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SÃO PAULO, 07 DE NOVEMBRO DE 2014

SÃO PAULO, 21 DE MARÇO DE 2013 - prefeitura.sp.gov.br · O esgoto de parte da cidade será tratado e vai virar água para consumo. ... A Sabesp vai captar o esgoto, perto da Ponte

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SÃO PAULO, 07 DE NOVEMBRO DE 2014

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Obras para evitar enchentes em várias cidades

http://www2.boxnet.com.br/pmsp/Visualizacao/RadioTv.aspx?IdClipping=34646035&IdEmpre

saMesa=&TipoClipping=V&Commodities=0

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O Globo no Ar: Polêmica com a proibição das sacolinhas plásticas;

Manifestação contra a seca

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saMesa=&TipoClipping=A&Commodities=0

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Água usada por moradores da

Grande São Paulo será reutilizada

O esgoto de parte da cidade será tratado e vai virar água para consumo.

Medida foi tomada para enfrentar a pior seca do estado.

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/11/agua-usada-por-moradores-da-

grande-sao-paulo-sera-reutilizada.html

O esgoto de parte da cidade de São Paulo será tratado e vai virar água própria para consumo. É a primeira vez que os moradores da Região Metropolitana vão ser abastecidos com água de reuso. Isso já acontece em muitas cidades da Europa e Estados Unidos e, aqui no Brasil, isso já é feito em Campinas, interior de São Paulo. Essa é uma das medidas para enfrentar a pior seca do estado.

Nos cinco primeiros dias de novembro choveu mais do que em todo mês de outubro. Mesmo com essa quantidade de água, o que se vê na represa de Atibainha, de onde sai parte da água que serve ao Sistema Cantareira, o mais afetado pela seca, não é animador.

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Embora a terra não esteja mais rachada e seca, o nível da água continua baixando. “A terra está até molhada, mas ainda é muito pouco para a quantidade de água que está tirando”, afirma Adelson de Almeida, supervisor da marina.

Na sexta-feira (31), o nível do Sistema Cantareira estava em 12,4%. Nessa quinta-feira (6), está em 11,7%, ou seja, nos últimos seis dias caiu 0,7%. O Governo de São Paulo busca soluções para a crise da água. Vinte e nove reservatórios estão sendo construídos na Região Metropolitana, cada um com capacidade para armazenar 15 milhões de litros de água. Isso vai aumentar a capacidade de armazenamento de água tratada em 10%.

Os reservatórios estão sendo construídos em lugares altos, para distribuir a água pela força da gravidade, evitando o desperdício e a falta d'água. Três já foram entregues e os outros ficam prontos em março do ano que vem.

A outra solução acontece dentro de 14 meses, quando parte da água usada na Região Metropolitana de São Paulo vai voltar para as casas dos consumidores. A Sabesp vai captar o esgoto, perto da Ponte Transamérica. Depois, a água vai ser enviada para a região de Interlagos, onde vai ser construída a primeira Estação de Produção de Água de Reuso (Epar).

A previsão é que essa estação gere dois metros cúbicos por segundo de água tratada. Depois desse tratamento, a água produzida a partir do esgoto será despejada no principal manancial da Zona Sul, a Represa Guarapiranga.

Por fim, o esgoto, que então terá virado água de reuso, vai se transformar em água potável, para consumo humano, depois de passar pelas estações de tratamento convencionais. Isso vai aumentar o volume armazenado na represa, mesmo em tempo de seca.

"Independente de chuva, porque a água já foi consumida e vai ser devolvida. Esse é o grande caminho das grandes metrópoles do mundo, você cada vez mais ter água de reuso", afirma o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

"É bastante seguro o processo. No momento, no Brasil, nós não temos normas, legislação, portarias específicas visando essa tecnologia. Mas eu acredito que isso é uma questão de tempo. Rapidamente é possível revisar essa legislação, elaborar normas e partir para esse tipo de solução", explica o engenheiro sanitarista José Roberta Kachel dos Santos.

