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Implantação JUDICIAL mau resultado? Erro médico ou Erro médico ou Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Nº 56 Nov/Dez 2004 SBOT 2004: RESGATANDO A DIGNIDADE PROFISSIONAL Pág. 02 Palavra do presidente Págs. 04 E 05 Visite o portal da SBOT: www.sbot.org.br Visite o portal da SBOT: www.sbot.org.br Pág. 02 Editorial Pág. 12 Recertificação Págs. 06 E 07 A A s discussões sobre o uso de implantes têm aumentado em reuniões realizadas em praticamente todas as regiões brasileiras. O assunto é de total interesse da ortopedia, já que se trata da única especialidade médica a fazer uso desse tipo de material. Sem regulamentação, este é um mercado que tem gerado muitas especulações, sobretudo com relação ao preço das próteses. Afinal, por quê as próteses são tão caras? É possível diminuir seu custo? As próteses importadas são realmente melhores que as nacionais? Para responder a estas e outras questões, o Jornal da SBOT ouviu a opinião de quatro especialistas brasileiros. O passado nos faz compreender a vida e nos dá subsídios para serem colocados em prática no presente. Foi assim que procuramos viver em 2004: aplicando o conhecimento aprendido com os que nos antecederam e preparando o terreno para aqueles que irão nos substituir. Tudo que ocorre em relação ao tratamento de um paciente logo é rotulado de "erro médico". Acusar o médico é prática rotineira, estimulada por advogados espertos que vêem no paciente presa fácil para iniciar processo contra um profissional. Nenhum médico, de boa formação deseja mal ao seu paciente. Confira a nova tabela de pontuação da Comissão de Educação Continuada para a recertificação, que vale a partir de janeiro. É tempo de COLHER COLHER É tempo de mau resultado? Pág. 08 CBHPM SBOT move ação contra seguradoras Bradesco e Sul América visando a implantação da CBHPM. A ação deve ser julgada até o final do ano. O "Ano da Defesa Profissional", como 2004 ficou conhecido, trouxe grandes ganhos para os ortopedistas. O destaque foi para a visita ao Congresso Nacional, no dia 11 de agosto (foto). A A s ações desenvolvidas neste ano contribuíram para que a SBOT tivesse maior representatividade política, social e corporativa. Esta é a conclusão da Diretoria 2004 após 12 meses de trabalho, nos quais foram desenvolvidos projetos importantes nas áreas de Ensino, Treinamento, Educação Continuada e, claro, na Defesa Profissional, principal foco da ação da SBOT neste ano. de pontuação Novos critérios de pontuação Novos critérios Implantação JUDICIAL

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Nov/Dez 2004

ImplantaçãoJUDICIAL

mau resultado?Erro médico ouErro médico ou

Órgão Oficial da Sociedade Brasileira de

Ortopedia e Traumatologia Nº 56 Nov/Dez 2004

SBOT 2004: RESGATANDO A DIGNIDADE PROFISSIONAL

Pág. 02

Palavra dopresidente

Págs. 04 E 05

Visite o portal da SBOT: www.sbot.org.brVisite o portal da SBOT: www.sbot.org.br

Pág. 02

Editorial

Pág. 12

Recertificação

Págs. 06 E 07

AAs discussões sobre o uso de implantes têm aumentadoem reuniões realizadas em praticamente todas as regiõesbrasileiras. O assunto é de total interesse da ortopedia,

já que se trata da única especialidade médica a fazer uso dessetipo de material. Sem regulamentação, este é um mercadoque tem gerado muitas especulações, sobretudo com relaçãoao preço das próteses. Afinal, por quê as próteses são tãocaras? É possível diminuir seu custo? As próteses importadassão realmente melhores que as nacionais? Para responder a estas e outras questões, o Jornal da SBOT ouviu a opinião de

quatro especialistas brasileiros.

O passado nos faz compreender a vida enos dá subsídios para serem colocados emprática no presente. Foi assim queprocuramos viver em 2004: aplicando oconhecimento aprendido com os que nosantecederam e preparando o terreno paraaqueles que irão nos substituir.

Tudo que ocorre em relação ao tratamentode um paciente logo é rotulado de "erromédico". Acusar o médico é prática rotineira,estimulada por advogados espertos quevêem no paciente presa fácil para iniciarprocesso contra um profissional. Nenhummédico, de boa formação deseja mal aoseu paciente.

Confira a nova tabela de pontuação daComissão de Educação Continuada para arecertificação, que vale a partir de janeiro.

É tempo de COLHERCOLHERÉ tempo de

mau resultado?

Pág. 08

CBHPM

SBOT move ação contra seguradorasBradesco e Sul América visando aimplantação da CBHPM. A ação deve serjulgada até o final do ano.

O "Ano da Defesa Profissional", como 2004 ficou conhecido, trouxe grandesganhos para os ortopedistas. O destaque foi para a visita ao Congresso Nacional,no dia 11 de agosto (foto).

AA s ações desenvolvidas nesteano contribuíram para quea SBOT tivesse maior

representatividade política, sociale corporativa. Esta é a conclusãoda Diretoria 2004 após 12 mesesde trabalho, nos quais foramdesenvolvidos projetos importantesnas áreas de Ensino, Treinamento,Educação Continuada e, claro, naDefesa Profissional, principal focoda ação da SBOT neste ano.

de pontuaçãoNovos critérios

de pontuaçãoNovos critérios

ImplantaçãoJUDICIAL

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Jornal da SBOT

Erro médico oumau resultado?

Ligue grátis 0800 557268

EDITORIAL PALAVRA DO PRESIDENTE

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Há um pensamento que diz "avida só pode ser vividaolhando-se para frente". De

fato, nós devemos manter nossopensamento no futuro, buscandovencer os desafios e atingir os nossosobjetivos, entretanto, é o passadoque nos faz compreender a vida enos dá subsídios para seremcolocados em prá-tica no presente. Foiassim que procu-ramos viver os úl-timos 12 meses:aprendendo comaqueles que nos an-tecederam, apli-cando esse conheci-mento no nosso dia a dia e prepa-rando o terreno para aqueles queirão nos substituir. Olho para trás evejo que 2004 foi um ano bom paraa Ortopedia e para os ortopedistas;definimos um objetivo e corremosatrás dele juntos. Como resultado,conseguimos fazer com que a SBOTtivesse maior projeção nacional einternacional, cumprindo fielmentesua vocação em proporcionarcondições para o aperfeiçoamentotécnico e científico de todos os seusmembros.Este foi um ano onde a união faloumais alto. Em todas as regiões, osortopedistas ergueram a mesmabandeira já desfraldada pela SBOT,vestiram a camisa da dignidade emostraram que vale a pena lutarpelo bem comum. Com isso, todosnós saímos ganhando. Estamosentrando em 2005 mais fortalecidos

e mais conscientes da nossa pró-pria força. Nos próximos meses assementes que plantamos poderãonos dar bons frutos, sobretudo naárea da Defesa Profissional, que foio compromisso maior da nossaGestão. Apenas não podemos nosesquecer que a colheita tambémexige perseverança e trabalho em

equipe. Despeço-meda presidência daSBOT com duas cer-tezas: primeiro, quecumpri aquilo queprometi aos ortope-distas de todo oBrasil e, em segundolugar, deixo a presi-

dência, mas vou continuar ajudandomeus sucessores – meus amigos – afazer com que a SBOT seja cada vezmais forte. Meu desejo neste novoano que se inicia, é que todos nóspossamos manter o mesmo espíritoque nos impeliu a continuar emfrente, com os olhos fixos no nossoalvo, apesar de todas as dificul-dades, e que possamos manternossa integridade intacta nesse marde imperfeições que nos cerca. Certavez um poeta disse que o homemfeliz é aquele que se levanta demanhã, vai se deitar à noite e, nessemeio tempo, faz o que gosta.Fazer o que se gosta. Este é um bomdesejo para 2005.Feliz natal, e um Ano Novo degrandes realizações!

Neylor Pace LasmarPresidente da SBOT

Existem médicos em atividade hámais de 30 anos, e que eventual-mente têm insucesso em algum tipode tratamento. É claro que nãopodem ser acusados de negligência,imprudência ou imperícia. Aqueleseu mau resultado está incluído emtodos os trabalhos que apresentambons, regulares ou maus resultados.A infecção, a soltura de uma placa,a luxação de uma prótese e muitasoutras coisas que podem ocorrer nanossa especialidade não são errosmédicos. A trombose venosa pro-funda, mesmo com profilaxia corretafeita pelo ortopedista ou cirurgiãovascular, pode ocorrer em 30% doscasos, muitos dos quais, fatais. É erromédico? Já nos cansamos de soli-citar ao Poder Judiciário que ouçaos nossos Conselhos de Medicina esuas Câmaras Técnicas de Ortopediaantes de despachar favoravelmentea instalação de um processo. Ondenão existir camadas técnicas, aSBOT, por meio de seus comitês desubespecialidades, pode ser acio-nada. Esta medida, além de desobs-truir na justiça e milhares de pro-cessos, em sua maioria improce-dentes, seria um alívio para que oprofissional continue a trabalhar sema sensação de ter uma guilhotinaapontada para o seu pescoço du-rante muitos anos, para ser desati-vada, sem o mínimo de desculpas.

George BitarEditor-chefe

Tempo de COLHERCOLHERCOLHERCOLHERCOLHERTempo de COLHERCOLHERCOLHERCOLHERCOLHERErro médico oumau resultado?

“Este foi um ano onde aunião falou mais alto.

Os ortopedistasvestiram a camisa da

dignidade e mostraramque vale a pena lutar

pelo bem comum”.

HEEste é um assunto que corajosa-

mente precisa ser denunciadoe enfrentado. Tudo que ocorre

em relação ao tratamento de umpaciente logo é rotulado de "erromédico". Se o plantonista de umgrande pronto-socorro, atende maisde 500 pacientes nas 24 horas doplantão e tem algum tipo de pro-blema no tratamento de umpaciente, com seqüelas às vezesinevitáveis, isto claro, é "erromédico". Não importa se o diretordo hospital, ou mesmo o secretárioda saúde saibam que atender aquelenúmero de pacientes naquelascondições oferecidas é desumano.Acusar o médico é prática rotineira,estimulada por advogados espertosque vêem no paciente presa fácilpara iniciar processo contra umprofissional. Nenhum médico, deboa formação, deseja mal ao seupaciente. Os médicos que atendemSUS e que são as maiores vítimasdas acusações, recebem migalhaspelo atendimento e cirurgia. Só nacontratação de um advogado paradefendê-lo o médico gasta aquiloque ganha em um, dois, três anosde "honorários".Afora isso, a profunda tristeza queacomete o profissional o torna inca-paz para atender ou operar por umbom tempo. É claro que existem oscasos evidentes de uma má práticae que, julgados imparcialmente,podem e devem ser condenados.

