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Mestrando: Fillipe Azevedo Rodrigues Docente: Prof. Dr. Ivan Lira de Carvalho NATAL - RN 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CURSO DE MESTRADO EM DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO PENAL ECONÔMICO SOB O FOCO CONSTITUCIONAL TUTELA CONSTITUCIONAL DA ORDEM FINANCEIRA E O PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE DO DIREITO PENAL

SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

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Mestrando: Fillipe Azevedo Rodrigues

Docente: Prof. Dr. Ivan Lira de Carvalho

NATAL - RN

2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTECENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOCURSO DE MESTRADO EM DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO PENAL ECONÔMICO SOB O FOCO CONSTITUCIONAL

TUTELA CONSTITUCIONAL DA ORDEM FINANCEIRA E O PRINCÍPIO DA

COMPLEMENTARIDADE DO DIREITO PENAL

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# CORRELAÇÃO ENTRE AS PESQUISAS DESENVOLVIDAS NA DISCIPLINA E NOSSO PONTO CENTRAL

Tutela Constitucional da Ordem Financeira e o

Princípio da Complementari-dade do

Direito Penal (RODRIGUES)

Cooperação Penal Internacional e a

Efetividade da Tutela Penal dos Sistemas Econômicos (SILVA)

A Lavagem de Valores Vista pela Doutrina e

pelo Judiciário Brasileiro (DANTAS)

O Insider Trading e outros Tipos Penais de Proteção do Sistema Financeiro Nacional

(MARTINS)

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I – TUTELA CONSTITUCIONAL DA ORDEM FINANCEIRA

• O Título VII da Constituição da República estabelece princípios e regras que regem a Ordem Econômica e Financeira do Estado brasileiro, cabendo ao correspondente Capítulo IV, precisamente no art. 192 (Emenda Constitucional n.º 40, de 2003), dispor sobre o Sistema Financeiro Nacional (SFN). In verbis:

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos

interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram”.

• Princípios explícitos* que regem o SFN:

a) desenvolvimento equilibrado do País;

b) supremacia dos interesses da coletividade; e

c) limites à participação do capital estrangeiro.

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II – PREVISÃO CONSTITUCIONAL DA TUTELA PENAL SOBRE A ORDEM FINANCEIRA

• O art. 173, § 5º, da Carta Política de 1988 prescreve a responsabilização criminal das pessoas jurídicas integrantes do SFN, bem como de seus dirigentes, com relação aos atos danosos contra a ordem financeira e econômica do País. Confira-se:

“Art. 173. (...)

(...)

§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordemeconômica e financeira e contra a economia popular”.

• Trata-se de comando para construção de arcabouço legal, nas órbitas normativas infraconstitucionais, necessário ao Estado como instrumento de manutenção e equilíbrio do SFN em prol dos princípios que o regem.

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III – CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)

• Lei Federal n.º 7.492, de 1986, que “Define os crimes contra o sistema financeiro nacional, e dá outras providências”.

• Lei Federal n.º 9.613, de 1998, que “Dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências”.

• Lei Federal n.º 6.385, de 1976, que “Dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários”.

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III.1 – LEI FEDERAL N.º 7.492, DE 1986

Características Gerais dos Tipos

Sujeito Passivo Imediato: Sistema Financeiro Nacional; - Sujeito Passivo Mediato: Pessoa Física na condição de Consumidor ou Instituição Financeira, por exemplo (art. 8º e art. 19, respectivamente); Sujeito Ativo: Pessoas descritas no art. 25, caput e § 1º; Dolo Específico

Crime de Evasão de Divisas:

“Art. 22. Efetuar operação de câmbio não autorizada, com o fim de promover evasão de divisas do País:

Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, a qualquer título, promove, sem autorização legal, a saída de moeda ou divisa para o exterior, ou nele mantiver depósitos não declarados à repartição federal competente”.

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III.2 – LEI FEDERAL N.º 9.613, DE 1998

O que é Lavagem de Dinheiro?

