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SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR ... - … · Í N D I C E Nota Editorial Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior da Geografia ARTIGOS Vincent Berdoulay

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SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR DA

GEOGRAFIA EM PORTUGAL

Edições Colibri *

Associação Portuguesa de Geógrafos

Logotipos na contracapa FCT e UE (?)

esclarecer

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Ficha Técnica

Direcção Mário Vale

Secretariado de redacção Eduardo Brito Henriques

Maria José Boavida Nunho Ganho

Teresa Sá Marques

Conselho de redacção Álvaro Domingues Ana Ramos Pereira

Emília Sande Lemos Fernanda Cravidão

João Ferrão João Guerreiro

José António Tenedório João Manuel Simões

Lúcio Cunha Maria José Roxo

Maria Leal Monteiro Maria Lucinda Fonseca

Nuno Neves Teresa Barata Salgueiro

Propriedade do título

Associação Portuguesa de Geógrafos

Edição e distribuição Edições Colibri / Associação Portuguesa de Geógrafos

Correspondência

APG Instituto de Ciências Sociais

Av. Prof. Aníbal Bettencourt, n.º 9 1600-189 Lisboa

Tel/Fax: 21 780 47 61 [email protected] www.apgeo.pt

Impressão

Colibri – Artes Gráficas ISSN 0872-6825

Depósito legal n.º 109 329/97 Impressa em Janeiro de 2006

Revista de distribuição gratuita para sócio da APG

Preço de venda ao público: 10,50 € Tiragem: 600 exemplares

A opinião expressa nos artigos é da exclusiva responsabilidade dos autores

Edição com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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Í N D I C E Nota Editorial Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior da Geografia ARTIGOS Vincent Berdoulay - Lhistoire de la pensée géographique: enjeux cosmopolitiques Josefina Gómez Mendoza - Manuel de Terán (1904-1984). En su centenario, evocación de un Geógrafo Ibérico Marie-Claire Robic - Approches actuelles de l´histoire de la géographie en France. Du provincialisme, construire des géographies plurielles Paola Sereno - Lieux et portraits de la Géographie en Italie a lépoque Tim Unwin - 100 Years of British Geography: The challenge of relevance Ute Wardenga - German geographical thought and the development of Länderkunde NOTAS A. Campar de Almeida, Rui Missa Jacinto - A Geografia de Coimbra e a Coimbra 2003, Capital Nacional da Cultura Manoel Fernandes de Sousa Neto - Por uma História do PensamentoGeográfico no Brasil Josefina Gómez Mendonza, Jacobo García Álvarez, Daniel Marías Martínez - El grupo de trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico de la Asociación de Geógrafos Españoles. Origen, objectivos y actividades (2001-2005) Maria Joaquina Feijão - The History of Cartography in Portugal, 2000-2004

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ÍNDICE

Nota Editorial .................................................................................................. 7 Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior da Geografia em Portugal ...................................................................................................... 9

ARTIGOS Vincent Berdoulay, «L’histoire de la pensée géographique: enjeux cosmopolitiques» ................................................................................ 21 Josefina Gómez Mendoza, «Manuel de Terán (1904-1984). En su centenario, evocación de un Geógrafo Ibérico» ................................... 37 Marie-Claire Robic, «Approches actuelles de l’histoire de la géographie en France. Du provincialisme, construire des géographies plurielles» ........... 53 Paola Sereno, «Lieux et portraits de la Géographie en Italie a l’époque de son institutionnalisation» ........................................................................... 77 Tim Unwin, «100 Years of British Geography: The challenge of relevance» ........................................................................... 103 Ute Wardenga, «German geographical thought and the development of Länderkunde» ............................................................................................. 127

NOTAS A. Campar de Almeida, Rui Missa Jacinto, «A Geografia de Coimbra e a ‘Coimbra 2003, Capital Nacional da Cultura’» ......................................... 151 Manoel Fernandes de Sousa Neto, «Por uma História do Pensamento Geográfico no Brasil» ..................................................................................... 155 Josefina Gómez Mendonza, Jacobo García Álvarez, Daniel Marías Martínez, «El grupo de trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico de la Asociación de Geógrafos Españoles. Origen, objectivos y actividades (2001-2005)» ....... 159 Maria Joaquina Feijão, «The History of Cartography in Portugal, 2000-2004» ........................................................................................................ 165

