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 Publicado em nosso site 26/04/2010 IRPJ, CSLL, COFINS e PIS - Serviços prestados por pessoas jurídicas - Retenção na fonte - Roteiro de Procedimentos Roteiro - Federal - 2010/4068 Sumário Introdução I - Abrangência da obrigatoriedade  I.1 - Imposto de Renda I.2 - Contribuições Sociais I.2.1 - Conceitos de limpeza, conservação, manutenção, segurança, e serviços profissionais para fins de retenção das contribuições I.2.2 - Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das contribuições  II - Dispensa da retenção II.1 - Imposto de Renda II.2 - Contribuições sociais II.2.1 - Dispensa em decorrência do valor a ser pago . II.2.2 - Itaipu Binacional II.2.3 - Transporte internacional e estaleiros navais  II.2.4 - Empresas optantes pelo Simples Nacional II.2.5 - Cooperativas II.2.6 - Pessoa jurídica amparada por medida judicial  II.2.7 - Isenções III - Valor a ser retido III.1 - Imposto de Renda III.1.1 - Antecipação do imposto apurado pelo contribuinte - Não retenção pela fonte pagadora - PN COSIT nº 1 de 2002  III.1.2 - Reajustamento do rendimento III.2 - Contribuições Sociais (CSLL, PIS e COFINS) III.3 - Acréscimos legais - atraso no recolhimento IV - Prazo e forma de recolhimento IV.1 Imposto de Renda IV.1.1 Imposto de renda retido pelos Estados, Distrito Federal e Municípios IV.1.2 - Agências de propaganda e publicidade  IV.2 Contribuições Sociais V - Tratamento das importâncias retidas na beneficiária dos rendimentos V.1 - PIS/PASEP e COFINS - Compensação e restituição de valores retidos - Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008  VI - Regras especiais de retenção aplicáveis às contribuições sociais  VI.1 - Cartões de crédito VI.2 - Documentos de cobrança que contenham código de barras  • Roteiro ATUALIZADO IRPJ, CSLL, COFINS e PIS - Serviços P restados por Pessoas Jurídicas - Retenção na Fonte Visando combater a inadimplência e a sonegação, diversas leis tributárias obrigam terceira pessoa a efetuar a retenção de determinados tributos sobre os rendimentos pagos, dever este conhecido como "retenção na fonte". Em decorrência desta obrigatoriedade, a fonte pagadora dos rendimentos deverá descontar, nos pagamentos ou créditos, conforme o caso, determinadas quantias que serão deduzidas pelo beneficiário nos tributos por eles apurados. Com a retenção na fonte, o contribuinte tem o tributo retido e, posteriormente, recolhido pela fonte pagadora, impossibilitando assim o seu não pagamento. Este Roteiro, trata da obrigatoriedade de retenção na fonte do Imposto de Renda e das Contribuições Socais (CSLL, PIS e COFINS) nos pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços. Informativo FISCOSoft - Page 1 of 10 Roteiro - Federal - 2010/4068 1/11/2010 http://www.fiscosoft.com.br/index.php?PID=115792

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Publicado em nosso site 26/04/2010 

IRPJ, CSLL, COFINS e PIS - Serviços prestados por pessoas jurídicas - Retenção na fonte - Roteiro de Procedimentos

Roteiro - Federal - 2010/4068

Sumário 

Introdução 

I - Abrangência da obrigatoriedade 

I.1 - Imposto de Renda 

I.2 - Contribuições Sociais 

I.2.1 - Conceitos de limpeza, conservação, manutenção, segurança, e serviços profissionais para fins de retenção das contribuições 

I.2.2 - Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das contribuições  

II - Dispensa da retenção 

II.1 - Imposto de Renda 

II.2 - Contribuições sociais 

II.2.1 - Dispensa em decorrência do valor a ser pago. 

II.2.2 - Itaipu Binacional 

II.2.3 - Transporte internacional e estaleiros navais 

II.2.4 - Empresas optantes pelo Simples Nacional 

II.2.5 - Cooperativas 

II.2.6 - Pessoa jurídica amparada por medida judicial 

II.2.7 - Isenções 

III - Valor a ser retido 

III.1 - Imposto de Renda 

III.1.1 - Antecipação do imposto apurado pelo contribuinte - Não retenção pela fonte pagadora - PN COSIT nº 1 de 2002  

III.1.2 - Reajustamento do rendimento 

III.2 - Contribuições Sociais (CSLL, PIS e COFINS) 

