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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · Brasil • Os 0,9% mais ricos do País detêm ... interesse geral!! (Karl Marx) ... -Aos interesses de quem detém o

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

ATUALIZAÇÃO SOBRE

ESPECIFICIDADE E INTERFACES DA

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO SUASCURSO

Facilitador(a): Brígida Taffarel

MÓDULO 1

Concepção da Proteção Social Básica

- Introdução Histórica e Conceitual sobre a Proteção Social

- Proteção Social e Assistência Social no Brasil

MÓDULO 2

2.1 Proteção Social Básica no SUAS

- Funções da Proteção Social Básica

- A quem se destina a Proteção Social Básica?

2.2 As ofertas da PSB

- Serviços Socioassistenciais da PSB

- Benefícios Socioassistenciais

- Programas no âmbito da Proteção Social Básica do SUAS

MÓDULO 3

Atribuições e Gestão da Proteção Social Básica

-CRAS, rede socioassistencial e articulação intersetorial

- Trabalho social com família na PSB

- Atribuições na gestão do CRAS e dos serviços

- Articulação com a rede

MÓDULOS

-Construindo o Perfil do grupo

Ciranda(música: https://www.youtube.com/watch?v=4ZE_EH56_UY)

- Continuou na gestão

- Entrou esse ano na gestão

- Já atuou na PSB

- Está iniciando atuação na PSB

- Atua no SCFV

-Atua no PAIF

- Atua Benefícios

- Gestor (diretor, coordenador, secretário)

-Técnico ou outra função

- Concursado

- Contratado

- Já participou de algum curso do CAPACITASUAS em 2016

Eu não me calo.

Eu preconizo um amor inexorável.

E não me importa pessoa nem cão:

Só o povo me é considerável,

Só a pátria é minha condição.

Povo e pátria manejam meu cuidado,

Pátria e povo destinam meus deveres

E se logram matar o revoltado

Pelo povo, é minha Pátria quem morre.

É esse meu temor e minha agonia.

Por isso no combate ninguém espere

Que se quede sem voz minha poesia.

Módulos

MÓDULO 1 - CONCEPÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL -Introdução Histórica e Conceitual sobre a Proteção Social - Proteção Social e Assistência Social no Brasil

MODULO II - A PROTEÇÃO SOCIAL BASICA NO SUAS-Funções da Proteção Social Básica - A quem se destina a Proteção Social Básica?

MODULO III - AS OFERTAS DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA-Serviços Socioassistenciais da PSB -Benefícios Socioassistenciais - Programas no âmbito da Proteção Social Básica do SUAS

MODULO IV - GESTAO DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA-CRAS, rede socioassistencial e articulação intersetorial.- Trabalho social com família na PSB - Atribuições na gestão do CRAS e dos serviços - Articulação com a rede

O Curso

-Integra o Programa CapacitaSUAS visando:

a. Consolidação de um modelo de atenção cidadã na

perspectiva do direito.

b. Desprecarização do trabalho, dos trabalhadores e

agentes sociais do SUAS através do esforço

coletivo e integrado.

c. Constitui-se enquanto espaço de trocas e debates

que permitam aos participantes suspender seu

cotidiano e reconstruí-lo à luz de conceitos e

paradigmas.

O Curso

Para tanto é necessário fortalecer:

- Capacidade de análise de conjuntura do modelo

social produtor de exclusões e do momento

atual;

- Compreensão do sistema de proteção social

nos diferentes contexto (estado democrático x

estado capitalista burguês);

- Desenvolvimento de práticas que busquem a

emancipação e autonomia dos sujeitos .

“A educação não muda o

mundo. A educação muda o

homem, o homem muda o

mundo”Paulo Freire

Conhecimento

-Se dá com a práxis = relação teoria e prática.

- Os conceitos/valores são materializados

historicamente e remetem a constituição do

homem enquanto sujeito histórico.

Aldaíza Sposati

- “A mais perversa armadilha da

alienação é acreditar que sempre

foi assim e, portanto, sempre será

assim”. (Mauri Luis Iase / UFRJ)

- Momento de conhecimento é,

portanto, um momento subversivo

em sua essência (Max Beer,

História do Socialismo).

