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Assessoria de Comunicação UNIDESC SEGUNDA EDIÇÃO DO SHOW DE VETERANOS RECEBE THALITA RANGEL CONHEÇA O PRIMEIRO PERSONAGEM DA SUPER CPA VEM AÍ FEIRA DAS PROFISSÕES EDIÇÃO 25° - ANO 2°/ 2019 WWW.UNIDESC.EDU.BR Semana Jurídica fala sobre carreira e vida acadêmica

Semana Jurídica - Unidesc...Por falar em egressos, Sabryna de Sousa Freitas, Elisênio Leite de Souza e Rubens Pires, ex alunos do curso, elucidaram sobre a vida após a formação

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Assessoria de Comunicação UNIDESC

SEGUNDA EDIÇÃO DO SHOW DE VETERANOS RECEBE

THALITA RANGEL

C O N H E Ç A O P R I M E I R O P E R S O N A G E M D A S U P E R C P A

VEM AÍ FEIRA DAS PROFISSÕES

EDIÇÃO 25° - ANO 2°/ 2019 W

WW

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IDES

C.ED

U.B

R

Semana Jurídica fala sobre carreira e vida acadêmica

2VIROU NOTÍCIA

Virou Notícia Unidesc.

DiretoraChristiany Borba

EditoraPriscylla Oliveira

Contato Ascom:

Endereço: Rodovia BR-040 (Acesso à Cidade Ocidental) Jardim Flamboyant - Bloco “C” Sala 01

Telefone: 61 98621-0149

E-mail: [email protected]: www.unidesc.edu.br

Inspire-se: Conheça a história da supervisora de comunicação.

Quer Emprego? OPORTUNIDADE DE EMPREGO NUBE, PARCERIA.

ACADÊMICO EM FOCO: ARTIGO QUINZENAL COMUNIDADE QUILOMBOLA.

EGRESSO EM FOCO: Colaboradora da BRASPEL/AMBEV conta sua história.

DA HORA NOTÍCIA : Eventos do Entorno e Brasília.

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Tô no UNIDESC: Circuito Acadêmico promove segunda edição

Tô no UNIDESC: Show de Veteranos exibe talentos da instituição.

Tô no UNIDESC: Quarta edição da feira das profissões acontece em setembro.

Tô no UNIDESC: Comunidade Acadêmica participa de cerimônia de assinatura do NIP.

Tô no UNIDESC: Conhecendo os personagens da super CPA.

MATERIA ESPECIAL: Por que as pessoas estão interpretando cada vez menos na internet?

VOCÊ SABIA?: UNIDESC é o único órgão da região a recolher lixo eletrônico.

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Tô no UNIDESC: Semana Jurídica recebe profissionais renomados.

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S U M á r i o

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3VIROU NOTÍCIA

EXPEDIENTE

SUPERVISORA DE COMUNICAÇÃO

Christiany Borba

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Priscylla Oliveira

REVISORA

Cirlene Pereira

PROGRAMAÇÃO VISUAL

Clayton de SouzaElianne Carvalho

ASSISTENTES DE COMUNICAÇÃO

Thiago Rodrigues

ESTÁGIARIO(A)

Denisy Santos

4VIROU NOTÍCIA

Em comemoração ao mês do advogado, a coordenação do curso de Direito realizou a Primeira semana Jurídica

com diversos nomes conhecidos e estimados no ramo. Foram mais de 10 palestras cujas tematicas permearam a vida profissional, formação e a importância da esfera acadêmica. O evento foi iniciado com o Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Doutor Edison Enedino das Chagas, que falou sobre a importância da formação. Posteriormente, o Doutor Saul Tourinho, advogado do escritório Ayres Britto, explanou sobre ‘’Poder e Democracia no Brasil Contemporâneo.’’ No segundo dia de palestras o tema central foi a atuação do Ministério público na execução penal, pelo Doutor Diego Campos Salgado Braga, promotor de Justiça do Estado de Goiás. Já na quarta-feira, os estudantes puderam vivenciar uma dinâmica diferenciada com a advogada criminalista, Marília Gabriela Gil Brambilla, que de forma lúdica apresentou a teoria dos jogos no processo penal. Defensor Público geral do Estado de Goiás, Domilson Rabelo da Silva Júnior, também fez parte do núcleo de palestras do dia apresentando o papel da defensoria pública para a formação da cidadania, direitos humanos e acesso á justiça de forma integral e gratuita. Quinta-feira foi dia de receber um

Evento aconteceu nos dias 26 a 31 de agosto

nome muito conhecido na área, o Doutor Samer Agi, juiz de direito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT),que discorreu sobre a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) sobre a criminalização da homofobia e o nazismo às avessas. No período noturno, os egressos, Luciano Braz e Zito Nascimento, presidente da subseção de Luziânia OAB/GO e presidente da subseção de Valparaíso OAB/GO, respectivamente, falaram sobre a importância da advocacia. Por falar em egressos, Sabryna de Sousa Freitas, Elisênio Leite de Souza e Rubens Pires, ex alunos do curso, elucidaram sobre a vida após a formação. Encerrando com chave de ouro a Semana Jurídica, a juíza

POR PRISCYLLA OLIVEIRA

S E M A N A J U R Í D I C A R E C E B E P R O F I S S I O N A I S R E N O M A D O S D O D I R E I T O

de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Célia Regina Lara, abordou a violência e exploração sexual infantil.

Termo de cooperação

Unidesc e Defensoria

Pública

5VIROU NOTÍCIA

Foi firmado o Termo de Cooperação entre a Defensoria Pública do Estado de Goiás e o UNIDESC. No evento de assinatura, compareceram os representantes das autoridades públicas locais e da OAB.O presente Termo de Cooperação, conforme ressaltado pelo professor Marcelo Nobis, Coordenador do Curso de Direito e pelo professor Luiz Gustavo Visentin, Coordenador do NPJ, objetiva, de forma geral, a promoção de assistência jurídica integral e gratuita, de forma judicial e extrajudicial, aos necessitados, assim considerados nos termos do inciso LXXIV do artigo 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, mediante colaboração do seu Núcleo de Prática Jurídica, sob orientação de seus respectivos professores, mediante supervisão da Defensoria Pública do Estado de Goiás.Objetiva-se, ainda, que a comunidade discente do UNIDESC, por seu Núcleo de Prática Jurídica do Curso do Direito, possa vivenciar, durante seu estágio obrigatório e/ou voluntário/programa de residência, experiências práticas de atendimento, peticionamento, participação em audiências, dentre outras.

