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SÃO PAULO, 06 DE NOVEMBRO DE 2014

SÃO PAULO, 21 DE MARÇO DE 2013 · região de Itapeva que cultiva tomate, pepino e pimentão. Suas terras, que são irrigadas por minas de água, estão sofrendo com a falta de vazão

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SÃO PAULO, 06 DE NOVEMBRO DE 2014

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O Globo no Ar: Polêmica com a proibição das sacolinhas plásticas;

Manifestação contra a a seca

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Hoje seria o dia que os mercados não distribuiria mais sacolas plásticas

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Calçadas estreitas, fios expostos e resistência dos moradores são fatores

que dificultam plantio de árvores

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VALOR DADO A ÁREA DO JOCKEY-SP NÃO QUITA DÍVIDA DE IPTU

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou nessa terça-feira, 4, que o valor

determinado pela Justiça para desapropriação da Chácara do Jockey, na zona oeste da

capital, foi estipulado em R$ 98 milhões. "O juiz arbitrou e ficou aquém da dívida (de

R$ 133 milhões) do clube com a Prefeitura", afirmou. "Não vamos ter de desembolsar

nada adicionalmente para ter a posse da chácara e devemos começar as obras para

abri-la o mais rapidamente possível", explicou.

Após três meses de negociação com o Jockey Club e de uma ação judicial, a Prefeitura

informou no dia 2 de outubro que a desapropriação do terreno havia sido autorizada e

a Chácara seria transformada em um parque municipal.

Dono do espaço, o Jockey Club aceitou negociar o valor da desapropriação em troca de

um abatimento na dívida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que é

estimada em R$ 133 milhões. Inicialmente, a proposta da Prefeitura era de pagar R$

63,9 milhões, o que o presidente do clube, Eduardo da Rocha Azevedo, considerou

como um valor "ridículo".

Os R$ 98 milhões decididos pela Justiça também foram contestados por Azevedo. "Nós

vamos recorrer da decisão, queremos receber o que o terreno realmente vale", disse o

presidente. Segundo ele, um perito contratado há cerca de dois anos pelo clube

avaliou o terreno em R$ 180 milhões.

Abertura

Para abrir à população, o local ainda passará por reformas. Haddad disse ontem que a

principal obra prevista é a substituição do muro existente por grades de parque. "Mas

o local já está em condição de uso para caminhada e exercício físico, não vai exigir

grandes investimentos", ressaltou.

Com 140 mil metros quadrados, a Chácara do Jockey é usada hoje como escolinha de

futebol e palco para shows. A área também passará a abrigar projetos culturais e de

entretenimento. "Já reservei as cocheiras para um programa cultural, porque acho que

podem ser ateliês, estúdios", afirmou o prefeito.

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Manchetes: Nivel do Cantareira volta a cair nesta quarta feira; Lei proíbe

entrega de sacolinhas supermercados

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Haddad anuncia obras na Chácara do Jockey; Alckmin nega interesse na

transposição de rio Paraíba do Sul

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Valor para desapropriação da Chácara do Jockey não cobre dívida do clube

em SP

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Indústrias de plásticos vão recorrer da proibição de sacolinhas em SP

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Vítima indefesa: meio ambiente também sofre com guerras e conflitos

armados

Dia Internacional de Prevenção alerta o mundo sobre os impactos da guerra na natureza

Guerras e conflitos armados continuam matando e ferindo milhares de pessoas no mundo.

Entretanto, os recursos naturais e o meio ambiente também são vítimas da ação do homem,

que os usam sem preocupação com as próximas gerações.

A exploração irregular de recursos naturais, o uso de armas químicas em confrontos e a

contaminação desregrada de rios e plantações são alguns dos principais problemas.

Nesta quinta-feira (6), a Organização das Nações Unidas comemora do Dia Internacional para a

Prevenção da Exploração do Ambiente em Guerras e Conflitos Armados. O dia é usado para

chamar a atenção do mundo para outra vítima da guerra, o meio ambiente.