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Nov/Dez 2004

ENTREVISTA

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Em sua últimaentrevista como

presidente da SBOT,Neylor Lasmar faz

uma avaliaçãopositiva de sua

Gestão, afirmandoque cumpriu todas aspromessas feitas aosortopedistas em seudiscurso de posse,no início do ano."Fomos além das

nossas expectativas",afirmou nesta

entrevista ao Jornalda SBOT:

Quando assumi a presidênciaafirmei que este seria o Ano daDefesa Profissional, e que nãomediria esforços para devolver adignidade dos colegas em todo oBrasil. Realizamos inúmeras reu-niões, participamos de dezenas deeventos, coordenamos e lideramosdiversos movimentos pela im-plantação da CBHPM – como osdois Fóruns de Defesa Profissional –e fomos considerados pela As-sociação Médica Brasileira comoa sociedade mais bem organi-zada e empenhada nessa luta.A defesa profissional foi o focomaior porque a SBOT já estavabastante fortalecida do ponto devista científico, em função dotrabalho dos Comitês e das co-missões de Educação Continuadae Ensino e Treinamento e achamosque este era o ano para vencer asdificuldades da defesa profissional.

As demais áreas da SBOTtambém avançaram?Sem dúvida. Nosso compromissomaior foi resgatar a dignidade dosortopedistas, mas não abrimos mãoda Educação Continuada, Ensino eTreinamento. Grande prova dissofoi a inauguração da BibliotecaVirtual, que teve mais de 100 milacessos desde sua inauguração. Osucesso foi tão grande que ti-vemos de expandir nossa capa-cidade de processamento de infor-mações para agilizar o acesso,e provavelmente teremos de fazernova expansão no futuro. A Biblio-teca Virtual foi uma conquistaimportante porque está permitindoacesso aos periódicos científicosmais importantes do mundo nanossa especialidade, totalmentegratuito para os sócios.

O senhor afirmou que a SBOTé uma das maiores socie-dades do mundo. O que o levaa dizer isso?A SBOT sempre teve uma imagemmuito positiva no exterior, masneste ano, tive a oportunidadede visitar muitos países e mesurpreendeu a forma como somos

vistos lá fora. Du-rante o congresso daAcademia Americana,por exemplo, a SBOTfoi a única socie-dade com direito a20 minutos para falardos seus projetos.Na ocasião, o entãopresidente JamesHerndon e o presi-dente que o sucederia,Robert Bucholz, im-pressionaram-se comnossa estrutura. Nodiscurso de posse,Bucholz qualificou aSBOT como um exem-plo a ser seguido.Dirigentes de socie-dades de outros paísesvieram nos procurar emuitos contataram aprópria AAOS parareceber maiores infor-mações sobre a SBOTe isso é fantástico!Temos tido uma se-qüência de boas administraçõesque vêm dando continuidade a umtrabalho de longo prazo. A parti-cipação da SBOT no congresso daAAOS, por exemplo, foi acertadadurante a gestão do professorSérgio Franco.

Essa é uma das vantagens dosistema adotado pela SBOT, noqual o presidente participa dasduas gestões anteriores?Sim, porque nos compromete. Nofinal das contas, o que apareceé o nome da SBOT, não do pre-sidente. O que se busca é a va-lorização da sociedade como umtodo. Estivemos em vários con-gressos do Cone Sul, na Europa, emPortugal, no Chile, Paraguai,Uruguai, Argentina e todos elesconsiderando a SBOT como modelo.

O senhor ficou surpreso com aenorme adesão dos ortope-distas na implantação daCBHPM?Nós já sabíamos que a CBHPM seriauma luta da classe médica e que se

levantássemos essabandeira, os colegasnos ajudariam a erguê-la o mais alto possível.E foi o que aconteceu.Os ortopedistas deramuma lição de uniãoe altruísmo quandodeixaram de atenderconvênios resistentes àimplantação. Muitospassaram até neces-sidades, mas se man-tiveram firmes e hojeestamos começando aser recompensados,com a firmação deinúmeros acordos emtodo o Brasil e umProjeto de Lei prestes aser votado pelo Con-gresso Nacional quelegitima a CBHPM.Eu não fiquei surpreso,mas confesso que fiqueiemocionado com essagrande demonstraçãode consciência.

Há algo que o senhor queria terfeito e não foi possível?Muito pelo contrário: fizemos coisasque estavam além dos compro-missos que assumimos. Minhagrande bênção foi ter tido ao meulado amigos muito especiais queintegraram a Diretoria 2004. Elesforam minha bússola, ajudando-mea manter a SBOT no rumo certo.Todos, sem exceção, trabalharamarduamente e demostraram sualealdade e seu amor para com aOrtopedia Brasileira.

O que o senhor diria a todos osortopedistas brasileiros, aofinal do seu mandato?Que continuem engajados nessemovimento e unidos para res-gatar a dignidade profissional.Avançamos muito, mas ninguém nosdará o que é nosso por direito senão formos buscar. É precisocontinuar apoiando a SBOT e asentidades médicas nacionais. Euvou continuar lutando e conclamotodos a fazerem o mesmo.

CCCCComo o senhor avalia esse período à frente da SBOT?

Ser presidente da SBOT foi extre-mamente gratificante, eu pudeconhecer bem a fundo os problemasda Ortopedia Brasileira. Conhecitambém toda a estrutura e acomplexidade da SBOT e possoafirmar que construímos umadas melhores sociedades deOrtopedia e Traumatologia domundo. Nunca fiz planos parapresidir a sociedade da qualsou membro. Como me dissecerta vez meu amigo RobertoSantin, a presidência cai no colodaqueles que já estão maduros eque conhecem de perto os pro-blemas dos ortopedistas. Entre-tanto, exerci essa função commuito orgulho e empenho. Creioque o saldo é extremamente positivo.

Que ações o senhor destacariana sua gestão?Nosso foco principal foi na DefesaProfissional. Essa foi nossa marca.

CCCCC

“Nosso maiorcompromisso era

com a defesaprofissional, mas

não abrimos mão daeducação

continuada, ensino etreinamento.

Grande prova dissofoi a inauguração da

Biblioteca Virtual,que já teve mais de100 mil acessos”.

Promessas feitas,Promessas feitas,PROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDASPROMESSAS CUMPRIDAS

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Jornal da SBOT

Ortopedia Brasileira

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DIRETORIA 2004

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Neste ano SBOT a conquistou grandes feitos, sobretudo com relação à Defesa Profissional. A Diretoria 2004intensificou a luta em favor da melhora das condições de trabalho dos ortopedistas e acabou levando a SBOT

à liderança do movimento pela implantação da CBHPM entre as sociedades médicas. E nas áreas Social,Ensino, Treinamento e Educação Médica Continuada, a SBOT manteve e ampliou sua vocação para o

desenvolvimento científico dos seus membros. Nesta edição, o Jornal da SBOT está fazendo umaretrospectiva das principais ações desenvolvidas durante o ano.

O I Fórum de Defesa Profissional,promovido pela SBOT no início

de janeiro, foi o marco inicial da lutados médicos em 2004 pela implan-tação da CBHPM. Participaram do en-contro lideranças como Eleuses

Paiva, presidente daAMB, Edson OliveiraAndrade, presidente doCFM e o deputadofederal Rafael Guerra,presidente da FrenteParlamentar da Saúdeda Câmara dos Depu-tados, além de outraslideranças e especia-listas com destacadaatuação na área dasaúde. O Fórum deumaior visibilidade à

SBOT no plano nacional e serviu dereferencial para a luta da classe mé-dica no decorrer do ano, constituindoa primeira, das inúmeras açõesdesenvolvidas durante o ano na áreada Defesa Profissional.

T odas as ações desen-volvidas pela SBOT

em 2004 tiveram comopano de fundo umapesquisa realizada entreos oito mil membros,apresentada e discutidadurante o exame paraobtenção do TEOT.

Uma lição de democraciaComeçando com o pé direito

Uma grande conquista

A inauguração da Biblioteca Virtual foi

um dos marcos da SBOTem 2004. Idealizada paraser um veículo de reci-clagem permanente, defácil acesso e baixo custo,ela recebeu mais de 100mil acessos durante o ano,fato que comprova suagrande aceitação e suaimportância para a atuali-zação dos ortopedistas. "Além de tersido fundamental para manter osortopedistas em dia com o desen-volvimento da medicina, a Biblioteca

Virtual permitiu, também, um aumentoconsiderável na produção científicabrasileira na nossa especialidade", dizo presidente Neylor Lasmar.

Liderança reconhecida

E m função de seu grande envol-vimento nas ações de defesa

profissional, a SBOT também au-mentou sua participação nas dis-cussões dos problemas da classemédica, sendo reconhecida comouma das sociedades de especiali-dades mais atuantes neste ano. ASBOT funcionou como uma es-pécie de mediadora entre os pla-

nos de saúde e os médicos, com a realização de inúmeras reuniõescom representantes das empresas.

Uma vitrine para o mundo

A participação da SBOT no con-gresso da Academia Americana

foi considerada decisiva para darmaior visibilidade in-ternacional à Orto-pedia Brasileira. ASBOT foi a única enti-dade autorizada a fazeruma apresentação for-mal durante o Café dosPresidentes, que reuniuos presidentes de sociedades deortopedia de 70 países. O impacto foi

tão grande que o Academy News,veículo oficial do congresso, destinou

uma página inteirapara a participação daSBOT. Posteriormente,a SBOT recebeu umacorrespondência oficialda AAOS destacandosua atuação e infor-mando que represen-tantes de vários países

estavam interessados em conhecermelhor a entidade brasileira.

Um dia para ser lembrado

O dia 11 de agosto entroupara a história. A reali-

zação do II Fórum Nacional deDefesa Profissional em Brasíliaveio coroar todo o trabalhorealizado desde o início doano. Os ortopedistas percor-reram os gabinetes dos parla-mentares mais influentes daCâmara e do Senado e con-seguiram algo inédito: fazercom que o requerimento deurgência do Projeto de Lei dodeputado Inocêncio Oliveira, queadota a CBHPM, fosse aprovado. AAssociação Médica Brasileira emitiu

um comunicado afirmando que aparticipação da SBOT foi decisiva paraque a matéria fosse aprovada.

Ortopedia BrasileiraUm ano de ouro para a

Ortopedia BrasileiraUm ano de ouro para a

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Nov/Dez 2004

O

Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 5

DIRETORIA 2004

Neste ano, osortopedistas

também deramuma lição de cida-dania. Um con-vênio entre a SBOTe a Federação dasAPAE's vai bene-ficiar milhares de

crianças portadoras de deficiência atendidaspelas Associação de Pais e Amigos do Excep-cional em todo o Brasil. A responsabilidade daSBOT será proporcionar qualificação técnica aosprofissionais que trabalham na APAE. Oprotocolo de intenções foi assinado no dia 17de dezembro pelo presidente da SBOT, NeylorLasmar e o 1º vice-presidente da federação dasAPAE’s, José Diniewicz (foto). Outra ação impor-tante nesse campo foi a inauguração de umaPraça Ortopédica no Rio de Janeiro, localizadaem Copacabana, com instalações para idosos,crianças, gestantes, obesos e outras pessoasportadoras de necessidades especiais.

