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Características da Cultura
Pertence ao universo da cultura tudo
o que o homem acrescentou à
Natureza, através do seu trabalho
transformador.
Características da Cultura
Pertence ao universo da cultura tudo
o que não é hereditário, mas é
aprendido pelo homem.
Sistema de Signos
As práticas sociais organizam-se para
expressar a cultura das comunidades
humanas assumindo a condição de
sistemas de signos para sua
transmissão.
“Ciências dos Signos”
O filósofo liberalista
britânico John
Locke(1632-1704)foi o
primeiro a chamar a
semiótica de a ciência
dos signos (1689).
“Semiologia”
Para Saussure (1857-1913),
disciplina que é parte da
Psicologia Social e,
consequentemente, da
Psicologia Geral.
Expressão e Conceito
Saussure concebe o signo como a
combinação de uma expressão
(significante) e um conceito
(significado), unidos por uma relação
de arbitrariedade.
Componentes Sígnicos
Peirce admite a presença de três
componentes sígnicos – o
representante, o objeto denotado, o
interpretante – dados por uma
relação de convencionalidade.
Semiótica Peirceana
Modo como os indivíduos
reconhecem e interpretam o mundo
a sua volta, a partir das inferências
em sua mente.
Peirce e Saussure
Ponto de Convergência
Convicção de que o pensamento e a
comunicação se fundamentam no
emprego de signos.
Semiótica
Ciência que estuda os sistemas de
signos, quaisquer que eles sejam e
quaisquer que sejam as suas esferas
de utilização.
Semiótica
A investigação semiótica abrange
todas as áreas do conhecimento
envolvidas com as linguagens ou
sistemas de significação.
Objeto da Semiótica
Estudar um “conhecimento” da
realidade fenomênica, tal como ele
se espelha nos diferentes sistemas
linguísticos que re-criam essa
realidade.
Estética, Ética e Lógica
A Estética guia os sentimentos, a Ética
orienta a conduta e a Lógica estuda
os ideais e normas que conduzem o
pensamento.
Expressividade das Linguagens
As linguagens são capazes de
expressar, sob diferentes modalidades
de substâncias significantes, o mesmo
significado básico.
Modelização do Mundo
Todos os sistemas sígnicos exprimem
aspectos de uma particular
modelização do mundo, uma imago
mundi intuída pela sociedade que os criou.
Ciência das Ideologias
Na medida em que estuda tais
sistemas sígnicos, a Semiótica constitui a
“ciência das ideologias”, no seu plano de
conteúdo, constituindo, ao mesmo tempo,
a ciência das retóricas, no seu plano de
expressão.
Mediatização Sígnica
Assim como a relação entre o homem e o
mundo vem mediatizada pelo pensamento,
a relação entre um homem e outro homem
dentro de uma sociedade, vem
mediatizada pelos signos.
Sistemas Modelizantes
A organização social dessas
mediações atribui às linguagens a
função de sistemas modelizantes.
Valores Sociais
A língua natural carrega consigo os
valores da sociedade de que o
indivíduo é membro.
Assimilação da Ideologia
Ao aprender a língua de seu grupo,
cada indivíduo assimila também a
sua ideologia (= sistema de valores
grupalmente compartilhados).
Dupla Programação
O comportamento dos indivíduos é
duplamente “programado” por um
código genético e um código
linguístico-ideológico.
Controle Comportamental
A língua equivale a um instrumento a
serviço do controle comportamental
que cada grupo exerce sobre a
atuação de cada um de seus
membros.
Interação de Fatores
Os falantes não têm consciência da
complexa interação de fatores
psicossociais envolvidos no mais
simples processo de comunicação.
Tarefa dos estudos semióticos
Fazer-nos tomar consciência da
condição mental (e cultural) da
existência humana.
Linguística
A Linguística, que faz parte da
Semiótica, estuda a principal
modalidade dos sistemas sígnicos, a
das línguas naturais.
