Segurança e Saúde No Transporte Em Táxi Final4nov

SEGURANÇA E SAÚDE NO

TRANSPORTE EM TÁXI

FORMAÇÃO PARA MOTORISTA DE TÁXI

____________________________________________________________________ Segurança e Higiene nos Transportes

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Objectivos

No final da formação, o candidato deverá ser capaz de:

Avaliar os factores de risco do exercício da profissão de Motorista de Táxi, numa perspectiva

de prevenção e protecção da sua saúde e da dos passageiros, garantindo uma boa

apresentação pessoal e o asseio interior e exterior do veículo.


____________________________________________________________________ Segurança e Saúde no Transporte em táxi

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ÍNDICE PÁGINAS

Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4

Saúde --------------------------------------------------------------------------------------------------------------6

A Ergonomia -----------------------------------------------------------------------------------------------------6

As principais causas do acidente -----------------------------------------------------------------------------9

A fadiga -------------------------------------------------------------------------------------------------9

A postura ---------------------------------------------------------------------------------------------- 10

A manipulação de cargas ----------------------------------------------------------------------------11

O stress -------------------------------------------------------------------------------------------------13

O ruído --------------------------------------------------------------------------------------------------15

Vida Saudável ------------------------------------------------------------------------------------------16

A actividade física ---------------------------------------------------------------------------16

A Alimentação -------------------------------------------------------------------------------17

Os perigos do Álcool ------------------------------------------------------------------------20

A segurança do trabalho ---------------------------------------------------------------------------------------21

Os sistemas de informação e comunicação ----------------------------------------------------------------23

Planeamento da Prevenção -------------------------------------------------------------------------24

Conclusão --------------------------------------------------------------------------------------------------------25



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Introdução

A qualidade de vida no Trabalho, nomeadamente as condições de Segurança e Saúde são

fundamentais para a realização pessoal e profissional de todos os indivíduos.

As actividades de Saúde e Segurança são assim inerentes à actividade humana, e serão exercidas

em grau mais ou menos elevado quanto maior ou menor for o nível de risco ou ameaças

existentes, sejam elas de natureza física, psicológica ou social, declaradas, latentes ou

previsíveis.

Mas se o Homem adquire alguma qualidade como ser social, essa aquisição processa-se

fundamentalmente na actividade laboral, com o envolvimento de todas as suas potencialidades

físicas, psíquicas e sociais.

Ao analisarmos os factores produtivos de qualquer organização, em especial as organizações

empresariais modernas, dúvidas não restam que os recursos Humanos vêm ao de cima como

factor estratégico, seguindo-se os recursos técnicos (know-how, organização, métodos e

processos, etc.) e os recursos materiais (matérias primas, capital fixo, capital circulante, etc.).

O Trabalho, entendido como actividade humana que tem em vista a prestação de serviços ou a

produção de bens destinados a fazer face às necessidades do homem é, em especial, uma teia

que exige uma rede de saúde e segurança, tanto mais ou menos apertada, quanto mais ou

menos o “Homem Trabalhador”, no sentido mais lato do termo, perceba que a doença e o

acidente o podem atingir.

Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais têm custos económicos muito elevados para

as empresas e para a sociedade.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), orgão especializado para as questões de

trabalho da ONU, anunciou que, anualmente, há mais de um milhão (1.000.000) de mortes



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ligadas ao trabalho, enquanto o número de acidentes profissionais, anuais, com paragens de

trabalho, se eleva a duzentos e cinquenta milhões (250.000.000), o que equivale a 685.000

acidentes e cerca de 3.000 mortes diariamente.

E, de acordo com as estatísticas da União Europeia, os números também são avassaladores: em

cada ano, de aproximadamente 120 mil trabalhadores do espaço europeu, 10 milhões sofrem um

acidente de trabalho ou doença profissional e 8 mil morrem.

Muitos acidentes de trabalho, em Portugal, são originados por um consumo excessivo de álcool

em contexto laboral, sobretudo em actividades em que sejam necessários níveis de atenção e

concentração permanentes, como é o caso dos motoristas, (a tarefa de conduzir é, por si só, e

desde logo, um trabalho especial, pois requer ao condutor um nível de concentração sobre a sua

pessoa, sobre o veículo automóvel que conduz, sobre as condições atmosféricas, sobre os outros

condutores).