A SBOT fechou as atividades do ano com umcongresso inesquecível no Rio de Janeiro.

Organização impecável, conteúdo científico denível internacional e uma programação socialque incluiu um programa paralelo só paracrianças e até show com o cantor Lulu Santos. Aavaliação geral é que foi um dos maiorescongressos já realizados pela SBOT.

Solidariedade em alta

Congresso da SBOT

O trabalho desenvolvidopela SBOT neste anoteve o reconhecimento

dos ortopedistas, fato já mais doque comprovado em função doalto índice de participações nasações propostas e manifestadoatravés de centenas de e-mails,telefonemas e correspondênciasenviados para a sede da SBOTNacional. Além desse voto deaprovação, o presidente, NeylorLasmar recebeu várias homena-gens durante o Congresso Brasi-leiro de Ortopedia e Traumato-logia, realizado no Rio de Janeiro.Uma veio da Comissão Organi-zadora do Congresso que, reunidadurante um jantar oferecido pelopresidente, concedeu uma placacom os dizeres "Vossa dedicaçãoao resgate da dignidade do espe-cialista está registrada na históriada SBOT". A placa foi entreguepelo presidente do congresso,

Marcos Musafir. A se-gunda homenagem dodia veio do presi-dente eleito para aSBOT em 2005, WalterAlbertoni, que junta-mente com toda suadiretoria, concedeu-lhe o título de "Presi-dente de Honra" do37º CongressoBrasileiro deOrtopedia eTraumatologia,que vai acon-tecer em Vitória, no próximoano. "Fiquei sem palavras diante detamanha manifestação de apoio ede amizade. Fui pego de surpresae confesso que fiquei bastanteemocionado, quase não conse-guindo falar. Considero essa honranão apenas minha, mas de todosos que me ajudaram a conduzir aSBOT neste ano, sobretudo os inte-

grantes da minhadiretoria", reconheceu NeylorLasmar. Na abertura do CBOT, elejá havia feito uma homenagemnominal aos membros da Diretoria2004, reconhecendo a impor-tância e a dedicação de cada umno processo evolutivo da SBOT.

Trabalho RECONHECIDOTrabalho RECONHECIDO

Momentos marcantes: Neylor Lasmar recebe de Walter Albertoni o título de “Presidente de Honra” do 37ºCBOT,que acontece no próximo ano; à direita o presidente do 36ºCBOT, Marcos Musafir homenageia o presidente da SBOT

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Jornal da SBOT

PRÓTES

6 Ligue grátis 0800 557268 Jornal da SBOT

A discussão sobre o

uso de próteses em

Ortopedia e

Traumatologia vem

ganhando contornos

cada vez maiores.

Produto de primeira

necessidade para

milhares de pacientes

em todo o Brasil,

muitas vezes as

próteses se tornam

artigos de luxo, em

função do alto custo.

Afinal, por quê elas

são tão caras? A

qualidade do material

nacional é realmente

inferior ao importado?

O que é preciso fazer

para resolver de vez

essa questão? Para

responder a estas e

outras perguntas, o

Jornal da SBOT foi a

campo e ouviu os

ortopedistas Ricardo

Falavinha, do Paraná,

João Antônio Matheus

Guimarães, do Rio de

Janeiro, Antônio

Carlos Bernabé e

Rudelli Sérgio Andrea

Aristide, ambos de

São Paulo.

Qual é o perfil dos seus pa-cientes?Ricardo Falavinha: Normalmente amaioria dos meus pacientes é formadapor pacientes do SUS que recorrem aopronto socorro ao qual sou vinculado,em Curitiba, e em menor escala,pacientes de convênio.

João Matheus: Euatendo pacientes da redepública, pacientes parti-culares e de convênios.

Rudelli Sérgio: Eu sóatendo pacientes parti-culares. Eles podem terseu convênio, que pagapela prótese, pela inter-nação etc., mas minharelação com ele éparticular.

Antônio C. Bernabé:Atendo a pacientes doSUS no Hospital dasClínicas da USP, con-vênios e também pa-cientes particulares.

O senhor usa o mes-mo tipo de material para todosos pacientes?

Ricardo Falavinha: Normalmenteuso o mesmo tipo de material tantopara os pacientes que têm convêniosquanto para pacientes do SUS.

João Matheus: Sim, não façodiferenciação.

Rudelli Sérgio: Exatamente omesmo. Eu sou o criador do grupo dequadril da Santa Casa de São Paulo edurante quase 20 anos, nas décadasde 70 e 80, atendi pacientes predo-minantemente do SUS e sempre meneguei a colocar próteses que fosseminferiores somente porque erampacientes carentes.

Antônio C. Bernabé: A indicação dotipo de material deveria ser única paratodos os pacientes, mas temos umproblema para fornecer o mesmomaterial utilizado em pacientesparticulares ou de convênios para oSUS. Isso ocorre em função de políticasdo próprio SUS, que tem um tetomáximo para o pagamento depróteses. O limite para uma prótesede quadril no SUS, por exemplo, é deR$ 3 mil, mas no mercado há opçõesde até R$ 20 mil. Esse fornecedorjamais iria aceitar fornecer para o SUS.

O senhor utiliza prótesesimportadas ou nacionais?Por quê?Ricardo Falavinha: Normalmenteuso importadas. As próteses impor-tadas de uso diário, que chamamosde standard, têm praticamente

o mesmo preço deum material nacionale a qualidade é melhor.Uso as próteses na-cionais com pouca fre-quência.

João Matheus: Euprefiro usar as prótesesimportadas, que têmuma qualidade melhor,sobretudo com relaçãoao polietileno. Geral-mente uso materialnacional em pacientesidosos, que têm umasobrevida menor, comono caso de semi-artro-plastias de quadril, porexemplo. Aí eu optopelo material nacional.

Rudelli Sérgio: Eu sóuso próteses impor-

tadas, por várias razões, mas aprincipal é, sem dúvida, a qualidade,que faz com que tenhamos umresultado melhor.

Antônio Carlos Bernabé: Eu usotanto importadas quan-to as nacionais. A opçãopelo tipo de material,importando ou nacio-nal, depende de cadapaciente.

Dentre as nacio-nais, há algumamarca que o senhorutiliza com maiorfrequência?

Ricardo Falavinha:Não gostaria de citarnomes de empresas.A questão é que omaterial de implantenacional até possuiboa qualidade, maso instrumental utilizadopara realizar esse im-plante é muito ruim.Esse é o maior proble-ma, na minha opinião.

João Matheus: Dentre as nacionais,uso mais frequentemente as prótesesda Baumer.

Antônio C. Bernabé: Na minhaopinião a que está mais desenvolvidano momento são as próteses daBaumer. Ela fez uma prótese commuito sucesso no mercado nacional,que é a CO 10. Essa prótese é utilizadaaté hoje e foi líder de mercado durantevários anos.

O senhor tem tido problemascom convênios que autorizamsomente o uso do materialnacional?Ricardo Falavinha: Isso ocorre commuita frequência. Em Curitiba há con-vênios que não querem pagar as pró-teses importadas, mas talvez por seruma cidade menor, conseguimos fazerum contato direto com as empresas,mostrando que o custo da importadanão é tão diferente da nacional e quea resposta ao tratamento será melhor.Normalmente depois desse contatoconseguimos a autorização, mas aprimeira reação quase sempre énegativa. Isso eu falo particularmentecom relação a Curitiba, onde o nossocontato com os gestores de convêniotem sido mais fácil.

João Matheus: Essa é uma práticacomum no nosso meio e esse problemainfelizmente interfere no tratamento dodoente. É uma situação que foge total-mente ao nosso controle e somos obri-gados a deixar que o paciente resolvadiretamente com o convênio.

Rudelli Sérgio: Istoocorre com muita fre-quência. Muitos convê-nios não cobrem mate-rial importado. Procurodeixar claro para o pa-ciente e familiares minhaposição em relação àconfiança no material.Explico que prefironão realizar a cirur-gia, deixando este pa-ciente à vontade paraprocurar outro profis-sional, a submetê-lo auma cirurgia com ma-terial que não tenhoconfiança. Em 100%dos casos o pacienteassume essa despesae posteriormente fazalgum tipo de acordocom o convênio.

Antônio C. Bernabé: Isso é muitocomum e cria um problema porqueexiste uma propaganda muito forte no

“““““O material de implanteO material de implanteO material de implanteO material de implanteO material de implantenacional até possui boanacional até possui boanacional até possui boanacional até possui boanacional até possui boa

qualidade, mas oqualidade, mas oqualidade, mas oqualidade, mas oqualidade, mas oinstrumental utilizadoinstrumental utilizadoinstrumental utilizadoinstrumental utilizadoinstrumental utilizado

para realizar essepara realizar essepara realizar essepara realizar essepara realizar esseimplante é muito ruimimplante é muito ruimimplante é muito ruimimplante é muito ruimimplante é muito ruim”.”.”.”.”.

Ricardo Falavinha

"O preço das próteses"O preço das próteses"O preço das próteses"O preço das próteses"O preço das prótesespoderia cair entre 30 e 40%poderia cair entre 30 e 40%poderia cair entre 30 e 40%poderia cair entre 30 e 40%poderia cair entre 30 e 40%se não fosse a intermediaçãose não fosse a intermediaçãose não fosse a intermediaçãose não fosse a intermediaçãose não fosse a intermediação

dos hospitais, o que seriados hospitais, o que seriados hospitais, o que seriados hospitais, o que seriados hospitais, o que seriabom para todos, sobretudobom para todos, sobretudobom para todos, sobretudobom para todos, sobretudobom para todos, sobretudo

para o paciente".para o paciente".para o paciente".para o paciente".para o paciente".

João Matheus

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Nov/Dez 2004

SES

7Visite o seu portal www.sbot.org.br

Brasil, criada particularmente em con-gressos, que divulgam que a prótesenacional é de má qualidade e que sóa importada é boa. Esta não é minhaexperiência. As próteses nacionais semcimento, que faço desde 1985, têmresultados bastante semelhantes aodesempenho das importadas.

Os resultados clínicos sãorealmente melhores quando seusa material importado?Ricardo Falavinha: Minha casuísticanão é tão grande que me permita fazeressa afirmação, mas se pegarmos ser-viços de referência em ortopedia, emlarga escala se nota uma diferença,sim, porque a qualidade do materialnacional é um pouco inferior aoimportado.

João Matheus: Quanto a isso nãohá mais dúvidas. Como já citei,temos problemas com relação aopolietileno empregado no materialnacional. Mas o grande problema daspróteses nacionais são os instrumentaispara sua colocação, que são muitoruins, e interferem diretamente noresultado final.

Rudelli Sérgio: O levantamento deresultados via publicação de trabalhoscientíficos não possibilita fazer essarelação porque seria preciso umperíodo mínimo de 10 anos para umaavaliação mais consistente. Mas emconversas pessoais com colegas, elessão unânimes em dizerque realmente há dife-renças consideráveis,sempre favoráveis aomaterial importado.