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NOTA EDITORIAL Passaram cem anos desde a criação da cátedra de Geografia no Curso

Superior de Letras, em Lisboa, no ano de 1904, ocupada por Silva Telles, um dos maiores vultos da Geografia portuguesa. A Associação Portuguesa de Geógrafos não podia deixar de assinalar esta importante data, tendo apoiado activamente um conjunto de eventos preparados por uma Comissão Organi-zadora, coordenada por João Carlos Garcia, a quem a APG está reconhecida pelo excelente desempenho e contributo para a divulgação da Geografia por-tuguesa no país e no estrangeiro.

A realização do Colóquio Silva Telles permitiu reunir um conjunto de comunicações de investigadores internacionais de grande reputação no estu-do da Evolução do Pensamento Geográfico em Espanha, França, Itália, Rei-no Unido e Alemanha. Aproveitando esta oportunidade, a INFORGEO publica essas intervenções, contribuindo para uma divulgação mais ampla, entre a comunidade geográfica nacional, das trajectórias científicas de importantes “escolas” do pensamento geográfico. Esta é a razão pela qual este número duplo temático apresenta uma estrutura diferente dos números anteriores.

Mário Vale

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COMEMORAR SILVA TELLES E OS 100 ANOS DO ENSINO SUPERIOR DA GEOGRAFIA EM PORTUGAL

João Carlos Garcia* Maria José Aurindo** José Ramiro Pimenta*

Ana Francisca de Azevedo***

Silva Telles “(…) o mais ilustre representante da Ciência geográfica em Portugal.”

Hermann Lautensach Francisco Xavier da Silva Telles (Pondá, Goa, 1860-Lisboa, 1930) é de

há muito um nome maior da Geografia portuguesa, não só por ter ocupado a primeira cátedra de Geografia no ensino superior em Portugal, mas também pelos trabalhos científicos que desenvolveu e pela influência do seu magisté-rio. Na passagem do primeiro centenário da criação da cátedra de Geografia no Curso Superior de Letras, em Lisboa, em 1904, foi proposta à Direcção da Associação Portuguesa de Geógrafos, por um grupo de sócios coordenado por João Carlos Garcia, a comemoração do facto, através de uma série de eventos que decorreram entre 25 e 27 de Novembro de 2004.

Para a constituição da Comissão Organizadora foram feitos convites entre os mais jovens geógrafos dos diversos Departamentos de Geografia das Universidades portuguesas, procurando captar vontades para um campo de investigação pouco desenvolvido entre nós, o da Evolução do Pensamento Geográfico.

A Comissão Organizadora contou de início com João Carlos Garcia e José Ramiro Pimenta, do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Maria José Aurindo, do Departamento de Geogra-fia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ana Francisca de * Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. ** Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. *** Departamento de Geografia e Planeamento do Instituto de Ciências Sociais da Universidade

do Minho.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 9-17

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Azevedo, do Departamento de Geografia e Planeamento da Universidade do Minho e Francisco Choupina, do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Foi nosso entendimento dar um carácter nacional, e não estritamente universitário, a estas comemorações, daí a proposta ter sido feita à Associa-ção Portuguesa de Geógrafos e a realização decorrer na Sociedade de Geo-grafia de Lisboa, instituição à qual Silva Telles se encontrava intimamente ligado. A proposta de programa contemplava um colóquio, uma exposição e a edição das obras de Silva Telles.

Se o acolhimento da ideia junto da Associação Portuguesa de Geógra-fos foi caloroso, não o foi menos na Sociedade de Geografia de Lisboa, atra-vés do seu Presidente, o Prof. Doutor Luís Aires-Barros. O arquivo, a biblio-teca e a mapoteca da instituição foram postos à nossa disposição para neles efectuarmos as nossas pesquisas. Queremos aqui deixar um agradecimento particular ao Secretário da SGL, Senhor Comandante Eugénio Terra da Mota, bem como à Dr.ª Helena Grego e ao Senhor Carlos Ladeira, por todo o interesse demonstrado.

