7/27/2019 Satsang - Questo 2 - 12.10.2013

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Satsang do Coletivo do Um12 de outubro de 2013

Questo 2

No ter praticado os diferentes protocolos, pois os descobri faz pouco tempo, isso me atrapalha

em alguma coisa, no encaminhamento para a Verdade, para a Liberao final?

Obrigado.

Pascal W.

Audio:Rponse Alta - Question 2 (12-10-2013)

Resposta de Alta

Podamos ter a impresso, efetivamente, de que todos os protocolos que foram comunicadosno Yoga da Unidade, no Yoga da Verdade (para tomarmos apenas alguns exemplos) eramatalhos. Hoje, os atalhos no caminho, no tm mesmo mais razo de ser. Eu os remeto primeira questo, ou seja, se vocs forem capazes, no momento em que essas Vibraes osapreenderem, os tomarem, os pegarem, de fazer Silncio, eu lhes diria que no h um protocolomelhor, no h uma atitude melhor a tomar. Evidentemente, tudo depende de onde vocspartem, seja qual for a distncia podendo existir entre a onde vocs se situam e esta Liberao.Esta distncia em funo unicamente das identificaes, das crenas, das mgoas, claro, de

tudo o que vocs identificaram com a sua prpria histria, com o seu prprio caminho, com assuas prprias concepes de um caminho, de uma evoluo, de uma elevao Vibratria. Hoje,como nos disseram e como isso cada vez mais evidente, preciso ir para cada vez maisSimplicidade, para cada vez mais evidncia. Se vocs forem capazes de se Abandonar, se vocsforem capazes de safar-se, de deixar passar a ideia de emoes, a ideia do mental, a ideia dacompreenso, vocs nada tm que fazer. Se, para vocs, parecer til adotar alguns protocolosque vo ajud-los a efetuar, a realizar uma elevao Vibratria (quer seja com cristais, quer sejacom a respirao), faam-no.

H apenas vocs, pessoalmente, individualmente, que podem julgar o que mais adequadopara vocs. Eu quero reforar ainda este conceito de Simplicidade. Quanto mais vocs se

esquecerem de si mesmo, quanto mais vocs entrarem neste conceito de nada fazer (nointervir), de observador e do desaparecimento do observador, mais isso lhes ser evidente.Vocs tm inmeros testemunhos de pessoas que participaram de satsang (quer seja comMooji, quer seja com Papaji que morreu; eu no vou citar todos os nomes porque h um monte,incluindo o Neo-Advaita que foi iniciado por Papaji), e que Basculam, que fazem esse Switch daconscincia no espao de um minuto. Simplesmente estando Presente, simplesmente estandoem Silncio, estando Presente a si mesmo. Presente ao que dito, Presente no Silncio e naPresena do outro. H testemunhos, hoje, que so muito mais interessantes do que as

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conversas de Nisargadatta durante a sua vida, que relatam esse Fogo que est presente, que serevela, a partir do momento em que vocs aceitam deixar Trabalhar. preciso compreenderque a Liberao jamais ser, jamais, um trabalho do ego, porque a Liberao sempre esteve a.Dito de outra forma, vocs no podem sair da priso estudando a priso. Vocs no conhecem oque existe fora da priso. A nica maneira de conhecer e de ser Isso , evidentemente, saindoda priso. Sair da priso significa aceitar, no buscar um meio de sair, mas se colocar a questo

da realidade da priso. Porque, na realidade, quando vocs esto na Outra Margem, seja qualfor o seu caminho, h pessoas que esto no caminho desde 20 anos e, depois de 20 anos, elas seapercebem de que esse caminho uma iluso, mas enquanto no estivermos na Outra Margem, claro, no podemos v-lo, no podemos viv-lo. Portanto, agora, preciso, a tambm, mudarde ponto de vista, mudar a localizao da conscincia. No dizendo eu quero sair da priso,

porque isso seria um erro, pois dizer eu quero sair da priso negar a vida. Eu no falo

unicamente da vida sobre este mundo, neste corpo, neste complexo inferior, mas da Vida, emtudo.

Ora, a priso uma iluso da Vida. Portanto, necessrio ver o que, para vocs, mais fluido, mais evidente. No momento em que ocorrer alguma coisa irrompendo no seu complexo inferior

(emoes, mental, personalidade), deixem que isso seja trabalhado. De qualquer modo, h umditado que no mente, reconhecemos a rvore pelos seus frutos. Ou seja, aps esses

processos de Vibrao, se vocs tiverem deixado Trabalhar, se vocs no tiverem cultivado omedo, se vocs no tiverem dado ateno necessidade de explicao, ento vocs irorapidamente constatar os frutos. O primeiro desses frutos, claro, que mais ou menos estvelsegundo a intensidade do seu Abandono, eu diria, a Paz, a Alegria, que no depende dequalquer sujeito nem de objeto, e um estado de linearidade da conscincia que est cada vezmenos submisso a esta questo de questionamento, de caminho, de evoluo e at mesmo deVibrao. O Silncio algo de que falamos cada vez mais. Novamente, como eu disse nosltimos Satsang, esse Silncio no consiste em permanecer sobre uma cadeira sem nada fazer,aguardando que isso chegue, mas em levar a vida, tal como a Vida nos prope, e deixar

estabelecer a Luz, a fim de tornar-se esta Luz que ns somos.