Antônio C. Bernabé:Os resultados em pró-tese têm de ter no míni-mo 10 anos de segui-mento. A premissa é queuma prótese, seja nacio-nal ou importada, temde ter um kit adequadopara sua implantação.Além disso, é necessárioque o indivíduo que autilize seja bem treinado.Será que não existe umcomponente em que osindivíduos que usampróteses importadasestão em centros maio-res, com um aprendi-zado mais facilitado em função doacesso a cursos e congressos e, porisso, com uma oportunidade de se

desenvolver melhor do ponto do vistacientífico? Será que o indivíduo queutiliza a prótese nacional numa regiãomuito carente sabe mesmo usá-la? Eunão acredito que duas próteses domesmo tipo, nacional ou importada,que sejam bem feitas, tenham desem-penho tão diferentes aponto de justificar umpreço tão diferenciado.

Se houvesse umaespécie de "selo dequalidade" por par-te da Anvisa as pró-teses nacionais po-deriam ter umaaceitação maior porparte do cirurgião?Ricardo Falavinha:Sem dúvida nenhuma,afinal nossa preocupa-ção é com a qualidade,independente de o ma-terial ser nacional ouimportado. O impor-tante é que o pacienteseja bem atendido. Omaterial nacional atéque é bom, como eu jádisse, e eu creio que atendência é melhorar, mas isso não vaiacontecer apenas copiando o materialque é desenvolvido lá fora. O materialnacional é uma fotocópia do produtoimportado. Esse desenvolvimento sóvirá quando as empresas nacionaisinvestirem em pesquisa.

João Matheus: Comcerteza.

Rudelli Sérgio: Viajomuito, faço parte da So-ciedade Internacional doQuadril e eu não ficarialigado àquilo que umdeterminado grupo meaconselhasse a usar. Euiria a procura de umasegurança maior. Nãoestou fechado a dis-cussões, mas não usariauma próteses somenteporque a Anvisa está di-zendo que ela é boa. Eutenho outros meios desaber se o produto é ounão de boa qualidade.

Antônio C. Bernabé:Sem sombra de dúvida.

Eu acho que o que está faltando paraque as próteses nacionais se firmemcomo boa alternativa é justamente um

maior controle de qualidade por portede um órgão federal, tutelado pelaSBOT. Nós é que utilizamos esse tipode material e conhecemos os resul-tados de curto, médio e longo prazos.Como não há um mecanismo contro-lador, as próteses de boa qualidade

entram no mesmo cestodas de má qualidade ecada um utiliza o adjetivoque melhor lhe convier.Se convém criticar a pró-tese nacional, pega-seuma de má qualidade ediz-se que todas sãoruins, que é o que nor-malmente acontece.

Geralmente a esco-lha das próteses évinculada aos pro-dutos já disponíveisnos hospitais onde acirurgia é realizada.Se essa escolha fi-casse restrita apenasentre pacientes, mé-dicos e convênios ospreços poderiamcair?Ricardo Falavinha:

Isso depende da consciência domédico. Eu trabalho em dois hospitaisem Curitiba e em nenhum momentoeles bloquearam o material queeu solicitei. O paciente é o objetivofinal e deve ser bem atendido visandoa um bom resultado clínico e o hos-pital não pode impor este ou aqueletipo de material. Isso é exclusividadedo médico.

João Matheus: Se houvesse essarealidade os preços poderiam cairentre 30 e 40%, o que seria bom paratodos, sobretudo para o paciente.

Rudelli Sérgio: Eu acho que essaquestão é de livre arbítrio do médico.Há condições especiais nas quais omaterial de rotina não preenche asnecessidades e precisamos de outraalternativa. É claro que quanto menosintermediários houver entre o médicoe o paciente, melhor.

Antônio C. Bernabé: Aí temosdois tipos de mercado: o SUS e oparticular. Com relação ao SUS,sobretudo nos hospitais universitários,é muito comum que as próteses sejamescolhidas pelo professor-titular dacadeira, o que é um erro, na minhaopinião. Quando se trata de convêniose particulares, os hospitais fazem uma

intermediação, cobrando uma taxaque varia entre 50% e 100%, tantodo fornecedor quanto do convênioou do consumidor. Se houvesserealmente a possibilidade de tirar ohospital desse circuito os preçospoderiam cair consideravelmente.

Há alguma consideração finalsobre esse assunto?Ricardo Falavinha: As empresasnacionais precisam começar a fazerpesquisa para terem a mesma qua-lidade que os materiais importados.Muitas vezes busca-se o lucro paradepois investir, mas deveria ser ocontrário: primeiro se faz pesquisa,melhora-se a qualidade do material edepois ganha-se dinheiro. É assim quedeveria funcionar.

João Matheus: Esse é um assuntonebuloso porque existe uma grandegama de colegas que se bene-ficia desse mercado desreguladoe levam dinheiro dos fabricantespor fora. Infelizmente essa énossa realidade. A SBOT tem dese posicionar melhor em relaçãoa esse problema, porque na me-dida em que o indivíduo recebedinheiro para usar determinadotipo de material ele deixa de brigarpor uma melhor remuneração doseu trabalho e isso é ruim paratodos nós.

Rudelli Sérgio: Há práticas noBrasil que deveriam mudar radi-calmente. Deveria haver umaimportação mais barata, deveria sesaber quanto custa uma prótese láfora, deveria se acabar com ofavorecimento de indivíduos queutilizam este ou aquele tipo dematerial. Enfim, se isso ocorrer,tenho certeza que as prótesesimportadas seriam mais aces-síveis. Com relação às nacionais,creio que só teremos a mesmaqualidade do material feito naEuropa e Estados Unidos quando asempresas tiverem uma produçãomaior do que atual e investirem empesquisa e desenvolvimento.

Antônio C. Bernabé: A próteseem si é apenas um dos três com-ponentes necessários para um bomresultado. Os outros dois sãoa habilidade do cirurgião e a ati-vidade do paciente. Creio que nãodevemos focar essa discussão apenasno material porque a prótese sozinhanão salva uma cirurgia.

"Sempre me neguei"Sempre me neguei"Sempre me neguei"Sempre me neguei"Sempre me negueia colocar prótesesa colocar prótesesa colocar prótesesa colocar prótesesa colocar próteses

de qualidade inferiorde qualidade inferiorde qualidade inferiorde qualidade inferiorde qualidade inferiorquando atendia pacientesquando atendia pacientesquando atendia pacientesquando atendia pacientesquando atendia pacientes

pelo SUS".pelo SUS".pelo SUS".pelo SUS".pelo SUS".

Rudelli Sérgio

"A prótese é apenas um dos"A prótese é apenas um dos"A prótese é apenas um dos"A prótese é apenas um dos"A prótese é apenas um doscomponentes para um bomcomponentes para um bomcomponentes para um bomcomponentes para um bomcomponentes para um bomresultado. A habilidade doresultado. A habilidade doresultado. A habilidade doresultado. A habilidade doresultado. A habilidade docirurgião e a atividade docirurgião e a atividade docirurgião e a atividade docirurgião e a atividade docirurgião e a atividade dopaciente também contam".paciente também contam".paciente também contam".paciente também contam".paciente também contam".

Antônio C. Bernabé

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Jornal da SBOT

CO Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de ortopediaortopediaortopediaortopediaortopedia

Envie seu e-mail: [email protected] da SBOT

O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de O Crefito e as clínicas de ortopediaortopediaortopediaortopediaortopedia

ARCOXIA (etoricoxibe), MSD. INDICAÇÕES: tratamento agudo e crônico dos sinais e sintomas da osteoartrite e da artrite reumatóide, da gota aguda e da dismenorréia primária; alívio da dor aguda e crônica. CONTRA-INDICAÇÃO: hipersensibilidadea qualquer componente do produto. PRECAUÇÕES: ARCOXIA não é recomendado para pacientes com doença renal avançada; se o tratamento for necessário, recomenda-se monitorização rigorosa da função renal desses pacientes. Deve-se ter cautela aoiniciar o tratamento com ARCOXIA em pacientes com desidratação considerável e considerar a possibilidade de retenção hídrica, edema ou hipertensão quando ARCOXIA for utilizado em pacientes com edema, hipertensão ou insuficiência cardíacapreexistentes. Os médicos devem estar cientes de que determinados pacientes podem desenvolver úlcera(s) no trato gastrintestinal superior, independentemente do tratamento, especialmente naqueles com mais de 65 anos de idade. Foram relatados aumentosde ALT e/ou AST em cerca de 1% dos pacientes tratados durante mais de um ano em estudos clínicos; essas alterações desapareceram em seguida e, em cerca de metade dos casos, sem interrupção do tratamento. Em caso de disfunção hepática persistente,ARCOXIA deve ser descontinuado. ARCOXIA deve ser utilizado com cautela por pacientes que já tenham apresentado crises agudas de asma, urticária ou rinite causadas pelo uso de salicilatos ou inibidores não específicos da cicloxigenase. ARCOXIA podemascarar a febre, que constitui um sinal de infecção. ARCOXIA só deve ser usado durante os dois primeiros trimestres da gravidez se o benefício potencial justificar o possível risco para o feto. Não se sabe se ARCOXIA é excretado no leite humano; por isso,quando ARCOXIA for administrado a nutrizes deve-se considerar a importância do medicamento para a mãe ao se decidir entre descontinuar a amamentação ou a medicação. A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas e, em geral,não foram observadas diferenças no perfil de segurança e na eficácia do medicamento entre pacientes idosos (65 anos de idade ou mais) e pacientes mais jovens. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Tratamento crônico com varfarina: a administraçãode 120 mg de ARCOXIA uma vez ao dia foi associada com aumento no tempo de protrombina de aproximadamente 13% (International Normalized Ratio - INR). Rifampicina: ocorreu redução de cerca de 65% das concentrações plasmáticas do etoricoxibequando este foi administrado com a rifampicina. Metotrexato: doses de 60 mg e 90 mg ao dia de ARCOXIA durante 7 dias não exerceram efeito na concentração plasmática ou na depuração renal de 7,5 mg a 20 mg de metotrexato em doses únicas semanaispara o tratamento da artrite reumatóide. Em um estudo, a dose de 120 mg de ARCOXIA aumentou a concentração plasmática do metotrexato em 28% e reduziu a depuração renal do metotrexato em 13%; por isso, deve-se monitorar a toxicidade relacionadaao metotrexato quando forem administradas doses maiores que 90 mg de ARCOXIA ao dia com essa medicação. Inibidores da ECA: relatos sugerem que pode haver diminuição dos efeitos anti-hipertensivos dos inibidores da ECA quando ARCOXIA foradministrado com essas medicações. Lítio: relatos sugerem que pode haver aumento dos níveis plasmáticos de lítio quando ARCOXIA for administrado com lítio. Ácido acetilsalicílico em baixas doses: pode ser utilizado concomitantemente a ARCOXIA; este,porém não exerce efeitos sobre as plaquetas e não substitui o ácido acetilsalicílico para profilaxia cardiovascular. REAÇÕES ADVERSAS: as seguintes experiências adversas relacionadas à medicação foram relatadas (incidência ³1%) em estudos clínicos de12 semanas sobre osteoartrite, artrite reumatóide ou dor lombar crônica: astenia/fadiga, tontura, edema de membros inferiores, hipertensão, dispepsia, pirose, náuseas, cefaléia e aumento de ALT e AST. O perfil de experiências adversas relatadas nos estudossobre gota aguda e analgesia aguda foi similar ao relatado nos estudos combinados de osteoartrite, artrite reumatóide e dor lombar crônica. POSOLOGIA: Osteoartrite: 60 mg uma vez ao dia. Artrite reumatóide: 90 mg uma vez ao dia. Gota aguda: 120 mguma vez ao dia (somente durante o período sintomático agudo). Dor aguda e dismenorréia primária: 120 mg uma vez ao dia (somente durante o período sintomático agudo). Dor crônica: 60 mg uma vez ao dia. (Doses maiores que as recomendadas para cadaindicação ou não apresentaram eficácia adicional ou não foram estudadas; portanto, as doses acima são as doses máximas recomendadas.) Insuficiência hepática: em pacientes com insuficiência hepática leve (escore de Child-Pugh 5-6), a dose de 60 mg umavez ao dia não deve ser excedida. Em pacientes com insuficiência hepática moderada (escore de Child-Pugh 7-9), não deve-se exceder a dose de 60 mg em dias alternados. Não há dados clínicos ou farmacocinéticos em pacientes com insuficiência hepáticagrave (escore de Child-Pugh >9). Insuficiência renal: o tratamento com ARCOXIA não é recomendado para pacientes com doença renal avançada (clearance de creatinina <30 mL/min). Não há necessidade de ajuste posológico para pacientes com insuficiênciarenal leve/moderada (clearance de creatinina ³30 mL/min). REGISTRO MS: 1.0029.0035. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.