“O crime de ‘lavagem’ de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras para incorporação, transitória ou permanente, na economia de cada país, de recursos, bens e valores que se originam ou estão ligados a transações ilegais. Esse crime antes restrito a determinadas regiões, ganhou características transnacionais nas últimas décadas, fazendo com que seus efeitos rompessem fronteiras e se tornassem preocupação internacional”. (BRASIL, 2001, p. 5)

Conselho de Controle de Atividade Financeira:

Cabe ao COAF “coordenar mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à ‘lavagem’ de dinheiro; disciplinar e aplicar penas administrativas, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades; e receber, examinar e identificar as ocorrências de operações suspeitas de atividades ilícitas”. (BRASIL, 2001, p. 6-7)

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# ATIVIDADE CRIMINOSA ORGANIZADA TRANSNACIONAL

Crime Organizado

Evasão de Divisas

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IV – NECESSIDADE DE COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL

• Globalização econômica como fator de profusão do crime organizado, mediante as interações do sistema financeiro internacional para fins de lavagem de capitais.

• “Impõe-se um tratamento diferenciado à criminalidade organizada, justificado pelo caráter de emergência na luta contra a prática de crimes que corroem os alicerces do próprio Estado de Direito, com inversão do ônus da prova da aquisição dos bens apreendidos, seqüestrados ou arrestados, além da admissibilidade de meios de prova como ação controlada, infiltração, delação premiada, interceptação telefônica, de dados e ambiental, fatos já assimilados e superados nos debates internacionais”. (SANCTIS, 2009, p. 9-10).

• Grupo de Trabalho em Lavagem de Dinheiro e Crimes Financeiros – GTLD: Funções: a) prestar apoio às atividades de investigação e persecução

penal desenvolvidas pelo Ministério Público Federal; eb) promover articulação interna e externa, dentro dos sistemas nacional

e internacional antilavagem de dinheiro.

• Tratado de Cooperação Jurídica em Matéria Penal entre a República Federativa do Brasil e a Confederação Suíça (Decreto n.º 6.974, de 2009).

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V – PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE

• Direito Penal internacional e Direito Penal do Inimigo (terceira velocidade):

“É inevitável, segundo se verifica em todo o planeta, a adoção de um Direito Penal de terceira velocidade, máxime porque a adoção de alternativas de controle social demanda tempo, e a criminalidade, sobretudo, organizada e transnacional, não pode, neste momento, ser enfrentada com a dogmática tipicamente clássica”. (MORAES, 2008, p. 332).

• Estatuto de Roma: Tribunal Penal Internacional (TPI) como paradigma.

• É necessário ampliar o rol de crimes transnacionais de competência do TPI, a exemplo dos crimes contra o sistema financeiro (lavagem de dinheiro e evasão de divisas)?

• Princípio da complementaridade versus Soberania dos Estados:

• “É criado, pelo presente instrumento, um Tribunal Penal Internacional. O Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com o presente estatuto, e será complementar às jurisdições penais nacionais. A competência e o funcionamento do Tribunal reger-se-ão pelo presente Estatuto”. (art. 1º do Estatuto de Roma – Decreto n.º 4.388, de 2002).

• Trata-se também de risco à soberania a profusão do crime organizado através do sistema financeiro internacional.

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• “No que tange ao impacto do Direito Internacional dos direitos humanos na concepção de soberania, destaco a afirmação do Secretário-Geral da ONU, quando diz que, ainda que o respeito à soberania do Estado seja uma questão central, é inegável que a antiga doutrina da soberania exclusiva e absoluta não mais se aplica. Uma das maiores exigências, diz ele, do nosso tempo, é a de repensar o conceito de soberania. Enfatizar os direitos dos indivíduos e dos povos é uma dimensão da soberania universal. É essa a soberania que estamos querendo, que reside em toda a humanidade e que permite aos povos um envolvimento legítimo em questões que afetam o mundo como um todo. Um movimento que cada vez mais encontra expansão no gradual fortalecimento do Direito Internacional”. (PIOVESAN, 2000).

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• “No domínio estrito da complementaridade, o Tribunal Penal Internacional não pretende, em absoluto, esvaziar a competência que, para o processo penal, mesmo dos crimes da mais superlativa gravidade, foi confiada pelas constituições nacionais aos tribunais nacionais. O Tribunal pretende ser competente em certas hipóteses, sendo que a mais visível é a da falência das instituições nacionais – algo que acontece com muito maior freqüência neste final de século do que imaginavam as pessoas no começo dele. (...). O Estado que detém fisicamente a pessoa acusada é instado a entregá-la a um outro Estado que se entende competente e ao Tribunal Penal Internacional. (...). São, portanto, possíveis aquelas situações em que o Estado detentor da pessoa acusada não é nem o seu Estado patrial nem sequer o Estado que, por algum dos fundamentos da competência penal, deseja chamar a si o processo, mas um Estado que encara o problema com total isenção, com o mais absoluto sangue frio; que verifica, à luz das regras do Tratado, a quem transferirá tal pessoa”. (REZEK, 2000)

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VI – REFERÊNCIAS

• BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 34 ed., Brasília: Edições Câmara, 2011.

