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Não abordaremos noções ou dados específicos, que devem ser conhecidos a montante, ex:
. Substâncias perigosas
. Avaliação e gestão de riscos
. Normas específicas aplicáveis distintos
(ex: remoção de amianto ≠ trabalhos em águas e saneamento)
. Regras específicas derivadas do REACH ou ADR e afins
. Atmosferas perigosas (IPVS, ATEX, etc)
. Etc
Pressupostos
Perante a possível exposição do trabalhador(es) a substâncias perigosas, haverá que conhecer:
a) As propriedades das substâncias
b) As informações constantes nas FDS dos produtos - devendo analisar-se criticamente o conteúdo das mesmas
c) A natureza, o grau e a duração da exposição
d) A possível presença de vários agentes perigosos
Pressupostos
e) As condições da atmosfera de trabalho (níveis de O2, etc)
f) Os VLE profissional estabelecidos por legislação e normalização - DL n.º 24/2012 de 6 de Fevereiro, DL n.º 301/2000, de 18 de Novembro, NP 1796 …
g) Os VLE profissional a agentes especialmente perigosos, como os cancerígenos ou mutagénicos e o amianto
…
Na selecção de EPIs deverão ter-se em conta, designadamente:
.Condições formais dos equipamentos – Marcação CE, certificação segundo EN de referência, manual em PT, etc;
-Adequabilidade/idoneidade do EPI tendo em conta a exposição e os riscos
. Idoneidade do EPI (protecção vs função); compatibilidade do EPI (com outros EPIs e para com o utilizador), especialmente em usos prolongados
Escolha de EPIs
.A escolha de equipamentos tecnicamente fiáveis e ergonomicamenteapropriados é determinante para a devida e eficaz utilização por parte
do trabalhador.
.O investimento no EPI fará maior sentido se recair em equipamentos que garantam qualidade e aquelas condições – um EPI básico, regra geral, ou não protege ou protege em condições de desconforto e de
menor produtividade
Escolha de EPIs
Informação e formação dos trabalhadores e distribuição dos EPIs
Os EPIs não devem ser distribuídos sem que os trabalhadores sejam informados e formados quanto à relevância do seu papel de salvaguarda da
sua segurança e saúde, bem como quanto à forma como devem ser adoptados/utilizados para se conseguir este propósito.
A informação/formação de trabalhadores deve ser renovada periodicamente, para que os princípios e cuidados não sejam esquecidos.
Deve ainda ser renovada sempre que alterações nos processos ou nas características dos EPIs o justifiquem
Estando em causa a exposição a riscos relevantes, a informação/formação deve incidir ainda:
- Na correcta forma de conservar o EPI funcional durante o seu tempo de vida útil expectável
- Na correcta forma de descarte dos EPIs e na importância do mesmo para a segurança e saúde do trabalhador e eventualmente a da sua família - casos em
que se transportam contaminantes para casa
Partimos do pressuposto que se poderão usar máscaras de protecção respiratória filtrante – só devem ser utilizadas quando os níveis mínimos de
oxigénio estão assegurados (19,5%) e quando a concentração dos contaminantes presentes na atmosfera de trabalho não excede um
determinado volume, na medida em que a máscara passe a não ser eficaz, qualitativa ou quantitativamente
Máscaras
É necessário conhecer a natureza física dos contaminantes, saber se se trata de matéria particulada (poeiras, névoas, fumos) ou de gases e vapores.
Também é necessário saber a natureza química específica, dada a especial perigosidade e/ou especificidade de algumas substâncias (por exemplo
poeiras de carbonato de cálcio, fibras de amianto, cloro, vapores de amoníaco, etc.).
Depois desta etapa, podemos estabelecer se necessitamos de um filtro de partículas, um filtro de gases e vapores ou um filtro combinado.
Máscaras
FPN – factor de protecção nominal
Os equipamentos de protecção respiratória diferenciam-se na sua eficácia em isolar o trabalhador do ambiente de trabalho.
Esta eficácia expressa-se em termos de “fuga para o interior” do contaminante: a quantidade de contaminante que passa para a zona de respiração do
utilizador.
Deve seleccionar-se um equipamento em que a fuga para o interior seja suficientemente pequena para não exceder o valor limite de exposição ao
contaminante no ar inalado.
Máscaras
Haverá que medir a concentração do contaminante para que se possa escolher a máscara/filtro que confira protecção adequada.
Estas medições podem ser prolongadas durante todo o tempo que dure a exposição ao contaminante para compará-lo com o valor limite ambiental de exposição diária (VLA-ED), ou medições de curta duração ou exposições pico, que podem comparar-se com o valor limite ambiental de exposição de curta
duração (VLA-EC).
Máscaras
Depois de aferida a concentração média ponderada para o contaminante no local de trabalho, a selecção do equipamento realiza-se dividindo a
concentração pelo valor VLA, obtendo-se assim o “nível de protecção necessário”, devendo seleccionar-se um equipamento com um FPN superior a
este.
