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Rotulagem Ambiental e Selos Verdes Guilherme Henrique Lemes de Godoy Felipe Naves de Moraes Hugo Mamede Soares Iury Michel de Ara´ ujo Eriberto Oliveira do Nascimento Mathes Dantas de Oliveira 13 de maio de 2015 1

Rótulo Ecológico e Ciclo de Vida de Produtos

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Trabalho sobre rótulos ecológicos, seus impactos e a responsabilidade dos consumidores. Incluindo um estudo de caso.

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  • Rotulagem Ambiental e Selos Verdes

    Guilherme Henrique Lemes de GodoyFelipe Naves de MoraesHugo Mamede SoaresIury Michel de Araujo

    Eriberto Oliveira do NascimentoMathes Dantas de Oliveira

    13 de maio de 2015

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  • Sumario

    1 A ROTULAGEM NO ASPECTO GERAL 21.1 Contexto historico, ambiental e social . . . . . . . . . . . . . . 21.2 A responsabilidade das pessoas quanto a` rotulagem ecologica . 31.3 Vantagens dos Rotulos em Geral e Selos Verdes . . . . . . . . 3

    2 ROTULAGEM AMBIENTAL 52.1 Rotulo Ecologico e o Mundo Moderno . . . . . . . . . . . . . . 52.2 O que e o Rotulo Ecologico? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

    2.2.1 Rotulos Voluntarios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.2.2 Selo de Qualidade Ambiental ABNT . . . . . . . . . . 8

    2.3 Ciclos de Vida de um Produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.3.1 Avaliacao do ciclo de vida e a realidade . . . . . . . . . 92.3.2 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.3.3 Crescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.3.4 Maturidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112.3.5 Declnio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    2.4 Estrategias para o ciclo de vida do produto . . . . . . . . . . . 112.4.1 Estrategias para o estagio de introducao . . . . . . . . 112.4.2 Estrategias para o estado do crescimento . . . . . . . . 122.4.3 Estrategias para o estado da maturidade . . . . . . . . 122.4.4 Estrategias para o estado de declnio . . . . . . . . . . 13

    3 ROTULAGEM AMBIENTAL APLICADO A` ENGENHA-RIA 14

    4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 23

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  • 1 A ROTULAGEM NO ASPECTO GERAL

    1.1 Contexto historico, ambiental e social

    Tendo em mente que estamos em uma epoca onde existe a preocupacaoem preservar o meio ambiente. Notamos que os Selos Verdes apesar de naoestarem a tanto tempo no mercado ja tem grandes impactos na preservacaodo meio ambiente.

    Ha um esforco para se adequar a esta nova forma de pensar e as empresastem escolhido por utilizar, quando possvel, materiais reciclados, tendo assimaquecido o mercado de produtos reciclaveis.

    As leis de protecao a`s matas junto a` preocupacao com o desmatamentogeral gerou um aumento no preco da madeira, este aumento por sua vezfez com que fosse viavel o replanto de arvores para o cultivo de madeira.Que apesar de estarem sendo cultivadas pela energia, papel, celulose ou amovelaria sao mais beneficas para o meio ambiente que pastagens.

    A preocupacao com a saude trouxe a diminuicao da utilizacao de produtosnocivos a` saude, sejam produtos de higiene, agrotoxicos ou venenos. Busca-sealternativas mais naturais que consigam os mesmos resultados sem impactosambientais e na saude. Ha tambem um grande crescimento na busca poralimentos que nao utilizam de agrotoxicos e venenos em seu cultivo, chamadosde alimentos organicos , mas ha ainda uma grande dificuldade de produzi-los em grande escala, por requerer um maior cuidado e ter um risco maiorde perder colheitas, gerando um custo maior.

    A emissao de poluentes na atmosfera e um problema real, com a conscien-tizacao dos consumidores as grandes empresas comecaram a adotar medidasque vao de encontro com os desejos das pessoas. Existem diversos selos quegarantem que as empresas se esforcam para que haja uma menor liberacao depoluentes para a camada de ozonio. Um exemplo e o IBAMA, que possui umselo chamado Nota Verde, e avalia a emissao de poluentes por automoveis.

    Recursos naturais nao renovaveis sao todos elementos que nao podem serreutilizados, ou seja, nao podem ser renovados, regenerados. Eles se encon-tram em quantidade limitada e com um consumo acelerado destes elementos,eles podem acabar. A civilizacao atual se apoia totalmente nestes recursos,que sao, por exemplo, o petroleo, o carvao e gas natural. Toda a inqui-etacao ambiental, os selos, ciclos de vida dos produtos e impactos aliados a`conscientizacao dos consumidores gerou uma grande preocupacao quanto aestes recursos, trazendo uma busca por alternativas a estes recursos. Queprometem, em tese, impactos menores ao meio ambiente.

    Rotulos ecologicos tem ainda outra face. Por tentar diminuir principal-mente os desperdcios de energia e material, geram um aprimoramento na

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  • eficiencia das empresas. As empresas gastam menos com material e energia,possuem maior eficiencia em seus processos e conscientizam seus colaborado-res. Ganham ainda reconhecimento, por tentar fazer alguma diferenca.

    E importante notar que os governos tem grande participacao nisso, im-plantando medidas que obrigam determinados produtos a terem determina-dos selos. E com incentivos diversos, por vezes monumentais, a empresas queseguem praticas sustentaveis.

    1.2 A responsabilidade das pessoas quanto a` rotula-gem ecologica

    E importante perceber que com a implantacao de selos verdes as pessoaspassam a ter uma grande responsabilidade com o meio ambiente. Os selosrepresentam quais causas ambientais as empresas escolheram auxiliar. Por-tanto, consumidores conscientes disso, tem o papel de fazer escolhas maisecologicas quando forem adquirir produtos ou servicos. Pois, escolhendo de-terminada empresa ele esta, de forma indireta, investindo em uma causaecologica. Participando assim da preservacao e, talvez, ate mesmo de umarecuperacao de um impacto causado ao meio ambiente.