Nesta matéria, não será possível atingir resultados satisfatórios se os principais protagonistas (os

trabalhadores) não forem informados, consultados e chamados a participar.

Tudo o que se possa fazer com vista a atingir este objectivo deverá ser considerado como um

investimento útil e de valor acrescentado para as empresas. Entre outras, salientam-se algumas

acções:

Acções diferenciadas de informação, sensibilização e formação sobre riscos próprios da

actividade desenvolvida pela empresa;

Criação de comissões de saúde e segurança em que participem representantes indicados

pelos trabalhadores;

Acções específicas e genéricas sobre matérias comuns a todas as Empresas, tais como

defesa do ambiente, qualidade, nutrição, estilos de vida saudáveis proporcionando a prática de

actividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.



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SAÚDE

A ERGONOMIA

É fundamental que todas as pessoas tenham algumas noções de ergonomia, uma

vez que aplicando os conhecimentos adquiridos, aumentam a sua qualidade de vida.

Por outro lado, todos nós, e sem darmos conta, estamos directa ou indirectamente em contacto

com “situações ergonómicas”.

O que é a Ergonomia?

Ergonomia é um termo que deriva do grego “ ergon” que significa trabalho e “nomos” que

significa “ leis ou normas”.

Ergonomia designa o conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existe

interacção entre seres humanos e as máquinas.

O principal objectivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao

seu trabalho e formas eficientes e seguras de desempenho, visando a optimização do bem-estar

e consequentemente o aumento da produtividade.

A ergonomia é uma área da ciência económica que aborda tópicos relacionados com o contexto

moderno do trabalho, sobretudo da economia industrial, tendo como foco principal a segurança

no trabalho e prevenção dos acidentes laborais, logo a ergonomia foca o seu estudo ajudando à

criação de locais adequados, cria métodos de trabalho, determina horários de trabalho

Podemos, assim, dizer que a ergonomia estuda as características e o comportamento das

pessoas durante o trabalho, durante as actividades domésticas e os tempos livre de modo a

aumentar a qualidade de vida, a eficiência e a competitividade.



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A interacção do Homem com o espaço de trabalho que o rodeia pressupõe o estudo dos

elementos que possam afectar a posição, a postura e o alcance da faixa esperada de utilizadores

e, consequentemente, o seu conforto e eficiência.

Como exemplo desses elementos temos o tamanho e a posição das cadeiras, máquinas e

assentos.

Deverá ainda ter-se como objectivo que o equipamento acomode não só o utilizador médio, mas

também, através de ajustamento se necessário, 90%, ou mais se possível, da população de

utilizadores.

Na verdade, não é suficiente projectar um posto de trabalho adequado ao indivíduo médio. A

maior parte das vezes é necessário ter em conta as pessoas mais altas (por exemplo, é

necessário ter em conta o espaço para as pernas por baixo da mesa) ou as mais baixas (por

exemplo, devemos certificarmo-nos que certos objectos são alcançáveis).

Porém, apesar destes factores que deverão estar sempre presentes, é impossível projectar

postos de trabalho que satisfaçam a grande variação de estatura entre indivíduos, sexo ou raças

com todas as especificidades dai inseparáveis. E por isso, teremos de nos contentar com as

especificações para a maioria da população

No que diz respeito à actividade de motorista de táxi, existem determinados cuidados

ergonómicos que devem ser tidos em conta.

Antes de mais, e porque o motorista de táxi passa a maior parte do seu tempo de trabalho

sentado na viatura, cumpre tecer algumas considerações sobre o assento.

Infelizmente não existem no mercado assentos especificamente projectados para esta actividade

profissional.



