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Director Editorial: Paulo Deves GERAL: Cel: 827256216 - PUBLICIDADE: 840135802 - Email: [email protected] - Av. Ahmed Sekou Touré, n.º 1552 - r/c - MAPUTO Diário Electrónico de Informação Geral N.º Registo: 08/GABINFO - dec/2010 ANO VI - Edição n.º 1411 Segunda-Feira 2016 12 Dezembro 25 H ORIZONTE SEGUNDO FILIPE NYUSI “Moeda mais estável é produção agrícola”

SEGUNDO FILIPE NYUSI “Moeda mais estável é produção … · Diário Electrónico de Informação Geral ANO VI - Edição n.º 1411 N.º Registo: 08/GABINFO - dec/2010 ... e pode

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ORIZONTE25

12/12/16 - Segunda-FeiraH ORIZONTE

25HSociedade

Director Editorial: Paulo DevesGERAL: Cel: 827256216 - PUBLICIDADE: 840135802 - Email: [email protected] - Av. Ahmed Sekou Touré, n.º 1552 - r/c - MAPUTO

Diário Electrónico de Informação GeralN.º Registo: 08/GABINFO - dec/2010ANO VI - Edição n.º 1411

Segunda-Feira

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25H ORIZONTE

SEGUNDO FILIPE NYUSI

“Moeda mais estável é produção agrícola”

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Destaque

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SEGUNDO FILIPE NYUSI

“Moeda mais estável é produção agrícola”

NAMPULA – Filipe Nyusi fez esta afirmação no início da noite da última quinta-feira na Cidade de Nampula, capital da província homónima no norte de Moçambique, durante o lançamento de uma brochura sobre as suas próprias orientações para a campanha agrícola 2016/17. Aliás, também foi um momento que serviu para a divulgação de boas práticas na avicultura e reconhecimento de avicultores exemplares.

PR desafia Academia Militar a continuar a elevar qualidade de formação

- O Presidente da Republica Filipe Nyusi desafiou semana passada a Academia Militar Marechal Samora Machel, localizada em Nampula, a elevar cada vez mais a qualidade de formar quadros com capacidade e visão cientifico-militar.

- O Presidente da República, Filipe Nyusi, diz que a “moeda mais estável” que os moçambicanos podem ter na vida é a produção agrícola.

“A moeda mais estável que podemos ter na nossa vida é a produção agrícola”, afirmou o Presidente Nyusi, em resposta a preocupação apresentada pelos produtores locais sobre a necessidade de estabilizar o “Metical”, a moe-da nacional.Explicou que “normalmente, o camponês se-meia o milho, com a semente das colheitas an-teriores, e pode usar a mesma enxada durante várias épocas”. Refira-se que nos últimos meses do corrente ano o Metical sofreu uma grande depreciação, algo que as autoridades atribuem, em parte, à queda de preços dos principais produtos de exportação, incluindo matérias-primas. No final da sessão, Nyusi disse ter ficado emocionado pelo facto de ter testemunhado produtores a contar na primeira pessoa as suas experiências e prova de como encaram seriamente a produção, apesar dos enormes desafios que enfrentam.“As crises transformam nações. Não digo que devemos esperar crises para desenvolvermos. Mas vamos aproveitar a que enfrentamos ago-ra para avançarmos. O trabalho é a melhor via que escolhemos”, disse o estadista moçam-bicano.

Na ocasião, Nyusi insistiu que “temos que deixar de ser sazonais e planificarmos bem a produção, tendo em conta aspectos como a lavoura, sementeira, colheita, transporte, con-servação dos produtos e sua comercialização”.A brochura, apresentada pelo Presidente da República, sublinha que o denominador co-mum nacional é a produção de milho, hortí-colas, ovos e aves, por serem produtos que garantem a segurança alimentar e, por isso, “declarados de produção nacional obrigatória, devendo cada província especializar-se na produção de pelo menos um destes produtos”.“Culturas como o milho, hortícolas, ovos e

aves devem ser produzidas em todo o território nacional, sendo esta missão directa dos sen-hores administradores distritais”, acrescenta o instrumento orientador. O documento, de 19 páginas, destaca as ac-tividades e orientações do próprio Presidente moçambicano durante o lançamento oficial da campanha agrícola 2016/17 ocorrido a 28 de Outubro do ano em curso, no distrito de Mo-peia, província central da Zambézia. O mesmo documento enumera o tipo de cul-turas que devem nortear a produção nos princi-pais corredores de desenvolvimento tais como Pemba-Lichinga e Nacala na região norte, bem como do vale do Zambeze e da Beira (centro).

NAMPULA - Discursando no encerramento do IX Curso de oficiais com formação supe-rior nos ramos do exército, marinha e força aérea, o Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS) disse que “de-vemos sempre elevar a qualidade de for-mação de oficiais para melhor crescimento e modernização das nossas forças arma-das”.Segundo Nyusi, a Academia Marechal Samora Machel deve também estar em altu-ra de apoiar cientificamente escolas práti-cas, ajudando, por exemplo, na formulação de currículos.A Academia, de acordo com Nyusi, tem ain-da a missão de monitorar e avaliar perma-nentemente o “teatro das operações” como forma de complementar as técnicas conce-bidas e apreendidas durante a formação

militar.Mesmo perante estes desafios, Nyusi mani-festou optimismo quanto ao trabalho que a Academia tem estado a realizar, sustentan-do que a existência, por exemplo, de es-trangeiros no 9/o curso “é prova inequívoca de que a nossa academia militar possui el-evados níveis de qualidade”. Pelo menos dois jovens angolanos fizeram parte do curso que hoje encerrou.“A internacionalização, através da mobi-

lidade de estudantes, docentes ou mesmo investigadores estrangeiros para as institu-ições de ensino superior do nosso país, é uma das condições de auto-avaliação da qualidade de ensino”, afirmou.Na cerimónia, que contou com a presença de centenas de pessoas, incluindo famil-iares e amigos dos recém-graduados, Nyusi saudou a forte afluência de jovens moçam-bicanos que se candidatam as vagas ofer-ecidas anualmente pela Academia.

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25HEconomia

SEGUNDO BANCO MUNDIAL

Economia moçambicana cresce, mas pobreza reduz lentamente

O documento, intitulado “Acelerando a Redução da Pobreza em Moçam-bique: Desafios e Oportunidades”, lançado na Universidade Politécnica, na última quarta-feira, 7 de Dezembro - referente ao período de 1997 e 2009 - indica que por cada por cento de crescimento económico, a pobreza apenas reduziu 0,26 % em Moçambique, contra a média de 0.5 % da região da África Austral.

“Sobretaxa na exportação da castanha em bruto está surtir efeitos”

- Um estudo lançado pelo Banco Mundial revela que a pobreza tem reduzido a um ritmo lento em Moçambique, apesar dos altos níveis de crescimento económico que têm sido registados nas duas últimas décadas, numa média de 7.9 por cento.

Situando-se em 52% em 2009, o índice de po-breza é alto tanto em termos regionais assim como em termos nacionais. De acordo com o estudo, em 1993, um ano após o fim da guerra dos 16 anos, Moçam-bique era o terceiro país mais pobre do mundo e, em 2013, ocupava a 13º posição, à semelhança de países como Guiné-Bissau, Malawi, República Democrática do Congo, Burundi e Madagáscar. Um outro dado revelado no estudo é a rep-resentação desproporcional da pobreza no País. De um modo geral, as zonas urbanas tendem a apresentar índices de pobreza mais baixos do que as rurais, e as províncias de Nampula e Zambézia apresentam índices mais elevados do que as restantes províncias do país.