• BRASIL. Lavagem de dinheiro: legislação brasileira. Brasília: Conselho de Controle de Atividades Financeiras, 2001.

• MORAES, Alexandre Rocha Almeida de. Direito penal do inimigo: a terceira velocidade do direito penal. Curitiba: Juruá, 2011.

• PIOVESAN, Flávia. Princípio da complementaridade e soberania in Revista CEJ, v. 4, n. 11, mai/ago 2000, disponível em: <http://www2.cjf.jus.br/ojs2/index.php/cej/article

• /view/349/551>. Acesso em 25 de maio de 2012.

• REZEK, Francisco. Princípio da complementaridade e soberania in Revista CEJ, v. 4, n. 11, mai/ago 2000, disponível em: <http://www2.cjf.jus.br/ojs2/index.php/cej/article

• /viewArticle/333/535>. Acesso em 25 de maio de 2012.

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ANEXO I:SISTEMA FINANCEIRO

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DISTRIBUIDORA

15

BANCO NY

EMPRÉSTIMO GARANTIDO1. AQUISIÇÃO DE CERTIFICADO DE

DEPÓSITO EM BANCO NY

2. MÚTUO(com Distribuidora)

SÓCIO

Mútuo Data Valor (US$)

1 20/08/98 2.000.000,00

2 09/08/99 2.120.333,33

3 03/08/00 2.247.553,33

4 30/07/01 2.382.781,12

5 28/01/02 2.455.058,81

CD 228494 DATA: 20/ago/98

VALOR: US$ 2.000.000,00

Venc.: 09/ago/99 Taxa= 6% + 1%

LAVADOR(BR)

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DISTRIBUIDORA

16

BANCO NY

COMPRA DE RECEBÍVEIS DE EMPRÉSTIMO SIMULADO

2. COMPRA DE RECEBÍVEIS DO

BANCO NY (DISTRIBUIDORA)

1. MÚTUO(com Distribuidora)

Data Valor (US$)

Mútuo5

28/01/02 2.455.058,81

Juros 28/01/02 a

10/out/02

104.340,00

Taxa 4.980,00

Compra de Recebíveis

DATA:10/out/02

VALOR: US$ 2.559.398,81

SAFI(Uy)

3. REMESSAS

(dívida)

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DISTRIBUIDORA

17

BANCO CAYMAN

COMPRA E VENDA DE T-BILL´S

1. COMPRA E VENDA DE T-BILL´s (27/11/98)V: BANCO CAYMANC: DISTRIBUIDORA

Banco x Distrib. 27/11/98 US$ 995.000,00

Distrib. X Factoring 27/11/98 US$ 997.140,00

T-Bill´s – Cusip: 912795AS0C (http://www.publicdebt.treas.gov )

DATA de vencimento:27/nov/1998

VALOR de face: US$ 997.140,00

Factoring

4. CÂMBIO (T-Bill´s)

3. Depósito R$(Caixa 2)

2. COMPRA E VENDA DE T-BILL´s (27/11/98)V: DISTRIBUIDORAC: FACTORING

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18

BANCO A – BAHAMAS(MUTUANTE)

COMPRA E VENDA DE T-BILL´S

BANCO B– UY(MUTUANTE)

EMPRESA B

EMPRESA C

EXTERIOR

BR4. TRANSFERÊNCIAS PARA O

EXTERIOR (CC5)

2. COMPRA E VENDA DE T-BILL´s (18/02/97)V: BANCO UYC: EMPRESA A

1 - MÚTUO (US$ 9,5

milhões)

EMPRESA A

1. MUTUÁRIA do BANCO A2. ADQUIRE T-Bills do BANCO B3. ALIENA T-Bills p/ Empresas B e C

3. COMPRA-VENDA DE T-BILL´s (18/02/97)V: EMPRESA AC1: EMPRESA B (R$ 4.945.188,00)C2: EMPRESA C (R$ 4.950.000,00)

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19

BANCO A – BAHAMAS(MUTUANTE)