6VIROU NOTÍCIA

Iniciar um novo semestre é um momento marcante na vida de alunos e professores. Com objetivo de promover a intera-

ção entre calouros e veteranos e de transmitir, de forma lúdica e práti-ca, o que os espera em cada curso, o segundo “Circuito Acadêmico’’ aconteceu na instituição nos perío-dos matutino e noturno abarcando temáticas diversificadas. Neste ano a programação contou primeiramente com a tradicional apresentação institucional feita pelo coordenador do Núcleo de Ex-tensão (NEXT) e do curso de Farmá-cia, Victor Gomes. Posteriormente os mais novos estudantes puderam participar de um momento com a reitora Ana Angélica que explanou sobre a vida acadêmica e seus desa-fios. ‘’..’’Por fim, mas não menos impor-tante, foi à vez das coordenações e docentes dos mais de 18 cursos oferecidos pelo Unidesc mostrarem um pouquinho do que os calouros verão ao longo dos semestres, bem como ter um contato mais direto entre eles e os veteranos.

Circuito acadêmico Promove segunda edição

Interação entre calouros e vete-ranos é o marco do evento

7VIROU NOTÍCIA

TÔ NO UNIDESC

Práticas

Ficar preso à teoria e au-las maçantes são uma das principais preocupações de quem ministra e assiste à aula, entretanto, o circui-to acadêmico mostra que o mercado de trabalho e o curso universitário tem em comum a dinâmica. O curso de Agronomia proporcionou o plantio de uma árvore de espécie nativa do cerrado, a natureza também agradece. Administração, Ciências Contábeis e Gestão de Re-cursos Humanos abordaram o tema ‘’O nosso negócio é fazer negócio. ’’ Marca registrada do curso, a turma de veteranos de Direi-to apresentou um júri simu-lado. Na ocasião os calouros participam de uma

audiência e até ajudaram a decretar se o réu era culpa-do ou inocente. Já o pessoal de Enfermagemapresentou as principais ca-racterísticas que definem o curso. Engenharia Civil, a responsabilidade técnica de obras em geral e Farmácia inovou com fórmulas, rea-ções e sensações. Sistemas de Informação e TADS apostaram no tema ‘’papo nerd, coisas que só a gente entende. ’’ Enquanto Pedagogia falou sobre su-cesso e a trajetória de quem escolhe ser professor. Código de ética do nutricio-nista e as diferentes áreas de atuação do profissional foi o eixo central do curso de Nutrição. Psicologia, o mais recente curso da insti-tuição, falou sobre

modernidade com a psicolo-gia do século XXI e as deman-das do psicólogo. Para Brenda Cariello, coor-denadora da Empresa Júnior Unidesc, o momento é essen-cial para a criação de vínculo dos alunos com a instituição. “ O evento proporciona uma maior interação com o curso escolhido pelo aluno, pois re-força a motivação na área ten-do em vista a amplitude de oportunidades que lhe é ofe-recido dentro da sua opção de carreira. É um momento mui-to rico, com trocas de experi-ências com profissionais que já atuam na área expandindo também a rede de relaciona-mento dos discentes com o mercado de trabalho. ’’

O primeiro show de veteranos foi um verdadeiro sucesso, isso se

confirma pelo fato do evento ter se tornado institucional. No show de veteranos, os estudantes têm a chance de mostrar seus talentos e ainda de concorrerem a prêmios especiais.

Neste ano, a edição aconteceu após a chegada dos calouros. O intuito foi de promover a interação entre eles e de expor quão conectada com a arte e a cultura a IES está. Foram mais de 10 inscrições que variaram entre música, teatro, poesia, dança, imitação e stand-up.

A abertura do evento contou com um nome conhecido na música em Brasília, a cantora Thalita Rangel que cantou os principais sucessos das paradas musicais e agitou a plateia com ritmos que foram do pop ao sertanejo. “Obrigada pelo convite, foi um prazer enorme’’ agradeceu em suas redes sociais.

Supervisora da Assessoria de Comunicação (ASCOM) e uma das idealizadoras do evento, Christiany Borba, relata

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TÔ NO UNIDESC

SHOW DE VETERANOS EXIBE TALENTOS DA INSTITUIÇÃO

Segunda edição do evento contou com abertura da cantora Thalita Rangel

a importância da promoção de arte na instituição. ‘’O Show de Veteranos vai muito além da descoberta de novos talentos. Acredito que a interpretação amplia a inteligência e a capacidade perceptiva dos nossos alunos. Estamos promovendo a interculturalidade, o raciocínio, o afetivo e o emocional. Estou muito feliz com o resultado, a participação dos alunos, professores, colaboradores e o apoio da Direção Administrativa e Acadêmica foi fundamental para a realização e o sucesso que foi o evento. ‘’

Ganhador do primeiro lugar desta edição, o estudante de Gestão de Recursos Humanos, Carlos Lopes, concorda. “A promoção de cultura e das relações entre os alunos de certa forma, ifavorece na comunicação, entretenimento e lazer dos matriculados tirando a ideia de que a faculdade é um local monótono, tradicional e sem atrações. Sabemos que temos responsabilidades e precisamos levar a vida a sério, mas um toque de arte e cultura nessa caminhada não fará mal algum. ’’

9VIROU NOTÍCIA

TÔ NO UNIDESC

TÔ NO UNIDESC

A quarta edição da Feira das profissões acontece nos dias 18 e 19 de setembro e recebe os principais

colégios da região das cidades Ocidental, Valparaíso, Luziânia, Céu Azul e Novo Gama. No ano passado o evento contou com a participação de mais de 1800 alunos.

