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Lino Martins da Silva
Prof. Associado do Programa de Mestrado em Contabilidade da UERJ
MUDANÇAS E DESAFIOS PARA A
CONTABILIDADE PÚBLICA NO
BRASIL
Breve Histórico:
O CFC, há longa data, vem fomentando a discussão e a realização de
estudos, em âmbito nacional, na busca da uniformização de práticas
e procedimentos contábeis
Vários Grupos de Estudos com a participação de diversos
representantes dos Municípios, dos Estados e da União.
Em 2006, a Presidente do CFC Maria Clara Cavalcante Bugarim
definiu COMO UMA DAS METAS DA SUA GESTÃO a consolidação e.
efetiva materialização das NORMAS BRASILEIRAS DE
CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO;
Normas Brasileiras de Contabilidade
Pública:
Constituição do Grupo Assessor das Normas Brasileiras
de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, com a
missão de resgatar, consolidar e atualizar todos os
trabalhos e estudos desenvolvidos e, em
desenvolvimento, pelo CFC ao longo dos anos pelos
vários Grupos.
Normas Brasileiras de Contabilidade
Pública:
Breve Histórico: (continuação):
1) ELABORAÇÃO, DISCUSSÃO E APRESENTAÇÃO DE
PROJETO DE LEI PARA ALTERAÇÃO DA LEI Nº.
4.320/64
2) ELABORAÇÃO, AMPLA DISCUSSÃO E EDIÇÃO DAS
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE
APLICADAS AOS SETOR PÚBLICO (NBC T SP 16)
PROJETOS E AÇÕES DO CFC VOLTADOS
À ÁREA PÚBLICA
Normas Brasileiras de Contabilidade Pública:
QUESTÕES E DISCUSSÕES:
A edição de Normas depende ou não da reformulação da Lei 4.320/64 ?
O Grupo Assessor entendeu que NÃO
Elaborou minuta de Resolução que aprova o Anexo II à Resolução CFC 750/93, que estabelece a INTERPRETAÇÃO DOS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR
PÚBLICO (Resolução CFC 1.111/2007, 29/11)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
Normas Brasileiras de Contabilidade Pública:
PROJETOS E AÇÕES DO CFC VOLTADOS
À ÁREA PÚBLICA
ÁREA PÚBLICA
Teoria dos ciclos políticos orçamentários(political budget cycles theory) em que os tomadores de decisão preocupam-se
em demonstrar sua competência administrativa nocurto prazo com vistas ao processo eleitoral
Como decorrência:
deixam de lado a evidenciação do patrimônio segundo osprincípios fundamentais de contabilidade. (Cukierman eMeltzer (1986), Rogoff e Sibert (1988), Person e Tabelini(1990) e Rogoff (1990))
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ÁREA PÚBLICA
Teoria quanto à aplicabilidade dasnormas do setor privado ao setorpúblico (Lopés, 1995, p. 142): Aplicação dos princípios e normas do setor privado
ao setor público. (Hepworth & Vassalém, além deAnthony)
Formulação de princípios contábeis próprios para osetor público que se adaptem às característicasdessas organizações e sirvam aos objetivos erequisitos da informação contábil pública.(Mautz eMontesinos, Garcia & Vela).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ÁREA PÚBLICA Principais autores:
Robert N.Anthony Games government accountants play (Governos jogam,
contadores manipulam) – Harvard Business Review
The Fatal Defect in the Federal Accounting System – PublicBudgeting & Finance – Volume 20 (2000)
R.K. Mautz Os princípios contábeis geralmente aceitos e os relatórios
financeiros do governo federal (Public Budgeting & Finance,1991.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ÁREA PÚBLICA ORIENTAÇÃO DO IFAC
Tradicionalmente os orçamentos governamentais têmsido preparados em regime de caixa.
Este foi um dos fatores que conduziu a predominânciado regime de caixa na contabilidade governamental.
A popularidade do regime de caixa no governo advémda necessidade parlamentar ou de outrosrepresentantes do eleitorado, de monitorar aarrecadação ou ingressos tributários e o subseqüentegasto, a cada ano pelo governo (IFAC).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Foco em caixa/
Base caixa
Foco em caixa/
equivalentes de caixa
Foco nos recursos
financeiros atuais Foco em todos os recursos
financeiros /´compromissos
Foco em todos os recursos
econômicos/
principio de competência total
Base competência
modificada
ORIENTAÇÃO DO IFAC
Tratamento científico aos fenômenos e transações da área pública;
Aplicação integral dos Princípios Fundamentais de Contabilidade ao Setor Público;
Diferenciação entre Ciência Social Aplicada e legislação;
Integração entre fenômenos e sistemas orçamentários, financeiros, patrimoniais, econômicos e fiscais;
Harmonização e uniformização consensual dos princípios contábeis e das boas práticas governamentais pelos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), para que as demonstrações representem adequadamente a receita, a despesa, o crédito e o patrimônio público.