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Água chega com gosto de barro a bairros de São Paulo

Moradores de quatro regiões de São Paulo relataram mudanças na cor, cheiro e gosto da

água que chega a suas casas. Segundo eles, a água está esbranquiçada, com odor forte de

produtos químicos

Moradores de quatro regiões de São Paulo relataram mudanças na cor, cheiro e gosto da água que chega a suas casas. Segundo eles, a água está esbranquiçada, com odor forte de produtos químicos e sabor parecido com o de barro. A reportagem ouviu relatos no Bosque da Saúde, zona sul, Vila Nova Cachoeirinha, zona norte, Tatuapé, zona leste, e Vila Romana, zona oeste. O problema ocorre há pelo menos três meses, de acordo com os moradores. Além disso, eles afirmam que são registrados cortes de abastecimento de água no período da noite, que dura entre 18h e 20h até 5h e 7h da manhã.

A Sabesp informou que "não constam reclamações dos moradores dos endereços citados pela reportagem em sua central de atendimento 195". "Como o jornal não ofereceu prazo, a companhia não teve como deslocar equipes para fazer em tempo as vistorias nos locais. As visitas serão feitas e a empresa se compromete a posteriormente prestar as informações", afirmou em nota. Nesta segunda-feira, 3, o governador Geraldo Alckmin havia dito que tais problemas aconteceram na zona sul da capital por um caso específico de alteração de sistemas. Ele disse ainda que se não tiver qualidade, a água não é distribuída.

Um dos moradores que enfrentam esta situação, Filipe Berndt, do Bosque da Saúde, contou que, desde o último mês, a água está mais esbranquiçada e com cheiro forte de química. Além de filtrar a água diretamente no registro, ele utiliza um filtro comum de barro. Passou também a comprar água mineral para beber e cozinhar. "Esses dias gastei R$ 35 de água, isso é mais que minha conta mensal de água", conta.

Residente na Vila Nova Cachoeirinha, Antonio Dvorzak tem reclamações semelhantes. Segundo ele, assim que o volume morto começou a ser utilizado, a água passou a sair leitosa e, agora, é necessário esperar alguns minutos antes que ela volte a clarear. Dvorzak afirmou também que passou um domingo inteiro com as torneiras secas. "Foram mais de 36 horas sem receber água", reclamou.

Com as mesmas queixas, Eric Caputo, morador do Tatuapé, descreve o abastecimento em sua residência: "Quando a água volta, vem totalmente branca e com um gosto diferente, parecido com barro". Na Vila Romana, Ricardo Tavares Vaz também tem tido os mesmos problemas.

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Chuvas só elevarão nível do Cantareira quando solo parar de absorver

água, diz especialista

Nível do sistema voltou a cair nesta quarta-feira e atingiu a marca de 11,8%

Solco seco do Sistema Cantareira absorve água da chuva André Lucas Almeida/14.10.2014/Futura Press/Estadão Conteúdo

As chuvas que têm atingindo a região do Sistema Cantareira nos últimos dias ainda não são o suficiente para aumentar o nível no reservatório. Isso porque a terra seca absorve a água, dificultando a formação de um espelho d'água que poderia ajudar a captar a água da chuva e, ao menos, manter o nível do reservatório estável.

A Grande São Paulo teve, nesta terça-feira, pancadas de chuva que chegaram a alagar pontos da cidade e causar transtornos no trânsito. Depois de 38 dias de queda, o volume se estabilizou em 11,9%. Porém, nesta quarta-feira, o nível votou a cair e atingiu a marca de 11,8%.

De acordo com Paulo Roberto Morais, especialista em recursos hídricos da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), cada tipo de solo responde à absorção de água de forma diferente, por isso, não dá para especificar quando a terra do Cantareira irá parar de absorver água e, finalmente, fazer com que o nível volte a subir.

— Há tipos de solo que demoram mais para ficarem úmidos, outros menos. Porém, se continuar chovendo, logo a situação irá melhorar.

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Sem água, agricultores familiares reduzem produção em SP

Crise hídrica deve elevar preços de frutas e vegetais para o consumidor final e gerar

desemprego no campo

Enquanto muitos negócios tentam encontrar formas para reduzir o consumo de água devido à falta de chuvas no estado de São Paulo, existem alguns setores da economia que têm pouca margem para se adaptar, como a agricultura familiar. Por isso, alguns lavradores paulistas estão sofrendo para salvar a safra e evitar que a crise hídrica prejudique o abastecimento de alimentos.

