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SÃO PAULO, 18 DE MARÇO DE 2014
vc repórter: parque de SP reduz em mais de 50% os gastos com água
Parque da Independência, no Ipiranga, conseguiu cortar custos com água pela metade Foto: Tadeu Rogerio Ferreira / vc repórter
A administração do Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, zona sul
de São Paulo, conseguiu cortar em mais de 50% os custos mensais com água
desde que colocou em prática um projeto que visa minimizar o
desperdício na fonte.
De acordo com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a iniciativa teve
início no final de 2013, quando descobriu-se que um vazamento na fonte e o
desperdício de água causado pelo vento queimavam o motor da instalação.
Duas medidas básicas foram tomadas para evitar o desperdício de água e
dinheiro. A primeira foi restringir o ligamento dos jatos de água da fonte em
dias de vento forte e chuva, evitando que a água se espalhasse pelo local. A
segunda foi passar a coletar a água da chuva e reaproveita-la para encher a
fonte.
A iniciativa, aparentemente simples, diminuiu significativamente os custos da
administração com água do parque, que passou de R$ 35 mil mensais para os
atuais R$ 10 mil, além de reduzir o consumo de água em tempos de chuvas
escassas.
Passeio ciclístico em SP marca dia de Conscientização das
Mudanças Climáticas
O transporte é um dos principais responsáveis pela poluição do ar Foto: SMA/Zé Jorge
Um passeio ciclístico em São Paulo marcou o Dia Nacional de Conscientização
das Mudanças Climáticas, lembrado no domingo, 16 de março. A pedalada,
com percurso de 15 quilômetros, saiu do Largo da Batata, no bairro Pinheiros,
por volta das 15h, e percorreu quatro praças e parques da cidade antes de
retornar ao ponto inicial.
De acordo com a organização, formada pela associação de ciclistas Bike Anjo
e pelo movimento Climax Brasil, a "bicicletada" é uma oportunidade para
aprender uma forma simples de reduzir as emissões de carbono, além de
adotar um estilo de vida mais saudável.
“O transporte é um dos principais responsáveis pela poluição do ar. Estamos
vivendo efeitos climáticos extremos, como inundações, falta de chuva, seca, já
estamos sentindo esses impactos e isso tem a ver com a forma que a gente
vive”, destacou uma das organizadoras, Evelyn Araripe, integrante do Bike Anjo
e do Climax Brasil. Ela lembra que São Paulo tem como marca a forte
presença do transporte individual, com quase 7 milhões de veículos. A
atividade contou com o apoio da organização não governamental WWF-Brasil.
A organização do evento destacou dados do Painel Brasil de Mudanças
Climáticas (PBMC) que mostram a possibilidade de as temperaturas no país
aumentarem de 3 graus Celsius (ºC) a 6ºC nas diferentes regiões. As chuvas
também poderão aumentar em 30% no Sul e no Sudeste e diminuir até 40% no
Norte e no Nordeste. O PBMC é um organismo científico, criado pelo governo
federal em 2009 por meio dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e
do Meio Ambiente.
“Não adianta a gente insistir para que as pessoas andem de bicicleta, se não
tem uma ação de educação no trânsito que garanta que as pessoas se sintam
seguras ao fazer essa escolha”
Evelyn Araripe, organizadora
Durante o passeio, os participantes fizeram debates em cada um dos pontos de
parada. Na praça Vitor Civita foi feita uma reflexão sobre a gestão de resíduos
sólidos; na Praça das Corujas, sobre alimentação e agricultura; no Parque
Villa-Lobos, sobre água; e na Praça do Pôr do Sol, sobre arborização e
desmatamento. “A Praça Vitor Civita, por exemplo, tinha problemas com
contaminação do solo e hoje é um espaço a base de vários recursos
sustentáveis, como o uso de energia solar”, explicou Evelyn Araripe.
Entraves
O produtor de vídeo Caio Caciporé, 32 anos, foi convidado por um amigo para
participar da pedalada. Ele conta que atualmente usa a bicicleta como meio de
transporte, mas encontra alguns entraves para manter essa escolha. “Fiquei
um tempo sem ir para o trabalho de bike, porque era longe de casa, mas além
disso tem a questão do perigo do trânsito e também da poluição, já que
ficamos mais expostos ao lado dos carros”, explicou.
Evelyn aposta em uma atuação mais incisiva do Poder Público neste tema para
favorecer a adoção da bicicleta como meio de deslocamento. “Isso passa por
uma questão de postura individual, mas deve existir uma política de estímulo.
Não adianta a gente insistir para que as pessoas andem de bicicleta, se não
tem uma ação de educação no trânsito que garanta que as pessoas se sintam
seguras ao fazer essa escolha”, avaliou.
Estufa é criada com bambu e garrafa PET
Estufas especiais foram montadas no Vietnã, a fim de aliar área de descanso à
produção de vegetais.
