar-comum nos dias de hoje. Logo ele, que faz questão de se colocar como um ser comple-tamente único na paisagem do design mundial.

Em entrevista para Casa Abril Karim revela o porque do uso do plástico na maior parte da reali-zação de seus produtos:

“Eu venho sendo chamado de príncipe do plástico (bati-zado assim pela revista norte-americana Time). Uso plástico em muitos dos meus projetos, porque é um material que tem propriedades fenomenais. É durável, maleável, reciclável, flexível, leve e acessível para produzir produtos democráticos. Plásticos possuem uma varie-

dade de propriedades: podem ser a prova de bala, mas tam-bém completamente customiza-dos. O plástico pode ter qualquer cor, qualquer acabamento, qualquer forma, tem infinitas possibilidades. Com as novas tecnologias, como a moldagem por injeção, posso criar formas orgânicas e sensuais e funções que nunca existiram.”

O Príncipe dos Produtos e amante do Plástico

KARIM RASHID

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EQUIPAMENTOSMÉDICOS PRECISAM SER BONITOS?Este questionamento simplista esconde o maior erro de percepção sobre do que se trata esta palavra que anda na moda ultimamente: o design

Por Levi Girardi

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Engana-se quem ainda imagina que o design é ap-enas ligado à estética de um produto qualquer. Esta ativi-dade multidisciplinar envolve fatores diversos e amplos como o atendimento às solici-tações do usuário, adequação às capacidades produtivas do fabricante, posicionamento no mercado, racionalização de processos etc. Não menos importante, o design também resolve o aspecto estético que na área médica - respondendo a pergunta acima - tem a ver com a humanização do ambi-ente, o respeito ao paciente e a racionalização do trabalho do profissional de saúde.

A indústria brasileira de produtos médicos ainda está num estágio onde oferecer um equipamento que apenas at-enda os requisitos mínimos de funcionamento é o suficiente? Garanto que não. Solicitações

que não existiam há até 6 ou 7 anos, agora precisam ser at-endidas. E o design é uma das grandes ferramentas para isso.

Primeiro, há a consoli-dação das normas internacio-nais. Quem fabrica sabe dos requisitos a serem atendidos com relação à segurança, e boas práticas de fabricação e funcionalidade do produ-to. Assim, um projeto que já nasce levando-se em consid-eração estes fatores, tornará esta fase muito menos es-tressante ao fabricante.

Em segundo lugar, há o mercado global. O termo pode ter ficado um pouco desgastado, mas o fato é que todo o esforço para se conseguir certificações in-ternacionais, recursos para participação nestes merca-dos (feiras, estrutura de ex-portação, logística, por ex-emplo), coloca o fabricante

apenas dentro do jogo. Isto é, sem isso não é possível sequer participar. Aí entra no-vamente o design: como criar diferenciais para se destacar num mercado competitivo?

Saindo da área médica e indo para o mercado de consu-mo, ambiente onde o design já tem seu espaço garantido na estratégia das empresas, va-mos olhar para a coqueluche do momento, o player MP3 iPod, da Apple. Toca música como todos os outros, mas tem seu espaço diferenciado no mercado, podendo custar mais que o dobro que o con-corrente similar e ainda assim ser um sucesso de vendas. E o consumidor ao adquiri-lo, mesmo pagando mais, tem a certeza de estar levando mais para sua casa (maior valor percebido). Não bastasse isso, a Apple ainda viabilizou com o produto um promissor canal