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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA Departamento do Patrimônio Histórico Dossiê 01/STPR/05 Propostas de implementação dos instrumentos do Estatuto da Cidade e de revisão da Operação Urbana Consorciada para serem debatidas pelo CADES em função da revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento Abril de 2005

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Dossiê 01/STPR/05

Propostas de implementação dos instrumentos

do Estatuto da Cidade e de revisão da Operação

Urbana Consorciada para serem debatidas pelo CADES

em função da revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento

Abril de 2005

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São Paulo, 19 de abril de 2005

Referência: Propostas para serem debatidas pelo CADES a respeito

da revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento

Prezada Senhora,

Conforme deliberado na 66ª Reunião Plenária Ordinária do CADES – Conselho Municipal do

Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, vimos por meio desta encaminhar anexo o

Dossiê 01/STPR/05, constando das propostas para serem debatidas no CADES, visando

contribuir quando da revisão da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor que ocorrerá em

2006.

De acordo com essa deliberação, essas propostas visam procurar alternativas para a questão

da promoção da Habitação de Interesse Social – HIS no Município de São Paulo, visando

minimizar o crescimento de assentamentos irregulares na região dos mananciais,

especificamente na Bacia do Guarapiranga.

Acreditando ter contribuído para a discussão da problemática em questão,

aproveitamos o ensejo para renovar protestos de estima e consideração

EDUARDO ALBERTO CUSCE NOBRE Arquiteto – Representante da Secretaria Municipal de Cultura

Ilustríssima Senhora

LAURA LÚCIA VIEIRA CENEVIVA

DD. Coordenadora Geral do CADES – Conselho

Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

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Dossiê 01/STPR/05

Referência: Propostas para serem debatidas pelo CADES a respeito da revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento

Este dossiê visa fornecer subsídios para propostas de revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento em 2006 na questão da promoção de Habitação de Interesse Social no Município de São Paulo, a serem debatidas pelo CADES – Conselho do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, conforme deliberado na sua 66ª Reunião Plenária Ordinária. De acordo com a apresentação dos Planos Regionais da região Zona Sul ao CADES pelas assessoras da Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA), Arquiteta Denise Malheiros e Geógrafa Olga Maria Gross, um dos maiores problemas ambientais do Município de São Paulo é a questão da água e nesse aspecto a ocupação irregular da região dos mananciais, e especificamente da Bacia do Guarapiranga, contribui muito para o agravamento do problema. Apesar das restrições da Lei Estadual 1.172/76, que estabeleceu a Área de Proteção aos Mananciais – APM, a região vem sendo ocupada nos últimos 30 anos por uma população de baixa renda. Pelo contrário, hoje já é fato aceito que a Legislação de Proteção aos Mananciais – LPM estimulou a ocupação da área, na medida em que as restrições que impunha desvalorizaram consideravelmente os terrenos, que acabaram sendo alvo da ação inescrupulosa de loteadores clandestinos (Sócrates, Grostein & Tanaka, 1985). A população que para lá se dirigiu é uma população excluída, que não conseguiu se inserir no mercado imobiliário residencial formal e que por isso acabou ocupando as áreas mais críticas no que concerne à questão ambiental. Essa população apresenta as menores rendas familiares e os piores Índices de Desenvolvimento Humano – IDH do Município, além de uma carência quase que completa de serviços públicos essenciais (SVMA/IPT, 2004). Segundo dados do Censo 2000, existiam nesse ano 1.160.120 (um milhão, cento e sessenta mil e cento e vinte) pessoas residindo nas Subprefeituras de M´Boi Mirim, Socorro e Parelheiros, todas inseridas dentro da APM (ibid.). Por outro lado, o Município de São Paulo não vem conseguindo implementar uma Política Habitacional eficiente que tenha conseguido dar resposta à imensa demanda por Habitação de Interesse Social, voltada a essa população de menor renda. Cabe ressaltar que a Lei Orgânica do Município de São Paulo estabelece que é competência do município:

“elaborar a política municipal de habitação, integrada à política de desenvolvimento urbano, promovendo programas de construção de moradias populares, garantindo-lhes condições habitacionais e de infra-estrutura que assegurem um nível compatível com a dignidade da pessoa humana” (LOM – Art. 167, Alínea I).