PREMISSAS BÁSICAS
Construção coletiva, democrática, participativa e regionalizada com a classe contábil e suas representações;
Valorização do Profissional da Contabilidade e das suas representações, no plano individual e coletivo;
Que os aplicativos (sistemas informatizados) são ferramentas que contribuem para o aperfeiçoamento da contabilidade, do controle e da gestão pública, mas não se confundem com a Contabilidade;
Convergência das Normas Brasileiras às Internacionais;
Integração com órgãos governamentais, especialmente a STN, TCE’s e TCU.
PREMISSAS BÁSICAS
Princípio da Competência (Accrual Basis of Accounting –Study 14 IFAC Transition to the Accrual Basis of Accounting: Guidance for Governments and Government Entities) – força modernizadora para a contabilidade aplicada ao setor público;
Essência sobre a Forma – tradução científica dosfenômenos contábeis;
Teoria da Comunicação em Contabilidade Aplicada aoSetor Público –
Distinção conceitual entre: a)Transparência (Ciclo Orçamentário) e b) Evidenciação (Essência da Contabilidade)
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
FOCOS DA RESPONSABILIDADE FISCAL:
1. Planejamento
2. Transparência - divulgação ampla, inclusive pela
internet, de 4 novos relatórios deacompanhamento da gestão fiscal, que permitemidentificar as receitas e despesas
a) Anexo de Metas Fiscais
b) Anexo de Riscos Fiscais
c) Relatório de Gestão Fiscal
d) Relatório Resumido da Execução Orçamentária
3. Controle
4. Responsabilização
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
TRANSPARÊNCIA
ContabilidadeCrédito Público
Gestão Financeira
ORÇAMENTO PUBLICO
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
TRANSPARÊNCIA
Ênfase no orçamento (ciclos de curto prazo)
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
TRANSPARÊNCIA
Ênfase no orçamento (ciclos de curto prazo)
1. Adoção do regime misto, de caixa para os ingressos(receitas) e de competência para as despesas.
2. Orçamento autorizativo3. Gestão orçamentária com foco na legalidade.
FOCO DA CONTABILIDADE – Lei 4.320/64
Princípio da evidenciação (Art. 83)
“A contabilidade evidenciará (.......) a situação de todosquantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuemdespesas, administrem ou guardem bens a elapertencentes ou confiados.
Princípio da universalidade dos registros (Art. 93)
“Todas as operações de que resultem débitos e créditosde natureza financeira, não compreendidos na execuçãoorçamentária, serão também objeto de registro,individuação e controle contábil”.
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
EVIDENCIAÇÃO
Da Escrituração e Consolidação das Contas (Art. 50 LRF) obedecer às normas de contabilidade pública Segregação das disponibilidades de caixa, dos recursos
vinculados; Regime de competência para Despesa e compromissos apuração complementar do resultado do fluxo financeiro receitas e despesas previdenciárias apresentadas em
demonstrativos específicos Evidenciar na escrituração o montante e variação da
dívida pública Destacar a aplicação das receitas de alienações Avaliação da eficiência dos programas com a manutenção
da contabilidade de custos; Consolidação das contas nacionais e por esfera de
governo Normas gerais editadas pelo Conselho de Gestão Fiscal
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
EVIDENCIALÇÃO
OrçamentoCrédito Público
Gestão Financeira
CONTABILIDADE(PATRIMÔNIO)
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
EVIDENCIAÇÃO
Ênfase no patrimônio (ciclos de longo prazo)
Ênfase no patrimônio (ciclos de longo prazo)
Adoção do princípio da competência para receitas e despesas (Variações Patrimoniais).
Ativo:
Conjunto de bens geradores de benefícios futuros (inclusive potenciais).
Valores a receber (a arrecadar)
Depreciação, Amortização ou Exaustão (conforme o caso).
Reavaliação
Perda do valor recuperável
Passivo
Obrigações reais ou potenciais (riscos, provisões, etc.)