Nota: antes de prescrever, recomendamos a leitura da Circular aos Médicos (bula) completa para informações detalhadas sobre o produto.* Marca depositada no INPI em 31 de janeiro de 2001 por Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, EUA.

ESPAÇO JURÍDICO

Consulta feita por ortopedistasde uma clínica, na qualcomunicam que uma fisio-

terapeuta do CREFITO esteve noestabelecimento e, em caráter fiscaliza-tório, abusou de sua autoridade, amea-çando em voz alta fechar a clínica eprender a auxiliar de fisioterapia, nafrente de pacientes em tratamento e narecepção. O comportamento autoritáriodo fiscal gerou preocupação nos mes-mos, já que eles não compreendiam oque estava acontecendo. De acordocom o interessado os fatos foram enca-minhados ao CREFITO visando provi-dências, mas ele solicita orientação daSBOT.

PARECERO Conselho Regional de Fisioterapia(Crefito) é um órgão disciplinador criadopor lei com a finalidade de fiscalizar oserviço profissional dos fisioterapeutas.O órgão em questão, através deDepartamento de Fiscalização, visita asclínicas médicas, hospitais e estabele-cimentos de saúde em geral, com ointuito de supervisionar as atividades.Ao fim das referidas vistorias, habitual-mente alegando irregularidades, oCREFITO notifica os serviços de saúdea atender as Resoluções do órgão, sobpena de providências previstas em lei eno Código de Ética dos Profissionais dacategoria.Entretanto, está claro que o poder dis-ciplinador desses organismos restringe-se tão somente aos profissionais dafisioterapia. O equívoco do CREFITO seinstala quando ele transcende os limiteslegais de sua competência. Isto significaque esse poder fiscalizador não pode

gerar comando nos centros de saúde eafins. O que vale dizer que a atribuiçãolegal desses conselhos, já que eles nãotêm poder de polícia, não lhes permiteadentrar as portas de outros segui-mentos, apontando falhas, fazendoameaças, expedindo notificaçõescontendo exigências e modificações. Aocontrário, as atri-buições criadas em leilimitam-se ao uni-verso daqueles ins-critos nos quadros doCREFITO.Logo, o órgão nãotem competênciapara solicitar ne-nhuma providência,nem fiscalizar esta-belecimentos desaúde, a pretexto deverificar ou acom-panhar as atividadesdo pessoal de fisio-terapia. Ao agir assim, estará oConselho exorbitando suas funções,atingindo as raias da ilegalidade e daarbitrariedade. Diante da constataçãode que o profissional de fisioterapia nãoestá atuando em consonância com suasatribuições, ele é que deverá serchamado a prestar esclarecimentos aoórgão. Os fiscais do CREFITO jamaispoderão realizar atitudes controladoras,fazendo exigências aos respectivosrepresentantes das clínicas, ouconsultórios. Os médicos são inscritosno Conselho Regional de Medicina,assim como lá também estão regis-tradas suas clínicas e consultórios, razãopela qual o poder fiscalizador sobre eles(pessoas física e jurídica) é exclusivo

desses conselhos. Portanto, o CREFITOé totalmente incompetente para tomarqualquer medida que não estejavinculada aos profissionais de fisio-terapia. A título de colaboração, nabusca de melhorar a eficácia daprestação de serviços médicos,o CREFITO poderá solicitar o auxílio

de outros profis-sionais. Contudo,nunca submetê-losao seu comando.Isso significa dizerque inexiste lei quepossibilite ao res-pectivo Conselho fis-calizar hospitais, ser-viços de saúde econgêneres. Assimsendo, os efeitos dasnotificações entre-gues às clínicas orto-pédicas devem serafastados, pois ne-

nhuma atitude administrativa poderáser tomada contra aqueles que nãoexercem fisioterapia. Conforme jásalientado, somente os profissionais daárea em questão devem responder aoschamamentos do órgão. Por todoexposto, entendemos que as clínicasortopédicas podem desconsiderarnotificações em geral, já que as mesmasimpõem obrigações de forma ilegal, eo CREFITO não tem poder sobre osestabelecimentos de saúde. É neces-sário, entretanto, excepcionar as obri-gações exigidas pelo CREFITO aos fisio-terapeutas em geral, uma vez que estesestarão afetos ao controle fiscalizadordo órgão. Mas, como já explicitado, atítulo de colaboração, as clínicas ortopé-

dicas podem aceitar as visitas doCREFITO, desde que seus represen-tantes cumpram com rigor a lei, nãoexcedendo seus limites, e não impondoobrigações a terceiros estranhos àprofissão, o que vale dizer até mesmo,ignorar notificações destinadas a seusdirigentes. Outro aspecto que mereceatenção é a responsabilidade pelosserviços desenvolvidos nas clínicas fisio-terápicas, sendo que as mesmas devemser dirigidas por médicos. Assim, en-quanto diretores desses estabeleci-mentos destinados ao exercício damedicina física e de reabilitação, elesexercerão suas atividades no local cujosserviços estarão sob sua responsa-bilidade, conforme dispõe a Resoluçãonº 1236/87 do Conselho Federal deMedicina: Art. 1º "Os estabelecimentosde saúde destinados ao exercício damedicina Física e de Reabilitação, estãoobrigados a inscreverem-se exclusiva-mente nos Conselhos Regionais deMedicina, conforme determina a Leinº 6939, de 30 de setembro de 1980".Art. 2º "Os estabelecimentos de saúdeacima mencionados deverão obrigato-riamente ser dirigidos por médicos,designados Diretores Técnico".Finalizando, é lastimável o comporta-mento descrito da fiscal, sendo que oconsulente agiu muito bem ao solicitarposicionamento do CREFITO. Se oincidente se repetir, ou se houverinteresse, recomendamos o registrodos fatos à polícia, através de Boletimde Ocorrência.São Paulo, 3 de setembro de 2004.É o parecer, smj.

Adriana C. Turri JoubertAssessora Jurídica

“Os estabelecimentos desaúde destinados aoexercício da medicina

Física e de Reabilitação,estão obrigados a

inscreverem-seexclusivamente nos

Conselhos Regionais deMedicina, conforme

determina a Leinº 6939, de 30 de

setembro de 1980".

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Nov/Dez 2004

D

Conheça a sede da SBOT: Al.Lorena, 427 - 14o andar - São Paulo - SP 9

A SBOT-DFpromoveu oseu primeiroSimulado da

prova para títulode especialista da

SBOT. O evento, des-tinado a todos residentes do DistritoFederal, aconteceu no dia 19 de no-vembro, na Associação Médica deBrasília e contou coma colaboração dospreceptores dos ser-viços credenciados,que prepararam ques-tões e atuaram comoexaminadores. Pelamanhã houve provaescrita de 250 ques-tões, destinada aos R1, R2 e R3, e àtarde, os testes de Exame Físico e Oral,destinados aos R3. Tudo conformepreconizado pela CET-SBOT. A SBOT-

Distrito FederalDistrito Federal

ESPAÇO DAS REGIONAIS

ParanáA SociedadeBrasileira deOrtopedia eTraumatologia- SBOT - Re-gional Para-

ná completou,em setembro, 40

anos de atuação. ASBOT-PR foi fundada em

1964 por Heinz Rücker. Sem sedeprópria, os membros se reuniam naAssociação Médica do Paraná paradiscutirem as ações da sociedade. Nodia 04 de abril de 1997, com a pre-sença do presidente, Karlos Mesquitae diversos membros da SBOT Nacionale ortopedistas de todo o Paraná, foiinaugurada a sede da Regional

Paraná. Com a aquisição da sede pró-pria, a SBOT-PR intensificou ainda maissua atuação, passando a ter umasecretária em tempo integral; adquiriucomputadores para facilitar a comuni-cação entre os associados e imprimiuo primeiro boletim da Sociedade; fo-ram abertos cursos para os residentes,divulgação da programação de jor-nadas e eventos anuais, com partici-pação em campanhas de prevençãode acidentes e movimentos de valori-zação do trabalho do ortopedista,entre outras ações. No início da dé-cada de 40 apenas três ortopedistasatuavam em Curitiba, hoje conta com200, totalizando 540 profissionais noEstado. A cada gestão foi possível no-tar a preocupação da diretoria em con-quistar novos horizontes e abrir ca-minhos para os ortopedistas do Paraná.

Durante o período de 2 a 6 desetembro de 2004, realizou-se em Salvador um evento que

congregou o VI Congresso Brasileiro deOrtopedia Pediátrica e o III Congressoda International Federation of Ortho-paedic Societies (IFPOS), que foramcoroados de grande êxito, pois contaramcom a participação de 518 congressistas,sendo que 157 vieram de 34 países dife-rentes. Anexo ao evento, tivemos três cur-sos pré-congresso versando sobre assun-tos de extremo interesse para os profis-sionais que militam em Ortopedia Pediá-trica. Tudo isso contribuiu para colocara Ortopedia Pediátrica Brasileira no con-texto mundial, mostrando aos colegas

de outros países que praticamos umamedicina de alto nível. Estamos orgu-lhosos por termos alcançado nosso alvo.Os obstáculos foram imensos, mas con-tamos com a colaboração de colegaspertencentes à SBOP, com o profissiona-lismo da Eventus System na organizaçãogeral e dos nossos patrocinadores, quefizeram o possível e o impossível parapromover a Ortopedia Pediátrica,embora cientes de que esta seja umaespecialidade que não lhes traz grandesretornos. Muito obrigado.