De acordo com Cardoso & Moreira (2004), o déficit habitacional em 2000 era de 300.000 unidades, sendo que nos últimos quinze anos (1989-2004) houve a construção de apenas 101.188 unidades novas, numa média de 6.746 unidades ao ano. Nesse passo, seriam

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necessários 44,5 anos para resolver o déficit habitacional atual. Contudo, nesse período já haveria a necessidade de mais 91.500 unidades, se considerarmos a TGCA – Taxa Geral de Crescimento Anual do Município de 0,6% aa, que na verdade é uma estimativa muito baixa para essa faixa de renda. É justamente a demanda não atendida dessa população que irá pressionar as áreas ambientalmente sensíveis e críticas, tais como: áreas de mananciais; várzeas alagáveis e encostas de alta declividade. Essa situação se torna mais absurda se considerarmos que na última década (1991-2000), enquanto que essas áreas1 cresciam numa média de 6,3% aa, ganhando 360 mil novos habitantes, regiões consolidadas da cidade tiveram o crescimento negativo em 2,5% aa, perdendo 175 mil residentes2 (Nobre, 2004). A questão se agrava ao analisarmos a quantidade de imóveis vagos, que cresceu em 55%, passando de 270 mil para 420 mil no mesmo período, valor esse maior que o déficit habitacional apontado, aumentando a taxa de vacância média de 10,6 para 14,1% do estoque total do município, sendo que a maioria desses imóveis localiza-se no Centro Histórico e Expandido (IBGE,1991 e 2000; Nobre & Bomfim, 2002) Dessa forma, o primeiro ponto a ser abordado é com relação à questão da vacância imobiliária da Área Central. O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01) assegura aos municípios o uso dos instrumentos de indução à função social da propriedade de imóveis urbanos não edificados, subutilizados e não utilizados, sendo eles:

1. Parcelamento, edificação e utilização compulsórios;

2. IPTU progressivo no tempo;

3. Desapropriação com pagamento em títulos.

O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo – PDEMSP (Lei Municipal 13.430/02) acolheu essa regra e já prevê a utilização desses instrumentos nos artigos de 199 a 203. No Artigo 201, parágrafo 4º o PDEMSP é bastante claro quando afirma que:

“É considerado solo urbano não utilizado todo tipo de edificação nos distritos da Sé, República, Bom Retiro, Consolação, Brás, Liberdade, Cambuci, Pari, Santa Cecília e Bela Vista que tenham, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua área construída desocupada há mais de cinco anos, ressalvados os casos em que a desocupação decorra de impossibilidades jurídicas ou resultantes de pendências judiciais incidentes sobre o imóvel.”

1 Especificamente os Distritos de Anhagüera na Serra da Cantareira, Grajaú e Parelheiros na Bacia do Guarapiranga, Cidade Líder e Cidade Tiradentes próximos à APA do Carmo. 2 Especificamente Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Cambuci, Consolação, Liberdade, Pari, República, Santa Cecília e Sé no Centro Histórico e Jardim Paulista, Pinheiros, Itaim-Bibi e Santo Amaro no Centro Expandido.

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Nesse artigo fica claro, que além do critério do Coeficiente de Aproveitamento abaixo do mínimo, a subutilização se caracteriza por edifícios vagos na Área Central. Contudo, no detalhamento dos Planos Regionais (Lei Municipal 13.885/04), o Plano Regional da Sé apresentou no Quadro 06 B do Livro IX anexo a essa Lei uma relação de imóveis passíveis da utilização dos instrumentos supra citados onde NENHUM dos 160 (cento e sessenta) imóveis listados apresenta Coeficiente de Aproveitamento maior do que 1,1, ou seja, NENHUM das centenas de edifícios vagos do Centro foi considerado subutilizado. Sugerimos que o CADES se manifeste a respeito desse fato, sugerindo que na revisão do Plano Diretor, este aplique por completo os instrumentos de indução à função social da propriedade, incluindo também os imóveis vagos e não apenas os terrenos subutilizados da Área Central. O segundo ponto a ser considerado é a questão da provisão de recursos para financiar os programas de habitação popular. A alínea IV do artigo 167 da LOM prevê que cabe ao Município promover a captação e o gerenciamento de recursos provenientes de fontes externas, privadas ou governamentais, com o intuito de complementar à fonte municipal. De 1986 a 1997 o Município contou com o instrumento das Operações Interligadas (Leis Municipais 10.209/86 e 11.773/95), mecanismo pelo qual a iniciativa privada doava à prefeitura um certo número de habitações de interesse social em troca da modificação de índices urbanísticos e de categorias de uso nos terrenos de sua propriedade. Nesse período o Município arrecadou 58 milhões de dólares em 115 propostas, resultando em 466 mil metros quadrados adicionais de área construída (Wilderode, 1997). Em 2001, após Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público, o Tribunal de Justiça do Estado julgou essa Lei inconstitucional pois, além de ferir o Plano Diretor visto que suas ações ocorriam pontualmente sem sua previsão nesse instrumento, apresentava inaceitável delegação de função legislativa ao Poder Executivo. O instrumento que deu continuidade a esse, a Operação Urbana Consorciada, foi regulamentada no Estatuto da Cidade e já conta com vários exemplos no próprio Município de São Paulo. Segundo o PDEMSP, no seu artigo 225, Operações Urbanas Consorciadas são:

“o conjunto de medidas coordenadas pelo Município com a participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, notadamente ampliando os espaços públicos, organizando o transporte coletivo, implantando programas habitacionais de interesse social (grifo do autor) e de melhorias de infra-estrutura e sistema viário, num determinado perímetro.”