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Contudo os fabricantes das diversas marcas de automóveis devem ter a preocupação de

projectar o assento de forma a eliminar o desconforto devido a pressões desnecessárias na parte

inferior das coxas ou à limitação do afluxo de sangue às nádegas em virtude de uma distribuição

inconveniente do peso do indivíduo. Por outro lado, deve prever-se uma gama razoável de

posturas de modo a evitar o desconforto motivado pela longa permanência na posição de

sentado.

Por outro lado devemos adoptar determinados comportamentos e posturas uma vez que, para

além de permitirem diminuir o cansaço, evitam alguns problemas, tais como as dores de cabeça

e as dores nas costas ou no pescoço.

Alguns comportamentos a seguir:

a) Condução da viatura

- Conduza com os braços flexíveis sem estar “colado” ao volante

- Recue o banco, mas endireite o encosto

- Utilize uma almofada dura no assento da viatura: evita que se enterre e alivia as costas

b) Entrar e sair da viatura



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- Evite torcer as costas: ajude os seus músculos arranjando apoios e rode para fora a bacia e as

pernas ao mesmo tempo

c) Levantar um peso

- O que não deve nunca fazer: dobrar as costas

Exige dos músculos um grande esforço para endireitar as costas e as vértebras correm o risco de

ficar desprotegidas

- Deve colocar-se em frente do objecto, o mais perto possível, afastando os pés e dobrando as

pernas. Para se endireitar, deverá manter o tronco direito, juntar os pés e expelir o ar dos

pulmões. Assim, o trabalho dos músculos das costas é menor.

PRINCIPAIS CAUSAS DO ACIDENTE

A Fadiga

A fadiga pode ser uma das causas de acidente. De facto, este sintoma está directamente

relacionado com a falta de horas de sono, por isso é sempre necessário dormir, para que no dia

seguinte se possa sentir completamente restabelecido.



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Deveremos ter em conta que a fadiga afecta as capacidades perceptivas, cognitivas, e motoras,

uma vez que a capacidade de percepção do meio em seu redor, como a condução, diminui

drasticamente, podendo até causar irritação com o meio envolvente.

Para prevenir os estados de fadiga:

- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas

- Evitar uma refeição longa e pesada

- Se realizar viagens longas, deverá fazer pausas, ou dividir a condução do veículo com outro

condutor

- Beber água e abrir com regularidade as janelas de modo a fazer circular ar fresco

- Se o estado de sonolência aumentar, pare e durma uma sesta, de modo a restabelecer-se.

A Postura

A postura é um dos riscos profissionais ligados à profissão, uma vez que os respectivos

condutores passam longas horas na mesma posição, provocando lesões a nível da coluna

vertebral, com dores acentuadas nas extremidades inferiores, dores articulares, contracturas e

deformações irreversíveis.



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Manipulação de cargas

A manipulação de cargas constitui um risco profissional, na medida em que a movimentação

manual de cargas pressupõe a utilização do corpo do trabalhador como próprio instrumento de

trabalho.

A movimentação manual de cargas é uma actividade que envolve vários riscos, relacionados não

só com, o trabalho físico exercido pelo trabalhador na manipulação das cargas, como também

por essa mesma carga, que pelo seu tamanho, material, constituição, etc pode por si mesmo

constituir um risco profissional.

Quais as consequências para o trabalhador?

As consequências normalmente associadas à manipulação de cargas que vão além da capacidade

física dos trabalhadores ou ainda da manipulação imprópria das cargas são:

- Dores nas costas

- Hérnias

- Lesões nos pés e mãos

Para a manipulação e movimentação das cargas, deverá analisar-se o seguinte:

- As características das cargas (forma, volume, material, peso e localização)

- O esforço físico exigido ( nº de elevações e intensidade da força)

- As condições físicas dos trabalhadores (sexo, idade e capacidade física)

O facto do corpo ter de sustentar cargas, muitas vezes superiores ao que a coluna suporta, pode

dar origem a lesões graves. Também o facto dos movimentos para elevar ou transportar essas

cargas não serem os mais correctos, pode contribuir gravemente para lesões. Por último estes

dois factores realizados de forma repetitiva, acentua a possibilidade de lesão corporal acentuada

e em muitos casos sem possibilidade de cura.