Os representantes do setor elétrico estão reunidos em Brasília para discutir a situação do país. O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Ermes Chipp, disse que a expectativa é de chuva na média ou acima da média a partir de novembro. Apesar da estiagem, ele descartou a possibilidade de racionamento no ano que vem.

Na quarta-feira (5), o comitê de monitoramento avaliou que o sistema elétrico está equilibrado porque foram construídas novas linhas de transmissão de energia e as usinas térmicas ajudam a compensar a queda na geração das hidrelétricas.

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Conheça soluções para a crise da água em 6 cidades do mundo

Crise da

água em São Paulo desperta discussões sobre abastecimento, consumo e clima

A crise da água no Sudeste brasileiro, que afeta milhões de pessoas, desperta discussões sobre mudanças climáticas, consumo, investimentos e alternativas de abastecimento.

Diversas cidades do mundo também enfrentam ou enfrentaram desafios semelhantes,

envolvendo seca, desperdício e excesso de consumo. A experiência delas pode servir

de lição para São Paulo e as demais cidades brasileiras que sofrem com a falta d’água?

A BBC Brasil identificou seis cidades que tentam solucionar suas crises de

abastecimento e perguntou ao Instituto Socioambiental (ISA) até que ponto as

medidas se aplicariam à realidade paulista:

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PEQUIM – TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUA

A China está entre os 13 países listados pela ONU com grave falta d’água: com 21% da

população mundial, o país tem apenas 6% da água potável do planeta.

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Cerca de 400 cidades do país enfrentam obstáculos de abastecimento, e Pequim é uma

delas: com uma população crescente, a capital já consome mais água do que tem

disponível em seus reservatórios.

Além disso, diversos rios chineses secaram recentemente em decorrência de secas

prolongadas, crescimento populacional, poluição e expansão industrial.

Para enfrentar a questão, a companhia de água de Pequim está apostando em um

projeto multibilionário para redirecionar rios, o Projeto de Desvio de Água Sul-Norte,

cuja primeira etapa deve ser concluída neste ano.

China

realiza transposição de água do sul para abastecer Pequim

O objetivo é mover bilhões de metros cúbicos de água do sul ao norte (mais árido)

anualmente ao longo de uma distância superior à que separa o Oiapoque do Chuí

(extremos do Brasil), a um custo que deve superar os US$ 60 bilhões. Seria necessária

a construção de 2,5 mil km de canais.

-É VIÁVEL EM SP? O governador paulista, Geraldo Alckmin, propôs uma obra de

transposição para interligar o Sistema Cantareira à bacia do rio Paraíba do Sul -

proposta polêmica, já que este último é a principal fonte de abastecimento do Estado

do Rio de Janeiro, mas vista como "viável" pela Agência Nacional de Águas (ANA). O

custo estimado é de R$ 500 milhões.

No entanto, para Marussia Whately, consultora em recurso hídricos do ISA (Instituto

Socioambiental), São Paulo estaria avançando sobre outras fontes de água sem cuidar

da água que tem disponível atualmente.

"Vamos investir em grandes obras antes de pensar na gestão das perdas de água, no

consumo e na degradação das fontes de água atuais?", questiona.

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Leia mais: Sudeste pode 'aprender com Nordeste a lidar com a seca'

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PERTH (AUSTRÁLIA) – DESSALINIZAÇÃO

Perth é a "cidade mais seca" entre as metrópoles da Austrália. Segundo a presidente

da Western Australia Water Corporation, Sue Murphy, as mudanças climáticas

ocorreram mais rápido e antes do que era esperado no oeste do país. "Nos últimos 15

anos, a água de nossos reservatórios foi reduzida para um sexto do que havia antes",

disse à BBC em junho.

A cidade construiu duas grandes estações para remover o sal da água coletada no

Oceano Índico e torná-la potável.

Hoje, Perth obtém metade de sua água potável a partir do mar. Mas os ambientalistas

criticam o processo por ser caro e demandar muita energia. Os moradores sentiram o

impacto em suas contas de água, que dobraram de valor nos últimos anos.