Ser sujeito histórico é se contrapor a:

Ser sujeito histórico é ser:

1. Conhecer a realidade onde se dá o

fenômeno, na perspectiva da

superação dos fatores que geram

desproteção social;

2. Apreender e compreender o fenômeno

sobre o qual atuamos: “proteção

social”;

3. Dominar ferramentas que qualifiquem

a nossa intervenção para que ela seja

realmente transformadora.

Questões desafiadoras

-O QUE É PROTEÇÃO SOCIAL?

-QUEM FAZ PROTEÇÃO SOCIAL?

-PARA QUEM SE FAZ PROTEÇÃO SOCIAL?

(três tarjetas por aluno, cada um descreve seu

entendimento. Recolhe material a ser utilizado

em dinâmica ao final da aula)

HISTÓRICO E CONCEPÇÃO

DA PROTEÇÃO SOCIAL

TEMA 1

PROTEÇÃO SOCIAL X ESTADO CAPITALISTA

• Modelo de produção da vida baseado:

Na exploração do trabalho = trabalhador e

dos recursos da natureza (terra, energia,

água, sol)

Na acumulação de bens materiais, culturais,

políticos, econômicos, sociais e simbólicos

que permitem a sobrevivência e a

integração na vida social.

Consequência: Sociedade com profundas

desigualdades econômicas e sociais

Modo de produção fundado naexistência de duas classes sociais:

- Proprietários dos meios de produção

(terra, matérias-primas, máquinas e

instrumentos de trabalho) que compram a

força de trabalho para fazer funcionar as

suas empresas;

- Proletários, que são obrigados a vender a

sua força de trabalho, porque eles não têm

acesso direto aos meios de produção ou de

subsistência.

ESTADO CAPITALISTA

QUANDO A QUESTÃO SOCIAL PASSA A SER UMA QUESTÃO DE ESTADO?

• Questão social: vincula-se estreitamente à

exploração do trabalho, que gera

desigualdades econômicas e sociais.

• Sua gênese pode ser situada na segunda

metade do século XIX (industrialização e

surgimento do estado capitalista burguês)

quando os trabalhadores reagem à essa

exploração, provocando transformação

radical nos mecanismos de proteção social

dos indivíduos, até então sob a

responsabilidade das famílias, ordens

religiosas e comunidades

Proletariado

Europa: Pauperização massiva dos

trabalhadores nas concentrações

industriais que trazia consigo um enorme

custo social.

Aos poucos, esse primeiro proletariado

vai se organizando como classe

trabalhadora = apresentaram suas

reivindicações à esfera pública, colocando

em evidência a relação entre sua pobreza

e a forma de estruturação da emergente

sociedade capitalista.

PROTEÇÃO SOCIAL X MODELO DE

ESTADO

“A sociedade moderna está fundada

inteiramente na exploração das grandes

massas da classe operária por uma ínfima

minoria da população pertencente às

classes de proprietários de terras e de

capitalistas. Essa é uma sociedade de

escravagistas, porque os operários ‘livres’

que trabalham a vida inteira para o capital

só têm ‘direito’ aos meios de existência

estritamente indispensáveis à conservação

dos escravos para produzir os lucros, que

permitem assegurar e perpetuar a

escravidão capitalista”.

(Lenin, dezembro de 1905 )

Distribuição riqueza no planeta

0

10

20

30

40

50

60

2010 2012 2014 2016

1%

99%

http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2015/01/em-2016-grupo-com-1-dos-mais-ricos-do-mundo-vai-superar-os-99-mais-pobres-3617.html

https://oxfamintermon.s3.amazonaws.com/sites/default/files/documentos/files/riquezaTenerloTodoQuererMas190115.pdf

Distribuição riqueza no Brasil

• Os 0,9% mais ricos do País detêm

68,5% da riqueza dos brasileiros,

sendo as principais fontes de

acumulação de riqueza os fluxos de

renda e heranças recebidas.

• 99,1% detém 31,5%

(PNAD- IBGE)

• Colônia e Monarquia:

- Combate aos indígenas rebeldes,aumentar a produção agrícola no Brasil,defender o território e procurar jazidas deouro e prata;

- Época de revoltas (Balaiada, Sabinada,Revolução praieira, Farroupilha) e fim daescravidão.