III.3 - Acréscimos legais - atraso no recolhimento 

IV - Prazo e forma de recolhimento 

IV.1 Imposto de Renda 

IV.1.1 Imposto de renda retido pelos Estados, Distrito Federal e Municípios 

IV.1.2 - Agências de propaganda e publicidade 

IV.2 Contribuições Sociais 

V - Tratamento das importâncias retidas na beneficiária dos rendimentos 

V.1 - PIS/PASEP e COFINS - Compensação e restituição de valores retidos - Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008  

VI - Regras especiais de retenção aplicáveis às contribuições sociais  

VI.1 - Cartões de crédito 

VI.2 - Documentos de cobrança que contenham código de barras  

• Roteiro ATUALIZADO

IRPJ, CSLL, COFINS e PIS - Serviços Prestados por Pessoas Jurídicas - Retenção na FonteVisando combater a inadimplência e a sonegação, diversas leis tributárias obrigam terceira pessoa a efetuar a retenção de determinadostributos sobre os rendimentos pagos, dever este conhecido como "retenção na fonte". Em decorrência desta obrigatoriedade, a fonte pagadorados rendimentos deverá descontar, nos pagamentos ou créditos, conforme o caso, determinadas quantias que serão deduzidas pelo beneficiárionos tributos por eles apurados. Com a retenção na fonte, o contribuinte tem o tributo retido e, posteriormente, recolhido pela fonte pagadora,impossibilitando assim o seu não pagamento. Este Roteiro, trata da obrigatoriedade de retenção na fonte do Imposto de Renda e dasContribuições Socais (CSLL, PIS e COFINS) nos pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação deserviços.

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Serviços profissionais, por sua vez, são aqueles relacionados no § 1º do art. 647 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda(RIR/1999), inclusive quando prestados por cooperativas ou associações profissionais, aplicando-se, para fins da retenção das contribuições, os mesmos critérios deinterpretação adotados em atos normativos expedidos pela Secretaria da Receita Federal para a retenção do imposto de renda.  

Fundamento: art. 1º, § 2º, IV da Instrução Normativa SRF nº 459 de 2004.

I.2.2 - Pessoas jurídicas obrigadas a efetuar a retenção das Contribuições 

A partir de 1º de fevereiro de 2004, todas as pessoas jurídicas que efetuarem pagamento a outras pessoas jurídicas, pelos serviços listados, estão obrigadas a efetuar aretenção, inclusive:

a) as associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos;

b) as sociedades simples (novo Código Civil), inclusive sociedades cooperativas;

c) as fundações de direito privado; e

d) os condomínios edilícios (condomínios de moradores).

Atente-se que a União, por intermédio da Secretaria da Receita Federal do Brasil, poderá celebrar convênios com os Estados, Distrito Federal e Municípios, paraestabelecer a responsabilidade pela retenção na fonte da CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP ora tratada, nos pagamentos efetuados por órgãos,autarquias e fundações dessas administrações públicas às pessoas jurídicas de direito privado, pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços em geral.

Fundamento: art. 1º "caput" da IN SRF nº 459/2004.

II - Dispensa da retenção 

II.1 - Imposto de Renda

É dispensada a retenção do imposto, de valor igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos que devam integrar a base de cálculo doimposto devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado.  

O imposto de renda na fonte é apurado a cada pagamento ou crédito de rendimentos; portanto, a dispensa de retenção ocorre quando, em cada pagamento ou crédito,o imposto resultar em valor igual ou inferior a R$ 10,00 (Solução de Consulta nº 149/00 - 8ª RF).

Também será dispensada a retenção quando a prestadora dos serviços for optante pelo SIMPLES/Federal (ora extinto), bem assim, pelo Simples Nacional - LC 123 de2006. Exceção a esta regra se faz aos rendimentos e ganhos líquidos auferidos pelas pessoas jurídicas do Simples em aplicações de renda fixa ou variável, cujaincidência do imposto na fonte será definitiva.  

Por fim, não haverá retenção do IR no caso de prestação de serviços por pessoa jurídica imune ou isenta do IR.  

Fundamento: arts.155 e 724 do RIR/99; IN SRF nº 23/86, item II; art. 1º da IN RFB nº 765/2007.

II.2 - Contribuições Sociais

II.2.1 - Dispensa em decorrência do valor a ser pago.

É dispensada a retenção das contribuições para pagamento de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Ocorrendo mais de um pagamento no mesmo mês à mesma pessoa jurídica, a cada pagamento deverá ser:

a) efetuada a soma de todos os valores pagos no mês;

b) calculado o valor a ser retido sobre o montante já pago no mês, desde que esse montante ultrapasse o limite de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), devendo ser deduzidosos valores retidos anteriormente no mesmo mês.

Fundamento: art. 1º, § 3º IN SRF nº 459/2004.

