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W Expectativas do Mercado Fonte: Banco Central, Boletim Focus, consulta em 09/09/2013 Quadro – Expectativas do Mercado Estudos & Pesquisas Boletim e-mail para contato: [email protected] Boletim Estudos & Pesquisas, UGE, Sebrae Número 23 – Setembro, 2013 Unidade de Medida 2013 2014 2015 2016 2017 PIB % a.a. no ano 2,35 2,28 2,50 3,00 3,20 IPCA % a.a. no ano 5,82 5,85 5,50 5,40 5,50 Taxa SELIC % a.a. em dez. 9,75 9,75 10,00 9,38 9,00 Taxa de Câmbio R$/US$ em dez. 2,36 2,40 2,40 2,45 2,50 Confira os últimos estudos/pesquisas da UGE: Os Donos de Negócios no Brasil: Análise por Raça/Cor Sobrevivência das empresas no Brasil – julho 2013 Acesse esses e outros estudos e pesquisas no site: http://www.sebrae.com.br/estudos-e-pesquisas. Fonte: IBGE E m agosto, de acordo com o Departamento de Trabalho norte- americano, foram criados 169 mil novos postos de trabalho, valor inferior aos 180 mil que eram esperados para o mês. Além disso, as estimativas dos últimos 2 meses foram revisadas para baixo. Apesar desse desempenho abaixo das expectativas, a taxa de desemprego passou de 7,4% para 7,3%, mais por conta da redução da população à procura de emprego, do que pela criação de novas vagas. Como consequência disso, a tendência é de que o governo daquele país mantenha as medidas de estímulo monetário à economia. Na Europa, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu mantiveram as taxas de juros nos patamares em vigor, o que pode continuar favorecendo o lento processo de recuperação da economia daquele continente, ainda muito combalida pela crise e pelas altas taxas de desemprego. No Japão, o banco central daquele país manteve a sua política monetária de juros baixos, pela sexta vez consecutiva, configurando um quadro generalizado de políticas monetárias expansionistas, o que tende a favorecer o processo de recuperação mundial, ainda incipiente. No Brasil, a produção industrial caiu 2% em julho ante o mês anterior. Porém, na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial avançou 2%. Esses dados apontam para uma expansão modesta da produção industrial brasileira. Na comparação de 12 meses, a produção de Bens de Capital (máquinas e equipamentos) continua apresentando o melhor desempenho relativo. Não obstante isso, o Banco Central do Brasil voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic), que passou para 9% a.a. Em paralelo, verificou-se queda da inflação medida pelo IPCA-15, que acumulou 6,15% a.a., nos últimos 12 meses terminados em agosto. De acordo com o Sistema de Expectativas de Mercado do Banco Central, a expectativa para o PIB brasileiro em 2013 é fechar com uma alta de 2,35% sobre 2012. Já a inflação (IPCA) deve encerrar 2013 em 5,82%. A taxa básica de juros (Selic), por sua vez, deve fechar 2013 e 2014 em 9,75% a.a., subindo ainda mais em 2015, enquanto a taxa de câmbio tende a oscilar entre R$ 2,36 e R$ 2,50 por dólar, de dez./2013 a dez./2017, acima dos patamares registrados no início deste ano. Fontes: Bacen e IBGE

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W

Expectativas do Mercado

Fonte: Banco Central, Boletim Focus, consulta em 09/09/2013

Quadro – Expectativas do Mercado

Estudos & PesquisasBoletim

e-mail para contato: [email protected] Estudos & Pesquisas, UGE, Sebrae

Número 23 – Setembro, 2013

Unidade de Medida 2013 2014 2015 2016 2017

PIB % a.a. no ano 2,35 2,28 2,50 3,00 3,20

IPCA % a.a. no ano 5,82 5,85 5,50 5,40 5,50

Taxa SELIC % a.a. em dez. 9,75 9,75 10,00 9,38 9,00

Taxa de Câmbio R$/US$ em dez. 2,36 2,40 2,40 2,45 2,50

Confi ra os últimos estudos/pesquisas da UGE: • Os Donos de Negócios no Brasil: Análise por Raça/Cor • Sobrevivência das empresas no Brasil – julho 2013

Acesse esses e outros estudos e pesquisas no site: http://www.sebrae.com.br/estudos-e-pesquisas.

