23

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - … · A educação ambiental, nas instituições de ensino tem evoluído, como mostram os resultados do Censo Escolar publicado pelo Instituto

Embed Size (px)

Citation preview

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO-SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

DEONILVA ANTUNES CORRÊA DE ÁVILA

UNIDADE TEMÁTICA:

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - RECICLAGEM NA ESCOLA

Orientador: Professor Dr. Juliano Cordeiro

ITAPEJARA D'OESTE

2011

2

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA:

Título: Educação Ambiental - Reciclagem do Lixo Na Escola

Autora Deonilva Antunes Correa de Ávila.

Escola de Atuação Escola Estadual Irmão Isidoro D’umont.

Município da escola Itapejara D’ Oeste – Paraná.

Núcleo Regional de Educação

Pato Branco - PR

Orientador Prof. Dr. Juliano Cordeiro.

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, Guarapuava – PR.

Disciplina/Área (entrada no PDE)

Ciência

Produção Didática pedagógica

Unidade temática

Relação Interdisciplinar Sociologia da Educação

Público Alvo Funcionários, Professores, Alunos do ensino fundamental.

Localização Rua Fernando Ferrari, 218, - Município de Itapejara D’Oeste, Estado do Paraná.

Apresentação: O objetivo da presente Unidade Temática é apresentar um estudo sobre educação ambiental para implantar o processo de recolhimento e separação do lixo na Escola Irmão Isidoro Dumont (Itapejara D’Oeste) com envolvimento de funcionários, alunos da do ensino fundamental e professores. Para implantação do projeto educação ambiental será necessário apropriar-se do método da pesquisa ação. Este método de pesquisa

permite a pesquisadora (professora) inserir-se juntamente com os alunos e outros sujeitos no desenvolvimento do projeto: Educação Ambiental – Reciclagem do lixo na escola. O projeto no ambiente escolar será realizado com o envolvimento da comunidade escolar (funcionários, alunos e professores), aliado a este projeto será dado ênfase a educação ambiental, alertando a equipe sobre os diversos problemas ocasionados pela geração de lixo e sobre as possibilidades de minimizar o impacto ambiental através de atitudes corretas. Faz-se necessário que todos contribuam para que o ambiente escolar permaneça agradável, sem a presença de lixos ou resíduos. A intenção deste projeto de intervenção Pedagógica na escola é estabelecer um trabalho sobre a importância de preservar o impacto ambiental através de atitudes proativas.

Palavras-chave: Educação Ambiental; Separação; Lixo.

4

1 UNIDADE TEMÁTICA

Educação Ambiental:

Reciclagem do Lixo na Escola

A educação ambiental escolar torna-se imprescindível, posto que é uma necessidade

ao pleno desenvolvimento humano, como pressuposto básico ao reconhecimento dos direitos,

dos deveres, da vida societária presente e futura.

A educação ambiental apresenta-se como ação fundamental, não só pela capacidade

de percepção do ser humano em seu meio, mas pela oportunidade de fornecer informações

teóricas e práticas para fortalecer a compreensão da importância do ato de reciclar para a

melhoria das condições do meio ambiente, quanto ao uso indiscriminado dos recursos naturais

e a produção do lixo urbano.

Ressalta-se que a ação do professor no processo da educação ambiental é

fundamental, já que é ele quem vai proporcionar aos alunos condições necessárias à mudança

de comportamento que se espera deles para que se tornem sujeitos conscientes da importância

das suas atitudes em relação à preservação do meio ambiente. Nestes termos, o professor

empenha-se na conscientização do educando para agirem com atitudes disseminadoras dos

conhecimentos adquiridos.

Busca-se com esta unidade temática apresentar um estudo sobre educação ambiental

para implantar o processo de recolhimento e separação do lixo na Escola Irmão Isidoro

Dumont (Itapejara D’Oeste) com envolvimento de funcionários, alunos da 6ª série do ensino

fundamental e professores. Além disso, apresentar um estudo sobre como se recicla resíduos

sólidos; implantar instalações de lixeiras para coleta seletiva; implementar a coleta seletiva do

lixo escolar.

Buscando um entendimento aprofundado do que se trata a Educação Ambiental e

quais as contribuições para o projeto que ora se desenvolve, foi realizada pesquisa sobre

educação no sentido mais amplo da palavra.

