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8/17/2019 Seminário Reflexões Sobre Moral
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REFLEXÕES SOBRE MORAL, ÉTICA E DIREITO E SUA INFLUÊNCIA
SOBRE AS PROFISSÕES JURÍDICAS
1. INTRODUÇÃO
A vida em sociedade seria insuportável se destituída de um mínimo de respeito, bom
senso e solidariedade no trato das pessoas umas com as outras, deste modo é que se
torna imprescindível impor ao ser humano um rol de normas morais e jurídicas capazes
de fazer com que ao menos as pessoas se tolerem e se respeitem mutuamente.
A corrupção é abominável e opera em desfavor das virtudes e valores de qualquer
sociedade, deste modo à intolerncia, o desprezo aos valores e o desrespeito às pessoas
e instituiç!es t"m uma relação muito pr#$ima com a questão ético%moral e com o
direito.
&a ordem privada a boa fé nas relaç!es ne'ociais também reflete a relevncia do
empre'o da moral para se'urança jurídica dos contratos. (esta forma, a moral não
interessa apenas à disciplina da ordem p)blica, no que também é fundamental à boa
dinmica das relaç!es privadas.
2. A QUESTÃO ÉTICA ENQUANTO QUESTÃO MORAL
*uanto à ética pode%se dizer que é a ci"ncia humana que estuda o comportamento moral
humano em sociedade na busca do bem comum.
A sanção social aplicada a um delito moral e$i'e a e$ternalização da conduta ou a
confissão de sua realização, o interessante é que a e$ternalização da imoralidade poderá
confi'urar também uma lesão à ordem jurídica.
+m verdade, o direito e$i'e método, objeto e princípios pr#prios, aptos a serem
validados universalmente.
A prop#sito, a universalidade do direito não se dá por sua vertente positivada,
antes tal característica se ori'ina a partir do chamado direito natural. (esta forma, o
direito e a ética se assemelham pelo fato de ambos estarem no rol das ci"ncias humanas,
com manifestação na seara do dever ser.
A moral não tem preocupação ou compromisso com a norma, a ética e o direito
sim. A ética é normativa, é utilitária, pra'mática, e objetiva. direito do mesmo modo
se manifesta em re'ra através de normas escritas ou consuetudinárias em e$ceção.
A ética é a ci"ncia dos deveres, e sua matéria prima é a moral, sendo utilitária,
pra'mática, te#rica, normativa, objetiva e por certo cientifica também, tendo por objeto
de estudo, como já realçado, a moral.
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-ara asse'urar a harmonia funcional à sociedade e ao +stado faz%se necessário
que os cidadãos e as instituiç!es tenham como alvo a prática de um comportamento
moral mediano, intermediário entre a virtude e o vício, portanto não se busca o homem
moralmente perfeito, o que se pretende como ideal é o homem mediano do ponto de
vista moral.
3. ÉTICA, MORAL E DIREITO E O PROBLEMA DA COERCIBILIDADE
*uestão interessante é aquela referente ao modo de sanção atribuída às condutas imorais
e as antijurídicas. om efeito, no ilícito jurídico a punição é e$terna manifesta pela
coerção e sanção impostas pelo aparelho estatal. &o que tan'e ao ilícito moral a
penalidade poderá tanto ser interna quanto poderá também ser e$terna, neste )ltimo
caso, tal ocorre quando a moral abandona as quest!es individuais e avança sobre as
relaç!es sociais. A pr#pria sociedade cuida de punir a conduta moralmente inadequada
mediante reprovação, reprimenda ou reclamação. +$. /urar fila.
A !"#$%&'(! )* #&+ $*!%+ -&%+ )! )%*$! +"# /*0#*"
0a validade de uma ordem jurídica positiva é independentemente da sua concordncia
ou discordncia com qualquer sistema moral1 23+45+&, 67789.
-ara (imoulis 0as re'ras jurídicas são aparentadas com as morais, sendo impossível
criar e interpretar o direito sem levar em consideração a moral1. 2(:;>?9.
0o direito possui coercibilidade, a moral é incoercível, A moral enfatiza as quest!es
internas da alma @... o direito e$i'e a manifestação do fato social1. 2;&B+:C,
=>>D9.