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Procedimentos desadequados

- Carga mal equilibrada

- Carga mal posicionada em relação ao corpo

- Carga demasiado pesada ou volumosa

- Falta de espaço para movimentação

- Pavimento degradado

- Pontos de apoios instáveis

- Calçado inapropriado

- Pausas de trabalho ou descanso entre tarefas, inexistentes

Recomendações a adoptar na movimentação de cargas:

1. Evitar o manuseamento de cargas muito volumosas ou muito pesadas

2. Manusear objectos embalados apropriadamente ao seu tamanho

3. Usar técnicas adequadas em relação ao tipo de carga ( procurar usar o tronco como

alavanca)

4. Evitar dobrar a coluna

5. Não fazer movimentos bruscos

6. Utilizar os membros inferiores como suporte para levantamento

7. Equilibrar na totalidade do corpo, em cada uma das mãos a carga



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8. Verificar se a manipulação das cargas é efectuada em piso desobstruído

9. Utilizar meios auxiliares para transporte e manipulação das cargas

10. Fazer pequenas pausas entre os trabalhos de movimentação

O Stress

O stress é também um factor de risco profissional para os motoristas.

Quando este se introduz no nosso organismo, este acciona determinados estímulos físicos e

emocionais que fazem o corpo reagir, produzindo hormonas que alteram a pressão arterial e o

ritmo cardíaco.

No contexto da condução, há diversos factores que podem dar origem a situações de stress:

- As pressões do tempo

O motorista sente-se pressionado a cumprir prazos, de modo a fazer face aos pedidos que os

diversos elementos lhe solicitam.

- O volume de tráfego

Ao fazer o seu transporte diariamente, devido à intensidade de tráfego e aos tempos de espera,

o stress pode também aumentar.

- O movimento de passageiros

O facto de os passageiros entrarem e saírem constantemente do veículo e obrigarem a um

convívio constante, pode dar origem a stress.

A pressão para o lucro económico

Uma vez que cada empresa tem de obter lucro para poder sobreviver, e dado que este objectivo

depende de diversos e variados factores, o motorista poderá sentir-se mais pressionado.

O stress pode ser negativo como positivo.

Sendo positivo, este faz com que o corpo reaja, e torna o organismo mais atento e pronto aos

desafios e meio ambiente. O stress só se torna negativo, se vivermos constantemente e

repetidamente sob estado de tensão.



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Em situações negativas, podem revelar-se os seguintes sintomas:

- Cansaço extremo e repetitivo

- Dor de cabeça prolongada e repetitiva

- Alteração do apetite

- Sonolência

- Agitação interior

- Dificuldade em cumprir responsabilidades

- Adiar tarefas

- Ansiedade

- Preocupação constante

- Dificuldades de memória

- Irritabilidade

- Tristeza

- Depressão

- Alteração da pele

- Queda de cabelo

Técnicas para lidar com o stress:

- Fazer exercício físico

- Conviver com amigos

- Ter um passatempo

- Utilizar o humor no dia-a-dia

- Repetir pensamentos positivos

- Inspirar profundamente várias vezes ao dia

- Planear as suas actividades diárias

- Ter uma alimentação saudável

- Dormir de forma descansada e relaxante



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O ruído

O ruído é um som que produz uma sensação auditiva desagradável, sendo prejudicial para o

organismo, chegando mesmo a gerar perdas auditivas.

Os ruídos podem ter origem de diversas fontes:

Do veículo: o motor, o escape, as portas, o sistema de ar condicionado, entre outros

De ambientes exteriores: o tráfego, conversas ou gritos, música alta, o vento, entre outros.

No caso dos motoristas, dificilmente poderão não se expor ao ruído, porém podem tentar

evitar algumas exposições desnecessárias, como por ex. música alta, ou tomar medidas de

diminuição do ruído provenientes do veículo.



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VIDA SAUDÁVEL

A ACTIVIDADE FÍSICA

É incontestável que nos dias de hoje a falta de actividade física é um importante factor de risco

para as doenças cardiorespiratórias.