De fato, a educação trata-se de ações voltadas para a capacidade intelectual de

aprender. Ações onde as pessoas passam a compreender como determinada questões

funcionam

Em se tratando de educação ambiental, pode-se ainda, acrescentar,

[...] Aprender a empregar novas tecnologias, aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões acertadas (EFFTING, 2007, p. 24).

A educação sendo considerada “um processo de desenvolvimento da capacidade de

pensamento, pode ser entendida como um valioso instrumento para solucionar problemas na

sociedade” (ALVES, 2003, p. 8).

A Educação Ambiental deve estar direcionada para a resolução de problemas que

envolvem a comunidade na qual o indivíduo está inserido,

[...] A educação ambiental deve orientar-se para a comunidade e procurar incentivar o indivíduo a participar ativamente da resolução dos problemas no seu contexto de realidade específicas. Os cidadãos do mundo, atuando em suas comunidades, é a proposta traduzida na frase muito usada pelos ambientalistas: pensamento global e ação local, ação global e pensamento local (REIGOTA, 1994, p. 58 apud ARMANDO, p. 6).

São diversos os objetivos que justificam a educação ambiental, enumera-se quatro

conjuntos de temas e objetivos (Quadro 1) com os quais se identificam diversas práticas de

educação ambiental no Brasil:

Conjuntos de temas e objetivos com os quais se identificam diversas práticas de Educação Ambiental no Brasil

1. Biológicos

Proteger, conservar e preservar espécies, ecossistemas e o planeta como um todo; conservar a biodiversidade e o clima; detectar as causas da degradação da natureza, incluindo a espécie humana como parte da natureza; estabelecer as bases corretas para a utilização e conservação dos recursos naturais;

2. Espirituais/Culturais

Promover o autoconhecimento e o conhecimento do Universo, através do resgate de valores, sentimentos e tradições e da construção de referências fundamentada espaciais e temporais que possibilitem uma nova ética em valores como verdade, amor, paz, integridade, diversidade cultural, felicidade e sabedoria, visão global e holística;

3. PolíticosDesenvolver uma cultura de procedimentos democráticos; estimular a cidadania e a participação popular; estimular a formação e aprimoramento de organizações, o diálogo na diversidade e a auto-gestão política;

4. Econômicos

Contribuir para a melhoria na qualidade de vida através da criação de empregos em atividades ambientais, não alienantes e não exploradoras do próximo. Caminhar em direção à auto-gestão do seu trabalho, dos seus recursos e dos seus conhecimentos como indivíduos e como grupos/comunidade.

Quadro 1 – Conjuntos de temas e objetivos com os quais se identificam diversas práticas de Educação Ambiental no Brasil - Adaptado

Fonte: Sorrentino (1995, p. 16 apud ARMANDO, 2005, p. 7).

Os objetivos da educação ambiental podem ainda ser destacados nos seguintes

termos:

4

Formar pessoas (crianças e jovens e adultos) conscientes da responsabilidade que têm para o meio ambiente; Estimular atitudes racionais para o uso do meio ambiente, visando o ecodesenvolvimento, o desenvolvimento sustentável, [...]; Incentivar os processos de reciclagem; Formar cidadãos conscientes de suas responsabilidades e que sejam atuantes na sociedade [...] (TROPPMAIR, 1997, p. 6 apud ARMANDO, 2005, p. 8).

A finalidade da educação ambiental pode ser atribuída nos seguintes termos:

Proporcionar, a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse ativo a as atitudes, necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente; Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, a respeito do meio ambiente (EFFTING, 2007, p. 24).

A educação ambiental é um processo educacional criado ao longo dos anos através

de estudos de especialistas, com pontos de vista direcionados a necessidades do homem e da

natureza entrelaçadas em um objetivo comum que é a preservação da qualidade de vida de

todos os seres do planeta (SANTOS, 2007). Por conta de problemas ambientais em quase

todas as regiões brasileiras, torna-se indispensável o desenvolvimento e implantação de

programas educacionais ambientais nos ambientes escolares, como ações positivas na

tentativa de minimizar os impactos causados ao meio ambiente.