    Os rotulos representam entao uma forca ativa, que expoe aspectos ambien-tais e ajudam os consumidores a escolher causas, se posicionar na preservacaoe ate recuperacao uma parte do que vem sendo perdido no meio ambiente.

    1.3 Vantagens dos Rotulos em Geral e Selos Verdes

    Como os rotulos ecologicos sao um incentivo para que a empresa os bus-que, e de suma importancia que, para incentiva-la, e preciso que o rotulo lhede uma serie de benefcios. Portanto, quem basicamente se beneficia com es-tes selos sao as proprias empresas. E importante ressaltar tambem que cadaselo e cada rotulo possui seus proprios benefcios, apesar de muitos benefciosserem em comum entre si. Um exemplo disso e:

    E uma garantia de que o produto/servico da empresa tem menor im-pacto ambiental do que seu similar que nao possui o rotulo;

    Garante ao mercado que a sua empresa esta preocupada com as proximasgeracoes;

    Preservacao do meio ambiente; Aumento da receita (venda de refugos para reciclagem);

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  • Visibilidade da empresa no mercado; Diferenciacao no mercado.Ha varios selos que podemos destacar, lembrando que para alguns selos

    especficos, nao sao todas as empresas que podem pedi-lo, com seus respec-tivos benefcios, como:

    ABNT: qualquer empresa pode solicitar a concessao deste Rotulo Am-biental. As solicitacoes, porem, serao avaliadas conforme alguns criteriostecnicos de viabilidade. Os benefcios sao:

    Garante ao mercado que a sua empresa esta preocupada com asproximas geracoes;

    Reducao de desperdcios (reciclagem);

    Visibilidade/diferenciacao da empresa no mercado;

    Aumento das possibilidades de exportacao

    FSC (Forest Stewardship Council): Este selo e obtido somente por em-presas que fornecem produtos cujas materias primas sao oriundas dasflorestas. O orgao que emite o selo e o Conselho Brasileiro de ManejoFlorestal. Para que uma empresa solicite esse selo ela precisa seguir tresdiretrizes: ecologicamente correto, socialmente Justo, economicamenteviavel. Os benefcios sao:

    E um dos certificados mais reconhecidos do mundo;

    Demonstra ao consumidor que o produto adquirido seguiu praticasde preservacao sustentaveis e que nao agrediram o meio ambiente;

    Os produtos com essa certificacao movimentam em torno de 5bilhoes de dolares por ano em todo o mundo.

    Selo Procel: E entregue anualmente a equipamentos eletronicos os pro-dutos com essa certificacao movimentam em torno de 5 bilhoes dedolares por ano em todo o mundo. O certificado e coordenado peloMinisterio de Minas e Energia junto a` Eletrobras. Para sua obtencao oproduto (ou linha de produtos) deve ser submetido a uma serie de tes-tes laboratoriais indicados pelo Procel. Cada produto possui um testeespecfico. Os benefcios sao:

    Valor agregado ao produto;

    O proprio cliente seleciona empresas que estejam certificadas, oque torna o produto diferente (e preferido) perante seus concor-rentes.

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  • 2 ROTULAGEM AMBIENTAL

    2.1 Rotulo Ecologico e o Mundo Moderno

    O trabalho desenvolvido por Godoy [1], apresenta uma abordagem daanalise do selo verde primeiramente numa perspectiva internacional e poste-riormente com foco nos processos e cadeias produtivas brasileiras. Parte-sede uma convergencia inicialmente centrada na iniciativa da comunidade in-ternacional pela valorizacao e garantia da qualidade ambiental, termo esseainda carente de aplicacao e descricao conceitual quando aplicado e inter-relacionado com o sistema industrial e da atual divisao do trabalho.

    O anseio do desenvolvimento economico e ao mesmo tempo sustentavelmesmo utilizando-se de elementos que geram onus para o meio ambienteveem crescendo durante as ultimas decadas do seculo XX, inumeros exem-plos demostram e demonstraram a falta de manejo adequado num sistema deproducao industrial. Vindo assim destas necessidades por fiscalizacao e va-lidacao e ate certo ponto a busca por um sistema regulatorio, surgiram diver-sos mecanismos de protecao ambiental. Em questoes sociais e manifestacoessurgirao movimentos ambientalistas como o GreenPeacedentre outras forcasmotivas da indignacao e subversao das praticas a longo sofridas pelo meio am-biente, sempre interpondo um regime de exploracao nao-sustentavel. Diga-sede passagem, que em meados de 1950 termos relacionados com a preocupacaoe o manejo sustentavel sequer existiam em literaturas sejam elas cientficasou de cunho popular emprico. Um exemplo classico e derivado do uso denitratos, pesticidas para a maximizacao da producao de alimentos em nvelde escala mundial.

    Dessa forma como previamente descrito, nao havia modos operantes deregulamentacao e fiscalizacao de praticas nocivas ao meio ambiente, em suaspluralidades de organismos a ela pertencente. Diante de tal descaso foi criadoum movimento de protecao ambiental, que interferira radicalmente nos ciclosprodutivos de uma sociedade industrial em pleno seculo XIX, esses movi-mentos e agitacoes estao sendo reconhecidos como movimentos consolidadose que representam a massa de pessoas que veem a possibilidade de mudancada crenca de que o desenvolvimento economico a`s custas da destruicao irraci-onal e irreversvel da natureza com todas as variantes dos sistemas biologicosa ela subsidiados.