Por exemplo, a cidade de Maputo tem o nível de pobreza mais baixo (10 %), contra 73 % da província da Zambézia. Mas, ao invés de reduzir, à semelhança do resto do País, a po-breza agravou-se entre 2003 e 2009 em So-fala, Manica, Gaza e Zambézia, que, juntas, representavam aproximadamente 70 % dos pobres de todo o País. Para o director do Banco Mundial para Moçambique, Mark Lundell, três factores contribuíram para a fraca equidade na dis-tribuição dos ganhos no País, nomeadamente o acesso desigual às oportunidades económi-cas em várias regiões e grupos de rendimen-to, baixa produtividade e baixo crescimento na agricultura baseada no mercado e elevada vulnerabilidade aos choques climáticos.Como soluções, o estudo recomenda a con-

cepção de políticas económicas que incen-tivem um crescimento mais inclusivo e de base ampla, através da promoção do maior acesso a serviços públicos (saúde, educação, água e saneamento) e ao mercado para as populações mais desfavorecidas.O incremento dos níveis de produção e de produtividade associado à maior ligação ao mercado, a promoção da diversificação económica e da aceleração do crescimento do sector privado, o aprofundamento do investi-mento no capital humano e institucional no País e o fortalecimento dos sistemas formais e informais de gestão de risco para mitigar os efeitos das mudanças climáticas constam também entre as recomendações do estudo.Por seu turno, o reitor da Universidade Politéc-nica, Lourenço do Rosário, considera que “este estudo deve servir de incentivo para reflectir-mos sobre a pobreza em Moçambique, sobr-etudo na fase actual que o País atravessa”.“Os discursos e a imprensa transmitem-nos as dificuldades que estamos a atravessar, mas nós, como universidade, optamos por contrariar essa tendência e fazer um dis-curso positivo, afirmativo. É nossa intenção prosseguir com vários estudos que nos permi-tam participar no combate contra a pobreza”, disse o reitor.

NAMPULA - A introdução de uma sobretaxa na exportação da castanha de caju em bruto, que varia de 18 a 22 por cento, está a incentivar o crescimento da indústria de processamento, em Moçambique, deste produto de orgulho na-cional e fonte de captação de divisas.A afirmação é do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, falando semana passada na Ci-dade de Nampula, momentos depois de inau-gurar oficialmente a fábrica de processamento da castanha de caju pertencente a Korosho Moçambique Limitada da ETG (Export Trade Group), uma empresa de capitais mauricianos e indianos.O Presidente reiterou que este é mais um ex-emplo de que a implementação de políticas de protecção da indústria nacional, no caso vert-

- Filipe Nyusi

ente do caju, já está a surtir efeitos desejados.Referiu que o impacto directo destas acções é a criação de postos de trabalho, bem como uma maior pressão sobre os produtores da castanha de caju no sentido de elevarem os níveis de produção. “Esta fábrica com uma capacidade de pro-cessamento que pode ir até 10 mil toneladas por ano é de facto uma contribuição para o alcance dos objectivos do governo nesta área que vem também responder a um dos objec-tivos do Plano Director do Caju que prevê um maior volume de processamento nacional da castanha de caju”, afirmou. Acrescentou que “a fábrica resolveu alguns problemas mas também surgiram novos desa-fios para os produtores que são pressionados

pela exigência do aumento da produção”.A fábrica, que emprega 700 trabalhadores, 80 por cento dos quais sazonais, funciona ac-tualmente com 25 máquinas automáticas com capacidade para processar 2.500 toneladas de castanha de caju por ano. A previsão é de au-mentar o número de máquinas aumentar para 75 até finais de 2020 e elevar a capacidade de processamento anual para dez mil toneladas. A fábrica produz actualmente cerca de 500 ton-eladas de amêndoa, a maioria das quais são exportadas para a África do Sul, Europa, Ásia, Estados Unidos, Canadá, entre outros.A castanha processada é adquirida em bruto nos distritos de Mogovolas, Meconta, Moma, Angoche, Mecubúri, Monapo, Murrupula, entre outros.

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Serviços financeiros

PARA 2017

Bruxelas exige uma "estratégia de consolidação" clara em Portugal

Num comunicado conjunto com o Banco Central Europeu (BCE), sobre a quinta missão de monitorização após o resgate, que decorreu entre 29 de Novembro e a passada quarta-feira, a Comissão Europeia exige uma "estratégia de consolidação clara para o curto e médio prazo", defend-endo que "há margem para aumentar a eficiência da despesa pública em Portugal".

CGD

Caixa autorizada pelo BCE para aumento de capital

- Bruxelas exige a Portugal uma "estratégia de consolidação clara" no curto prazo, defendendo que "há margem" para aumentar a eficiência da despesa pública, e considera que os riscos para 2017 estão contidos desde que o Governo cumpra o orçamento.

No mês passado, Bruxelas deu 'luz verde' ao Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), mas alertou para um "risco de desvio signifi-cativo" do esforço de ajustamento exigido, ainda que por uma "margem estreita". Hoje, a missão de acompanhamento pós-progra-ma considera que "os riscos estão contidos se o OE2017 for implementado como pre-visto".Ainda sobre este ano, a Comissão Europeia projecta que o défice seja "ligeiramente su-perior" aos 2,4% do PIB estimados pelo Gov-erno, "mas ainda consideravelmente abaixo dos 3%", sem indicar uma estimativa.Em Novembro, quando divulgou as pre-

visões económicas de Outono, Bruxelas estimava que o défice orçamental português ficasse nos 2,7% do PIB, acima da meta de 2,5% definida em agosto, quando foi encer-rado o processo de sanções.A Comissão Europeia considera agora que, desde a última missão pós-programa, que se realizou em junho, as autoridades portu-guesas "tomaram acções efectivas -- sob a forma de cativações -- para corrigir o défice excessivo de 2016", também no seguimento da nova meta do défice definida em agosto pelo Conselho da União Europeia.Quanto à economia portuguesa, Bruxelas considera que a recuperação é modesta,

"apesar de alguns desenvolvimentos posi-tivos", e continua a estar pressionada por "níveis elevados de dívida no sector público e privado, de crédito malparado e das rigidezes dos mercados de trabalho e do produto".Bruxelas destaca que o crescimento económico dos primeiros nove meses do ano representa 1,1%, mas prevê que o cresci-mento do conjunto do ano "fique abaixo do inicialmente previsto" no início de 2016 (1,8%).A Comissão considera uma recuperação sustentada e reforçada depende da continu-ação de um ambiente externo positivo, in-cluindo o turismo, bem como de uma procura interna forte, particularmente proveniente do investimento de um aumento da absorção dos fundos europeus.Para Bruxelas, "políticas orçamentais pru-dentes e reformas ambiciosas são a chave para melhorar o crescimento económico potencial de Portugal e a sua resiliência a choques", sobretudo as provenientes da volatilidade das taxas de juro e das necessi-dades elevadas de financiamento no médio prazo.

A Caixa Geral de Depósitos informou na pas-sada sexta-feira que vai prosseguir com as operações da primeira fase do aumento de capital, depois de ter obtido autorização para isso junto do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Portugal."A Caixa Geral de Depósitos, S.A. informa ter sido autorizada pelo Banco Central Eu-ropeu e pelo Banco de Portugal a prosseguir com as operações societárias que integram a primeira fase do processo de recapitali-zação", lê-se no comunicado hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).A CGD está numa fase de mudança de gestão, tendo sido colocadas dúvidas sobre

a continuidade do aumento de capital já acor-dado com as instituições europeias e que as-cenderá a cerca de 5 mil milhões de euros.A 27 de Novembro, após cinco semanas de polémica, sobretudo em torno da recusa da entrega das declarações de rendimento e património no Tribunal Constitucional, António Domingues apresentou a sua renún-cia da presidência da CGD, mas ficando no cargo até final do ano.Poucos dias depois, o Governo anunciou que será Paulo Macedo, antigo ministro da Saúde do governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho, que sucederá a António Domingues na liderança da Caixa.Nas operações de recapitalização referidas

no comunicado está o uso das reservas no valor de 1.412 milhões de euros para "co-brir prejuízos transitados de exercícios an-teriores" e a redução do capital social da Caixa Geral de Depósitos em 6.000 milhões de euros, pela extinção de 1200 milhões de acções com o valor nominal cinco euros.Do montante de 6 mil milhões de euros, in-dica a nota ao mercado, que 1405 milhões de euros "se destinam à cobertura do saldo remanescente dos prejuízos transitados de exercícios anteriores e ainda à cobertura de reservas de elementos distribuíveis nega-tivos" e os restantes 4595 milhões de euros são "para a constituição de uma reserva livre de igual montante".