II.2.2 - Itaipu Binacional 

Quando os serviços profissionais forem prestados pela Itaipu Binacional ou por empresas estrangeiras de transporte de cargas ou passageiros, independentemente dovalor pago, não haverá retenção na fonte da CSLL, do PIS e da COFINS.  

Fundamento: arts. 2º, § 2º e 3º, I da IN SRF nº 459/2004; art. 44, I, da IN SRF nº 247/2002.

II.2.3 - Transporte internacional e estaleiros navais 

A retenção da COFINS e da contribuição para o PIS não será exigida, cabendo, somente, a retenção da CSLL nos pagamentos:  

a) a título de transporte internacional de cargas ou de passageiros efetuados por empresas nacionais;

b) aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas no RegistroEspecial Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997. 

Fundamento: art. 4º da IN SRF nº 459/2004.

II.2.4 - Empresas optantes pelo Simples Nacional 

Não se trata de optantes pelo SIMPLES. As optantes pelo SIMPLES/Federal (ora extinto), ou do Simples Nacional, não sofrem a retenção.

 Por meio da Lei nº 11.941 de 2009, art. 30, foi determinado que o Poder Executivo poderá elevar para até R$ 100,00 (cem reais) o limite para finsde dispensa da retenção do IR. 

Os condomínios edilícios, por não terem personalidade jurídica, não estão sujeitos à retenção de IR enquanto tomadores do serviço.

 Caso a retenção a ser efetuada seja superior ao valor a ser pago, a retenção será efetuada até o limite deste.

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Também não haverá retenção quando a prestadora dos serviços for optante pelo Simples Nacional.  

Para tanto, a microempresa ou empresa de pequeno porte prestadora dos serviços deverá apresentar, a cada pagamento, à pessoa jurídica que efetuar a retenção,declaração, na forma do Anexo I da Instrução Normativa SRF nº 459/2004, em duas vias, assinadas pelo seu representante legal.

A pessoa jurídica responsável pela retenção arquivará a 1ª via da declaração, que ficará à disposição da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devendo a 2ªvia ser devolvida ao interessado, como recibo. 

Fundamento: art. 3º, II da IN SRF nº 459/2004.

II.2.5 - Cooperativas 

A retenção da CSLL não será exigida nos pagamentos efetuados às cooperativas, em relação aos atos cooperados.

Fundamento: art. 5º da IN SRF nº 459/2004.

II.2.6 - Pessoa Jurídica Amparada por Medida Judicial 

No caso de pessoa jurídica amparada pela suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nas hipóteses a que se referem os incisos II, IV e V do art. 151 da Lei nº5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), ou por sentença judicial transitada em julgado, determinando a suspensão do pagamento dequalquer das contribuições sujeitas à retenção, a pessoa jurídica que efetuar o pagamento deverá calcular, individualmente, os valores das contribuições consideradosdevidos, aplicando as alíquotas correspondentes e efetuar o recolhimento em Darf distintos para cada um deles, utilizando-se os seguintes códigos de arrecadação:

a) 5987 - no caso de CSLL;

b) 5960 - no caso de Cofins;

c) 5979 - no caso de PIS/Pasep.

Ocorrendo qualquer dessas situações, o beneficiário do rendimento deverá apresentar à fonte pagadora, a cada pagamento, a comprovação de que a não retençãocontinua amparada por medida judicial. 

Fundamento: art. 10 da IN SRF nº 459/2004.

II.2.7 - Isenções 

Havendo qualquer isenção de uma ou mais das contribuições, a retenção deverá ser efetuada por meio de aplicação da alíquota específica correspondente àscontribuições não alcançadas pela isenção. 

Fundamento: art. 2º, § 2º da IN SRF nº 459/2004.

III - Valor a ser retido 

III.1 - Imposto de Renda

O valor a ser retido a título de retenção do imposto de renda corresponde à multiplicação da base de cálculo pela alíquota cabível, conforme tabela no tópico I.1.  

A base de cálculo corresponde ao total pago ou creditado, sem nenhuma dedução. Logo, nem mesmo despesas reembolsadas, previstas em contrato, podem serdeduzidas do montante a ser utilizado no cálculo do imposto.  