A educação ambiental, nas instituições de ensino tem evoluído, como mostram os

resultados do Censo Escolar publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira - INEP, quando, a partir de 2001 incluiu uma questão:

A escola faz educação ambiental? Os dados de 2004 indicaram a universalização da educação ambiental no ensino fundamental, com um expressivo número de escolas – 94,95% – que declaram ter educação ambiental de alguma forma, por inserção temática no currículo, em projetos ou, até mesmo, uma minoria, em disciplina específica. Em termos do atendimento, existiam em 2001 cerca de 25,3 milhões de crianças com acesso à educação ambiental, sendo que, em 2004, esse total subiu para 32,3 milhões (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007, p. 19).

O aparecimento e desenvolvimento da educação ambiental como processo de ensino

está diretamente relacionado ao movimento ambientalista, porquanto é resultado da

conscientização da problemática ambiental. “A ecologia, como ciência global, trouxe a

preocupação com os problemas ambientais, surgindo a necessidade de se educar no sentido de

preservar o meio ambiente” (SANTOS, 2007, p. 14).

5

A definição para "lixo" provém do latim LIX, que quer dizer cinza.

Este termo vem de uma época bastante remota onde eram usados fornos, fogões e lareiras à base de lenha que formavam resíduos da lenha carbonizada e cinza. [...] de um modo geral, todos os resíduos eram aproveitados para a alimentação de animais como porcos e galinhas, ou como adubo para a plantação. Hoje o lixo não contém somente cinzas, e a palavra "lixo" passou a denominar, genericamente, tudo aquilo que não tem mais serventia e se joga fora (SANTOS et al., 1995, p. 41).

Geralmente os conceitos de lixo estão associados a resíduos resultantes de atividades

humanas e que não possuem valor,

O lixo é normalmente definido como todo o resíduo sólido resultante das atividades humanas. Estes resíduos podem ser objetos que não mais possuem valor econômico ou utilidade, como também porções de materiais sem qualquer significação, resíduos de processos industriais ou domésticos a serem descartados, enfim, qualquer coisa sem utilidade e que se jogue fora (OLIVEIRA, 1969, p. 36).

Nos dias atuais é constante o combate pela preservação do meio ambiente, e este

combate está diretamente relacionado com a questão do lixo urbano,

A sociedade [...] que vivemos tem como hábito extrair da natureza a matéria-prima e, depois de utilizada, descartá-la em lixões, caracterizando uma relação depredatória com o seu habitat. Assim, grande quantidade de produtos recicláveis que poderiam ser reaproveitados a partir dos resíduos, é inutilizada na sua forma de destino final [...] (AZEVEDO, 1996, p. 45).

Na visão de Marcondes (1998), lixo é quase sempre definido como aquilo que

ninguém quer. Todo e qualquer resíduo proveniente das atividades humanas ou geradas pela

natureza em aglomerações urbanas. Porém é necessário reciclar estes conceitos, deixando de

enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade. A maioria dos materiais que vão

para o lixo pode ser reciclada.

A NBR 10.004 (2004) da ABNT classificou e normatizou os resíduos oriundos de

urbanos, industriais, serviços de saúde radioativos e resíduos agrícolas conforme Tabela 1:

6

Tabela 1 – Classificação dos resíduos sólidos

Classificação dos resíduos sólidos

UrbanosEnquadram os resíduos sólidos residenciais, comerciais, de varrição, feiras livres, capinação e poda;

IndustriaisResíduos sólidos advindos de indústrias, nos quais se inclui um grande percentual de lodos provenientes dos processos de tratamento de efluentes líquidos industriais, muitas vezes tóxicos e perigosos;

Serviços de SaúdeQue abrangem os resíduos sólidos hospitalares, de clínicas médicas e veterinárias, postos de saúde, consultórios odontológicos e farmácias;

RadioativosEm que se incluem os resíduos sólidos de origem atômica sob tutela do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN);

Resíduos AgrícolasEm que se agrupam os resíduos resultantes de processos agropecuários, com ênfase em embalagens de defensivos agrícolas, pesticidas, herbicidas e fungicidas.

Fonte: NBR 10.004 (2004) da ABNT

Conforme a legislação, a coleta, o transporte e a disposição desses resíduos são de

responsabilidade do gerador, ainda que em algumas cidades os serviços da prefeitura

responsabilizam-se pela coleta de até 50 kg dele.