Fonte: IBGE

Em agosto, de acordo com o Departamento de Trabalho norte-americano, foram criados 169 mil novos postos de trabalho, valor inferior aos 180 mil que eram esperados para o mês.

Além disso, as estimativas dos últimos 2 meses foram revisadas para baixo. Apesar desse desempenho abaixo das expectativas, a taxa de desemprego passou de 7,4% para 7,3%, mais por conta da redução da população à procura de emprego, do que pela criação de novas vagas. Como consequência disso, a tendência é de que o governo daquele país mantenha as medidas de estímulo monetário à economia.

Na Europa, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu mantiveram as taxas de juros nos patamares em vigor, o que pode continuar favorecendo o lento processo de recuperação da economia daquele continente, ainda muito combalida pela crise e pelas altas taxas de desemprego.

No Japão, o banco central daquele país manteve a sua política monetária de juros baixos, pela sexta vez consecutiva, confi gurando um quadro generalizado de políticas monetárias expansionistas, o que tende a favorecer o processo de recuperação mundial, ainda incipiente.

No Brasil, a produção industrial caiu 2% em julho ante o mês anterior. Porém, na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial avançou 2%. Esses dados apontam para uma expansão modesta da produção industrial brasileira. Na comparação de 12 meses, a produção de Bens de Capital (máquinas e equipamentos) continua apresentando o melhor desempenho relativo. Não obstante isso, o Banco Central do Brasil voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic), que passou para 9% a.a. Em paralelo, verifi cou-se queda da infl ação medida pelo IPCA-15, que acumulou 6,15% a.a., nos últimos 12 meses terminados em agosto.

De acordo com o Sistema de Expectativas de Mercado do Banco Central, a expectativa para o PIB brasileiro em 2013 é fechar com uma alta de 2,35% sobre 2012. Já a infl ação (IPCA) deve encerrar 2013 em 5,82%. A taxa básica de juros (Selic), por sua vez, deve fechar 2013 e 2014 em 9,75% a.a., subindo ainda mais em 2015, enquanto a taxa de câmbio tende a oscilar entre R$ 2,36 e R$ 2,50 por dólar, de dez./2013 a dez./2017, acima dos patamares registrados no início deste ano.

Fontes: Bacen e IBGE

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Notícias Setoriais

E m julho, o volume de vendas do Comércio Varejista cresceu 1,9% e a receita nominal, 2,0%, sobre o mês anterior, após os ajustes sazonais. Puxaram esses crescimentos, tanto no volume de vendas quanto na receita nominal, as atividades de Tecidos, vestuário e calçados e Outros artigos de uso pessoal e doméstico. A única atividade que registrou queda nas vendas foi o

comércio varejista de Combustíveis e Lubrifi cantes. Já na comparação com julho de 2012, as elevações foram bem mais expressivas: de 6,0% no volume de vendas e de 13,8% na receita nominal, que foram alavancadas pelos Eletrodomésticos (+14,9%, no volume de vendas) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+18,1%, na receita nominal).