Foram mais de 18 stands interativos dos cursos de Administração, Agronomia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura, Ciências Contábeis, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Nutrição, Sistemas de Informação, Pedagogia, Gestão de Recursos Humanos, Odontologia e Psicologia.

Sala de games, tribunal de júri simulado, aula de jump, aplicação de massagem, cabine fotográfica, dicas de como elaborar um currículo, empreendedorismo, mercado de trabalho, testes vocacionais, auriculoterapia, aferição de pressão,

exposição de uma minifarmácia, entre muitos outros marcaram as didáticas dos stands nos dois dias de evento.

O evento que também é aberto para a comunidade é um marco na promoção de educação. É na Feira que os estudantes e comunidade poderão tirar dúvidas, conhecer a fundo os cursos e entender o que o mercado de trabalho exige. Os coordenadores e professores dos cursos da Instituição, durante o evento, estarão à disposição apresentando as vantagens e as curiosidades de cada profissão. Este ano os cursos pretendem inovar e trazer stands ainda mais interativos e práticos para os estudantes.

Idealizadora do projeto e supervisora da Assessoria de Comunicação (ASCOM) do UNIDESC, Christiany Borba, explica o objetivo do acontecimento. ‘’A meta é que todos os participantes vivenciem situações reais do mercado de trabalho e se sintam seguros na hora de decidir qual o melhor campo de estudo a seguir. ’’

Serviço:

Feira das Profissões UNIDESC18 de setembro, matutino, 8h às 12hVespertino, 14h às 17h.19 de setembro, matutino, 8h às 12hNoturno, 19h às 22h. Local: BR-040 KM-16 s/n - Jardim Flamboyant, Luziânia - GO, Unidesc Campus IClassificação Indicativa: Livre

Expectativa é de que 2 mil alunos das redes pública e privada de ensino passem pelo evento

Q U A R T A E D I Ç Ã O D A F E I R A D A S P R O F I S S Õ E S A C O N T E C E E M S E T E M B R O

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Independente da área de graduação, estar atualizado sobre o mercado de trabalho e se qualificar é ideal

para que o estudante tenha mais possibilidades ao se formar. O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa (NIP) atua como integrador entre a pesquisa e a graduação. ‘’O NIP é o setor de Ciência e Pesquisa do Unidesc. Coordenado pela professora mestre Ana Carolina Cintra Faria, o órgão é responsável pela administração e estabelecimento dos programas institucionais de pesquisa. O NIP está vinculado à Direção de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão e é de natureza acadêmica. Apresenta caráter interdisciplinar e a dimensão de sua atuação estende-se a todos os cursos da IES.’’É por meio deste núcleo que os alunos e professores poderão trabalhar em torno de projetos de iniciação científica e grupos de pesquisa. No Unidesc a comunidade acadêmica pode atuar tanto como voluntário, como bolsista. Este ano os certames bateram recordes tanto de submissões, quanto de aprovação! É o UNIDESC avançando e incentivando a prática da pesquisa científica.

Professores e estudantes assinaram contratos aprovados nos editais 2°/2019

COMUNIDADE ACADÊMICA PARTICIPA

DE CERIMÔNIA DE ASSINATURAS DO NIP

TÔ NO UNIDESC

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Na última edição do Vi-rou Notícia você ficou por dentro do que é a

Super CPA! Mas quem são, a fun-do, os personagens que fazem parte dessa liga que promete re-volucionar o Unidesc? Conheça a primeira super heroína do grupo: Capitã das Humanas.

A professora Carla/Capitã das Humanas é uma heroína mui-to forte e que acredita fielmente em si mesma em suas convicções. Ela foi inspirada em duas persona-gens, a mulher maravilha e a Jim Grey. Com seu arco e flecha, ela porta flechas especiais capazes de transformar a natureza no que ela

C O N H E C E N D O O S P E R S O N A G E N S D A S U P E R C P A

Colaboradores do núcleo viram super heróis em histórias imperdíveis

desejar. Ela tem o poder de juntar toda a energia natural e transfor-mar qualquer coisa em realidade se atirar a flecha certa.

13VIROU NOTÍCIA

Ao navegar pela internet não é difícil encontrar alguma notícia, anúncio e publicação repletas

de comentários. Com a expansão dos meios tecnológicos, mais precisamente dos smartphones, o acesso á informação chega a um clique, ou melhor, a um “touch’’. Adentrando mais fundo nesses comentários é notável a presença da diversidade de opiniões e, ao mesmo tempo, a falta de interpretação, exemplo disso é o fato da ascensão das fakes news e consequentemente do crescimento de agências para checagem de notícias. Um estudo feito pela empresa de tecnologia DNPPontocom mostrou que de 10 brasileiros, 7 leem somente os títulos das matérias e publicações. A imagem a seguir é uma ótima amostra:

Para a coordenadora do curso de Psicologia do Unidesc, Sônia Amoroso, não é possível generalizar e que a questão pode estar envolvida não com a interpretação, mas com a atenção focada. ‘’Pessoas fazem coisas demais ao mesmo tempo, mas sem atenção, a atenção fica pulverizada. A neurociência explica que isso é falacioso, quem faz muita coisa ao mesmo tempo perde a capacidade de entender e interpretar.’’ Além da multiplicidade de ações e da atenção focada, falar de interpretação de texto é falar sobre escola. O site ‘’Bom dia Brasil’’ alerta que não há como interpretar na internet sem o incentivo na educação. ‘’No Brasil, não bastaria apenas providenciar computador para estudantes. Está faltando uma coisa mais importante ainda, que é o pessoal saber ler. Falta