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SOBRE A CONVENÇÃO DA UNESCO

Maputo acolhe III Reunião Regional de África para a Protecção do Património Cultural Subaquático

MAPUTO - A Cidade de Maputo acolhe, hoje e amanhã, a III Reunião Regional de África sobre a Convenção da UNESCO de 2001 para a Protecção do Património Cultural Subaquático. O evento é organizada pela UNESCO, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique, devendo discutir sobre como a ratificação e aplicação da Convenção da UNESCO de 2001 irá contribuir para a protecção do património arqueológico subaquático em Moçambique.

Vendaval mata e destrói infra-estruturas em Maputo

Cada país convidado irá apresentar um relatório sobre os progressos alcançados no domínio da protecção jurídica do património cultural subaquático, que será publicada no site da UNESCO. A protecção, salvaguarda e valorização do património cultural subaquático tornam-se necessárias e fundamentais, tendo em vista, essencialmente, o seu aproveitamento em termos culturais (para educação e reforço da consciência nacional) e turísticos, contribuin-do para o desenvolvimento cultural susten-tável de cada país.Hoje, o turismo cultural é um factor de de-senvolvimento que contribui para o emprego em muitas regiões. Cerca de 37% do turismo mundial é motivado pelo património cultural. Assim, tornar o património submerso aces-sível para os programas de desenvolvimento constitui um desafio, particularmente em

Moçambique.A Convenção da UNESCO de 2001 esta-belece padrões científicos fiáveis para as actividades dirigidas ao património cultural subaquático. Espera-se que esta reunião produza um Plano de Acção a ser implementado pelos países participantes.De realçar que Moçambique é um país com extensa costa, com rios e lagos e com um grande potencial no que diz respeito ao património cultural marítimo, muito valioso do ponto de vista científico, sociocultural e económico, quer para o País, quer para a co-munidade internacional. Esta foi uma região de integração activa e influente nas antigas redes de comércio ma-rítimo e no desenvolvimento social e cultural do Oceano Índico. Existem, no fundo do mar, evidências sobre

comércio e navegação desde cerca do sécu-lo VI d.C. Antes dos Europeus, embarcações swahilis, árabes e indianas navegavam na costa de Moçambique, facto testemunhado através de investigações arqueológicas efec-tuadas no País, que revelaram a existência de vários locais com importantes vestígios ar-queológicos, especialmente na zona costeira das províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Nampula e Sofala, na baía de Inhambane, no arquipélago de Bazaruto e noutros locais, sendo de destacar a Ilha de Moçambique, in-scrita na lista do Património Cultural Mundial da UNESCO desde 1991.Participarão da Reunião: técnicos do Minis-tério da Cultura e Turismo, Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas; peritos do Património cultural subaquático; académi-cos, parlamentares e organizações da so-ciedade civil. Participarão também técnicos do Secretariado da UNESCO da Convenção e peritos de museologia e de conservação do património cultural subaquático, a nível internacional (Nigéria, Namíbia, Tanzania, África do Sul, Quénia, Uganda, Alemanha, Dinamarca, Países Baixos, Portugal e Esta-dos Unidos da América, entre outros países). Refira-se que a reunião anterior do género realizou-se em 2015, no Quénia, onde foi feito um apelo aos países para aderirem à Convenção. Moçambique é um dos países que ainda não ratificou esta Convenção.

MAPUTO - Pelo menos duas pessoas mor-reram e outras quatro ficaram feridas com gravidade na sequência do forte vendaval que assolou a Província e Cidade de Maputo, na última sexta-feira.Entre as mortes figuram uma criança recém-nascida e um adulto, que foi atingido por um raio, no distrito de Boane, na província de Ma-

puto, sul do país. A esposa deste ficou grave-mente ferida.Além de luto e dor, a chuva intensa acompan-hada de trovoada e rajadas de ventos fortes destruiu infra-estruturas socioeconómicas como residências, estabelecimentos comerci-ais e postes de transporte de energia eléctrica. Como consequência da tempestade, alguns

bairros ficaram as escuras e isolados devido a queda de postes de transporte de energia eléc-trica e intransitabilidade das vias de acesso.Casas de construção precária e outras infra-estruturas sociais desabaram na sequência do mau tempo. So em Boane, o distrito severa-mente mais afectado, pelo menos oito casas ficaram completamente destruídas deixando ao relento várias famílias.Estes dados preliminares avançados pelas au-toridades locais deverão ser actualizados nos próximos dias logo que se concluir o levanta-mento dos danos humanos e materiais do tem-poral ainda em curso.

Informamos aos nossos estimados clientes que está a decorrer o processo de renovação das subscrições para o período 2017, bastan-do para o efeito contactar os nossos serviços administrativos através dos emails: horizon-

Aos assinantes e [email protected] ou [email protected] ou ainda pelos celulares 82-7256216 ou 84-5734112.Estes contactos servem igualmente para as novas subscrições e anúncios publicitários para o mesmo período.Por outro lado, estando a nossa instituição no processo de actualização dos dados dos clientes, vimos através deste solicitar o en-

vio dos endereços electrónicos para os quais devemos enviar o Jornal Horizonte25, nome da pessoa responsável pela ligação com os órgãos de comunicação social e seu contacto telefónico – institucional e pessoal para con-star nos nossos arquivos.Antecipadamente, gratos pela atenção dispen-sada.

Direcção Editorial

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Bank of the Year 2016

MOZAMBIQUE

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25HSociedadeSociedade

Green Resources deve encontrar formas de resolver seu diferendo com a população de Nahipa

O Presidente da Comissão de Agricultura, Economia e Ambiente Francisco Mucanheia, instou sábado passado, em Mecubúri, na Província nortenha de Nampula, a empresa Lúrio Green Resources para que, em coordenação com as autoridades governamentais daquela província encontre soluções para resolver o diferendo que a opõe às populações das comunidades de Intatapila e de Naipai II, na Localidade de Nahipa.

