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Seminário Definição do tratamento e de seus objetivos Ronald M. Kadden Pamela M. Skerker Carolina Costa Fernandes

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Seminário

Definição do tratamento e de seus objetivos

Ronald M. Kadden

Pamela M. Skerker

Carolina Costa Fernandes

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Por anos os programas de abusos de substâncias ofereciam um único tipo de tratamento

mudança

Interesse em melhorar os resultados do tratamento destinado a pacientes que abusam de substâncias

Realização de pesquisas

Observado a necessidade de realização de tratamento de cada caso particular

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Técnicas Comportamentais Cognitivas

modificação de comportamentos-problema

medicamentos tratamentos curtos

com bons resultados

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Utilização da avaliação de dados para selecionar o nível do

tratamento apropriado

Instituto de Medicina (1990) identificou 4 níveis de cuidados:

• Cliente externo: sessões de terapia individual, casal, familiar, grupo (1 x por semana ou algumas horas várias vezes por semana;

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• Intermediário: tratamento hospitalar parcial- varia

de 2x na semana a diariamente, permitindo atividades normais no tratamento;

• Residencial: na casa do cliente, fornecendo ambiente livre da substância, serviços de reabilitação, suporte por pessoas que não pertencem a equipe médica ;

• Interno: no próprio hospital (geral ou psiquiátrico) com serviços intensivos com profissionais especializados.

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• Áreas abordadas: tipos de substâncias usadas,

padrões de uso, quantidade consumida, necessidade de desintoxicação, situação que provoca o uso, tratamentos anteriores e métodos usados para garantir a abstinência no passado, pressão da família/empregador, problemas médicos, avaliação psiquiátrica, limitações de percepção.

• Variáveis a serem consideradas no momento da decisão do melhor nível de cuidados: problemas psiquiátricos ou médicos, recaídas ou falhas no tratamento anterior, gravidade da dependência

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Utilização da avaliação de dados para desenvolver um plano inicial

de tratamento

• Priorização de problemas que precisam de atenção imediata: desintoxicação (após este procedimento é importante a participação da equipe multidisciplinar- enfermagem, T. O.,psicólogos, assistente social, medicina), estabilização de problemas médicos graves, eliminação do uso prejudicial da substância.

• Base de plano de tratamento inicial: antecedentes, conseqüências e falhas de comportamento.

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Mieller e Mastria (1997) listaram os disparadores e as conseqüências do uso de 5

áreas de problemas compreendendo as categorias social, situacional, emocional,

cognitiva e psicológica.

Marlatt (1985) classificou os eventos de recaída como: interpessoais, interpessoais ou

ambientais.

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Adequação do tratamento do cliente

• Terapia de grupo: com problemas psiquiátricos e sociopáticos menos graves e para clientes com menor necessidade de beber, com pouca ansiedade ou boas qualidades interpessoais;

• Tratamento intensivo: socialmente instáveis com sérios problemas psiquiátricos ou com comportamento prejudicado devido ao álcool.

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Programa de avaliação

• Triagem (consultório ou clínica especializada)

• Caso haja identificação de 1 problema (entrevista pessoal estruturada ou não estruturada)

• Exames laboratoriais toxicológicos • Questionários auto-administrativos para

identificar problemas e necessidades especificas do cliente

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Critérios de avaliação inicial e encaminhamento de pacientes

desenvolvidos pela Sociedade Americana de Medicina de Adição (ASAM)

Há 4 níveis de graus recomendados:

- tratamento com paciente externo (menos de 9 hs por semana);

- tratamento parcial em hospital (mínimo de 9 hs por semana);

- tratamento residencial;

- tratamento interno

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Há 6 graus de gravidade de problema relacionados ao álcool:

• desintoxicação e potencial para sintomas de desabituação com ameaça a vida;

• complicações biomédicas que podem exigir monitoramento ou cuidados;

• condições emocionais ou comportamentais que possam afetar o nível de cuidado;

• grau de aceitação/resistência ao tratamento;

• recaída em potencial;

• grau de influência do ambiente diário para recaída ou recuperação.

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Definição de objetivos para o tratamento de uso de substâncias

• Alcançar a abstinência ou reduzir o nível de uso;

• Identificação de antecedentes e conseqüências do uso;

• Aquisição de habilidades sociais e de cooperação para permanecer sóbrio;

• Realizar objetivos a curto prazo.

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McCrady, Dean, DuBrevil e Swanson (1985) forneceram linhas

gerais para desenvolvimento de objetivos:

• Objetivos estabelecidos de acordo com o comportamento do cliente (responsável);

• Objetivos devem ser avaliados e registrados para contabilizar os sucessos e progressos;

• Bons objetivos envolvem um grau de desafio e de risco e quando cumpridos provocam satisfação.

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Uso controlado/moderado - objetivos do tratamento de

abstinência

• Pacientes com grande dependência: permanecem abstinentes;

• Pacientes que bebem mas não apresentam problemas: tratamento que permita beber controladamente;

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Miller e Munoz (1982) iniciaram um guia de auto-ajuda para controle de bebida com critérios, especificando quem poderia fazer

uso moderado da bebida:

• Quem esta no 1o. estágio e tem preocupação com os problemas que a bebida causa;

• Hábito de beber há menos de 10 anos;

• Parentes próximos que não tenham história de alcoolismo ou drogas;

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• Não conduzir o tratamento moderado quando

houver contra-indicações médicas;

• Não recomenda-se a quem perde o controle quando bebe ou possui histórico de dependência física do álcool ou toma remédios que podem interagir com o álcool

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Definição de objetivos em outras áreas da vida:

• São definidos objetivos para melhorar a comunicação com a família e outras pessoas, convivência com a crítica, recusa de ofertas de bebidas ou drogas, combater pensamentos negativos, lidar com o sentimento de raiva, tomada de decisões, resolver problemas e controlar o pensamento sobre a bebida ou uso de drogas.

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Objetivos do processo de tratamento

• Motivação e cooperação para manter o paciente no tratamento;

• Terapeuta percebe o desconforto do paciente e mostra que faz parte do processo de mudança;

• Esforço para analisar a negação do problema do paciente, sua ambivalência a respeito da resistência;

• Tratamento na base da confiança.

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Utilização da avaliação de dados com o objetivo de envolver o cliente no

tratamento:• Análise de problemas;• Aumento da conscientização no paciente do

papel do uso de substâncias como fator de manutenção ou de causa;

• Aceitar o paciente em seu estado motivacional;• A desabituação e uma barreira para o

tratamento, devido ao desconforto de sintomas como náuseas e dores musculares e por isto deve ser bem observado e tratado.

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Identificação do abuso da substância. Quando o problema apresentado e

outro:• Motivos psiquiátricos ou médicos sérios

resultantes do abuso de substâncias é o que geralmente leva o paciente a procurar um profissional da saúde;

• Além de atendimento individual pode-se detectar o abuso de substâncias em setores de emergência, unidades de tratamento intensivo, setores de especialidade médica e saúde mental.

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Monitoramento da resposta ao tratamento

• Planejamento do tratamento: visto como um processo contínuo, com sucessos e fracassos que favorecem os elementos para a adequação das etapas;

• Avanços no nível geral de funcionamento do paciente e no bem-estar (físico, psicológico, atividades sociais e suporte social) são significativos para a manutenção da recuperação.