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ROTEIRO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS

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ROTEIRO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS AGRADECIMENTOS 5 INTRODUCAO 10 ENERGIA EÓLICA 11 ENERGIA HÍDRICA 15 GEOTERMIA 18 BIOMASSA E BIOGÁS 22 O QUE É A BIOMASSA 22 ENERGIA DOS MARES 26 O QUE É A ENERGIA DOS MARES 26 ENERGIA SOLAR 29 ECONOMIA DA ENERGIA 45 AS NOVAS TENDÊNCIAS 51 CONCLUSÕES 57 REFERÊNCIAS ÚTEIS 59 FICHA TÉCNICA 61 ÍNDICE 2 AGRADECIMENTOS

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ROTEIRO DAS

ENERGIAS

RENOVÁVEIS

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS 5 INTRODUCAO 10 ENERGIA EÓLICA 11 ENERGIA HÍDRICA 15 GEOTERMIA 18 BIOMASSA E BIOGÁS 22 O QUE É A BIOMASSA 22 ENERGIA DOS MARES 26 O QUE É A ENERGIA DOS MARES 26 ENERGIA SOLAR 29 ECONOMIA DA ENERGIA 45 AS NOVAS TENDÊNCIAS 51 CONCLUSÕES 57 REFERÊNCIAS ÚTEIS 59 FICHA TÉCNICA 61

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AGRADECIMENTOS

Luís Jesus, Manuel Fernandes, Margarida Braga e Marlene Marques pelo excelente trabalho desenvolvido na brochura “Manual das Energias Renováveis” editado em 1999, pelo GEOTA, e no qual este livro se baseou largamente. Um agradecimento especial ao Instituto do Ambiente, ao Instituto Português da Juventude, à SIIF ÉNERGIES (Portugal), Lda., à Éolica da Cabreira,S.A., à EDP Produção, S.A., à MOREME e à FOGÃOSOL pelos apoios prestados. Agradece-se também a todas as entidades que graciosamente cederam imagens e informações, que foram incorporadas ao longo do texto.

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Dados Bibliográficos

ISBN: 972-8898-06-1

Título: Roteiro de Energias Renováveis Tipo de encadernação: B Autor: Vários Colecção: Data: 08-11-2005 Editor: G. E. O. T. A. - Grupo Estudos Ordenamento Território Ambiental Morada: Tv. Moinho Velho, 17 C/V D Localidade: Lisboa Código Postal: 1200-727 Correio Electrónico: [email protected] Telefone: 213 956 120 Fax: 213 955 316

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PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO:

ACRESCENTAR AQUI NOVOS DADOS E

ASPECTOS SOBRE ESTES TEMAS

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Poderá ser obtida mais informação sobre o assunto na consulta aos anexos e às referências úteis no final desta publicação.

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Utilização Racional de Energia (URE)

Por Utilização Racional de Energia (URE) entendemos o conjunto de acções e

medidas, que têm como objectivo a melhor utilização da energia.

Utilizar melhor a energia significa:

- utilizar menos energia para produzir o mesmo;

- produzir mais com a mesma energia;

- inovar nos processos e nos produtos para produzir mais e melhor com

menos utilização de energia;

A URE é cada vez mais um factor a considerar na economia energética e

redução de custos, tanto no sector doméstico como no sector de serviços e

industrial.

Tendo em conta uma série de recomendações e conselhos úteis, é possível

reduzir os consumos energéticos mantendo o conforto e a produtividade das

actividades dependentes de energia.

Consideram-se para a URE, dois sectores de consumo:

- URE no Sector Domestico;

- URE no Sector de Serviços e no Sector Industrial.

Nesta publicação apenas se trata do URE no Sector Doméstico.

Sector Doméstico

Existem em Portugal mais de 3,3 milhões de edifícios, que representavam cerca

de 22% do consumo em energia final (residencial com 13% e os serviços com

9%, dados divulgados em URL: http://www.eficiencia-energetica.com/, 2004)

O aumento do conforto e da quantidade de electrodomésticos e outros

equipamentos consumidores de energia, situou o crescimento médio anual dos

consumos energéticos em edifícios de habitação em 3,7% (dados do início da

década 2000). Os 13% em energia final deste sector, representam no entanto

27% dos consumos de electricidade em Portugal, evidenciando a importância

desta fonte de energia no sector doméstico.