Grande parte do suprimento de água de Perth vem de plantas de dessalinização

A cidade também está fazendo experimentos com o sistema Gnangara, sua maior

fonte hídrica subterrânea. Por uma década, Perth injetou nos aquíferos subterrâneos a

água que foi usada pela população, já tratada. A água é filtrada naturalmente pelo solo

arenoso e depois extraída para ser consumida pela população ou usada na irrigação

agrícola. O teste foi considerado bem-sucedido, e um programa oficial foi estabelecido

– sua meta é obter desta forma 7 bilhões de litros por ano.

"Com um clima mais seco, precisamos ser menos dependentes de chuva, por isso

apoiamos estes projetos", disse Mia Davies, ministra de Água e Florestas do Leste da

Austrália. Ao mesmo tempo, houve uma campanha pelo uso racional da água, o que

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fez com que a demanda por água hoje seja 8% menor do que em 2003, apesar de a

população ter crescido mais de 30%.

-É VIÁVEL EM SP? A dessalinização não seria uma opção coerente, diz Whately, do ISA,

já que São Paulo não é cidade costeira e o Brasil tem um enorme patrimônio de água

doce. Ao mesmo tempo, já se fala em recorrer ao uso emergencial de água usada: o

governo paulista anunciou nesta semana planos de construir uma Estação de Produção

de Água de Reúso na zona sul de São Paulo.

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NOVA YORK - PROTEÇÃO DE MANANCIAIS

Uma das maiores cidades do mundo, Nova York iniciou nos anos 1990 um amplo

programa de proteção aos mananciais de água, para prevenir a poluição nessas

nascentes e, assim, evitar gastos volumosos com tratamento ou busca de novas fontes

de abastecimento.

O projeto incluiu aquisição de terras pelo governo nas nascentes de água, com o

objetivo de proteger sua vegetação e garantir que os lençóis freáticos continuassem a

ser alimentados; assistência financeira a comunidades rurais nessa região em troca de

cuidados com o meio ambiente; e mitigação da poluição nos mananciais. Com isso, a

cidade conseguiu ampliar em décadas a vida útil de seus mananciais.

O programa também envolveu campanhas pela redução do consumo. Dados oficiais

apontam que o consumo per capita da cidade era de 204,1 galões de água por dia em

1991 e caiu para 125,8 galões/dia em 2009.

- É VIÁVEL EM SP? Para Whately, trata-se da opção mais adequada para a realidade

paulista: "A ideia (em Nova York) foi pensar o recurso que eles tinham disponíveis e

cuidar deles, em vez de investir em obras", diz.

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ZARAGOZA (ESPANHA) – CONSCIENTIZAÇÃO E METAS

Secas severas nos anos 1990 deixaram milhões de espanhóis temporariamente sem

água. Mas um relatório da Comissão Europeia aponta que o maior problema no país

não costuma ser a falta de chuvas, e sim "uma cultura de desperdício de água".

A cidade de Zaragoza, no norte, encarou o problema com uma ampla campanha de

conscientização em escolas, espaços públicos e imprensa pelo uso eficiente da água e

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o estabelecimento de metas de redução de consumo. Dos cerca de 700 mil habitantes,

30 mil se comprometeram formalmente a gastar menos água.

Água preciosa

Segundo a ONU, até 2025, dois terços da população mundial enfrentarão dificuldades com a falta d’água.

Mais de 1 bilhão de pessoas que moram em cidades poderão viver com menos de 100 litros por dia – limite da ONU para uma vida saudável – e mais de 3 bilhões terão falta d’água por um mês a cada ano, de acordo com um estudo na Nature Conservancy.

A estratégia incluiu incentivos para a compra de aparelhos domésticos econômicos

(chuveiros, vasos sanitários, torneiras e máquinas de lavar louça eficientes, cujas

vendas aumentaram em 15%); melhoria no uso da água em edifícios e espaços

públicos, como parques e jardins; e cuidados para evitar vazamentos no sistema.

A meta estabelecida em 1997, de cortar o consumo doméstico de água em mais de 1

bilhão de litros água em um ano, foi atingida. Antes da campanha, diz a Comissão

Europeia, apenas um terço das casas de Zaragoza praticava medidas de economia de

água; ao final da campanha, eram dois terços. O consumo total caiu mesmo com o

aumento no número de habitantes.