A seguir, a Tabela 2 mostra a responsabilidade pelo gerenciamento dos diferentes

tipos de resíduos sólidos:

Tabela 2 - Responsabilidade pelo gerenciamento de resíduos

Tipo de lixo ResponsávelDomiciliar PrefeituraComercial PrefeituraPúblico PrefeituraServiços de Saúde Gerador (hospitais etc.)

ContinuaçãoIndustrial Gerador (indústrias)Portos, aeroportos, e terminais ferroviários e rodoviários Gerador (portos, etc.)Agrícola Gerador (agricultor)Entulho – Construção civil GeradorFonte: Costa (2007)

De acordo com a natureza do resíduo, é possível classificar quanto ao grau de

degrabilidade conforme Tabela 3:

7

Tabela 3 - Degradabilidade

Grau de degrabilidadeFacilmente degradáveis Matéria orgânica, que é o constituinte principal dos resíduos sólidos de origem urbana;

Moderadamente degradáveisSão os papéis, papelão e material celulósico; que podem ser recolhidos por catadores de papel.

Dificilmente degradáveisSão os resíduos têxteis, aparas e serragens de couro, borracha e madeira, que hoje também são parcialmente reaproveitados;

Não-degradáveis

Incluem vidros, metais, plásticos, pedras, terra e outros. Os metais são amplamente reciclados, incluindo as embalagens de alumínio; os vidros e parte dos plásticos, como polietileno de baixa densidade, já são amplamente reutilizados, assim como plásticos e pedras podem ser reaproveitados para cominuição e utilização como sub-leito de pavimentos.

Fonte: NBR 10.004 (2004) da ABNT - Adaptado

O quadro 2 apresenta os locais onde geralmente acontece a disposição final do lixo:

Disposição Final do Lixo

LixãoLocal onde, clandestinamente, o lixo urbano, industrial, e até mesmo o lixo hospitalar são acumulados, de forma rudimentar, a céu aberto, sem qualquer tratamento.

Aterros Sanitários

São grandes terrenos onde o lixo é depositado de modo adequado, procurando-se minimizar ao Máximo os problemas ambientais e da saúde publica decorrentes dessa armazenagem. São feitos sobre terreno impermeabilizado para evitar infiltração de materiais tóxicos no solo e lençóis freáticos. As camadas de lixo depositadas são cobertas por terra e outros materiais inerentes, evitando mau cheiro, presença de moscas e outros animais.

Incineração

Também conhecido como queima, tratamento térmico do lixo. Além de proporcionar diminuição do volume de lixo disposto em aterro (transformando-o em cinzas), possibilita geração de energia elétrica e vapor d’água. Esse tratamento deve estar associado à implantação prévia de políticas de redução de geração e reciclagem de resíduos.

Compostagem

Dá-se o nome de compostagem ao processo biológico de decomposição da matéria orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. Esse processo tem como resultado final um produto – o composto orgânico - que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente.

ReciclagemDesigna o reaproveitamento de materiais, de sorte a permitir novamente sua utilização. Trata-se de dar aos descartes uma nova vida. Neste sentido, reciclar é “ressuscitar” materiais, permitir que outra vez sejam aproveitadas.

Coleta seletiva

Nada mais é do que o recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e materiais orgânicos, proveniente separado na fonte geradora. A coleta seletiva proporciona uma melhor qualidade na reciclagem, uma vez que não contaminados com outros materiais presente no lixo; estes recicláveis, quando vendidos, podem alcançar melhor valor no mercado.

Quadro 2 - Classificação e destinação final do lixo

Fonte: CEMPRE (2000)

Os resíduos sólidos manejados inadequadamente oferecem alimento e abrigo para

muitos vetores de doenças, especialmente roedores como ratos, ratazanas e camundongos, e

insetos como moscas, baratas e mosquitos. Atualmente, está demonstrada de forma clara a

relação entre a proliferação de certas doenças e o manejo inadequado de resíduos sólidos

(PINTO, 2005).