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Os consumos energéticos do sector doméstico repartem-se do seguinte

modo:

- 50% são consumos na confecção de alimentos e nos

aquecimentos das águas sanitárias (AQS).

- 25% em iluminação e electrodomésticos.

- 25% aquecimento e arrefecimento.

Estes números revelam o peso dos consumos em aquecimento das

AQS (Águas Quentes Sanitárias) e em energia eléctrica, implicando a

necessidade de actuar nestas duas vertentes com medidas de URE. A

climatização representa 25% (com uma taxa de crescimento elevada).

O aquecimento e arrefecimento são outras das vertentes de

intervenção, na qual se deverá aplicar o Regulamento das

Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE).

Por outro lado na última década, o sector dos edifícios de serviços foi

um dos que mais cresceu em consumos energéticos, cerca de 7,1%. É

um dos principais responsáveis pelo aumento de 19% para 31% do

consumo em energia eléctrica entre os anos 1980 e 1999. Essa

tendência continua a verificar-se nos dias de hoje.

Como economizar energia em casa?

Pode economizar-se energia no sector doméstico de 4 formas: na

escolha da habitação ou na sua remodelação; na escolha do

equipamento e na iluminação adequados e nos comportamentos a

adoptar.

A habitação

Tudo começa aqui, uma vez que um quarto das necessidades

energéticas das habitações se destinam ao aquecimento e

arrefecimento ambiente e um outra parte dos consumos, desta feita

associados aos transportes, têm a ver com a localização relativa entre

as habitações e os centros de emprego e de fornecimento de serviços.

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Para garantir um nível adequado de conforto térmico e qualidade do ar interior,

deve ter-se em consideração a zona bioclimática em que a construção se situa,

pois as medidas de isolamento e protecção climática são uma função da

localização.

Outros aspectos que influenciam o consumo energético associado às habitações

têm a ver com a distância em relação a serviços essências:

• Distâncias em relação à escola ou emprego (podem ser percorridas a

pé ou necessitam de transporte);

• Distâncias a mercados de produtos frescos e manufacturados, serviços

públicos (saúde, autoridades locais e policiais, saneamento,

abastecimento);

• Disponibilidade de transportes público e horários compatíveis (se não

forem satisfatórios é necessário utilizar transporte individual).

Em relação à escolha da habitação, deve optar-se, sempre que possível, por

orientações das fachadas para o Sol, localizadas em encostas ou planaltos com

orientação (S, SW, SE), fora das zonas húmidas e das linhas de água. Uma das

fachadas deve ter outra orientação de modo a facilitar a renovação e a circulação

do ar. Os edifícios na vizinhança não devem provocar um sombreamento

excessivo, no Inverno.

As janelas a S, SW e SE devem ser protegidas da exposição solar excessiva no

Verão e permitir a incidência do Sol no Inverno, com a utilização de alpendres,

persianas ou outros sistemas de protecção solar (como as plantas trepadeiras,

entre as quais se destaca a vinha selvagem, com folhagem nos meses de maior

calor e nua no Inverno). As fachadas situadas a N, NW e NE devem ser as mais

isoladas e com menores janelas, para evitar as perdas de calor no Inverno. O

isolamento das frinchas das janelas e os vidros duplos completam a protecção.

Nem sempre, contudo, é possível escolher-se a casa ideal, por razões

económicas ou outras. Em obras de requalificação, deve promover-se o

isolamento térmico pelo exterior (ou pelo interior quando a primeira opção não for

possível) e as janelas de vidro duplo, protegidas por persianas a Sul. As caixas

das persianas devem ser também termicamente isoladas no interior. O

isolamento térmico é tão vantajoso para proteger do frio como do calor e não e o

seu uso não obriga a consumir qualquer energia adicional. Devem instalar-se

colectores solares.

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No Inverno, o uso de lareira para aquecimento do ar proporciona um

rendimento no uso da energia de 15% a 50% se for aberta ou fechada

com recuperador de calor, respectivamente..

O uso de ventilação natural deve ser preferida do Verão, com vantagem

para as habitações que têm aberturas em fachadas com orientações

diferentes. Quando necessário, ventiladores podem ser utilizados para

facilitar a circulação do ar e reduzir os efeitos do calor.