Além da Sociedade de Geografia de Lisboa contámos com o apoio e atenção das Direcções e funcionários da Casa de Goa e da Biblioteca Muni-cipal de Orlando Ribeiro, locais onde se desenrolou parte do programa comemorativo.

O colóquio, ponto alto do programa, foi pensado como uma retrospecti-va da evolução do pensamento geográfico europeu no último século, em tor-no das escolas geográficas nacionais, com as quais Portugal e a Geografia portuguesa mais contactos mantiveram: a espanhola, a francesa, a inglesa, a alemã e a italiana. Recordando as ligações estabelecidas aquando da reunião da Comissão do Pensamento Geográfico da União Geográfica Internacional, ocorrida em Lisboa, em 1998, foram convidados alguns dos mais conhecidos geógrafos estrangeiros, que trabalham neste campo.

O contacto estabelecido com a Família Silva Telles Nolasco revelou-se particularmente enriquecedor, não só por toda a atenção e simpatia com que os netos e bisnetos do Prof. Silva Telles acompanharam os trabalhos dos geógrafos, como a disponibilidade que mostraram na cedência de muito e valioso material iconográfico, bibliográfico e museológico para a exposição ocorrida na Sociedade de Geografia de Lisboa. Graças a esse interesse, em particular da Senhora Dr.ª Maria Christina da Silva Telles Nolasco e do Senhor Eng.º João Pedro da Silva Telles Nolasco, contamos ser possível divulgar em breve, alguma da documentação geográfica.

Paralelamente decorreu também a inventariação e recolha de informa-ção biográfica e das obras de Silva Telles em diversas instituições: Bibliote-ca Nacional, Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Biblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa, Arquivo e Biblioteca de Marinha, Arquivo da Reito-ria da Universidade de Lisboa, Bibliotecas das Faculdades de Letras das

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Universidades de Lisboa e de Coimbra e Biblioteca Pública Municipal do Porto. A ideia inicial de preparar um volume das Obras Completas revelou--se impossível de concretizar pela dimensão do universo encontrado. Optou--se por organizar apenas o conjunto dos textos relacionados com aspectos teóricos e do ensino superior da Geografia, sob o título: A Ciência Geográfi-ca. O trabalho incluiu um estudo introdutório de José Ramiro Pimenta e a revisão dos originais impressos foi feita por Nicole Devy-Vareta e Filipa Fontinha.

O programa das comemorações foi publicitado pela primeira vez no V Congresso da Geografia Portuguesa “Portugal: Territórios e Protagonistas” organizado pela APG, na Universidade do Minho, em Guimarães, em Outu-bro de 2004 e esteve presente nos sítios web da Asociación de Geógrafos Españoles e da União Geográfica Internacional, graças ao interesse do Dr. Daniel Marías e do Prof. Vincent Berdoulay, respectivamente.

Cartaz do ‘Colóquio Silva Telles’

O Colóquio decorreu na Sala Algarve, da Sociedade de Geografia de

Lisboa, nos dias 25 e 26 de Novembro de 2004, onde também esteve patente a exposição bio-bibliográfica.

Na sessão de abertura usaram da palavra o Professores Doutores Luís Aires-Barros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa, Mário Vale, Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos, e João Carlos Garcia, pela Comissão Organizadora, estando presentes na mesa o Professor Doutor

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Vincent Berdoulay, Presidente da Comissão de Evolução do Pensamento Geográfico, da União Geográfica Internacional e o Senhor Engenheiro João Pedro da Silva Telles Nolasco, neto do homenageado.

Seguiu-se a conferência do Professor Doutor Vincent Berdoulay, da União Geográfica Internacional, sob o título ‘L’histoire de la pensée géogra-phique: enjeux cosmopolitiques’. A apresentação do convidado e a coordena-ção dos trabalhos estiveram a cargo do Professor Doutor João Carlos Garcia.