Em algumas regiões do estado, como os entornos dos municípios de Bragança Paulista e Itapeva, a falta de água já está afetando a produção, trazendo consequências diretas na oferta de vegetais e frutas como alface, rúcula, morango e tomate, afirma Marco Antonio Augusto Pimentel, presidente da Federação dos Trabalhadores de Agricultura Familiar do estado de São Paulo (FAF-SP). “Estes itens são formados por 90% de água. Se não for oferecido o que eles precisam, vai cair a qualidade e a quantidade da produção, além de gerar mais doenças na lavoura. As consequências disso serão preços mais altos para o consumidor e desemprego no campo”, alerta.

Tal situação já é uma realidade para Sandro Aparecido Galvão de Oliveira, agricultor da região de Itapeva que cultiva tomate, pepino e pimentão. Suas terras, que são irrigadas por minas de água, estão sofrendo com a falta de vazão da fonte nos últimos meses. Para não perder o que plantou, ele teve de comprar bombas e montar um sistema para captar água em regiões mais distantes, encarecendo a produção em cerca de 30%.

“Na próxima safra vou ter menos dinheiro para investir. Provavelmente terei de plantar 30% a menos. Tenho quatro funcionários, e já estou pensando em ficar com apenas dois até que as coisas normalizem”, explica Oliveira, que vende cerca de 10% da sua produção para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), 5% para merendas escolares e o restante para grandes redes de supermercado da Grande São Paulo.

Já Claudinei Ferreira, que também trabalha na região de Itapeva e vende a maior parte do que cultiva para o Ceagesp, afirma que perdeu 30% da sua última safra de tomate. “Agora, estou com plantações jovens de pepino e pimentão, e ainda não sei o que vai ser delas. Não temos perspectiva de melhora, a nossa única esperança é que volte a chover”, afirma Ferreira.

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Proibição de sacolas plásticas aguarda regulamentação

A proibição de distribuição de sacolas plásticas no comércio paulistano não tem data

para entrar em vigor. Apesar de a Justiça ter decidido que a lei que instituiu a proibição

é constitucional, ainda está pendente um decreto que regulamentará a fiscalização em

caso de descumprimento.

Nesta semana foi publicado o acórdão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São

Paulo (TJ-SP) que decidiu, por maioria, pela constitucionalidade da Lei 15.374,

sancionada em 2011 pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Após a sanção, o Sindicato da Indústria do Material Plástico (Sindiplast) entrou na

Justiça pedindo a suspensão da proibição, e a Justiça concedeu liminar em junho de

2012. A medida foi derrubada no mês passado pelo próprio TJ-SP, que não acatou a

Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta.

Em nota, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo informou nesta quarta-

feira, 5, que "iniciará os estudos para realizar as ações compatíveis com as

determinações que foram estabelecidas" pela lei. A pasta acrescentou que não há

ainda um decreto regulamentador "explicando como será feita a fiscalização da

proibição do uso das sacolas plásticas".

Não há prazo para que isso ocorra. Até lá, a distribuição continuará ocorrendo

normalmente. O Sindiplast e a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens

Plásticas Flexíveis (Abief) informaram que entrarão com um novo recurso na Justiça

para tentar suspender a proibição.

Prejuízo

Para as entidades, o fim das sacolinhas prejudicaria o consumidor. "O eventual

banimento das sacolas plásticas no município de São Paulo representará um duro

golpe para o consumidor, sem qualquer ganho ambiental efetivo", declararam.

Procurada, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) não se manifestou. Na

capital paulista são usadas, em média, 600 milhões de sacolas descartáveis por mês.

Em todo o Estado de São Paulo o número varia entre 2,5 bilhões a 3 bilhões de sacolas

por mês.

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″Desmatamento zero já é insuficiente na Amazônia″, alerta pesquisador

Antonio Nobre

Estudo O Futuro Climático da Amazônia mostra urgência para reverter o desmatamento

da floresta e garantir as funções climáticas do bioma

Divulgação/Imazon

Foram necessários mais de 50 milhões de anos para que o bioma da Floresta Amazônica se formasse. Durante séculos, ela sobreviveu às intempéries da natureza. Este é um lugar único e insubstituível para o planeta. Diariamente, as árvores da região trabalham num sistema invisível para a manutenção do clima.

Todavia, este importantíssimo serviço ambiental que a floresta nos presta continuamente está sendo negligenciado. A motossera e o fogo se tornaram os principais inimigos da mata. Cálculos indicam que cerca de 42 bilhões de árvores foram destruídas nas últimas quatro décadas.