Além disso, a decomposição dos resíduos pode: “levar à contaminação do solo e de

águas subterrâneas com substâncias orgânicas, microrganismos patogênicos e inúmeros

contaminantes químicos presentes nos diversos tipos de resíduos” (PHILLIPINI, 2005, apud

BASTOS et al, 2010, p. 3).

8

Oportunidades econômicas têm impulsionado atividades informais de coleta e

reaproveitamento de resíduos, que por um lado geram trabalho e promovem reaproveitamento

de recursos naturais, mas que, sem controle, podem se tornar focos de doenças e

contaminações. Existem situações extremas em que pessoas moram nos depósitos de lixo,

onde garimpam materiais recicláveis e, por vezes, buscam ali seu alimento (D’ALMEIDA;

VILHENA, 2000).

O Quadro 3 apresenta os produtos que podem ser reciclados e o que ainda não pode:

Recicláveis Não recicláveis

1) PAPEIS

Caixa de Papelão, Jornal, Revista, Impressos em geral, Fotocópias, Rascunhos, Envelopes, Papel timbrado, Embalagens longa-vida, Cartões, Papel de fax, Folhas de caderno, Formulários de computador, Aparas de papel, Copos descartáveis, Papel vegetal, Papel toalha e guardanapo.

Papel sanitário, Papel carbono, Fotografias, Fitas adesivas, Stencil, Tocos de cigarro.

2) VIDROS

Garrafas de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, bem como seus cacos. Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza); ampolas de remédios. Potes de produtos alimentícios.

Espelhos, vidros de janelas, box de banheiro, lâmpadas incandescentes e fluorescentes, cristais.Utensílios de vidro temperado. Vidros de automóveis. Tubos e válvulas de televisãoCerâmica, porcelana, pirex e marinex.

3) METAIS

Latas de alumínio (cerveja e refrigerante) Sucatas de reformas. Lata de folha de flandres (lata de óleo, salsicha e outros enlatados) Tampinhas, arames, pregos e parafusos. Objetos de cobre, alumínio, bronze, ferro, chumbo ou zinco, Canos e tubos.

Clipes e grampos, Esponjas de aço.

4) PLÁSTICOS

Embalagens de refrigerantes, de materiais de limpeza, de alimentos diversos.Copos plásticos. Canos e tubos. Sacos plásticos.Embalagens Tetrapak (misturas de papel, plástico e metal) Embalagens de biscoito.

Ebonite (cabos de panelas, tomadas).

Quadro 3 - Produtos que podem ser reciclados e o que ainda não pode

Fonte: Portal São Francisco (2011).

As cores abaixo indicam as características dos materiais a serem depositados:

• Verde: vidro/garrafas/

• Azul: papel/papelão;

• Vermelho: embalagens de refrigerantes/copos plásticos

• Amarelo: Embalagens de metal e plástico; latas de refrigerante

9

Figura 1 – Cores dos recipientes para armazenar corretamente os materiais

Fonte: Canal do Educador (2011)

A Figura 2 ilustra os símbolos e as cores para cada tipo de material, espalhados no

mundo inteiro:

Figura 2 – Símbolos para cada tipo de material

Fonte: Portal São Francisco (2011)

10

Góis Santos (2009) enumera alguns benefícios da reciclagem, dentre os quais se

destacam:

• Redução no consumo de recursos naturais não-renováveis.

• Redução de áreas necessárias para aterro.

• Redução de consumo de energia durante o processo de produção e no transporte.

• Redução da poluição (emissão de gás carbônico, contaminação de rios).

Busca-se reduzir os impactos ambientais através da reutilização, reciclagem e/ou

destino apropriado dos resíduos, o que traz economia de produção (minimização de consumo

de materiais), gera menos detritos para o ambiente, polui menos, gera emprego e renda pela

manipulação deste material.

O processo de recolhimento e separação do lixo na Escola Irmão Isidoro Dumont

(Itapejara D’Oeste), uma vez que não existem informações que direcionem o correto

acondicionamento do lixo:

Figura 3 – Acondicionamento do lixo – instalações internas

Fonte: Professora pesquisadora PDE (2011)

11

Figura 4 – Acondicionamento do lixo – instalações externas.