Já o artigo 227, alínea III, afirma que uma das finalidades da Operação Urbana é implantar programas de Habitação de Interesse Social – HIS. Contudo, na sua aplicação prática esse instrumento tem servido para aumentar a segregação sócio-espacial na medida em que valoriza a área de intervenção e expulsa indiretamente e diretamente através da ação da própria municipalidade (Fix, 2001; Maricato & Whitaker, 2002).

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Comparado a instrumentos urbanísticos similares internacionais, esse instrumento carece de aprimoramento, visando justamente reduzir as suas imperfeições, principalmente no que se refere à garantia de permanência da população de menor renda, através do investimento real na implementação de programas de habitação de interesse social, visando reduzir a pressão que essa população faz na região dos mananciais. No caso específico da região da Avenida Água Espraiada, Fix (Op. Cit.) demonstra que a maioria da população favelada, expulsa quando da construção dessa Avenida, mudou-se para conjuntos habitacionais periféricos ou para assentamentos irregulares na região da Bacia do Guarapiranga. De acordo com Maricato & Whitaker (Op. Cit.), as Operações Urbanas Consorciadas podem ser um instrumento urbanístico progressista ou retrógrado, dependendo da maneira como forem incluídas e detalhadas no Plano Diretor. Segundo eles, esse instrumento sofreu influência das ZACs – Zônes d’Aménagement Concerté francesas. Contudo, as diferenças são enormes, pois o instrumento francês funciona num mercado muito mais includente do que brasileiro, em um país com longa tradição política de participação da sociedade civil no processo de urbanização, contrabalançando o peso da iniciativa privada, e por fim, a tradição social-democrata do Estado do Bem Estar Social fez com que o controle do Poder Público seja infinitamente maior que no caso das Operações Urbanas Consorciadas, que acabam seguindo apenas os interesses do mercado. No caso francês, o Estado desapropria a área de intervenção urbana, dota de infra-estrutura, define os usos do solo e vende ao mercado e a órgãos públicos responsáveis pelos equipamentos públicos. Com parte da mais-valia gerada pela valorização, o Estado consegue garantir a oferta de moradias para a população de baixa renda. Segundo Whitaker (2004), a França é o exemplo de país em que a preocupação com a questão da Habitação de Interesse Social é bastante forte, tanto que exige que os municípios destinem 20 % do total das residências para esse fim. De fato a Lei de Solidariedade e Renovação Urbanas (França, 2000), no artigo 55, exige que os municípios franceses alcancem esse percentual em 20 anos, tendo como base a busca de um desenvolvimento urbano equilibrado, a preocupação com a administração sustentável das áreas urbanas e a necessidade de uma mixagem social e da diversificação das funções urbanas. A Espanha também é outro país em que a preocupação com a questão da Habitação de Interesse Social se faz presente nas cidades. A Lei de Uso do Solo da Comunidade Autônoma de Madri (Madri, 2001), por exemplo, no artigo nº 38, estipula que ao menos 10 % do solo urbanizável será destinado à tipologia de habitação que mais aprouver aos municípios. Além disso, no restante da cidade, no mínimo 50% das habitações edificáveis deverão estar sujeitas a algum tipo de controle público, sendo que no máximo 25 % poderão ter o seu valor fixado.

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O Reino Unido, que já chegou a ser exemplo de políticas municipais de provisão de habitação de interesse social na era Pré-Thatcher, não apresenta porcentagens estabelecidas, mas encoraja os municípios a garantir habitação de interesse social nos empreendimentos cujo tamanho é suficiente para acomodar uma razoável mixagem de tipos e tamanhos de habitação (Reino Unido, 1992). Nesse aspecto, o Governo Central remete às municipalidades a definição da quantidade de HIS a ser promovida mediante a estimativa do déficit habitacional daquela localidade. A seguir estimula as municipalidades a conseguir suprir essas necessidades através da negociação com os empreendedores para que eles desenvolvam uma determinada quantidade de HIS nos seus empreendimentos. Dessa forma, levando em consideração a existência de precedentes na legislação estrangeira sobre o assunto, assim como o fato de haver na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal proposta de revisão da Lei 6.766/79 a fim de incorporar uma porcentagem de HIS nos novos loteamentos, consideramos ser pertinente à incorporação dessa idéia nas Operações Urbanas Consorciadas em São Paulo. Assim sendo, sugerimos que o CADES se manifeste a respeito desse fato, encaminhando que na revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento, a definição das Operações Urbanas Consorciadas seja reformulada, estipulando uma porcentagem mínima de sua área urbanizável a ser destinada a HIS – Habitação de Interesse Social e que seja dada prioridade à alocação dos recursos obtidos com a Outorga Onerosa na construção destas. A proposta da porcentagem deverá ser melhor estudada, pois nos Países Centrais essa porcentagem é estipulada em cima da população de baixa renda, que depende dos programas Habitacionais de Interesse Social. Contudo, se seguíssemos essa regra em São Paulo, as Operações Urbanas não se viabilizariam visto que a porcentagem da área deveria ser de 65%, pois essa é a porcentagem da população que ganha abaixo de 10 salários mínimos (Companhia do Metropolitano de São Paulo, 1999) e está, portanto, fora das regras do mercado para a aquisição de imóveis residenciais.