No final da tarde foi inaugurada a exposição sobre a vida e obra de Sil-va Telles, organizada com materiais de duas proveniências: obras impressas (monografias e periódicos) e cartografia (manuscritos e impressos) da biblio-teca e da mapoteca da Sociedade de Geografia de Lisboa; e documentação e objectos diversos (fotografias, correspondência, diplomas, diários) do espó-lio da Família Silva Telles Nolasco.

A mostra foi estruturada em núcleos temáticos correspondentes às fases da vida pessoal e científica do homenageado: 1 – A Índia Portuguesa na vida e obra de Silva Telles, 2 – A Medicina: formação e divulgação, 3 – Os Estu-dos Coloniais, 4 – Os Estudos de Antropologia, 5 – A Família e os Amigos, 6 – A Ciência Geográfica, 7 – O Ensino da Geografia, 8 – O Trabalho de Campo, 9 – A Divulgação Científica, 10 – Silva Telles: cidadania e política. A Sociedade de Geografia de Lisboa expôs igualmente o retrato de Silva Telles inaugurado aquando da sessão solene em sua homenagem realizada por aquela instituição, em 1934. Na abertura da exposição foi distribuído um guião preparado por João Carlos Garcia e Maria José Aurindo, que incluía uma tábua biográfica do Prof. Silva Telles e a sua bibliografia activa e passi-va, bem como a descrição física de todas as peças expostas.

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Comemorar Silva Telles e os 100 anos do Ensino Superior em Portugal 13

® Maria Aurindo

® Maria Aurindo

Inauguração da exposição sobre a vida e obra de Silva Telles

O secretariado do colóquio esteva a cargo dos Drs. Jorge Macieirinha

Ribeiro e Nuno da Silva Costa, bolseiros de investigação científica do Insti-tuto de Investigação Científica Tropical.

O segundo dia de trabalhos iniciou-se com a conferência da Professora Doutora Josefina Gómez-Mendoza, da Universidad Autónoma de Madrid, sob o título, ‘El Pensamiento Geográfico en España’, seguindo-se-lhe as con-ferências da Professora Doutora Marie-Claire Robic, do Centre Nationale de la Recherche Scientifique, de Paris, ‘Approches actuelles de l’histoire de la Géographie en France’, e da Professora Doutora Paola Sereno, da Universi-dade de Turim, ‘Lieux et portraits de la Géographie en Italie à l’époque de sa institutionalisation. A apresentação dos convidados e a coordenação dos tra-balhos esteve a cargo da Professora Doutora Nicole Devy-Vareta.

Durante a tarde foram apresentadas as conferências dos Professores Doutores Tim Unwin, da Universidade de Londres, sob o título ‘100 Years of British Geography: the challenge of relevance’, e Ute Wardenga, da Uni-versidade de Leipzig, ‘German Geographical thought and the development of Länderkunde’. A apresentação dos convidados e a coordenação dos traba-lhos esteve a cargo da Professor Doutor Jorge Malheiros.

A terminar falou o Professor Doutor Ilídio do Amaral, professor jubila-do da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e antigo Reitor da mesma Universidade, sobre o tema: ‘Silva Telles e os cem anos da Geografia

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em Portugal’.

® Maria Aurindo

Intervenção do Professor Doutor Ilídio do Amaral A segunda jornada de trabalhos terminou na Casa de Goa, em Alcânta-

ra, já que a comunidade goesa não quis deixar de se associar a estas come-morações. Na apresentação do volume A Ciência Geográfica. Obras de Silva Telles, com introdução de José Ramiro Pimenta (Lisboa: Associação Portu-guesa de Geógrafos, 2004), usaram da palavra os Professores Doutores Narana Coissoró, Presidente da Casa de Goa, Mário Vale, Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos, e Jorge Gaspar, Presidente do Depar-tamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que recordaram Silva Telles como goês e como geógrafo.

