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SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

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SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO. Processo histórico e político da Educação do Campo no Brasil e no Paraná Educação Rural : educação distanciada dos valores culturais , do trabalho e da vida do campo. Campones visto como objeto de tal educação e não como protagonista . - PowerPoint PPT Presentation

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SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

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Processo histórico e político da Educação do Campo no Brasil e no Paraná

Educação Rural: educação distanciada dos valores culturais, do trabalho e da vida do campo. Campones visto como objeto de tal educação e não como protagonista.

Educação do e no Campo:

Uma proposta de educação específica para a realidade das populações que vivem no campo.

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De que campo estamos falando?

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O conceito de povos do campo:

Diversidade de sujeitos e de processos produtivos e culturais formadores do movimento da Educação do Campo.

• Ribeirinhos, povos da florestas, Cipozeiros, rezadeiras,quilombolas;

• Sem Terra e Assentados;

• Indígenas;

• Faxinalenses

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A educação do Campo é maior que a escola:

Envolve todos os processos e relações educativas que ocorrem na comunidade.

• Produção;

• Relação com comunidade;

• Cultura camponesa;

• Movimentos sociais.

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A educação na Legislação

CF 1988 - Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

LDB 9394/96 artigo 1º : a educação é o conjunto de processos formadores que passa pelo trabalho, pela família, pela escola, pelo movimento social. Toda educação escolar terá que vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

A partir dos anos 90, os povos organizados do campo colocam na pauta nacional na esfera pública a realidade da educação do campo como uma questão de interesse nacional ou, pelo menos, se fazem ouvir como sujeitos de direito.

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Historicamente foi negado aos povos do Campo o Direito a Educação

1995 - Dados do IBGE 32,7% acima de 15 anos era analfabeto no campo.

2011 - Dados do IBGE - A taxa de analfabetismo no campo chega a 23,3%, três vezes maior do que a das áreas urbanas, que é de 7,6%.

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A luta por Educação do e no Campo

1997 - I Encontro Nacional de Educadoras e Educadores da Reforma Agrária (promovido pelo MST com apoio da UNESCO, UNICEF, CNBB e UnB) Conceito de Povos do Campo: cultura como modo de vida, relação com a produção, tempo e espaço, meio ambiente, organização da família e do trabalho.

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1998 - I Conferência Nacional por uma Educação Básica do Campo Articulação Nacional Por uma Educação do Campo, composta pelos membros da Secretaria Executiva da Conferência UNICEF, UNESCO, CNBB (CPT, CIMI, MEB), MST (ITERRA) e UnB.

Paraná também faz sua pré-conferência e participa com 45 educadores/as e lideranças camponesas.

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OBJETIVOS

Mobilizar os povos do campo para a construção de políticas públicas de educação e contribuir na reflexão político-pedagógica.

Sensibilizar as autoridades para uma educação no campo a partir da realidade e ponto de vista dos camponeses e da trajetória de lutas de suas organizações.

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Pontos Centrais: Campo e a situação social objetiva das famílias

trabalhadoras; Ausência de políticas públicas que garanta ao

direito a educação aos camponeses e aos trabalhadores/as do campo;

Emergência de lutas sociais do período pela terra e pela reforma agrária;

O debate de uma concepção de campo e projeto desenvolvimento que sustente uma nova qualidade de vida para que vive e trabalha no campo

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Pontos importantes para a construção das políticas de Educação do Campo: Construção de uma base científica para a superação da dicotomia campo-cidade e a articulação entre educação e desenvolvimento sustentável. Construção da esfera pública na interação democrática e anti-corporativa entre o poder público e as organizações da sociedade civil Eficiência administrativa da máquina do Estado para realizar os encaminhamentos gerados nos espaços de participação social

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Presença significativa de experiências educativas que expressam a resistência cultural e política do povo campones.

É uma pedagogia e organização escolar que respeita às identidades culturais os tempos e espaços do modo de vida do campo.

Vinculada com a discussão política sobre o lugar do campo na construção de um projeto de nação.

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Vinculada a políticas públicas sobre educação com outras questões do desenvolvimento social do campo, tais como: estradas, serviços de comunicação, cultura, assistência técnica, saúde, transporte e lazer.