Fonte: Professora pesquisadora PDE (2011)

12

2 PROCEDIMENTOS

Para implantação do projeto educação ambiental: reciclagem na Escola Irmão Isidoro

Dumont (Itapejara D’Oeste), será necessário apropriar-se do método da pesquisa ação, uma

vez que:

Trata-se, assim, de uma pesquisa que articula a relação entre teoria e prática no processo mesmo de construção do conhecimento, ou seja, a dimensão da prática – que é constitutiva da educação – é fonte e lugar privilegiado da pesquisa. Além disso, a própria investigação se converte em ação, em intervenção social, possibilitando ao pesquisador uma atuação efetiva sobre a realidade estudada (MIRANDA; RESENDE, 2006, p. 1).

Este método de pesquisa permite a pesquisadora (professora) inserir-se juntamente

com a comunidade escolar no desenvolvimento do projeto: Educação Ambiental –

Reciclagem (coleta, separação do lixo) na escola. É justamente no ponto de vista da

articulação entre teoria e prática que o presente projeto pretende abordar a noção de pesquisa-

ação.

A pesquisa-ação trata-se de um método de pesquisa na qual a pesquisadora irá se

empenhar em resolver determinado problema através de uma ação. Consequentemente, para

este tipo de pesquisa, o problema a ser solucionado torna-se objeto de estudo.

Destaca-se que para a pesquisa-ação, é imprescindível que ao final do processo haja

algum tipo de transformação do grupo envolvido, gerando assim os resultados para os

objetivos tratados no presente projeto.

Esse material pode ser utilizado como apoio em sala de aula para os demais

professores, os mesmos podem estar aplicando dinâmicas, teatros, pesquisas, palestras e

vídeos educativos, para que haja sensibilização, fazendo com que os alunos tenham uma visão

adequada de como funciona a coleta e separação do lixo na escola para posterior reciclagem.

Para um melhor aproveitamento do material didático (unidade temática) também pode-se usar

como projeto de leitura em sala de aula, buscando um melhor entendimento e colaborando

para a redução do impacto ambiental no ambiente escolar.

13

2.1 ATIVIDADES

AGOSTO/2011 ATIVIDADES

1º Encontro Será realizada palestra com engenheiro Agrônomo do IAP sobre separação, coleta e seu destino final do lixo (resíduos sólidos).

2º Encontro

Aplicação de questionário (pré-teste): com o objetivo de identificar o nível de consciência da comunidade escolar quanto à importância de reduzir, reciclar, reutilizar o material reciclado. Pois, quanto mais entendimento, mais refletirá positivamente na implementação do projeto.Acesse: www.youtube.com/watch?v=a0OExveejzA&feature=related.

3º Encontro

Estudos teóricos sobre Educação Ambiental e a importância da reciclagem no ambiente escolar –. Vídeos do Youtube e discussões dos textos em analise. (Educação ambiental e as diversas práticas de educação ambiental no Brasil).

4º EncontroVídeos do Youtube e discussões dos textos em analise. (Classificação, gerenciamento, degrabilidade do lixo).

5º EncontroVídeos do Youtube, leitura e interpretação dos vídeos. (disposição final do lixo).

6º EncontroVídeos do Youtube analise dos textos sobre meio ambiente. (matérias que podem ou não ser reciclados).

7º Encontro

Vídeos do Youtube, discussões e analise de textos e comparações de todos os vídeos assistidos. Questionamentos e reflexões (pós-teste).

8º EncontroO dia do teatro (envolvimento de toda a comunidade).Teatro: LIXO - escrito por Luis Fernando Veríssimo

LIXO - TEATRO:

Luis Fernando Veríssimo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com o seu pacote de lixo. É a primeira

vez que se falam. :

A - Bom dia.

B - Bom dia.

A - A senhora é do 610.

B - E o senhor do 612.

A - Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...

B - Pois é ... - Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo ...

A - O meu quê?

B - O seu lixo.

A - Ah...

B - Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena.

14

A - Na verdade sou só eu.

B - Humm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.

A - É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar .

B - Entendo.

A - A senhora também.

B - Me chama de você.

A- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo.

Champignons, coisas assim.

B - É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra.

A - A senhora... Você não tem família?

B - Tenho, mas não aqui.

A - No Espírito Santo.

B - Como é que você sabe?

A - Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.

B - É. Mamãe escreve todas as semanas.

A - Ela é professora?

