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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude Secretaria Executiva de Assistência Social Gerência de Projetos e Capacitação Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude · Trabalho social com ... de vulnerabilidade e desfi liação social. Ciênc. saúde coleti va vol.14 no.2, ... arquivo/assistencia_social/cartilha_paif

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Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e CapacitaçãoCentro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA

Módulo II

PROVIMENTO DOS SERVIÇOS

SOCIOASSISTENCIAIS:

o que precisa ser considerado no campo da

proteção social socioassistencial e no campo

intersorial ?

O QUE precisamos compreender:

Trabalho em equipes de referência,que prática é essa;Interdisciplinaridade no SUAS;Dimensão ética e politica dotrabalho social;Trabalho social com famílias;Dimensão técnica da intervençãoprofissional;Educação Permanente no Suas, oque é isso?

...Vamos Começar!

De tanto ver, a gente banaliza o olhar – ver... nãovendo.

Experimente ver, pela primeira vez, o que você vêtodo dia, sem ver.Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nosé familiar, já não desperta curiosidade.O campo visual da nossa retina é como o vazio.Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.Se alguém lhe pergunta o que você vê pelocaminho, você não sabe.De tanto vê, você banaliza o olhar.Sei de um profissional que passou 32 anos a fiopelo mesmo hall do prédio do seu escritório.Lá estava sempre, pontualíssimo, o porteiro.Dava-lhe bom dia, às vezes, lhe passava um recadoou uma correspondência.

Ver vendo...

Otto Lara Resende

Um dia o porteiro faleceu.Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como sevestia?Não fazia a mínima idéia.Em 32 anos nunca consegui vê-lo.Para ser notado o porteiro teve que morrer.Se, um dia, em seu lugar tivesseuma girafa cumprindo o rito, pode ser, também,que ninguém desse por sua ausência.

O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.Mas a sempre o que ver gente, coisa, bichos...E vemos?Não, não vemos.Uma criança vê aquilo que o adulto não vê.Tem olhos atentos e limpos para o espetáculodo mundo. O poeta é capaz de ver pelaprimeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê.O pai que raramente vê o próprio filho. Omarido que nunca viu a própria mulher (edesconhece seus desejos). Os nossos olhos segastam no dia a dia, opacos.É por ai que se instala no coração o monstroda indiferença.

Vida Mariattps://www.google.com.br/search?q=VIDA+MARIA&rlz=1C1CHZL_pt-BRBR722BR722&oq=VIDA+MARIA&aqs=chrome..69i57j69i60j0j69i59j0l2.6887j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8

O sonho impossívelhttps://www.youtube.com/watch?v=dKSdDQqkmlM

OFICINA 1Produto : mapa de causas e consequências e diagnostico sobre oque pesa convivência familiar e comunitária e nos vínculos

Retomando a tarefa dos grupos sobre osvídeos “Vida Maria” e “o sonhoimpossível” exibidos anteriormente.

Quais as características davulnerabilidade (causas e conseqüências)apresentadas nos roteiros dos “filmes”? Considerando os roteiros , o que ameaçaa convivência e o vínculo nas duasanimações?

Para a implementação do SUAS e paraalcançar os objetivos previstos naPNAS/20004, é necessário tratar agestão do trabalho como uma questãoestratégica.

A qualidade dos serviçossocioassistenciais disponibilizados àsociedade depende da estruturação dotrabalho, da qualificação e valorizaçãodos trabalhadores atuantes no SUAS.

(NOB/SUAS, 2011, p.17).

Atente para:

Gestão do trabalho no SUAS: o que é isso?

À Luz da NOB-RH/SUAS...

A execução de um serviço, envolve considerar osvários fatores que ele nos apresenta:

quem vai fazer (equipes de referência);como fazer (princípios éticos);quem é meu público prioritário (usuários doserviço);onde fazer (quais suportes institucionais);como serei contemplado no processo (formaçãoe educação permanentes).

VALE LEMBRAR:

O SCFV organiza-se em grupos, demodo a ampliar as trocas culturais ede vivências entre os usuários, assimcomo desenvolver o seu sentimentode pertença e de identidade.A formação dos grupos deverespeitar as necessidades dosparticipantes, levando emconsideração as especificidades doseu ciclo de vida.

OFICINA 2

Produto : mapa de causas e consequências e diagnostico sobre o que pesa convivência

familiar e comunitária e nos vínculos

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos: Caracterizaçãodos grupos para um atendimento eficiente, eficaz e efetivoO pode ameaçar a convivência?O que pode fragilizar o vínculo?

Elabore cinco questões chaves para cada bloco de perguntasagrupando elementos que podem facilitar o conhecimento sobre osindivíduos e a organização do trabalho do SCFV direcionados a:

GT1 – Crianças:GT2 – Adolescentes;GT3 – Mulheres ;GT4 – Pessoas idosas.

BLOCO 1 - IDENTIDADE INDIVIDUALBLOCO 2 - IDENTIDADE FAMILIARBLOCO 3 - IDENTIDADE SOCIAL

O VALOR DE USO DOS REGISTROS A PRODUÇÃO DEINFORMAÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIASOCIOASSISTENCIAL NO PROCESSO DEDIAGNÓSTICO, ATENDIMENTO EACOMPANHAMENTO

REGISTRAR O QUÊ?As necessidades e os que elas demandam para as equipesdo SUAS, da Rede Intersetorial, da comunidade.

REGISTRAR QUANDO?Na acolhida, no processo de atendimento, nos momentosde acompanhamento, monitoramento e avaliação.

