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Seguro Rural Uma abordagem crítica Audiência Pública – CAPADR 3/06/08 Junho – 2008

Seguro Rural Uma abordagem crítica

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Seguro Rural Uma abordagem crítica. Audiência Pública – CAPADR 3/06/08. Junho – 2008. I.Seguro e Política Agrícola (Constituição Federal). - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Seguro Rural

Uma abordagem crítica

Seguro Rural

Uma abordagem crítica

Audiência Pública – CAPADR 3/06/08

Junho – 2008

Page 2: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

I.Seguro e Política Agrícola(Constituição Federal)

• Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:

•         I - os instrumentos creditícios e fiscais;•         II - os preços compatíveis com os custos de produção e a

garantia de comercialização;•         III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;•         IV - a assistência técnica e extensão rural;•         V - o seguro agrícola;•         VI - o cooperativismo;•         VII - a eletrificação rural e irrigação;•         VIII - a habitação para o trabalhador rural.

Page 3: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

II.A participação do setor privado no Planejamento do Seguro Rural

Lei Nº 2.168, de 11 de janeiro de 1954.Estabelece normas para instituição do seguro agrário.

Art. 14. Os estudos e anteprojetos elaborados pelo Instituto de Resseguros do Brasil, relativos as condições básicas de apólices e tarifas de prêmios (art. 4º), serão publicados no Diário Oficial.

 Parágrafo único. Dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, contados da publicação determinada neste artigo, as classes rurais e as demais classes interessadas enviarão ao Instituto de Resseguros do Brasil, por intermédio das respectivas associações profissionais ou sindicais, legalmente reconhecidas, suas sugestões e representações sôbre a matéria.

 Art. 15. Para o comêço da obrigatoriedade dos decretos a que se refere o art. 4º, serão estatuídos prazos mínimos e máximos de 90 (noventa) a 180 (cento e oitenta) dias, computados da data da publicação.

Page 4: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

II.A participação do setor privado no Planejamento do Seguro Rural

Lei 10.823, de 19/12/2003Dispõe sobre a subvenção econômica ao prêmio do Seguro Rural e dá outras providências.

Art. 4o Fica criado, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que o coordenará, o Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural.

Page 5: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

II. A participação do setor privado no Planejamento do Seguro

Compete ao Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural :

I - apreciar e encaminhar propostas relativas ao percentual sobre o prêmio ou ao valor máximo da subvenção econômica;

II - propor os limites subvencionáveis, III - aprovar as condições operacionais específicas, implementar e operacionalizar

o benefício previsto nesta Lei;IV - incentivar a criação e implementação de projetos-piloto pelas sociedades

seguradoras, contemplando novas culturas ou espécies, tipos de cobertura e áreas, com vistas no apoio e desenvolvimento da agropecuária no País;

V - estabelecer diretrizes, coordenar a elaboração de metodologias e a divulgação de estudos e dados estatísticos, VI - deliberar sobre:

        a) as culturas e espécies animais objeto do benefício previsto nesta Lei;        b) as regiões a serem amparadas pelo benefício previsto nesta Lei;        c) as condições técnicas a serem cumpridas pelos beneficiários;        d) proposta de Plano Trienal ou seus ajustes anuais,

Page 6: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

II. A participação do setor privado no Planejamento do Seguro

Art. 8o  O Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural será composto pelos seguintes membros:

        I - um representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que o presidirá;

        II - um representante do Ministério da Fazenda;        III - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão;        IV - um representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário;        V - um representante da SUSEP;        VI - um representante da Secretaria de Política Agrícola do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e        VII - um representante da Secretaria do Tesouro Nacional do

Ministério da Fazenda.