Patrícia Fucs(Presidente do congresso)

Carlo Milani(Presidente da com. organzadora

Ortopedia pediátricaOrtopedia pediátrica

Baumer: 50 anosBaumer: 50 anos

AComitês

ESPAÇO DOS COMITÊS

ARegional São Paulo dos Comitêsde Joelho e de Artroscopia com-pleta mais um ano de reuniões

cientificas conjuntas mensais. O em-penho dos colegas Carlos Alberto CuryFaustino (SBCJ) e Carlos Górios (SBA)viabilizaram encontros de alto nívelcientífico e de confraternização. A inicia-tiva de ambos não parou e para o pró-ximo ano, após contato com o presidenteda CEC/SBOT, Moisés Cohen ficouacordado que os participantes dos en-

contros futuros poderão contar pontospara a recertificação. Esta iniciativa é im-portante, pois estimula outras atividadesdessa natureza nos diversos Comitês econtempla os esforços dessas regionais.Esta é a ultima coluna que tenho a honrade organizar na gestão de 2004, e apro-veito para desejar a todos os membrosda SBOT um maravilhoso fim de ano eum Ano Novo de união, participação erealização para todos os sócios.

Rene Jorge Abdalla

Comitês

CBHPM

DF destaca o interesse e a participaçãomaciça dos residentes dos hospitais re-gionais do Gama, Sobradinho eTaguatinga, e agradece ao patrocínioda Merck Sharp e Dohme.Eleições - O dia 9 de novembro de2004 foi um dia histórico para osortopedistas do Distrito Federal. Pelaprimeira vez em sua história, aSBOT-DF teve uma eleição comduas chapas concorrendo para sua

diretoria. O pleitoocorreu na Asso-ciação Médica deBrasília (AMBr), com ocomparecimento àsurnas de mais de 80%dos colegas em con-dições de voto. O or-topedista Bonavides

foi eleito para a presidência da SBOT-DF, gestão 2005/2006.

Sydney HajePresidente SBOT-DF

Como parte das açõesde Defesa Profissionaldesenvolvidas nesteano, a SBOT acaba deentrar com uma açãocontra a BradescoSaúde e a Sul AméricaSaúde, visando aimplantação judicialda CBHPM.

SBOT move ação contramove ação contramove ação contramove ação contramove ação contra seguradorasSBOT move ação contramove ação contramove ação contramove ação contramove ação contra seguradoraspelas entidades médicas nacio-nais para a implantação judicialda CBHPM em todo o Brasil.Proposta no dia 14 de dezembropelos advogados da SBOT, aação visa a concessão de umamedida liminar e está na 24ª VaraCível de São Paulo, aguardandoapreciação por parte do juiz.Recentemente duas ações seme-lhantes foram impetradas poroutras sociedades médicas e adecisão judicial foi favorável aosmédicos. Não é possível fazer

previsões sobre o julgamentodo pedido, mas a expectativa éque ele seja apreciado até ofinal do ano. Se a liminar forconcedida, as empresas deverão serintimadas e, após isso, ainda terãoum prazo para se adaptaremà decisão. "Esta é mais umaação efetiva da Diretoria 2004,que prometeu desfraldar a ban-deira do resgate da dignidadeprofissional dos ortopedistas",afirmou o presidente da SBOT,Neylor Lasmar.

Por recomendação da Asso-ciação Médica Brasileira,a Sociedade Brasileira de

Ortopedia e Traumatologia entroucom uma ação contra a Bra-desco Saúde S/A e Sul-américaSaúde S/A, com o objetivo deobrigar as empresas a adotarema Classificação Brasileira Hie-rarquizada de ProcedimentosMédicos (CBHPM) como padrãomínimo e ético de remuneraçãodos ortopedistas. A ação fazparte da estratégia adotada

P

AAAAA Baumer, empresa especializada na produção demateriais hospitalares e implantes para ortopedia lançou

o livro "Uma vida muitas vidas", em comemoração ao seuprimeiro cinqüentenário. O livro traz um relato minucioso datrajetória de Manoel Baumer, o fundador. A necessidade poraparelhos de reabilitação para sua esposa Luiza, que sofreu um graveacidente um ano após terem se casado, fez com que o empresário fizesse asprimeira adaptações, dando início às atividades da Baumer. Repleto dedepoimentos, o livro é uma boa fonte de consulta para quem quiser conhecerum pouco da história dos materiais de implante no Brasil.

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CARTAS

MAU JORNALISMOA carta abaixo foi enviada pelo Secretáriogeral da Sociedade Médica do Rio deJaneiro, Marcos Sarvat à jornalista TerezaCruvinel, do Jornal O Globo, que escreveuum artigo no dia 6 de novembro de 2004,no qual afirma que "o Ato Médico atentacontra a a interdisciplinaridade, restrin-gindo a atuação de outros profissionais,como psicólogos, fisioterapeutas,fonoaudiólogos, enfermeiras e tantosoutros" (sic).Lamentável a sua manifestação, parcial,distorcida, e caracterizando um desconhe-cimento total do que seja essa proposta deLei sobre Medicina.Fica a dúvida: caracteriza um erro jorna-lístico ou mera intenção irresponsável deconfundir a opinião pública? Certamentenão se trata de uma notícia, mas somenteda transmissão de uma opinião de quemsequer leu o projeto (são apenas cincoitens) ou, pior, desconhece as leis que járegem as demais profissões de saúde.Assim, peço, por amor à sua profissão erespeito à Medicina, que receba asseguintes informações (resumidas) e saibaque, segundo as referidas leis que já regemos paramédicos (embora eles nãoobedeçam, nesse país de impunidades...):1. Somente médicos (e odontólogos em suaárea anatômica) fazem diagnóstico,investigam doenças, solicitam exames,definem condutas, indicam terapias etratamentos, prescrevem medicamentos,fazem cirurgias, atestam doenças esaúde, reavaliam em seguimento, intername dão alta;2. Somente médicos (e odontólogos em suaárea anatômica) concluem diagnóstico;Obs: Diagnosticar significa identificar a

causa ou doença responsável pelos sinaisou sintomas apresentado pelo paciente(pessoa com sinais e sintomas);3. Somente médicos (e odontólogos em suaárea anatômica) podem atender inicial-mente um paciente (pessoa com sinais esintomas); nenhum terapeuta podepretender fazer diagnóstico nem indicartratamento pois é simplesmente ilegal;4. Abordagem multidisciplinar oumultiprofissional é uma necessidade óbvia,mas isso não significa que todos fazemdiagnóstico, ou pior, que todos sejam portade entrada do sistema de saúde. Todopaciente (pessoa que apresente sinais ousintomas) tem direito a ser avaliada, antesde tudo, por um médico, profissional quetem a obrigação de ter uma visão global,sistêmica ou holística (chamem comoquiser), e que irá definir e se responsabilizarpela conduta, que inclui os demaisprofissionais. Ou será que (mesmoconsiderando as dificuldades em educaçãocontinuada e fiscalização) algum para-médico teria essa formação?Perceba que a pretensão por trás de todoesse ruído é que paramédicos possamassumir funções de médicos (avaliando,solicitando exames e definindo condutas,o que é ilegal) e interessa a muitos pois éuma forma de baratear a assistência. Paraisso empregam e desonram a expressão"humanização", pregando que uma assis-tência humanizada não precise de médicos.Escândalo! Na verdade, a populaçãoprecisa saber que querem dar aos pobresuma medicina de segunda, umapseudomedicina mais barata...O que está acontecendo, e é importanteque seja percebido pelos jornalistasíntegros, é um grande golpe, um grande

blefe institucional das entidades de para-médicos. Eles sim estão articulando umagrande armação escandalosamentecorporativista e ilegal, pois suas pretensõessão de virarem médicos, e não se cons-trangem de, para isso, contrariar frontal-mente as leis de suas próprias profissões.O Brasil tem por tradição acobertarespertos. Não colabore para isso, carajornalista!Proponha que eles leiam as suas leis, e ascumpram. E que passem pelo vestibular sequiserem ser médicos. A proposta Lei daMedicina (Ato Médico) não lhes prejudicaem nada, e apenas lhes limita (o que jáocorre!) ao exato cumprimento de suaspróprias leis.

Marcos SarvatSecretário-geral da Sociedade Médicado Estado do Rio de Janeiro - SOMERJ

HOMENAGEMEstamos acostumados a escrever ou lernecrológicos de pessoas de idade ou deprofessores que nos deixaram sentindo aperda, mas no dia 10 de outubro de 2004,perdemos um jovem médico de 40 anos,que estava pontificando na Ortopedia eTraumatologia do Paraná e, em especial,na Cirurgia do Quadril, que era queridopor seus colegas e, em especial, pelos seuspacientes; e é o que temos ouvido: "eugostava dele...". Marcelo era formado pelaUniversidade Católica do Paraná em 1988- faria 16 anos de formado. Fez residênciamédica no Hospital de Crianças CésarPerneta e na Clínica de Fraturas XV -Hospital XV, de 1989 a 1991. Aprovadono Exame de Especialista da SBOT, fez seuaprimoramento em Cirurgia do Quadril naSanta Casa de São Paulo, sob a orientação

do professor Rudelli, em 1992, aprimora-mento em fixação externa, tambémna Santa Casa, sob orientação dosprofessores Roberto Santin e MarceloMercadante, voltando para participardo Grupo e Cirurgia do Quadril eJoelho no Hospital XV, de Curitiba,demonstrando, além das suas quali-dades técnicas, ser um bom adminis-trador do grupo. Sua formação nãoparou por aí. Fez o curso básico eavançado da AO, curso total de pró-tese na Alemanha, em 1997, 2002 e2004. Para nortear suas ações, fezcurso de Perícia Médica em São Paulo,em 2003, e de Perito Judical Médico daSBOT, em 204.Foi extremoso filho de um pai tambémortopedista, o dr. Rubens De Conti; teveuma irmã ortopedista, dois primosortopedistas e era sobrinho do saudosoDirceu De Conti, também falecido empleno crescimento intelectual.Faleceu quando nós todos menosesperávamos; com certeza um profissionalsempre em crescimento, mas os desígniosde Deus, aliado à vontade de assumir todosos riscos, o que foi, talvez, o único consolopara todos nós, se é que existe con-solo, pois faleceu praticando o que maisgostava fora da Ortopedia. Sua grandepaixão era fazer mergulho, no qual eratido como bom praticante, conhecedorde todos os riscos e sabendo como osevitar, mas (sempre há um mas) acon-teceu um acidente. Que Deus o tenha.Nós, seus amigos e colegas nos lembra-remos dele e eu tenho o dever de comu-nicar à nossa Sociedade Brasileira de Orto-pedia e Traumatologia o seu passamento.