    Esses movimentos, serao aqui apenas representados pelos e pelas acoes noplano da economia da producao e de mercado, visamos alicercar uma analisesobre tudo na dimensao da importancia de tal mecanismo em dias atuais.Por fim concentrasse a metodologia na descricao sistematica do que sao selosverdes e sua atuacao em territorio nacional e como venho ele se tornar.

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  • 2.2 O que e o Rotulo Ecologico?

    Segundo a ABNT [1] O Rotulo Ecologico ABNT e um Programa de ro-tulagem ambiental (Ecolabelling), que e uma metodologia voluntaria de cer-tificacao e rotulagem de desempenho ambiental de produtos ou servicos quevem sendo praticada ao redor do mundo. E um importante mecanismo de im-plementacao de polticas ambientais dirigido aos consumidores, auxiliando-osna escolha de produtos menos agressivos ao meio ambiente. E tambem uminstrumento de marketing para as organizacoes que investem nesta area equerem oferecer produtos diferenciados no mercado.

    A atribuicao do Rotulo Ecologico (Selo Verde) e similar a uma premiacao,uma vez que os criterios sao elaborados visando a` excelencia ambiental paraa promocao e melhoria dos produtos e processos de forma a atender a`s pre-ferencias dos consumidores.

    Em contraste com outros smbolos verdes ou declaracoes feitas porfabricantes ou fornecedores de servicos, um rotulo ambiental e concedidopor uma entidade de terceira geralmente o sistema ISO.

    2.2.1 Rotulos Voluntarios

    O trabalho desenvolvido por Godoy, apresenta uma abordagem da analisedo selo verde primeiramente numa perspectiva internacional e posteriormentecom foco nos processos e cadeias produtivas brasileiras. Parte-se de um focoinicialmente centrado na iniciativa da comunidade internacional pela valo-rizacao e garantia da qualidade ambiental, mesmo utilizando-se de elementosque geram onus para o meio ambiente.

    O anseio do desenvolvimento economico e ao mesmo tempo sustentavelveio crescendo durante as ultimas decadas do seculo XX, inumeros exemplosdemostram e demonstraram a falta de manejo adequado num sistema deproducao industrial. Vindo destas necessidades por fiscalizacao e validacao eate certo ponto a busca por um sistema regulatorio surgiram diversos meca-nismos de protecao ambiental. Em questoes socias e manifestacoes surgiraomovimentos como o GreenPeace dentre outras forcas motivas de indignacao esubversao das praticas a longo praticas ao meio ambiente, sempre interpondoum regime de exploracao nao-sustentavel. Diga-se de passagem, que em me-ados de 1950 termos relacionados a preocupacao e manejo sustentavel sequerexistiam em literaturas sejam elas cientficas ou de cunho popular emprico.

    Dessa forma como previamente descrito, nao havia modos operantes deregulamentacao e fiscalizacao de praticas nocivas ao meio ambiente, em suaspluralidades de organismo a ela pertencente. Diante de tal descaso foi cri-ado um movimento de protecao ambiental , que interferira radicalmente nos

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  • ciclos produtivos de uma sociedade industrial em pleno seculo XIX, essesmovimentos e agitacoes estao reconhecidos como movimentos consolidados eque representam a massa de pessoas que veem a possibilidade de mudancada crenca de desenvolvimento economico a`s custas da destruicao irracional eirreversvel da natureza com todas as variantes dos sistemas biologicos.

    Esses movimentos, serao aqui apenas representados pelos e pelas acoes noplano da economia da producao e de mercado, visamos alicerca uma analisesobre tudo na dimensao da importancia de tal mecanismo em dias atuais.Por fim concentrasse a metodologia na descricao sistematica do que sao selosverdes e sua atuacao em territorio nacional.

    Segundo Nahuz (1995, p.57), os rotulos voluntarios possuem as seguintescaractersticas: sao voluntarios e independentes, pois, sao aplicados por ter-ceiros a quem se disponha a integrar o sistema. Sao aplicados, com criteriosbem definidos, a produtos, famlias de produtos e processos; sao positivos, ouseja, representam premiacao, e, como tal, tornam-se instrumentos de marke-ting das empresas. Sao mecanismos de informacao ao consumidor; diferemdos rotulos informativos de produtos, que apresentam dados tecnicos; diferemdas etiquetas de advertencia ou alerta, normalmente obrigatorias, quanto a`periculosidade de venenos, cigarros, etc.

    Os rotulos ecologicos, ou selos verdes, identificam que os produtos sao me-nos agressivos ao meio ambiente que seus similares. Sao multi criterios, pois,levam em consideracao varios atributos do produto. Pode-se citar como prin-cipais rotulos: Blue Angel, Green Seal, Ecolabel e o de Qualidade AmbientalABNT

    O Blue Angel (ou Blau Engel) e um selo governamental, de iniciativa daRepublica Federal Alema, de propriedade do Ministerio do Meio Ambiente,Conservacao da Natureza e Seguranca Nuclear. Foi criado em 1978, sendoconsiderado o programa mais antigo. No incio, encontrou resistencia porparte dos fabricantes, porem, aos poucos, foi consolidado e, hoje, abrange,aproximadamente, 3.600 produtos. Atua principalmente na certificacao dasseguintes categorias: tintas de baixa toxidade, produtos feitos com materi-ais reciclados, pilhas e baterias, produtos que nao contem clorofluorcarbono(CFC) e produtos qumicos de limpeza domestica.

    O Green Seal, dos Estados Unidos, e um selo de iniciativa privada, de or-ganizacao independente e sem fins lucrativos, criado em 1989, que tem comoobjetivo fixar parametros ambientais para produtos, rotulagem de produtose educacao ambiental nos EUA. A concessao da logomarca possui um custode U$ 3.000 a U$ 15.000 e e monitorada pelo certificador atraves de visitasaleatorias, nao anunciadas, e testes periodicos dos produtos.