Apesar da falta de actividade física não poder ser considerada, um factor de risco ao mesmo

nível do uso do tabaco, da hipertensão arterial ou do colesterol elevado, a verdade é que

também, juntamente com estes últimos, atinge uma percentagem significativa da população.

Assim, aconselha-se a prática de exercício físico regular para a preservação

do bem-estar físico, psíquico e social das populações, com especial

relevância nos países mais industrializados, onde o sedentarismo tende a

imperar.

As alterações orgânicas que aparecem com o envelhecimento não são exclusivamente devidas

ao um processo normal e fisiológico decorrente da passagem do tempo. Na verdade a

inactividade física deixa igualmente as suas marcas. Por exemplo, o aumento de peso, que

progride com a idade, pode ser menor, em indivíduos que mantenham uma actividade física

regular.

É preciso adaptar a actividade física à idade e a outros condicionalismos da pessoa. Por exemplo,

em idades jovens, a actividade física pode ter um carácter competitivo, enquanto que em

indivíduos com mais de 35 anos as mesmas devem ser encaradas como um forma de lazer.

Por fim, e independentemente da idade, aconselha-se que antes de se iniciar qualquer programa

de actividade física se consulte um médico e se realizem exames.



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ALIMENTAÇÃO

Ter uma alimentação correcta e equilibrada é fundamental para um estar físico

e para evitar doenças.

Actualmente e com maior incidência nas sociedades industrializadas, cada vez

mais se come com menor qualidade, muitas vezes porque as pessoas não têm

tempo para se preocuparem com uma escolha correcta e equilibrada dos elementos que

ingerem.

Na verdade, cada alimento é constituído por uma mistura de nutrientes essenciais para que o

organismo tenha condições para desenvolver e realizar todas as suas funções vitais.

Ora, para uma alimentação saudável é necessário, antes de mais, o conhecimento das

particularidades de cada grupo alimentar por forma a que a escolha dos alimentos e preparações

satisfaçam os objectivos principais da alimentação, ou seja, o bem estar físico e mental e a

saúde.

Uma vez que não existe nenhum alimento completo, uma alimentação variada é essencial.

Por fim, é preciso não esquecer o seguinte:

Não salte refeições, nem faça intervalos exagerados entre os mesmos.

- O Pequeno-Almoço

Esta é a refeição mais importante do dia. Depois de um longo período de jejum durante a noite,

o organismo precisa de uma boa refeição, para enfrentar o dia, sobretudo para quem tem

necessidades nutricionais acrescidas: crianças, jovens, grávidas, mulheres em amamentação e

todos aqueles que têm trabalho físico pesado e actividade intelectual exigente. Na sua



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constituição devem estar presentes o leite ou derivados, o pão, tostas ou cereais, pequenas

porções de queijo, fiambre ou outra fonte de proteínas e fruta fresca.

- O Almoço

É caracterizada como a segunda refeição mais importante do dia é frequentemente

desvalorizada e substituída por snacks, acompanhados de refrigerantes. O ideal seria fazer ao

almoço, pausadamente, uma refeição composta de carne ou peixe, um bom fornecedor de

hidratos de carbono e de fibras, como as leguminosas (grão, feijão, ervilhas, favas, lentilhas), as

batatas, o arroz ou as massas e, sem nunca esquecer, os legumes na sopa e no prato, e a fruta

fresca.

- As Merendas

As merendas são fundamentais para evitar que os intervalos entre o almoço e o jantar sejam

demasiado longos. Em vez de salgadinhos, folhados e guloseimas, que nutritivamente são de

uma péssima qualidade, deve-se optar pela fruta, pelo leite e pelo pão.

- O Jantar

A constituição do jantar deve ser semelhante à do almoço, logo uma refeição completa. Mas com

uma variante: mais leve e de digestão mais fácil, o que se consegue com uma culinária simples e

com baixo teor de gorduras.

- A Ceia

Esta refeição torna-se importante, quando o intervalo entre a hora de jantar e a hora de deitar

excede as três horas, mas deve ser sempre uma refeição ligeira. Um iogurte e uma chávena de

leite com duas ou três bolachas, ou uma infusão de ervas e meio pão são óptimas sugestões para

fechar o dia.