o básico: o domínio da linguagem. Não adianta ter acesso à tecnologia, se o estudante não sabe nem mesmo ler e interpretar textos, por exemplo. Se ele não tem essa habilidade com os livros, não vai ter com os computadores. ’’ Para a coordenadora de Pedagogia e Letras do Unidesc, doutoranda em Educação, Cirlene Pereira, o direcionamento da leitura para as telas é um alerta. ‘’É perceptível hoje como as pessoas possuem dificuldades de ler e de interpretar textos, sejam eles verbais ou não verbais. A razão se dá por diversos motivos: uso excessivo de celulares e tablets, dificuldades de concentração, pensamento acelerado, cansaço mental. Os avanços da imagem, da cor, da

tecnologia e do movimento, geraram, principalmente nos adolescentes, um desinteresse pela leitura.’’‘’Segundo Maryanne Wolf, pesquisadora da Universidade da Califórnia em LosAngeles (UCLA), o fato de lermos muito mais em telas, do que no papel e a prática comum de apenas ‘’passar os olhos’’ superficialmente em múltiplos textos e postagens online podem estar colaborando para minimizar a capacidade humana de entender argumentos complexos, de fazer uma análise crítica do que se lê e até mesmo de criar empatia por pontos de vista diferentes do nosso. Para a autora, esse hábito interfere seriamente em vários aspectos da vida pessoal, na performance individual

Pesquisa aponta que de 10 leitores, 7 lêem somente o título de matérias

POR QUE AS PESSOAS ESTÃO INTERPRETANDO CADA VEZ MENOS NA INTERNET?

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no mercado de trabalho e, ainda, na tomada de decisões políticas e na vida em sociedade. Sem contar que vivemos em um mundo onde tudo se processa e muda muito rápido. São informações variadas e somos cobrados o tempo todo, isso gera também o que o médico psiquiatra, Augusto Cury, denomina de Síndrome do Pensamento acelerado (SPA), que refere-se a uma hiper construção de pensamentos, numa velocidade tão alta que estressa e desgasta o cérebro, impossibilitando a pessoa de se concentrar e de alcançar uma aprendizagem realmente significativa. Desse modo, é mister um repensar sobre nossas atitudes e sobre como estamos educando nossos filhos. Sabemos que as novas tecnologias são importantes sim, entretanto, é preciso dosá-las, impor limites quanto ao uso delas. Atitudes assim podem colaborar para melhorar a prática da leitura e, consequentemente, a interpretação e a produção de textos mais coesos, mais coerentes. ’’ Relata Cirlene.

Como interpretar mais? Agora que você já viu as problemáticas envolvidas na falta de interpretação, que tal dar uma olhada nas dicas que o Guia do Estudante fez para se tornar um especialista em interpretação de texto:

Leia com um dicionário por perto

Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário por perto. Faça paráfrases

Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou uma nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras dele.

Leia no papel

Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos.

Reserve um tempo do seu dia para ler devagar.

Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificuldades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um mal que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página) para lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas vezes você tem links em que poderá “ler mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.

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AUTOR: Cléber Vinícius Chagas de Souza Filho

ORIENTADORA: Emanuelle Santos Camelo

A comunidade quilombola Mesquita, Cidade Oci-dental, GO

O que é ser negro? O que é ter uma representatividade negra? O que é descender das Áfri-cas? Como e o que foi preservado desta identidade renegada pela his-tória? Como recriar estas narrati-vas?

Os quilombos são evidências his-tórico-sociais de que os negros não foram submissos aos seus senhores e ao processo de colonização: lá eles podiam vivenciar sua cultura sem que fossem repreendidos pelos cos-tumes, pela tirania, pela religião e pelas pequenas parcelas de holan-deses e franceses. Vale destacar aqui também algumas revoltas como: a Revolta dos Malês (1835) em Salva-dor, Bahia e a Revolta da Chibata em 1910, ocorrida no Rio de Janeiro, em ambas os negros mostraram-se con-trários às normas vigentes (VIEIRA

e QUERMES, 2015, p. 11).A palavra Quilombo refere-se a

uma povoação fortificada de negros fugidos de cativeiros, dotada de divi-sões e organização interna, “refere--se a uma associação de indivíduos, aberta a todos” (OLIVEIRA apud MUNANGA, K. & GOMES, N. L. 2008, p.48) onde se abrigavam negros, ín-dios e eventualmente brancos so-cialmente desprivilegiados.

Os grupos que hoje são considera-dos remanescentes de comunidades de quilombos se constituíram a partir de uma grande diversidade de processos, que incluem as fugas com ocupação de terras livres e geralmente isoladas, mas também as heranças, doações, recebi-mento de terras como pagamento de serviços prestados ao Estado, a simples permanência nas terras que ocupavam e cultivavam no interior das grandes propriedades, bem como a compra de terras, tanto durante a vigência do sis-tema escravocrata quanto após a sua extinção(CARVALHO e LONGO,

2015, p. 27).

Diversos Quilombos foram forma-dos no século XIX, a partir da pro-mulgação da Lei Áurea com o fim da escravidão, e um desses Quilombos que surgiram foi o Quilombo Mes-quita.

O Mesquita é habitado por “des-cendentes dos escravos trazidos na época da mineração para a antiga cidade de Santa Luzia, hoje Luziâ-nia”, (ANJOS, 2006, p. 108) como os grupos: Guinés, Congos, Angolas, Sudaneses, Iorubas, Nagôs, Gêges, Malês (SILVA, 2003, p. 129), embora a língua materna tenha perdido-se em função do “processo de desa-culturação da comunidade”, dando lugar a uma fala de “traços rurais” e distintas manifestações culturais: festa de Nossa Senhora D“Abadia, Folia do Divino, Corrida do Marme-lo, rodeios, leilões, pousos, danças (SANTOS, 2014, p. 63), Banda Som de Quilombo, cultivo de plantas me-dicinais, do marmelo e produção da

A comunidade quilombola Mesquita, Cidade Ocidental, GO

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marmelada (CARVALHO e LONGO, 2015, p. 10). Comunidade esta que só foi certificada como quilombola em junho de 2006, depois de um longo período de lutas e uma grande es-pera de toda a comunidade (CARVA-LHO, 2014, p. 10).