    As categorias de produtos certificadas sao: - lampadas fluorescentes com-pactas; detergentes domesticos; papel de jornal; tintas anticorrosivas; siste-

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  • mas de rotulagem plasticos; redutores de poluicao para veculos; papel paraimpressao e escrita; oleo recondicionado; sacolas reutilizaveis; acessorios deeficiencia hdrica e equipamentos de irrigacao. Segundo Miranda (2000), atemarco de 1996, das dezessete empresas com produtos rotulados so havia 3canadenses como empresas estrangeiras rotuladas.

    O Ecolabel, resultante de uma decisao do Parlamento Europeu, em 1987,e implementado pelo Conselho da Uniao Europeia, e um selo, criado em 1992e reflete um esquema comunitario de rotulagem ambiental e tem como um dosseus objetivos adotar um unico rotulo ambiental na Uniao Europeia. O seloe voluntario, porem, exigido pela Uniao Europeia aos produtos importados,os quais deverao atingir os mesmos requisitos que os produtos locais. O seloleva em consideracao a Analise do Ciclo de Vida do produto. As categoriasavaliadas sao: maquinas de lavar louca, maquinas de lavar pratos, adubospara solo, papel higienico, papel de cozinha, detergentes, lampadas eletricasde bocal unico e duplo, tintas e vernizes e camisetas de malha de algodao.Eo primeiro selo regional e transnacional. A certificacao tem validade por umperodo nao superior a tres anos. Apos isso e necessario que a empresa passepor nova avaliacao.

    2.2.2 Selo de Qualidade Ambiental ABNT

    O Selo de Qualidade Ambiental ABNT, da Associacao Brasileira de Nor-mas tecnicas, representante no Brasil da ISSO. A ABNT participa do pro-cesso de elaboracao das normas da ISO 14000, como membro votante fun-dador. O programa brasileiro de rotulagem ecologica teve incio, em 1993,com uma pesquisa sobre os programas de Rotulagem Ambiental existentes nomundo. Esta pesquisa visou fornecer subsdios na elaboracao de um modelobrasileiro.

    Os objetivos e metas da ABNT- Qualidade Ambiental sao: Certificaros produtos disponveis no mercado, que efetivamente demonstrem ter Qua-lidade Ambiental, atraves de criterios elaborados de forma transparente eparticipativa, considerando o seu ciclo de vida; Dinamizar a criacao de novosProgramas de Certificacao Ambiental de Produtos para os setores onde sejapercebida a sua necessidade, em articulacao com as entidades setoriais e de-mais partes interessadas; Divulgar o rotulo ecologico ABNT - Qualidade Am-biental, ressaltando a sua credibilidade e relevancia para o mercado; Atuarna certificacao ambiental dos produtos de forma positiva, segundo as regrase praticas internacionais; tornar-se um instrumento util para os consumido-res, as empresas e a sociedade em geral, na promocao do fornecimento deprodutos melhores do ponto de vista ambiental; ser reconhecido como orotulo ecologico brasileiro, sendo uma efetiva ferramenta de promocao dos

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  • produtos que apresentem a Qualidade Ambiental exigida nos criterios paraconcessao da Marca; atingir a auto sustentabilidade financeira do Programa;conseguir o reconhecimento internacional.

    Em 1995, foi criado o primeiro Comite Tecnico de Certificacao Ambientalde produtos da ABNT. A primeira categoria de produtos escolhida foi a decalcados e couro. Uma das propostas que tem sido aceita em ambito mundiale que a modelagem do selo seja realizada de acordo com os princpios erequisitos sugeridos pelas normas da serie ISO 14024, que trata da rotulagemambiental Tipo I.

    Os rotulos, tanto de primeira quanto de terceira parte, portanto, temcomo caractersticas em comum:

    1. o carater propagandstico, de marketing, dado que, de maneira geral, oconsumidor (principalmente, o brasileiro) nao tem como distinguir umselo de primeira parte e um selo de terceira parte;

    2. ambos procuram conquistar mercados nacionais e se diferenciar de pro-dutos similares;

    3. referem-se a produtos, que causam impacto ambiental, em particular,aqueles que sao atacados pela mdia ou pelos orgaos ambientais.

    4. em grande parte, salvo os mandatarios, sao voluntarios.

    Em alguns pases, principalmente os desenvolvidos, cresce a aceitacaodos selos de primeira parte. Este fato pode ser explicado em parte, pelonvel de conscientizacao que se encontram os consumidores, nao somente emrelacao a`s questoes ambientais, mas pelo exerccio da propria cidadania. Osconsumidores, juntamente com orgaos de defesa exigem seriedade por partedas empresas e cumprimento das declaracoes. Neste caso, os consumidores,pode se dizer, sao vigilantes das declaracoes feitas pela empresa e qualquerincorrecao ou declaracao enganosa, a empresa tera que responder perante aopublico com respaldo legal.

    2.3 Ciclos de Vida de um Produto

    2.3.1 Avaliacao do ciclo de vida e a realidade

    As formas atuais para o desenvolvimento de novos produtos nao dao muitaimportancia para as questoes ambientais provocadas pelo produto pelo de-correr de todo ciclo de vida do produto. A avaliacao do ciclo de vida(ACV)e uma ferramenta util para analisar os impactos ambientais do produto deseu berco ao tumulo.

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  • Uma forma de forcar a utilizacao desta ferramenta( a ACV) e a interna-lizacao dos custos ambientais que e uma tendencia mundial e que em algunspases ja e uma realidade. Essa internalizacao consiste em dar aos fabrican-tes a responsabilidade com relacao aos impactos ambientais provocados peloproduto assim como o descarte final. No Brasil a CONAMA(conselho nacio-nal de meio ambiente) e a responsavel por essa internalizacao e geradora deresolucoes para tal acao. Podemos citar como exemplo a resolucao 251 queestabelece criterios, procedimentos e limites maximos para emissao de gasesde automoveis movidos a ciclo diesel, outro exemplo e a resolucao 258, queobriga fabricantes de pneus e importadores a coletarem e darem o destinofinal aos pneus inservveis . Ou seja, estas resolucoes obrigam tais empresas aterem o cuidado com os impactos ambientais de seus produtos, assim temosprodutos biodegradaveis tendo seus custos de descarte tendendo a zero porexemplo.

