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Rotulagem e registro de alimentos De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partir do dia 01 de janeiro de 2014, todos os rótulos de alimentos produzidos no Brasil devem seguir a resolução RDC 54/2012, que foi publicada em 13 de novembro de 2012. Esta nova resolução alterou a forma de uso de termos como light”, “baixo”, “rico”, “fonte”, “não contém”, entre outros. Foram criadas também oito novas alegações nutricionais, sendo desenvolvidos critérios para alimentos isentos de gorduras trans, ricos em ômega 3, ômega 6 e ômega 9, além dos sem adição de sal. O documento estabelece que todos os esclarecimentos ou advertências exigidos em função do uso de uma alegação nutricional devem ser declarados junto à esta alegação. A norma é valida para as alegações presentes em anúncios veiculados por meios de comunicação, aplicada a toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita. O objetivo é ajudar o consumidor a entender essas e outras alegações, bem como auxiliar no consumo mais adequado às necessidades nutricionais. Por exemplo, os alimentos que apresentarem no rótulo a alegação light devem ser reduzidos em algum nutriente e o termo só poderá ser empregado se o produto apresentar redução nutricional em comparação com a versão convencional. Outra medida estabelecida na RDC 54/2012 são os critérios para o uso das alegações de fonte e alto teor de proteínas, que devem passar por uma comprovação adicional de critério mínimo de qualidade. Outra novidade é a alteração na base para o cálculo das alegações nutricionais. O cálculo anterior utilizava como base, para os critérios de uso das alegações nutricionais, 100 g ou ml do alimento. Assim, para veicular uma alegação de sem açúcar, um alimento sólido não podia conter mais de 0,5 g de açúcares por 100 g. No novo cálculo, os critérios para uso das alegações nutricionais, na maioria dos alimentos, devem ser calculados com base na porção do alimento. Por exemplo, para veicular a alegação de sem açúcar, o alimento não pode conter mais de 0,5 g de açúcares por porção.

Rotulagem e Registro de Alimentos

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Regras rotulagem

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Page 1: Rotulagem e Registro de Alimentos

Rotulagem e registro de alimentos

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a partir do dia 01 de janeiro de 2014, todos os rótulos de alimentos produzidos no Brasil devem seguir a resolução RDC 54/2012, que foi publicada em 13 de novembro de 2012.

Esta nova resolução alterou a forma de uso de termos como “ light”, “baixo”, “rico”, “fonte”, “não contém”, entre outros. Foram criadas também oito novas alegações nutricionais, sendo desenvolvidos critérios para alimentos isentos de gorduras trans, ricos em ômega 3, ômega 6 e ômega 9, além dos sem adição de sal.

O documento estabelece que todos os esclarecimentos ou advertências exigidos em função do uso de uma alegação nutricional devem ser declarados junto à esta alegação. A norma é valida para as alegações presentes em anúncios veiculados por meios de comunicação, aplicada a toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita.

O objetivo é ajudar o consumidor a entender essas e outras alegações, bem como auxiliar no consumo mais adequado às necessidades nutricionais. Por exemplo, os alimentos que apresentarem no rótulo a alegação light devem ser reduzidos em algum nutriente e o termo só poderá ser empregado se o produto apresentar redução nutricional em comparação com a versão convencional.

Outra medida estabelecida na RDC 54/2012 são os critérios para o uso das alegações de fonte e alto teor de proteínas, que devem passar por uma comprovação adicional de critério mínimo de qualidade. Outra novidade é a alteração na base para o cálculo das alegações nutricionais. O cálculo anterior utilizava como base, para os critérios de uso das alegações nutricionais, 100 g ou ml do alimento. Assim, para veicular uma alegação de sem açúcar, um alimento sólido não podia conter mais de 0,5 g de açúcares por 100 g. No novo cálculo, os critérios para uso das alegações nutricionais, na maioria dos alimentos, devem ser calculados com base na porção do alimento. Por exemplo, para veicular a alegação de sem açúcar, o alimento não pode conter mais de 0,5 g de açúcares por porção.

Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 54, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012 Dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar.

RESOLUÇÃO Nº 22, DE 15 DE MARÇO DE 2000Dispõe sobre os Procedimentos Básicos de Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de Produtos Importados Pertinentes à Área de Alimentos.

ISENTOS DA OBRIGATORIEDADE

CÓDIGO C AT E G O R I A1 0 0 11 5 AÇÚCARES E PRODUTOS PARA ADOÇAR (1)4200047 ADITIVOS ALIMENTARES (2)4 1 0 0 11 4 ADOÇANTES DIETÉTICOS4300164 ÁGUAS ADICIONADAS DE SAIS4200020 ÁGUA MINERAL NATURAL E ÁGUA NATURAL4200038 ALIMENTOS E BEBIDAS COM INFORMAÇÃO NUTRICIONALCOMPLEMENTAR4300083 ALIMENTOS PARA CONTROLE DE PESO4300078 ALIMENTOS PARA DIETAS COM RESTRIÇÃO DE NUTRIENTES

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Quais são os alimentos com alegações de propriedade funcional aprovadas?