"O projeto mostrou que é possível lidar com a falta d’água em um ambiente urbano

usando uma abordagem economicamente eficiente, rápida e ecológica", diz o 2030

Water Resources Group, consórcio que reúne ONGs, governos, ONU e empresas em

busca de soluções ao uso da água no mundo.

-É VIÁVEL EM SP? Não apenas viável como necessário, diz Whaterly, do ISA. "Se

houvesse, por exemplo, um amplo programa de incentivos à aquisição de hidrômetros

individuais (em vez de coletivos) nos edifícios de São Paulo, haveria uma economia

brutal de água", opina. "Também são necessários incentivos à construção de cisternas

e sistemas individuais de reúso da água."

Leia mais: Maior crise hídrica de São Paulo expõe lentidão do governo e sistema frágil

Whately opina também que, ante a urgência da situação, a cidade precisa fixar metas e

incentivos à redução do consumo mais duras do que as promovidas atualmente pela

Sabesp - por exemplo, forçando consumidores maiores a cortar mais seu gasto de água

e debatendo a imposição de multas a quem aumentou o consumo em plena estiagem.

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CIDADE DO MÉXICO – NOVOS AQUÍFEROS

Em junho, o presidente mexicano Enrique Peña Nieto afirmou que 35 milhões de

habitantes do país têm pouca disponibilidade de água, tanto em qualidade como em

quantidade.

Essa escassez é grave na própria capital, a Cidade do México, onde uma combinação

de fatores – como grande concentração populacional, esgotamento de rios e

tratamento insuficiente da água devolvida ao solo – causa extrema preocupação.

Em 2009, partes da cidade foram submetidas a racionamento de água após uma forte

seca; e autoridades ouvidas pela imprensa local afirmam que, no ritmo atual, a cidade

pode não ter água o suficiente em 2030.

Uma aposta da Cidade do México são aquíferos identificados no ano passado, cuja

viabilidade está sendo estudada. Estão sendo perfurados poços para não apenas

confirmar a existência das fontes subterrâneas de água, mas também avaliar sua

qualidade para consumo humano.

Até 2016, as autoridades dizem que será possível saber se os aquíferos serão ou não

uma alternativa de abastecimento para a megalópole. O problema, dizem, é que a

perfuração, a 2 km de profundidade, deve sair muito mais cara do que perfurações de

fontes mais próximas à superfície.

E muitos dizem que, além de buscar novas fontes, a cidade precisa aprender a evitar os

desperdícios do sistema e a utilizar a água atual de forma mais eficiente.

-É VIÁVEL EM SP? Para Whately, o uso de água subterrânea já é uma realidade para

diversas cidades brasileiras, mas, por serem importantes reservas de água para o

futuro, seu uso deve ser racional. "Ainda temos pouco conhecimento a respeito de

nossos aquíferos. Eles precisam ser melhor estudados e mais bem cuidados – por

exemplo, há locais em que o uso de agrotóxicos (no solo) pode

prejudicálos."

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Bairro

próximo à Cidade do Cabo fez enorme economia de água ao reformar encanamento

CIDADE DO CABO (ÁFRICA DO SUL) – GUERRA AO DESPERDÍCIO

Khayelitsha, a 20 km da Cidade do Cabo, é uma das maiores "townships" (como são

chamadas as comunidades carentes sul-africanas) do país, com 450 mil habitantes. No

início dos anos 2000, uma investigação descobriu que cerca de uma piscina olímpica

era perdida por hora por causa de vazamentos em sua rede de água.

A principal fonte de desperdício eram os encanamentos domésticos, muitos dos quais

deficientes e incapazes de resistir alta à pressão de bombeamento da água.

Com isso, aumentavam o consumo de água e também a inadimplência, já que muitas

pessoas não conseguiam pagar as contas mais caras. Além disso, a Cidade do Cabo vive

sob constante ameaça de falta d’água.

