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PUB // Portugal trabalhar só 21 horas Por Jornal i publicado em 12 Jan 2012 - 03:00 08 Ago 2013 FOTOGALERIA TV PASSATEMPOS IYOU LOJA INICIAR SESSÃO REGISTAR HOJE PORTUGAL MUNDO DINHEIRO MAIS DESPORTO SURF TECNOLOGIA Pesquisar no i SUBSCREVER PUB

Seria melhor para todos trabalhar apenas 21 horas

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"Um think-tank chamado “The New Economics Foundation” organizou na London School of Economics uma conferência em defesa de uma ideia totalmente revolucionária: em nome do bem-estar da população, da diminuição da pobreza, da redução do consumo, da diminuição das emissões de dióxido de carbono, ninguém deveria trabalhar mais de 21 horas por semana." http://www.ionline.pt/artigos/portugal/agora-algo-radicalmente-diferente-melhor-trabalhar-so-21-horas UPLOAD PATROCINADO POR: www.NOVACOMUNIDADE.org - O MODELO COOPERATIVO FAMILIAR www.MDDVTM.org/educacao - MOVIMENTO DE DEMOCRACIA DIRECTA EDUCATIVA "Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento." (Carlos Bernardo González Pecotche) "Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição." (Simón Bolivar)

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// Portugal

E agora algoradicalmentediferente. É melhortrabalhar só 21 horas

Por Jornal ipublicado em 12 Jan 2012 - 03:00

08 Ago 2013

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Falar em meia-hora a mais? Revolução na economia seria trabalhar muitomenos

21 horas de trabalho pago por semana? Enquanto Portugal discute que se trabalhemeia hora a mais e por toda a Europa se fala em mudar as leis laborais, um think-tankchamado “The New Economics Foundation” organizou na London School ofEconomics uma conferência em defesa de uma ideia totalmente revolucionária: emnome do bem-estar da população, da diminuição da pobreza, da redução doconsumo, da diminuição das emissões de dióxido de carbono ninguém deveriatrabalhar mais de 21 horas por semana.

A conferência teve como base um estudo da “New Economics”. O relatóriochama-se “21 horas”, mas os seus autores defendem que este número seja umareferência para “um banco de horas”. Ou seja, conforme os interesses da empresae trabalhador, o trabalho poderia concentrar-se em três dias, ser feito em part-time(três horas por dia) ou até sazonalmente. A ideia é que ninguém trabalhasse mais doque 1092 horas distribuídas ao longo do ano.

A ideia de trabalhar menos está directamente relacionada com ganhar menos. Menoshoras pagas signif icam menos salário ao f im do mês. Segundo os autores do estudo,a vantagem imediata para a economia seria abrir mais postos de trabalho e diminuir odesemprego – que tem custos sociais, para a segurança social e para o serviçonacional de saúde, uma vez que as pessoas em situação de desemprego correm orisco de desenvolver mais situações de doença, nomeadamente depressão.

Um maior bem-estar geral seria, segundo os autores do estudo, a consequênciaimediata. Ao trabalharem menos, as pessoas diminuiriam as doenças associadas aostress laboral e teriam mais tempo para melhorar a vida familiar, por exemplo,cuidando de crianças e mais velhos. É evidente que essas pessoas teriam menosdinheiro disponível ao f im do mês, o que para os autores do estudo não é nada mau,em termos globais: menos consumo é ecológico. Ou seja, ao diminuir drasticamenteos hábitos de consumo, as emissões de dióxido de carbono também seriamreduzidas, contribuindo para um planeta mais sustentável.

Robert Skidelski, um economista keynesiano que participou na conferência de ontemno Centro de Análise da Exclusão Social da London School of Economics, consideraque o desenvolvimento da tecnologia vai diminuir o número de empregos a brevetrecho. “A resposta civilizada é dividir o trabalho”, defende. Citada pelo “Guardian”,uma responsável do “New Economics”, Anna Coote, afirma que “não há prova deque com menos horas de trabalho as economias são menos bem sucedidas”. Osexemplos que dá são a Alemanha, a mais forte da economia da zona euro (cujamédia semanal de horas de trabalho é das menores da zona euro) e a Holanda(outra economia forte, a que não corresponde um maior número de horas detrabalho).

A mudança de paradigma para as 21 horas semanais de trabalho é, defende o “NewEconomics”, “necessária, desejável e possível”. Vai incluir uma “granderedistribuição de rendimento, riqueza e propriedade, assim como uma redistribuiçãode tempo”. Para começar a transformação, o think-tank defende que se arranquecom uma semana de trabalho de quatro horas. “Diminuindo a semana de trabalhopara quatro dias poderemos criar uma melhor balança entre trabalho pago” e aquilo aque chamam “vital core economy”: família, amigos e vida comunitária.