Descrição dos Sistemas Semióticos
Peirce e Morris (1901-
1979) propõem a
descrição dos
sistemas sígnicos de
acordo com três
pontos de vista:
Sintaxe
Em Linguística, é o ramo que estuda os
processos generativos ou combinatórios
das frases das línguas naturais, tendo em
vista especificar a sua estrutura interna e
funcionamento.
Semântica
Disciplina que se ocupa do significado das
expressões linguísticas, as relações de
significado entre as palavras do
vocabulário de uma língua e as que se
estabelecem entre os signos e o mundo.
Pragmática ou Praxiologia
Ramo da Linguística que estuda a
linguagem no contexto de seu uso na
comunicação.
Uso Concreto da Língua
A Pragmática estuda o uso concreto
da linguagem, enquanto a
Semântica e a Sintaxe constituem a
construção teórica.
Hierarquização dos Níveis
O nível semântico engloba o nível
sintático que é, por sua vez,
englobado pelo nível pragmático.
“À Pragmática concernem os aspectos funcionais
de todos os processos de informação possíveis. Por
isso ela é o estrato mais complexo e abrangedor
da Semiótica: a Sintaxe e a Semântica podem
englobar-se nele.”
(Nauta)
Níveis da Semiose
Essa tripartição de um sistema
semiótico em Sintaxe, Semântica e
Pragmática corresponde a três níveis
da semiose.
Semiose
Processo de significação e produção
de significados, ou seja, maneira
como os indivíduos usam um signo,
seu objeto (ou conteúdo) e sua
interpretação.
Transcodificação
Os sistemas semióticos são
transcodificáveis: deixam-se traduzir,
com maior ou menor grau de
adequação, uns em outros.
Língua-objeto e Metalíngua
O sistema linguístico traduzido
chama-se língua-objeto; a língua
tradutora de uma língua-objeto
chama-se metalíngua.
“Semiose ilimitada” (U. Eco)
Uma propriedade essencial do signo
é a de poder comportar-se tanto
como signo-objeto como meta-signo.
Modelizantes e Modelizáveis
Além de modelizantes, porque imprimem
nos indivíduos de um mesmo grupo social
o mesmo modelo do mundo, uma mesma
visão ideológica, os sistemas semióticos
são também modelizáveis.
Simulação de Funções e Propriedades
Os sistemas semióticos simulam as
funções e propriedades do sistema
modelizante primário.
Tradução Recíproca
Os sistemas semióticos podem traduzir-se
reciprocamente porque o significado que
eles exprimem recobre a área da mesma
cultura e é expresso, antes, em última
instância, pela língua natural que os
modelizou.
Posição das Línguas Naturais
As línguas naturais ocupam a posição
hierárquica predominante entre todos
os sistemas semióticos. Delas derivam
todos os demais sistemas.
Único Código
As línguas naturais constituem o único
código capaz de traduzir com a
máxima eficiência e adequação
qualquer outro sistema semiótico.
“Metalinguagem Universal”
As línguas naturais são também uma
espécie de metalinguagem universal,
capaz de traduzir todos os códigos
que elas mesmas modelaram.
“Microcosmo”
Cada língua natural é um
microcosmo do macrocosmo que é o
total da cultura dessa sociedade.
Delimitação dos Aspectos Experienciais
As línguas naturais não são um decalque
nem uma rotulação da realidade; elas delimitam
aspectos de experiências vividas pelos povos e
essas experiências, como as línguas, não
coincidem, necessariamente, de uma região
para outra.
Sons Típicos
Do mesmo modo que as línguas
diferem na análise da realidade, elas
diferem também entre si por
possuírem sons típicos (= fonemas).
Fonemas Semelhantes
Os fonemas de que se valem os
falantes de diferentes idiomas para
expressar-se, são semelhantes, mas
não são, absolutamente, iguais.