Observa-se, no entanto, quatro exceções a essa regra, relativamente aos serviços de: 

(a) propaganda e publicidade - A base de cálculo do IR, relativamente aos serviços de propaganda e publicidade, é o valor das importâncias pagas, entregues oucreditadas, pelo anunciante, às agências de propaganda. Não integram a base de cálculo as importâncias repassadas pelas agências de propaganda a empresas derádio, televisão, jornais, publicidade ao ar livre ("out-door"), cinema e revistas, nem os descontos por antecipação de pagamento; 

(b) comissões e corretagens - Quando houver repasse de parte da comissão relativa a determinada operação, o recolhimento será efetuado pelo valor líquido recebidopela pessoa jurídica, assim considerado a diferença entre o valor das comissões recebidas e o das repassadas a outras pessoas jurídicas;  

(c) cooperativas de trabalho e associações profissionais ou assemelhadas - A retenção deve ser aplicada somente em relação aos serviços pessoais prestados peloscooperados ou associados. Não se inclui na base de cálculo, por exemplo, o valor relativo à taxa de administração;  

(d) factoring - na hipótese de empresas de factoring, a retenção somente se aplica sobre o valor da comissão paga pela prestação de serviços "ad valorem", que

remunera os serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber (ADI RFB nº 10 de2007). 

Fundamentos: IN SRF nº 123/1992; IN SRF nº 153/1987, item 3; ADN COSIT nº 1/1993; ADI RFB nº 10/2007 

III.1.1 - Antecipação do imposto apurado pelo contribuinte - Não retenção pela fonte pagadora 

Dispensa idêntica havia no caso de prestadora ou tomadora de serviços optante pelo Simples Federal (extinto a partir de 1º de julho de 2007).

 1. Atente-se que o recolhimento do IRRF será efetuado pela pessoa jurídica que receber de outras pessoas jurídicas importâncias a título decomissões e corretagens relativas a:a) colocação ou negociação de títulos de renda fixa;b) operações realizadas em Bolsas de valores e em Bolsas de Mercadorias;c) distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa jurídica atuar como agente da companhia emissora;d) operações de câmbio;e) vendas de passagens, excursões ou viagens;f) administração de cartão de crédito;g) prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeições-convênio;h) prestação de serviços de administração de convênios.2. As pessoas jurídicas que pagarem ou creditarem as comissões e corretagens ficam desobrigadas de efetuar a retenção do imposto. Nestecaso, a beneficiária da comissão ou corretagem deverá fazer constar de documento comprobatório o valor do imposto que assume aresponsabilidade de recolher. 

O documento exigido para esta operação deverá conter informações acerca do valor relativo aos serviços pessoais, para fins de que o impostoseja retido somente sobre essa parcela. Na ausência de tais informações, a retenção deverá ser efetuada pelo valor total pago ou creditado.  

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Constatada a falta de retenção do imposto, que tiver a natureza de antecipação (caso da retenção aqui tratada), antes da data fixada para o encerramento do períodode apuração em que o rendimento for tributado (trimestral, estimado mensal ou anual), serão exigidos da fonte pagadora o imposto reajustado (principal), a multa deofício e os juros de mora. 

Verificada a falta de retenção após as datas referidas acima serão exigidos da fonte pagadora a multa de ofício e os juros de mora isolados, calculados desde a dataprevista para recolhimento do imposto que deveria ter sido retido até a data fixada para o encerramento do período de apuração.  

No caso em que o beneficiário não tenha submetido o rendimento à tributação, será exigido do contribuinte o imposto, a multa de ofício e os juros de mora.  

Fundamento: PN COSIT nº 1/2002.

III.1.2 - Reajustamento do rendimento 

Quando a fonte pagadora assumir o ônus do imposto devido pelo beneficiário, a importância paga ou creditada será considerada líquida, cabendo o reajustamento dorespectivo rendimento bruto, sobre o qual recairá o imposto a ser recolhido.  

Para reajustamento da base de cálculo aplica-se a seguinte fórmula:  

RR = RP / (1 - T) 

Sendo: 

- RR, o rendimento reajustado; 

- RP, o rendimento pago, correspondente à base de cálculo antes do reajustamento; 

- T a alíquota correspondente.

Fundamento: art. 20 da IN SRF nº 15/2001.

III.2 - Contribuições Sociais (CSLL, PIS e COFINS)

O valor a ser retido de CSLL, PIS e COFINS corresponde à multiplicação da alíquota de 4,65% (sendo o caso, os percentuais de 1% para CSLL, 0,65% para PIS e 3%para COFINS - separadamente) sobre a base de cálculo.  

A base de cálculo da retenção é, em princípio, o total cobrado pelo serviço. Conforme determina a IN SRF nº 459 de 2004, é o valor bruto da nota ou documento fiscal,ressalvados serviços prestados por factorings. 

Nos serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber, na hipótese de empresas de

factoring, a retenção de CSLL, PIS e COFINS somente se aplica sobre o valor da comissão paga pela prestação de serviços "ad valorem", que remunera os serviços deassessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, e administração de contas a pagar e a receber (ADI nº 10 de 2007).

III.3 - Acréscimos legais - Atraso no recolhimento

Acréscimos Moratórios - Multas e Juros 

As retenções aqui tratadas não recolhidas nos prazos previstos abaixo, serão acrescidas de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, pordia de atraso, calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento, até o dia em que ocorrer o seu pagamento. Opercentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento.  