Este apelo foi feito durante uma reunião que os deputados membros da 5ª Comissão tiver-am, em Nahipa, com a população daquelas comunidades e os representantes da em-presa Green Resources, tendo salientado que todo o esforço que a empresa for desen-volver deve ter em conta os compromissos e promessas que fez às comunidades locais aquando da apresentação do seu projecto que visava inicialmente a ocupação de cerca de 9000 hectares de terra para a plantação de eucaliptos.De acordo com o Presidente da 5ª Comis-são o conflito de terra que se verifica entre a empresa Green Resources e aquelas co-munidades “somente poderá ser resolvido mediante o entendimento entre as partes, o que pressupõe uma renegociação dos com-promissos e a execução de acções concretas por parte da empresa”. “Nos como deputados da Assembleia da República recomendamos que a empresa reúna-se com a comunidade abrangida pelo seu projecto e em coordenação com as estru-turas locais encontrarem um meio-termo para a resolução deste conflito”, disse o Presidente apelando em seguida a necessidade de a em-presa tomar este assunto com responsabili-dade e seriedade para que não se prejudique nem a população nem o avanço do projecto.O deputado entende que todos os projectos que visam o desenvolvimento do país são bem-vindos em Moçambique, contudo antes da sua implantação, sobretudo nas comuni-dades, devem avaliar qual será a sua mais-valia ou seu contributo para a melhora da vida daquelas populações e dai respeitar os com-promissos firmados. “Não podemos ter projectos que vêm em-pobrecer cada vez mais as nossas comuni-dades”, sublinhou. A 5ª Comissão deslocou à Nampula depois de ter recebido das comunidades de Intatapila e de Naipai II uma petição denúncia que dava conta de desrespeito dos direitos fundamen-tais dos cidadãos perpetrados pela Green

- Insta Presidente da CAEA

Resources que se consubstanciavam na falta de cumprimento de compromissos como é o caso de indemnizações, a construção de es-colas, de furos de água, a concessão de em-prego de membros da população no projecto para além de ser acusada de avançar além do DUAT concedido.De acordo com Dias dos Santos Adriano, membro do conselho comunitário, criado para servir de elo entre a empresa e as co-munidades as populações de Intatapila e de Naipai II exigem que a empresa pague ind-emnizações pelas árvores de fruta abrangi-das pelo seu projecto e que a empresa não extrapole o terreno que foi concedido que é de 30 hectares.“Nos não estamos contra o projecto, o pro-jecto é bem-vindo. Só que agora eles estão a atacar as nossas machambas. Não pagam as indemnizações que nos prometeram, ap-enas pagaram indemnização de cajueiros e as outras fruteiras não. Abriram um dos dois furos prometidos. Não construíram a escola que prometerem, nem a casa de alvenaria para rainha”, disse Adriano para quem há seis anos que a empresa está implantada naquele ponto do país mas ainda não cumpriu com as promessas feitas. Esta informação foi corroborada por um outro popular de nome Francisco Chicombua que acrescentou que a empresa antes de iniciar o projecto prometeu acabar com a pobreza das populações daquelas comunidades “mas o que verificamos só nos trouxe mais pobreza porque já não temos campos de cultivo e nem os empregos prometidos”.Entretanto, Aníbal dos Santos, do Green Re-sources, explicou na ocasião que a sua em-presa iniciou a sua intervenção naquela área em Novembro de 2009 com um pedido inicial de exploração de 9000 e hectares, contudo foram apenas atribuídos pelo estado moçam-bicano, através do Conselho de Ministro, um DUAT para explorar apenas 1884 hectares, dois quais cerca 300 foram plantados e 100 planificados.

“Concordamos que a empresa comprometeu-se em criar condições básicas para apoio à população das quais a construção de uma escola de raiz, abertura de um ou dois poços, uma em cada comunidade para além de em-pregar, no projecto, alguns membros da co-munidade”, disse Dos Santos salientado que verificado ou outro entrave para a empregabi-lidade, que tem a ver com a falda de bilhetes de identidades e cédulas pessoas, houve a necessidade de potenciar a comunidade com estes instrumentos para que não incorresse em crime de empregar menores de idade, pro-cesso esse que ainda está em curso com o envolvimento de brigadas da identificação civil.Segundo explica, esse foi o motivo que faz com que não se priorizasse a construção da escola, mas sim garantir que pessoas sejam empregues e possam contribuir para o sis-tema nacional de segurança social para o seu próprio benefício futuramente.“Quanto às indemnizações, como o projecto vai avançando paulatinamente, vamos fazen-do à medida que as pessoas forem abrangi-das. Nesta primeira fase 72 famílias já ben-eficiaram de indemnizações”, disse ajuntando que não é verdade que a empresa está a usurpar terras das populações, “uma vez que dos 1884 hectares concedidos no DUAT ap-enas 300 foram plantados, aliás, ainda nem estamos a explorar na íntegra a área que fo-mos atribuídos na totalidade”. Dos Santos disse ainda que a empresa nunca prometera construir um poço e casa para a rainha local mas sim infra-estruturas que servissem para o benefício da toda a comu-nidade.A comissão reuniu-se com um outro grupo de populares desta vez na comunidade de Naipai para perceber com mais pormenor os contornos do litígio com a empresa Green Resources, onde ficou a saber que sim a petição denuncia teria tido o contributo tam-bém daquela comunidade, apresentado os mesmos problemas que foram apresentados em Intatapila.

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12/12/16 - Segunda-FeiraH ORIZONTE

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Sociedade

Fundação MASC aloca mais de 200 milhões de meticais à sociedade civil

MAPUTO - Os fundos alocados a estas organizações correspondem ao financiamento de projectos para a análise, monitoria e advocacia nas áreas, entre outras, da educação, saúde, dos recursos naturais, da provisão de serviços básicos e da inovação tecnológica para pro-moção da boa governação.

COOPERAÇÃO MOÇAMBIQUE/UNICEF

Itália apoia o Programa Nacional de Combate ao HIV no contexto da

- A Fundação Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (Fundação MASC) alocou, desde o seu lançamento no segundo semestre de 2015, mais de 200 milhões de meticais para apoiar organizações da sociedade civil estabelecidas nas diversas províncias do país.

João Pereira, Director da Fundação MASC, afirmou que “ o desembolso destes fundos se enquadra dentro da visão da Fundação que é fortalecer e promover o desenvolvimento sustentável da sociedade civil em Moçam-bique que procura contribuir para a democra-tização do Estado e do espaço público e para a promoção da justiça social, através de apoio técnico, subsídios, investimento social, mobi-lização de recursos e criação de dotações.” A Fundação MASC considera a democrati-zação do Estado como um processo de qua-tro passos. Trata-se de ampliação da gama de vozes que participam no desenvolvimento, aumento do vínculo das contribuições dos ci-dadãos nas decisões do governo, uma maior igualdade de vozes, e protecção acrescida da voz popular das acções repressivas ar-

bitrárias. Do ponto de vista do MASC, a democrati-zação do Estado e do espaço público é um processo dinâmico e reversível, em que, ao mesmo tempo, alguns aspectos podem mel-horar, enquanto outros se deterioram. Con-tudo, a sociedade civil em Moçambique pode inquestionavelmente contribuir de muitas for-mas para o progresso de cada um dos quatro passos. Por outro lado, a Fundação MASC considera a justiça social como a distribuição justa dos benefícios do crescimento económico e uma utilização racional dos recursos, por mais escassos que estes sejam. A sociedade civil pode contribuir para a melhoria da justiça so-cial, influenciando políticas, bem como moni-torando a implementação de políticas que se

referem aos bens públicos.A Fundação MASC não se foca na sociedade civil como prestador de serviços essenciais, onde o governo não esteja presente, mas na sociedade civil como um conjunto de ac-tores que pode trabalhar com o Estado a todos os níveis para melhorar a eficácia das suas políticas e acções no interesse do maior número possível de cidadãos.

MAPUTO - O Governo Italiano, através da sua Agência de Cooperação para o Desen-volvimento, apoia o programa do Governo de Moçambique que beneficia da assistência do UNICEF que visa reduzir a infecção pelo HIV em crianças e aumentar a cobertura do trata-mento do HIV para crianças e adolescentes. Isto contribuirá para a implementação do IV Plano Estratégico Nacional para a Resposta ao HIV em Moçambique.O Acordo de Projecto foi assinado hoje pelo Embaixador da Itália em Moçambique, S.E. Marco Conticelli, e pelo Representante do UNICEF, Sr. Marcoluigi Corsi. Segundo o acordo, o Governo Italiano vai apoiar os serviços de prevenção e tratamento de HIV/SIDA com uma contribuição de 1.500.000 dólares dos EUA (EUR 1,345,500).