Máscaras
Vamos associar a manipulação de substâncias perigosas a riscos químicos, considerando as luvas cuja função principal é proteger destes, sem embargo da importância das luvas concebidas para
outros efeitos
Luvas
As luvas de protecção química podem ser concebidas sem suporte, caso típico das luvas descartáveis, em latex, em nitrilo, em neopreno, etc, ou
podem ser concebidas com suporte, ou base em tecido, e depois revestidas com um dos polímeros acima descritos.
Esta combinação confere às luvas protecção química e biológica e também mecânica e, eventualmente, térmica ou outra.
Luvas
Os diferentes revestimentos conferem às luvas diferenteresistência perante os produtos químicos.
Qualquer luva certificada segunda a norma de referência, a EN 374, protegerá de microorganismos por igual, desde que se mantenha fisicamente intacta,
mas terá comportamentos muito diferentes com os produtos químicos, consoante seja em PVC, em nitrilo, em latex, em neopreno ou outras matérias.
Como cada polímero se comporta de forma distinta perante os diferentes produtos, é importante seleccionar a luva tendo em conta os produtos a que o
trabalhador se vai expor – considerando ainda se necessita de protecção mecânica (até para a luva não se degradar ) e/ou térmica
Luvas
Norma EN 374-1:2016 – Riscos Químicos
Houve mudanças significativas nas normas de referência para luvas, designadamente no que toca à norma EN 388 (riscos mecânicos) e na
norma EN 374.
Vídeo:
http://www.ansell.com/pt-PT/Campaigns/Enresourcecenter/EN-374-Info.aspx
Luvas
Luvas
Problemas a considerar na escolha de luvas para manipulação de substâncias perigosas:
. Permeação vs Penetração
. “Protecção química” vs protecção química
. “Protecção” vs realidade
Permeação vs Penetração
É usual fazer-se a avaliação da adequação das luvas para uso com determinado produto químico de acordo com o desgaste aparente e
visualmente identificável das luvas.
Em alguns casos, a luva pode manter uma aparente eficácia e robustez mas já estar a ser ineficaz para o trabalhador, permitindo a passagem das moléculas
do contaminante (absorvidas pela própria matéria da luva) sem uma penetração do líquido sensorialmente perceptível.
Luvas
“Protecção química” vs protecção química
Na escolha das luvas é importante identificar quais os produtos químicos a que o trabalhador está exposto usualmente no seu posto e tarefas habituais.,
nomeadamente pela análise de:
.FDS (sendo necessária uma análise crítica)
. Exposição contínua vs esporádica
. Salpicos? Imersão? Derrames?
Luvas
“Protecção” vs realidade
A luva potencialmente mais adequada para uma determinada substância (quanto a resistência a permeação) pode não ser a concretamente pertinente,
há que ter em conta, por ex:
.Riscos “mecânicos”
. Necessidades de aderência (relevo/revestimento)
. Características do forro (pode ser determinante para o conforto e, consequentemente, o uso contínuo)
Luvas
Diversidade de opções para um mesmo efeito, ex: Nitrilo(Desempenhos idênticos em termos de resistência a permeação)
Luvas
Diversidade de opções para um mesmo efeito, ex: várias matérias(Desempenhos distintos em termos de resistência a permeação)
Luvas
Os fatos de protecção química (e biológica), funcionando como uma barreira entre os contaminantes e o corpo, deverão ser escolhidos com uma lógica
próxima da que reside na escolha de luvas: optar pela barreira eficiente que permite o maior conforto possível.
O desconforto é um dos principais problemas na utilização de fatos de protecção, pelo que a formação e informação dos trabalhadores assume uma
importância acrescida.
É importante assegurar o conforto possível, mas mais importante é ter a consciência que em prol da saúde, por vezes, há que trabalhar de forma
desconfortável.
Fatos
Ao passo que na escolha de luvas podemos resumir o problema à dialéctica: substância vs protecção, na escolha do fato de protecção devido o problema tem, pelo menos, um facto adicional, podendo
traduzir-se em:
Substância e sua forma vs protecção
Fatos
Ajuda na escolha do fato correcto:
- O vendedor (especialmente os tecnicamente mais capazes e/ou que possam fazer-se acompanhar por técnicos especializados, nomeadamente os
fabricantes)
- Ferramentas online: http://www.safespec.dupont.co.uk/safespec/chemical/en/search.html
Fatos
Problemas mais habituais: a escolha dos fatos de Tipo 5/6
1 – diversidade de oferta a preços muito díspares
2 – diferenças no conforto
3 – adopção destes fatos quando deviam ser usados fatosde Tipo superior
ETC
Fatos
Obrigado e um trabalho seguro!
www.apsei.org.pt
www.etlda.pt
Selecção de EPI Manipulação de Substâncias Perigosas