• República

- Proprietários de terras (café e leite) xtrabalhadores (estrangeiros).

- As lutas por direitos sociais levam o Estadoa envolver-se progressivamente no camposocial, numa abordagem pública da questãosocial, constituindo novos mecanismos deintervenção nas relações sociais, seja pormeio de legislações laborais ou demecanismos de proteção social

• As desigualdades sociais não apenaspassaram a ser reconhecidas comoproblema social como também reclamarama intervenção dos poderes políticos naregulação pública das condições de vidadesses trabalhadores.

• As lutas e reivindicações do movimentooperário geraram melhores condições detrabalho e deram início as primeirasinstituições de proteção social.

• GOLPE

- Determinações do Governo Federal eracentralizadas, sem participação popularatravés de Atos Institucionais;

- Repressão e criminalização dos movimentossociais;

- Perda da soberania nacional através dasprivatizações e explosão da dependência docapital estrangeiro (dívida externa);

- Agenda política e econômica (interna eexterna) voltada para o interesse dasgrandes corporações;

- Cerceamento e redução de direitos quehaviam sido conquistados até aquelemomento.

• República democrática: alguns indicadores

ECONOMIA:

Em 2002: 13ª posição no ranking global de economias (dados doBanco Mundial e FMI).

Em 2011: Chegou a ser o 6º

Em 2016: 9ª maior economia do mundo

IDH E COMBATE A POBREZA:

Relatório da ONU / 2015: Bolsa Família é modelo de programasocial bem-sucedido. "Desde que o programa foi lançado, 5 milhõesde brasileiros deixaram a extrema pobreza. E por volta de 2009 oprograma havia reduzido a taxa de pobreza em 8 pontospercentuais.“

GINI – DESIGUALDADE (mede desigualdade de renda e vai de 0 a 100)

Passou de 58,6, em 2002, para 52,9, em 2013.

Em 2014, um relatório da ONU registrou queda significativa dadesigualdade na última década com o Gini passando, nos cálculosdas Nações Unidas, de 54,2 para 45,9.

• Investimento na política de Assistência Social Recursos para a assistência em relação ao Orçamento total da Seguridade Social.

“Orçamento Público não é simplesmente uma peça técnica, mas um campo de luta política com as distintas forças sociais que buscam seus interesses” (Salvador (2010, p.172)

ANOS(%) Orçamento da Seguridade Social

2002 4,20

2004 6,53

2006 7,84

2010 9,14

- SIAFI/MDS – caderno SUAS: Financiamento da Assistência Social no Brasil n.05.- A assistência social na contemporaneidade: uma análise a partir do orçamentopúblico, Janaina Albuquerque e Mossicléía Mendes da Silva

• GOLPE (Estado capitalista burguês)

- Determinações do Governo Federalcentralizadas, sem participação popular;

- Repressão e criminalização dos movimentossociais;

- Perda da soberania nacional através dasprivatizações;

- Agenda política e econômica (interna eexterna) voltada para o interesse das grandescorporações;

- Cerceamento e redução de direitos quehaviam sido conquistados até aquelemomento (CLT).

- Diminuição/congelamento no aporte derecursos para políticas sociais;

• GOLPE (Estado capitalista burguês)

- PEC 55 – Congela investimentos em políticaspúblicas/ Assistência Social;(https://www.youtube.com/watch?v=MyNsghBhd3U)

A PEC, por exemplo, anula a validade dos artigosconstitucionais que garantem a aplicação de mínimospercentuais da receita em saúde e educação.

- PEC 287 – Acaba com concessão salário mínimo(BPC) ao idoso e pessoa com deficiência:

“Em relação ao benefício de que trata o inciso V, a leidisporá ainda sobre:

- o valor e os requisitos de concessão e manutenção;

- a definição do grupo familiar;

- o grau de deficiência para fins de definição doacesso ao benefício e do seu valor.