De acordo com a portaria no 398 de 30/04/99, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Brasil, alimento funcional é: "todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos á saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica".

A regulamentação atual no Brasil fornece as alegações sobre os componentes alimentares com propriedade funcional. Essas alegações são analisadas e aprovadas com base em diversos estudos científicos, por isso cada caso é avaliado independentemente. O uso destas alegações em qualquer alimento só será permitido após aprovação da Anvisa. Não são aprovadas alegações para ingredientes ou componentes dos alimentos, mas  para o produto final que contenha esses ingredientes ou componentes.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a padronização das alegações favorece o entendimento dos consumidores quanto às informações e propriedades veiculadas nos rótulos dos alimentos.

Estão listados abaixo alguns exemplos de compostos alimentares com suas respectivas alegações de propriedades funcionais:

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Registro

Para fazer o registro de produtos pertinentes à área de Alimentos, a empresa deve seguir os seguintes procedimentos:

1. Previamente à solicitação de registro e demais procedimentosadministrativos referentes ao registro de produtos pertinentes à áreade alimentos, a empresa deverá atender os seguintes requisitos:

Possuir Alvará Sanitário ou Alvará de Funcionamento, expedido pela Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual.

Verificara que categoria o produto pertence, conforme Resolução RDC no 27, de 06/08/2010, a fim de constatar a obrigatoriedade de registro.

Consultar e obedecer ao Decreto-Lei nº 986, de 21/10/1969, o qual institui normas básicas sobre alimentos.

 Observar e atender o Regulamento Técnico (RT) ou o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) do produto a ser registrado.

Os Regulamentos Técnicos podem ser acessados através do sítio eletrônico da ANVISA,seção “Áreas de Atuação” > “Alimentos” > “Legislação” >“Legislação específica da área por assunto” > “Regulamentos Técnicos por Assunto”.

Verificar e atender as legislações referentes à rotulagem de alimentos.

Estasnormatizações podem ser acessadas através do sítio eletrônico daANVISA, seção “Áreas de Atuação”, > “Alimentos” > “Legislação”> “Legislação específica da área por assunto” > “Rotulagem deAlimentos”.

Consultar a Resolução no 23, de15/03/2000 e providenciar os documentos exigidos no Anexo III, conformeo tipo de solicitação (registro, renovação de registro, inclusão demarca, alteração de rotulagem, dentre outras).

Em complementação a lista de documentos do Anexo III, da Resolução nº23/2000, nos casos em que não há previsão do tipo de solicitação (ex:alteração de fórmula do produto), acessar o site da ANVISA e entrar na seção “Serviços” e clicar em “Atendimento e Arrecadação Eletrônicos”> “Consulta de Assuntos”, selecionar a área “alimento” e clicar em consultar. Após a demonstração da Relação de Assuntos, verificar a descrição desejada e clicar no código correspondente, que aparecerá a Relação de Documentos de Instrução a ser providenciada.

Consultaras Resoluções RE no 1, de 06/02/2002 e RDC nº 204, de 06/07/2005, para conhecimento quanto a elaboração, a forma de apresentação da petição e dos documentos de instrução, bem como a regulamentação do procedimento das petições.

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Consultar a Resolução RDC no 222, de28/12/2006 para tomar ciência dos procedimentos de petição, arrecadação eletrônica no âmbito da ANVISA e verificação do valor da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária a ser paga quando do requerimento do registro e demais procedimentos administrativos referentes ao registro de produtos pertinentes à área de alimentos.

Consultar outras legislações pertinentes à área de alimentos no sítio eletrônico da Anvisa.