Seguiu-se um apontamento musical pelo Grupo Ekvat da Casa de Goa que executou música tradicional de Goa. No salão de festas da instituição foi descerrado um retrato do Prof. Silva Telles. Terminou esta simpática recep-ção pela comunidade goesa com uma merenda típica.

Este simpático acolhimento foi possível devido à colaboração de José Maria Furtado e Joaquim Manuel Lopes Pereira, respectivamente Secretário--Geral e Director Financeiro da Casa de Goa, a quem deixamos os nossos sinceros agradecimentos por toda a ajuda prestada. A manhã de Sábado decorreu nas instalações da Biblioteca Municipal de Orlando Ribeiro, em Telheiras. A primeira intervenção foi feita pela Professora Doutora Suzanne Daveau, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, que falou sobre a vida e obra de Orlando Ribeiro e, particularmente, sobre a sua biblioteca e espólio científico, apresentando o “site Orlando Ribeiro”, desde

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então disponível na internet, em: www.orlando-ribeiro.info/home.htm.

® Maria Aurindo

® Maria Aurindo

Intervenção dos Professores Doutores Narana Coissoró e

Jorge Gaspar

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Narana Coissoró recebendo convidados e comissão organizadora na Casa de Goa

® Maria Aurindo

Professora Doutora Suzanne Daveau, do CEG-UL, apresentando o “site Orlando Ribeiro”

Durante a segunda parte da manhã decorreu uma mesa redonda sobre

‘O Ensino Superior da Geografia em Portugal’, coordenada pelo Professor Doutor Mário Vale, tendo em vista o ponto da situação do ensino da Geogra-fia em Portugal, no seu enquadramento europeu, à luz do “Processo de Bolo-nha”. Estiveram presentes como representantes dos diversos Departamentos de Ensino Superior de Geografia: Professora Doutora Eduarda Marques da Costa da Universidade de Lisboa; Professor Doutor António Campar, da Universidade de Coimbra; Professor Doutor Hélder Marques, da Universida-de do Porto; Professor Doutor João Sarmento, da Universidade do Minho; Professor Doutor José Lúcio, da Universidade Nova de Lisboa; Professora Doutora Virgínia Henriques, da Universidade de Évora; e Doutor Jorge Gonçalves da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

No entretanto, os convidados estrangeiros fizeram uma visita às moder-nas instalações da Biblioteca Municipal de Orlando Ribeiro, guiada pela Dr.ª Paula Pereira, seguindo-se um percurso pelo Centro Histórico de Lisboa, nos bairros da Mouraria, Castelo e Alfama.

Por fim, não queríamos deixar de agradecer a todas as instituições que nos apoiaram: Câmara Municipal de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, British Council (Reino Unido) e

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Ministère des Affaires Étrangères (França).

® Maria Aurindo

Mesa redonda sobre ‘O Ensino Superior da Geografia em Portugal’ Posteriormente aos eventos de Lisboa, uma parte da exposição bio-

-bibliográfica sobre Silva Telles foi reposta no átrio da Biblioteca Central da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, durante o mês de Março de 2005. Esse facto só foi possível pela disponibilidade e interesse dos Drs. Isa-bel Leite e João Emanuel Leite, da direcção daquela instituição, a quem mui-to agradecemos.

Este nosso investimento em torno da figura de Silva Telles dará como próximos frutos: a reposição da exposição bio-bibliográfica na Universidade do Minho, ao cuidado do respectivo Departamento de Geografia, e a publi-cação de um número especial da série Memórias da Sociedade de Geografia de Lisboa, dedicado a Silva Telles. Através dele se divulgarão alguns dos principais momentos ocorridos na instituição e documentos então exibidos: o programa do colóquio, as intervenções dos Professores Doutores Aires--Barros e Ilídio do Amaral, a tábua biográfica e a bibliografia do Prof. Silva Telles e o catálogo da exposição, com a reprodução de algumas das fotogra-fias históricas e a transcrição de peças da correspondência. Responderemos assim ao amável convite que nos foi endereçado pelo Prof. Aires-Barros, Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa.

O projecto de futuro é o da edição crítica dos restantes estudos de Silva Telles, de modo a colocar à disposição da comunidade dos geógrafos portu-

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gueses, em particular, e do público, em geral, a Obra Completa do autor.