Sobre esses débitos, ainda incidirão juros de mora calculados à taxa SELIC a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior aodo pagamento e de um por cento no mês do pagamento.

Fundamento: art. 61 da Lei nº 9.430/1996.

IV - Prazo e forma de recolhimento

IV.1 Imposto de Renda

O prazo para recolhimento do IRRF devido é até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos gerador.  

De 1º de janeiro de 2006, até fatos geradores ocorridos em setembro de 2008, o prazo para recolhimento correspondia ao último dia útil do 1º (primeiro) decêndio domês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores (até dia 10 de cada mês).  

Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional pela pessoa jurídica que efetuar a retenção, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz dapessoa jurídica. 

Em cada período de apuração basta um Darf por código de recolhimento, não se fazendo necessário o recolhimento de um Darf por retenção efetuada, bem assim orecolhimento de um Darf por prestador de serviço. 

Fundamentos: art. 70, I, "d" da Lei nº 11.196/2005.

Multa de ofício - A fonte pagadora obrigada a reter imposto ou contribuição, no caso de falta de retenção ou recolhimento, independentemente deoutras penalidades administrativas ou criminais cabíveis, sujeita-se à multa de ofício de 75%.Essa multa poderá, ainda, ser duplicada para 150%, nas seguintes hipóteses:a) sonegação;b) fraude;c) conluio. 

1. Excepcionalmente, em relação aos fatos geradores ocorridos:I - no mês de dezembro de 2006, os recolhimentos serão efetuados:a) até o 3º (terceiro) dia último do decêndio subsequente, para fatos geradores ocorridos no 1º (primeiro) e 2º (segundo) decêndio; eb) até o último dia útil do 1º (primeiro) decêndio do mês de janeiro de 2007, para fatos geradores ocorridos no 3º (terceiro) decêndio;II - no mês de dezembro de 2007, os recolhimentos serão efetuados:a) até o 3º (terceiro) dia útil do 2º (segundo) decêndio, para os fatos geradores ocorridos no 1º (primeiro) decêndio; eb) até o último dia útil do 1º (primeiro) decêndio do mês de janeiro de 2008, para fatos geradores ocorridos no 2º (segundo) e no 3º (terceiro)decêndio.2. Anteriormente a 2006 os valores retidos deveriam ser recolhidos até o 3º (terceiro) dia útil da semana subsequente a de ocorrência dos fatosgeradores. 

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IV.1.1 Imposto de Renda retido pelos Estados, Distrito Federal e Municípios 

Em conformidade com o disposto no art. 868 do RIR/99, pertence aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o produto da arrecadação do imposto incidente nafonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem (CF, arts. 157, inciso I, e 158, inciso I).Dessa forma, nessa hipótese, o recolhimento em regra, não será efetuado por DARF, mas sim, por meio de documento de arrecadação estadual.

IV.1.2 - Agências de propaganda e publicidade 

O anunciante e a agência de propaganda, são solidariamente responsáveis pela comprovação da efetiva realização dos serviços.  

A agência de propaganda efetuará o recolhimento do imposto englobando todas as importâncias relativas a um mesmo período de apuração, devendo informar, ainda,o valor do imposto em sua DCTF. 

A agência de propaganda deverá fornecer ao anunciante, até 31 de janeiro de cada ano, comprovante de rendimentos com indicação do valor do rendimento e doimposto de renda recolhido, relativo ao ano-calendário anterior.  

As informações prestadas pela agência de propaganda deverão ser discriminadas na Declaração de Imposto de Renda na Fonte (Dirf) anual do anunciante.  

Fundamento: art. 2º, § 2º da IN SRF nº 123/1992.

IV.2 Contribuições Sociais

Os valores retidos deverão ser recolhidos ao Tesouro Nacional pela pessoa jurídica que efetuar a retenção, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz dapessoa jurídica, até o último dia útil da quinzena subsequente àquela quinzena em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica prestadora dos serviços.

Se o valor a ser recolhido for inferior a R$ 10,00 (dez reais), o seu recolhimento só será efetuado quando, adicionado a retenções de períodos subseqüentes, totalizarvalor igual ou superior a R$ 10,00 (dez reais), exceto na hipótese de Darf eletrônico, em que o recolhimento será efetuado independentemente do valor.  

Fundamento: art. 6º da IN SRF nº 459/2004.

V - Tratamento das importâncias retidas na beneficiária dos rendimentos 

Os valores retidos serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação às respectivas contribuições e aoimposto de renda, podendo ser deduzido dos impostos e contribuições de mesma espécie.  

