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Saúde Ocupacional
Helena Loureiro 2
Programa1. Saúde no âmbito laboral
1.1 Conceitos 1.2 Evolução histórica1.3 Enquadramento legal 1.4 Estrutura orgânico-funcional de um serviço de Saúde Ocupacional
2. Principais fontes de alteração do estado de saúde dos trabalhadores e suas consequências
2.1 Riscos laborais2.2 Noção de acidente de trabalho e de doença profissional2.3 Dados estatísticos reportados à população portuguesa
3. Intervenção do Enfermeiro em Saúde Ocupacional 3.1 Promoção da saúde 3.2 Prevenção da doença3.5 Tratamento3.4 Reabilitação e Reinserção
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1. Saúde no âmbito laboral
Helena Loureiro 4
Saúde Ocupacional
Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho
Conceitos
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Helena Loureiro 5
Tem, na actualidade, uma visão bem mais abrangente da que
apresentava no passado, dando ênfase à: saúde, humanização
do trabalho, ergonomia, higiene industrial, vigilância ambiental e
biológica
Procura a qualidade de vida no trabalho visando a realização
pessoal e profissional
Saúde Ocupacional
Helena Loureiro 6
Saúde Ocupacional
Objectivos: visa o mais alto nível de bem-estar físico, mental e social dos Wrs em relação ao seu W e ambiente laboral, sua adaptação ao W e a adaptação do W ao Wr.
Alvo: todos os Wrs independentemente da sua actividade, profissão, local de W, ubicação urbana ou rural, idade, género ou forma de vinculo contratual.
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Helena Loureiro 7
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST)
Visa intervir na realidade laboral modificando as
condições gerais e específicas do ambiente de W,
tendo em vista o melhor sucesso e rendimento
para todos os que fazem parte e são a empresa.
Helena Loureiro 8
Objectivos (1)
a. Proporcionar condições de trabalho que garantam a segurança e saúde dos Wrs e que contribuam para uma maior realização profissional e uma melhor qualidade de vida;
b. Contribuir para o desenvolvimento da competitividade da empresa através do desenvolvimento da produtividade e qualidade, resultantes da melhoria das condições em que o W é prestado;
c. Diminuir a sinistralidade por forma a reduzir o nº de mortes, incapacidades, dias de W perdidos e consequentes custos económicos e sociais daí resultantes, através de uma politica de prevenção de riscos;
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST)
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Objectivos(2)
d. Garantir que os factores nocivos ao ambiente (agentes de natureza física, química e biológica) não ultrapassem níveis de exposição que possam por em perigo a saúde dos Wrs;
e. Prevenir situações de inadaptação, marginalização e discriminação profissional, resistência à mudança ou outra conflitualidade no W que tenha como causa a perda de aptidão física e do equilíbrio psíquico, provocadas pelas condições em que o W é prestado;
f. Contribuir, através da redução de custos resultantes da diminuição da sinistralidade, para o aumento da capacidade financeira das instituições, para a melhoria qualitativa da reparação, reabilitação e reinserção profissional
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST)
Helena Loureiro 10
Evolução Histórica460 a.C. – Hipócrates descreve a prevalência de determinadas dças em artífices e mercadores da época.
27-79 d.C – Primeiros registos sobre o uso de máscaras, por trabalhadores mineiros.
Séc. XVI – Primeiros estudos realizados na industria mineira (Toxicologia).
1770 – Bernardo Ramazzini publica o 1º livro sobre dças profissionais e introduz alguns conceitos de higiene e segurança no trabalho (ergonomia, higiene pessoal e ambiental,….)
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Helena Loureiro 11
Evolução HistóricaSéc. XVIII – Revolução Industrial
Início do séc. XIX – Surge a primeira legislação reguladora das condições de trabalho. Final do séc. XIX – Instituídos os primeiros serviços de saúde no trabalho.
Séc. XX (após 2ª Guerra Mundial) – Organismos de regulamentação governamental
– Normas de Segurança Saúde e Higiene no Trabalho
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Evolução Histórica1967- surge a primeira legislação de SHST
(desajustada da realidade da época! ex.1 especialista/1250 Ws)
Directivas comunitárias
1991 – DL 441/91 (lei 4) enquadra a SO no SHST
2000 –DL 109/2000 que introduz o conceito de Risco, atéentão não contemplado.