"O desmatamento da Amazônia levará a um clima inóspito na região", afirma o pesquisador Antonio Donato Nobre. "Essa procrastinação (para acabar com o desmatamento) é criminosa!"

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O cientista do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi responsável por elaborar o relatório O Futuro Climático da Amazônia, a pedido da organização Articulación Regional Amazónica (ARA). Os resultados do estudo foram apresentados na quinta, 30 de outubro, em São Paulo.

Para preparar o documento, Nobre analisou 200 artigos e estudos científicos sobre o papel da Floresta Amazônica no sistema climático, na regulação das chuvas e nos serviços ambientais prestados pelo bioma para aquela e outras regiões do Brasil. "Fiquei assombrado com as mudanças climáticas que já estão ocorrendo", revelou o pesquisador.

A intenção da ARA foi fazer um relatório com linguagem para leigos e não para acadêmicos. A organização acredita que a sociedade precisa ser informada sobre o que está acontecendo. "A ciência precisa ser utilizada por todos", diz Nobre. "Estamos quebrando a bomba biótica da Amazônia (sistema pelo qual as árvores da floresta injetam água no ar e garantem chuva na América do Sul) e acabando com esta usina de serviços ambientais com o desmatamento". (Leia entrevista do cientista sobre Os rios suspensos da Amazônia)

Antonio Nobre começa o estudo mostrando alguns segredos que garantem que a floresta gere o que ele chama de "clima amigo". Entre outros serviços, as árvores mantêm úmido o ar em movimento, o que leva chuvas para as regiões interiores do continente, mesmo distantes milhares de quilômetros do oceano. As árvores são o que ele considera os gêisers de madeira da Amazônia. E esta umidade é levada para outras regiões do Brasil e da América do Sul através dos rios voadores. "Os rios aéreos levam a água doce por artérias suspensas", explica.

O Futuro Climático da Amazônia apresenta alguns dados impressionantes. Uma árvore grande pode evaporar mais de 1 mil litros de água por dia. Estima-se que a floresta toda - 5,5 milhões km² - libere no ar nada menos que 20 trilhões de litros de água diariamente. Para se ter ideia da grandiosidade deste número, o Rio Amazonas despeja no Oceano Atlântico algo em torno de 17 trilhões de água.

Mas com as árvores no chão, esta água toda sumirá. O relatório comprova que a extensão do desmatamento na Amazônia brasileira na última década equivale ao território inteiro da Costa Rica, algo em torno de 50 mil km². Segundo Nobre, os números que apontam para a queda do desmatamento são um grande efeito de ilusionismo. O que deve ser levado em conta é o acumulado e não a taxa anual. "Em 40 anos, até 2013, foram desmatados a corte raso 762 mil km² de floresta - isto é o mesmo que três estados de São Paulo e duas Alemanhas".

A situação é muito grave. Não só para a regulação do clima, mas também para a biodiversidade da floresta que está sendo exterminada pelo fogo. "Estamos cremando todas nossas riquezas vivas", lamenta o cientista. "E estamos secando as nuvens".

A recomendação do relatório é clara: será necessário um esforço de guerra para reverter este cenário alarmante. A publicação elenca cinco passos para recuperar a Floresta Amazônica e não permitir que a vegetação brasileira se transforme em uma savana:

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1. Popularizar a ciência da floresta: saber é poder;

2. Desmatamento zero para anteontem;

3. Abolir fogo, fumaça e fuligem;

4. Recuperar o passivo do desmatamento e;

5. Governantes e sociedade precisam despertar: choque de realidade.

A principal conclusão a que chega a publicação é que desmatamento zero não é mais suficiente. Para Nobre, a Amazônia já mostra sinais de pane. "A única saída é replantar a floresta", diz.

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Especialistas discutem preservação da APA

A criação de um "selo verde" para certificar empresas que adotarem ações voltadas ao desenvolvimento sustentável, incentivo ao turismo ecológico e elaboração de um plano municipal de agricultura familiar está entre as propostas elaboradas por especialistas para a recuperação da APA (Área de Proteção Ambiental) de Campinas, formada pelos distritos de Sousas e Joaquim Egídio e pelos bairros rurais, Carlos Gomes, Monte Belo e Gargantilha.

Ambientalistas apontam que Campinas precisa de oito milhões de árvores para recompor sua vegetação natural e que há a necessidade de um plano "agressivo" de reflorestamento da APA, que ocupa um terço do território do município. A busca de soluções foi desencadeada a partir da crise hídrica que atinge a região e o impacto sobre os rios Atibaia e Jaguari.