- A contribuição será de 1.500.000 dólares norte-americanos para um pacote abrangente de serviços para reduzir a infecção pelo HIV em crianças e aumentar a cobertura do tratamento do HIV para crianças e adolescentes

De acordo com os últimos dados estatísti-cos, Moçambique tem a terceira maior taxa de mulheres grávidas seropositivas na África subsariana e a oitava maior prevalência de HIV no mundo, com uma em cada dez pes-soas sendo afectada. A prevalência do HIV é 40 por cento maior nas mulheres do que nos homens e as raparigas adolescentes têm três vezes mais probabilidades de ser infectadas pelo vírus do que os adolescentes rapazes.Este programa está alinhado com os Objec-tivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de todos em todas as idades, e ODS 5, Alcançar a igualdade de género e ca-pacitar todas as mulheres e raparigas.Em Moçambique, o UNICEF apoia o Sector da Saúde no sentido de eliminar a mortali-

dade infantil evitável. O UNICEF centra-se na redução da mortalidade de recém-nascidos, que actualmente representa mais de um terço de todas as mortes de crianças, e na melho-ria do desempenho em comunidades insufi-cientemente servidas para garantir que todas as crianças possam beneficiar do desenvolvi-mento de Moçambique.O UNICEF também apoia o Governo para melhorar a cobertura das intervenções de saúde infantil, incluindo o tratamento da desnutrição aguda, bem como a expansão do sistema de saúde, incluindo a implemen-tação nacional do programa dos Agentes Po-livalentes Elementares (APE), actualmente atingindo mais de metade das comunidades localizadas a mais de 8 quilómetros das uni-dades de saúde existentes.

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STANDARD BANK

Natal solidário alegra crianças do Hospital José Macamo

MAPUTO - O Standard Bank visitou na passada sexta-feira, 9 de Dezembro, as crianças internadas no berçário e enfermarias da Pediatria do Hospital Geral José Macamo, na cidade de Maputo, no âmbito da iniciativa “Natal Solidário”, inserida nas acções de responsabilidade social corporativa da instituição bancária.

Durante a visita, realizada pelo sétimo ano consecutivo, o banco ofereceu brinquedos aos petizes internados e cestas básicas aos seus acompanhantes; realizou várias activi-dades lúdicas, entre as quais a dança, o tea-tro e caça ao tesouro, tendo culminado com um almoço entre os seus colaboradores e as crianças.De acordo com Fernando Oliveira, represent-

ante do Standard Bank, esta iniciativa visa, es-sencialmente, alegrar as crianças internadas no hospital, no contexto da época natalícia.“É por essa razão que viemos festejar com estas crianças, trazendo alguns brindes para elas e cestas básicas para as suas acompan-hantes”, vincou Fernando Oliveira. Num outro desenvolvimento, o representante do Standard Bank garantiu que, como tem

sido prática, o banco continuará, dentro das suas possibilidades, a prestar apoio material ao Hospital Geral José Macamo, até porque “constatámos que o hospital ainda precisa de muita assistência”. “Continuaremos a solidarizar-nos com este hospital e a confraternizar regularmente com as crianças aqui internadas, uma actividade que já é considerada tradição no Standard Bank”, manifestou. Por sua vez, o administrador do Hospital Ger-al José Macamo, Domingos Gento, agrade-ceu o gesto do banco, assumindo que o “Natal Solidário” é um evento bastante importante e incomparável para o hospital. “Neste período do ano, o Standard Bank é a única instituição que se lembra das crianças internadas na nossa pediatria e nós ficamos muito felizes por isso”, revelou. Domingos Gento falou igualmente da im-portância desta iniciativa, referindo que “te-mos crianças de diferentes estratos sociais,

pelo que nem todos os pais têm a mesma ca-pacidade de oferecer o necessário, aos seus filhos, numa situação de internamento”. “O Standard Bank tem estado a cada ano a proporcionar momentos especiais para to-das elas, sem nenhuma distinção, o que é bastante positivo”, concluiu o administrador. Refira-se que o “Natal Solidário” do Standard Bank realiza-se, também, no Hospital Central da Beira, na província de Sofala, no Hospi-tal Provincial de Tete, na província de Tete, bem como no Hospital Distrital de Nacala, na província de Nampula.

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País

NO PRESENTE ANO

Governo despende mil milhões MT para mitigar impacto do preço dos combustíveis

MAPUTO - O Governo moçambicano vai gastar até ao final do cor-rente ano cerca de mil milhões de meticais para mitigar o impacto do aumento do preço dos combustíveis, registado em Outubro passado, nos operadores dos transportes rodoviários urbanos de passageiros, incluindo o sistema ferroviário.

Verónica Macamo na cimeira das mulheres parlamentares

Da cifra supracitada, cerca de 600 milhões de meticais serão alocados à compensação dos operadores de transporte de passageiros públicos e privados, sendo o remanescente destinado ao operador do sistema ferroviário.O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita disse, a propósito que o Es-tado não está em condições para continuar a aplicar preços de combustíveis subsidiados, pois esta situação concorre para que se cri-em roturas no sistema financeiro do Estado e no sistema de distribuição dos combustíveis líquidos no País. “Há a necessidade de se fazer um ajuste, que devia, em princípio, ser feito numa base anual, o que não vinha a acontecer nos últimos cinco a seis anos, e isso tem muito a ver com a situação dos transportes urbanos de passageiros em que as tarifas actualmente cobradas estão desa-justadas dos custos operacionais”, referiu.Esta situação, conforme acrescentou, con-tribui para uma fraca disponibilidade e baixa qualidade do serviço de transportes públicos urbanos de passageiros. “Todavia, o Governo está a proteger os ci-dadãos utentes dos serviços públicos urba-nos de passageiros e, como forma de miti-gar o aumento dos preços dos combustíveis, anunciados em Outubro de 2016, entre vári-

as medidas o Governo decidiu continuar com o pacote de compensação aos transportado-res que estejam devidamente licenciados e registados, através do mecanismo do reem-bolso do diferencial do preço do gasóleo sempre que este for superior a 31 meticais”, indicou.Num outro desenvolvimento, Carlos Mesqui-ta lembrou que desde 2008 que o Governo tem estado a providenciar este subsídio,

alocando uma média anual de 220 milhões de meticais aos operadores dos transportes urbanos de passageiros públicos e privados.“Este assunto é bastante delicado, razão pela qual estamos a capacitar o sistema fer-roviário para o transporte de passageiros, que beneficia igualmente de um pacote de subsídio tarifário anual de cerca 400 milhões de meticais”, afirmou o governante, ajuntan-do que um passageiro paga praticamente 20 por cento da tarifa no sistema ferroviário.Para o titular da pasta dos Transportes e Comunicações, os subsídios não podem continuar a ser aplicados da forma como tem estado a acontecer. O Estado tem consciên-cia que a economia não pode ser suportada definitivamente com subsídios.“Na base das análises que têm estado a ser feitas, a situação mostra que é pre-

ciso adoptar medidas que permitam o ajusta-mento gradual da tarifa do transporte urbano de passageiros”, sustentou Carlos Mesquita. “Vamos continuar a aval-iar os momentos, as oportunidades, mas cer-tamente será necessário ter uma política concreta, com uma fórmula devi-damente preparada, que permita o ajustamento gradual das tarifas dos transportes rodoviários de passageiros, incluindo as travessias marítimas e ferroviárias”, concluiu.