COMPRA E VENDA DE T-BILL´S

BANCO B– UY(MUTUANTE)

EMPRESA B

EMPRESA C

EXTERIOR

BR

RENOVAÇÔES DO MÚTUO:

18/08/97; 17/02/98 e 17/08/98

EMPRESA A

AVALISTAS DO MÚTUO: sócios da Empresa A

DEPÓSTOS NA CONTA DA EMPRESA A:Instituição Financeira do mesmo Grupo do BANCO A – BAHAMAS

4 TRANSFERÊNCIAS (CC5):

a) 15/08/97: R$ 513 mil(j)b) 12/02/98: R$ 468 mil(j)c) 13/08/98: R$ 764 mil(j) 13/08/98: R$ 592 mil(a)d) 04/09/98: R$ 69 mil(j) 04/09/98: R$ 11 milhões (a)

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OPERAÇÃO ESQUENTA-ESFRIA(OCULTAÇÃO)

PERDEDORA LTDA

1.Pretende realizar perdas, para redução de IRPJ, recebendo, posteriormente, os recursos perdidos, que podem ser transferidos para conta de “laranja” ou enviados para o exterior

3.Pretende realizar ganhos, dando uma origem lícita para recursos que já possuía, os quais não possuem origem lícita

Lucros e prejuízos são fictícios, normalmente em um jogo de soma zero.

R$

R$

US$

20

JOÃO PERDEDOR

JOSÉGANHADOR

BOLSA

CORRETORA

2.Pretende realizar perdas, para redução de tributação IRPF

US$

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OPERAÇÃO ESQUENTA-ESFRIA BM&F(OCULTAÇÃO)

CLOVISSCALPER

R$

R$

21

LUIZ PERDEDOR

FLAVIOGANHADOR

CORRETORA

R$

R$

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C/V Hora Compra Venda Cotação Ajuste Contraparte

C 11:19 100 0 12.330 32.700,00 Clóvis Scalper

C 15:09 30 0 12.330 9.810,00 Corretora A

V 10:44 0 100 12.430 -2.700,00 Clóvis Scalper

V 16:27 0 30 12.430 -810,00 Clóvis Scalper

130 130 39.000,00

C/V Hora Compra Venda Cotação Ajuste Contraparte

C 10:51 100 0 12.430 2.700,00 Clóvis Scalper

C 16:45 30 0 12.430 810,00 Clóvis Scalper

V 11:13 0 100 12.330 -32.700,00 Clóvis Scalper

V 15:02 0 30 12.330 -9.810,00 Corretora B

130 130 -39.000,00

FLÁVIO GANHADOR

LUIZ PERDEDOR

26/06/1999 - Cotação média: 12.397

26/06/1999 – Índice de ajuste: 12.439

22Ajuste = R$ 3,00/ponto x Variação de pontos x Número de contratos

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CONTRATO DE MÚTUO SIMULADO

EXTERIOR

BR

BANCO - PY(COLIGADA DO

BANCO MUTUANTE)

1. AquisiçãoUS$ 45.000,00

INTERPOSTA PESSOA FIRMA

INDIVIDUALBANCO “A”

(C/C DA F.I.)

3. TransferênciaUS$ 15 milhões

BANCO MUTUANTE

2. MÚTUO

US$ 15 milhões

BANCO (Foz do Iguaçu)

4. TransferênciaUS$ 15 milhões

5. Transferência a partir de conta não-residente(US$ 15 milhões)

Mamanguá/RJ

23

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24

ANEXO II:REMESSAS

EEVASÃO DE

DIVISAS

OPERADOR: DOLEIRO

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Atividades Lícitas – Câmbio TurismoAtividades Lícitas – Câmbio Turismo

Algumas agências de turismo têm autorização do BC para operar no mercado de Câmbio Turismo (mercado manual de taxas flutuantes), como atividade secundária!