CONQUISTAS 1998 - Programa Nacional de Educação na

Reforma Agrária – PRONERA / INCRA / MDA Escolarização formal para trabalhadores rurais assentados Rede de universidades públicas e escolas técnicas, movimentos sociais e sindicais, Secretarias de Educação, em todos os estados da federação.

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2002 - Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Resolução nº 1/2002 do CNE/CEB) “Processo inovador de construção de política pública na relação do Governo Federal com os governos estaduais e municipais, com a sociedade civil organizada e com os povos organizados do campo”.

2006 – Estado do Paraná sanciona e publica as Diretrezes Operacionais .

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2003 – No Paraná conquistamos o núcleo de Educação do Campo dentro da SEED. Garantiu:

Escolas Itinerantes nos acampamentos, as escolas das ilhas, melhoria das escolas

indígenas, e a crianças das escolas anos finais e médio no

campo de 318 estabelecimentos para 423 aumento de 33%.

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• 2004 - Criação da SECAD/MEC Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade Quatro Departamentos: Educação de Jovens e Adultos Desenvolvimento e Articulação Institucional Avaliação e Informações Educacionais Educação para a Diversidade e Cidadania.

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2007 - PROCAMPO – SECAD/MEC Licenciatura em Educação do Campo Cursos regulares Anos finais ensino fundamental e ensino médio Professores em exercício e educadores em experiências alternativas em EdoC Formação por áreas de conhecimento Formação em alternância Consonância com a realidade social e cultural específica das populações do campo .

2012 – No Paraná devido a organização dos Movimentos Sociais esta em funcionamento desde 2010 três cursos com MEC e UNIOESTE, UNICENTRO e UFFS.

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• 2012 – PRONACAMPO – Lançamento em março de 2012. Prevê políticas para campo, inclusive construção de escolas no campo.

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“As políticas de educação e de formação de educadores nascem com duas tarefas: de um lado, superar os velhos estilos e as velhas lógicas ainda dominantes na visão e no trato dos povos do campo e,

de outro lado, criar novos estilos de formação embasados nos direitos dos povos do campo. Políticas atreladas a um novo Projeto de Campo e de Nação”.

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Elementos para discussão do conceito de educação do campo realizado no III Seminário do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) 2007.

Necessidade de manter a unidade entre: Campo - Política Pública – Educação. Separar estes três termos:

Tira a especificidade dos povos do campo; Tira o caráter de política pública para o

desenvolvimento do campo; Restringe ao aspecto pedagógico.

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A Educação do Campo nasceu tomando posição contra a lógica econômica que expropria as famílias dos trabalhadores de suas terras

Afirmação da lógica da produção para a sustentação da vida em suas diferentes dimensões, necessidades e formas. A diversidade dos interesses da classe trabalhadora do campo não é considerada nas políticas para o setor agrícola.

Um projeto de nação deve incluir os povos do campo como sujeitos concretos em seus processos produtivos, de trabalho, de cultura, de educação.

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Expansão do Agronegócio Resistência dos camponeses

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Para delimitar o campo da Educação do Campo. O debate sobre o trabalho no campo precede o da educação ou da pedagogia educar para um trabalho não alienado;

para intervir nas circunstâncias objetivas que produzem o humano;

pensar a produção na dimensão das necessidades humanas, prioritárias às necessidades do mercado.

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Escola vinculada ao mundo do trabalho, da cultura, ao modo de produção, à luta pela terra, ao projeto de desenvolvimento do campo. Os processos educativos acontecem fundamentalmente no movimento social, nas lutas, no trabalho, na produção, na família, na vivencia cotidiana.

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“A materialidade educativa de origem da Educação do Campo está nos processos formadores dos sujeitos coletivos da produção e das lutas sociais do campo.

Por isso ela desafia o pensamento pedagógico a entender estes processos, econômicos, políticos, culturais, como formadores do ser humano e,

portanto, constituintes de um projeto de educação emancipatória, onde quer que ela aconteça, inclusive na escola”.

Londrina, 12 e 13 de julho de 2012.