    A ACV e uma tecnica que se preocupa em dar ao produto valores ambi-entais em em todo decorrer de seu ciclo de vida. Isto se consegue analisandotodos os estagios do ciclo de vida do produto, isto e, desde a extracao damateria prima, passando pela fabricacao, uso e avaliando inclusive o des-carte final do produto resumindo, do berco ao tumulo. Os dados sao levan-tados em forma de inventario analisando entradas e sadas para cada estagiodo ciclo de vida do produto o que resulta num grande banco de dados, ondese pode descartar as opcoes de projeto mais impactantes do ponto de vistaambiental.

    O ciclo de vida de um produto e um conceito (ou modelo) que descrevea evolucao de um produto ou servico no mercado dividindo-a em quatrofases, cada uma das quais com caractersticas especficas e, por isso, comorientacoes estrategicas diferentes:

    2.3.2 Introducao

    Perodo logo apos o lancamento do produto e que se caracteriza por umlento crescimento das vendas, poucas empresas em competicao e, geralmente,um elevado risco e baixo retorno financeiro para as empresas. A apostaestrategica e a colocacao da enfase na inovacao e na qualidade. [5]

    2.3.3 Crescimento

    Perodo que se caracteriza por um crescimento exponencial da procuraacompanhada de uma tendencia de massificacao do produto ou servico e umamelhoria substancial da rentabilidade das empresas. E um perodo tambemcaracterizado por uma grande volatilidade competitiva com muitas empresas

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  • a entrarem e a sarem do mercado. A aposta estrategica e a colocacao daenfase na qualidade, na reducao de custos, nos canais de distribuicao e nolancamento de novas versoes do produto para conquista de quota de mercado.

    2.3.4 Maturidade

    Neste perodo o ritmo de crescimento das vendas da sinais de abranda-mento e intensificam-se fortemente os nveis concorrenciais entre as empresas,visveis nas frequentes guerras de preco e publicidade. As principais apostasestrategicas sao o lancamento de novos produtos e servicos complementarescom o objetivo de conseguir diferenciar a oferta e conquistar o domnio emdeterminados segmentos de mercado. Continua a aposta na colocacao daenfase nos baixos custos e agora tambem na comunicacao. [6]

    2.3.5 Declnio

    Neste perodo a procura entra em derrapagem, os lucros sofrem umarapida erosao e um numero elevado de empresas abandona o mercado. Aaposta estrategica e agora manter apenas as variedades de produtos maiscompetitivos abandonando os restantes. Existem varias razoes para queocorra o declnio, tais como: surgimento de novos produtos mais eficazes;a substituicao de um produto por outro melhor e a falta de necessidade peloproduto. Pode-se facilmente reconhecer muitos produtos que ja saram domercado ou estao em fase de ntido declnio: e o caso dos chapeus, modelosde computadores etc. Por sua vez, certos produtos como sabao, alimentosenlatados, pregos, entre outros, parecem ter uma fase longa. Enquanto ou-tros tem um ciclo de vida muito curto: brinquedos e moveis, por exemplo.Portanto, e evidente que o modelo apresentado para o ciclo de vida naonecessariamente se adapta bem a qualquer produto. [7]

    2.4 Estrategias para o ciclo de vida do produto

    As organizacoes devem desenvolver estrategias para os diferentes estagiosdo ciclode vida, de forma a assegurar seu sucesso no mercado e aumentar alongevidade do produto que, incondicionalmente, morrera pela superacao deum concorrente ou pela troca por um produto substituto.

    2.4.1 Estrategias para o estagio de introducao

    Segundo Irigarayet al. (2006), e nesta fase que e necessario o maior volumede investimento, ja que o produto e desconhecido e tem uma parcela insigni-ficante de mercado. Ou seja, deve-se garantir que o produto tenha uma boa

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  • distribuicao e investir em propaganda. Segundo Kotler 2000 apud Irigarayetal. 2006, as causas para o baixo crescimento das vendas neste estagio saoatrasos na expansao da capacidade de producao; problemas tecnicos; atrasosna obtencao de distribuicao adequada por meio de pontos de venda no varejo;e relutancia dos clientes em mudar o seu comportamento ja estabelecido.

    Desmatamento rapido:Segundo Irigarayet al. (2006), nesta estrategia aempresa lanca seu produto com umpreco mais elevado que seu objetivofinal a fim de recuperar de forma mais rapida osinvestimentos feitos.O produto e posicionado como um top line de difcil copia por partedosconcorrentes e nao ha similar disponvel no mercado.

    Desmatamento lento: De acordo com Irigarayet al. (2006), esta es-trategia e utilizada quando o mercado epequeno. O produto e lancadocom um preco alto e nao havera muitos investimentos em propaganda,pois o consumidor ja conhece produtos semelhantes e esta disposto apagarpelo novo produto.

    Penetracao rapida: Segundo Irigarayet al. (2006), esta estrategia eutilizada quando o mercado e grandee ha uma forte concorrencia. Eum mercado competitivo e muito sensvel ao preco. Portantoa empresadeve crescer logo sua escala de producao, garantindo o menor custo e,consequentemente, se estabelecer como lder de mercado.

    Penetracao lenta:Segundo Irigarayet al. (2006), esta estrategia e utili-zada quando o mercado e degrande volume e extremamente sensvel aopreco. O produto deve apresentar um baixopreco de forma a inibir osconcorrentes, ja que as margens nao serao muito atrativas.