Compra e Venda, através de boletos, de moeda estrangeira de/para: viajantes, turistas ou visitantes estrangeiros:

• Em Espécie• Travellers checks• Posição comprada limitada a US$ 200,000.00/dia (“estoque”)

Page 26: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Atividades Lícitas – Câmbio TurismoAtividades Lícitas – Câmbio Turismo

Controles diários registrados no Sisbacen:

Transações diárias (boletos) Estoques físicos ou em contas escriturais em bancos no

Brasil Nenhuma casa de câmbio pode promover diretamente

remessas ou transferências internacionais de recursos

Acesso ao Sisbacen: Pela própria empresa Acesso por correspondente (outra agência ou Banco)

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Aspectos principais:

Cliente com recursos (Reais) de origem ilícita Necessidade de colocação e de ocultação destes recursos

principalmente pela troca por moeda estrangeira

Câmbio paralelo ilegal em espécie ou principalmente por cabo (sistemas alternativos de “remessas”)

Manutenção pelo doleiro de conta(s) no exterior em nome de off-shore (para fazer frente às operações a cabo)

Atividades Ilícitas – Câmbio Paralelo – Doleiro

Atividades Ilícitas – Câmbio Paralelo – Doleiro

Page 28: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

EXTERIOR

BRASIL

OPERADOR: DOLEIRO

FLUXOS: vertical e horizontal

Sistemas Alternativos de Remessas

Sistemas Alternativos de Remessas

28

Page 29: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

CARACTERÍSTICAS

Baseados nos antigos sistemas hawala, hundi e da shu gong si.

Muito utilizados por expatriados (grupos de imigrantes e comunidades étnicas).

Outras denominações: bancos subterrâneos, remessas alternativas ou sistemas subterrâneos.

Atividades paralelas ou conectadas com as do sistema financeiro tradicional.

Sistemas Alternativos de Remessas

Sistemas Alternativos de Remessas

29

Page 30: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

CARACTERÍSTICAS

Diferentes abordagens: em alguns países são proibidos, em outros, tolerados, e ainda há países que intentam trazer as operações para a legalidade.

Complexidade, devido ao emprego de várias compensações em diversos países.

Abuso do sistema: lavagem e financiamento de terrorismo

Sistemas Alternativos de Remessas

Sistemas Alternativos de Remessas

30

Page 31: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Relação de confiança entre o doleiro e o cliente (equivalente à “Hawala” - sistema financeiro - não bancário - paralelo)

No preciso momento do cabo não há “remessa” ou “transferência” efetiva de moeda para o exterior. Há uma compensação pelo esquema paralelo

Há uma troca simultânea de moeda no Brasil (Reais) e no Exterior (US$/Euros/Yens/etc) – “fluxo horizontal” – “operação privada de câmbio”

Certamente em momento diverso (posterior ou anterior) ocorrerá(u) a remessa ilegal ou evasão ou perda de divisas, geralmente para abastecimento da conta do doleiro no exterior – “fluxo vertical”

Operações a CaboOperações a Cabo

Page 32: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Brasil

Exterior

US$

Conta corrente de destino do titular dos

recursos

• Físico (Cash)• Dep. em c/c de:

PF “laranja”PJ “laranja”“Terceirizada”

Reais obtidos ilicitamente

R$

Doleiro

Conta corrente do doleiro no Exterior

Comando/ordem por fax ou home bankingpara transferência a débito da conta do

doleiro

dólar-cabo24h. ou 48 h.

“Wire transfer”(transferência a cabo)

Page 33: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

TERMOS UTILIZADOS Swift Society for Worldwide Interbank

Financial Transfer ABA - American Banker’s Association Fedwire – sistema do FED Chips – Clear House Interbank Payment

System BLZ - rede alemã de bancos Incoming / Outgoing wire – crédito / débito de

cabo Int’l / Domestic wire – cabo internacional /

doméstico Acc ou Account – conta corrente B / Bnf / beneficiary - beneficiário B.O.. - By order / por ordem de ORG – conta de origem do banco remetente Value date – data de fechamento da operação OBI – informação ao beneficiário (p.ex.

“invoice”)

33

Page 34: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Operações a Cabo de Venda

“Dólar-cabo” - “Euro-cabo”

Doleiro na posição vendedora

Operações a Cabo de Venda

“Dólar-cabo” - “Euro-cabo”

Doleiro na posição vendedora

Exterior

Brasil

Page 35: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Brasil

Exterior

US$

Conta corrente de destino indicada pelo

cliente brasileiro

• Físico (Cash)• Dep. em c/c de:

PF “laranja”PJ “laranja”“Terceirizada”

Reais

R$

Doleiro

Conta corrente do doleiro no Exterior

Comando/ordempara transferência a débito da conta

do doleiro(dólar-cabo)24h. ou 48 h.