(ex. 1 empresa de risco - 1 equipa de SO/50 Ws)
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Helena Loureiro 13
DL n.º 441/91 de 14 Nov. – “Lei de bases” da SHST
Enquadramento Legal
DL n.º26/94 de 1 Fev. – Regime de Organização dos serviços de SHST
LEI n.º 100/97 de 13 Set. – aprova o regime jurídico dos acidentes de trabalho e das dças profissionais
Helena Loureiro 14
Obrigações do Empregador1. Minimizar a exposição, dos Wrs, a agentes químicos, físicos e
biológicos para que estes não constituam risco para a sua saúde2. Eliminar os efeitos nocivos do W monótono e cadenciado3. Assegurar a vigilância contínua e adequada dos Wrs em função
do grau de risco a que estão expostos4. Garantir formação actualizada sobre SHST e riscos a que estão
expostos5. Dotar os locais de W e os Wrs de medidas de protecção,
prevenção e instruções de actuação em caso de perigo6. Consultar a equipa de SO e os Wrs sobre as medidas a por em
prática, tendo em conta a SHST7. Comunicar ao IDICT (24Horas) as situações em que se verifique
a ocorrência de acidentes mortais ou outras situações de perigo8. Permanecer em contacto periódico com o IDICT para obter
informação actualizada sobre SHST
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Helena Loureiro 15
Direitos do Wr1. Vigilância de saúde2. Material de protecção sem qualquer encargo financeiro3. Reparação em caso de acidente4. Não ser prejudicado em virtude de um necessário afastamento do
seu local de W por constituir um potencial risco para a sua integridade física e psíquica ou pelo facto de ter adoptado uma medida de protecção para si e/ou colegas
5. Formação contínua adequada e suficiente no domínio da SHST 6. Pausas de W7. Condições de W dentro das normas de SHST previstas pela lei
(inclui: manuais de procedimentos correctos relativos à utilização do material e equipamentos com os quais labora; ter conhecimento dos valores de toxicidade a que está exposto e a ver minimizada essa mesma exposição; ter acessível um sistema de 1ºs socorros, …)
Helena Loureiro 16
Deveres do Wr
1. Zelar pela sua saúde e segurança pelos mesmos requisitos no que concerne aos seus colegas
2. Conhecer e cumprir as regras de SHS no seu local de W
3. Utilizar correctamente maquinas, aparelhos, instrumentos substancias tóxicas e outros equipamentos
4. Cooperar com a equipa de SO na melhoria das condições de segurança
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Helena Loureiro 17
Serviço de Saúde Ocupacional
Equipa multidisciplinar:
EnfermeiroMédico Técnico de higiene e segurança no trabalhoErgonomistaPsicólogo ocupacionalHigienista industrial….
2. Principais fontes de alteração do estado de saúde dos trabalhadores e suas
consequências
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Risco Profissional
“Toda e qualquer situação ou agente que possa por em causa o equilíbrio do estado de saúde do W”
Helena Loureiro 20
“A diversidade e complexidade dos riscos laborais em contínuo processo de desenvolvimento e em evolução no mundo laboral determina a inviabilidade de garantir o seu controlo sem recorrer a métodos científicos”
(Damião, 1995)
Risco Profissional
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Helena Loureiro 21
Conceitos relacionados com Risco Profissional
Contaminante – substância química e/ou fenómeno físico que, em presença no ambiente, pode originar causa da aparição de um determinado efeito prejudicial para o indivíduo.
Exposição – conjunto de circunstâncias que causam ou explicam a grandeza do tipo de efeito associado ao contaminante e que podem dar origem a dça do foro profissional
Efeito prejudicial – aquele cujas consequências o organismo não pode recuperar, rompendo-se o equilíbrio e desencadeando-se a dça.