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PERIGOS DO ÁLCOOL

Tendo em conta que o local de trabalho do motorista de táxi é a via publica e que o seu

instrumento de trabalho é o veículo táxi, nunca é demais falar sobre os perigos do álcool uma

vez que existem fortes repercussões na sinistralidade rodoviária.

O abuso do álcool tem assumido cada vez maiores proporções. Uma vez que esta situação não

afecta só o próprio, mas também toda a família e o ambiente de trabalho, não caímos em

exagero se afirmarmos que quase toda a população portuguesa é de alguma forma afectada

pelos problemas que advém do consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Alcoolismo e embriaguês não são a mesma coisa. Uma pessoa embriagada não é

necessariamente um alcoólico e um alcoólico pode nunca ficar embriagado.

Na verdade, na embriaguês a pessoa ingeriu uma dose excessiva de álcool, ficando o seu

comportamento alterado em relação ao normal. Por outro lado, o alcoolismo é provocado pela

ingestão continuada de doses elevadas de bebidas alcoólicas, intoxicando o organismo e

provocando a necessidade de ingerir cada vez mais quantidade de álcool e com maior

frequência, mesmo que o indivíduo não fique embriagado.

A alcoolemia é a quantidade de álcool puro existente no sangue após a ingestão de bebidas

alcoólicas. Mede-se m gramas de álcool por litro de sangue e possibilita avaliar o nível de



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intoxicação da pessoa. O valor máximo é atingido 45 a 90 minutos após a ingestão das bebidas

alcoólicas.

Os efeitos do álcool, de substâncias psicotrópicas e estupefacientes fazem sentir-se a três níveis:

VISÃO - Diplopia (visão duplicada) - Visão em túnel - Inadequada recolha de informação

ANÁLISE

- Diminuição das capacidades intelectuais - Perturbação das capacidades de avaliação

ACÇÃO

- Diminuição das capacidades físicas - Fadiga intensa, lentidão de movimentos - Descoordenação motora, reflexos alterados - Resposta inadequada à situação



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A SEGURANÇA DO TRABALHO

O primeiro passo na prevenção de acidentes é saber o que se entende por acidente do trabalho.

A definição legal diz que “ É acidente de trabalho o sinistro, entendido como acontecimento

súbito e imprevisto, sofrido pelo trabalhador que se verifique no local e tempo de trabalho”

(Código de Trabalho, art. 284.º n.º1).

Em principio temos três factores causadores de acidentes:

a) Condições inseguras, inerentes às instalações, como máquinas e equipamentos;

b) Actos inseguros, ou seja, atitudes indevidas do elemento humano;

c) Eventos catastróficos, como inundações, tempestades, etc.

Sob o ponto de vista da prevenção, causa de acidente é qualquer factor que, se removido a

tempo, teria evitado o acidente.

A grande maioria dos acidentes de trabalho não são inevitáveis, não surgem por acaso. Na

maioria das vezes são causados e, por isso, passíveis de prevenção, caso se eliminem a tempo a

suas causas.

Nos acidentes de trabalho existem três tipos de elementos a reter:

a) O agente da lesão – é aquilo que em contacto com a pessoa determina/provoca a lesão;

b) A condição insegura – são as falhas, os defeitos, as irregularidades técnicas que

comprometem a segurança do trabalhador;

c) O acto inseguro – é a forma que o trabalhador se expõe, consciente ou

inconscientemente, a riscos de acidente. Ou seja, são os comportamentos inadequados

do trabalhador e que podem ser analisados da seguinte forma:

- O homem não pode comportar-se de maneira diferente;

- O homem não sabe comportar-se de maneira diferente;

- O homem não quer comportar-se de maneira diferente.



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Devemos ainda referir que, quando ocorre um acidente, deverá fazer-se, o mais rapidamente

possível a sua análise para que:

- As provas não desapareçam;

- As testemunhas não se esqueçam dos factos;

Assim, o êxito da descoberta da verdade é manifestamente maior, evita-se o acidente se repita e

previnem-se futuros acidentes.