“Wire transfer”

Operações a Cabo - posição vendedoraOperações a Cabo - posição vendedora

Page 36: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

36

Page 37: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Vendas de moeda estrangeira pelo doleiro para :

Operações a Cabo - posição vendedoraOperações a Cabo - posição vendedora

Compras de moeda estrangeira por brasileiros que desejam “remeter” ilegalmente valores ao exterior

Exemplos clássicos: abastecer irregularmente próprias contas no exterior, não

declaradas ao fisco depositar valores em contas de outros beneficiários no exterior fazer pagamentos de propinas

Page 38: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Pagamentos por fora do complemento de valores de importações brasileiras subfaturadas ou pagamentos totais de contrabando ou descaminho, tráfico de drogas, de armas, etc., entrados no Brasil.

O cliente brasileiro do doleiro precisa pagar valores no exterior aos seus fornecedores.

Vendas de moeda estrangeira pelo doleiro para :

Operações a Cabo - posição vendedoraOperações a Cabo - posição vendedora

Page 39: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

REMESSA PARA EXTERIOR(COLOCAÇÃO)

LAVADORA CÂMBIO E TURISMO

Connecticut

Autorização BACEN: - mercado manual txs flutuantes - boletos- câmbio manual, TC, pacotes – remessas são proibidas- posição comprada: USS 200 mil – controle Sisbacen

4. Contas de Offshore, ligada à LAVADORA, abertas no Hudson United Bank

39

1. P. Física entrega cheque para troca por reais

2. Depósitos em contas de empresas de factoring, de cobrança, postos combustíveis, aporte de recursos em reais para operações do doleiro(Conheça Seu Cliente x CPMF x liminares)

Dissimulações: e-mail, fax, linguagem cifrada, cofres em bancos, fragmentadoras, servidores, arquivos auto-destruíveis de contas de clientes , CD, imóveis e telefones de terceiros

3. Depósitos em contas de “laranjas”

Blumenau

5. Contas de residentes no Brasil, administradas pela LAVADORA, abertas no Hudson United Bank

HUDSON UNITED BANK

Page 40: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Fechamento pelo câmbio oficial de operações de exportação executadas anteriormente, mas sem que o exportador brasileiro tivesse recebido pelo câmbio oficial o correspondente recurso

“Serviço de regularização” de pendências notificadas pelo BC (exportação sem contrapartida de entrada de divisas).

Pode também ser utilizada para simular um ingresso “legal” de divisas (empréstimos, integralização de capital, etc.)

Vendas de moeda estrangeira pelo doleiro para cobrir pendências de clientes junto ao BC ou efetuar ingresso “legal” de divisas:

Operações a Cabo - posição vendedoraOperações a Cabo - posição vendedora

Page 41: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

OPERAÇÃO LEVA E TRAZ(PENDÊNCIAS NA

EXPORTAÇÃO)

BANCO BRASILEIRO

BANCO CORRESPONDENTE

Brasil

Exterior

3- Wire (US$)

41

CONTA DOLEIRO NO EXTERIOR

DOLEIROEXPORTADOR

R$Saque

1 - Repetido diversas

vezes para mesma DDE

2Ordem

deCABO

US$

R$

5-Câmbio de Exportação (diversos

para mesma DDE), com crédito na

conta corrente do exportador

4-Swift, com menção às faturas de exportação

R$

Espei09

DDE

Page 42: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL

EMPRESA OFFSHORE

Brasil

Exterior

US$

42

CONTA DOLEIRO NO EXTERIOR

DOLEIRO

R$

EMPRÉSTIMOS: mesma sistemática

Integralização de Capital

CLIENTE

Detalhes do Cabo

Page 43: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

OPERAÇÃO A CABO (PONTA VENDEDORA)

DOLEIRO faz “remessa” ou “transferência” de recursos ao exterior em contrapartida aos Reais recebidos no Brasil.

DOLEIRO promove a “colocação” e a “ocultação” dos recursos de origem ilícita.

CONSEQÜÊNCIA: “desabastecimento” da conta do doleiro no exterior e acúmulo de Reais no Brasil.

43

R$ DOLEIROCLIENTE

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ABASTECIMENTO(CONTA DO DOLEIRO NO EXTERIOR)

NECESSIDADE: reabastecer conta do doleiro no exterior.