• GOLPE (Estado capitalista burguês)

- Decreto 8.949/2016: Aprova a EstruturaRegimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargosem Comissão e das Funções de Confiança doMinistério do Desenvolvimento Social e Agrário =CNAS:16 para 09 funcionários

- MP 746 – Reforma do Ensino Médio• Amplia progressivamente a carga horária

anual de 800 h para 1.400 h.(Altera o artigo 24/LDB)• Retira a obrigatoriedade da oferta de

Educação Física e Artes do EM (Altera o artigo26/LDB)

• Define a língua inglesa como a únicaobrigatória no Ensino Médio (Altera o artigo 26/LDB)

• Retira a obrigatoriedade do ensino defilosofia e sociologia no EM. (Altera o artigo 36/LDB)

- Trabalho Intermitente (PL 3785/2012 )

O primeiro passo para toda classe que aspira

à dominação […], é a conquista do poder

político, para apresentar seu interesse como

interesse geral!! (Karl Marx)

O Estado passa a defender os interesses das

classes dominantes por meio de seus

instrumentos de regulação e ideológicos!!!

• Ver: BODART, Cristiano das Neves. Contraposições deKarl Marx às ideias contratualistas. Blog Café comSociologia. 2016. Disponível em:<LINKAQUI>. Acessadoem: 11/11/2016

Vamos pensar!!

O que determina a

oferta da proteção

social ?

A quem servem as

instituições públicas

no âmbito do estado

burguês capitalista?

Qual nosso papel enquanto

educador e técnico na

organização das famílias, da

comunidade e no fortalecimento

das instituições para que

atendam ao propósito do bem

comum de forma autônoma e

protagonista ?

Vamos pensar!!

O que determina a oferta da proteção social ?

-Modelo de estado x capacidade de organização

de classe.

A quem servem as instituições públicas no

âmbito do estado burguês capitalista?

-Aos interesses de quem detém o capital

Qual nosso papel enquanto educador e

técnico na organização das famílias, da

comunidade e no fortalecimento das

instituições para que atendam ao propósito

do bem comum de forma autônoma e

protagonista?

-Compreender e promover a proteção social

ofertada a partir da política de Assistência Social

As abordagens estatais da questão social

se estruturam a partir dos conflitos e

contradições que permeiam o processo

de acumulação da sociedade capitalista,

e das formas pelas quais essas

sociedades organizaram respostas para

enfrentar as questões geradas pelas

desigualdades sociais, econômicas,

culturais e políticas.

Cenário político

implicado na

produção da

desproteção

Pano de fundo: Modo de produção

capitalista e suas 5 principais

consequências:

1. Totalitarismo das Empresas:

Empresas transnacionais

determinando a função do Estado.

Produção de consciências dominada

pelo consumo através da criação de

necessidades humanas que destroem

identidades.

Ex: PEC 47 - regular a atividade de representação

de interesses perante a Administração Pública.

Poder Legislativo (pessoa física ou jurídica –

agentes de representação de interesses):

a) direito a voz no âmbito de reunião de

comissão integradas por deputados e

composição partidária proporcional à da

Câmara;

b) direito à apresentação formal de emendas a

proposições;

c) direito ao acompanhamento pessoal da

tramitação de matéria de seu interesse,

vedado o acesso aos ambientes exclusivos de

parlamentares;

Exemplo

Cenário político

implicado na

produção da

desproteção

2. Perda da capacidade de perceber as

diferenças e questioná-las = identidade

classe e passam a identificar por

necessidades de consumos. Oprimido se

identifica de forma ilusória com o

opressor.

3.Perda de direitos: vale a ordem dos

direitos do mercado não as necessidades

para desenvolver capacidades humanas

elevadas que promovam autonomia plena.

Cenário

político

implicado na

produção da

desproteção

4. A exaustão da natureza e das identidades

das espécies. Capital precisa expandir seus

domínios e seus mercados, como se tudo

pudesse ser invadido e destruído.

Privatização:

1º) Ser humano (escravo)

2º) Terra* (latifúndio)

3º) Florestas e minérios (petróleo)

4º) Sementes (transgênica)

5º) Água doce

6º) Calor do sol (placas de energia solar)

7º) Ar (botijões de oxigênio)

IBGE: Brasil estrutura fundiária mais desigual do

mundo.