Sempre que ocorre um acidente de trabalho, existem dois tipos de custos:

- Custos directos – abrangem os salários, indemnizações e gastos em

assistência médica;

- Custos indirectos – abrangem o tempo perdido pelo trabalhador e pelos

colegas, o tempo utilizado na investigação das causas do

acidente bem como o tempo necessário à selecção e formação de

um trabalhador substituto do acidentado.

Por último, é imperativo que façamos dos nossos locais de trabalho, lugares seguros.

É preciso não esquecer que as boas condições de trabalho são hoje matéria de primeira

importância.

Após a determinação das causas do acidente planeiam-se as acções correctivas e/ou preventivas,

com a definição de responsáveis pela implementação e prazos.

Finalmente é avaliada a eficácia das acções implementadas garantindo assim a eliminação ou

redução das causas que motivaram o acidente.



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Quando acontece um acidente, o sinistrado deve ser socorrido no próprio local ou encaminhado

para um centro hospitalar.

O trabalhador só deve retomar o trabalho após o exame médico de aptidão e nas condições que

o médico determinar.

Os registos de acidentes devem ser considerados para o cálculo das taxas estatísticas da

sinistralidade. Assim a empresa poderá comparar o seu desempenho com os valores

referenciados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT.

Todos os acidentes devem ser registados independentemente da sua gravidade.

OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Os sistemas de informação e comunicação têm sofrido uma enorme evolução na área dos

transportes, tendo iniciado com o sistema rádio, o pager, o telefone no veículo de transporte, e

por fim o telemóvel.

Actualmente com a evolução da tecnologia, é possível hoje.

- Os motoristas estarem em contacto com os diversos elementos que o rodeiam, tais como a

empresa e clientes, entre outros.

- As empresas podem a qualquer momento localizar os veículos

- Aos gestores podem melhorar a gestão das redes de transportes



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- Aos operadores de redes de transporte podem fornecer informações mais fidedignas em tempo

real.

A rede rodoviária é hoje um mundo abrangido por diversos factores variáveis que condicionam

muito a circulação de bens e serviços, pelo que a evolução dos sistemas de informação e

comunicação permite prever com maior exactidão os factores variáveis, transformando em

sistemas de precisão, que permitem um melhoria significativa da eficiência e da segurança nas

operações comerciais.

As melhorias que inevitavelmente são impostas pela evolução dos sistemas de comunicação e

informação têm também efeitos a nível económico, uma vez que permite:

- uma melhoria da qualidade de oferta

- um planeamento mais eficaz da viagem

- uma melhor gestão de tempo

Com todas estas melhorias e vantagens, negócio irá consequentemente expandir-se, alargando

para diferentes áreas de negócio.

PLANEAMENTO DA PREVENÇÃO

Apesar de haver sempre um factor imprevisto inerente ao próprio risco, o desconhecimento

total das regras de segurança dão origem a riscos desnecessários.

Prevenção de riscos profissionais

- Evitar o risco

- Avaliar os riscos que não podem ser evitados

- Combater os riscos na origem

- Adaptar o trabalho ao Homem (Ergonomia), agindo sobre a concepção, a organização e os

métodos de trabalho e de produção

- Substituir tudo o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso



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Factores de risco

O local de trabalho:

- Está limpo e arrumado?

- Todos os acessos funcionam em condições?

- Toda a iluminação funciona sem irregularidades?

- O local de condução, o banco é proporcional ao volante, assim como a todos os manípulos

necessários?

- As vias de telecomunicação funcionam em perfeitas condições?

CONCLUSÃO

Para que o motorista possa exercer a sua profissão em pleno ao longo de toda a sua vida activa,

de modo a que esta possa caminhar a par a passo com o envelhecimento próprio do ser humano,

são necessárias medidas de prevenção e de análise às condições de trabalho que todos devemos

ter em conta, e deverão proporcionar qualidade de vida ao trabalhador na sua vida activa. Esta

análise aliada ao empenho por uma vida saudável, com horas de sono em dia, alimentação

saudável, exercício regular são factores que ajudam a todo o exercício profissional e pessoal em

plenas condições.

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