Helena Loureiro 22
Risco Profissional
stress, depressão, …Psíquicovírus, bactérias, fungos, …Biológico
toxicodependência, alcoolismo, tabagismo, sida, hepatite B, …Social
aerossóis, líquidos, gases, vapores, ..Químico
temperatura, humidade, luz, ruído, mecânica, electricidade, radiações,….Físico
ExemplosTipos/
Agentes
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Riscos FísicosTemperatura
Hipertermia Frequência cardíaca Sudação Desequilíbrio
Hidroelectrolítico
CãibrasTermodermites
Afecções ocularesAcidentesProdutividade
Medidas preventivas: Vestuário adequado, diminuir fontes de calor inútil, reposição hidroelectrolítica, alimentação rica em sal, diminuição do n.º de horas de exposição, aumentar as pausas
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Hipotermia Capacidade motora
Sensibilidadetáctil
AlucinaçõesInconsciênciaAcidentesProdutividade
Medidas preventivas: Vestuário adequado, aquecimento em intervalos regulares, diminuição do n.º de horas de exposição, alimentação rica em calorias e gorduras
Riscos Físicos Temperatura
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A exposição prolongada a elevadas intensidades sonoras ocasiona a perda parcial/total e irreversível da audiçãoQuanto maior for a intensidade e/ou a susceptibilidade individual a este agente mais precocemente aparece a surdez profissionalExame audiométrico pré-admissioinal e periódicoDR 9/92, 28 AbrilLocais de W de maior risco: fundições, industria têxtil,…
Riscos Físicos Ruído
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Origina afecções nos músculos, tendões, ossos, vasos e nervos periféricos.
Locais de W de maior risco: Industria metalúrgica, utilização de instrumentos pneumáticos, serralharias,…
Riscos Físicos Vibração
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Ionizantes
Não ionizantes
Riscos Físicos Radiações
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Riscos Químicos
Toxicologia – estuda a toxicidade dos elementos e as sua fontes de emissão.
Ficha de Produto – Auxilia na determinação dos riscos para a saúde do Wr e deve conter:Caracterização da exposição química (tipo de químico, características, formula, nº de casos, …)Principais equipamentos de protecção a utilizarSinais e sintomas da exposição (aguda e crónica)Primeiros socorrosPerigos ambientaisTLV/OEL (nível máximo de exposição admissível)Riscos para a saúde (agudo, sub-agudo e crónico)
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Exemplos de agentes químicos de risco
Metais e Metaloídes (chumbo, mercúrio, fósforo, manganês, arsénico)
Solventes aromáticos (benzeno, tolueno e xileno)
Solventes Halogenados(tetracloreto de carbono, tricloroetileno, tetracloroetileno, tricloroetano)
Poeiras minerais (silicose, abestose, outras pneumoconioses)
Óleos e graxas
Helena Loureiro 30
Bactérias, Vírus, Fungos, Bacilos
Locais de W de maior risco: instituições de saúde, agro-pecuária, instalações desportivas, cozinhas, laboratórios, instalações sanitárias.
Riscos Biológicos
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Riscos Psíquicos
• Stress, depressão, neurose, ….
• Locais de W de maior risco: Sector terciário (controladores de tráfego aéreo, financeiros, …..)
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Riscos Sociais
Riscos associados aos estilos de vida adoptados por uma determinada sociedade e, muito particularmente, relacionados com os comportamentos e práticas de consumo que poderão colocar em risco o equilíbrio do estado de saúde dos indivíduos.ex.: toxicodependência, alcoolismo, tabagismo, sida, hepatite B, …
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Higiene
Individual ou Geral Profissional Pública
PessoalAlimentaçãoHabitacional
Familiar…
Protecção namanipulação,
ambientes nocivos,…
SaneamentoPoluição
…
Higiene no trabalho
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Ergonomia
Ergonomia no Escritório
??Você jVocê jáápensou na pensou na
Sua PosturaSua PosturaHoje ?Hoje ?
O Segredo estO Segredo estáá na na Postura Correta.Postura Correta.
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“É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na incapacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.”
Capitulo II, art.º 6º, ponto 1 LEI nº 100/97. «D.R. I Série-A» 212 (97-9-13) 4910-4917.
