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Romantismo na literatura

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Romantismo na literatura:

Os escritores pela primeira vez vão procurar, como tarefa patriótica, definir conscientemente uma literatura mais ajustadas às aspirações da jovem pátria;

Após a independência , em 1822, o país precisava inserir-se no modelo moderno acompanhado as nações independentes da Europa e da América;

A imagem do português conquistador deveria ser varrida, havia necessidade de autoafirmação da pátria que se formava;

O Romantismo inicia-se no Brasil em 1836, quando Gonçalves de Magalhães publica, na França, a Niterói – Revista Brasiliense e lança, no mesmo ano um livro de poemas românticos intitulado Suspiros poéticos e saudades;

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As influências:

Lord Byron

A obra do poeta inglês Lord George Gordon Byron (1788-1824) serviu de modelo para o ultrarromantismo. Daí falar em inspiração byroniana, geração byroniana.

Victor Hugo

A obra do poeta, romancista e escritor francês Victor Hugo (1802- -1885) era voltadas para as questões políticas e sociais do seu tempo e inspirou a última geração dos românticos. Daí falar em geração hugoana.

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Escultura "Victor Hugo", de Auguste Rodin.

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Características do Romantismo

Observe no quadro abaixo, as principais diferenças entres os movimentos clássico e romântico:

Classicismo Romantismo

geral, universal particular, individual

impessoal, objetivo pessoal, subjetivo

apelo à imaginação

razão sensibilidade

erudição folclore

elitilização motivos populares

disciplina libertação

imagem racional do amor e da mulher

imagem sentimental e subjetiva do amor e da mulher

apelo à inteligência

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Podemos reconhecer três gerações poéticas no Romantismo brasileiro :

Nacionalista ou indianista

“ Mal do século”

Condoreira

O Brasil no século XIX: A poesia romântica

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Primeira geração:nacionalista ou indianista

Marcada pela exaltação da natureza, pela volta ao passado histórico, pelo medievalismo, pela criação do herói nacional na figura do índio, sentimentalismo e religiosidade;

Gonçalves Dias

Gonçalves de Magalhães

Araújo Porto Alegre

Gonçalves Dias

Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi:Sou filho das selvas,Nas selvas cresci;Guerreiros, descendoDa tribo tupi.Da tribo pujante, Que agora anda errantePor todo inconstante,Guerreiros, nasci:Sou bravo, sou forte,Sou filho do Norte;

Meu canto de morte,Guerreiros, ouvi.

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Segunda geração:“mal do século”

Impregnada de egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo, dúvida, desilusão adolescente e tédio constante. Seu tema preferido é a fuga da realidade, que se manifesta na idealização da infância, nas virgens sonhadas e na exaltação da morte;

Álvares de Azevedo

Casemiro de Abreu

Junqueira Freire

Fagundes Varela

Álvares de Azevedo

Ideias íntimas

Oh! Ter vinte anos sem gozar de leveA ventura de uma alma de donzela!E sem na vida ter sido nuncaNa suave atração de um róseo corpoMeus olhos turvos se fechar de gozo! (...)

AZEVEDO, Álvares de. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1971. p. 129. Fragmento.

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Terceira geração:geração condoreira

Caracterizada pela poesia social e libertária, reflete as lutas internas da segunda metade do império de D. Pedro II. O termo condoreirismo é consequência do símbolo de liberdade adotado pelo jovens românticos: o condor, águia que habita o alto da Cordilheira dos Andes;

Castro Alves

Sousândrade

Castro Alves

Vozes d’ África

Deus! ó Deus onde estás que não me respondes?Em que mundo, em qu’ estrela tu t’ escondesEmbuçado nos céus?Há dois mil anos te mandei meu grito, Que embale desde então corre o infinito ...Onde estás, Senhor Deus? ...

ALVES, Castro. Castro Alves: obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1966. p. 255. Fragmento.

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A narrativa romântica

Alguns fatos que explicam o aparecimento e o desenvolvimento do romance no Brasil :

o espírito nacionalista exige uma “cor local” e não a mera impostação ou tradução de obras;

o jornalismo vivendo seu primeiro grande impulso e a divulgação em massa de folhetins;

o avanço do teatro nacional;

urbanização da cidade do Rio de Janeiro, gerou uma sociedade consumidora, formada de jovens estudantes e profissionais liberais, todos em busca de entretenimento;

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Romance Indianista

O guarani, José de Alencar

Iracema, José de Alencar

Romance de Costumes

Senhora,José de Alencar

Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antônio de Almeida

Primeiro romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo

A narrativa romântica

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O teatro romântico

Martins Pena e a comédia de costumes

No período romântico se define o teatro nacional;

Deve-se a Gonçalves de Magalhães, o papel pioneiro: em 1838 era representado seu drama Antônio Jose ou Poeta da Inquisição, marco inicial do teatro brasileiro;

A consolidação do teatro se atribui a Martins Pena e suas comédias de costumes;

“ [...] Nas pecinhas de uma ato de Martins Pena sobressai o realismo ingênuo, natural, alterado aqui e ali pelo dom da sátira, pelo gosto da deformação cômica.”

Décio de Almeida Prado

PRADO, Décio de Almeida. A evolução da literatura dramática. In: A literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editorial Sul Americana, 1971. v. 6.

Ed

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