Seria um caminho de pequenos passos, até à grande revolução das 21 horas. O queobrigaria também cada um de nós a “reclassif icar” as relações entre tempo, dinheiroe consumo, e a sua verdadeira relação com aquilo que chamamos “bem-estar”.

Toda esta conversa de menos horas de trabalho não está apenas dirigida a umamelhor redistribuição de tempo e rendimentos, mas também ligada à sustentabilidadeda Terra. Um exemplo concreto: “A maioria das escolhas de consumo que fazemos éem nome da conveniência. Compramos comida processada, refeições prontas,vegetais pré-embalados, veículos motorizados, etc”. Todas estas escolhas envolvemum enorme gasto de energia, carbono e desperdício. Defendem os investigadoresque “se passássemos muito menos tempo a ganhar dinheiro, teríamos tempo de viverde maneira diferente e menos obrigados a utilizar esses produtos. Poderíamosplantar, preparar e cozinhar a nossa própria comida, consertar objectos em vez de

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18 comentários

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os substituir, andar mais a pé ou utilizar transportes públicos”.

O relatório recusa que estas ideias tenham qualquer coisa a ver com uma nostalgiaretardada das comunas hippies ou com algum sentimentalismo rural. São “umaantecipação racional de um modo de vida com baixos gastos de emissões decarbono”, fundamental à sobrevivência a prazo.

A ideia, segundo os seus autores, parece perfeita: trabalhar 21 horas por semanavai trazer “ganhos consideráveis, abrindo novas oportunidades para reduzir asdesigualdades de rendimento e viver mais saudavelmente.

Mas, claro, há dif iculdades para colocar isto de pé. O estudo prevê grandesresistências dos empregadores, subordinados à “lógica do lucro imediato”. Alterar a“cultura dos negócios” seria fundamental para conseguir estabelecer as 21 horas.Como Roma e Pavia não se f izeram num dia, o think-tank propõe “uma grandediminuição da carga f iscal e outros incentivos” para os empregadores que sedisponham a contratar um staff extra. Estes empregadores nunca poderão serprejudicados economicamente por aderirem à revolução das 21 horas.

Os trabalhadores também são um problema, com os de rendimentos mais elevadosviciados em padrões de consumo elevado, o que os faz temer reduções salariais. Opadrão da cultura dos trabalhadores teria que mudar para que esta fórmula fosseaceite. Os investigadores sugerem que a experiência comece por aquelas famíliasem que só um dos membros do casal está empregado: permitiria aos dois beneficiardas vantagens de trabalhar e das maravilhas de mais tempo livre.

Os autores do estudo assumem que “21 horas” não é uma receita, mas “umaprovocação”: querem mudar os conceitos sobre tempo e trabalho e alterar o que éconsiderado “normal”. Têm consciência que uma semana de trabalho mais curta nãoé instituída de um dia para o outro (aconteceu na Inglaterra em 1974 porque nãohavia combustível), mas que é um bom princípio para a discussão de um modeloeconómico alternativo.

MA (não verificado) | Qui, 12/01/2012 - 08:25

"...se arranque com uma semana de trabalho de quatro horas.", correção: "quatrodias". Isso seria um exemplo de "descrescimento" da economia, mas inf elizmentea maioria das pessoas não querem isso. Querem antes de outra coisa poderadquerir bens materiais... o que também constitue uma maneira de se sentirembem mentalmente (i.e. menos custos para a segurança social). O que não tomamem conta aqui é que menos dinheiro e menos consumo reduz a activ idadeeconomica global, o emprego etc... é um circulo. O sistema ideal seria que cadaum possa escolher as horas que quer trabalhar (o que quer ganhar), com umalimitação a 40h.

Anónimo (não verificado) | Qui, 12/01/2012 - 10:44

Pois... experimentem a v iv er com ordenado de part-time em portugal... nem comum de f ull time se v iv e. Familia, nem com o f ull time dá para sustentar. Nagrécia duplicou o numero de crianças dadas para adopção. Espectacular estemundo económico dos números... Se acabassem com o dinheiro... isso sim erabonito.

Manuel Lisboa (não verificado) | Qui, 12/01/2012 - 11:57

Óptima ideia...para países onde se ganha bem e a f iscalidade é justa. EmPortugal ganha-se mal (tirando alguns que ganham 45 mil euros, mais ref orma de9600€) e a f iscalidade é pornográf ica. Ficamos por aqui.