As marquises a Sul e o ar condicionado devem ser sempre evitados. Os

primeiros porque prejudicam termicamente os edifícios e os segundos por

são dispensáveis se os edifícios forem adequadamente projectados e

isolados.

Pequenos lagos artificiais podem ser utilizados no Inverno para reflectir a

luz do Sol incidente a Sul, durante as manhãs e repuxos podem ser

utilizados para amenizar o ambiente na vizinhança do prédio, durante os

períodos mais quentes no Verão, em zonas não sujeitas a intensos e

frequentes períodos de seca.

Os Equipamentos

Consome-se um quarto da energia na iluminação e nos

electrodomésticos. Daí a importância de escolher equipamentos mais

eficientes, que podem ser inicialmente mais casos, mas que compensarão

largamente pelo seu uso.

Escolher sempre electrodomésticos – fogões, micro-ondas, máquinas de

lavar loiça e roupa, máquinas de secar roupa, frigoríficos e outros – de

classe energética A, A+ ou A++ pelos seus consumos reduzidos

(consultar a etiqueta energética do equipamento).

Sempre que possível, utilizar tomadas com supressor de picos (protecção

eléctrica) e interruptor, de especialmente aparelhagens electrónicas de

custo elevado. Os equipamentos fora de uso devem ser desligados do

stand-by, que pode representar consumos até 30 W.

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A iluminação

A iluminação natural deve ser preferida em todas as situações, durante o dia. Em

relação à iluminação artificial, há muitas opções no mercado. A iluminação numa

casa é responsável por cerca de 10 a 15% do consumo de electricidade total da

habitação.

As lâmpadas incandescentes clássicas (LIC) são as mais baratas, apresentam uma

eficiência muito reduzida, e apenas 5% da electricidade é convertida em luz, sendo

a restante convertida em calor. As lâmpadas incandescentes de halogéneo (LIH),

apresentam uma eficiência ligeiramente superior. São muito utilizadas em

iluminação indirecta, chegando a atingir 500 Watt em candeeiros de pé, sendo no

entanto altamente consumidoras e perigosas devido ao calor dissipado.

Nas lâmpadas fluorescentes, as paredes interiores são revestidas de um pó

fluorescente, que transforma em luz visível a radiação ultravioleta emitida por um

gás (vapor de mercúrio) atravessado por uma corrente eléctrica. As lâmpadas

fluorescentes classificam-se em lâmpadas tubulares (LFT) e compactas (LFC).

As primeiras apresentam uma elevada eficiência luminosa, necessitando de utilizar

“armaduras” próprias.

Quanto às LFC são uma alternativa excelente às LIC, com a boa qualidade da luz

produzida, um consumo energético 5 a 6 vezes inferior e um tempo médio de vida

que pode atingir as 15.000 horas (cerca de 15 vezes superior às LIC.

Os dispositivos com LED (díodos emissores de luz) são ainda dispendiosos e pouco

competitivos com outras formas de iluminação. Com a adequada investigação e

desenvolvimento tecnológico, pela pequena quantidade de materiais envolvidos,

tempo médio de vida (mais de 50 000 horas), pela qualidade da iluminação e pelo

preço reduzido que podem vir a atingir constitui, certamente, o futuro da iluminação.

Confecção de Alimentos e Águas Quentes Sanitárias

Sendo metade dos consumos energéticos de uma habitação utilizados na

confecção de alimentos e nos aquecimentos das águas sanitárias (AQS).

O aquecimento de água para fins sanitários (banhos, lavagens) e até mesmo para a

climatização (em sistemas de aquecimento central) pode beneficiar, como vimos, do

uso de colectores solares, antes dos sistemas de aquecimento ou de apoio.

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O uso de redutores de caudal nas torneiras e chuveiros de baixo

economizadores promove também um menor consumo de AQS e um

menor consumo de energia no aquecimento da água, com reflexos

positivos nas facturas de gás (ou electricidade) e de água.

Para a confecção de alimentos estão já disponíveis equipamentos

eficientes: micro-ondas e fogões eléctricos de classe A, no entanto o uso

de energia eléctrica para aquecimento deve ser reduzido ao mínimo,

preferindo-se o aquecimento a gás, bastante mais eficiente.