Sendo o que tínhamos a relatar, acreditamos

ter contribuído para a discussão

Em 19/04/05

EDUARDO ALBERTO CUSCE NOBRE Seção Técnica de Programas de Revitalização

DP/DPH/SMC/PMSP

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FRANÇA. Loi No. 2000-1208 du 13 décembre 2000 relative à la solidarité et au renouvellement urbains. Journal Officiel de la République Française, Paris, n. 289, p. 1.977, 14 de dezembro de 2000.

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NOBRE, E. A. C. & BOMFIM, V. C. A produção do espaço urbano da cidade de São Paulo na década de 90: Políticas Públicas de Exclusão e Inclusão Social. Revista Pós - Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 11, 60-73. São Paulo: FAUUSP, 2002.

(http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/e_nobre/revista_pos.pdf)

REINO UNIDO. Planning Policy Guidance 3: Housing. Londres: Department of Environment/ HMSO, 1992.

SÃO PAULO (Cidade). Lei Nº 10.209 de 9 de dezembro de 1986 – dispõe sobre a construção de habitações de interesse social para moradores de habitação subnormal, concede incentivos, e dá outras providências. Diário Oficial do Município de São Paulo, São Paulo, p. 1, 10 de dezembro de 1986.

______________. Lei Orgânica do Município. Diário Oficial do Município de São Paulo, São Paulo, p. 1, 4 de abril de 1990.

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______________. Lei No. 13.430 de 13 de setembro de 2002 – institui o Plano Diretor

Estratégico do Município de São Paulo. Diário Oficial do Município de São Paulo, São Paulo, p. 1, 14 de setembro de 2002.

______________. Lei No. 13.885 de 25 de agosto de 2004 - institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo. Diário Oficial do Município de São Paulo, São Paulo, p. 1-68, 6 de outubro de 2004.

SÓCRATES, J., GROSTEIN, M. & TANAKA, M. A cidade invade as águas : qual a questão dos mananciais? São Paulo: FAUUSP, 1985.

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ANEXOS:

ANEXO 1 – Quadro 06 B do Livro IX anexo à Lei Municipal 13.885 de 25 de agosto de 2004 que institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras, dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo do Município de São Paulo

ANEXO 2 – Loi No. 2000-1208 du 13 décembre 2000 relative à la solidarité et au renouvellement urbains.

ANEXO 3 – Ley 9/2001 de 17 de Julio, Del Suelo de la Comunidad de Madrid.

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LOI no 2000-1208 du 13 décembre 2000 relative à la solidarité et au renouvellement urbains (1)

NOR : EQUX9900145L

L'Assemblée nationale et le Sénat ont délibéré, L'Assemblée nationale a adopté, Vu la décision du Conseil constitutionnel no 2000-436 DC en date du 7 décembre 2000, Le Président de la République promulgue la loi dont la teneur suit : TITRE I RENFORCER LA COHERENCE DES POLITIQUES URBAINES ET TERRITORIALES Section 1 Les documents d'urbanisme et les opérations d'aménagement

....................................................................

TITRE II CONFORTER LA POLITIQUE DE LA VILLE Section 1 Dispositions relatives à la solidarité entre les communes en matière d'habitat

Article 55 La section 2 du chapitre II du titre préliminaire du livre III du code de la construction et de l'habitation est ainsi rédigée : « Section 2 « Dispositions particulières à certaines agglomérations « Art. L. 302-5. - Les dispositions de la présente section s'appliquent aux communes dont la population est au moins égale à 1 500 habitants en Ile-de-France et 3 500 habitants dans les autres régions qui sont comprises, au sens du recensement général de la population, dans une agglomération de plus de 50 000 habitants comprenant au moins une commune de plus de 15 000 habitants, et dans lesquelles le nombre total de logements locatifs sociaux représente, au 1er janvier de l'année précédente, moins de 20 % des résidences principales. En sont exemptées les communes comprises dans une agglomération dont le nombre d'habitants a décru entre les deux derniers recensements de la population et qui appartiennent à une communauté urbaine, une communauté d'agglomération ou une communauté de communes compétentes en matière de programme local de l'habitat, dès lors que celui-ci a été approuvé. « Les dispositions de la présente section ne sont pas applicables aux communes dont plus de la moitié du territoire urbanisé est soumis à une inconstructibilité résultant d'une zone A, B ou C d'un plan d'exposition au bruit approuvé en application de l'article L. 147-1 du code de l'urbanisme ou d'une servitude de protection instituée en application des articles L. 515-8 à L. 515-11 du code de l'environnement.

