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Segundo Elpídio Donizetti

Segundo Elpídio Donizetti. O autor formula sua pretensão, obedecidos os requisitos dos arts. 282 e 283, e o réu, uma vez convocado, apresenta a resposta

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Segundo Elpídio Donizetti

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O autor formula sua pretensão, obedecidos os requisitos dos arts. 282 e 283, e o réu, uma vez convocado, apresenta a resposta (fase postulatória).

Delineado o litígio, supridas eventuais irregularidades e decidas as questões processuais (fase saneadora), passa-se então à prova das alegações (fase probatória), que pode culminar com a audiência de instrução e julgamento.

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Depois dessa série de diligências, surge o momento da prolação da SENTENÇA, que nada mais é do que uma regulamentação, uma lei especial, para o caso concreto.

Quase sempre, após a superação das fases postulatória, saneadora e probatória, que inclui a realização da audiência de instrução e julgamento, o juiz profere a sentença, acolhendo ou rejeitando o pedido do autor (art. 269,I).

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Entretanto, nem sempre o processo passa por todas as fases.

Isso porque ocorre de processo ser extinto prematuramente, sem composição do litígio (art. 267); ocorre também de a resolução da lide ser obtida independentemente da produção de provas (arts. 269, II a V, e 330, I e II).

A conclusão consiste no ato de inteligência, pelo qual o juiz, fazendo a subsunção dos fatos às normas, extrai as conseqüências jurídicas; enfim, dá uma resposta ao pedido do autor, julgando-o procedente, total ou parcialmente, ou improcedente.

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A natureza jurídica da sentença é de ato jurídico estatal e documental.

O seu conceito não decorre do rótulo que se lhe dê, da sua forma, mas sim do fim que alcança.

SENTENÇA é o ato do juiz que implica algumas das situações previstas nos arts. 267 e 269 do CPC, na dicção do art. 162, § 1º.

Quando resolve o mérito (art. 269) recebe o nome de sentença DEFINITIVA; quando apenas põe fim à relação processual (art. 267), denomina-se sentença TERMINATIVA.

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O projeto de Lei do Novo CPC (PLS 166/10) aprimora esse conceito, dizendo que SENTENÇA é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como o que extingue a execução.

Recebe a denominação de ACÓRDÃO o julgamento proferido pelos tribunais.

Pouco importa se o tribunal julgou questão incidente (agravo) ou se pôs fim ao processo, com ou sem resolução de mérito, ao ato denomina-se ACÓRDÃO.

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Quando a sentença atinge apenas a relação processual, isto é, extingue o processo sem resolução do mérito, temos o que se denomina sentença TERMINATIVA.

TERMINATIVA porque não adentra o mérito do litígio, apenas inadmite a ação.

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A sentença TERMINATIVA pode ser proferida em diversas fases do processo: - no despacho inicial, quando o juiz indefere a petição inicial (art. 267, I, c/c o art. 295); - depois das providências preliminares, na fase denominada julgamento conforme o estado do processo (art. 329);- ou após a colheita das provas, inclusive na audiência de instrução e julgamento.

Lembre-se de que matéria relativa a condições da ação e pressupostos processuais NÃO precluem (art. 267, § 3º).

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A sentença TERMINATIVA, apenas põe fim à relação processual, deixando indene a relação de direito material que ensejou processo.

Por isso, salvo nos casos de perempção, litispendência ou coisa julgada, a extinção do processo não obsta a que o autor intente de novo a ação (art. 268).

Porque se trata de SENTENÇA, pouco importa se julga ou não o mérito, o recurso cabível é de apelação (art. 513).

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Sentença DEFINITIVA é a que resolve o mérito.

Sentença DEFINITIVA não significa sentença perpétua, imutável, mas, sim, que é o provimento final, definidor do litígio, no juízo de primeiro grau.

A imutabilidade só advirá com o esgotamento de todos o recursos possíveis.

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A sentença definidora da situação jurídica dos litigantes (definitiva) pode ser proferida após o esgotamento de todos os atos do procedimento, quando então o juiz, sopesando os fatos, as provas e o ordenamento jurídico, acolhe ou rejeita o pedido do autor (art. 269, I).