Acidente de Trabalho
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Considera-se, igualmente, acidente de trabalho:
No trajecto de ida e de regresso para o local de trabalho;Nos serviços prestados em favor da empresa ou por esta consentidos;No local de trabalho quando em reunião ou em frequência de curso de formação (dentro ou fora da empresa), caso exista autorização expressa pela entidade empregadora;Durante as horas de procura de trabalho, no caso de cessação de contracto.
Capitulo II, art.º 6º, ponto 2 LEI nº 100/97. «D.R. I Série-A» 212 (97-9-13) 4910-4917.
Acidente de Trabalho
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“Todo o evento que afecta determinado trabalhador, no decurso do trabalho ou com ele relacionado, de que não resultem lesões corporais diagnosticadas de imediato, ou em que estas sónecessitem de primeiros socorros”
[DL n.º 503/99, de 20/11 art. 3º, 1, e)]
Incidente de Trabalho
Acidente sem incapacidade
Helena Loureiro 38
“Todo o evento que, sendo facilmente reconhecido, possa constituir risco de acidente ou de doença para os trabalhadores, no decurso do trabalho ou para a população em geral”
[DL n.º 503/99, de 20/11 art. 3º, 1, f)]
Acontecimento Perigoso
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Helena Loureiro 39
“Toda a alteração do estado de saúde do trabalhador que conste organizada e publicada no DR, sob o parecer da Comissão Nacional de Revisão da Lista de Doenças Profissionais.”
Doença Profissional
Capitulo III, art.º 27º, ponto 1 LEI nº 100/97. «D.R. I Série-A» 212 (97-9-13) 4910-4917.
Helena Loureiro 40
“Para efeitos de reparação, considera-se ainda toda a lesão corporal, perturbação funcional ou doença não incluída na lista desde que se prove ser consequência necessária e/ou directa da actividade exercida e que não represente normal desgaste do organismo”.
Doença Profissional
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Helena Loureiro 41
O diagnóstico e atribuição de incapacidade
resultante da doença profissional, bem como a
reparação, são da exclusiva responsabilidade
do Centro Nacional de Protecção contra os
Riscos Profissionais (CNPRP) e tem por base
o Decreto Regulamentar n.º6/2001 de 5/5.
Doença Profissional
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EspécieAssistência médica e cirúrgica, elementos de diagnóstico, tratamento e visitação domiciliáriaAssistência medicamentosa e farmacêuticaCuidados de EnfermagemFornecimento de próteses, ortóteses, bem como a sua renovação e reparaçãoServiços de recuperação, reabilitação e de formação profissionalReembolso de despesas de deslocação, alimentaçãoealojamento necessárias ao restabelecimento do estado do beneficiário
Reparação
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Helena Loureiro 43
DinheiroIndemnização por incapacidade temporária absoluta, ou parcial, para o trabalho (baixa por doença profissional)Pensão provisóriaPensões por incapacidade permanente, calculada em função do grau de risco e do tipo de incapacidade (parcial, absoluta para o trabalho habitual, absoluta para todo o tipo de trabalho)Indemnização em capital (*)Subsídios por elevada incapacidade permanenteSubsídios por morte e despesas do funeralPensão de morte (*)Subsidio de readaptação de habitação (*)Subsídios para frequência de cursos de formação profissional
(*) atribuições de prestação única
Reparação
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Condições mínimas de Segurança e Saúde no W
Estabilidade e solidez dos edifíciosIluminação e instalação eléctrica adequadaVias de circulação e de saída de emergência assinaladasDetecção e luta contra o incêndioVentilação e temperatura adequadasPavimentos, paredes, tectos e telhados com estabilidade, inclinação e sinalização necessáriasJanelas, clarabóias e portas de fácil acesso, dimensão e orientação adequadasEspaço unitário e volume de ar suficientesLocais de descanso e instalações sanitáriasInstalações de primeiros socorrosLocais de W concebidos para deficientes
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Helena Loureiro 45
Equipamentos de protecção individual
Proximidade de fontes de ruídoProtectores auriculares
Protecção mecânica: risco de projecção de partículasProtecção química: risco de projecção de líquidos corrosivos ou irritantes
Óculos
Risco de projecção ou queda de materiaisCapacete
Calçado de couro: resistência mecânicaBotas de borracha: extravasamento de líquidosBiqueira de protecção: risco de queda materiaisPalmilha de protecção: risco de perfuração plantar
Calçado
Mecânica: risco de golpes, picadas …Química: risco de abrasão cutânea, intoxicação…
LuvasExemplosEquipamento
Helena Loureiro 46
Principais tipos de exposição associados a acidentes ou doença
Gases e substâncias tóxicas e/ou corrosivas (tintas e anilinas, poeiras)
Asbeto e outras fibras (amianto)
Agentes infecciosos Insecticidas e pesticidaPoeiras orgânicas (algodão, madeira, fungos)
Metais e fumos de metais, plásticos, solventes, petroquímicos Factores físicos (ruído, vibração, movimentos repetitivos, stress térmico, sobrecarga)
Factores emocionais Radiações (campos electromagnéticos, RX, UV, Laser)
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Helena Loureiro 47
Dados Estatísticos
Os dados existentes são insuficientes e inconclusivos.