Luiz Carlos Sobania

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Nov/Dez 2004

Blindagemjurídica para a

CBHPM

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NOTAS

Editor-chefeGeorge Bitar

CONSELHO EDITORIAL

Editor Defesa ProfissionalGeorge Bitar

Editor CientíficoGlaydson Godinho

Editor Comissões PermanentesEdgard dos Santos Pereira

Editor ComitêsRene Abdalla

Editor RegionaisMarcelo Mercadante

Editor SocialCláudio Santili

MembrosTarcísio Eloy P. de Barros Fº

Osmar Pedro A. de CamargoGildásio Daltro

Milton Valdomiro RoosJosé Sergio Franco

Marcos Musafir

Projeto e ExecuçãoIn Focus Marketing Ltda.PABX: (011) 295-8115

E-mail: [email protected]ção

Luiz Marcelo AnieriMonaliza AnieriProjeto GráficoVando Araújo

Jornalista ResponsávelAdimilson Cerqueira

MTb 21.597-SP

CTP e ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia. Ltda.

Tiragem8.000 exemplares

Periodicidade Mensal

Os artigos assinados nãorepresentam, necessariamente, aposição da diretoria da entidade.

É permitida a reprodução deartigos, desde que citada a fonte.

PresidenteNeylor Pace Lasmar

1º Vice-presidenteWalter Manna Albertoni

2º Vice-presidenteArlindo Gomes Pardini

Secretário-geralRames Mattar Jr.

1º SecretárioCláudio Santili

2º SecretárioJosé Luiz Runco

1º TesoureiroMarco Antonio

Percope de Andrade

2º TesoureiroRene Jorge Abdalla

Presidente doXXXVI CBOT-2004

Marcos Esner Musafir

DIRETORIA 2004

Critérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOCritérios para inclusão de eventos na agenda do jornal: eventos oficiais SBOTTTTT,,,,,regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.regionais, comitês e internacionais.Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal Acesse a agenda completa dos eventos programados no portal www.sbot.org.br

AGENDA

E V E N T O S 2 0 0 5Blindagemjurídica para a

CBHPMAClassificação Brasileira Hierarquizada de

Procedimentos Médicos vai ganhar umaliado importante: a elaboração de estra-tégias jurídicas para garantir o direito dosmédicos. As ações nesse sentido serão paracoibir o descredenciamento unilateral demédicos e clínicas por parte das operadorasde planos de saúde, a exigência de cláusulasobre reajustes nos contratos de prestação deserviços e, em último lugar, para garantirreposição das perdas sofridas nos últimosanos, quando não houver reajustes.O presidente da AMB, Eleuses Paiva informouque a entidade está consultando diferentesbancas jurídicas sobre essas ações."Precisamos do apoio de cada Sociedade deEspecialidade e suas regionais paramultiplicar essas ações e manter amobilização", afirmou.

As entidades médicas do estado de Goiásenviaram uma correspondência ao ConselhoFederal de Medicina na qual abordam arelação de compatibilidade entreprocedimentos e materiais de órteses, prótesese materiais especiais utilizados na ortopediae a tabela do SUS. Após avaliar cuida-dosamente da referida tabela, as entidadesresolveram denunciar o que segue:a) Há tempos a tabela de compatibilidadevem sendo utilizada para a adequação domaterial necessário à cirurgia e o proce-dimento;b) A partir de março deste ano, váriosmateriais de órteses e próteses não puderammais ser utilizados nos pacientes por estaremsendo rejeitados pela compatibilidade, ou nãoincluídos na mesma;c) Os médicos ortopedistas que aindaatendem pacientes do SUS, ao executaremessas cirurgias, ficam diante de um sériodilema, entre usar o material que a operaçãorealmente exige ou que a relação decompatibilidade admite;d) Salientamos que a decisão dever sertomada em pleno ato cirúrgico, sem nenhumoutra forma de consulta;e) As falhas são, na quase totalidade, darelação de compatibilidade.

As entidade propõem:a) A suspensão imediata da utilização databela de compatibilidade;b) Adequação da mesma, com a colaboraçãoda Sociedade Brasileira de Ortopedia eTraumatologia, com a finalidade decompatibilizarmos o material necessáriuo eo procedimento a ser realizado;c) Pagamentos, após auditoria, dos materiaisde órteses próteses e materiais especiais, deacordo com a tabela de preços do SUS econstantes da mesma, utilizadas noprocedimento realizados em sua totalidade.Assinam o documento os presidentes daAssociação dos Hospitais do Estado de Goiás,do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentosde Saúde no Estado de Goiás e da regionalda SBOT em Goiás.

Críticas ao SUS Críticas ao SUS

XXV Congresso Brasileiro de Cirurgia da MãoJoinville/SC - F:(11) 5092-3426 [email protected]

30 a02/04

Mar

Isakos Fifth Biennal CongressHolywood, FL - USA - www.isakos.com / [email protected]

03 a 07

Abr

11º COTESP - Congresso de Ortopedia e Traumatologiado Estado de São PauloHotel Bourbon - Atibaia/SP - f: (11) 3887-3237

07 a 09

XI Congresso Norte/Nordeste de Ortopediae TraumatologiaMaceió/Al - F: (82) 325-8158

20 a 24

72 Annual Meeting - American Academyof Orthopaedic SurgeonsWashington - EUA - www.aaos.org

23 a 27

Fev

XII Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do PéHotel Serra Azul - Gramado/RS - F: (51) 3330-1134 -www.sbmcp.org.br/cbmp.asp

21 a 23

X Congresso da Sociedade Brasileira de ColunaCosta de Sauípe / BA - F:(71)336-5644

12 a 14

II Curso Internacional de Artroscopia do QuadrilHospital Sírio Libanês - São Paulo/SP - F: (11) [email protected]

17 a 19

3º Congresso Mundial da Sociedade Internacional deMedicina Física e de ReabilitaçãoHotel Bourbon - Atibaia/SP - f: (11) 3887-3237

10 a 14

XIV Congresso Sul-brasileiroEstação Embratel Convention Center/CuritibaSBOT - Regional/PR - F: (41) 262-8023

21 a 23

Congresso Brasileiro de Medicina do EsporteBrasília/DF - F: (11) 3887-3237

01 a 04

Mai

Congresso Brasileiro de Trauma OrtopédicoBento Gonçalves - RS - F:(11) 3887-7772 - www.sbot.org.br

19 a 21

Jun

7º Congresso da Federação Européia de AssociaçõesNacionais de Ortopedia e Traumatologia (EFORT)Lisboa/Portugal - www.portalefort.org

04 a 07

XVIII Ortra InternacionalRio de Janeiro /RJ - F: (21) 2543-3844

14 a 16Jul

Congresso Brasileiro de Medicina do EsporteSão Paulo / SP - F: (11) 3864-3540

10 a 13

Ago

Congresso Centro-oeste de OrtopediaCampo Grande/ MS - F: (67) [email protected]

26 a 28

IV Congresso Norte Nordeste da Sociedade Brasileirade Cirurgia de Ombro e CotoveloSalvador/ BA - F: (71) 336-5644 - [email protected]

26 e 27

II Congresso Internacional de EspecialidadesPediátricas - Criança 2005Salvador/ BA - F: (71) 336-5644 - [email protected]

27 a 30

I Simpósio de Fraturas do Cotovelo, Punho e MãoHospital Ortopédico - Belo Horizonte - F:(31) 3273-306625 e 26

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Jornal da SBOTEnvie seu e-mail: [email protected]

RECERTIFICAÇÃO

CEC elabora nova tabela de pontuação

CEC elabora nova tabela de pontuação

Pontu

açã

o

Congresso Brasileiro - CBOCongresso Brasileiro - CBOCongresso Brasileiro - CBOCongresso Brasileiro - CBOCongresso Brasileiro - CBOTTTTTÉ obrigatória a participação em pelo menos DOIS CBOT´sÉ obrigatória a participação em pelo menos DOIS CBOT´sÉ obrigatória a participação em pelo menos DOIS CBOT´sÉ obrigatória a participação em pelo menos DOIS CBOT´sÉ obrigatória a participação em pelo menos DOIS CBOT´snos últimos 5 anos, independente do número de pontosnos últimos 5 anos, independente do número de pontosnos últimos 5 anos, independente do número de pontosnos últimos 5 anos, independente do número de pontosnos últimos 5 anos, independente do número de pontosobtidos pelo membro candidato.obtidos pelo membro candidato.obtidos pelo membro candidato.obtidos pelo membro candidato.obtidos pelo membro candidato.Caso não haja participação mínima de 2 CBOT´s nosCaso não haja participação mínima de 2 CBOT´s nosCaso não haja participação mínima de 2 CBOT´s nosCaso não haja participação mínima de 2 CBOT´s nosCaso não haja participação mínima de 2 CBOT´s nosúltimos 5 anos, não serão computados os pontos das demaisúltimos 5 anos, não serão computados os pontos das demaisúltimos 5 anos, não serão computados os pontos das demaisúltimos 5 anos, não serão computados os pontos das demaisúltimos 5 anos, não serão computados os pontos das demaisparticipações.participações.participações.participações.participações.

Estágio em Serviço Internacional ouEstágio em Serviço Internacional ouEstágio em Serviço Internacional ouEstágio em Serviço Internacional ouEstágio em Serviço Internacional ouCredenciado pela SBOCredenciado pela SBOCredenciado pela SBOCredenciado pela SBOCredenciado pela SBOTTTTTSomente terão seus pontos computados os estágiosSomente terão seus pontos computados os estágiosSomente terão seus pontos computados os estágiosSomente terão seus pontos computados os estágiosSomente terão seus pontos computados os estágiosrealizados em regime de tempo integral, EM SERVIÇOSrealizados em regime de tempo integral, EM SERVIÇOSrealizados em regime de tempo integral, EM SERVIÇOSrealizados em regime de tempo integral, EM SERVIÇOSrealizados em regime de tempo integral, EM SERVIÇOSCREDENCIADOS PELCREDENCIADOS PELCREDENCIADOS PELCREDENCIADOS PELCREDENCIADOS PELA SBOTA SBOTA SBOTA SBOTA SBOT, por um período mínimo de 30, por um período mínimo de 30, por um período mínimo de 30, por um período mínimo de 30, por um período mínimo de 30(trinta) dias.(trinta) dias.(trinta) dias.(trinta) dias.(trinta) dias.

Os estágios em Serviços Internacionais serão computados seOs estágios em Serviços Internacionais serão computados seOs estágios em Serviços Internacionais serão computados seOs estágios em Serviços Internacionais serão computados seOs estágios em Serviços Internacionais serão computados serealizados em serviços com residência médica, ligados arealizados em serviços com residência médica, ligados arealizados em serviços com residência médica, ligados arealizados em serviços com residência médica, ligados arealizados em serviços com residência médica, ligados auniversidade ou centros médicos.universidade ou centros médicos.universidade ou centros médicos.universidade ou centros médicos.universidade ou centros médicos.