2. O primeiro passo para a empresa solicitar registro é realizar seucadastramento. Para realizar tal procedimento é necessário acessar osítio eletrônico da ANVISA, entrar na seção “Serviços” e clicar em“Atendimento e Arrecadação Eletrônicos”. Antes de iniciar ocadastramento, é recomendado ler a opção “Passo a passo para fazercadastramento de empresas” encontrada na opção “Cadastramento deEmpresas”. Após leitura do “Passo a passo” retornar em “Cadastramentode Empresas” e realizar o cadastramento, que irá gerar o e-mail dogestor de segurança e uma senha de acesso, pessoal, sigilosa eintransferível, onde o responsável legal poderá acompanhar todo otrâmite do processo.Anvisa> Serviços > Atendimento e Arrecadação Eletrônicos >Cadastramento de Empresas > Passo a passo para fazer cadastramentode empresas Eletrônicos > Cadastramento de Empresas3. Após ocadastramento, a empresa deverá realizar a Petição Eletrônica no sítioeletrônico da ANVISA, entrar na seção “Serviços” e clicar em“Atendimento e Arrecadação Eletrônicos”. Antes de iniciar opeticionamento, é recomendado ler a opção “Passo a passo para fazer opeticionamento eletrônico” encontrada na opção “PeticionamentoEletrônico”. Após leitura do “Passo a passo” retornar em“Peticionamento Eletrônico” para realizar e emitir a Guia deRecolhimento da União (GRU – ficha de compensação), havendo a opção deimpressão para pagamento em rede bancária ou o débito em conta.Anvisa >Serviços > Atendimento e Arrecadação Eletrônicos > PeticionamentoEletrônico > Passo a passo para fazer o peticionamento eletrônico> Peticionamento EletrônicoO pagamento da Taxa deFiscalização de Vigilância Sanitária deverá ocorrer no prazo máximo de30 (trinta) dias, a contar da data de emissão da guia pelo sistema depetição eletrônica, sob pena de cancelamento da transação.Valor da taxa: Varia de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 6.000,00 (seis mil reais), deacordo com o porte da empresa. Verificar a Tabela do Anexo I, daResolução RDC no 222, de 28/12/2006. 4. Somente após o efetivorecolhimento da Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária a empresadeverá encaminhar, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados apartir da data do recolhimento, para análise, toda a documentaçãoexigida pela legislação à Gerência Regional de Saúde (GRS), a que o município pertence, sob pena de arquivamento do processo.5.Aguardar análise do processo pela Vigilância Sanitária Estadual(Gerência de Vigilância Sanitária de Alimentos, da Secretaria de Estadode Saúde de Minas Gerais – GVA/SES-MG).Caso o processo deregistro apresente irregularidades quanto ao não cumprimento dalegislação, a empresa será comunicada através de documento contendoexigências, as quais deverão ser cumpridas no prazo máximo de 30(trinta) dias, a partir da data da confirmação de recebimento daexigência.Após análise final, o processo de registro serádeferido ou indeferido, sendo, posteriormente, enviado à ANVISA paradeferimento e publicação no Diário Oficial da União.Sea empresa deseja consultar o andamento do processo poderá solicitá-loatravés do e-mail da GVA: [email protected], informando os dadosdo processo (número de protocolo, nome do produto, empresa fabricante ea Gerência Regional de Saúde  a que pertence).

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6.Aguardar o deferimento ou indeferimento do processo pela ANVISA,através de publicação realizada por meio de Resolução RE no DiárioOficial da União (DOU).A empresa poderá verificar asituação de qualquer documento submetido à ANVISA. É possível fazerconsulta dos processos protocolizados, através do sítio eletrônico da ANVISA.Para tanto, deverá entrar na seção “Serviços”, clicar em “Atendimento eArrecadação Eletrônicos” e escolher a opção “Consulta à Situação deDocumentos”.Para processos deferidos a empresadeverá verificar o número de registro que foi publicado no DOU. Somenteapós a publicação o produto poderá ser produzido e comercializado.Comunicação de início de fabricação de produto dispensado de Registro - Anexo X Para os produtos dispensados da obrigatoriedade de registro é necessário efetuar o cadastro dos mesmos.

1. Previamente à Comunicação de início de fabricação de produto dispensado de registro, a empresa deverá atender os seguintes requisitos:

Possuir Alvará Sanitário ou Alvará de Funcionamento, expedido pela Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual.

Verificara que categoria o produto pertinente à área de alimentos pertence, conforme Resolução RDC no 278, de 22/09/2005, a fim de constatar a dispensa da obrigatoriedade de registro.

Consultar e obedecer ao Decreto-Lei nº 986, de 21/10/1969, o qual institui normas básicas sobre alimentos.

Observar e atender o Regulamento Técnico (RT) ou o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) do produto a ser registrado.

Os Regulamentos Técnicos podem ser acessados através do sítio eletrônico da ANVISA,seção “Áreas de Atuação”, > “Alimentos” > “Legislação” >“Legislação específica da área por assunto” > “Regulamentos Técnicospor Assunto”.

Verificar e atender aslegislações referentes à rotulagem de alimentos. Estas normatizaçõespodem ser acessadas através do sítio eletrônico da ANVISA,seção “Áreas de Atuação”, > “Alimentos” > “Legislação” >“Legislação específica da área por assunto” > “Rotulagem deAlimentos”.

Consultar a Resolução no 23, de 15/03/2000e providenciar o preenchimento do Anexo X. Em caso de produtoimportado, consultar a Resolução nº 22, de 15/03/2000 e providenciar opreenchimento do Anexo I.

Consultar outras legislações pertinentes à área de alimentos no sítio eletrônico da Anvisa.

2.A empresa deverá preencher, em 3 (três) vias, o Formulário do Anexo X,da Resolução no 23, de 15/03/2000, para produtos nacionais. Paraprodutos importados preencher, em 3 (três) vias, o Anexo I, daResolução nº 22, de 15/03/2000.3. Após o preenchimento, a empresa deverá protocolar o Formulário no setor de Vigilância Sanitária da Gerência Regional de Saúde (GRS) a que município pertence.4.A GRS recebe o Formulário devidamente preenchido e

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confere os dados.Caso os dados estejam corretos, a empresa receberá, juntamente comrecibo, uma das vias protocolizada.5. Após o recebimento do Formulário protocolizado pela Vigilância Sanitária a empresa poderá produzir e comercializar o produto.Valor da taxa: Isenta

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