(European Agency for Safety and Health of Work)
Helena Loureiro 48
Dados Estatísticos
Mundo
335.000 mortos250 milhões de acidentes160 milhões de doenças profissionais4% de perda do PIBCausas de morte (34% cancro, 25% negligencia, 21% dçasrespiratórias, 15% dças cardiovasculares)Causas de absentismo (40% músculo-esqueléticas, 16% patologia cardíaca, 14% negligencia, 9% dças respiratórias, 8% patologia do SNC)
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Helena Loureiro 49
Dados Estatísticos
Europa
5.000 mortos 146 milhões de dias de W perdidos por acidentes O maior problema coloca-se com as PME ( vigilância)
Helena Loureiro 50
Dados EstatísticosPortugal
Actividades onde se contabilizam o maior nº de acidentes:1º-Industria transformadora, 2º- Construção e Obras públicas
Actividade onde se contabilizam o maior nº de mortes por acidente: Construção e Obras públicas
O nº de acidentes mortais tem vindo a diminuir e os que não ocasionam morte têm vindo a aumentar
Os grandes centros urbanos são os locais onde ocorre o maior nºacidentes
Fonte: Relatório 1995/2000
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Dados Estatísticos
Portugal
Acidentes mortaisConstrução civil e obras públicas - 1º queda de pessoas e de objectos (60%no ano 2000), 2º itinerário para ou à vinda do W
Maior ocorrência à 2ª feira e no período pós-prandial
Maior incidência nos jovens adultos (25-44anos)
Fonte: Relatório 1995/2000
Helena Loureiro 52
Dados Estatísticos
Portugal Doenças Profissionais
1º Pneumatoses: 40% silicose (apesar de estar a diminuir) e outras decorrentes do ar condicionado, poluição, …( ex. auveolites e asma)
2º Agentes físicos: 24% surdez sonotraumática3º Dermatoses: 11% (eczemas, reacções alérgicas)4º Psíquicas: stress, depressão
Fonte: Relatório 1995/2000
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Helena Loureiro 53
Quais as causas?