As propostas foram elaboradas durante um encontro de representantes de vários setores da sociedade, como universidades, técnicos ambientais, ONGs (Organizações Não Governamentais), associações de moradores, imprensa, prefeitura, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária) e Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). O TODODIA participou dos debates e deixou como sugestão, a criação de um banco de dados atualizado periodicamente sobre a APA. Ele seria disponibilizado para os interessados em aprofundar os conhecimentos sobre meio ambiente e ajudar na preservação.

A contribuição dos especialistas será divulgada à população no próximo domingo, durante a realização da 17ª edição do Reviva o Rio Atibaia (leia texto abaixo). O documento com esses dados será encaminhado também à Prefeitura de Campinas, que foi representada no encontro por técnicos da SVDS (Secretaria do Verde e Desenvolvimento Sustentável) e ao Congeapa (Conselho Gestor da APA).

O deficit de oito milhões de árvores foi calculado por José Carlos Perdigão, presidente da Jaguatibaia (Associação de Proteção Ambiental) e especialista em reflorestamento. Ele chegou ao número através da avaliação de imagens feitas por satélites da Embrapa. Também é dele a sugestão da certificação de empresas que desenvolverem suas atividades levando em consideração a necessidade de proteção ao meio ambiente. "A ideia é criar padrões de comportamento compatíveis com atividades dentro de uma APA", diz Perdigão.

De restaurantes a condomínios, todos podem participar. Nesses casos, a reciclagem de lixo e a destinação correta de resíduos como óleo usado contariam pontos na hora de certificação.

A contribuição de especialistas foi coletada durante a realização de um World Café, uma metodologia participativa realizada no auditório do Laboratório MSD (Merck

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Sharp and Dohme), em Sousas, e coordenada pela professora Rachel Cavalcanti, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Durante as atividades, os participantes fizeram textos e desenhos sobre o que esperaram encontrar na APA daqui a dez anos. Depois, foram convidados a dar sugestões de como concretizar as sugestões. A principal conclusão é a necessidade de preservar as características bucólicas da região, freando a expansão imobiliária e desenvolvimento de meios para que os proprietários rurais tenham condições de sobreviver a partir da preservação de suas terras. Entre as propostas, estão a melhora da mobilidade urbana, recuperação das estradas para facilitar o escoamento da produção agrícola e a reconfiguração do transporte coletivo e do trânsito.

Um dos discursos mais recorrentes é sobre a responsabilidade do poder público, que precisa intensificar a fiscalização e o desenvolvimento de ações, como a criação de compensações financeiras para os proprietários que se dedicarem à preservação e recuperação ambiental.

Sobre essas cobranças, a coordenadora de planejamento e gestão ambiental da SVDS, Isadora Salviano, disse que são encaradas com naturalidade. "Estamos buscando a participação através de audiências e oficinas", diz. Sobre projetos do executivo, ela destaca alguns em fase de elaboração: Plano de Recursos Hídricos, Plano do Verde e Plano de Recuperação Ambiental.

A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) foi representada por Ana Paula Franke, do Departamento de Educação e Cidadania. Ela destacou a necessidade de redefinição da ocupação de espaços urbanos, com preferência para os pedestres. "Devemos conscientizar as pessoas de que o nosso futuro depende do quanto estamos dispostos a compartilhar de forma responsável os recursos naturais", afirmou.

Para José Furtado, presidente do Instituto Campinas Sustentável, o encontro foi muito produtivo, principalmente pela cobrança de propostas de políticas públicas de preservação ambiental e convívio.

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Seca no Sudeste faz incêndios florestais crescerem até 275% em 2014

Situação é crítica em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde focos de queimadas

aumentaram, respectivamente, 150%, 135% e 275% entre 1º de janeiro e 3 de novembro

A falta de chuvas que tem afetado o Sudeste, especialmente os Estados de São Paulo e

Minas Gerais, não prejudica apenas o abastecimento dos reservatórios de água da

região. De acordo com dados atualizados diariamente por satélite pelo Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de queimadas florestais na

região aumentou muito nos últimos 10 meses.

Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Grande área atingida em parque nacional no município de Petrópolis (RJ), no mês

passado

Entre os dias 1º de janeiro e a última segunda-feira (3) foram registrados, somente em

território mineiro, 11.872 focos de incêndio florestal, um aumento de 135% em

relação aos 5.042 casos de 2011. Em todos os outros três Estados da região também

houve crescimento, a exemplo do que ocorreu em quase todo o País. Apenas Alagoas,

Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Sergipe tiveram leve queda no período, de 1%, 7%,

26% e 49%.

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O Rio de Janeiro teve proporcionalmente o maior crescimento no número de casos:

foram 1.372 focos do início do ano até o começo de novembro, índice 275% superior

aos 365 do ano passado. Com uma área muito maior do que a do Estado vizinho –

248.209 km² ante 43.696 km² –, São Paulo, no entanto, supera o território fluminense

em número de queimadas. Foram 4.606 focos de janeiro a novembro, aumento de

150% em relação aos 1.836 do período em 2013.

Incêndio de enormes proporções no Parque Estadual da Cantareira (SP), no mês

passado

"A estiagem parece ser o principal culpado para esses números, pois quando não

chove a probabilidade de uma área pegar fogo é muito maior, porque está seca",

explica ao iG Simone Aparecida Vieira, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas

Ambientais (Nepam) da Universidade de Campinas (Unicamp). "Floresta tropical como

a que temos só pega fogo quando está seca. Além disso, a falta de chuvas aumenta o

material combustível na área – aquelas folhas secas que caem das árvores. Assim, a

gravidade do incêndio cresce, bem como a possibilidade de ele se alastrar por áreas

maiores."

Ação humana

O Ibama corrobora a informação, creditando à estiagem a responsabilidade pelo

aumento de casos. No entanto, assim como outros institutos de monitoramento de

queimadas e especialistas no assunto, cita o homem como diretamente responsável

pelas queimadas – seja por descuido seja intencionalmente, para transformar terrenos

de mata fechada em locais de plantio e criação de animais.

"Normalmente, o incêndio tem total relação com bitucas de cigarro, práticas agrícolas

inadequadas, que não sejam autorizadas pelo governo, atos religiosos, soltura de

balões", diz Ricardo Viegas, coordenador de monitoramento de Fiscalização Ambiental

da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.

"Nas estradas, por exemplo, acontece muito de o motorista jogar o cigarro ainda aceso

pela janela. Em um caso recente, um caminhão-cegonha pegou fogo por causa disso e

o incêndio acabou se espalhando para a floresta. Em outro, no mês passado, o Parque

Estadual da Cantareira teve uma queimada de mais de dois dias só por causa de um

balão que caiu por ali."

Parque Estadual da Pedra Branca, no Rio, em fevereiro: solo seco ajuda fogo a se

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espalhar

Instalado sobre a cidade de Cuiabá (MT), o satélite do Inpe tem capacidade de localizar

qualquer queimada com mais de 30 metros de extensão. Ou seja, casos controlados

antes de atingirem a medida não são incluídos na lista de focos de incêndio – caso

contrário, os números poderiam ser bem maiores. Em São Paulo, por exemplo, as

chamadas de ocorrências de incêndios chegaram a 18.700 em 2014, índice muito

superior ao total de 4.606 casos registrados como queimadas pelo Inpe. Em outubro

passado, mês mais seco dos últimos 20 anos, a falta de chuvas elevou em 500% o

número de casos, segundo a Secretaria do Meio Ambiente.

Devido aos terrenos irregulares e à mata fechada, o combate ao fogo precisa ser feito,

na maioria das vezes, pelo ar, com helicópteros. Foi o que ocorreu no último dia 14,

quando a medida precisou ser aplicada no Cantareira para evitar que mais área verde

fosse destruída. Em dois dias, o fogo consumiu 30 hectares do parque nacional, o

equivalente a 30 mil metros quadrados. O problema é que, uma vez queimadas, as

áreas têm difícil recuperação.

"As derrubadas seguidas das queimadas deixam todo o perímetro seco, a área é

completamente afetada", afirma João Andrade de Carvalho Júnior, professor-titular do

Departamento de Energia da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual de

São Paulo (Unesp) Campus Guaratinguetá, no interior paulista. Ele faz parte de um

grupo de pesquisa responsável por analisar o impacto das queimadas nas florestas

brasileiras. "Mais: além de demorar muito tempo para se recompor, quando o verde

volta não é aquele que havia antes. Infelizmente."