Segundo Manoel Barbosa Neres (2016, p.47-50) o surgimento do Qui-lombo Mesquita está diretamente ligado à chegada de José Corrêa de Mesquita com a companhia de An-tônio Bueno de Azevedo e a cidade de Santa Luzia, atualmente Luziâ-nia, município formado pelo ban-deirante Antônio Bueno de Azevedo e sua tropa, na busca pelo ouro na região do Goiás em 1746. A explo-ração do ouro prosperou até 1775, quando o município de Luziânia e região afundaram-se em uma gran-de crise financeira, acontecimento que obrigou muitos habitantes a se dedicarem à agricultura e à criação de gado deixando de lado a minera-ção do ouro. Porém a agricultura e a pecuária não foram suficientes para manter as famílias e muitas delas acabaram se deslocando para ou-tras regiões, desfazendo-se de suas propriedades locais. Supostamente foi neste período que José Corrêa de Mesquita dispôs de terras de sua propriedade às três escravas de que tanto se relata sobre a tradição do Quilombo Mesquita.

A Comunidade também conheci-da como Povoado do Mesquita está localizada no município de Cidade Ocidental situada a 24 quilômetros da cidade de Luziânia ao Sul do Dis-trito Federal formado a partir da doação de terras para três mulheres negras que trabalhavam nas terras (AGUIAR, 2015, p. 28).

Para Manoel Barbosa Neres (2016, p.51-52) o fato de essas três mulhe-res negras terem recebido essas ter-ras como herança de seu sucessor, era uma questão que precisaria ser analisada com maior profundidade, à vista disso surgiram diferentes ex-

plicações para esta doação: I – que ao menos duas das três mulheres não eram apenas escravas, porém descendentes do proprietário des-sas terras, o que não era incomum no período de escravidão; II – o território de Luziânia sendo com-posto por grande parte de escravos ou ex-escravos no período da crise financeira onde deixaram de lado a mineração do ouro buscando como solução a agricultura e a pecuária geraram mudanças onde não se ti-nha mais controle por parte dos proprietários ocasionando modifi-cação na relação entre proprietá-rios e cativos.

A formação do Quilombo do Mesquita tem como peculiaridade, grupos que compartilham identi-dades que os diferem dos demais. Tendo como exemplo da caracterís-tica dessas identidades os diversos aspectos como: “ancestralidade co-mum, estrutura de organização po-lítica própria, sistema de produção particular e partilha de elementos linguísticos e religiosos ou de sím-bolos específicos” (ANJOS, 2006, p.108).

A economia da comunidade re-sulta primeiramente da atividade agrícola, onde são produzidas fru-tas como:goiaba, laranja, mexerica, jabuticaba, pequi, cana-de-açúcar, milho, mandioca e o marmelo. O fruto denominado marmelo foi por muitas décadas o marco econômi-co de Mesquita, sua história no lo-cal é tão antiga quanto à presença dos negros. O mesmo estabeleceu a principal alternativa econômica quando a crise do ouro começou: por ter sido em Mesquita que a plan-ta melhor se desenvolveu passou a ser referência econômica, cultural e identitária dos quilombolas e de-mais vizinhos” (NERES, 2016, p.58).

A religiosidade é uma marca da comunidade de forte expressão do catolicismo popular (CARVALHO e LONGO, 2015, p. 17). A religião

FOTO POR: Mikael Owunna

cristã é um dos principais instru-mentos e um dos principais fatores de colonização, não só das comu-nidades quilombolas, mas de todas as populações tradicionais, ela in-fluencia nas práticas de trabalho, na relação com o meio ambiente, nas festividades e influencia em todas as manifestações inclusive culturais. E graças a estas três mulheres negras que eram devotas de Nossa Senhora da Abadia surgiu a novena dedicada à santa no quilombo (NERES, 2016, p. 82). Entretanto existem também manifestações religiosas de matriz africana estas menos aparentes e disfarçadas pelas misturas de cultos religiosos.

O nome Mesquita percorreu a his-tória do Quilombo e permaneceu até os dias atuais, enxerga-se que o en-tendimento associado ao Quilombo Mesquita é de um território de habi-tação negra, território este que pos-sui uma carga pesada de preconceito (Neres, 2016, p.54). Embora marca-dos pelo racismo e pela ignorância da sociedade brasileira não foi o bastante para acabar com o espíri-to de luta e liberdade dos escravos, “desmistificando a crença de que o africano e o afro-brasileirosofreram de maneira passiva, pois onde houve escravidão haviam negros lutando e se organizando contra a desumani-zação a que eram submetidos” (OLI-VEIRA, 2005, p. 52).

De modo que a descrição dos acontecimentos brasileiros mostra que os Quilombos são apresentados como símbolos da resistência negra (ANJOS, 2006, p.105). Apesar de que o Quilombo no presente momento significa para esta parcela que com-puseram e compõe a sociedade bra-sileira, sobretudo um direito a ser reconhecido e não propriamente um passado a ser relembrado (LEI-TE, 2000, p. 335).

18VIROU NOTÍCIA

Meu nome é Claudiane Tenório Araújo Franco, tenho 32 anos, moro em Luziânia –Go, atualmente atuo na área de Recursos Humanos na empresa BRASBEL, revenda da AMBEV, trabalho nessa empresa há 13 anos. Sou Natural de Santana do Ipanema- AL, meus pais vieram para Luziânia em 1993 quando eu tinha apenas 6 anos de idade, venho de uma família humilde, meus pais sempre me incentivaram a estudar e correr atrás dos meus objetivos, desde de criança me ensinaram que é preciso muito esforço e dedicação para atingir nossos sonhos. Sou casada há 14 anos e tenho 2 filhos.