Os comportamentos

Frio - preferir um frigorífico com congelador separado. É suficiente uma

temperatura de 5ºC. Evitar encostá-lo à parede e instalá-lo num

compartimento demasiado quente. Afastá-lo das fontes quentes como o

fogão ou o aquecimento. Não deixar a porta aberta durante muito tempo e

descongelá-lo regularmente.

Secagem natural da roupa - um secador de roupa consome duas vezes

mais energia eléctrica do que a máquina de lavar

Luz e electricidade - Desligar sempre que sair de um compartimento.

Evitar o stand-by dos equipamentos eléctricos.

Máquinas de lavar apenas na sua carga completa. Usar programas de

lavagem económicos e não ultrapassar os 40°C.

Deslocações e transportes - para as deslocações a menos de 300

metros preferir o modo pedonal e a bicicleta para as distâncias acima.

Prefira os transportes públicos para as distâncias superiores e o

transporte individual motorizado apenas quando estritamente necessário.

Nessa ultima situação, partilhar a viatura. Preferir uma viatura com um

motor eficiente e de baixas emissões (menos de 120 g CO2 /km ).

Produtos – Produtos frescos, da época, produzidos nas zonas agro-

pecuárias e agro-frutículas mais próximos consomem, em geral menos

energia no seu transporte, preparação, conservação e apresentação, que

os produtos embalados ou processados industrialmente ou importados.

Podem ser também mais saudáveis, devendo conhecer-se a sua origem.

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Novas abordagens

Neste capítulo discutem-se as novas tendências na abordagem ao

tema da energia, como a inclusão do transportes, a economia do

hidrogénio e os instrumentos económicos para alterar comportamentos

e contrariar as tendências de crescimento dos consumos ou a

dependência externa em relação aos combustíveis fósseis.

O sector dos transportes

O sector dos transportes aparece, para a maioria das pessoas,

desligado do sector da energia. Mas basta pensar no que faz mover os

veículos que utilizamos para nos deslocarmos, seja em transportes

públicos ou privados, para se perceber as ligações que existem entre

esses dois sectores:

Os veículos com motores de combustão interna utilizam algum tipo de

combustível para lhes fornecer a energia química que convertem em

movimento; os veículos com motores eléctricos vão buscar energia à

mesma rede eléctrica que abastece as nossas habitações, escritórios,

escolas, lojas, etc., que é produzida a partir de fontes primárias

renováveis e não renováveis (com um domínio significativo das

segundas).

O sector dos transportes, principalmente devido ao excessivo uso do

transporte individual motorizado, foi o que viu crescer mais as emissões

de gases de efeito de estufa.

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Os principais problemas derivados do excesso do tráfego de veículos

nos núcleos urbanos e nas principais vias de acesso são o

congestionamento urbano, as dificuldades de estacionamento de

veículos, a poluição sonora e atmosférica e os conflitos de uso entre

diferentes grupos de população e sectores de actividade (distribuição,

comércio, pequena indústria e oficinas, transportes públicos). A

poluição sonora é evidente devido à concentração de um grande

número de veículos a motor numa área reduzida e muito frequentada.

A poluição atmosférica dos núcleos urbanos constitui um dos mais

graves impactes do tráfego rodoviário. Sob o efeito da luz solar, alguns

contaminantes atmosféricos produzem poluentes secundários como o

ozono troposférico (O3), fortemente irritante, oxidante e cancerígeno e

outros compostos, responsáveis pelo nevoeiro fotoquímico, a típica

neblina, nociva para a saúde humana, que cobre os grandes

aglomerados urbanos.

A forma como escolhemos nos deslocar de um sitio para outro

influencia muito a qualidade do ambiente que vivemos nas cidades.

Por outro lado, quanto mais usados forem os transportes públicos, mais

as empresas que por eles são responsáveis poderão proporcionar um

serviço público de qualidade, com melhores horários e percursos mais

abrangentes.

Torna-se assim particularmente interessante a coordenação do modo

pedonal e ciclável com os transportes públicos nos modos ferroviários e

a mesma deve ser incentivada.

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SUGESTÃO: USAR ESTE ESPAÇO PARA REFLEXÕES

SOBRE IDEIAS E O MODO COMO SE PODE POUPAR

ENERGIA NAS DESLOCAÇÕES DO DIA-A-DIA.

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A Economia do Hidrogénio

O hidrogénio é o elemento mais abundante do universo e é o

combustível das estrelas.