Um projeto-piloto de US$ 700 mil, iniciado em 2001, funcionou em duas frentes: a

reforma de encanamentos ruins e a redução da pressão da água fornecida ao bairro,

para evitar os vazamentos.

Segundo um relatório do governo da Cidade do Cabo, o projeto custou menos de US$

1 milhão e o investimento foi recuperado em menos de seis meses.

Com a iniciativa, aliada a uma campanha de conscientização para evitar desperdícios,

Khayelitsha conseguiu economizar 9 milhões de metros cúbicos de água por ano,

equivalente a US$ 5 milhões, segundo o consórcio 2030 Water Resources.

- É VIÁVEL EM SP? Para Whately, as perdas de água também são um "problema

enorme" em São Paulo. "Quase um terço da água é perdida (no caminho ao

consumidor), o que equivale a todo o volume do Guarapiranga e Alto Tietê juntos", diz.

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"Em alguns casos, encanamentos antigos podem contribuir para isso. Seria necessário

mapear, com a ajuda das prefeituras, áreas onde há grandes perdas de água e

identificar os motivos."

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Professor da UFMG é novo relator da ONU sobre água e saneamento

Leo Heller vai substituir a portuguesa Catarina de Albuquerque.

Para ele, gestão de recursos hídricos é feita com pouco planejamento.

Leo Heller vai atuar como relator especial da ONU

(Foto: Reprodução/TV Globo)

Um brasileiro será o novo relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU)

sobre água e saneamento. A indicação do mineiro Leo Heller para o cargo foi

confirmada nesta quinta-feira (6) pela entidade. O professor da Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG) substitui a portuguesa Catarina de Albuquerque, que exercia

o mandato desde 2008.

Aos 59 anos, Heller foi indicado ao cargo pelo presidente do Conselho de Direitos

Humanos da ONU, Baudelaire Ndong Ella, no fim de setembro. Ele explica que o

processo para escolha foi longo e que concorreu ao cargo com mais de 20 pessoas de

várias partes do mundo. O pesquisador nascido em Belo Horizonte conta que soube da

notícia pela imprensa e por amigos, mas disse que ainda não foi oficialmente

comunicado pela ONU. Segundo ele, Catarina de Albuquerque também lhe escreveu

para cumprimentá-lo.

De acordo com Heller, entre as tarefas fixas do relator especial está a realização de, no

mínimo, duas missões oficiais em locais onde há indícios de violação de direitos

humanos relacionados a água e saneamento. Ele deve também elaborar

recomendações para governos, para as Nações Unidas e para outras entidades

interessadas sobre o tema.

Segundo o pesquisador, a previsão é que ele comece a atuar no cargo em dezembro. O

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mandato tem tempo máximo de seis anos.

Atuação

Leo Heller se formou, no ano de 1977, em engenharia civil pela UFMG. “O tema do

saneamento é um dos ramos da engenharia civil. Já me formei atuando na área”,

afirma. Também pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele obteve o título de

mestre em saneamento, meio ambiente e recursos hídricos e de doutor em

epidemiologia. Na Universidade de Oxford, na Inglaterra, fez pós-doutorado.

Depois de se aposentar em agosto, Heller, que era professor titular da UFMG, passou a

atuar como professor voluntário na instituição. Atualmente, na universidade, Heller

integra o Grupo de Pesquisa de Políticas Públicas e Gestão em Saneamento e também

aguarda a nomeação como pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No doutorado, o mineiro realizou um estudo epidemiológico em que procurou

identificar o impacto da carência de acesso ao saneamento no indicador de morbidade

por diarreia infantil em uma cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje,

além de aspectos da saúde relacionados a água e esgoto, ele tem as políticas públicas

como foco de seu trabalho.

Água

Questionado sobre a crise hídrica pela qual passam cidades brasileiras, o novo relator

especial da ONU sinaliza um problema que pode ser observado em escala mundial.