COMÉRCIO VAREJISTA

TÊXTIL E VESTUÁRIO

A produção física da indústria Têxtil registrou alta de 5,0% em julho sobre o mês anterior, mas acumula retração de 3,1% nos primeiros sete meses deste ano em relação a igual período de 2012. A produção de Vestuário

e acessórios, por sua vez, computou alta de 8,5% em julho sobre junho, porém também acumula queda, de 2,2%, de janeiro a julho, em relação ao mesmo período do ano passado. Já a balança comercial do setor acumula défi cit de US$ 1,5 bilhão, sinalizando que a concorrência com os produtos importados continua acirrada. Porém, para reverter esse quadro, os empresários deveriam implementar uma melhor gestão financeira de seus negócios e priorizar investimentos em inovação, aproveitando a redução dos custos com energia elétrica e as desonerações fiscais. Assim, teriam condições de recuperar produtividade e oferecer produtos diferenciados, aumentando a competitividade frente aos importados.CALÇADOS

A produção brasileira de calçados e artigos de couro, em julho, registrou alta de 14,2% sobre igual mês de 2012 e acumula crescimento de 6,14% nos primeiros sete meses deste ano, sobre o mesmo período do ano passado. As exportações

de calçados acumularam alta de 1,1%, de janeiro a agosto deste ano em relação a igual período de 2012, enquanto as importações registraram elevação bem maior, de 78,6%, no mesmo período comparativo. Apesar disso, a balança comercial do setor acumula superávit de US$ 320 milhões. O estado do RS continuou liderando as exportações, em valor, respondendo por 36,7% do total, e o estado do CE destacou-se na quantidade de pares exportados (42,5% do total). Os fabricantes nacionais continuam otimistas e preveem vendas maiores até o fi nal do ano, devendo realizar investimentos em inovação, qualidade e design.

Em julho, a produção do setor moveleiro cresceu 2,1% sobre o mês anterior e acumula alta de 4,5% nos primeiros sete meses deste ano sobre igual período de 2012. A balança comercial, por sua vez, acumula défi cit de US$ 75,8 milhões, de janeiro a julho deste ano. Em que pese esse fato, as perspectivas para o setor continuam favoráveis, com as empresas tendendo a recuperar competitividade,

benefi ciando-se das isenções fi scais, redução do custo com energia elétrica e, mais recentemente, do processo de desvalorização cambial.

MÓVEIS

TURISMO

A Receita cambial turística totalizou US$ 539 milhões, em julho, fi cando 1,2% abaixo da registrada no mesmo mês de 2012, já a Despesa cambial atingiu US$ 2.214 milhões, com alta de 10,1% no mesmo período comparativo.

Segundo a “Sondagem do consumidor – Intenção de Viagem”, elaborada pela FGV e Ministério do Turismo, o percentual de entrevistados que manifestaram intenção de viajar nos próximos seis meses caiu de 30,4%, em julho, para 29,6%, em agosto. A maioria (53,3%, dos 29,6%) pretende se hospedar em hotéis e pousadas, 37,8%, em casas de parentes e/ou amigos, e 8,9%, em outros meios de hospedagem. O percentual dos que terão como destino turístico o Brasil subiu para 72,7%. A região Nordeste continua como a preferida por 53,7% dos turistas nacionais, seguida pela região Sudeste (19,7%). Essa maior preferência pelo turismo interno certamente está associada ao aumento do dólar em relação ao real, o que provoca um encarecimento das viagens internacionais.

e-mail para contato: [email protected] Estudos & Pesquisas, UGE, Sebrae

Fonte: IBGE

Têxtil e Vestuário – Produção industrial

0,15%

-6,0%

-11,0% -11,3%

-20,00%

-10,00%

0,00%

10,00%Têxtil Vestuário e acessórios

Fonte: Secex/Funcex

Têxtil e Vestuário -Produção industrial

fev-13/jan-13 fev-13/fev-12

Fonte: IBGE

Fonte: Ministério do Turismo

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Artigo do Mês Marco Aurélio Bedê1

e-mail para contato: [email protected] Estudos & Pesquisas, UGE, Sebrae

Os Negros Donos de Negócio no Brasil

1 Doutor em Economia pela USP. Analista da UGE/Sebrae-NA

Em 2013, o Sebrae deu início a uma nova série de estudos intitulada “Os Donos de Negócio no Brasil”.

Essa série utiliza como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2011) do

IBGE e procura identificar o perfil dos 22,8 milhões de indivíduos que possuem um negócio no nosso país.