- Pequenos lotes (até 10hec = 2,7% da soma de

propriedades rurais. - Grandes fazendas (mais de

mil hec = 43% do total).

Cenário político

implicado na

produção da

desproteção

5. Perda da Soberania

“A força do capital que se nega a pensar no

humano, produz a identidade da

alienação...os seres excedentes para o

capital são abandonados ou entregues ao

Estado, obrigando-o a criar mecanismos de

assistência, vigilância e punição para evitar

a perturbação da ordem do direito”

• Vídeo: Compreendendo a Proteção Social

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=w1KIk8bb-E4

Cenário

político

implicado na

produção da

desproteção

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898 – 1956)

PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

PARA DISCUTIR A

PROTEÇÃO

SOCIAL

Pode ser definida como um conjunto de

iniciativas públicas ou estatalmente

reguladas para a provisão de serviços e

benefícios sociais visando a enfrentar

situações de risco social ou de

privações sociais (Jaccoud, 2009:58).

TEM RELAÇÃO DIRETA COM O ACESSO

AOS DIREITOS DE CIDADANIA NA

FORMAÇÃO INTEGRAL DO SER, O QUE

REVELA A NECESSIDADE DE AÇÕES

INTERSETORIAIS E EM REDE.

A PROTEÇÃO SUPÕE, ALÉM DA OFERTA

DE BENS MATERIAIS, O ACESSO A BENS

CULTURAIS, POLÍTICOS, ECONÔMICOS,

SOCIAIS E SIMBÓLICOS QUE PERMITEM

A SOBREVIVÊNCIA E A INTEGRAÇÃO NA

VIDA SOCIAL.

PARA DISCUTIR A

PROTEÇÃO

SOCIAL

Concepção do Estado de Bem-Estar

Social:

- Caracterizou-se, de modo geral, pela

responsabilidade do Estado pelo bem-estar

de seus membros

-Responsabilidade do Estado pelo bem-estar

de seus membros

-“Trata-se de manter um padrão mínimo de

vida para todos os cidadãos, como questão

de direito social, através de um conjunto de

serviços provisionados pelo Estado” (Cf. Silva,

2004: 56).

Filme https://www.youtube.com/watch?v=bayoZEUEItg

PARA DISCUTIR A

PROTEÇÃO

SOCIAL

Importante:

A garantia de todo cidadão e cidadã à

proteção social implica na ruptura entre a

perspectiva assistencialista x perspectiva

socioassistencial de garantia de direitos =

cria um novo “modelo social público de

proteção social não contributiva”.

“Ter um modelo brasileiro de proteção

social não significa que ele já exista ou esteja

pronto, mas que é uma construção que exige

muito esforço de mudanças.

Concepção e gestão da proteção social não

contributiva no Brasil. - Brasília: Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome,

UNESCO, 2009 – Aldaíza Sposati.

PROTEÇÃO SOCIAL NO ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

filme : HISTÓRIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=qPE5MdntV2Y

OBSERVAÇÕES SOBRE O FILME

• Posse = Desigualdade

• Assistência aos pobres = industrialização

• Percurso da política de assistência social

• Assistência esmolada (XVIII) Estadomantinha relação com grupos privados ereligiosos na assistência aos pobres atravésde isenção clientelistas

• Assistência disciplinada: filantropia hospitaise asilos.(XIX)

• Fim da escravidão e chegada dostrabalhadores europeus

• Questão social: Revolução de 1930 conduz para o centro da agenda pública

• Lutas sociais e trabalhistas força a ampliação da atuação do Estado na área social

• Era Vargas: CLT, Institutos de Aposentadorias e Pensões

• Acesso a benefícios = contribuição financeira trabalhador formal

• Estado amplia sua atuação para os excluídos desse sistema de previdência = LBA (Legião Brasileira de Assistência) e o CNSS (Conselho Nacional de Serviço Social)

• CNSS: indicados pelo governo para analisarpedidos de auxílio

• LBA: reproduz na esfera pública o modeloassistencialista privado = reforça laço dedependência dos mais vulneráveis = primeirodamismo.