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Les logements locatifs sociaux retenus pour l'application du présent article sont : « 1o Les logements locatifs appartenant aux organismes d'habitation à loyer modéré, à l'exception, en métropole, de ceux construits, ou acquis et améliorés à compter du 5 janvier 1977 et ne faisant pas l'objet d'une convention définie à l'article L. 351-2 ; « 2o Les autres logements conventionnés dans les conditions définies à l'article L. 351-2 et dont l'accès est soumis à des conditions de ressources ; « 3o Les logements appartenant aux sociétés d'économie mixte des départements d'outre-mer, les logements appartenant à l'Entreprise minière et chimique et aux sociétés à participation majoritaire de l'Entreprise minière et chimique, les logements appartenant aux houillères de bassin, aux sociétés à participation majoritaire des houillères de bassin ainsi qu'aux sociétés à participation majoritaire des Charbonnages de France et à l'établissement public de gestion immobilière du Nord - Pas-de-Calais ; « 4o Les logements ou les lits des logements-foyers de personnes âgées, de personnes handicapées, de jeunes travailleurs, de travailleurs migrants et des logements-foyers dénommés résidences sociales, conventionnés dans les conditions définies au 5o de l'article L. 351-2 ainsi que les places des centres d'hébergement et de réinsertion sociale visées à l'article 185 du code de la famille et de l'aide sociale. Les lits des logements-foyers et les places des centres d'hébergement et de réinsertion sociale sont pris en compte dans des conditions fixées par décret. « Les résidences principales retenues pour l'application du présent article sont celles qui figurent au rôle établi pour la perception de la taxe d'habitation. « Art. L. 302-6. - Dans les communes situées dans les agglomérations visées par la présente section, les personnes morales, propriétaires ou gestionnaires de logements sociaux au sens de l'article L. 302-5, sont tenues de fournir au préfet, chaque année avant le 1er juillet, un inventaire par commune des logements sociaux dont elles sont propriétaires ou gestionnaires au 1er janvier de l'année en cours. « Le défaut de production de l'inventaire mentionné ci-dessus, ou la production d'un inventaire manifestement erroné donne lieu à l'application d'une amende de 10 000 F recouvrée comme en matière de taxe sur les salaires. « Le préfet communique chaque année à chaque commune susceptible d'être visée à l'article L. 302-5, avant le 1er septembre, les inventaires la concernant assortis du nombre de logements sociaux décomptés en application de l'article L. 302-5 sur son territoire au 1er janvier de l'année en cours, lorsque le nombre de logements sociaux décomptés représente moins de 20 % des résidences principales de la commune. La commune dispose de deux mois pour présenter ses observations. « Après examen de ces observations, le préfet notifie avant le 31 décembre le nombre de logements sociaux retenus pour l'application de l'article L. 302-5. « Un décret en Conseil d'Etat fixe le contenu de l'inventaire visé au premier alinéa, permettant notamment de localiser les logements sociaux décomptés. « Art. L. 302-7. - A compter du 1er janvier 2002, il est effectué chaque année un prélèvement sur les ressources fiscales des communes visées à l'article L. 302-5, à l'exception de celles qui bénéficient de la dotation de solidarité urbaine prévue par l'article L. 2334-15 du code général des collectivités territoriales lorsque le nombre des logements sociaux y excède 15 % des résidences principales. « Ce prélèvement est égal à 1 000 F multipliés par la différence entre 20 % des résidences principales au sens du I de l'article 1411 du code général des impôts et le nombre de logements sociaux existant dans la commune l'année précédente, comme il est dit à l'article L. 302-5, sans pouvoir excéder 5 % du montant des dépenses réelles de fonctionnement de la commune constatées dans le compte administratif afférent au pénultième exercice.