Nos três primeiros trabalhos, esses indivíduos foram analisados a partir das variáveis “sexo”, “faixa

etária” (jovens e não jovens) e das categorias de clientes (Empresários, Potenciais Empresários com negócio

e Produtores Rurais). Neste mês, está sendo lançado o quarto trabalho da série, que utiliza como variável

de análise as categorias de “raça/cor” (negros, brancos e outros). Segundo este trabalho, no Brasil, entre

2001 e 2011, a participação relativa dos negros (pretos + pardos) passou de 43% para 49% do total de Donos

de Negócio. Em parte, o crescimento da participação dos negros se deve ao maior número de pessoas que

passaram a se declarar como tal, em relação às pesquisas anteriores do IBGE.

A proporção de Conta Própria no grupo dos negros chega a 92% (contra 86% na média geral dos

Donos de Negócios). A proporção de mulheres entre os Donos de Negócio negros é de 29%, nível inferior à

média dos Donos de Negócio no país (que é de 31%).

Os Donos de Negócio negros têm proporcionalmente menos anos de estudo (6,2 anos), são mais

jovens, (em média têm 42 anos), recebem um rendimento médio mensal que equivale à metade do recebido

pelos Donos de Negócio brancos, têm a maior proporção de pessoas que começou a trabalhar até 17 anos,

trabalham menos horas por semana no negócio (39 horas/semana), atuam em segmentos com maior

precariedade, têm menor acesso aos recursos de telefonia e informática, têm menor proporção de pessoas,

coberturas por algum sistema de previdência, menor proporção de pessoas que trabalha em local fixo urbano,

têm maior proporção de pessoas que trabalham na construção, têm a menor proporção dos que trabalham no

setor de serviços e a maior concentração no Nordeste do país. São destaques em termos de UF, os estados da

Bahia, São Paulo e Minas Gerais.

O estudo aborda ainda os perfis dos Donos de Negócio brancos e outras categorias (amarelos e

indígenas). Os perfis diferenciados identificados entre os Donos de Negócio de diferentes raças/cores deixam

claro que o desenvolvimento de produtos e serviços para Donos de Negócio, no Brasil, pode e deve levar em

conta esses diferenciais. A eficácia das estratégias voltadas para estes grupos específicos tende a ser mais

bem-sucedida quanto mais forem considerados os diferenciais citados.

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Pequenos Negócios no Brasil

Estatísticas das MPE

Fonte: Receita Federal (ago./2013)

Informações sobre as MPE Referência Total Fonte

Quantidade de Produtores Rurais 2010 4,7 milhões PNAD

Potenciais Empresários c/ negócio 2011 12,9 milhões PNAD

Empregados com carteira assinada nas MPE 2011 15,6 milhões RAIS

Renda média mensal dos empreg. c/ carteira MPE 2011 R$ 1.203 RAIS

Massa de salários paga pelas MPE 2011 R$ 18,7 bi RAIS

Número de MPE exportadoras 2011 11.525 FUNCEX

Valor total das exportações das MPE (US$ bi FOB) 2011 US$ 2,2 bi FUNCEX

Valor médio exportado por MPE (US$ mil FOB) 2011 US$ 192,8 mil FUNCEX

Microempreendedor Individual (MEI): Receita brutal anual de até R$ 60 mil.Microempresa (ME): Receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil, excluídos os MEI.Empresa de Pequeno Porte (EPP): Receita bruta anual maior que R$ 360 mil e menor que R$ 3,6 milhões.

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Participação das MPE na economia Referência Participação % Fonte

No número de empresas exportadoras 2011 61,5% FUNCEX

No valor das exportações 2011 0,9% FUNCEX

Na massa de salários das empresas 2011 39,5% RAIS

No total de empregados com carteira 2011 51,6% RAIS

No total de empresas privadas 2011 99% RAIS

Fonte: Receita Federal

Concentração por setorConcentração por região