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ARTIGOS

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L’HISTOIRE DE LA PENSÉE GÉOGRAPHIQUE: ENJEUX COSMOPOLITIQUES

Vincent Berdoulay* Pour introduire mon propos, je voudrais faire écho à quelques dates. 1998: l’année et le lieu de l’Exposition internationale de Lisbonne, où

s’affiche symboliquement l’ouverture du Portugal contemporain au monde, sont aussi ceux d’un important colloque de la Commission de l’Union géo-graphique internationale sur l’Histoire de la Pensée géographique (Lisbonne, fin août). Comme l’ont souligné ses organisateurs locaux (Alegria & Garcia, 1998), elle a permis de faire connaître les recherches d’une quarantaine de géographes de 15 pays différents avec lesquels les géographes portugais n’avaient eu que peu de contact jusqu’alors. Or, cette réunion a eu aussi le mérite de montrer combien l’évolution des idées géographiques était liée aux modalités de leur propre circulation internationale:

Comprendre comment les idées circulent et se transforment dans le pro-cessus lui-même, et comprendre comment le déplacement lui-même in-duit une transformation de la connaissance, cela permet de mieux saisir l’interrelation des idées et de leurs contextes (Berdoulay et Gómez Mendoza, 1998, p. 15).

La réunion de Lisbonne constitua une occasion intéressante pour le géographe d’appliquer sa propre démarche à l’histoire de sa discipline. Mais en même temps, une interrogation et un espoir se dessinaient face au spectre d’une uniformisation du monde ou à celui de sa fragmentation:

Entre uniformisation et fragmentation, la compréhension des modalités de circulation des idées géographiques peut aider à préserver et encou-rager une perspective mondiale sur la diversité créatrice (ibid.).

C’est à ce type de préoccupation que mon propos veut faire référence. Mais d’abord, deux autres dates.

* UMR 5603 CNRS-UPPA. Universidade de Pau.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 21-36

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1904: Point de repère choisi pour célébrer un siècle de géographie aca-démique au Portugal (Silva Telles, rééd. 2004), c’est aussi l’année du cente-naire de la création de l’Association des Géographes Américains (AAG). Si je rapproche les deux événements, c’est pour montrer que se pose la question du devenir et de la place actuelle d’une géographie nationalement constituée sur la scène internationale. Est-ce que 1904 symbolise une extension de la géographie qui s’est déjà constituée ailleurs en Europe ? Ou symbolise-t-elle une formulation singulière, avec une personnalité propre ? Ou exprime-t-elle la renaissance de la grande tradition géographique portugaise inaugurée dès la fin du Moyen Age ? En somme, les questions soulevées au colloque de Lisbonne en 1998 demeurent pertinentes.

Enfin, un siècle plus tôt, 1804 correspond à l’année de la mort d’Emmanuel Kant, dont l’œuvre marque fondamentalement la façon dont la Modernité est formulée. Il venait de publier quelques années auparavant Zum ewigen Frieden, un Projet de paix perpétuelle, dans lequel il tirait parti de nombre de ses précédentes méditations philosophiques, politiques et géogra-phiques. Ce projet s’inscrivait dans sa volonté d’énoncer les fondements et les principes d’une cosmopolitique, c’est-à-dire d’une politique permettant de faire cohabiter les habitants de la Terre. 1804, c’est aussi l’année de la fin du grand périple scientifique d’Alexandre de Humboldt en Amérique: son re-tour en Europe symbolise deux mouvements particuliers de mondialisation. Le premier est celui du retour d’expérience – l’information recueillie doit être traitée scientifiquement – alors que le second mouvement correspond à la présence active d’un nouveau monde sur une scène scientifique qui était jusque là fondamentalement européenne. Or ce double mouvement de mondialisation va paradoxalement se déployer en rapport avec une Europe scientifique qui se restructure et s’institutionnalise sur des bases de plus en plus nationales.