Quando completei 16 anos, consegui o meu primeiro emprego como secretária numa escola de informática, trabalhei nessa escola por 9 meses, logo em seguida ,iniciei também como secretária numa escola de futebol, trabalhei por mais 11 meses onde atuei no atendimento de alunos e pais, nesse mesmo período me casei. Embora essas experiências tenham sido breves, foram importantíssimas para que eu conseguisse o meu emprego atual

Colaboradora da BRASBEL/AMBEV conta sua

história

Por: Claudiane Tenório

onde estou até hoje. Iniciei em 2006 na empresa Brasbel revenda Ambev na função de secretária, onde realizava processos internos de atendimento aos clientes internos e externos, era o suporte da diretoria e elaborava documentos importantes. Após 1 ano atuando nessa função, a diretora me fez um convite para atuar na área financeira como Encarregada de Contas a pagar, obviamente aceitei o convite imediatamente, afinal, seria uma grande oportunidade de crescimento profissional. Nessa função realizava pagamentos de títulos e fazia controle de todas as contas da empresa e, por ser uma empresa com alto faturamento, as vezes me assustava tamanha responsabilidade, mas sempre executei com muita dedicação e atenção para não cometer erros. Fiquei nessa função por 4 anos, em 2011 recebi outro convite para atuar como Encarregada de RH, fiquei muito feliz, pois era uma área que eu me identificava e queria muito atuar, no mesmo ano iniciei minha faculdade no UNIDESC no curso de Administração, estava

realizando um sonho, afinal, eu era a primeira filha a iniciar um curso superior, queria que meus pais e meu esposo sentissem orgulho de mim, a diretora da empresa me deu muita força para que eu continuasse a faculdade. Após 7 meses fazendo faculdade, recebi uma promoção, fui encarreirada novamente, agora para Gerente de Recursos Humanos, depois dessa promoção evoluí muito como profissional, a faculdade foi crucial para que eu conseguisse esse encarreiramento, todos os ensinamentos, não apenas pedagógicos, mas comportamentais são essenciais para que eu consiga desempenhar bem meu papel enquanto gestora. Atualmente estou cursando um MBA em Gestão Estratégica de Pessoas. Realizei vários cursos de Gestão de Pessoas, Train The Trainer, Liderança e E-Social, participei de várias Convenções com empresários do ramo de Bebidas, revendas Ambev, viajei por várias cidades brasileiras como ( São Paulo, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Porto de Galinhas, Belo Horizonte e Florianópolis) fazendo cursos de aperfeiçoamento e todos os dias percebo que nunca sabemos o suficiente e que sempre existe uma oportunidade de aprendizado. O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, não podemos nos acomodar achando que apenas o ensino médio é suficiente, ter um curso superior, uma especialização faz total diferença no mercado de trabalho.

Existem vagas no mercado de trabalho, o que estão faltando são pessoas capacitadas para preencherem as vagas.

É necessário dar o primeiro passo, estudar nos transforma!

Unidesc é o único órgão da região a recolher lixo eletrônico

Um estudo global feito pelo ‘’e-waste’’ revelou que o Brasil é líder de produção de lixo eletrônico em toda a América Latina. No Ranking das Américas, o país fica atrás somente dos Estados Unidos. Chamados de e-lixos ou lixos eletrônicos, produtos como telefones, impressoras, computadores, refrigeradores, máquinas de lavar, microondas, cartuchos, toners, entre outros são parte da categoria. Mas de fato qual é a importância do descarte adequado do lixo eletrônico? ‘’Os aparelhos têm uma composição química complexa de substâncias altamente tóxicas ao meio ambiente e sua decomposição pode trazer muitos prejuízos à saúde humana. Um crescente corpo de evidências epidemiológicas e clínicas levou a uma maior preocupação com a ameaça do e-lixo para os humanos, especialmente em países em desenvolvimento, como a Índia e a China, quarto e primeiro lugar na produção de lixo no mundo. No Brasil, um exemplo recente foi o caso da empresa Saturnia, uma antiga fábrica de baterias que deixou o

solo contaminado. A exposição aos metais pesados presentes na área, com o tempo, pode causar doenças cardiovasculares, hepáticas e do sistema nervoso.’’ Explica a editoria TechTudo em matéria disponível no G1.

Estação de Metarreciclagem e Unidesc

Muitos desses produtos citados podem ser reciclados, reutilizados e podem diminuir a geração de resíduos. A ONG intitulada ‘’Estação de Metarreciclagem’’ é um centro especializado em tratamento e destinação de lixo eletrônico. A instituição é responsável também pela promoção de inclusão digital.

No último dia 05 de agosto, o Centro Universitário firmou parceria com a ONG e se tornou o único órgão da região a contar com um ponto de apoio de recolhimento de lixo eletrônico. Na oportunidade, o presidente da Estação Metarreciclagem, Vilmar Simion, foi acolhido pela coordenadora e professora dos cursos de Administração,

Ciências Contábeis e RH, Izabela Calegário, diretor Local Paulo Silas, pró-reitora, Roseny Vieira, e coordenadora da Empresa Júnior, Brenda Cariello. Além do Unidesc, as estações de recolhimento estão presentes nas cidades de Samambaia (DF), Teresina (Piauí), Contagem (Minas Gerais) e São Paulo. O Unidesc recolherá os lixos eletrônicos da comunidade acadêmica e comunidade em geral. Saiba como descartar o seu lixo na imagem.

Parceria foi firmada entre Empresa Júnior e ONG

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#UnidesceNube

A insegurança afeta de maneira negativa quem busca sucesso no ambiente corporativo. Segundo uma pesquisa da SPC Brasil, 56% dos desempregados tem problemas de autoestima, e isso gera um ciclo vicioso porque a falta de confiança impacta diretamente na conquista de uma nova vaga. Quer saber mais sobre o assunto? Confira o vídeo da nossa parceria com o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) nossas redes sociais.