Dinamizar a atuação da Comissão Temática de Seguro e Financiamento do Agronegócio como forum de discussão do tema seguro rural

Page 7: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Características e necessidades do seguro rural

1. Obrigatoriedade contratação de contratação simultânea de crédito rural e seguro

– vigência : 1966 a 2007– Base legal : Decreto-Lei nº 73, de 21/11/1966

Art 18. As instituições financeiras do sistema nacional de Crédito Rural enumeradas no art. 7º da Lei número 4.829, de 5.11.65, que concederem financiamento à agricultura e à pecuária, promoverão os contratos de financiamento e de seguro rural concomitante e automàticamente. (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007)        § 1º O seguro obedecerá às normas e limites fixados pelo CNSP, sendo obrigatório o financiamento dos prêmios pelas instituições de que trata êste artigo. (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007)       § 2º O seguro obrigatório ficará limitado ao valor do financiamento, sendo constituída a instituição financiadora como beneficiaria até a concorrência de seu crédito. (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 2007)

Page 8: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Características e necessidades do seguro rural1. Variabilidade da renda

PIB Agricola e PIB Industrial Brasil1999 a 2007

18,0000

20,0000

22,0000

24,0000

26,0000

28,0000

30,0000

32,0000

34,0000

36,0000

1999

- I

1999

- III

2000

- I

2000

- III

2001

- I

2001

- III

2002

- I

2002

- III

2003

- I

2003

- III

2004

- I

2004

- III

2005

- I

2005

- III

2006

- I

2006

- III

2007

- I

Trimestres /anos

R$

bil

es A

gro

pec

uár

ia

100

110

120

130

140

150

160

170

R$

bil

es I

nd

úst

ria

Agrícola

Industrial

Page 9: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

PIB Agricola e PIB Industrial Brasil1999 a 2007

y = 1,9105x + 96,447

R2 = 0,9196

18,0000

20,0000

22,0000

24,0000

26,0000

28,0000

30,0000

32,0000

34,0000

36,0000

Trimestres /anos

R$

bilh

ões

Agr

opec

uári

a

100

110

120

130

140

150

160

170

R$

bilh

ões

Indú

stri

a

Agrícola

Industrial

Linear (Industrial)

Características e Necessidades do Seguro Rural –

1. Variabilidade da renda II

Page 10: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

PIB Agricola e PIB Industrial Brasil1999 a 2007

y = -6E-07x6 + 9E-05x5 - 0,0043x4 + 0,0892x3 - 0,8155x2 + 3,39x + 17,738

R2 = 0,907318,0000

20,0000

22,0000

24,0000

26,0000

28,0000

30,0000

32,0000

34,0000

36,0000

Trimestres /anos

R$

bil

es A

gro

pec

uár

ia

Agrícola

Polinômio(Agrícola)

Características e necessidades do Seguro rural

1. Variabilidade da renda III

Page 11: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Seguro agrícola X outros segurosPrincipais diferenças

Elevado risco e alto custo em função das características:

Alta exposição catastrófica

Alto custo de fiscalização e peritagem

Complexa precificação

Ausência de normatização

Falta de dados estatísticos

Consequências:

Desinteresse da iniciativa privada em operar

Cobrança de prêmios muito elevadosCobrança de prêmios muito elevados

Page 12: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Seguro -Situação atual • Seguradoras : cinco seguradoras no mercado • Aliança : 55% das operações de 2007• Mapfre : 18%• Nobre : 15% • SBR : 8% • AGF : 3%• Porto Seguro :0,2%

Crescimento 2006/2007 : • Nº de operações: 45% : 31 mil operações• Subvenção ao Prêmio Seguro: 96% - R$ 61 milhões

Page 13: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Seguro Situação Atual• Subvenção: Produtos Agropecuários (Valores em

R$ milhões)

Produto 2006 2007

Soja 22,14 27,92

Maçã 5,25 10,84

Milho 0,14 8,30

Uva 2,03 4,76

Trigo 0 3,75

Outros 1,46 5,38

Page 14: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Subvenção : Estado da Federação (Valores em R$ milhões )

Estados 2006 2007

Paraná 14,8 22,3

Rio G. do Sul 3,2 8,5

São Paulo 4,3 7,7

Sta. Catarina 2,7 7,2

Outros 6,0 15,1

Resumo:

Paraná detém praticamente 1/3 do valor das subvenções pagas pelo governo, seguido pelo RS em torno de 14%. Crescimento de outros Estados que passaram para quase ¼ do volume de recursos da subvenção

Soja : detém 46 do valor das subvenções seguido pela maçã 18%

Page 15: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Dados globais de 2007

Nº de operações: 31.637

56% soja;

15% milho;

12% uva;

4% maçã e

3% trigo

Subvenção: R$ 60,9 milhões , em torno de 48% do prêmio;

46% soja;

18% maçã;

11% milho ;

8% uva;

6% trigo

2% milho safrinha;

2% tomate e caqui

Page 16: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Prêmio Total: R$127,7 milhões; representa em torno de 4,7% da Importância Segurada

(2007)

45% soja;

18% maçã;

11% milho;

8% uva;

5% trigo;

2% milho safrinha;

2% tomate

Área segurada: 2,2 milhões de Ha

Soja 47%; 13% milho; 10% maçã; 9% uva; 7% floresta; 4% cana-de-açúcar

Page 17: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Importância Segurada: R$ 2,7 bilhões

(2007)

Soja 47%;

13% milho;

10% maçã;

9% uva;

7% florestas;

Page 18: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Conclusões• Reconhecimento da evolução dos marcos

regulatórios;– Lei de Subvenção ao Prêmio Seguro Rural:

10.823/2003– CIRCULAR SUSEP No 248/2004 Dispõe sobre o

seguro de cédula de produto rural - CPR e dá outras providências.

– Lei da Política do Resseguro : Lei complementar 126/2007

– Projeto de Lei Complementar : Fundo de Catástrofe

Falta revogar o inciso d do art. 20 do DL 73:

Torna obrigatório o seguro de :

d) bens dados em garantia de empréstimos ou financiamentos de instituições financeiras públicas;

Page 19: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

MunicípioProdutividadeesperada 1

(toneladas/ha)

Produtividadecolhida2

(toneladas/ha)

Perdaverificada( % )

Produtividadeestipulada3

(toneladas/ha)

Produtividadepara acionaro seguro(50%)(toneladas/ha)

Acionariao seguro?

Assai 2.340 1.000 -57,3 1.720 860 NãoCampoMourão

2.144 1.400 -34,7 1.800 900 Não

Tibagi 2.783 2.000 -28,1 2.380 1.190 Não1 IBGE - média dos últimos 3 anos; 2 SEAB/PR – 2006;3 Produtividade máxima esperada pela Seguradora Aliança

P R O D U T O R S E G U R A D O R A

SEGURO AGRÍCOLA - TRIGO (PR) - 2007SEGURO AGRÍCOLA - TRIGO (PR) - 2007

O PROBLEMA DA PRODUTIVIDADE O PROBLEMA DA PRODUTIVIDADE

CONCLUSÕES : ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES

Page 20: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Propostas para o seguro rural

• Maior participação da entidades representativas nas formulações do Seguro Rural

• Aumentar a subvenção no caso do trigo , dos atuais 60% para 75% do prêmio;

• Considerar, em vez da produtividade do município, a produtividade do produtor para efeitos de cálculo do seguro;

• Reconhecer as características individuais do produtor (tecnologia, idade, capacidade gerencial, perfil positivo no banco, etc) levando em conta também os orçamentos e histórico de produtividade;

• Compatibilizar subsídios estaduais para o seguro.

Page 21: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Não existem internacionalmente, experiências massivas importantes de Seguro Agrícola, sem a participação do Estado

Em todos os Países em que o Seguro Agrícola foi operacionalizado com sucesso, o Estado tem forte participação

Como ocorre nos EUA, Canadá, México, Espanha etc, o Governo subvenciona boa parte dos prêmios pagos pelos produtores

Nos EUA, além da subvenção ao prêmio, o Governo ainda subvenciona o custo administrativo e operacional das seguradoras

Reflexões

Page 22: Seguro Rural  Uma abordagem crítica

Luciano Marcos de Carvalho

Assessor Técnico CNA

Comissão Nacional de Crédito Rural

[email protected]

OBRIGADO !