A Liberao no decorre da sada da priso, j que a priso no existe. Isso uma mudana deponto de vista. No um ponto de vista mental, mas um ponto de vista de localizao daconscincia, at o seu Basculamento final que, eu os lembro, a A-Conscincia, ou seja, a perdade identificaes, perda de referncias, vivenciado na plena aceitao que os faz descobrir aVerdade. No a verdade pessoal, mas a Verdade do Brahman, do Parabrahman, do Paramatman(sejam quais forem os nomes que vocs empregarem). Vocs podem denomin-lo Isso, Amor,Absoluto, ltimo, mas so apenas qualificativos de algo que est alm de qualquer estado e que vivido. Assim que ns colocamos palavras, ns samos da Verdade, porque a palavra jamaispode ser a verdade. Ela dependente das circunstncias da nossa educao, dependente dascircunstncias da nossa cultura, do nosso passado. As palavras jamais sero a Verdade. Por

outro lado, a Vivncia verdica. Essa Vivncia reflete e se expressa pelos frutos. Os frutos maisimportantes so esta Paz, esta Tranquilidade, esta Beatitude, este Silncio. Ou seja, tudo o quevem nos colocar neste estado de adequao, de coincidncia, onde no h mais questo. Isso a Graa! Evidentemente, neste estado de Graa, como foi dito e repetido por muitos autores, hduas leis no Universo: aquela da ao-reao, aquela que ns todos conhecemos, a da priso,que tem suas prprias leis, o seu prprio karma, gerada pelos Arcontes e no pela A FONTE, e ha Lei da Graa, do Amor, ou seja, a nossa Natureza Essencial que sempre esteve a e quesimplesmente esperou que ns a vssemos.

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a alegoria da caverna de Plato sobre a qual eu no vou voltar, mas aqui est um exemplosemelhante: eu estou na sombra de uma rvore e a rvore est atrs de mim, e como se euapreciasse a sombra sem saber que h uma rvore. Basta me virar para ver a rvore. a mesmacoisa para a Liberao. Isso no algo que amanh. Isso no algo que depende de um karmaa ser purificado. Isso no algo que depende de um caminho a percorrer. Isso sempre esteve a.O melhor modo de express-lo esta famosa mudana de olhar, esta famosa mudana de pontode vista que nos faz passar da distncia para a coincidncia, depois para a identificao do quesempre esteve a. Ento, claro, enquanto estivermos no ego, enquanto acreditarmos em umcaminho espiritual, isso nos parece como totalmente impossvel, como totalmente ilusrio,como totalmente estando em um estado anormal. Portanto, isso est realmente associado auma cultura. Todos ns, queiramos ou no, ainda estamos subjugados no nvel do nossocomplexo inferior (mental, jogo, personalidade, emoes), que foi chamado de sistema de

controle do mental humano, a essas argamassas de chumbo que nos rodeiam e nos confinam,s quais estamos conectados pelas linhas de predao (que esto em via de Dissoluo, queforam Dissolvidas por alguns Seres desde um ano e que se afrouxam cada vez mais). Ento, h,no uma oportunidade neste perodo particular, mas, de preferncia, um esforo no no

esforo, ou seja, aceitar a possibilidade de que ns nada somos, mas absolutamente no do quens acreditamos ser. No para negar, mas, bem mais, com o entendimento de refutar. No paranegar este efmero, porque este efmero tambm est inscrito em alguma parte nestaEternidade.

Ento, quanto aos protocolos, isso depende de vocs, da sua necessidade inscrita em meio aocomplexo inferior de praticar os exerccios. Naturalmente, no questo de negar a utilidade,at certo ponto, do Yoga, do Despertar da Kundalini, da Descida do Esprito Santo, do Despertardas Coroas Radiantes, da ativao da Onda da Vida. Como disse Nisargadatta durante a sua vidaa algum que lhe falou agora, nessa poca (nos anos 70-80), de estar em contato com Maharshi, preciso largar tudo isso, ir alm disso. Isso no quer dizer que este prprio Encontro

Multidimensional seja uma iluso, mas uma ferramenta. No vejam isso como uma finalidade.A finalidade no ter MARIA no Canal Mariano ou no Corao, no ouvir MARIA ou canalizarMARIA. A finalidade reencontrar o que ns Somos. Esses elementos Vibratrios, quer seja peloCanal Mariano, por essas Presenas Multidimensionais, eles so apenas uma ferramenta quenos permite aproximarmo-nos desse Clique, enquanto estivermos inscritos em meio aocomplexo efmero.