Tem 8 vezes o poder detonante da gasolina e é utilizado como

combustível dos foguetões que transportam naves e satélites para o

espaço.

Tem muitas aplicações industriais, a sua produção é relativamente

barata.

A sua utilização para a produção de energia eléctrica é feita à base

de células de combustível, que promovem uma combustão

controlada do hidrogénio com consumo de oxigénio, produção de

energia eléctrica, água e algum calor.

Há ainda bastantes problemas a dominar na tecnologia do

hidrogénio, quer no custo e forma de produção, quer no transporte,

na distribuição, no armazenamento e na utilização em larga escala

para os usos mais comuns. Esses usos vão desde a produção de

energia para o consumo doméstico até para os transportes. Existem

já várias propostas técnicas em estudo para cada uma dessas áreas,

e inclusive protótipos de veículos movidos a hidrogénio, praticamente

não poluentes.

Quando esses problemas estiverem resolvidos a um nível satisfatório

para a sua viabilidade económica, poderá ser instituída uma

economia do hidrogénio como actualmente existe a economia do

carbono (combustíveis fósseis).

É preciso fazer notar, contudo, que o hidrogénio não é uma fonte

primária de energia, pois não existe livre na Natureza em

quantidades utilizáveis, tem que ser produzido, p.e. pela electrólise

da água, e para tal é preciso usar outra forma de energia (renovável

ou não).

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Os Instrumentos Económicos

Todas as actividades económicas têm efeitos sobre o ambiente (impactes)

cujos custos têm de ser pagos de alguma forma: ou pelos utilizadores

desses bens ou serviços, ou por toda a sociedade, que terá de utilizar as

receitas dos impostos para resolver esses custos. De modo a promover o

Desenvolvimento Sustentável podem utilizar-se Instrumentos Económicos

que irão promover um uso racional de recursos naturais, a redução da

poluição e dar o incentivo para a inovação tecnológica.

Há vários tipos de instrumentos económicos que podem ser usados para

melhorar o desempenho ambiental de um determinado sector da economia:

• Subsídios públicos, como incentivos a determinados projectos ou práticas (p.e. esta publicação foi apoiada por subsídios públicos,que entidades governamentais atribuíram ao GEOTA para a sua produção);

• Garantias e seguros de crédito (quando há uma terceira entidade publica ou privada que cobre o risco em relação a um empréstimo bancário, necessário para o investimento num projecto ou numa empresa – i.e. caso algo corra mal, essa entidade responsabiliza-se pelo pagamento do empréstimo ou do crédito contraído);

• Impostos e taxas (destinam-se a arrecadar dinheiro para o tesouro público mas a sua cobrança pode ter em consideração alguns aspectos, como p.e. o desconto no Imposto Automóvel pela eficiência energética dos veículos, ou a redução dos impostos sobre a propriedade de imóveis caso a habitação apresente uma boa classe energética; também podem funcionar em sentido inverso, como os impostos sobre os produtos petrolíferos, para desincentivar o consumo de combustíveis; pode ter-se a mesma discussão em relação aos impostos sobre as ineficienteslâmpadas incandescentes versus as eficientes lâmpadasfluorescentes);

• Tarifas (é cobrada em função de um serviço ou bem usufruído pela entidade que o comercializa, como é o caso da água, da electricidade, do gás; as formas como são cobradas, com ou sem escalões, podem facilitar ou dificultar os usos racionais dessesrecursos; o GEOTA defende que os usos intensivos de energia devem ser mais onerosos que os usos eficientes);

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• Isenções fiscais (traduzem-se em descontos aos impostos que as empresas ou os particulares deverão pagar caso, p.e. invistam em energias renováveis).

A adequação dos instrumentos económicos ao serviço de políticas

ambientais não é uma tarefa fácil e compete ao Estado fazer esse

trabalho.

Com vista a promover junto do Estado e da opinião pública as vantagens

e os princípios da Reforma Fiscal Ambiental (alteração do sistema fiscal

tendo em consideração aspectos de desempenho ambiental dos bens ou

serviços sujeitos a impostos), O GEOTA desenvolve uma campanha

desde 2001, em coordenação com o European Environmental Bureau

(uma união de ONG de Ambiente de todos os países da Europa).

