Upload
ana-taveira
View
13
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Trabalho realizado por:Ana Taveira, nº 30937
Joana Lourenço, nº30909Nuno Alves, nº 30773
Segurança Industrial e Gestão do Risco2013/2014
Professora Celeste Jacinto
Diretivas de Seveso
SUMÁRIO
o Acidente de Seveso
Diretiva
o Enquadramento Legal
o Alterações Efetuadas
o Âmbito de aplicação
o Definições
Acidente Industrial Grave
Estabelecimento
Efeito dominó
o Sanções
o Obrigações Gerais do Operador
o Contribuições das Diretivas de Seveso
ACIDENTE DE SEVESO
A 10 de julho de 1976, em Seveso, Itália, um fuga de dioxina causou a contaminação de 320 hectares, atingindo milhares de pessoas e animais. Foi uma das maiores catástrofes ecológicas do mundo.
O que aconteceu? Superaquecimento no reator; Falta de controlo da segurança: A fábrica não
dispunha de sistema de advertência nem planos de alarme à população;
Deram conta do acidente passado 27 horas e nove dias após o acidente, mencionou-se, pela primeira vez, a palavra "dioxina".
Resultado?
Contaminação em grande escala.
O acidente de Seveso levou à União Europeia a adopção de legislação – Diretiva SEVESO.
DIRETIVA
Diretivas Europeias:
Fixam objetivos a atingir pelos Estados-Membros, delegando nestes a escolha dos meios para os atingir.
Estabelece normas com vista à prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas e à limitação das suas consequências para a saúde humana e para o ambiente, a fim de assegurar, de maneira coerente e eficaz, um nível de proteção elevado em toda a União.
ENQUADRAMENTO LEGAL
Seveso I
Primeira Diretiva surge em 1982, após acidente em Seveso: D.82/501/CE
Após o acidente de Bhopal na Índia, em 1984, e após o acidente na Suíça, em 186, a Diretiva de Seveso I foi alterada duas vezes: em 1987, o que levou à substituição da primeira diretiva pela: D.
87/216/CE em 1988, substituindo a diretiva anterior por: D.88/610/CE
Estas alterações tiveram como objetivo alargar o leque de proteção ao abranger e prever lergislação de armazenagem de substâncias perigosas.
… continuação equadramento legal
Seveso II
Surge em 1996: D. 96/82/CE
Transposta para o direito interno através do Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho, revogando o Decreto-Lei n.º 164/2001, de 23 de Maio e a Portaria n.º 193/2002, de 4 de Março, aplicando-se a todos os estabelecimentos onde estejam presentes substâncias perigosas acima de determinados limiares, indicadas no Anexo I do DL n.º 254/2007, de 12 de Julho
Alterada em 2003 para: D.2003/105/CE
Esta Diretiva veio introduzir novos requisitos, nomeadamente na:
gestão de sistemas de segurança; planos de emergência e de ordenamento do território; reforço por parte dos Estados-Membros na inspeção.
… continuação equadramento legal
Seveso III
Surgiu em Julho de 2012: D. 2012/18/CE
Revoga a Diretiva II Os Estados-Membro têm até 1 de Junho de 2015 para
implementar a nova Diretiva. Essa mesma data é também o prazo limite para aplicar a nova legislação sobre classificação de quimicos na Europa.
Até a legislação ser criada, em Portugal os estabelecimentos continuarão ao abrigo da Diretiva de Seveso II.
ALTERAÇÕES EFETUADAS
Melhoria do acesso dos cidadãos à informação sobre os riscos decorrentes das atividades de empresas nas proximidades, e sobre como se comportar no caso de um acidente;
Adoção de nova classificação internacional de produtos químicos – GHS;
O acesso à justiça para os cidadãos que não tenham obtido acesso adequado às informações ou participação;
Normas mais rigorosas para as inspeções aos estabelecimentos para garantir uma aplicação mais eficaz das regras de segurança.
Exemplos
Artigo 2 – Âmbito de aplicação: Especifica que a diretiva exclui armazenamento subterrâneo de gás e
os perigos criados pela radiação ionizante originários de substâncias. Esclarece a exclusão de plataformas de petróleo.
Artigo 3 – Definições:Aparecem novas definições e classificações para estabelecimentos, nova definição de mistura e presença de substâncias perigosas. Trata-se de alinhar as definições com outras diretivas.
Artigo 4 - Avaliação de riscos de acidentes por substância perigosa:Novo artigo promove mecanismos para modificar a lista de substâncias ou categorias do Anexo I, destinado a incluir isenções e cláusulas de salvaguarda.
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
A presente diretiva é aplicável aos estabelecimentos, tal como definidos no artigo 3º:
«Estabelecimento», a totalidade da área sob controlo de um operador onde substâncias perigosas estejam presentes
numa ou mais instalações, incluindo as infraestruturas ou atividades comuns ou conexas; os estabelecimentos podem
ser de nível superior ou de nível inferior.