Especificamente em relação às contribuições sociais, o valor a ser compensado, correspondente a cada espécie de contribuição, será determinado pelo própriocontribuinte mediante a aplicação, sobre o valor da fatura, das alíquotas respectivas às retenções efetuadas.

Fundamento: art. 7º da IN SRF nº 459/2004.

V.1 - PIS/PASEP e COFINS - Compensação e restituição de valores retidos - Alteração promovida pela Lei nº 11.727 de 2008

A Medida Provisória nº 413, de 03 de janeiro de 2008, convertida na Lei nº 11.727 de 2008, introduziu diversas alterações na legislação tributaria, especialmente emrelação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS. Dentre as novidades, foi inserida nova disciplina para restituição e compensação de quantias retidas dessascontribuições sociais.

Compensação dos Valores Retidos

Os valores retidos têm como finalidade antecipar o recolhimento a ser efetuado na apuração do tributo, a serem deduzidos do montante apurado. Assim, os valoresretidos do Imposto de Renda são utilizados para deduzir o próprio Imposto de Renda; os valores retidos da CSLL para deduzir a própria CSLL. Em relação àContribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, o objetivo das parcelas retidas também é deduzir as devidas contribuições. 

Pode ocorrer, no entanto, que essas parcelas retidas não possam ser deduzidas dos respectivos tributos, em decorrência da inexistência de tal débito. Isso ocorre, porexemplo, em relação às parcelas retidas de IRPJ e CSLL, que não têm como ser deduzidas quando o contribuinte apura prejuízo, haja vista que os mesmos sãocalculados com base no lucro auferido pela pessoa jurídica.  

Para contornar essa problemática, em relação ao IRPJ e à CSLL temos a figura do "Saldo Negativo", que tem origem quando constatada a existência de crédito quenão pôde ser utilizado para dedução do respectivo tributo, podendo ser objeto de restituição ou compensação com outros tributos.  

Em relação ao PIS/PASEP e à COFINS não temos essa figura de "Saldo Negativo". Todavia, da mesma forma que ocorre com o IRPJ e a CSLL, também há apossibilidade do acúmulo dessas contribuições. Isso ocorre, por exemplo, quando o contribuinte possui créditos decorrentes da não-cumulatividade e ainda sofreretenções das contribuições. 

Até o advento da Medida Provisória nº 413, não havia mecanismo para restituir ou compensar com outros tributos os valores retidos do PIS/PASEP e da COFINS . Asparcelas retidas teriam que ser deduzidas das respectivas contribuições de períodos subseqüentes, o que poderia acarretar em uma constrição patrimonial, caso ocontribuinte não apurasse mais débitos dessas contribuições. 

Alteração Introduzida pela Lei nº 11.727 de 2008 

Conforme estabelece o art. 5º da Lei nº 11.727 de 2008, os valores retidos na fonte a título da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, quando não for possível suadedução dos valores a pagar das respectivas contribuições no mês de apuração, poderão ser restituídos ou compensados com débitos relativos a outros tributos econtribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a legislação específica aplicável à matéria (vide Instrução Normativa RFB nº 900de 2008). 

Fica configurada a impossibilidade da dedução quando o montante retido no mês exceder o valor da respectiva contribuição a pagar no mesmo mês.  

Destaca-se que essa permissão aplica-se somente quando não for possível a dedução das retenções das respectivas contribuições, logo após o encerramento dorespectivo mês de apuração. Dessa forma, não sendo possível a dedução, conforme o caso, no PIS/PASEP ou na COFINS apurados no mês, já será admitida arestituição ou compensação dessa quantia retida com outros tributos administrados pela RFB. 

A partir de 4 de janeiro de 2008, o saldo dos valores retidos na fonte a título da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurados em períodos anteriores poderátambém ser restituído ou compensado com débitos relativos a outros tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Tais valores serão acrescidosde juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do

Para efeito da determinação do excesso, considera-se contribuição a pagar no mês da retenção o valor da contribuição devida descontada doscréditos apurados naquele mês. 

Conforme dispõe o Decreto nº 6.662 de 2008, a restituição poderá ser requerida à Secretaria da Receita Federal do Brasil a partir do mêssubsequente àquele em que ficar caracterizada a impossibilidade de dedução.

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mês subsequente ao da retenção e de juros de um por cento no mês em que houver:  

a) o pagamento da restituição; ou 

b) a entrega da Declaração de Compensação.

A autoridade da Secretaria da Receita Federal do Brasil competente para decidir sobre a restituição ou compensação poderá condicionar o reconhecimento do direitocreditório à apresentação de documentos comprobatórios do referido direito, inclusive arquivos magnéticos, bem como determinar a realização de diligência fiscal nosestabelecimentos do sujeito passivo, a fim de que seja verificada, mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas ( art. 4ºdo Decreto nº 6.662 de 2008).