MestradoMestradoMestradoMestradoMestradoTTTTTrabalho premiado pela SBOrabalho premiado pela SBOrabalho premiado pela SBOrabalho premiado pela SBOrabalho premiado pela SBOTTTTT(Serão computados pontos relativos aos(Serão computados pontos relativos aos(Serão computados pontos relativos aos(Serão computados pontos relativos aos(Serão computados pontos relativos aostrabalhos premiados pela SBOT - Ptrabalhos premiados pela SBOT - Ptrabalhos premiados pela SBOT - Ptrabalhos premiados pela SBOT - Ptrabalhos premiados pela SBOT - PrêmiosrêmiosrêmiosrêmiosrêmiosBienais até 2002 e anuais a partir de 2002.)Bienais até 2002 e anuais a partir de 2002.)Bienais até 2002 e anuais a partir de 2002.)Bienais até 2002 e anuais a partir de 2002.)Bienais até 2002 e anuais a partir de 2002.)

Serão computados igualmente para autores e co-autores.Serão computados igualmente para autores e co-autores.Serão computados igualmente para autores e co-autores.Serão computados igualmente para autores e co-autores.Serão computados igualmente para autores e co-autores.

PPPPPublicações Científicas Indexadas e RBOublicações Científicas Indexadas e RBOublicações Científicas Indexadas e RBOublicações Científicas Indexadas e RBOublicações Científicas Indexadas e RBOSomente serão considerados para pontuação os artigosSomente serão considerados para pontuação os artigosSomente serão considerados para pontuação os artigosSomente serão considerados para pontuação os artigosSomente serão considerados para pontuação os artigospublicados em revistas que mantenham periodicidade,publicados em revistas que mantenham periodicidade,publicados em revistas que mantenham periodicidade,publicados em revistas que mantenham periodicidade,publicados em revistas que mantenham periodicidade,não sendo computadas matérias isoladas ou manuaisnão sendo computadas matérias isoladas ou manuaisnão sendo computadas matérias isoladas ou manuaisnão sendo computadas matérias isoladas ou manuaisnão sendo computadas matérias isoladas ou manuaistécnicos de companhias e indústrias , entre outros.técnicos de companhias e indústrias , entre outros.técnicos de companhias e indústrias , entre outros.técnicos de companhias e indústrias , entre outros.técnicos de companhias e indústrias , entre outros.PPPPPontuação válida para: RBO, INTERNACIONAIS OUontuação válida para: RBO, INTERNACIONAIS OUontuação válida para: RBO, INTERNACIONAIS OUontuação válida para: RBO, INTERNACIONAIS OUontuação válida para: RBO, INTERNACIONAIS OUNACIONAIS INDEXNACIONAIS INDEXNACIONAIS INDEXNACIONAIS INDEXNACIONAIS INDEXADAS.ADAS.ADAS.ADAS.ADAS.

DoutoradoDoutoradoDoutoradoDoutoradoDoutorado

2020202020

4040404040

3030303030

5050505050LivreLivreLivreLivreLivre-----docência ou Pósdocência ou Pósdocência ou Pósdocência ou Pósdocência ou Pós-----doutoradodoutoradodoutoradodoutoradodoutorado6060606060

Pontos CritériosA Comissão deEducação

Continuada daSBOT aprovou,

após váriasreuniões, a nova

Tabela dePontuação para aRecertificação dos

ortopedistasmembros da SBOT,que será utilizadaa partir de 1º de

janeiro de 2005. Anova Tabela dePontuação foi

apresentada pelopresidente da CEC,

Moisés Cohendurante a última

reunião daComissão Executivada SBOT, realizada

no final deoutubro, no Rio

de Janeiro.

PPPPPublicações em revista médica não indexadaublicações em revista médica não indexadaublicações em revista médica não indexadaublicações em revista médica não indexadaublicações em revista médica não indexadaSomente serão considerados para pontuação os artigos publicados em revistasSomente serão considerados para pontuação os artigos publicados em revistasSomente serão considerados para pontuação os artigos publicados em revistasSomente serão considerados para pontuação os artigos publicados em revistasSomente serão considerados para pontuação os artigos publicados em revistasque mantenham periodicidade, não sendo computadas matérias isoladas ouque mantenham periodicidade, não sendo computadas matérias isoladas ouque mantenham periodicidade, não sendo computadas matérias isoladas ouque mantenham periodicidade, não sendo computadas matérias isoladas ouque mantenham periodicidade, não sendo computadas matérias isoladas oumanuais técnicos de companhias e indústrias. Os pontos serão dados igualmentemanuais técnicos de companhias e indústrias. Os pontos serão dados igualmentemanuais técnicos de companhias e indústrias. Os pontos serão dados igualmentemanuais técnicos de companhias e indústrias. Os pontos serão dados igualmentemanuais técnicos de companhias e indústrias. Os pontos serão dados igualmentepara o autor e co-autor.para o autor e co-autor.para o autor e co-autor.para o autor e co-autor.para o autor e co-autor.

Examinador na prova de título de especialistaExaminador na prova de título de especialistaExaminador na prova de título de especialistaExaminador na prova de título de especialistaExaminador na prova de título de especialistaApresentação de conferências, temas livres ou pôster nosApresentação de conferências, temas livres ou pôster nosApresentação de conferências, temas livres ou pôster nosApresentação de conferências, temas livres ou pôster nosApresentação de conferências, temas livres ou pôster nosdemais eventosdemais eventosdemais eventosdemais eventosdemais eventosOs pontos serão dados igualmente para o autor e co-autor.Os pontos serão dados igualmente para o autor e co-autor.Os pontos serão dados igualmente para o autor e co-autor.Os pontos serão dados igualmente para o autor e co-autor.Os pontos serão dados igualmente para o autor e co-autor.

Colaborador em projetos CEC/SBOColaborador em projetos CEC/SBOColaborador em projetos CEC/SBOColaborador em projetos CEC/SBOColaborador em projetos CEC/SBOTTTTT

Pontos CritériosCongressos no ExteriorCongressos no ExteriorCongressos no ExteriorCongressos no ExteriorCongressos no Exterior, Oficiais, Estaduais e dos Comitês, Oficiais, Estaduais e dos Comitês, Oficiais, Estaduais e dos Comitês, Oficiais, Estaduais e dos Comitês, Oficiais, Estaduais e dos ComitêsSomente serão computados aqueles que representem o país: Congressos NacionaisSomente serão computados aqueles que representem o país: Congressos NacionaisSomente serão computados aqueles que representem o país: Congressos NacionaisSomente serão computados aqueles que representem o país: Congressos NacionaisSomente serão computados aqueles que representem o país: Congressos Nacionais(AAOS, AAOT etc.), sociedades internacionais (SICOT(AAOS, AAOT etc.), sociedades internacionais (SICOT(AAOS, AAOT etc.), sociedades internacionais (SICOT(AAOS, AAOT etc.), sociedades internacionais (SICOT(AAOS, AAOT etc.), sociedades internacionais (SICOT, SL, SL, SL, SL, SLAOT etc.) e sociedades deAOT etc.) e sociedades deAOT etc.) e sociedades deAOT etc.) e sociedades deAOT etc.) e sociedades deespecialidades (OTAespecialidades (OTAespecialidades (OTAespecialidades (OTAespecialidades (OTA, ISAKOS, AO-ASIF etc.). São considerados congressos Oficiais, ISAKOS, AO-ASIF etc.). São considerados congressos Oficiais, ISAKOS, AO-ASIF etc.). São considerados congressos Oficiais, ISAKOS, AO-ASIF etc.). São considerados congressos Oficiais, ISAKOS, AO-ASIF etc.). São considerados congressos Oficiaisda SBOTda SBOTda SBOTda SBOTda SBOT: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro (MG),: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro (MG),: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro (MG),: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro (MG),: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro (MG),Norte e Nordeste e Centro-oeste. Serão considerados congressos regionais aquelesNorte e Nordeste e Centro-oeste. Serão considerados congressos regionais aquelesNorte e Nordeste e Centro-oeste. Serão considerados congressos regionais aquelesNorte e Nordeste e Centro-oeste. Serão considerados congressos regionais aquelesNorte e Nordeste e Centro-oeste. Serão considerados congressos regionais aquelescom periodicidade permanente.com periodicidade permanente.com periodicidade permanente.com periodicidade permanente.com periodicidade permanente.

Cursos AOCursos AOCursos AOCursos AOCursos AOApresentação de Conferências, TApresentação de Conferências, TApresentação de Conferências, TApresentação de Conferências, TApresentação de Conferências, Temas Livres ou Pôster noemas Livres ou Pôster noemas Livres ou Pôster noemas Livres ou Pôster noemas Livres ou Pôster noCBOCBOCBOCBOCBOT ou ExteriorT ou ExteriorT ou ExteriorT ou ExteriorT ou Exterior

1010101010

1515151515

55555

55555

11111

Cursos com chancela CEC/SBOCursos com chancela CEC/SBOCursos com chancela CEC/SBOCursos com chancela CEC/SBOCursos com chancela CEC/SBOTTTTTReceberão essa pontuação os cursos que tiverem sua programação enviada àReceberão essa pontuação os cursos que tiverem sua programação enviada àReceberão essa pontuação os cursos que tiverem sua programação enviada àReceberão essa pontuação os cursos que tiverem sua programação enviada àReceberão essa pontuação os cursos que tiverem sua programação enviada àCEC/SBOTCEC/SBOTCEC/SBOTCEC/SBOTCEC/SBOT, solicitando a chancela., solicitando a chancela., solicitando a chancela., solicitando a chancela., solicitando a chancela.

Cursos no CBOCursos no CBOCursos no CBOCursos no CBOCursos no CBOTTTTTCursos que fazem parte da programação científica do CBOTCursos que fazem parte da programação científica do CBOTCursos que fazem parte da programação científica do CBOTCursos que fazem parte da programação científica do CBOTCursos que fazem parte da programação científica do CBOT

Cursos nos Congressos OficiaisCursos nos Congressos OficiaisCursos nos Congressos OficiaisCursos nos Congressos OficiaisCursos nos Congressos OficiaisTTTTTrata-se dos cursos que fazem parte da programação científica dos Congressosrata-se dos cursos que fazem parte da programação científica dos Congressosrata-se dos cursos que fazem parte da programação científica dos Congressosrata-se dos cursos que fazem parte da programação científica dos Congressosrata-se dos cursos que fazem parte da programação científica dos CongressosOficiais da SBOTOficiais da SBOTOficiais da SBOTOficiais da SBOTOficiais da SBOT: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro: Ortra (RJ), Cotesp (SP), Sul-brasileiro (RS), CIOT (SP), Mineiro(MG), Norte e Nordeste e Centro-oeste.(MG), Norte e Nordeste e Centro-oeste.(MG), Norte e Nordeste e Centro-oeste.(MG), Norte e Nordeste e Centro-oeste.(MG), Norte e Nordeste e Centro-oeste.

Cursos, jornadas e simpósios em Ortopedia e TCursos, jornadas e simpósios em Ortopedia e TCursos, jornadas e simpósios em Ortopedia e TCursos, jornadas e simpósios em Ortopedia e TCursos, jornadas e simpósios em Ortopedia e Traumatologiaraumatologiaraumatologiaraumatologiaraumatologia