Ces quelques points de repères suffiront pour évoquer combien il y a de la géographie politique dans l’évolution de la pensée géographique, ou plus exactement combien cette histoire est liée à des enjeux cosmopolitiques. Ne s’agit-il pas – comme le désigne ce terme – de rapports entre mondes diffé-rents, entre l’universel et la diversité ?

J’aborderai ici quelques aspects de ce questionnement à partir de l’observatoire qu’a constitué pour moi la Commission de l’UGI sur l’Histoire de la Pensée géographique, dans laquelle j’ai exercé les fonctions de prési-dent pendant les derniers 8 ans (1997-2004) et aux activités de laquelle j’avais déjà participé peu après ses débuts. Certes, il s’agit d’un point d’observation qui ne peut pas prétendre à la représentativité de la recherche en ce domaine. En revanche, la Commission, qui s’est trouvée à la croisée de multiples courants et intérêts de part le monde, tantôt les subissant, tantôt en étant l’instigatrice, fournit un précieux échantillon de ce que l’international a pu provoquer comme débat d’idées. Fondée en 1968 au sein de l’UGI – Union scientifique déjà bien marquée par des enjeux géopolitiques dès ses

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L’Histoire de la Pensee Géographique 23

origines (Robic et al., 1996) – la Commission témoignait du désir des géo-graphes de faire le point sur l’évolution de leur discipline. Or, ce n’est que progressivement que la Commission a traduit une inquiétude quant aux mo-dalités de mondialisation de la pensée géographique. Je commencerai donc par rappeler les relations entre le souci de mondialisation et l’attention portée à la diversité à travers les thèmes traités par la Commission. Je montrerai en-suite combien cet élan a été pénétré, modifié, voire freiné, par le postmoder-nisme. Enfin, j’évoquerai certains thèmes qui, depuis quelque temps, servent à éviter les impasses auxquelles le postmodernisme mène fréquemment, et à esquisser quelques conditions d’un renouveau de l’histoire de la pensée géo-graphique dans une perspective plus cosmopolitique.

Une interrogation croissante sur la mondialisation et la diversité

L’élargissement progressif de l’éventail d’intérêt des géographes qui se sont penchés sur l’histoire de leur discipline est bien illustré par l’évolution des activités de la Commission (Buttimer, 1998; Berdoulay et Mendoza, 2003). Elles témoignent d’une mondialisation – certes encore incomplète – du regard des géographes sur leur histoire. Les premiers travaux ont mis l’accent sur l’étude des grandes personnalités de l’histoire de la discipline, auxquelles on ajoutait celles que l’on jugeait injustement méconnues. La perspective dominante reflétait à la fois un désir de faire connaître l’histoire de la géographie et un souci de l’élargir à des points de vue moins “offi-ciels”. Ce faisant, c’est un nombre croissant de contributeurs à la pensée géographique qui a été mis en valeur, comme en témoigne la collection pa-tronnée par la Commission depuis 1974, Geographers: Biobibliographical studies. L’élargissement dans le temps et dans les types d’activités jugées géographiques fait écho à un élargissement territorial: progressivement, des habitants de diverses parties du monde ont commencé à trouver une place dans une histoire de la géographie qui était initialement abordée comme une question purement universitaire, européenne ou étatsunienne.

Parallèlement, l’étude des liens entre les géographes étudiés a encoura-gé celle des écoles de pensée. Les grandes écoles nationales du début du XXe siècle ont alors attiré l’attention: la cohérence relative de leurs travaux, leurs mutations, leurs diverses institutionnalisations (par ex., Babicz, 1980). Mais dans l’ensemble, les débuts de la Commission ont privilégié – sinon induit – une conception très universitaire et contemporaine de la géographie, c’est-à-dire très “occidentale”, masculine, moderne. Les velléités d’inclure un plus large éventail d’idées se perdaient dans l’anecdotique, tant le poids de la conception universitaire récente de la géographie pesait sur l’évaluation des contributions des personnes étudiées. Il fallait dépasser l’enfermement de cette logique.