VI - Regras especiais de retenção aplicáveis às contribuições sociais 

VI.1 - Cartões de Crédito

Nos pagamentos pela prestação de serviços efetuados por meio de cartões de crédito ou débito, a retenção será efetuada pela pessoa jurídica tomadora dos serviçossobre o total a ser pago à empresa prestadora dos serviços, devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo valor líquido, após deduzidos os valores dascontribuições retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à pessoa jurídica tomadora dos serviços.

Fundamento: art. 8º IN SRF nº 459/2004.

VI.2 - Documentos de cobrança que contenham código de barras

Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou quaisquer outros documentos de cobrança que contenham código de barras deverão ser informados o valorbruto do preço dos serviços e os valores de cada contribuição incidente sobre a operação, devendo o seu pagamento ser efetuado pelo valor líquido, após deduzidos osvalores das contribuições retidas, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à pessoa jurídica tomadora dos serviços.

Fundamento: art. 9º IN SRF nº 459/2004.

VII - Comprovante anual de retenção 

As pessoas jurídicas que efetuarem a retenção do imposto de renda ou das contribuições sociais deverão fornecer à pessoa jurídica beneficiária comprovante anual daretenção, até o dia 28 de fevereiro do ano subsequente, conforme modelo constante do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 119/2000, no caso de retenção doimposto de renda, ou do modelo constante do Anexo II da Instrução Normativa SRF nº 459/2004, no caso de retenção das contribuições sociais.  

Fundamento: art. 12º IN SRF nº 459/2004; art. 942 do RIR/99.

VIII - Informações na DIRF 

Anualmente, as pessoas jurídicas que efetuarem a retenção do imposto de renda ou das contribuições sociais deverão apresentar à Receita Federal do BrasilDeclaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), nela discriminando, mensalmente, o somatório dos valores pagos ou creditados, conforme o caso, e o totalretido, por contribuinte e por código de recolhimento.  

Fundamento: IN RFB nº 983/2009.

IX - Entendimentos - Contribuições Sociais 

Manifestamos nosso posicionamento sobre algumas questões mais frequentes quanto à retenção na fonte das contribuições sociais.

1) Quando a prestação dos serviços envolver aplicação de material, cobrado pelo prestador, destacadamente, na fatura de serviços, este valor integra a base de cálculoda retenção?

Entendimento:

Sim, pois a base de cálculo das contribuições é o faturamento, assim entendido a receita bruta. No caso do imposto de renda e das contribuições as alíquotas aplicadas já pressupõe a redução futura da base de cálculo pela consideração dos custos ou despesas na sua posterior apuração.

2) A compensação pela pessoa jurídica prestadora dos serviços dos valores das contribuições incidentes sobre a fatura pode se dar quando do fechamento dofaturamento do mês da emissão, ainda que não recebida a fatura?

Entendimento:

A pessoa jurídica tomadora do serviço deve fazer a retenção no momento do pagamento.

Quando o pagamento e, por consequência, a retenção ocorrer antes do vencimento das contribuições e do imposto de renda a cargo da prestadora do serviço, nãohaverá dificuldade porque a compensação será efetuada depois da retenção.

Problemas também não deverão ocorrer nas prestadoras de serviço optantes pelo lucro presumido e que adotem o regime de caixa na apuração do imposto de renda eda contribuições.

Todavia, se a retenção ocorrer depois do vencimento mensal do PIS e da COFINS, dia 20, por exemplo, surgirá o problema: a prestadora vai tributar a receita sempoder deduzir a retenção?

Dispõe a Lei nº 10.833/2003:

Art. 36. Os valores retidos na forma dos arts. 30, 33 e 34 serão considerados como antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção, em relação 

ao imposto de renda e às respectivas contribuições.

O art. 7º da Instrução Normativa SRF nº 459/2004, dispõe em seu § 1º:

"Os valores retidos na forma desta Instrução Normativa poderão ser deduzidos, pelo contribuinte, das contribuições devidas de mesma espécie, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção." 

1. Em relação às contribuições sociais, o comprovante anual poderá ser disponibilizado, à pessoa jurídica beneficiária do pagamento, que possuaendereço eletrônico, por meio da Internet.2. Sobre agências de propaganda e publicidade, vide tópico específico.  

Sobre agências de propaganda e publicidade, vide tópico específico.

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Repare que a Lei fala em "antecipação do que for devido", sem especificar o período de apuração cujos tributos estão sendo antecipados. É o § 1º da InstruçãoNormativa que especifica o período a que se refere a antecipação, qual seja: períodos que encerrarem fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.