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Por:Priscylla Oliveira

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A história da supervisora de comunicação que revolucionou sua vida e o Unidesc

A história da personagem des-sa edição começa no interior de Minas Gerais, mais precisamen-te em Três Marias, cidade há 271 quilômetros da capital, Belo Ho-rizonte. Até os 6 anos de idade, Christiany Borba, morou com os pais, na época donos de uma carvoeira, na roça. Realidade de muitas famílias no interior do Brasil. Com a idade escolar ba-tendo na porta, decisões difíceis tiveram de ser tomadas. ‘’Meus irmãos foram primeiro para a ci-dade, cada um morando na casa de um tio, tivemos que viver se-parados e quando chegou minha vez eu fui morar na casa do meu padrinho.’’ Mesmo separados, os irmãos Borba, compostos por William, Leila, Marcos e Christiany, com-partilhavam algo em comum: a saudade de viver longe dos pais. É nesse momento que José Leal

Borba e Ivanilde Correia da Sil-va Borba, decidem vender tudo que tinham e ir para a cidade. ‘’Eu lembro que meu pai conse-guiu comprar 4 caminhões. Nós voltamos a morar juntos, a casa era até boa, mas ficávamos até 30 dias sem ver o meu pai, já que ele viajava muito. ’’ Como em um filme de reviravol-tas, mais uma vez as circunstân-cias voltam a piorar a situação da família. O pai que tinha pego dinheiro emprestado, se viu no meio de uma dívida muito maior do que esperara. ‘’Na época eles utilizavam notas promissórias, digamos que o valor era de 3 mil reais (cruzeiros) e acrescentaram mais um 0, tornando assim a dí-vida em 30 mil’’.A família se muda, então, para uma parte isolada da cidade, a casa feita de tijolos e zinco abri-gava pessoas com muitos sonhos,

mas poucos recursos.Por falar em sonhos é essa uma das principais lembranças que Christiany tem de sua infância. ‘’Eu lembro que no quintal dessa casa tinha muito ferro velho e eu ficava fantasian-do, ali, sozinha. Ficava sonhando comigo trabalhando em uma cida-de grande, realizando e conquis-tando as coisas no meio daquela bagunça toda.’’ Mais para frente ela concretizaria esse sonho. Aos 12 anos Christiany perde seu pai para um AVC. Fisicamente, José já não estava mais presente, mas existem coisas que nenhu-ma mortalidade apaga: os valores, ensinamentos e tudo que foi feito em vida. A história e o legado dele continuaram por meio de mais 4 pessoas: os seus filhos. ‘’A gente se viu tendo que recomeçar nova-mente, eu, minha mãe e meus ir-mãos. Foi uma batalha muito difí-cil da minha vida porque meu pai não deixava um irmão bater no outro, tudo com ele era conversa-do. Minha mãe meio que perdeu essas rédeas.’’ Após a perda do pai, a depressão, um sentimento até então desco-nhecido, resolveu adentrar e tirar mais ainda tudo do lugar. Chega a hora de, novamente, fazer as ma-las. O destino dessa vez é Brasília, capital que abrigava um dos ir-mãos de Christiany que estava no exército. ‘’Morando 1 ano em So-bradinho eu entrei para um grupo de dança country, me sentia rea-lizada, comecei a me encontrar, durante esse período dei aula de dança e fiz amizades’’. Mas ainda não era o tempo de Christiany fin-car suas raízes na cidade, e sim de voltar para Três Marias. Depressão e a volta para Brasília Não foi somente a família Borba

fotos por: Sara Alves

D E T R Ê S M A R I A S P A R A O M U N D O

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INSPIRE-SE

que voltou para Três Marias, a depressão também regressou na vida de Christiany. ‘’Nesse período eu busquei tratamentos na igreja e com outras filosofias de vida que eu me encontrei. Descobri o quão importante e bom é viver, entendi que ainda vou encontrar meu pai’’.Se antes o que a fazia querer ti-rar a própria vida era a perda do pai, hoje ela encara de outra for-ma. Emocionada ao falar dele, ela conta sobre o seu maior confiden-te. ‘’Se eu arranjasse um namora-do eu contava primeiro para ele, o pouco que eu sei cozinhar foi o meu pai que me ensinou, quando eu vejo um filme que relata pai e filho... é uma ferida que cicatri-zou, mas é uma marca que está ali sempre na pele.’’ Em 2004 Christiany termina o En-sino Médio e volta para Brasília, dessa vez para ficar. ‘’Ainda mora-va na casa dos outros, nesse perío-do com o meu primo no Cruzeiro. Desde a minha infância eu nunca pude dizer que eu tinha o meu lar, a minha casa ’’, relata com emo-ção.Seu primeiro emprego foi na loja de departamento C&A como pro-motora de vendas, é nessa fase também que ela sai da casa de seu primo e vai morar em uma repú-blica com 20 meninas no Riacho Fundo. ‘’A moça que eu dividia o quarto também era da minha ci-dade, acabamos virando grandes amigas e por isso acabou gerando uma certa inveja de uma outra menina que também tinha amiza-de com ela.’’ Quando as coisas pareciam estar se encaminhando por um lado, agora Christiany trabalhava no Banco do Brasil, por outro tudo desabava. ‘’Eu vivia como bicho. Essa menina acabou colocando todo mundo contra mim, nin-guém falava comigo. Entrava no trabalho às 6h, mas saia de casa às 5h para não encontrar ninguém acordado, saia às 16h e ficava an-dando pelo Plano Piloto ou pelo Parque da cidadeaté dar 22h para eu ir embora e chegar em um ho-rário que elas já estivessem dor-

mindo.‘’Se até aqui você pensou que não haveria reviravoltas boas, calma, é nesse mesmo estágio que uma grande amiga retorna e vai morar também na república: Chaline. ‘’Ela saia comigo e dizia que não deixaria ninguém me machucar e que eu não ficaria mais me es-condendo. A partir daí comecei a sair mais do quarto, a ir para as áreas de convivência até que che-gou um momento que eu já não ligava mais para os olhares e para o que as pessoas falavam. ’’Até aqui já deu para perceber o papel de porto seguro que a fa-mília de Christiany tem em sua vida. Durante esse tempo longe de casa não foi diferente. ‘’Eu li-gava de madrugada chorando para minha irmã falando que queria voltar e minha irmã sem-pre me apoiou, depois eu desco-bri que caranguejo anda pro lado (risos), mas existe uma frase que ela me dizia que nunca esqueci que era a de que eu não era ca-ranguejo, que eu tinha que andar pra frente. ’’ Publicitária e carreira de sucessoTrês Marias se emancipou no dia 1 de março de 1963 e Christiany começou a sentir, finalmente, o gosto da sua emancipação dian-te de tanto sofrimento com itens

