Silêncio Nas Relações Humanas

Embed Size (px)

Citation preview

O Silncio Nas Relaes Humanas

Na atualidade a busca frentica pelo sucesso, riqueza e fama ditados pelo que a sociedade consumista, acha que padro, fora todos ns, todos os dias a ver em seu semelhante um oponente que deve ser eliminado, vencido, eis o milagre do capitalismo globalizado, que nos faz viajar por milhes de quilmetros de fibra tica para termos amigos do outro lado do globo terrestre, e sequer mantemos um dilogo em uma mesa de jantar com a famlia ou falamos com nossos familiares que moram na mesma cidade que ns, o milagre das tecnologias que nos aproxima ao mesmo tempo cria uma abismo nas relaes humanas.E isso se reflete tambm na educao de nossas crianas, pois o famoso ato de agresso retratados em diversos filmes norte americanos como ato atazanar os Nerds da escola e agora nomeado Bullying termo utilizado para descrever atos de violncia fsica ou psicolgica, intencionais e repetidos, praticados por um indivduo, parecem estar na moda, pois h no Youtube vdeos com registro de brigas como se fossem trofus, e redes televisivas exibem matrias a respeito, mostrando que h pais que incentivam essa violncia, quando tambm no acontece ajudarem os filhos a bater em outras crianas, exemplos negativos de conduta que transforma essa nova gerao em intolerantes. Vivemos em um mundo de diferenas sejam culturais, religiosas, tnicas ou polticas o respeito e a tolerncia so imprescindveis para um bom convvio. Podemos dizer que estamos em uma poca que impera o Analfabetismo Afetivo ou seja as pessoas no sabem lidar com sua emotividade e demonstrar seus sentimentos de forma saudvel e ponderada, em resumo no sabem amar e respeitar o prximo. O Afeto diferente de inteligncia e de aprendizagem . algo que faz parte de outra dimenso da nossa personalidade. a dimenso do sentimento, do carinho, da expresso de sentimentos que fundamental na relao com o outro, com o mundo que nos cerca, at mesmo com os animais, as plantas, e tambm o nosso trabalho.E so os afetos que nos confortam nos momentos difceis de nossas vidas , que nos permitem controlar nossos desejos e paixes, a soma do afeto , nossa inteligncia e nossa aprendizagem, nos permite viver no mundo, nos relacionarmos, lidarmos com as frustraes dirias, aprendermos a respeitar o espao do outro, lidarmos com a diversidade de pessoas que cruzam pela nossa vida; o afeto to importante, ou quem sabe at mais, quanto as nossas habilidades e competncias de aprendizagem . E por isso que grande parte das empresas atualmente tem dado um pouco mais de ateno as relaes humanas, pois viram que isso influencia em suas produes e fazem isso atravs do incentivo a melhorar relacionamento interpessoal dentro da organizao, lgico que direcionado para melhorar o desempenho dos indivduos e assim o resultado geral da empresa, pois veem o relacionamento interpessoal como algo para potencializar a capacidade produtiva de cada individuo ou seja que a capacidade para interagir com os outros, usando empatia, atitudes assertivas, ou seja, Identificar, analisar e fornecer ter um comportamento maduro e no intolerante. saber agir e buscar melhores sadas mesmo sob presso ou conflitos, a arte de fazer as pessoas se sentirem bem com voc e vice versa, ter respeito, ou seja, princpios de boas maneiras a famosa tica. Aprender a ouvir e ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, aceitar e evitar julgamentos para que o outro reaja de forma defensiva.Um grande exemplo que trouxe colaboraes para as relaes humanas foi Jos Datrino um amansador de burros para o transporte de carga. Nascido em Cafelndia no estado So Paulo, no dia 11 de abril de 1917. Com mais onze irmos, teve uma infncia de muito trabalho, na qual lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a famlia, puxava carroa vendendo lenha nas proximidades, conhecido comoProfeta Gentileza que incentivava a gentileza nas relaes humanas. Foram mais de vinte anos circulando pelo Rio de Janeiro com sua bata branca cheia de apliques e com seu estandarte, pregava nas praas e colocava-se nas barcas entre Rio e Niteri anunciando sem cansar: "Gentileza gera Gentileza". S com Gentileza, dizia, superamos a violncia que se deriva do "capeta-capital". E esse profeta inscreveu seus ensinamentos ligados gentileza em 56 pilastras do viaduto do Caju, entrada da cidade, que mais tarde foram recuperados sob a orientao do prof. Leonardo Guelman que lhe dedicou um rigoroso trabalho acadmico, acompanhado de vdeo e um belssimo CD-ROM com o ttulo Universo Gentileza: a gnese de um mito contemporneo.Com tudo isso podemos concluir que deve-se haver um esforo, do individual para o coletivo em gerar gentileza, criar laos afetivos, criar vnculos de relao humana, pois a intolerncia as diferenas, a falta de respeito ao prximo gera esse silncio nas relaes humanas, e digo individual no sentido que cada um pode fazer sua parte, assim como conta gotas mesmo, assim como na fbula do Incndio na floresta e o beija-flor de Betinho com a fala do beija-flor respondendo ao Leo "Eu no sei se vou conseguir, mas estou fazendo a minha parte", vale a pena se aproximar de seu vizinho, conhecer e respeitar as opinies de seu colega de trabalho Passamos todos os dias pela vida de muitas pessoas um gesto de carinho, de gentileza pode mudar o dia de algum, assim como no filme Corrente para o bem em que um professor de Estudos Sociais, faz um desafio aos seus alunos em uma de suas aulas: que eles criem algo que possa mudar o mundo e um de seus alunos incentivado pelo desafio do professor, cria um novo jogo, chamado "pay it forward", traduzido como pague ao prximo em que a cada favor que recebe voc retribui a trs outras pessoas. Surpreendentemente, a ideia funciona e h uma onda de boas aes na cidade. Podemos no mudar de imediato todo um comportamento que est de certa forma impregnado na cultura social atual do individualismo, mas podemos fazer nossa parte e isso vai fazer a diferena.

Curso de Extenso a distncia de desenvolvimento e aperfeioamento de equipes no acompanhamento de Programas de Ps-Graduao e de Projetos de PesquisaCristiane Lell Outubro 2012