B - Isso é incrível! Como você adivinhou?

A - Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.

B - O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.

A - Pois é ...

B - No outro dia, tinha um envelope de telegrama amassado.

A - É.

B - Más notícias?

A - Meu pai. Morreu.

B - Sinto muito.

A - Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.

B - Foi por isso que você recomeçou a fumar?

A - Como é que você sabe?

B - De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.

A - É verdade. Mas consegui parar outra vez.

B - Eu, graças a Deus, nunca fumei.

A - Eu sei, mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...

B - Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.

A - Você brigou com o namorado, certo?

B - Isso você também descobriu no lixo?

A - Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.

B - É, chorei bastante, mas já passou.

A - Mas hoje ainda tem uns lencinhos.

B - É que estou com um pouco de coriza.

A - Ah.

15

B - Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.

A - É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.

B - Namorada?

A - Não.

B - Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.

A - Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.

B - Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.

A - Você está analisando o meu lixo!

B - Não posso negar que o seu lixo me interessou.

A - Engraçado. Quando examinei o seu lixo,decidi que gostaria de conhecê-la . Acho que foi a poesia.

B - Não! Você viu meus poemas?

A - Vi e gostei muito.

B - Mas são muito ruins!

A - Se você os achasse ruim mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.

B - Se eu soubesse que você ia ler...

A - Só não fiquei com ele porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é

propriedade dela?

B - Acho que não. Lixo é domínio público.

A - Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se

integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?

B - Bom aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...

A - Ontem, no seu lixo.

B - O quê?

A - Me enganei, ou eram cascas de camarão?

B - Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.

A - Eu adoro camarão.

B - Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode... Jantar juntos?

A - É. Não quero dar trabalho.

B - Trabalho nenhum.

A - Vai sujar a sua cozinha.

B - Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.

A - No seu lixo ou no meu...

16

2.2 RECURSOS

• TV;

• Vídeos;

• Retroprojetor;

• Palestras (Engenheiro Agrônomo IAP);

• Estudos teóricos sobre Educação Ambiental;

• Aplicabilidade de Questionário;

• Teatro.

2.3 TÉCNICAS

Técnicas1º Etapa Preparação da equipeImplementação do programa de reciclagem (Coleta separação e destino final do lixo) formada por: funcionário, alunos e professores.2º Etapa Definir os materiais a serem recicladosEscolha dos materiais que se pretendem reciclar: (coletar, separar), papel, latas; plásticos; lixo orgânico.3º Etapa Definir as lixeiras (latões) e locais para instalaçõesEscolha do tamanho e formato das lixeiras para cada material; determinar o local de armazenamento, para posterior coletarem.4º Etapa Os custos – Será financiado pela própria escola.

2.4 TEMPO DE AVALIAÇÃO

• As avaliações acontecerão ao término de cada encontro.

• Os encontros terão duração de 4 horas.

17

2.5 CONTEÚDOS DE ESTUDO:

Os conteúdos a serem trabalhados serão os textos do material didático e videos que

complementam os textos em estudo. Sendo aplicado às quartas-feiras em horário noturno,

com 8 encontros, totalizando 32 horas. Seguido de discussões.

Carta ao Inquilino - (http://youtu.be/bIGoikHJzc8 http://youtu.be/lgmTfPzLl4E )Valorize as coisas simples da vida - (http://youtu.be/0qvE7iwXRJ0)

Tratado de Educação Ambiental - (http://youtu.be/xe_LNLntVCE)Preserve o planeta ( http://youtu.be/g7e9Pfs5osQ )

Aplicação de questionário: com o objetivo de identificar o nível de consciência da

comunidade escolar quanto à importância de reduzir, reciclar, reutilizar o material reciclado.

Atividades de implementação1 O que é lixo para você?2. O que você entende por coleta seletiva do lixo?3. Você realiza a separação, coleta seletiva em casa?

( ) sim ( ) não4. Quem é o responsável pela separação?

( ) mãe ( ) pai ( ) irmãos ( ) outros5. Quais os materiais separados?6. Existe coleta seletiva em sua rua/cidade?

( ) sim ( ) não ( ) não sabe7. Qual o destino do lixo na cidade?8. Quais são as cores da reciclagem? 9. O que você entende por Meio Ambiente?10. Cite alguns produtos recicláveis.