Logo, enquanto o fisco não manifestar entendimento diverso, se a retenção foi efetuada no dia 20 de março, por exemplo, data do pagamento de uma fatura emitida em1º de março, por serviços prestados em fevereiro, a compensação dos valores retidos pela fonte pagadora somente poderá ser efetuada pela prestadora dos serviçosem relação aos tributos e contribuições calculados sobre fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março, cujo vencimento do PIS e da COFINS se dará em 15 deabril.

3) A retenção na fonte será efetuada a partir dos valores pagos em fevereiro de 2004, ainda que se refiram a serviços prestados em janeiro de 2004, quando ainda nãotinha eficácia a norma?

Entendimento:

A responsabilidade pela retenção foi atribuída à fonte pagadora a partir de 1º de fevereiro de 2004. Entretanto, a nosso ver, do ponto de vista do prestador do serviçoque sofre o ônus da antecipação das contribuições, efetuar retenções sobre serviços prestados no mês de janeiro de 2004 configura indevida retroação da norma jurídica.

X - Consultoria FISCOSoft 

A seguir, transcrevemos consulta sobre o assunto atendida pela Consultoria FISCOSoft. 

Como analisar se há ou não a dispensa de retenção de imposto de renda sobre valores menores que R$ 10,00?  

RESPOSTA 

Conforme o disposto no art. 724 do RIR/99, é dispensada a retenção de imposto, de valor igual ou inferior a dez reais, incidente na fonte sobre rendimentos que devamintegrar:

a) a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste anual das pessoas físicas;

b) a base de cálculo do imposto devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado.  

Ou seja, o disposto no art. 724 do RIR/99 aplica-se, e tão-somente, no caso de retenção na fonte do imposto a título de antecipação.

Se forem rendimentos exclusivos na fonte, como por exemplo, 13º salário, rendimentos de aplicação financeira, entre outros, não há a dispensa. Deve haver a retençãoe o respectivo recolhimento. 

Portanto, fica dispensada a retenção de imposto de renda, de valor igual ou inferior a R$ 10,00, para pagamentos feitos por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas. A dispensa de retenção ocorre quando, em cada importância paga ou creditada, o imposto for igual ou inferior ao limite retrocitado, não havendo comandopara acumulação e posterior recolhimento, quando ultrapassar o limite (ver Processo de Consulta nº 121/03 - SRRF - 6ª Região Fiscal; e Processo de Consulta nº114/01 - SRRF - 6ª Região Fiscal). 

Não obstante o entendimento acima, para efeito de dispensa da retenção do imposto de renda na fonte no caso de pagamentos (e/ou créditos) realizados de pessoa jurídica para outra pessoa jurídica, recomenda-se efetuar o cálculo do IRRF sobre o valor acumulado dos pagamentos (e/ou créditos) realizados no mesmo dia, desdeque sejam referentes ao mesmo tipo de prestação de serviços e à mesma pessoa jurídica. Considera-se mesma pessoa jurídica a matriz e suas filiais. 

Nesse contexto, seguem, abaixo, os exemplos com as devidas recomendações (valores meramente ilustrativos):  

Exemplo 1: Admitindo-se: (a) IRRF a título de antecipação; (b) Alíquota de 1,5%; (c) Pagamentos (e/ou créditos) realizados à mesma pessoa jurídica e pelo mesmo tipode prestação de serviços de assessoria. Temos: 

01.03.2010: R$ 600,00 (IRRF: R$ 600,00 x 1,5% = R$ 9,00). A fonte pagadora está dispensada da retenção do imposto de renda.  

07.03.2010: R$ 100,00 (IRRF: R$ 100,00 x 1,5% = R$ 1,50). A fonte pagadora está dispensada da retenção do imposto de renda.  

Nota. A dispensa aplica-se aos dois casos (não acumular, são fatos geradores diferentes/dias diferentes). 

Exemplo 2: Admitindo-se: (a) IRRF a título de antecipação; (b) Alíquota de 1,5%; (c) Pagamentos (e/ou créditos) realizados à mesma pessoa jurídica e pela mesmaprestação de serviços de auditoria. Temos: 

10.03.2010: R$ 600,00 (IRRF: R$ 600,00 x 1,5% = R$ 9,00).  

10.03.2010: R$ 200,00 (IRRF: R$ 200,00 x 1,5% = R$ 3,00). No dia 10.03.2010, recomenda-se a fonte pagadora realizar a retenção do imposto de renda no valor deR$ 12,00. 

20.03.2010: R$ 100,00 (IRRF: R$ 100,00 x 1,5% = R$ 1,50). A fonte pagadora está dispensada da retenção do imposto de renda.  

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