Patrimônio líquido (equivalência patrimonial)
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
EVIDENCIAÇÃO
PODER
JUDICIÁRIO
PODER
EXECUTIVO
PODER
LEGISLATIVO
CONTROLEINTERNO
CONTROLEINTERNO
CONTROLEINTERNO
DEMONSTRAÇÕES (A)
DEMONSTRAÇÕES DA NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA (B)
TRIBUNAL
DE
CONTAS
CONTROLEEXTERNO
PFC – RESOLUÇAO 1.111/2007
NBC T SP
TRANSPARÊNCIA
EVIDENCIAÇÃO
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
EVIDENCIAÇÃO
CONTABILIDADEPATRIMONIAL
CONTABILIDADEORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Normas aplicáveis
Art. 83 da Lei 4.320/64
Resolução 1.111/07
NBC T SP
Art. 35 da Lei 4.320/64
Lei do PPA
Lei das DO
Lei do AO
Natureza dos dados
evidenciados
Evidencia os Custos e
resultados sob o
enfoque patrimonial e
econômico
Evidencia os ingressos e
desembolsos financeiros e o
resultado financeiro
Todos os ativos e passivos
são necessariamente
evidenciados, inclusive as
perdas de valor (depreciação,
amortização ou exaustão)
Identifica todas as Receitas
previstas e arrecadadas em
confronto com as Despesas
fixadas no orçamento e as
realizadas.
A NOVA CONTABILIDADE PÚBLICA
EVIDENCIAÇÃO
Formação de multiplicadores
Treinamento em Brasília
Treinamento nos Estados.
Tradução das IPSAs
Convergência das NBC T SP às IPSAs
DESAFIOS
As que dão à Contabilidade fundamento jurídico: O Balanço é uma demonstração de direitos e obrigações –
Essência jurídica
As que dão à contabilidade um fundamentoeconômico 1ª. Tendência – O balanço tem como meta principal dar a
conhecer a verdadeira situação da entidade (escola Anglo-saxonica)
2ª. Tendência – O Balanço como ferramenta essencial para adeterminação, estudo e interpretação dos equilíbriospatrimoniais (Escola Italiana).
As que dão à contabilidade um significado técnicoe instrumental O Balanço é uma recopilação de Contas, síntese final da
Contabilidade.
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Que os CONTADORES da área pública reconheçam a
existência das seguintes teorias contábeis
DESAFIOS
PARA QUE UM SISTEMA DE CUSTOS ?
Justificar o valor das taxas e preços públicos
Facilitar a elaboração do Orçamento
Medir a eficiência, eficácia, economia, sub-atividade e sobre-atividade
Fundamentar o valor dos bens produzidos pela própria administração
ou os Bens de Uso Comum do Povo;
Apoiar as decisões sobre continuar responsável pela produção de
determinado bem, serviço ou atividade, ou entregá-lo(a) a entidades
externas
Facilitar informação a entidades financiadoras de produtos, serviços
ou atividades
Comparar custos de produtos ou serviços similares entre diferentes
órgãos
DESAFIOS
Admitir a existência de três classificações de recursos, segundo o momento em que são consumidos dentro do ciclo da despesa orçamentária:
1º) Consumidos até a liquidação da despesa. Ex: água, energia, telefone;
2º) Consumidos após a liquidação da despesa, ao sair do almoxarifado. Ex: materiais estocáveis (ativo circulante); e
3º) Consumidos após a liquidação da despesa, em forma de depreciação. Ex: imóveis, equipamentos, veículos (ativo imobilizado).
DESAFIOS
MUDANÇA DO PARADIGMA ORÇAMENTÁRIO (DESPESA X CUSTO)
Contas de Compensação
8 – Compensações Ativas
8.1Saldo dos atos potenciais do ativo8.1.1Direitos Contratuais8.1.2Direitos de Convênios8.2Programação Financeira8.2.1Programação Financeira Prevista a
Receber8.2.2Programação Financeira Prevista a
Conceder8.3Dívida Ativa8.3.1Controle da Dívida Ativa8.4Riscos Fiscais8.4.1Controle de Riscos Fiscais8.5Contrapartida dos Atos Potenciais do
Passivo8.5.1Obrigações Contratuais8.5.1.1Obrigações Contratuais a Executar8.5.2Obrigações de Convênios8.5.2.1Obrigações de Convênios a Executar
8.8Controle de Custos
9 – Compensações Passivas
9.1Saldo dos atos potenciais do passivo9.1.1Obrigações Contratuais9.1.2Obrigações de Convênios9.2Programação Financeira9.2.1Execução da Programação Financeira a
receber9.2.2Execução da Programação Financeira a
conceder9.3Dívida Ativa9.3.1Dívida Ativa a encaminhar9.4Riscos Fiscais9.4.1Riscos Fiscais Previstos9.4.2Riscos Fiscais Confirmados9.5Contrapartida dos Atos Potenciais do Ativo9.5.1Direitos Contratuais9.5.1.1Direitos Contratuais a Executar9.5.2Direitos de Convênios9.5.2.1Direitos de Convênios a Executar
9.8Controle de Custos
DESAFIOS
MUDANÇA DE PARADIGMACONTABILIDADE PÚBLICA E A TEORIA DO ICEBERG
QUALIDADE DO GASTO
Economicidade
Custo-efetividadeEficiência
Eficácia
Efetividade
Linha da água