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7 8  8 O P I N I ÃO Será possível ressuscitar a Europa? FREI BEN TOD O M I NG UE SO . P .  27 / 03 / 201 6 - 00 : 05 O que importa é a ressurreição da Europa. Como? Veremos  8 TÓPICOS 1. Europa 2 . M éd i o O r i ent e 3 . A r áb i a S au dit a 4 . R e l i g i ã o 5 . P ap a F r an ci sco 6 . P a r i s 7 . Lampedusa 8 . Jesus

Será Possível Ressuscitar a Europa

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OPINIÃO

Será possível ressuscitar a Europa?FREI BENTO DOMINGUES O.P. 

27/03/2016 - 00:05

O que importa é a ressurreição da Europa. Como? Veremos

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TÓPICOS

1. Europa

2. Médio Oriente

3. Arábia Saudita

4. Religião

5. Papa Francisco

6. Paris

7. Lampedusa

8. Jesus

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9. Atentados em Bruxelas

1. Não tenho nenhuma competência para me juntar àtorrente de discursos sobre os modos de enfrentar osactuais movimentos terroristas, quer nos seusdesígnios globais, quer europeus. Destaco a lucidez doditorial do !"#$%&' ()*+ Enquanto se financiar sem

limites, o terrorismo continuará a matar. É precisosecar-lhe as raízes.

sempre possível dizer que as raízes do terrorismonão são financeiras e que o dinheiro, sempre àdisposi-ão, apenas um recurso instrumental. /ejacomo for, as discuss0es sobre as suas raízesmetafísicas, sociais, ticas e religiosas não podemservir para esquecer a urgência em lhe cortar as basese os percursos financeiros. 1aver2 vontade firme dee3ecutar esta opera-ão, quando os bem conhecidos

circuitos do comrcio de armas e de seres humanoscontinuam, ano ap4s ano, à solta, a crescer e a matar5

3iste, na 6r2bia /audita, um campo de 7endasespantosamente bem equipadas para 8 milh0es depessoas, utilizadas apenas durante 9 dias por ano, naperegrina-ão a :eca. Não nenhum santu2rio. umaresidência. !ergunta;se+ não deveriam os mu-ulmanosde todo o mundo serem interpelados pelo esc<ndalohumano e religioso de verem os seus irmãos na fterem de fugir para países pagãos, em condi-0esmiser2veis, com a morte por companhia5 =ueinteresses estar2 esta situa-ão a esconder5!oder2 Alá estar de acordo com este comportamentoda 6r2bia /audita e satlites5

Não digo que a indigna-ão e as condena-0es dosatentados em !aris e em #ru3elas não sejamprofundamente sinceras, ali2s como as condolênciasque chegaram de todo o lado. !erguntainevit2vel+ terá finalmente a Europa acordado eentendido o sentido do que lhe está a acontecer5

2. =uando o !apa >rancisco visitou $ampedusa,transformada num cemitrio de vivos e mortos,resumiu tudo numa s4 palavra+ vergonha! !oucos seimportaram. 's interesses em jogo não podem darouvidos a uma sotaina argentina. =uando, diante dasmatan-as dos cristãos, no :dio 'riente, declarou aos

 jornalistas que era preciso suster aquele avanço docrime, foi logo sussurrado o coment2rio+ diz isso s4para salvar a pele dos cristãos e, afinal, nem tão

pacifista como parece.

 6gora, a uropa, a bra-os com os refugiados eagredida at à morte pelo terrorismo, desencanta

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especialistas em ciência da religi0es por todo o lado,mas recusa reanimar o projecto europeu que ainda apoderia salvar. !odem fazer as coisas mais sensatas esofisticadas em termos de seguran-a. !odem e devematacar as fontes econ4micas que alimentam ademência terrorista a nível mundial? :as sem fazer dauropa, e não s4, uma zona de paz e desenvolvimento

inclusivista, pouco adiantam tantas l2grimas.

3. @so o termo reanimar e não ressuscitar, porescrApulos teol4gicos. No Novo 7estamento BN7Ctemos narrativas de reanima-ãoE de cad2veres, como,por e3emplo, a de $2zaro. 7emos outras de encontrocom &risto Fessuscitado, mas não h2 ningum a dizerque tinha visto Gesus a sair do tAmulo.

/. !aulo foi muito enf2tico sobre o evangelho queanunciou aos &oríntios+ H7ransmiti;vos, em primeiro

lugar, aquilo que eu mesmo recebi+ &risto morreupelos nossos pecados, segundo as scrituras. >oisepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo asscrituras. 6pareceu a &efas (I* e depois aos Doze. mseguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos s4 deuma vez, a maioria dos quais ainda vive, enquantoalguns j2 adormeceram. !osteriormente, apareceu a7iago e, depois, a todos os ap4stolos. m Altimo lugar,tambm me apareceu a mim, o abortivo. !ois sou omenor dos ap4stolos, nem sou digno de ser chamadoap4stolo, porque persegui a %greja de Deus (8*.

&omo dizíamos, nenhuma destas testemunhas afirmaque viu &risto a ressuscitar.

 6queles que pensavam que o percurso de Gesus tinhasido sepultado para sempre, testemunharam que ele setornou a vida das suas vidas, que ressuscitou nelesuma esperan-a invencível, que tinham de continuarcom &risto um projecto que não pode morrer. 6evidência empírica da morte não a Altima palavrasobre a aventura humana.

/e em Deus vivemos, nos movemos e e3istimos, se anossa vida est2 no cora-ão de Deus, esconde;se nanossa e3istência terrena o mistrio que, apenas, a f naressurrei-ão nos pode revelar.

 6 apologia que /. !aulo faz da f na ressurrei-ão dosmortos não tem nada a ver com uma atitude fideísta,um eclipse da razão, hoje muito frequente+ quemacredita, acreditaJ quem não acredita, não acredita e

pronto. A f uma graça e eu no rece"i essa graça.

:as assim o que resta5 @ma confissão niilista acercada vida humana. >a-a;se o que se fizer, aconte-a o que

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acontecer, a Altima palavra a morte. ' resto s4 paraentreter os que tiverem sorte. !or alguns anos.

/. !aulo julga esta posi-ão miser2vel, pois não vence amorte. le acredita naressurreiço, que não nareanima-ão de um cad2ver, um regresso ao mesmo.

's cristãos europeus, mulheres e homens, jovens eadultos não podem fingir que possível reanimar oprojecto europeu. /eria investir num caminho que j2não leva a lado nenhum.

' que importa a ressurrei-ão da uropa. &omo5 Keremos.

()* IL.M8. IM)

(I* /imão !edro

(8* )&or )9, 8;)8