Um novo modelo de estufa foi criado no Vietnã com o objetivo de agregar mais
eficiência e sustentabilidade às hortas, jardins e outros tipos de plantação.
Intitulada de Vegetable Nursery House, a estufa montada com bambu e
garrafas PET ganhou destaque entre as soluções de arquitetura social e
sustentável, e não só abriga as plantas, como também serve de dormitório para
quem cultiva os vegetais.
A estufa feita com materiais de baixo custo foi criada pelos profissionais do
1+1>2 International Architecture Company, um importante escritório de
arquitetura que se uniu ao grupo Ação para a Cidade, com objetivo de criar
maneiras de espalhar hábitos de vida sustentável entre os habitantes de Hanói,
capital do país asiático. As estruturas que abrigam os vegetais possuem área
de 6 por 3,6 metros quadrados e, além de reaproveitarem materiais, também
fazem reuso da água da chuva.
O projeto também buscou criar uma alternativa de moradia básica e
improvisada para sobreviventes de catástrofes e pessoas em situação de rua,
uma vez que a estrutura abriga o espaço de um dormitório ao mesmo tempo
em que pode ser aproveitado para a produção de alimentos para a própria
sobrevivência.
Assim, além de reduzirem os impactos das construções, as garrafas PET
também ajudam no equilíbrio das temperaturas e na iluminação das plantas
colocadas dentro da estufa, dando origem a uma atmosfera que também
adequada para o descanso das pessoas. Fora isso, como o bambu e as
garrafas são leves, fica fácil montar e transportar a estrutura de um lugar para
outro. Com informações do ArchDaily.
São Francisco é a primeira cidade dos EUA a proibir
água em garrafas plásticas
A mesma atitude tem sido replicada em outras localidades.
A cidade norte-americana de São Francisco, na Califórnia, deu mais um
exemplo para o mundo em termos de desenvolvimento sustentável. A partir de
outubro deste ano, estarão banidas as vendas de água em garrafas plásticas
para uso individual.
Após cobranças e protestos realizados por ativistas, as autoridades locais
entraram em um consenso e determinaram que só poderá ser comercializada
água em garrafas plásticas que comportem mais de 600 ml.
A medida pretende reduzir os impactos ambientais gerados para a fabricação
do PET e também de seu descarte. “Todos nós sabemos da importância de se
combater as mudanças climáticas, São Francisco tem liderado a luta por nosso
meio ambiente”, declarou o Presidente do Conselho de Supervisores, David
Chiu, que também foi quem criou a lei.
Durante sua fala ao San Francisco Bay Guardian, o líder também mostrou uma
garrafa com 25% de sua capacidade preenchida com óleo, para representar a
quantidade de petróleo usada na fabricação e transporte de garrafas d’água.
Chiu lembrou que antes da década de 90 as garrafas plásticas quase não eram
utilizadas, portanto não são itens necessários para manter a qualidade de vida
da população.
A mesma atitude tem sido replicada em outras localidades. Ainda nos EUA, a
Universidade de Seattle proibiu o comércio das garrafas de água em seu
campus. Na Austrália, a comunidade de Bundanoon foi a primeira a banir a
água engarrafada.
Torre Eiffel vai produzir energia limpa e filtrar água da chuva
Primeiro andar do famoso ponto turístico abrigará diversas e estratégias de
sustentabilidade.
O primeiro andar da Torre Eiffel será completamente restaurado até o final de
2014, num conjunto de obras que inclui a instalação de painéis solares,
turbinas eólicas e sistemas de reaproveitamento da água das chuvas. O
objetivo é fazer com que a adoção das fontes de energia limpa diminua a
pegada ecológica do local, que também terá novas medidas de acessibilidade,
melhorando a experiência de turismo das pessoas com necessidades especiais
e mobilidade reduzida.
O projeto de restauração teve início em 2012 e demandou uma verba total de
24,9 milhões de euros, utilizados também para a demolição e reconstrução de
algumas partes do primeiro andar e dos pavilhões Ferrié, onde se encontram
serviços, como restaurantes e lojas. Os painéis e turbinas eólicas na estrutura
vão produzir eletricidade limpa para iluminar o ponto turístico, que apenas
utiliza lâmpadas de LED.
Segundo o site InHabitat, quatro moinhos de vento instalados na torre serão os
responsáveis por gerar energia para um sistema de filtragem da água das
chuvas, que será captada por meio de um módulo de escoamento inserido na
estrutura. Além de restaurantes e lojas, a área também abrigará um museu ao
ar livre, um anfiteatro e salas de reuniões.
Projetadas pelo escritório de arquitetura Moatti-Rivière, as reformas do primeiro
andar da Torre Eiffel incluem a instalação de um piso transparente, para que os
visitantes possam olhar para baixo e perceberem que estão a 57 metros acima
do chão. Além disso, o local vai ganhar varandas, permitindo que os turistas
enxerguem Paris por um ângulo diferente – e muito mais sustentável.