Os princípios da Reforma Fiscal Ambiental são os seguintes

• Alteração do peso dos impostos sobre o trabalho para um reforço dos impostos e taxas sobre os maus comportamentos ambientais;

• Neutralidade fiscal (o valor total cobrado deve manter-se).

Desta forma espera-se obter um duplo benefício:

• Melhoria do ambiente (pelo melhor comportamento dos agentes económicos e dos consumidores e incentivo à inovação tecnológica);

• Aumento do emprego (pela maior eficiência das empresas, novas actividades económicas mais “verdes”, melhores condições económicas e aumento do poder de compra).

Os países da União Europeia com as mais avançadas Reformas Fiscais

Ambientais (Suécia, Dinamarca, Holanda, Alemanha) que respeitaram

estes princípios, facilitaram desta forma a aceitação pública das reformas

com o fortalecimento do emprego.

Na página do GEOTA é possível encontrar alguma informação sobre este

assunto.

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A sociedade portuguesa é cada vez utiliza cada vez maiores quantidades de energia, produzidas a partir de fontes de energia primária fóssil, muito poluentes e geradoras de gases de efeitos de estufa.

As energias renováveis constituem apenas alternativas parciais para a produção de energia útil, uma vez que não conseguem suprir todas as necessidades energéticas do país. As fontes convencionais e não renováveis petróleo, o carvão, o gás natural e nuclear (importado) são os recursos energéticos principais. Aliás, as energias renováveis são também elas, fontes de impactes ambientais, nalguns casos, assinaláveis, tendo como exemplo as grandes barragens.

O melhor modo de utilizar a energia é através da sua economia com medidas de Utilização Racional de Energia (URE), pois é a únicaforma garantida de não produzir impactes negativos no ambiente e na economia.

O sector residencial representa uma parcela considerável do consumo eléctrico total nacional, apresentando uma tendência para forte crescimento nos próximos anos.

Os equipamentos mais consumidores numa unidade de alojamento são os de frio, as máquinas de secar roupa e a iluminação, sendo de salientar o consumo de stand-by dos equipamentos electrónicos.

O potencial de economia de energia é em geral elevado devido à pouca eficiência energética do parque instalado, sendo mais elevado para a iluminação, para os equipamentos audiovisuais e equipamentos de frio. Essas oportunidades podem dividir-se em redução de consumos e deslocamento de cargas.

A redução dos consumos poderá ser conseguida através de:

• utilização de equipamentos mais eficientes: todas as aplicações analisadas apresentam oportunidades de conservação de energia na medida em que existem equipamentos mais eficientes no mercado. A substituição total dos equipamentos existentes no parque habitacional pelos modelos actualmente mais eficientes, aquando da sua renovação, traduzir-se-á numa redução anual dos consumos eléctricos da ordem dos 3.500 GWh/ano, isto é, cerca de 30% do consumo total de energia eléctrica do sector residencial;

• utilização mais racional dos equipamentos: uma componente importante na estrutura de consumos reside na deficiente utilização dos equipamentos por parte dos utilizadores.

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Quanto ao deslocamento de cargas, ou seja, a mudança do período de funcionamento de equipamentos das horas de ponta ou cheias do diagrama de carga para horas de vazio, é uma estratégia que pode e deve ser aplicada às máquinas de lavar louça e roupa. No entanto, para o consumidor tirar partido desta medida, deverá optar pela tarifa bi-horária, obtendo as vantagens económicas decorrentes da utilização daqueles equipamentos nos períodos de mais baixo custo energético.

A implementação desta medida numa habitação pode traduzir-se numa economia na factura eléctrica anual compreendida entre os 33 e os 48 € (consideraram-se unicamente as máquinas de lavar e secar e equipamentos de frio).

A etiquetagem energética dos equipamentos com aplicação no sector residencial tem-se afirmado como uma ferramenta de elevada utilidade para a prossecução da redução do consumo energético e de emissões de gases com efeito de estufa, apesar do seu curto “tempo de vida”. Com efeito, a sua influência no apoio à decisão na compra de novos electrodomésticos a par com a consciencialização “mais ecológica” do consumidor, tem permitido e continuará a fomentar a entrada de novos equipamentos mais eficientes em detrimento de outros que poderão apresentar um custo mais apelativo, mas que sejam menos eficientes.