REGISTRAR PARA QUÊ?Para acompanhar o desenvolvimento integral dos indivíduose famílias, avaliar, analisa e planejar abordagens,reposicionar equipes, metodologia e a oferta intersetorial.

Atente para O CADERNO DE ORIENTAÇÕESTÉCNICAS PAIF e SCFVhttp://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/cartilha_paif_2511.pdf

(páginas 15 e 16).

É fundamental não perder de vista o caráterpreventivo e proativo desse serviço que, como osdemais serviços de Proteção Social Básica, antecipa-se às situações de desproteção familiar e àquelasconstatadas no âmbito público, oferecendo aosusuários alternativas emancipatórias para oenfrentamento da vulnerabilidade social. Osencontros do SCFV são situações de convivência paradiálogos e fazeres que constituem algumas dessasalternativas.

Nessa direção, esses encontros são um espaço parapromover:

processos de valorização/reconhecimento:estratégia que considera as questões e osproblemas do outro como procedentes e legítimos ;escuta: estratégia que cria ambiência – segurança,interesse, etc. – para que os usuários relatem oupartilhem suas experiência ;produção coletiva: estratégia que estimula aconstrução de relações horizontais – de igualdade -,a realização compartilhada, a colaboração ;exercício de escolhas: estratégia que fomenta aresponsabilidade e a reflexão sobre as motivaçõese interesses envolvidos no ato de escolher;

tomada de decisão sobre a própria vida ede seu grupo: estratégia que desenvolve acapacidade de responsabilizar-se, denegociar, de compor, de rever e de assumiruma escolha;diálogo para a resolução de conflitos edivergências: estratégia que favorece oaprendizado e o exercício de um conjuntode habilidades e capacidades decompartilhamento e engajamento nosprocessos resolutivos ou restaurativos;reconhecimento de limites e possibilidadesdas situações vividas: estratégia queobjetiva analisar as situações vividas eexplorar variações de escolha, de interesse ,de conduta, de atitude, de entendimentodo outro ;

experiências de escolha e decisão coletivas:estratégia que cria e induz atitudes maiscooperativas a partir da análise da situação,explicitação de desejos, medos e interesses;negociação, composição, revisão deposicionamentos e capacidade de adiarrealizações individuais;aprendizado e ensino de forma igualitária:estratégia que permite construir, nasrelações, lugares de autoridade paradeterminadas questões, desconstruindo aperspectiva de autoridade por hierarquiaspreviamente definidas;

reconhecimento e nomeação das emoçõesnas situações vividas: estratégia quepermite aprender e ter domínio sobre ossentimentos e afetações, de modo aenfrentar situações que disparamsentimentos intensos e negativos emindivíduos ou grupos;reconhecimento e admiração da diferença:estratégia que permite exercitar situaçõesprotegidas em que as desigualdades ediversidades podem ser analisadas eproblematizadas, permitindo quecaracterísticas, condições e escolhas sejamtomados em sua raiz de diferença e não apartir de um juízo de valor hegemônico(pautado na lógica de quem detém o“poder”) .

Oficina 3

Considerando os casos que revelam situaçõesvividas na /pela sociedade, considere as estratégiasapresentadas pela cartilha “Paif/SCFV” e construametodologia (como fazer) para o trabalho coletivo.GT 1 - processos de valorização/reconhecimento:estratégia que considera as questões e os problemas dooutro como procedentes e legítimos;GT2 - escuta: estratégia que cria ambiência – segurança,interesse, etc. – para que os usuários relatem oupartilhem suas experiência ;GT3 - produção coletiva: estratégia que estimula aconstrução de relações horizontais – de igualdade -, arealização compartilhada, a colaboração;GT4 - reconhecimento de limites e possibilidades dassituações vividas: estratégia que objetiva analisar assituações vividas e explorar variações de escolha, deinteresse , de conduta, de atitude, de entendimento dooutro.

Sugestões para leitura e estudo

ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; PINHEIRO, L. C.; et.al. Juventude, violência e vulnerabilidadesocial na América Lati na: desafi os para políti cas públicas. Brasília: UNESCO, 2002.

ARENDT, Hannah. As esferas pública e privada. In A condição humana. 10ª edição. Rio deJaneiro: Forense Universitária, 2007. BAUMAN, Zygmunt e MAY, Tim. Ação, identi dade eentendimento da vida coti diana. In Aprendendo a pensar com a sociologia. Rio de Janeiro:Zahar, 2010.

BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia. 7ª ed. rev. e ampl. Trad.: Marco Aurélio Nogueira.São Paulo: Paz e Terra, 2000.

CÂMARA, Gilberto e SPOSATI, Aldaíza. Territórios Digitais: As Novas Fronteiras do Brasil. SãoPaulo: Revista Estudos Avançados, 2005.

CAMPOS, Gastão Wagner e CAMPOS, Rosana T.O. Co-construção de autonomia: o sujeito emquestão. In CAMPOS, Gastão Wagner et al (coord). Tratado de Saúde Coleti va. São Paulo:HUCITEC, Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2006.

NOB-RH anotada e comentada. Brasília: MDS/SNAS, 2011. FREIRE, Paulo. Pedagogia daautonomia: saberes necessários à práti ca educati va. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

GONTIJO, Daniela Tavares; MEDEIROS, Marcelo. Crianças e adolescentes em situação de rua:contribuições para a compreensão dos processos de vulnerabilidade e desfi liação social.Ciênc. saúde coleti va vol.14 no.2, Rio de Janeiro Mar./Apr. 2009.http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/cartilha_paif_2511.pdf

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