“Uma marca importante que tem explicado a falta de acesso à água é uma gestão com

muito pouco planejamento. Muitos argumentam que são as mudanças do clima, mas a

mudanças devem ser incluídas no planejamento e não devem ser surpresa. [...] É um

setor [o de água e esgoto] que ainda requer muito aperfeiçoamento, um setor pouco

valorizado, mas que, por outro lado, tem enorme impacto social”, afirma.

Sobre a recente polêmica envolvendo Catarina de Albuquerque e governo de São

Paulo, Heller concordou com a posição da portuguesa. Em entrevista ao jornal "Folha

de S.Paulo" em 31 de agosto, ela responsabilizou a administração pública estadual pela

falta de água. “Eu concordo com a posição da Catarina. Não achei correto o governo de

São Paulo mandar ofício para ONU, mas é um direito dele. Catarina estava no papel

dela e não exorbitou a função”, opina.

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Chuvas só elevarão nível do Cantareira quando solo parar de absorver

água, diz especialista

Nível do sistema voltou a cair nesta quarta-feira e atingiu a marca de

11,8%

As chuvas que têm atingido a região do Sistema Cantareira nos últimos dias ainda não são o suficiente para aumentar o nível do reservatório. Isso porque a terra seca absorve a água, dificultando a formação de um espelho d'água que poderia ajudar a captar a água da chuva e, ao menos, manter o nível do reservatório estável.

A Grande São Paulo teve, nesta terça-feira, pancadas de chuva que chegaram a alagar pontos da cidade e causar transtornos no trânsito. Depois de 38 dias de queda, o volume se estabilizou em 11,9%. Porém, nesta quarta-feira, o nível votou a cair e atingiu a marca de 11,8%.

De acordo com Paulo Roberto Morais, especialista em recursos hídricos da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), cada tipo de solo responde à absorção de água de forma diferente, por isso, não dá para especificar quando a terra do Cantareira irá parar de absorver água e, finalmente, fazer com que o nível volte a subir.

— Há tipos de solo que demoram mais para ficarem úmidos, outros menos. Porém, se continuar chovendo, logo a situação irá melhorar.

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Projetos ameaçam ecossistemas do Brasil

Com a possível construção de novas represas e projetos de mineração, atualmente em discussão no Congresso Nacional, diversos ecossistemas em todo o Brasil poderão sofrer graves impactos ambientais e sociais. O alerta foi feito por um grupo de pesquisadores brasileiros e britânicos, em um estudo publicado na edição de ontem na revista Science.

O artigo, intitulado 'Mineração e Barragens Ameaçam a Liderança Ambiental do Brasil', foi elaborado por cientistas ligados à Rede Amazônia Sustentável, que agrega mais de 30 instituições de pesquisa.

De acordo com mapeamento feito pelos autores, várias das áreas de interesse para mineração, assim como os locais onde há projeto de represas, se sobrepõem a áreas protegidas, como parques nacionais, reservas biológicas e terras indígenas.

De acordo com eles, os projetos poderão ser viabilizados graças a esforços orquestrados pelo governo federal e pelo Legislativo para apoiar os setores de mineração e energia, o que inclui alterações na legislação.

Segundo a autora principal do estudo, a cientista Joice Ferreira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as iniciativas para mitigação do dano ambiental dos projetos de infraestrutura têm sido tão inadequadas que a aprovação de parcela das concessões para mineração teria impactos enormes, especialmente nos ecossistemas mais ameaçados.

"As propostas de mitigação são insuficientes, porque não levam em conta os impactos indiretos. Esses projetos envolvem o crescimento populacional e abertura de estradas, que comprovadamente abrem novas fronteiras de desmatamento."

Segundo Joice, o Brasil, que possui mais áreas protegidas no mundo, conquistou nos últimos 20 anos um papel de liderança ambiental mundial que poderá ser comprometido com a aprovação dos projetos.

"Não somos contra o desenvolvimento do Brasil a partir de seus recursos naturais. Mas estamos fazendo um apelo ao governo para que não jogue fora essa liderança ambiental em nome de um ganho a curto prazo. É possível conciliar desenvolvimento e sustentabilidade."