. POSITIISMO JURÍDICO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A ÉTICA
omo já destacado, a moral é mais ampla que o direito porque em al'umas
circunstncias certos desvios de conduta que escapam ao direito não fo'em à moral, e
citamos para ilustrar isto, o clássico e$emplo do incesto, que do ponto de vista jurídico,
no ordenamento pátrio, não representa nenhuma ile'alidade, todavia não escapa ao ri'or
moral.
4. A SOCIEDADE COMO INÍCIO E FIM DA CIÊNCIA JURÍDICA
D%*$! "+$&%+0 * )%*$! -!#$5! omp!em e habitam um )nico corpo apesar de
serem diferentes membros na composição da ci"ncia jurídica.
direito absorve a perspectiva e$terna referente ao fenEmeno moral e é bem
verdade que quest!es eminentemente internas também poderão interessar ao direito
penal e mesmo ao direito civil, no que tan'e, por e$emplo, à caracterização do elemento
culpa. 0quando se tenciona codificar a moral, esta acabará por assumir caráter científico
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dando lu'ar à ética, entretanto, não se pode olvidar de que tudo que é ético é
essencialmente moral, sendo a moral anterior ao pr#prio direito natural1.
0não haverá direito natural ou direito positivo diante de uma hip#tese em que o ser
humano esteja sozinho destituído da conviv"ncia de outras pessoas1.
6. COOPERAÇÃO ENTRE MORAL E DIREITO NA CONSTRUÇÃO DA
ORDEM JURÍDICA NACIONAL
&o plano do direito adjetivo, tem%se que o processo é um instrumento para realização da
justiça, o que representa uma evolução no sentindo de fazer com que o direito seja
aplicado com razoabilidade, não mais em consa'ração à retaliação decorrente da
vin'ança privada, tão presente nas primeiras sociedades. processo é uma forma
civilizada de se estabelecer o direito, um modo racional em que as partes t"m a chance
de oportunizar suas vers!es acerca do mesmo fato.
7. A CRISE REFERENTE AO EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES JURÍDICAS NO
BRASIL
0a deontolo'ia profissional que é composta por re'ras e princípios éticos
disciplinadores do comportamento humano no que se refere ao e$ercício de uma
determinada profissão1.
A ética profissional é sinEnimo de deontolo'ia profissional, de modo que a
atuação profissional deve ser pautada por valores morais 'arantidores das boas relaç!es
laborais.
8. CONCLUSÃO
A vida em sociedade e$i'e posturas moralmente responsáveis nos campos
pessoal, familiar e profissional.
&a atualidade há um 'rande esforço no sentido de pautar a conduta profissional
dentro de um padrão ético que satisfaça minimamente às e$i'"ncias de dec"ncia e
di'nidade nas relaç!es estabelecidas entre profissionais e destes com seus clientes.
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TEORIA DOS CIRCULOS E DO MÍNIMO ÉTICO.
Círculos Concêntricos
Betham diz que o direito esta contido na moral.Segundo Lucas Paoly essa teoria de assemelha a um ovo, sendo a clara amoral e a gema o direito.
Círculos Secantes
Du Pasquer afirma que eiste uma intercess!o entre direito e moral "oremeistem casos que s!o Direitos e que n!o s!o "arte da moral e as"ectosmorais que n!o est!o normatizados.
Círculos #nde"endentes
$ans %elsen, criador da &'eoria Pura do Direito( diz que Direito ) o que est*normatizado e +oral s!o os atos que s!o "raticados de acordo com "rincí"ios)ticos, ainda que haa as"ectos morais que seam normatizados, Direito )Direito e +oral ) +oral.
'eoria do +ínimo -tico
'eoria de elline/ que afirma que o Direito re"resenta o mínimo de moralim"osto "ara que a sociedade "ossa viver em harmonia.
0 direito ele vai se "reocu"ar em cuidar de legislar, normatizar o mínimo demoral necess*ria "ara que a "o"ula1!o consiga viver em harmonia. -
im"ortante lem2rar que "or senso comum a teoria dos círculos que se
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encaiam com a teoria do +ínimo )tico ) a dos círculos concêntricos deBetham.