• Criação primeira escola serviço social:profissionalização e aproximação da açãosocial aos trabalhadores

• Descentralização política = estados emunicípios

• LBA se espalha pelo Brasil estimulando oVOLUNTARIADO FEMININO e a CARIDADEe BENEMERÊNCIA

• Ações fragmentadas e pontuais

• Entidades privadas atuavam demarcandocomo e para quem se daria o atendimento.

• Golpe: retirada de direitos

• LBA = vira Fundação Pública

• FUNABEM / BNH / INSS

• 1988: CF – Reconhece a Assistência Socialcomo Política Pública = Seguridade Social

• Proteção social reconhecida como direito docidadão e dever do Estado

• O que era “coisa de pobre”= questão social

• LOAS = regulamenta artigos da CF quetratam da Assistência Social = modelo degestão e controle social descentralizado eparticipativo

• LOAS: CNAS = fiscalizar, paritário edeliberativo

• LOAS: Comando único

• LOAS: Conselhos, Planos e Fundos

• Conferências a partir de 1995 = extinçãoLBA e criação da Secretaria de Estado daAssistência Social

• 1998 = texto PNAS e NOB

• Política de favor passa a ser política dedireito

• 2003:SUAS

• Brasil entra numa nova fase defortalecimento do Estado e defesa dedireitos

• 2005: NOB/SUAS

• Matricialidade sociofamiliar e território

• “Quando o serviço chega, chega toda aproteção social” (urbanização, escola,posto de saúde, CRAS)

• Onde a esmola termina, o direito começa.

COMO FOI ESSE PERCURSO

1988

CF

1993

LOAS

2004

PNAS

2005

NOB

SUAS

2009

TIPIFICAÇÃO

4 ANOS

1 ANO

11 ANOS

5 ANOS

2010CENSO SUAS

1 ANO

2011LEI SUAS

1 ANO

1 ANO

2012NOB SUAS

1 ANO

2013PENEP

2011 BSM

PROTEÇÃO SOCIAL –03 grupos recolhem os cartazes e aprofundam a discussão sobre proteção social a partir das seguintes

questões, sintetizando a discussão em uma única resposta

Grupo 1 – O que é proteção social

Quais aspectos estão envolvidos na Proteção social?

Quais as principais características que marcam a mudança de concepção no percurso da Assistência Social?

Grupo 2 – Quem promove proteção social

Como acessar a proteção social?

Quem e como deve ser garantida proteção social no âmbito da AsssitênciaSocial?

Em algum momento promovemos desproteção social?

Grupo 3 – Para quem se faz proteção social

Como podemos garantir proteção social no contexto de exclusão, exploração, perda de direitos?

Exercício:

Como podemos fortalecer a Política de Assistência

Social como política pública de proteção

social?

Estratégia 1

Estratégia 2

Estratégia 3

COMO ESTÁ ESSA

HISTÓRIA NO SEU

MUNICÍPIO?

Um riacho de águas muito limpas descia a

montanha rasgando a terra e desviando das

rochas quando avistou, ao longe, um pântano sujo

e temeu chegar até ele. Revoltado protestou

contra a montanha que o fazia descer:

Conto do Rio

-Por que não me avisou que teria que passar

por esse pântano sujo que eu teria desistido a

tempo? Do que valeu todo meu esforço por

me manter limpo até aqui?

A montanha que tudo presenciava respondeu:

-Depende da maneira como você vai encarar

o pântano. Se ficar com medo e diminuir o

ritmo da descida dará voltas e,

inevitavelmente, sem forças, acabará se

misturando com as águas sujas do pântano e

serás, para sempre, parte dele.

Conto do

Rio

Mas se você enfrentá-lo com velocidade, força e

determinação, vai atravessá-lo ao meio e jogará

toda a sujeira para as margens. Com o tempo ela

será absorvida pela terra, ficará à margem,

tornando-se coisa do passado. Você, como

prêmio pelo esforço, permanecerá como rio,

chegará ao mar e participará de sua grandeza.

(Ademar Bogo – Identidade e luta de classes)

Conto do

Rio

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: [email protected]

Telefone: 81 3183 0702

Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

E-mail: [email protected]: (081) 2103-2096