MAPUTO - A Presidente da Assembleia da República (AR) o parlamento moçambica-no, Verónica Macamo, encontra-se em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, para partici-par na Cimeira Mundial das Mulheres Presi-dentes dos Parlamentos (MPP), um evento de dois dias a iniciar nesta segunda-feira.Sob o lema “Unidas para Moldar o Futuro”, a XI edição da cimeira mundial das MPP, tem a particularidade de iniciar uma nova década de encontros de mulheres posicionadas nos mais altos cargos parlamentares.Um comunicado de imprensa da AR recebido hoje pela AIM diz que o evento vai proporcio-

nar oportunidades de partilha de ideias, bem como oferecer uma resposta de governação conjunta e global face as “emergentes mu-danças políticas, económicas, ambientais e sociais que afectam a segurança global”.Segundo a nota, o objectivo da cimeira con-siste em distinguir o papel que as MPP de-verão desempenhar na união dos parlamen-tares e segurança sustentável num mundo em rápidas mudanças para a actual e futuras gerações.Durante o evento, as MPP deverão ainda abordar a evolução do papel do Parlamento e como estes podem se relacionar com os

sectores governamentais e privados, como forma de ultrapassar os desideratos da ac-tual conjuntura mundial.A fonte afirma que na segunda-feira Verónica Macamo vai ser uma das oradoras principais do tema “Unidas para Garantir Prosperidade Económica para as Gerações Futuras”.No mesmo painel, vão fazer parte a presi-dente do Senado e vice-presidente da Ar-gentina, Gabriela Michetti, a presidente da Assembleia Nacional de Uganda, Rebecca Alitwala Kadaga, e a presidente do Parla-mento Latino-Americano, Blanca Ruiz Al-cala.

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25HSociedadePaís

PROVÍNCIA DE TETE

Sector da Defesa canaliza apoio financeiro às vítimas de Caphiridzanje

MAPUTO - O Sector da Defesa Nacional acaba de canalizar a sua ajuda às vítimas da tragédia de Caphiridzange, uma localidade do Distrito de Moatize, Província Central de Tete, onde até agora morreram mais 100 pessoas, devido a explosão de um tanque de combustível.

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PR recebe mensagens de condolências pela tragédia de Caphiridzanje

A contribuição, em valor monetário quantificada em 44.960,00 MT, foi feita no decurso do XVII Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional, que teve lugar entre os dias 25 a 27 de Novembro passado.Onze delegados dos Centros Provincial de Re-crutamento e Mobilização, directores nacionais do Ministério da Defesa Nacional dos departa-mentos do Estado-Maior General-General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, juntam-se assim ao gesto de solidariedade manifestado pelos moçambicanos de vários estratos sociais para minimizar o sofrimento das vítimas da explosão do camião cisterna de combustível, ocorrido no passado mês de No-

vembro, em Caphiridzange.De acordo com o Director Nacional da Edu-cação Cívico-Patriótica do Ministério da Defesa

Nacional, Carlos Mucamisa, “depois de termos tomado conhecimento da tragédia que até ag-ora vitimou mais de 100 compatriotas, ficamos completamente sensibilizados e convocamos a solidariedade interna, dos quadros do Sector da Defesa para juntarmos às várias manifestações dos moçambicanos em apoio aos nossos com-patriotas em Tete”.Em pouco menos de 15 minutos, os delegados do XVII Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional, conseguiram desembol-sar perto de 45 mil Meticais, valor que foi ime-diatamente canalizado ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, através da solidarie-dade, aberta num dos bancos comerciais que opera no país. O XVII Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional, decorrido no Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General, Arman-do Emílio Guebuza” teve abertura de Coman-dante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança e foram debatidos relatórios de vários sectores e produzida uma directiva para o ano de 2017.

MAPUTO - O Presidente da República Filipe Jacinto Nyusi, tem estado a receber mensagens de condolências endereçadas por diversas in-dividualidades de vários quadrantes do mundo, pela tragédia de Caphiridzanje, na província de Tete, ocorrida a 17 de Novembro último, que re-sultou na morte até o momento de 104 pessoas.Das mensagens recebidas, destacam-se as dos

Presidentes da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, da República Popular da Chi-na, Xi Jiping, do Botswana, Seretse Khama Ian Khama, do Malawi, Arthur Peter Mutharika, dos Camarões, Paul Biya, e do Estado da Palestina, Mahmuoud Abbas.O Chefe do Estado moçambicano recebeu igualmente mensagens do Primeiro-Ministro da

Espanha, Mariano Rajoy, dos Presidentes do Parlamento Pan-Africano, Roger Nkodo Dang, da Assembleia Suprema da Coreia (Pyong-yang), Kim Yong Nam, da Coordenadora Resi-dente das Nações e Representante do PNUD em Moçambique, Márcia de Castro, do Chefe da Missão da Organização Internacional para Migração, katharina Schnoring.

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Especial

JUVENTUDE PARLAMENTAR

Gabinete aposta na interacção com organizações envolvidas em assuntos juvenis

XAI – XAI - Este foi uns dos aspectos principais que sobressaiu do retiro realizado, sábado último, dia 10, no Distrito de Bilene, Província de Gaza, um evento que visava fazer uma reflexão em torno dos mecanismos de fortalecimento institucional entre os diferentes actores que, no seu quotidiano, procuram promover, advogar e fortalecer a implementação da Politica da Juventude.

- O Gabinete da Juventude Parlamentar (GJP) da Assembleia da República aposta na maior interacção com as organizações que trabalham em prol da Juventude moçambicana, imprimindo maior dinamismo na resolução dos problemas desta camada social, com enfoque para a problemática da habitação.

Tendo como lema “o Programa Geração BIZ: Promovendo a Saúde Sexual e Reprodutiva e os Direitos Humanos do Adolescente e Jovem”, o retiro do Bilene analisou, com alguma pro-fundidade, o actual estágio das relações de parceria entre o GJP e os Conselhos Distritais, Provinciais e Nacional da Juventude e a imple-mentação d o Programa Quinquenal do Gov-erno (2015-2019) na vertente habitação para os jovens.Intervindo na abertura deste evento, o Primeiro Vice-Presidente da Assembleia da República, António José Amélia, encorajou o GJP para, na sua função de advogar pelos interesses da “Seiva da Nação”, como dizia o primeiro Presi-dente de Moçambique Independente, Samora Moisés Machel, continuar a lutar pelo bem-estar da Juventude, “na qualidade de força incon-tornável para o desenvolvimento de qualquer sociedade”. António Amélia sublinhou que “para Moçam-bique a responsabilidade da Juventude é redo-

brada, uma vez que, as estatísticas mostram-nos que esta é a maior força motriz do nosso País”, realçando que “conhecendo a frontali-dade, a irreverência e a abertura dos jovens moçambicanos só podemos esperar o melhor neste fórum, ficando desde já a convicção de que o encontro não deixará os intervenientes iguais como chegaram”.O Primeiro Vice-Presidente da AR acrescentou que o retiro reveste-se de um valor primordial dando que junta diversas instituições para par-tilhar experiências de vida de jovens, sobretudo daqueles cujo destino reservou-lhes ser repre-sentantes de outros jovens. “A par dos parla-mentares, o convívio permitirá colher experiên-cias de jovens que desempenham actividades nos diversos quadrantes da nossa sociedade”, frisou Amélia.Já para a Primeira Vice-Presidente do GJP, Helena Musica, o evento do Bilene enquadra-se nos esforços daquela agremiação de jovens parlamentares visando imprimir maior dinamis-