DOLEIRO faz:

1. remessa ilegal 2. transferência pelas vias oficiais 3. entrega reais no Brasil, em

contra-partida a crédito na sua conta no exterior

44

US$ CLIENTE CONTA DO DOLEIRO

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EXTERIOR

BRASIL

FLUXOS: vertical e horizontal

45

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

(posição compradora)

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

(posição compradora) 1. Operações com evasão de divisas (utilizando remessas pelos meios oficiais - BC):

Page 46: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Remessas pelas contas de não residentes mantidas em bancos brasileiros (as chamadas Contas “CC5”), através de depósitos de valores ou cheques advindos de contas de “laranjas” ou de cheques adquiridos de factorings, grandes redes de lojas, etc.

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

Operações com evasão de divisas – Exemplos clássicos:

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Fechamento de câmbio de importação através do BC, de importações brasileiras anteriores, cujos desembaraços aduaneiros foram feitos sem cobertura cambial

Fechamento de câmbio de importação através do BC, de importações super faturadas de produtos com baixa ou nenhuma tributação (produtos primários)

Fechamento de câmbio de importação através do BC, de importações fictícias, simuladas, sem que a mercadoria entre efetivamente no País (total ou parcial)

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

Operações com evasão de divisas – Continuação:

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EXTERIOR

BRASIL

FLUXOS: vertical e horizontal

48

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

(posição compradora)

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

(posição compradora)

2. Operações sem remessa pelos meios oficiais:

Page 49: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

(posição compradora)

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

(posição compradora)

2. Operações sem remessa pelos meios oficiais:

O doleiro se vale de outros tipos de operações para abastecer suas contas no exterior

No preciso momento da operação de compra ilícita não há uma remessa ilegal de divisas ao exterior pelos meios oficiais, mas uma “perda” de ingresso de divisas

Em contrapartida a um crédito na conta do doleiro no exterior, o mesmo entrega simultaneamente Reais no Brasil

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Exterior

Brasil

DOLEIRO

US$ or Euro(Swift/Fed/BLZ)

R$

Confirmação do depósito

# Físico (cash)# Depósito em c/c (laranja ou empresa tercerizada)

50

Comando (Fax), com detalhes do cabo

CLIENTE

BANCO DOCLIENTE

BANCO DODOLEIRO

Sistemas Alternativos de Remessas

Sistemas Alternativos de Remessas

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Doações de entidades ou associações estrangeiras

Brasil

Exterior

US$

R$

51 Espei09DOLEIRO

Detalhes do cabo

Confirmação de recebimento

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Convênios ilegais com grandes empresas estrangeiras não financeiras, de remessas de moedas (remittance houses), onde brasileiros domiciliados no exterior contratam a “remessa” ao Brasil de recursos para seus familiares.

Em contrapartida ao valor recebido no exterior, na sua conta, o doleiro providencia o crédito em Reais em contas correntes no Brasil para os beneficiários indicados pelos remetentes, sacando os valores de suas contas de “laranjas”.

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

Abastecimento da Conta do Doleiro no Exterior

2. Operações sem remesssa pelos meios oficiais

(Exemplos de operações típicas)

Page 53: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Fonte:Dr. Vladimir Aras / MPF-PR

Page 54: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

O Globo 04/06/2004

?

Page 55: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Pesquisa BID - abril/2004

(Bendixen & Associates)3.500 entrevistados no Brasil

55

Page 56: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Pesquisa BID

56

Page 57: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

ASSIM, ANUALMENTE, US$ 2,5 BI DERIVADOS DE CASAS DE “REMESSAS” ESTRANGEIRAS, DEIXAM DE INGRESSAR OFICIALMENTE COMO DIVISAS PARA O BRASIL, FOMENTANDO O MERCADO DE CÂMBIO PARALELO, SERVINDO DE COBERTURA PARA AS DIVERSAS OPERAÇÕES A CABO PROMOVIDAS POR DOLEIROS BRASILEIROS PARA ATENDER SEUS CLIENTES DESEJOSOS DE “REMETER AO EXTERIOR” SEUS RECURSOS ILÍCITOS, INCLUINDO “REMESSAS” PARA PAGAMENTOS DE IMPORTAÇÕES SUBFATURADAS OU CONTRABANDO OU DESCAMINHO!