… continuação âmbito de aplicação
A estabelecimentos, instalações ou zonas de armazenagem militares;
Aos perigos associados às radiações ionizantes emitidas por substâncias;
Ao transporte de substâncias perigosas, e à armazenagem temporária intermédia que lhe está diretamente associada, por via rodoviária, ferroviária, aérea, vias navegáveis interio res e marítimas, incluindo as atividades de carga e descarga e a transferência para e a partir de outro meio de transporte nas docas, cais e estações ferroviárias de triagem, no exterior dos estabelecimentos abrangidos pela presente diretiva;
Ao transporte de substâncias perigosas em condutas, in cluindo as estações de bombagem, no exterior dos estabelecimentos abrangidos pela presente diretiva;
A presente diretiva não se aplica:
… continuação âmbito de aplicação
À exploração, a prospeção, a extração e o processamento, de minerais em minas e pedreiras, nomeadamente por meio de furos de sondagem;
À exploração e prospeção offshore de minerais, incluindo hidrocarbonetos;
À armazenagem offshore de gás no subsolo quer em locais destinados exclusivamente à armazenagem quer em locais em que a exploração e a prospeção de minerais, incluindo hidrocarbonetos, também seja levada a cabo;
A locais de descarga de resíduos, incluindo a armazenagem de resíduos no subsolo.
DEFINIÇÕES
Acidente Industrial Grave
Estabelecimento
Estabelecimento de Nível Superior
Estabelecimento de Nível Inferior
Efeito Dominó
De acordo com o Decreto-Lei nº 224/87, 3 de Junho de 1987, um acidente grave industrial é um acontecimento que envolve emissão de substâncias, um incêndio ou uma explosão de proporções graves, resultante de desenvolvimentos incontrolados ocorridos durante o funcionamento de um estabelecimento industrial. Estes eventos constituem perigo grave, imediato ou retardado, para a saúde humana e/ou para o ambiente.
ACIDENTE INDUSTRIAL GRAVE
ESTABELECIMENTO
“«Estabelecimento», a totalidade da àrea sob controlo de um operador onde substâncias perigosas estejam presentes numa ou mais instalações, incluindo as infraestruturas ou atividades comuns ou conexas; os estabelecimentos podem ser de nível superior ou inferior.”
“«Estabelecimento de nível inferior», um estabelecimento em que as substâncias perigosas estejam presentes em quantidades iguais ou superiores às enumeradas na coluna 2 da parte 1 ou na coluna 3 da parte 2 do Anexo I, mas inferiores às quantidades indicadas na coluna 3 da parte 1 ou na coluna 3 da parte 2 do Anexo I, usando, se aplicável, a regra da adição prevista na nota 4 do Anexo I. “
«Estabelecimento de nível superior», um estabelecimento em que as substâncias perigosas estejam presentes em quantidades iguais ou superiores às quantidades enumeradas na coluna 3 da parte 1 ou na coluna 3 da parte 2 do Anexo I, usando, se aplicável, a regra da adição prevista na nota 4 do Anexo I.
Fonte: http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2012:197:0001:0037:PT:PDF
EFEITO DOMINÓ
Efeito dominó – uma situação em que a localização e a proximidade de estabelecimentos abrangidos pelo presente descreto-lei são tais que podem aumentar a probabilidade e a possibilidade de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas ou agravar as consequências de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas ocorridos num desses estabelecimentos.
Efeito dominó & Acidente de Seveso
Artigo 5º
OBRIGAÇÕES GERAIS DO OPERADOR
1. Os Estados-Membros asseguram que o operador seja obrigado a tomar todas as medidas necessárias para prevenir acidentes graves e limitar as suas consequências para a saúde humana e para o ambiente.
2. Os Estados-Membros asseguram que o operador seja obrigado a provar à autoridade competente, a que se refere o artigo 6º, em qualquer momento, nomeadamente para efeitos das inspeções e controlos referidos no artigo 20º, que tomou todas as medidas necessárias previstas na presente diretiva.
SANÇÕES
Os Estados-Membros determinam as sanções aplicáveis às violações das disposições nacionais aprovadas em execução da presente diretiva. As sanções previstas devem ser efetivas, proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros notificam até 1 de junho de 2015 as referidas disposições à Comissão, devendo também notificá-la sem demora de qualquer alteração Ulterior.
Artigo 28º
Redução da probabilidade de acidentes industriais graves;
Redução das consequências de acidentes graves;
Nota: entre 2000 e 2008 verificou-se uma redução de 10% no número de acidentes, apesar do aumento do número de estabelecimentos;
Abrange cerca de 10 000 instalações industriais fixas que utilizam ou armazenam substâncias perigosas em grandes quantidades, sobretudo nos setores dos produtos químicos, da petroquímica e do armazenamento e refinação de metais.
CONTRIBUIÇÕES DAS DIRETIVAS DE SEVESO
Obrigada pela vossa atenção!
FIM