mo na coordenação entre as organizações que trabalham em prol da Juventude moçambicana, buscando soluções para os problemas que apo-quentam esta camada social.Depois de explicar aos participantes, dos quais membros do GJP, quadros do Ministério da Ju-ventude e Desportos e do Fundo das Nações Unidas para População (FNUAP), os objectivos do encontro, deputada Helena Musica expres-sou a sua profunda gratidão pelo apoio presta-do pelas autoridades administrativas do Bilene na realização do retiro. Aliás, o evento do Bilene foi antecedido pela ce-rimónia de entrega de títulos de Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT) aos depu-tados membros do GJP e quadros do Minis-tério da Juventude e Desporto na Localidade de Chichango, Posto Administrativo de Uam-akavele, naquele distrito da província de Gaza.Na ocasião, o Primeiro Vice-Presidente da AR saudou a iniciativa, apelando as autoridades administrativas locais para que a acção de dis-tribuição de talhões seja cada vez mais cres-cente, “olhando com especial carinho a situ-ação dos jovens, sobretudo, os que procuram a primeira habitação”.“Aos parlamentares que hoje foram lhes atribuí-dos talhões esperamos, com brevidade, a infra-estruturação dos mesmos”, disse António Amé-lia, desafiando as autoridades administrativas locais, provinciais e centrais, sobretudo o Fundo para o Fomento da Habitação, a massificarem cada vez mais a habitação para jovens.O Primeiro Vice-Presidente da AR revelou que esta actividade tem-se verificado um pouco por todo o território nacional, tendo sublinhando que “mas entendemos que deveria haver maior pu-jança, se tivermos em conta que “quem casa, quer casa”, daí que nem sempre a urgência dos jovens casais se compadece com a velocidade imprimida pelas políticas relativas à habitação”.Segundo Amélia, a tarefa de proporcionar hab-itação para cada jovem casal não pode ser vista tão-somente como missão das entidades gov-ernamentais. “Ela passa por um engajamento pessoal, na programação, desde cedo, de poupanças bancárias para que no momento da implementação do projecto se tenha o mínimo para iniciar a vida conjugal”, afirmou o Primeiro Vice-Presidente da AR para quem é seu en-tendimento que as autoridades locais, provinci-ais e centrais podem cumprir o seu papel, “mas estes nunca chegarão à perfeição se não existir entrega individual e da sociedade, no seu todo”.

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Ciência e tecnologia

ASTRO FOTOGRAFIA

Como são tiradas algumas das imagens mais deslumbrantes do Sistema Solar

Nos últimos anos, os avanços nessa área foram imensos e agora não são apenas os cientistas que podem fazer imagens incríveis de nebulosas a milhares de anos-luz de distância: amadores também se aventuram, mesmo com equipamento não muito sofisticado.

- O astro fotografia é um tipo especializado de fotografia que regista imagens de corpos celestes e grandes áreas do céu nocturno.

Ultimamente, as imagens que mais têm sur-preendido vêm da vizinhança do nosso plan-eta, da extraordinária esquina do Universo em que estamos.Desde as montanhas geladas na fronteira do Sistema Solar, às erupções solares maiores do que a Terra, para onde quer que olhemos, há uma surpresa.A primeira fotografia de um corpo celeste (a Lua) foi tirada em 1840, mas somente no fi-nal do século 19 a tecnologia permitiu a foto-grafia estelar detalhada.Além de gravar os detalhes de corpos ex-tensos, como a Lua, o Sol e os planetas, a astro fotografia tem a capacidade de mostrar objectos invisíveis ao olho humano, como nebulosas e galáxias.O astro fotografia teve um papel importante no início dos estudos do céu e da classifi-cação das estrelas mas, com o tempo, deu lugar a equipamentos mais sofisticados e técnicas especialmente concebidas para a investigação científica.Actualmente, o astro fotografia é parte da astronomia amadora, e normalmente é utili-zada para gravar imagens que não têm como finalidade única a pesquisa científica.A tecnologia das câmeras e a nossa capaci-dade de instalá-las em novos locais são

fundamentais para conseguir imagens tão incríveis.Ver a Terra como um frágil globo azul e bran-co flutuando no espaço já não surpreende.Mas foi só depois do lançamento das mis-sões Apollo, nos anos 1960, que a humani-dade viu uma foto completa do seu planeta.Foram os astronautas da Apollo 8 que fizer-am o flagrante acima, baptizado de o "Nascer da Terra", feito enquanto orbitavam a Lua.

Mais longeCostumávamos pensar que Plutão era um mundo frio, escuro e enfadonho. Mas em 2016, a sonda New Horizons mostrou que estávamos errados.Esta sonda e outras parecidas permitiram que víssemos, pela primeira vez, os locais mais distantes do Sistema Solar.E o que vimos nos deixou sem fôlego.A New Horizons mostrou que Plutão é um mundo fascinante de montanhas e vales ge-lados, e que sua atmosfera é azul como a da Terra.

Mais claroPossivelmente mais do que qualquer tel-escópio da história recente, o Hubble trans-formou a compreensão do nosso lugar no Universo.Com ele, os astrónomos capturaram o Hub-ble Deep Field (HDF, na sigla em inglês) ou Campo Profundo do Hubble.A imagem icónica acima revelou que o es-paço profundo está repleto de galáxias.O Hubble também captou imagens dentro dos confins do nosso Sistema Solar.

Mais inteligenteO veículo Curiosity da Nasa revelou a super-fície de Marte como nunca se vira antes.Graças a isso, os cientistas puderam avaliar a chance de haver água na forma líquida - e até vida - na superfície marciana.Mas o Curiosity não mandou apenas fotogra-fias impressionantes da geografia do Planeta Vermelho.A imagem acima mostra o solo marciano. Este registo permite que os cientistas estu-dem a composição do planeta.

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25HSociedadeSaúde

CANSAÇO CRÓNICO?

Mudança de dieta pode ser a solução

No entanto, a ciência apenas agora começa a investigar e compreender algumas das causas do cansaço crónico. E estudos recentes revelaram factos surpreendentes sobre a conexão com a alimentação. Uma pesquisa nacional sobre a dieta dos britânicos, publicada este ano, concluiu que 48% das meninas com idades entre 11 e 18 anos têm dietas pobres em ferro - o mesmo ocorrendo com 27% das mulheres entre 19 e 64 anos de idade e quase 10% dos meninos entre 11 e 18 anos.

- Uma a cada cinco pessoas sente algum tipo de cansaço a todo momento e uma em cada dez tem fadiga prolongada e inexplicada, segundo o Royal College of Psychiatrists, entidade responsável pela educação e treinamento de psiquiatras no Reino Unido.

A carência de ferro é a deficiência alimentar mais comum no mundo: afecta mais de 30% da população global, segundo a Organização Mun-dial da Saúde (OMS).Isso provoca anemia, estado em que o número de hemácias, o teor de hemoglobina e o volume de glóbulos vermelhos do sangue se encontram abaixo do normal.Os glóbulos vermelhos contêm uma substân-cia chamada hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigénio do pulmão para o resto do corpo. Se os índices de hemoglobina estão baixos, o corpo não recebe oxigénio suficiente. Uma das consequências disso é a fadiga.Especialistas acreditam, porém, que mesmo que os índices de hemoglobina estejam acima do es-tipulado para o diagnóstico de anemia, aumentar a ingestão de ferro pode conferir mais energia.Segundo estimativas, a deficiência de ferro sem a presença de anemia afecta cerca de três vez-es mais pessoas do que a deficiência de ferro com anemia.A revista científica British Medical Journal e o Sistema Nacional de Saúde britânico (NHS) concordam que pode haver causas desconhe-cidas de fadiga, especialmente entre mulheres em idade fértil.Para colocarmos o problema em contexto: seg-undo um estudo nacional sobre dieta e nutrição feito no Reino Unido, 5% das meninas com idades entre 15 e 18 anos têm anemia provo-cada pela deficiência de ferro. No entanto, 24% desse mesmo grupo apresenta baixos índices de ferro no organismo.Entre mulheres com idades entre 35 e 49 anos, 4,8% têm anemia causada pela deficiência de ferro, mas 12,5% têm baixas reservas de ferro no corpo.Anemia e baixos índices de ferro são raros en-tre meninos e homens com menos de 64 anos, mas o risco aumenta significativamente em ho-mens com 65 anos ou mais.Isso quer dizer que quem sente cansaço con-stante deve tomar suplementos de ferro?Não necessariamente - é importante consultar o médico para um diagnóstico, porque a ingestão excessiva de ferro é perigosa para a saúde.Pequenas mudanças na sua dieta podem au-mentar seus níveis de energia.Muitas pessoas tomam suplementos vitamínic-os e minerais. Mas quão comum é o cansaço

causado por níveis insuficientes de vitaminas e outros minerais além do ferro?