Page 58: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

Brasil

Exterior

5Transferênciade titularidade

das T’Bills

R$

3 Depósito em CC5

(Operação “legal”)

US$

“Titulares” de T’Bills

1

R$

Empresas de

Fachada2 - R$

6Transferênciade titularidade

das T’Bills

58 Espei09

Compras e transferências simuladas de T´Bills

4 - US$

Confirmação de depósito

Page 59: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

ABASTECIMENTO(CONTA DO DOLEIRO NO EXTERIOR)

Transferência de fundos no exterior entre dealers

Troca bilhetes x cabo

Aquisição no exterior de moeda de clientes no Br

Aquisição do complemento de pagamento de exportação subfaturada, depositado no exterior

Adquire cash, TC, cheques de P. Físicas no Brasil (mulas ou courier)

Fechamento de câmbio de importações pendentes no BACEN

Pagamento de importações fictícias (canal verde) ou superfaturadas (alíquota zero ou baixa) 59

Page 60: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

ABASTECIMENTO(CONTA DO DOLEIRO NO EXTERIOR)

Pagamento adiantado de importações que não se realizarão

Remessa CC5 (1969) e Circular BC 2677 (1996)

Simulação de compra de títulos no exterior (T-Bill´s)

Aquisição de doações de igrejas e ONGs estrangeiras para o Brasil

Remessas de brasileiros para parentes no Br, pelas Remittance house (convênio no exterior – Br: só bancos fazem transferências internacionais)

Compra de moeda de estrangeiros que desejam remeter para o Brasil

60

Page 61: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

OPERAÇÕES CASADAS

ABC BRASIL

ABC OFFSHORE

Brasil

Exterior

US$

61

XYZ OFFSHORE

DOLEIRO

R$XYZ BRASIL

No caso geral, recursos não circulam pela conta do doleiro ou

de seus laranjas

Page 62: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

CARTÃO DE CRÉDITO INTERNACIONAL COM TITULARES “LARANJAS” OU “FANTASMAS”

• Uso eventualmente ligado a importações subfaturadas ou contrabando-descaminho (investigações incipientes)

• Possibilidade de remessa ilegal de divisas pelo fechamento do câmbio oficial referente ao pagamento de supostas despesas/gastos no exterior ou “compras” efetuadas pela internet

• Possibilidade de abastecimento irregular de contas bancárias no exterior do remetente de fato dos recursos

Page 63: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado
Page 64: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado
Page 65: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

FOZ

65

BANESTADO NY

PJ

PF

CHEQUEADMINISTRATIVO

Declaração de Porte de Valores

em Espécie (Ponte da Amizade)

Depósito em conta de não residente

(Bancos brasileiros no PY)

Dinheiro em espécie recebido

pelos comerciantes paraguaios

R$

R$

US$

R$

Reais que são sacados em bancos na fronteira e que são misturados com os

Reais provenientes do PY

US$

Valores depositados

em espécie:

US$ 28 milhões/dia

R$R$

R$

BENEFICIÁRIOS

REMETENTES

CASO BANESTADO

137 contas, dentre elas, as operadas por 12 doleiros

Espei09

Circular BC nº 2677/96 (antiga CC5)

Resolução BC nº 2524/98 (porte de moedas)

Page 66: SEMINÁRIO - SLIDES - IVAN LIRA - finalizado

GIBRALTAR

1. Inscrição de uma IBC (shelf-company ou não), normalmente por residentes no paraíso e em ações ao portador.

2. Transferência de ações ao portador para o real proprietário. Procuração, registrada na Junta Comercial local.

3. Abertura de escritório ou representação da IBC nos EUA.4. Abertura de contas-correntes em bancos americanos.

NEW YORK

66

Empresas utilizadas por doleiros no exterior

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JERSEY

3. Conta-correntede empresa queconstitui um Trust

NIUE

1. Pessoa física

2. EmpresaComercial,

de investimentos, etc,

incorporada em paraíso fiscal

BRASIL

67

Contas utilizadas pelos clientes no exterior

NY

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DOLEIRO PCAF500

DOLEIRO

INFORMÁTICA

CONTADOR

ASSESSORIA

PROPRIEDADE RURAL

AVISO DE

SAQUE

TERCEIROS

R$

R$

R$

68

Promessa de Compra e Venda(R$ 30.000,00)

DAA/IRPF

PROMESSA DE COMPRA E

VENDA (R$ 1.300.000,00)

Cartório sob intervenção

Prestação de Serviços

(R$ 3 milhões)