Em outras hipóteses, entretanto, o procedimento é abreviado, seja porque não há necessidade de provas em audiência, seja porque o réu é revel, ou porque as próprias partes encontram uma solução para a contenda (arts. 330, I e II, e 269, II a V).

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Sentença DEFINITIVA é aquele que resolve o litígio e que, uma vez transitada em julgado, torna imutável a relação de direito material, não permitindo a discussão do direito controvertido, por força da coisa julgada material.

O que importa para classificar a sentença como DEFINITIVA é saber se houve acertamento do direito material (no processo de conhecimento).

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Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;

III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.

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A sentença compõe-se de relatório, da fundamentação e da parte dispositiva ou conclusão, afora, evidentemente, a data e a assinatura do juiz (art. 164) que, inclusive, pode se dar eletronicamente.

O relatório consiste numa exposição circunstanciada, um histórico de toda a marcha do procedimento.

Deve identificar os elementos da causa (partes, pedido e causa de pedir), bem como as principais ocorrências do processo.

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Na fundamentação ou motivação, o juiz expõe as razões do convencimento, os motivos pelos quais vai dirimir a lide desta ou daquela forma.

Finalmente, no dispositivo ou conclusão, o juiz resolve as questões que as partes lhes submeteram, acolhendo ou rejeitando o pedido do autor na sentença definitiva, ou extinguindo o processo sem resolução do mérito, na sentença terminativa.

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Sentença sem motivação é, por preceito constitucional, sentença nula.

Nula também, por infringência ao disposto no art. 458, é a sentença sem relatório.

Quanto ao dispositivo, a ausência vicia de tal forma a sentença, que leva à inexistência do ato.

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As sentenças têm a mesma natureza da ação em que são proferidas, podem ser: condenatórias, declaratórias e constitutivas.

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A rigor, todas as sentenças são, a um só tempo, condenatórias, declaratórias e constitutivas.

Em toda sentença há, pelo menos, a condenação em custas e honorários; mesmo na ação condenatória, de reparação de danos, por exemplo, há a declaração relativa à violação do direito e à constituição de obrigação.

Sob esse prisma, as sentenças são predominantemente condenatórias, declaratórias ou constitutivas.

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Sentença CONDENATÓRIA é aquela que, além de promover o acertamento do direito, declarando-o, impõe ao vencido uma prestação passível de execução.

A condenação consiste numa obrigação de dar, de fazer, ou de não fazer. Exemplo: na ação de reparação de danos o juiz declara a culpa do réu e condena-o a indenizar obrigação de dar).

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A sentença declaratória tem por objeto simplesmente a declaração da existência ou inexistência de relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de documento (art. 4º). Ex. A declaração de um tempo de serviço.

A sentença meramente declaratória, à evidência, não comporta execução.

A sentença, por si, é suficiente para o exercício do direito declarado.Exemplos: a declaração da existência de um crédito; na usucapião, a aquisição da propriedade se dá com o transcurso do tempo.

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Na sentença constitutiva, além da declaração de direito, há a constituição de novo estado jurídico, ou a criação ou a modificação de relação jurídica.

Exemplos: separação e divórcio; anulatória de negócio jurídico; rescisão de contrato e anulação de casamento.

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A sentença por si só é bastante para alterar a realidade jurídica objeto da decisão.

Assim, a sentença constitutiva NÃO implica a abertura da fase de cumprimento.

Eventuais registros ou averbações visam apenas a dar publicidade ao novo estado e decorrem de exigências legais.

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A sentença HOMOLOGATÓRIA tem a mesma natureza do negócio jurídico homologado.

Pode ser condenatória, declaratória ou constitutiva, conforme o ajuste estabelecimento entre as partes.

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Nas sentenças executivas lato sensu, o preceito determina o que deve ser cumprido. Ex. o despejo, a reintegração de posse e a imissão de posse.

Sentença mandamental é aquela que, além de declaração, contém uma ordem. Ex: reintegração de funcionário público no seu cargo por força de mandado de segurança e ordem para expedição de certidão.