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« Pour toutes les communes dont le potentiel fiscal par habitant défini à l'article L. 2334-4 du code général des collectivités territoriales est supérieur à 5 000 F l'année de la promulgation de la loi no 2000-1208 du 13 décembre 2000 relative à la solidarité et au renouvellement urbains, ce prélèvement est fixé à 20 % du potentiel fiscal par habitant multipliés par la différence entre 20 % des résidences principales au sens du I de l'article 1411 du code général des impôts et le nombre de logements sociaux existant dans la commune l'année précédente, comme il est dit à l'article L. 302-5, sans pouvoir excéder 5 % du montant des dépenses réelles de fonctionnement de la commune constatées dans le compte administratif afférent au pénultième exercice. « Le seuil de 5 000 F est actualisé chaque année suivante en fonction du taux moyen de progression du potentiel fiscal par habitant de l'ensemble des communes de plus de 1 500 habitants. « Le prélèvement n'est pas effectué s'il est inférieur à la somme de 25 000 F. « Le prélèvement est diminué du montant des dépenses exposées par la commune, pendant le pénultième exercice, au titre des subventions foncières mentionnées à l'article L. 2254-1 du code général des collectivités territoriales, des travaux de viabilisation des terrains ou des biens immobiliers mis ensuite à disposition pour la réalisation de logements sociaux et des moins-values correspondant à la différence entre le prix de cession de terrains ou de biens immobiliers donnant lieu à la réalisation effective de logements sociaux et leur valeur vénale estimée par le service des domaines. « Si le montant de ces dépenses et moins-values de cession est supérieur au prélèvement d'une année, le surplus peut être déduit du prélèvement de l'année suivante. Un décret en Conseil d'Etat précise la nature des dépenses déductibles et les modalités de déclarations de ces dépenses par les communes. « Le produit de la taxe foncière sur les propriétés bâties, de la taxe foncière sur les propriétés non bâties, de la taxe d'habitation et de la taxe professionnelle inscrit à la section de fonctionnement du budget des communes soumises au prélèvement institué au présent article est diminué du montant de ce prélèvement. Celui-ci est imputé sur les attributions mentionnées au premier alinéa de l'article L. 2332-2 du code général des collectivités territoriales. « Lorsque la commune appartient à une communauté urbaine, à une communauté d'agglomération, une communauté d'agglomération nouvelle, une communauté de communes ou à un syndicat d'agglomération nouvelle compétents pour effectuer des réserves foncières en vue de la réalisation de logements sociaux et lorsque cet établissement public est doté d'un programme local de l'habitat, la somme correspondante est versée à l'établissement public de coopération intercommunale ; en sont déduites les dépenses définies au sixième alinéa et effectivement exposées par la commune pour la réalisation de logements sociaux. Elle est utilisée pour financer des acquisitions foncières et immobilières en vue de la réalisation de logements locatifs sociaux et, notamment dans les quartiers inscrits en contrat de ville ou dans des zones urbaines sensibles, des opérations de renouvellement et de requalification urbains. « A défaut, et hors Ile-de-France, elle est versée à l'établissement public foncier créé en application de l'article L. 324-1 du code de l'urbanisme, si la commune appartient à un tel établissement. « A défaut, elle est versée à un fonds d'aménagement urbain destiné aux communes et aux établissements publics de coopération intercommunale pour des actions foncières et immobilières en faveur du logement social. « Art. L. 302-8. - Le conseil municipal définit un objectif de réalisation de logements locatifs sociaux qui ne peut être inférieur au nombre de logements locatifs sociaux

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nécessaires pour atteindre 20 % du total des résidences principales. « Toutefois, lorsqu'une commune appartient à une communauté urbaine, une communauté d'agglomération, une communauté d'agglomération nouvelle, une communauté de communes ou à un syndicat d'agglomération nouvelle compétents en matière de programme local de l'habitat, celui-ci fixe, de façon à favoriser la mixité sociale en assurant entre les communes une répartition équilibrée et diversifiée de l'offre de logements, l'objectif de réalisation de logements locatifs sociaux sur le territoire de la commune de manière à accroître la part de ces logements par rapport au nombre de résidences principales. L'objectif de réalisation de logements locatifs sociaux pour l'ensemble des communes de la communauté ne peut être inférieur au nombre total de logements locatifs sociaux dont la réalisation serait nécessaire, dans les communes soumises au prélèvement prévu par le premier alinéa de l'article L. 302-7, pour atteindre 20 % du total des résidences principales de ces communes, chacune de ces dernières devant se rapprocher de l'objectif de 20 %. Les communes non soumises à ce prélèvement ne peuvent se voir imposer la construction de logements sociaux supplémentaires sans leur accord. « A Paris, Lyon et Marseille, le programme local de l'habitat fixe, de façon à favoriser la mixité sociale en assurant entre les arrondissements une répartition équilibrée et diversifiée de l'offre de logements, l'objectif de réalisation de logements sociaux sur le territoire de l'arrondissement de manière à accroître la part des logements par rapport au nombre de résidences principales. « Les programmes locaux de l'habitat précisent l'échéancier et les conditions de réalisation, ainsi que la répartition équilibrée de la taille, des logements sociaux soit par des constructions neuves, soit par l'acquisition de bâtiments existants, par période triennale. Ils définissent également un plan de revalorisation de l'habitat locatif social existant, de façon à préserver partout la mixité sociale sans créer de nouvelles ségrégations. A défaut de programme local de l'habitat approuvé avant le 31 décembre 2001, la commune prend, sur son territoire, les dispositions nécessaires pour permettre la réalisation du nombre de logements locatifs sociaux prévus au premier alinéa ci-dessus. « L'accroissement net du nombre de logements locatifs sociaux prévu pour chaque période triennale ne peut être inférieur à 15 % de la différence entre le nombre de logements sociaux correspondant à l'objectif fixé au premier ou, le cas échéant, au deuxième alinéa et le nombre de logements sociaux sur le territoire de la commune. Ces chiffres sont réévalués à l'issue de chaque période triennale. « Art. L. 302-9. - La collectivité ou l'établissement public de coopération intercommunale ayant approuvé le programme local de l'habitat établit, au terme de chaque période triennale, un bilan portant en particulier sur le respect des engagements en matière de mixité sociale. Celui-ci est communiqué au conseil départemental de l'habitat. Dispositions déclarées non conformes à la Constitution par décision du Conseil constitutionnel no 2000-436 DC du 7 décembre 2000. « Art. L. 302-9-1. - Dispositions déclarées non conformes à la Constitution par décision du Conseil constitutionnel no 2000-436 DC du 7 décembre 2000. « Art. L. 302-9-2. - Un décret en Conseil d'Etat détermine, en tant que de besoin, les conditions d'application du présent chapitre, notamment celles nécessitées par la situation particulière des départements d'outre-mer. »