transformadores em 2008. Se até então já haviam lhe tirado tantas coisas, isso ninguém podia tirar: a educação, o conhecimento. ‘’En-fiei a cara nos estudos e consegui uma boa nota no Enem que me gerou uma bolsa de 70%. Fui fa-zendo minha faculdade, nisso saí da república e fui morar com a Chaline e outra amiga, foram mo-mentos muito felizes. ’’ Com a volta de Chaline a Três Ma-rias, Christiany continuou moran-do no apartamento com Eliane (outra amiga) até que o seu cami-nho se cruzou com o de Décio, seu esposo. Aos 23 anos, estagiando na esco-la em que ele era professor, após 5 meses de namoro, ela foi morar na casa dos pais dele e foi ali que ambos começaram a construir uma história de amor juntos. ‘’In-vestimos no nosso apartamento e em outras coisas, terminei minha faculdade, trabalhei 1 ano de gra-ça em uma agência, porque eu já podia me dar esse ‘’luxo’’ de traba-lhar de graça em troca de experi-ência, já que na minha época da faculdade pagava aluguel e tinha que me manter.’’Trabalhando com marketing po-lítico na agência ‘’xeque-mate’’, a nossa personagem, primeira da família a cursar Ensino Superior,

fotos por: Sara Alves

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conseguiu superar mais uma ba-talha, agora, com um emprego no ICESP (uma das parceiras do UNIDESC). Ela poderia enfim co-locar em prática tudo que sabia e receber por isso. ‘’Entrei no ICESP como auxiliar de comunicação, 1 ano e meio depois fui promovida a assistente de comunicação e mais 1 ano para ser exata eu me tornei supervisora e vim para o Unidesc.’’ Quando chegou ao Centro Uni-versitário a Assessoria de Comu-nicação (ASCOM) não existia. No início era ela que fotografava, es-crevia, fazia os papéis de publi-citária e relações públicas. Tudo que hoje a equipe de 6 pessoas que compõem o Núcleo faz, ela já fez. ‘’Foi um grande desafio, há 7 anos a ASCOM tinha nota 1 no Ministé-rio da Educação e no ano seguinte íamos receber a visita novamen-te do MEC, então as expectativas eram grandes e os obstáculos maiores ainda. Todos os setores foram avaliados individualmente, e entre os 3 setores que receberam nota 4 , a ASCOM foi um deles.’’ Há 6 anos exercendo a profissão, Christiany é pós-graduada em Marketing e Comunicação Digital e Didática de Ensino Superior e idealizadora de três grandes pro-jetos na instituição, a I Corrida Esporte é Vida, Feira de Profissões e o Jornal Virou Notícia. ‘’A educa-ção mudou minha vida. Hoje eu consigo viajar, conhecer outros países, tenho meu apartamento próprio, meu carro e tudo com o suor do meu trabalho. Eu me emociono muito em olhar minha vida de como era e de como está hoje e poder dizer que nada foi de graça.’’A construção dessa trajetória se deu por muitas pessoas que exer-ceram o papel de verdadeiros pila-res na vida da publicitária. ‘’Devo muito ao meu marido, ele é o meu porto seguro, sempre me apoian-do, me colocando para cima. Ele é um grande parceiro, uma pessoa que construí tudo isso junto. Não sei se eu conseguiria ter feito so-zinha. ’’

Para os nossos leitores ela acon-selha. ‘’Sonhar um passo de cada vez. Primeiro pensar o que você quer da sua vida, onde você quer estar, onde você quer chegar e o que você vai fazer para estar lá.’’ Sobre inspiração o primeiro nome que vem a sua mente é o de Deus. ‘’Ele sempre cuidou de mim, ainda mais hoje, vendo tudo que eu pas-sei, sendo sozinha em uma parada de ônibus chorando, seja quando meu pai morreu, eu sempre fui depositando essa confiança nele. Ele é minha inspiração. ’’O que a Christiany do presente diria para a Christiany da Ado-lescência? Para fazer exatamente o que fez, mas com mais contro-le em relação a ansiedade, de sa-ber que nem tudo é do jeito que ela quer e de respeitar o seu pró-prio tempo. A ansiedade é uma das barreiras que ela enfrenta até hoje, mas com mais domínio. ‘’Eu consegui transformar minha an-siedade mudando meu ponto de vista, trocando minhas priorida-des. Hoje eu priorizo muito mais a minha família, a minha saúde mental do que outras coisas. Lar-guei a competitividade no trânsi-to, no trabalho, eu vivo o hoje. ’’ Para o futuro, além de 1 milhão na conta e de ter a sua própria agên-cia, o que ela e o marido pretendem é ter a tran-qüilidade da aposenta-doria. ‘’O resto eu posso dizer que tenho, uma família maravilhosa tanto da minha parte quanto da do meu ma-rido, saúde, meu lar, então o que falta agora mesmo é planejar esse futuro tranqüilo. ’’ E mesmo com esses planos ela não se es-quece de onde veio e manda um recado para a Christiany do futuro. ‘’Se ela conquistar tudo isso, para ela nunca deixar morrer a humil-dade e simplicidade

que ela aprendeu com seus pais. ’’ Suas considerações finais são para quem esteve com ela desde o iní-cio: sua família. ‘’Eles são o meu alicerce, hoje se eu me visse sem essa base familiar, talvez eu me encontraria perdida como antes, então eu gostaria de mencionar a minha gratidão por Deus e por cada um da minha família, meu porto seguro’’.Quer saber mais sobre o dia a dia da vida da Christiany? Hoje ela fala sobre ansiedade, carreira e viagens em seu instagram:chryssborba.

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