18

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, R. Educação ambiental. Disponível em: <http://www.rubemalves.com.br.htm> Acesso em: 07 out. 2003.

ARMANDO, Luiz. Educação ambiental para o Homem do campo. Monografia (Pós-Graduação) – Universidade Federal do Paraná, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004 Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004.

AZEVEDO, C. J. C. de. Concepção e prática da população em relação ao lixo domiciliar na área central da cidade de Uruguaiana-RS. Uruguaiana, PUCRS-Campus II. Monografia de pós-graduação. Educação ambiental. 1996, 68p.

BASTOS, Adriano Antonio. Caracterização das fontes poluentes existentes no depósito de resíduos sólidos a céu aberto de Urutaí – GO: aplicação de ferramentas de melhoria ambiental (2010). Disponível em: <http://www.conhecer.org.br/enciclop/2010b/caracterizacao%20das%20fontes. pdf>. Acesso em: abr. 2011.

BRASIL. Ministério da Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. [Coordenação: Soraia Silva de Mello, Rachel Trajber]. – Brasília: Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007.

CANAL DO EDUCADOR. Educação Ambiental e a reciclagem do lixo. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/orientacoes/a-educacao-ambiental-reciclagem-lixo.htm>. Acesso em: mar. 2011.

CEMPRE. GUIA DA COLETA SELETIVA DO LIXO. São Paulo: CEMPRE, 2000.

COSTA, N. et al. Planejamento de programas de reciclagem de resíduos de construção e demolição no Brasil: uma análise multivariada. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 12, n. 4 Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <www.scielo.br. Acesso em: mar. 2011.

D’ALMEIDA, M. L. O.; VILHENA, A. Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: IPT: CEMPRE, 2000.

EFFTING, T. R. Educação Ambiental nas Escolas Públicas: realidade e desafios. Marechal Cândido Rondon, 2007. Monografia (Pós Graduação em “Latu Sensu” Planejamento Para o Desenvolvimento Sustentável) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal Cândido Rondon, 2007.

GÓIS SANTOS, D. Aula: Gerenciamento de resíduos sólidos da Construção Civil. Disciplina - Gerenciamento de Obras – 101295. Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências

19

Exatas e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil, 2009.

MARCONDES, A. Cezar. Ciências. São Paulo: Scipione, 1998.

MIRANDA, M. G. de; RESENDE, A. C. A. Sobre a pesquisa-ação na educação e as armadilhas do praticismo. Revista Brasileira de Educação, v. 11 n. 33 set./dez. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v11n33/a11v1133.pdf>. Acesso em mar. 2011.

OLIVEIRA, W. E. Saneamento do lixo. in: Universidade de São Paulo. Faculdade de higiene e saúde pública. Lixo e limpeza pública. São Paulo, USP/OMS/OPS, cap.1, 1969.

PINTO, T. P. Gestão ambiental dos resíduos da construção civil: a experiência do SINDUSCON-SP. São Paulo: SINDUSCON, 2005.

PHILLIPINI JR. A. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri: Manole, 2005.

PORTAL SÃO FRANCISCO. Reduzir, reutilizar e reciclar. Disponível em: http://www.portalsaofrancisco.com.br/. Acesso em: 2011.

REIGOTA, M. O que é educação ambiental? São Paulo: Brasiliense, 1994. 63p. (Coleção Primeiros Passos).

SANTOS, E. T. A. dos. Educação ambiental na escola: conscientização da necessidade de proteção da camada de ozônio. Monografia (Pós-Graduação) - Educação Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), Santa Maria, RS, 2007. Disponível em: <http://jararaca.ufsm.br/websites/unidadedeapoio/download/elaine07.pdf. Santa>. Acesso em: mar. 2011.

SANTOS, A. L., GONÇALVES J. A. J., FERRARI, W. S., SOUZA, Z. P. O. – Resíduos perfuro-cortantes, uma avaliação da manipulação, riscos e destino, no Hospital Evandro Chagas. Monografia apresentada no curso de especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana – CESTEH/ENSP/FIOCRUZ- 1995.

SORRENTINO, M. Universidade, formação ambiental e educação popular. Revista temas em educação, n. 04, 1995.

20