Mas, a partir do momento em que vocs Bascularem, no h qualquer motivo para pensar ouimaginar ter um caminho, ter um karma para ser purificado, ter uma progresso espiritual pararealizar, j que tudo sempre esteve a.Naturalmente, para o ego, isso sempre ir permanecer um engano, uma iluso, e algo muitofrustrante. Em alguns textos de Shankara que, eu os lembro, foi a pessoa que no sculo VIII

especificou tudo o que est relacionado com a No Dualidade, preciso bem compreender quetudo isso, para aquele que no vive isso, corre o risco de entrar em reao e, primeiramente,com ns mesmos. Ou seja, quando no somos Absoluto e quando estamos, sobretudo, em umcaminho espiritual que j dura muito tempo (e mais avanados na idade), mais h resistncias.Ento, a melhor forma no combater as resistncias (e, eu os lembro, essa uma regra geralque encontramos tanto na sndrome geral de adaptao, como em meio personalidade). Tudoao que vocs se opuserem, vai se reforar. Ento, no preciso resistir. A partir do momentoem que vocs se opuserem ao Absoluto, vocs prprios se condenam a permanecer na ao-

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reao. Ora, vocs no podem estar na ao-reao e estar na Ao da Graa. precisoescolher, e esta escolha no mental.

Essa uma escolha da prpria conscincia que no depende de qualquer Yoga, de qualquertcnica, de qualquer Despertar da Kundalini, de qualquer Vibrao, e o que acontece quandovocs esto no Silncio. o que acontece at mesmo quando a Vibrao chega e os apanha noite, quando vocs esto neste estado de Beatitude, de Paz, ou de serenidade. Em todo caso,nesse Silncio, porque esse Silncio a verdadeira cura. Esse Silncio transformador. Bastaver, como eu disse, o nmero de pessoas que, hoje, se Liberam sem nada conhecer daespiritualidade, sem nada conhecer at mesmo do funcionamento do ego no complexo inferior.Simplesmente, colocando-se em Ressonncia, em sintonia com um Ser que capaz deTestemunhar. O Absoluto no um ensinamento. O Absoluto dificilmente colocado empalavras. Ns apenas podemos ser um Testemunho Vivo. Ento, s vezes, isso pode ser feitoatravs da arte. Isso pode ser feito por testemunhos escritos. Mas, ainda uma vez, isso no oque est escrito, no o que mostrado em uma pintura. Isso acontece em um nvelsubconsciente, e no inconsciente, que vir fazer o Switch, que vir faz-los Bascular, sem quevocs ali coloquem a sua vontade, a sua personalidade. Eis o que eu podia responder para esta

Questo 2.

Ento, faam o que vocs quiserem, o que vocs sentirem que bom para vocs. Seja o que forque vocs fizerem, vai chegar um instante, um momento, em que tudo isso vai desaparecer. esse momento que reparvel entre todos, porque ele confere os frutos que so da ordem daPaz, da equanimidade, para viver o que a vida nos oferece at mesmo nos seus aspectosilusrios, mas, naquele momento, ns no somos mais um ator, ns sequer somos mais umobservador. Olhamos isso se desenrolar de um outro ponto de vista. Isso no , tampouco, noestar enraizado ou no estar ancorado. Isso simplesmente no mais estar submisso lei daao-reao, no mais estar submisso ao karma. Simplesmente, no mais deixar o ego ficar emdestaque, mas estar realmente na Graa. A Graa no um conceito intelectual. algo que se

vive realmente, concretamente, a cada minuto, a partir do momento em que tivermos feito essaReverso. Como dizia Krishnamurti, o momento em que passamos do outro lado, na OutraMargem, e quando tomamos conscincia. Tenham cuidado para no pararem durante atravessia! Se tanto que podemos falar de travessia, porque h muitas tentaes durante atravessia. Eu os remeto experincia, agora comum e conhecida, do que chamamos deexperincia de morte iminente (near death experience) onde passamos justamente por essas

diferentes etapas, quando temos a tendncia de no querer prosseguir com os membros dafamlia, para encontrarmo-nos com os Seres ditos de Luz. Aqueles que vo mais longe sojustamente os que no perdem tempo neste atrativo, e que iro diretamente nesta Luz (nopara parar nesta Luz, ou seja, no corpo de Estado de Ser), mas para atravessar a Luz a fim de irao que est alm dA FONTE, ou seja, ao Parabrahman, e de tornar-se si mesmo o Parabrahman,o Absoluto, Isso, esse Silncio.

Tomar conscincia do que jamais partiu. Tomar conscincia de que ns somos Amor, de que nssomos Luz, de que ns somos Eternidade, e que nada h a fazer para amplificar ou para fazeraparecer algo que sempre esteve a. Est a o eu posso lhes dizer.

Blog:Satsang do Coletivo do Um Questo 2 (12-10-2013)

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Transcrio do texto (em francs) por: Marie-Louise Gaston

Traduo para o portugus: Zulma Peixinho

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