De acordo com o estudo, em todo o Brasil há 1,65 milhão de quilômetros quadrados de áreas registradas com interesse para mineração, que se sobrepõem a cerca de 20% das áreas de proteção e de terras indígenas. Além disso, a maioria dos sistemas hídricos associada às áreas protegidas será influenciada pela construção de novas usinas hidrelétricas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Plante Árvore: projeto doa mudas nativas para reflorestamento

As mudas devem ser plantadas em terrenos particulares

Acesse o site do IBF e receba plantas nativas para reflorestamento

O Instituto Brasileiro de Florestas (IBF) criou o projeto "Plante Árvore" em que mudas de plantas são doadas para replantio de áreas desmatadas com espécies nativas. O plantio deve ser feitos em propriedades privadas.

Atualmente, o grupo procura pessoas interessadas em recuperar áreas da Serra da Cantareira, em São Paulo.

O projeto também oferece plantas nativas de outras regiões do Brasil. Caso não exista

mudas nativas de determinado ambiente, o pedido fica registrado e é doado quando

existirem mudas disponíveis.

Para participar do projeto, acesse a página e preencha o formulário.

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Proibição de sacolas plásticas aguarda regulamentação

O Sindiplast entrou na Justiça pedindo a suspensão da proibição das

sacolinhas

A proibição de distribuição de sacolas plásticas no comércio paulistano não tem data para entrar em vigor. Apesar de a Justiça ter decidido que a lei que instituiu a proibição é constitucional, ainda está pendente um decreto que regulamentará a fiscalização em caso de descumprimento.

Nesta semana foi publicado o acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que decidiu, por maioria, pela constitucionalidade da Lei 15.374, sancionada em 2011 pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Após a sanção, o Sindicato da Indústria do Material Plástico (Sindiplast) entrou na Justiça pedindo a suspensão da proibição, e a Justiça concedeu liminar em junho de 2012. A medida foi derrubada no mês passado pelo próprio TJ-SP, que não acatou a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) proposta.

Leia mais notícias de São Paulo

Em nota, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo informou naa quarta-feira (5) que "iniciará os estudos para realizar as ações compatíveis com as determinações que foram estabelecidas" pela lei. A pasta acrescentou que não há ainda um decreto regulamentador "explicando como será feita a fiscalização da proibição do uso das sacolas plásticas".

Não há prazo para que isso ocorra. Até lá, a distribuição continuará ocorrendo normalmente. O Sindiplast e a Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis) informaram que entrarão com um novo recurso na Justiça para tentar suspender a proibição.

Prejuízo

Para as entidades, o fim das sacolinhas prejudicaria o consumidor. "O eventual banimento das sacolas plásticas no município de São Paulo representará um duro golpe para o consumidor, sem qualquer ganho ambiental efetivo", declararam.

Procurada, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) não se manifestou. Na capital paulista são usadas, em média, 600 milhões de sacolas descartáveis por mês. Em todo o Estado de São Paulo o número varia entre 2,5 bilhões a 3 bilhões de sacolas por mês.

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Evento debate impacto das mudanças climáticas na produção agrícola

Representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, Embrapa e Ipea

estiveram entre os participantes do seminário Mudanças Climáticas X

Investimentos em Infraestrutura, na sede da Empresa de Planejamento e

Logística (EPL).

O evento apresentou dados sobre as mudanças climáticas e o impacto na produção agrícola do País. A EPL desenvolverá estudos para saber onde investir para se obter uma logística mais eficiente e planejar as rotas por onde serão escoadas as produções. Leia mais: Ministério lança chamada do Plano de Adaptação à Mudança do Clima Para o diretor-presidente da EPL, Josias Cavalcante Júnior, o setor de transportes tem que vislumbrar esses cenários e buscar um País mais sustentável. “Nossa ideia é transformar nossa matriz de transportes de rodoviário para ferroviário e hidroviário.” O governo vem empreendendo políticas para atender essa necessidade, com o planejamento de novas ferrovias e rodovias que garantam um transporte de cargas e passageiros com maior eficiência e redução do custo Brasil. Lançado em 2012, o Programa de Investimento em Logística (PIL) é um dos exemplos.

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