Insuficiente e/ou inadequada vigilância das condições de SHST
Equipas restritas em termos de elementos constituintes das diversas áreas da SHST
Elevado n.º de Wrs para as equipas existentes
Recurso a entidades externas que prestam serviços esporádicos sem continuidade
Insuficiente actuação do IDICT
…
3. Intervenção do Enfermeiro em
Saúde Ocupacional
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Helena Loureiro 55
Enfermagem no Trabalho
Séc. XIX
Prevenção/Tratamento de doenças e lesões
decorrentes da actividade laboral
Família
Comunidade
Trabalhador
Helena Loureiro 56
Enfermagem em Saúde Ocupacional
Hoje
Família
Comunidade
Trabalhador
Promoção da saúde
Protecção específica
Prevenção da doença
Tratamento
Reabilitação
Reinserção
Gestão
Investigação
Politicas de saúde
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Helena Loureiro 57
Características da Enfermagem em Saúde Ocupacional
Baseada na prática de Saúde ComunitáriaEspecializada AutónomaIncidente na promoção, na prevenção, na protecção específica e no restabelecimento da saúde do trabalhadorPromotora de um contexto laboral saudável e seguro em normas e programas de intervenção Fundamentada na investigaçãoImpulsionadora de num processo de qualidade e de melhoria contínua das condições de trabalho.……
Helena Loureiro 58
Funções do Enfermeiro em SO
Avaliação do ambiente W relativamente ao riscos (reais ou potenciais) para a saúde dos WrsAvaliação do estado de saúde dos Wrs (anamnese, anamnese profissional, condutas de risco)
Elaboração de programas destinados a eliminar ou a reduzir os riscos para a saúde dos Wrs (ex. uso de material de protecção)
Realização de exames físicos (admissão, vigilância de
saúde, re-ingresso, cessação e/ou reforma) e de exames complementares de diagnóstico (ex. audiograma)
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Helena Loureiro 59
Funções do Enfermeiro em SO
Desenvolvimento de programas de promoção da saúde, prevenção da dça e de rastreio (ex. Sessões de educação para a saúde, rastreio de hipertensão)
Prestação de cuidados (acidentes de trabalho ou dçasprofissionais)
Estabelecimento de uma relação de confiança com os Wrs (observação da conduta ética e profissional, gestão dos pedidos de compensação, contractos com o Wr em matéria de saúde e seu planeamento, …)
Registos actualizados sobre o estado de saúde dos WrsManutenção de uma estreita colaboração com a equipa de SO
Intervenção do Enfermeiro segundo os níveis de prevenção
Prevenção Terciária
Prevenção Secundária
Prevenção Primária
Reabilitação e
Reintegração
Limitação
da incapacidade
Diagnóstico
precoce
e
Tratamento
Protecção
Específica
Promoção
da
Saúde
Período de PatogénesePeríodo de pré-Patogénese
Adaptado de: Leavell, HR & Clark, EG; 1965.
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Promoção da Saúdee Protecção Específica
EpS
Vigilância de
saúde
Vigilância das condições de W
Protecção específica
Indicadores de saúde
….
ActividadesAmpliar os conhecimentos e consciencializar o trabalhador
para a adopção de medidas de protecção do seu estado de saúde (ex. estilos de vida saudáveis, uso de equipamento de protecção individual…)Avaliar periodicamente o estado de saúde do Wr (ex. exame
físico e psicológico global, …)
Promover um ambiente saudável de W e identificar potenciais fontes de risco para a saúde dos Wrs (ex. postura corporal, sensores de segurança, …)
Imunização contra doenças evitáveis por vacinação (ex. tétano, hepatite B)
Identificar os sectores de maior risco laboral, investigar as causas que estão na sua origem e planear intervenções
Objectivos
Diagnóstico Precocee Tratamento
Exames de rastreio
Participação de acidente
Cuidar pelo tratamento
Profilaxia
ActividadesDiagnóstico precoce de alterações do estado de saúde
(ex. rastreio visual, rastreio auditivo, níveis de toxicidade, …)
Identificar a fonte e evitar a replicação da ocorrência nos restantes trabalhadores
Evitar prolongados processos de doença que originem elevados os danos de saúde para o trabalhador e ocasionem um prolongado período de absentismo.
Evitar a propagação da doença (ex. tuberculose)
Objectivos
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Reabilitação e Reinserção
Vigilância de doença crónica
Terapia local
Reconversão
….
ActividadesPrevenir e minimizar o futuro aparecimento de
complicações
Intervir localmente evitando a evicção
Adaptar o local de trabalho à limitação do Wr
….
Objectivos
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BIBLIOGRAFIA
Revista SERVIR Revista SEGURANÇAROGERS, Bonnie - Enfermagem no trabalho. Loures: Lusociência, 1997. ISBN 972-8383-03-7.DAMIÃO, Elisa et al - Manual de Segurança Higiene e Saúde no Trabalho. Lisboa:UGT, 1995.