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LEY 9/2001, DE 17 DE JULIO, DEL SUELO, DE LA COMUNIDAD DE MADRID. Artículo 38. Determinaciones sobre los usos del suelo. 1. Se entiende por uso global de un suelo el destino funcional que el planeamiento urbanístico le atribuye en relación al conjunto del término municipal. Sobre cada área homogénea, ámbito de suelo urbano y sector de suelo urbanizable deberá establecerse, con el carácter de determinación estructurante de la ordenación urbanística, el uso global, de forma que se caracterice sintéticamente el destino conjunto del correspondiente suelo. 2. El 10 % de la superficie del área de reparto de suelo urbanizable sectorizado y de cada sector resultante en suelo urbanizable no sectorizado, será destinado a la tipología de viviendas que libremente determine cada Ayuntamiento. En el 90 % restante del área de reparto de suelo urbanizable sectorizado y de cada sector resultante en suelo urbanizable no sectorizado, deberá destinarse, como mínimo, el 50 % de las viviendas edificables a viviendas sujetas a algún régimen de protección pública y de estas sólo podrá destinarse, como máximo, un 25 % a Viviendas de Precio Tasado o figuras similares que puedan aparecer en el futuro y aumenten los niveles de renta en la consideración de la protección pública. La gestión de los planes aprobados deberá armonizar en el tiempo la construcción de viviendas libres y protegidas

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Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES

Resolução nº 99 /CADES/2005, de 25 de agosto de 2005

Dispõe sobre a aprovação de Moção aos Secretários Municipais de Habitação e Planejamento sobre a revisão do Plano Diretor Estratégico e dos Planos Regionais do Município e dá outras providências.

O Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -

CADES, usando das atribuições e competências que lhe são conferidas por

Lei,

Considerando que um dos maiores problemas ambientais do Município de São Paulo é a questão da água e nesse aspecto a ocupação irregular das regiões dos mananciais contribui muito para o agravamento do problema. Considerando que o imenso déficit habitacional da população de baixa renda e a dificuldade de implementação de políticas públicas que sanem esse problema são os principais responsáveis por essas ocupações. Considerando que regiões dotadas de infraestrutura da cidade, localizadas no Centro Expandido, vem apresentando crescimento populacional negativo na última década, aumentando consideravelmente a vacância imobiliária residencial dessas áreas. Considerando que o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01) assegura aos municípios o uso dos instrumentos de indução à função social da propriedade em imóveis urbanos não edificados, sub-utilizados e não utilizados Considerando que Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo (Lei Municipal 13.430/02) acolheu esses instrumentos e prevê a sua utilização para toda a edificação nos distritos da Sé, República, Bom Retiro, Consolação, Brás, Liberdade, Cambuci, Pari, Santa Cecília e Bela Vista que tenham, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua área construída desocupada há mais de cinco anos. Considerando que na aprovação dos Planos Regionais (Lei Municipal 13.885/04), o Plano Regional da Sé apresentou, em listagem específica, terrenos vazios e edificações baixas cujo Coeficiente de Aproveitamento não ultrapassava 2,0.

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Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES

Resolve:

Art. 1º Expedir moção aos Excelentíssimos Srs. Secretários Municipais da Habitação, Orlando de Almeida Filho, e do Planejamento, Francisco Vidal Luna, no sentido de que, com base no exposto, quando da revisão da Lei Municipal 13.885/04, que instituiu os Planos Regionais, encaminhem à Câmara Municipal proposta de inclusão das edificações de grande porte que se encontrem vazias na Área Central em listagem específica para a utilização dos instrumentos de indução a função social da propriedade, a saber: parcelamento, edificação e utilização compulsórios; IPTU progressivo no tempo; desapropriação com pagamento em títulos, conforme estabelecido pela Lei Federal 10.257/01.

Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua

publicação.

São Paulo, 25 de agosto de 2005.

HELIO NEVES

Presidente em exercício do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES

Conselheiros Presentes ALESSANDRO MENDES RIBEIRO IEDA MARIA BOTTURA AREIAS ANDRÉ LUIS GONÇALVES PINA IVANI LÚCIA LEME CARLOS FERREIRA DE AGUIAR JORGE JAMAL AYAD BADRA CAMAL ABDON SALOMÃO RAMEH LAÍS SERAFIM PIOVESAN BOZZA CELIA SERI KAWAI LUIZ CESAR BETARELLO DE A. CAMPOS CIOMARA MARINHO CICCONE PATRICIA MARRA SEPE CLÁUDIA LONGO PATRIZIA TOMMAZINI S. COELHO EDUARDO ALBERTO CUSCE NOBRE SERGIO ALEX CONSTANT ALMEIDA FRANCISCO ADRIÃO NEVES DA SILVA SÉRGIO ROGÉRIO CESÁRIO COSTA HEITOR MARZAGÃO TOMMASINI SIMONE CELESTE LEÃO HELENA ORENSTEIN DE ALMEIDA WAGNER COSTA RIBEIRO

Coordenadora Geral: LAURA LUCIA VIEIRA CENEVIVA

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Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES

Resolução nº 100 /CADES/2005, de 25 de agosto de 2005

Dispõe sobre a aprovação de Moção aos Secretários Municipais de Habitação e Planejamento sobre a revisão do Plano Diretor Estratégico e dos Planos Regionais do Município e dá outras providências.

O Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável -

CADES, usando das atribuições e competências que lhe são conferidas por

Lei,

Considerando que um dos maiores problemas ambientais do Município de São Paulo é a questão da água e nesse aspecto a ocupação irregular das regiões dos mananciais contribui muito para o agravamento do problema. Considerando que o imenso déficit habitacional da população de baixa renda e a dificuldade de implementação de políticas públicas que sanem esse problema são os principais responsáveis por essas ocupações. Considerando que o Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/01) e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo (13.430/02) definiram que um dos objetivos do instrumento urbanístico Operações Urbanas Consorciadas é a implantação de programas habitacionais de interesse social. Considerando que na aplicação prática das Operações Urbanas Consorciadas no Município de São Paulo esse objetivo não tem sido alcançado. Considerando que a legislação urbanística das cidades de diversos países garante a provisão de habitação de interesse social e a diversidade social e cultural, através do estabelecimento de uma porcentagem mínima desse tipo de habitação a ser obtido em áreas de grande investimento imobiliário. Resolve:

Art. 1º Expedir moção aos Excelentíssimos Srs. Secretários Municipais da Habitação, Orlando de Almeida Filho, e do Planejamento, Francisco Vidal Luna, no sentido de que, com base no exposto, quando da revisão das Leis Municipais 13.430/02 e 13.885/04, que instituíram respectivamente o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e os Planos Regionais, encaminhem à Câmara Municipal, proposta de revisão da definição do

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Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES

instrumento urbanístico Operação Urbana Consorciada, estabelecendo que a Lei que define cada Operação Urbana deverá fixar uma porcentagem mínima dos recursos obtidos com a outorga onerosa para o financiamento de programas de habitação de interesse social dentro de seu perímetro de atuação.

Art. 2º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação .

São Paulo, 25 de agosto de 2005.

HELIO NEVES

Presidente em exercício do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CADES

Conselheiros Presentes ALESSANDRO MENDES RIBEIRO IEDA MARIA BOTTURA AREIAS ANDRÉ LUIS GONÇALVES PINA IVANI LÚCIA LEME CARLOS FERREIRA DE AGUIAR JORGE JAMAL AYAD BADRA CAMAL ABDON SALOMÃO RAMEH LAÍS SERAFIM PIOVESAN BOZZA CELIA SERI KAWAI LUIZ CESAR BETARELLO DE A. CAMPOS CIOMARA MARINHO CICCONE PATRICIA MARRA SEPE CLÁUDIA LONGO PATRIZIA TOMMAZINI S. COELHO EDUARDO ALBERTO CUSCE NOBRE SERGIO ALEX CONSTANT ALMEIDA FRANCISCO ADRIÃO NEVES DA SILVA SÉRGIO ROGÉRIO CESÁRIO COSTA HEITOR MARZAGÃO TOMMASINI SIMONE CELESTE LEÃO HELENA ORENSTEIN DE ALMEIDA WAGNER COSTA RIBEIRO

Coordenadora Geral: LAURA LUCIA VIEIRA CENEVIVA