    2.4.2 Estrategias para o estado do crescimento

    Segundo Irigarayet al. (2006), neste estagio, apos a adocao por partedos adotantes imediatos, ha uma ascensao das vendas e o numero de con-correntes cresce. Ainda segundo Irigarayet al. (2006), de forma a mantersua participacao no mercado, a empresa lanca novas caractersticas ligadas a`utilizacao do produto e, tambem, aumenta sua distribuicao. O aumento dasvendas leva ao aumento da producao que e responsavel pela diminuicao docusto de producao pela curva de experiencia adquirida.

    2.4.3 Estrategias para o estado da maturidade

    Segundo Irigarayet al. (2006), com a acirrada competicao das empresasneste estagio, muitas delas decidem retirar-se do mercado por nao consegui-

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  • rem posicionar-se. As empresas remanescentes procuram atender segmentosdistintos umas das outras evitando o surgimento de um novo ciclo de con-correncia. A empresa pode expandir o numero de pessoas que utilizam amarca de tres maneiras: (Kotler, 2000 apud Irigarayet al., 2006)

    Convertendo nao-usuarios: estimular nao-usuarios a utilizar o produto; Entrando em novos segmentos de mercado: empresas estimulam ho-

    mens a entrarem para o mercado de beleza;

    Aliciando os clientes da concorrencia: atraves de forte propagandatenta-se roubar os clientes ja conquistados pela concorrencia.

    O volume pode ser aumentado convencendo os usuarios da marca a au-mentar seu uso com as seguintes estrategias (Kotler, 2000 apud Irigarayetal., 2006):

    Fazer com que os consumidores utilizem o produto com mais frequencia; Fazer com que os consumidores utilizem uma quantidade maior do pro-

    duto em cada situacao;

    Descobrir novas utilizacoes para os produtos.

    2.4.4 Estrategias para o estado de declnio

    Nesta fase, a grande maioria das empresas ja se retirou do mercado oque pode ser atraente para as empresas que ainda estao concorrendo entresi. Caracterizam-se por produtos com baixa participacao de mercado e baixataxa de crescimento. Kotler (2006), determina cinco possveis estrategias quepodem ser utilizadas pelas empresas neste estagio do ciclo de vida:

    Dominar o mercado atraves do aumento dos investimentos e eliminandoaconcorrencia;

    Continuar com o mesmo volume de investimento ate que as incertezasdo mercadosejam resolvidas;

    Focar os investimentos nos consumidores que sao responsaveis pelagrande partedo lucro, retirando os investimentos dos que menos contri-buem;

    Desfazer-se do negocio mais rapidamente, recuperando os ativos damelhor formapossvel antes que se percam mais investimentos;

    Conter o investimento da empresa como uma forma de recuperar ocaixa.

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  • 3 ROTULAGEM AMBIENTAL APLICADO

    A` ENGENHARIA

    Como se percebe, no Brasil, ainda nao ha uma cultura forte de cuida-dos quanto ao ciclo de vida das materias utilizadas durante os processos deproducao. A norma ISO 14. 040 e uma tentativa de aplicar a avaliacao deciclo de vida nos processos produtivos, mas ainda nao e o suficiente. Visandoo auxlio de tal projeto, George L. Bleyer Ferreira e Beate Frank da Univer-sidade Regional de Blumenau (FURB) (2000) desenvolveram um estudo decaso para demonstrar a importancia da avaliacao e como deve ser feita.

    Foram avaliadas duas opcoes de projeto muito utilizadas em eletrodomes-ticos, a chapa de aco inoxidavel 430 e a nova chapa que vinha sendo utilizada,aco carbono EPV com esmalte auto limpante. Foi posto em questao se amudanca estava fornecendo ganho em qualidade sem prejuzos ambientaisou se mais problemas ambientais estariam sendo causados. Entao aplicou-se a Avaliacao de Ciclo de Vida (ACV) para as duas opcoes de projeto eatraves de um checklist avaliou-se as duas opcoes de projeto quanto a escolhado material, uso de energia, e geracao de resduos,analisando os interessesglobais, materiais toxicos e interesses locais. Foram dados valores de 0 a5 para cada caracterstica a fim de melhor analisa-las. Os resultados saomostrados nos Topicos abaixo de 1 a 5.

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  • Topico 1: Estagio Transformacao da Materia-prima

    Aco Inoxidavel 430 Escolha do material: nota 1

    Materia prima nao renovavel Necessita muitos insumos para compor a materia prima Os insumos energeticos trazem alto impacto ambiental

    Uso de energia: nota 2

    Alto consumo de energia ( 1.965 Kwh/ton. ) Consumo baixo de energia para reaproveitamento da materia

    prima

    A opcao permite economia de energia no estagio de uso Resduos - interesse global: nota 1

    Grande emissao de CO2 (722 Kg/ ton. ) Maior quantidade de resduos gerados(872,7Kg/ton)

    Resduos - interesses locais: nota 2

    Grande impacto local dado o depositos de rejeitos Resduos - materiais toxicos: nota 2

    Nvel medio de materiais toxicos gerados Aco carbono EPV

    escolha do material: nota 2

    Materia prima nao renovavel Menor quantidade de insumos que o material anteriror Os insumos energeticos trazem alto impacto ambiental

    Uso de energia: nota 2

    Menor consumo de energia (539 Kwh/ton) Alto consumo de energia para reaproveitamento da materia

    prima

    Menor desempenho de consumo de energia durante o uso Resduos - interesse global: nota 2

    Menor emissao de CO2 (530 Kg/ton) Menor quantidade de resduos gerados ( 611 Kg / ton.)