Vitamina DConhecida como a "vitamina do sol", é produz-ida de forma endógena na pele pela exposição à radiação ultravioleta.Sua deficiência pode causar problemas de saúde em crianças e adultos, como fragilidade óssea, crescimento irregular e problemas imu-nológicos.Os sintomas incluem cansaço, alterações de ânimo, dor nos ossos e danos ao estômago.Vitamina B12O corpo produz glóbulos vermelhos a partir des-ta vitamina, obtida a partir de alimentos como carne bovina ou aves, frutos do mar, ovos e lacticínios.Mas, para que seja absorvida na quantidade necessária, é preciso ser combinada com uma proteína especial, chamada factor intrínseco e secretada por células do estômago.A falta da vitamina B12 pode se dar por causa de factores como ter dieta vegetariana mal planejada ou alimentação precária em bebés.

ZincoO zinco é um oligoelemento, o que significa que está presente no corpo e que tanto a sua deficiên-cia como o seu excesso podem ser prejudiciais.

Ele é muito importante por regular o funciona-mento do sistema imunológico, aumentar o efeito da insulina e exercer um papel na divisão e crescimento das células, na cicatrização de feridas e na metabolização de carboidratos. Além disso, é necessário para se ter um bom olfacto e paladar.As proteínas animais - particularmente as car-nes bovina, suína e de cordeiro - são boas fontes, assim como nozes, grãos integrais, leg-umes e levedura.

Estar acima do peso causa fadiga?Há evidências de ligações entre peso e cansaço e que emagrecer ajuda a reduzir esse efeito.Costumamos comer alguma coisa para aumen-tar nosso nível de energia, mas isso pode ser contra produtivo?Se você está com excesso de peso, reduzir os níveis de gordura no organismo ajuda a com-bater a fadiga por uma razão simples: o corpo terá que fazer menos esforço para executar ac-tividades diárias.Mas há indícios mais surpreendentes da ligação entre o sobre peso e o cansaço.Especialistas apontam que o tecido adiposo lib-era citocinas, substâncias químicas produzidas por glóbulos brancos para combater infecções, o que cientistas indicam levar a um maior nível de fadiga.

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Internacional

As informações foram divulgadas em dois importantes jornais dos EUA com base em supostos relatórios das duas agências. De acordo com os documentos, "indivíduos ligados ao Governo russo teriam publicado milhares de e-mails hackeados da campanha do Partido Democrata", da então candidata Hillary Clinton.

PARA CIA E FBI

'Rússia teria agido nas eleições nos EUA para promover Trump'

- As duas principais agências de segurança dos Estados Unidos - o FBI (Agência Federal de Investigações) e a CIA (Agência Central de Inteligência - teriam descoberto intervenções da Rússia nas eleições dos EUA para promover a vitória de Donald Trump.

'MEU TRABALHO SALVA VIDAS'

Assistente social que há 30 anos ajuda mulheres no processo de aborto legal

«Deseja informação sobre o Governo de Moçambique, onde e comoencontrar serviços públicos? Acede ao portal do Governo da

República de Moçambique através de www.portaldogoverno.gov.mz»

Para além disso, os sistemas informacion-ais do Comité Nacional do Partido Republi-cano também teriam sido alvo de infiltrações, mas nenhuma informação sobre o conteúdo chegou a ser publicada.De acordo com o The New York Times, os dois órgãos concluíram que "seguramente houve uma participação russa para hackear essas informações".Segundo o jornal, entre os documentos ob-tidos pelos hackers estariam as contas de e-mails do Comitê Nacional Democrata e do presidente da campanha de Hillary Clinton, John Podesta. O NYT afirma ainda que as agências de inteligência acreditam que essas informações teriam sido passadas pelos rus-sos ao WikiLeaks, que vazou o conteúdo.O Washington Post afirma que um relatório da CIA chegou a informações parecidas. O jornal cita um oficial do governo dos EUA

para afirmar que "a análise das agências de inteligência é de que o objectivo da Rússia era favorecer um candidato sobre o outro e ajudar na vitória de Trump".Os novos detalhes teriam surgido durante a apresentação dos relatórios pelas agências de inteligência aos senadores na semana passada. A reunião teria ocorrido com portas fechadas, mas segundo o Washington Post, as informações teriam sido passadas por um funcionário do governo que não quis se iden-tificar, mas tinha conhecimento sobre o con-teúdo dos documentos.A equipe do presidente eleito Donald Trump negou as informações e afirmou que "essas são as mesmas pessoas que disseram que Sadam Hussein tinha armas de destruição em massa".As acusações também foram negadas por fun-cionários do governo russo.

Nova investigaçãoNesta semana, o Presidente Barack Obama, que deixa o cargo em 20 de janeiro, orde-nou uma investigação sobre uma série de ataques cibernéticos que teriam sido pro-movidos pela Rússia durante a campanha eleitoral nos EUA.De acordo com a Casa Branca, o relatório - que deve ser finalizado até o fim do mandato de Obama - será uma "sondagem profunda sobre um possível padrão de uma crescente actividade maliciosa na internet durante a temporada eleitoral".Em Outubro, o governo dos EUA já aviam apontado a responsabilidade da Rússia nest-es ataques, acusado o país de interferir na campanha do Partido Democrata.Mas, segundo as novas informações divul-gadas pela imprensa americana, os siste-mas do Partido Republicano também teriam sido alvo desses ataques, mas não tiveram as informações recolhidas divulgadas pelos hackers.O porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz, afirmou que Obama decidiu seguir em frente com as investigações porque "leva o assunto muito a sério"."Estamos comprometidos em garantir a inte-gridade de nossas eleições", afirmou.

Meu nome é Tilde, sou assistente social deste hospital e estou aqui pra te ajudar", é assim que Irotilde Gonçalves, 70, apresenta-se às mulheres vítimas de estupro que atende quase todos os dias no Hospital Municipal Arthur Ribeiro de Saboya, em Jabaquara, zona sul de São Paulo.Paulista, nascida no interior, Tilde, como é con-hecida pelos amigos e colegas, é responsável por encaminhar todos os casos de aborto legal, determinados pelo artigo 128 do Código Penal Brasileiro em situações de estupro, risco para

a mãe ou feto incompatível com a vida.Ela vive diariamente uma realidade traduzida em números pela PNA 2016 (Pesquisa Nacion-al do Aborto), divulgada nesta semana. Seg-undo os dados do estudo realizado pela Anis e o Instituto de Bioética e pela Universidade de Brasília (UnB), até os 40 anos pelo menos uma em cada cinco das mulheres brasileiras já fez um aborto. Ainda de acordo com a pesquisa, em 2015, nas áreas urbanas, meio milhão de brasileiras teriam abortado ilegalmente.Para a assistente social, no entanto, os per-

centuais não traduzem a gravidade do prob-lema: "Tem um milhão de abortos no Brasil, e... quem morreu? Quem conseguiu fazer um aborto com segurança mas pagando caro? Essa estatística não reflecte a realidade, que é muito pior. E as clínicas particulares? E as clandestinas?".O jeito educado de falar, o sorriso e o jaleco com flores bordadas de Tilde contrastam com a dureza de seu trabalho. "É difícil não chorar, não pode ser que a realidade seja tão des-umana."