A revisão, em curso, dos regulamentos de eficiência energética, sistemas de climatização e a classificação energética, nos edifícios, promete alterar no médio/longo prazo da sua implementação a forma como os agentes económicos encaram as questões energéticas nos edifícios, colocando mais a tónica nos custos de manutenção e nas tecnologias passivas que nos custos de construção.

A Reforma Fiscal Ambiental no sector energético em geral, que tarda, terá um impacto ainda mais profundo no comportamento da generalidade da sociedade, pois vai acrescentar os custos ambientais no preço e nas decisões sobre a aquisição de equipamentos, edifícios ou nas opções de uso da energia e comportamento dos utilizadores.

É preciso fazer notar que os custos ambientais estão sempre presentes e são sempre pagos: ou pelos utilizadores, nas facturas da energia, ou por toda a sociedade através dos impostos, para recuperar os danos ao ambiente e à saúde causados pela má utilização das tecnologias energéticas.

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LINKS ÚTEIS

http://cordis.europa.eu/sustdev/ http://ec.europa.eu/energy/intelligent/index_en.html http://equipamentos.p3e-portugal.com/ http://www.abcdaenergia.com/ http://www.adene.pt/ http://www.aguaquentesolar.com/index.asp http://www.apisolar.pt http://www.spes.pt/ http://www.ineti.pt/ http://www.apren.pt/ http://www.dgge.pt http://www.ecocasa.org/index2.php http://www.eeb.org http://www.eficiencia-energetica.com/ http://www.energiasrenovaveis.com http://www.ewea.org/ http://www.geota.pt http://www.managenergy.net/ http://www.mysolar.com/ http://www.p3e-portugal.com/ http://www.reeep.org/ http://www.soltherm.org/ http://www.sustenergy.org/tpl/page.cfm?pageName=home www.ademe.fr www.clasponline.org www.eande.lbl.gov www.eappc76.lbl.gov/tmacal/ees.cfm www.edp.pt www.efficient-appliances.org www.energy-plus.org www.iea.org/effi www.ine.pt www.mtprog.com www.p3e-portugal.com www.perso.club-internet.fr/sidler/page9.html OUTRAS REFERÊNCIAS ÚTEIS

DGGE / IP-3E (2004). Eficiência energética em equipamentos e sistemas eléctricos no sector residencial. [URL: http://www.eficiencia-energetica.com/docs/Eficiencia.pdf. Consultado em 20/06/2004] GEOTA (1995). Água Quente Solar. Revista Passa Palavra. GEOTA (1999). Guia das Energias Renováveis. Colecção Manuais do Cidadão Ambientalista. Observatório para o Solar Térmico (2004) Caracterização do Solar Térmico em Portugal – 2004. [URL: http://www.aguaquentesolar.com/_fich/18/Caract%20ST_Pt%202004.pdf, consultado em 20/08/2005]

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OUTRAS REFERÊNCIAS: COMPLETAR

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Fonte: Observatório do Solar Térmico (2004)

Fonte: Observatório do Solar Térmico (2004)

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Fonte: DGGE / IP-3E (2004).

Exemplo: Etiquetagem energética de máquinas de lavar roupa. Fonte: DGGE / IP-3E (2004).

Fonte: DGGE / IP-3E (2004).

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Fonte: DGGE / IP-3E (2004).

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Fonte: DGGE / IP-3E (2004).

Potencial de economia de energia no sector residencial doméstico. Fonte: DGGE / IP-3E (2004). Neste estudo, a “Família ecológica” que optou por equipamentos eficientes, gasta menos 49% em electricidade e menos 32% em água nestas utilizações. Esta redução corresponde a uma economia de 143 € /ano em relação à “Família standard” (preço da electricidade na tarifa normal da baixa tensão). é de 0,0965 € /kWh e que o preço do m3 da água é de 0,5 € /m3.

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FONTE: TIS e LISBOA-E-NOVA

Figura: Eficiência no uso da biomassa

Desagregação dos consumos de energia primária

do modo rodoviário pelas diferentes utilizações

Individual47%

Colectivo6%

Mercadorias47%

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INFORMAÇÃO RECOLHIDOS OU PRODUZIDOS (TEXTOS,

TABELAS, ESQUEMAS, FÓRMULAS...), DIGITALIZAR E

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