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  • Resduos - interesses locais: nota 2

    Grande impacto local dado o deposito de rejeito gerado Resduos - materiais toxicos: nota 2

    Nvel medio de materiais toxicos geradosEstagio Fabricacao do Produto

    Aco Inoxidavel 430 Escolha do material: nota 3

    A opcao gera poucas sobras (0,94 kg/ton ) A opcao de projeto faz com que se utilize desengraxante, oleo,

    e plastico

    Uso de energia: nota 3

    O consumo de energia e satisfatorio (1,4 Kwh /unidade ) Nao ha necessidade de controle do ambiente

    Resduos - Interesse Global: nota 3

    Pouca emissao de resduos lquidos e aereos Baixo nvel de resduos solidos

    Resduos - Materiais Toxicos: nota 3

    Emissao de resduo toxico e baixa Toxicos Resduos - Interesses Locais: nota 3

    A emissao na agua, ar e solo pode ser desprezada Aco carbono EPV

    Escolha do material: nota 1

    A opcao gera poucas sobras ( 0,81 Kg/ton ) Ha necessidade do uso de oleo e plastico Para aplicacao do auto limpante utiliza-se mais insumos

    Uso de energia: nota 2

    O consumo e maior, dado o processo de esmaltacao (3,84Kwh/unidade)

    Controle de temperatura na esmaltacao Resduos - Interesse Global: nota 1

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  • Embora nao haja muito resduos, utiliza-se muitos insumosqumicos

    Resduos - Materiais Toxicos: nota 2

    Dado o processo de esmaltacao ha mais resduos toxicos Resduos - Interesses Locais: nota 2

    Maior poluicao local dado o processo de esmaltacao

    Estagio Uso do Produto

    Aco Inoxidavel 430 Escolha do material: nota 2

    Material de maior vida util ( 20 anos ) Utiliza-se detergente para a limpeza ( 0,48L / ano ) Material de melhor Manutencao

    Uso de energia: nota 3

    Maior eficiencia energetica ( 5,7% a mais ) A reutilizacao do material reduzira o consumo de energia no

    descarte

    Resduos - Interesse Global: nota 3

    Durante o uso nao ha emissao de resduos de impactos globais Resduos - Materiais Toxicos: nota 3

    Durante o uso nao ha emissao de resduos Toxicos Resduos - Interesses Locais: nota 2

    Para limpeza interna do produto utiliza-se detergente ( 0,48Litros /ano )

    Aco carbono EPV Escolha do material: nota 2

    Menor vida util ( 14 anos ) Dado o auto-limpante nao usa detergente Aderencia mais instavel do esmalte auto-limpante na chapa,

    maior probabilidade de manutencao

    Uso de energia: nota 2

    Menor eficiencia energetica

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  • Para reutilizacao do material ha maior consumo de energia Resduos - Interesse Global: nota 3

    Nao ha emissao de resduos de impactos globais Resduos - Materiais Toxicos: nota 3

    Nao ha emissao de resduos toxicos Resduos - Interesses Locais: nota 3

    Nao necessita limpeza interna dado o esmalte auto limpanteEstagio Transporte do Produto

    Aco Inoxidavel 430 Escolha do material: nota 2

    Material de difcil transporte dado seu peso excessivo ( 7 a 10toneladas/bobina )

    Pouca otimizacao de espaco. Duas a tres bobinas / caminhao Uso de energia: nota 2

    Utiliza-se o transporte rodoviario a diesel O espaco para transporte e pouco otimizado Alguns insumos percorrem distancias muito grandes. Por

    exemplo o carvao

    Resduos - Interesse Global: nota 2

    O diesel utilizado e grande gerador de gases que contribuempara o aquecimento global e deplecao do ozonio

    Resduos - Materiais Toxicos: nota 2

    -A combustao do diesel gera Monoxido de carbono, Hidrocar-bonetos e oxido de nitrogenio

    Resduos - Interesses Locais: nota 2

    Alem dos gases tambem gera resduos locais de oleo e borracha Aco carbono EPV

    Escolha do material: nota 2

    Tambem de difcil transporte dado seu peso ( 7 10 ton /bobina )

    Tambem pouco aproveitamento de espaco

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  • Uso de energia: nota 2

    Idem para chapa de aco carbono Resduos - Interesse Global: nota 2

    Idem para chapa de aco carbono Resduos - Materiais Toxicos: nota 2

    Idem para chapa de aco carbono Resduos - Interesses Locais: nota 2

    Idem para chapa de aco carbono

    Estagio Descarte Final

    Aco Inoxidavel 430 Escolha do material: nota 3

    Material de maior durabilidade Sua recuperacao atinge quase que 100% Facil reutilizacao

    Uso de energia: nota 3

    Eficiencia energetica pois reaproveita-se diretamente quaseque 100%

    Possibilidade de recuperacao de energia Resduos - Interesse Global: nota 3

    Por poder ser reaproveitado diminui a emissao de resduos deimpacto global

    Resduos - Materiais Toxicos: nota 3

    -Dado sua reutilizacao diminui os resduos toxicos gerados Resduos - Interesses Locais: nota 1

    Apesar de ser reaproveitado ainda gera muito resduo solido Aco carbono EPV

    Escolha do material: nota 1

    Material de menor durabilidade Difcil reutilizacao por causa do esmalte fundido no aco

    Uso de energia: nota 1

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  • Alto consumo de energia na recuperacao, pois o esmalte sesolta acima de 830oC

    Baixo ndice de reaproveitamento Resduos - Interesse Global: nota 2

    Idem para o aco carbono Resduos - Materiais Toxicos: nota 3

    Idem para o aco carbono Resduos - Interesses Locais: nota 1

    Idem para o aco carbono

    A analise do ciclo de vida deve ser feita em cada etapa do ciclo do materialpara que realmente se perceba se vale a pena ou nao determinado processo oumaterial. Vale lembrar que essa foi uma tentativa de implantar algo que naofaz parte da cultura brasileira, e mais do que nunca, e de extrema importanciaa preocupacao com o meio ambiente, o processo mais produtivo deve estaraliado a uma boa condicao de consequencias ao ambiente. Depois de todo oestudo, obtiveram-se os seguintes resultados:

    Extracao da materia prima: Com relacao ao material utilizado, o aco carbono EPV leva vanta-

    gem por que, em seu processo de fabricacao, utiliza menos materia-prima do que o aco inoxidavel 430, levando em consideracao que,os recursos a utilizados sao nao renovaveis;

    O aspecto consumo de energia tambem pesou contra a opcao deprojeto aco inoxidavel, dado o consumo elevado de energia paraa producao do aco inoxidavel ( aproximadamente 3,6 vezes maiordo que a do aco carbono EPV );

    Com relacao aos resduos gerados as duas opcoes de projeto seigualaram, pois ambas geram muitos resduos, sendo que os inte-resses nao so locais sao afetados, mas tambem os globais,dado omaterial toxico liberado.

    Fabricacao do produto: Na parte de material utilizado as chapas de aco inoxidavel e aco

    carbono possuem processos semelhantes de corte e prensa, poremo que pesou contra o aco carbono foi a aplicacao do esmalte auto-limpante que aumenta a quantidade de insumos;

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  • A energia utilizada no processo de corte, prensa e montagem saoas mesmas, mas para o aco carbono temos que acrescer a ener-gia gasta na aplicacao do esmalte auto limpante, no que o acoinoxidavel leva vantagem por nao necessitar desse processo;

    Com relacao aos resduos, o aco inoxidavel leva vantagem, poisnao tem em seu inventario os resduos gerados pelo processo deaplicacao do auto limpante.

    Uso do produto: Em relacao ao material utilizado pelo produto o que difere e a

    vantagem da durabilidade do aco inoxidavel em relacao ao acocarbono EPV e uma maior incidencia de defeitos apresentadosna chapa interna do forno pelo desprendimento do esmalte autolimpante, observado pelas assistencias tecnicas;

    O consumo de energia eletrica utilizando-se o aco inoxidavel teo-ricamente e menor, resultado comprovado pelos calculos de con-dutividade termica e analise das amostras, porem ainda seria ne-cessario se fazer testes praticos para se comprovar o ganho de 5,7% nos calculos teoricos;

    Na avaliacao dos resduos gerados a vantagem foi para o aco car-bono com auto limpante, por nao precisar durante a limpeza, douso de detergente.

    Transporte e embalagem: Com relacao a embalagens utilizadas as duas opcoes mostraram

    semelhantes formas de embalagem para transporte, apesar do acoinoxidavel utilizar tambem uma lamina de papel fino para protegero espelhado do aco inoxidavel 430, porem este material e todoreutilizavel;

    Com relacao ao transporte,tem-se tres aspectos a considerar; pri-meiro a necessidade de proximidade entre os centros de producaoda materia-prima dos centros de manufatura e consumo; nesteaspecto a vantagem foi para o aco carbono; o segundo e a ne-cessidade de materia-prima do produto em relacao as opcoes deprojeto, neste caso vantagem para o aco carbono que utiliza menosmateria-prima por produto, 5,87 kg por produto contra 6.8 kg porproduto do aco inoxidavel, necessitando dessa maneira fazer me-nos viagem para abastecimento 42 viagens ano contra 49 viagensano do aco inoxidavel; a terceira e com relacao ao tempo devida

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  • util das opcoes de projeto a vantagem a e para o aco inoxidavel,pois como a opcao aco carbono EPV possui menor tempo de vidautil havera maior necessidade de abastecimento do mercado con-sumidor, necessitando assim mais transporte.

    Descarte final do produto: Na escolha do material a vantagem aparece para o aco inoxidavel,

    dado que se poder reaproveitar diretamente como insumo nasindustrias siderurgicas sem necessitar de reprocessos;quanto quepara aco carbono necessita-se retirar o esmalte fundido na chapa;

    Dado o processo de retirada do esmalte fundido na chapa de acocarbono a energia gasta para seu descarte e maior que a do acoinoxidavel;

    Em relacao aos resduos gerados, a vantagem foi para o aco car-bono que nao tera o esmalte como resduo no processo de des-carte. [4].

    Avaliando os pontos referidos, foi percebido que, em questao ambiental,o aco inoxidavel 430 apresentou-se como melhor opcao do que o aco carbono.

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  • 4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

    Referencias

    [1] A ROTULAGEM AMBIENTAL NO COMERCIO INTERNACIONALGodoy, Amalia MG1 e BIAZIN, Celestina C

    [2] http://rotulo.abnt.org.br/index.php/component/content/article/9uncategorised/72oqueerotuloecologico

    [3] CERTIFICACAO ABNT. Disponvel na Internet emhttp//www.abnt.org/certific/index.htm.

    [4] FERREIRA, G. L. B.; FRANK, B.; AVALIACAO DO CICLO DE VIDA,Uma aplicacao pratica para facilitar a escolha da melhor opcao deprojetono desenvolvimento de novos produtos FURB Universidade Regionalde Blumenau, 2000.

    [5] O CICLO DE VIDA DO PRODUTO. Disponvel emhttp://www.administradores.com.br/artigos/marketing/o-ciclo-de-vida-do-produto/81718/ Acesso em: 07 mai.2015.

    [6] CICLO DE VIDA DO PRODUTO. Disponvel emhttp://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/ciclovidaproduto.htmAcesso em: 07 mai.2015.

    [7] CICLO DE VIDA DO PRODUTO: INTRODUCAO, CRES-CIMENTO, MATURIDADE, DECLINIO. Disponvel emhttp://marketingfuturo.com/ciclo-de-vida-do-produto-introducao-crescimento-maturidade-declinio/ Acesso em: 07 mai.2015.

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