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Une première voie a été ouverte par l’intermédiaire de la remise en question du référent universitaire et de la recherche des prétendues “influen-ces”. Cette voie correspondait à un radicale remise en question de la concep-tion positiviste de l’évolution des sciences, selon laquelle celles-ci progres-sent de façon linéaire, par l’accroissement cumulatif des connaissances et par l’objectivité des démonstrations. La clé opérationnelle de ce changement de cap a été fournie par la mise au point et la mise en application de l’approche contextuelle (Berdoulay, 1981a et b). Quoique difficile à mettre totalement en œuvre, tant les liens et les médiations qui relient les idées scientifiques à leur contexte sociétal sont nombreux et complexes, cette approche a fait sau-ter le verrou dans lequel la vision purement académique de la discipline en-fermait la compréhension que l’on avait de son histoire (ibid.; Stoddart, 1981; Capel, 1982; Buttimer, 1993; Gomes, 1996; Dunbar, 2001). D’impor-tantes ouvertures sur le monde ont ainsi pu se dessiner, notamment par l’intermédiaire d’une prise de conscience de la diversité des sources de la créativité géographique.

En effet, en montrant la complexité qui préside à l’écologie de la pensée géographique, on voit comment l’ancrage local de celle-ci dépend des insti-tutions mais aussi des savoirs professionnels et des savoirs pratiques (ou “ethnogéographiques”) développés par toute civilisation. Par ce souci pour la compréhension du terreau où se développe la pensée géographique, par l’étude des multiples savoirs géographiques concernés, la curiosité des histo-riens de la géographie s’est plus facilement élargie à des parties du monde qui avaient paru échapper à l’influence des grandes écoles nationales, no-tamment allemande, française, russe et anglo-américaine (Buttimer, 1992; Berdoulay & van Ginkel, 1996; Buttimer, Brunn & Wardenga, 1999; Takeu-chi, 2000). L’étude du contexte des constructions nationales a particulière-ment retenu l’attention, car, si elle valorise la pensée géographique qui lui fait écho, elle s’étend facilement à la question de l’inscription territoriale de peuples sans états et aux questions ethnogéographiques en général (Hooson, 1994).

Pour que l’ouverture des recherches sur l’évolution de la pensée géo-graphique à toutes les cultures ne débouche pas sur une juxtaposition d’études sans rapport les unes avec les autres, on a senti le besoin de se pen-cher sur les flux, sur la circulation des personnes et des idées, comme illustré par le colloque de Lisbonne de 1998 déjà évoqué (Berdoulay & Gómez Mendoza, 1998). La perspective s’enrichit du regard géographique appliqué à lui-même, comme l’y invitait l’approche contextuelle. Il faut souligner que cette perspective a porté essentiellement sur une histoire qui cherche à être mondiale et non sur une histoire qui serait celle de la mondialisation avec tout son cortège de processus économiques, financiers et idéologiques. Or il y a interaction entre elles, et c’est précisément autant dans le temps long que dans l’extension territoriale que se sont manifestés des enjeux intrinsèque-

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ment liés aux langages employés pour penser le monde. Par exemple, cer-tains auteurs, en s’appuyant sur le cas franco-espagnol, ont montré la néces-sité de faire varier l’échelle d’observation et de chercher les clés d’interpré-tation qui permettent de convertir les apports d’une école nationale à une autre (Gómez Mendoza, Ortega Cantero & García Álvarez, 2003). C’est aus-si à la croisée des préoccupations pour une histoire mondiale de la géogra-phie et pour ses langages que s’est engagée une réflexion sur les modèles d’écriture, ou de façon plus générale, sur les “genres géographiques” comme un moyen de dépasser la multiplicité des discours et pour échapper aux caté-gorisations en sous-disciplines et aux critères actuels de scientificité (La-place, 2003). Les processus de construction territoriale, parce qu’ils passent par la connaissance, font écho à des processus de construction cognitive du monde, et parmi eux, la pensée géographique, quel que soit son degré de formalisation et d’institutionnalisation, y participe pleinement (Casti, 1998; Mercier, 2000; Mendoza Vargas et al., 2002).

La question du langage avait très tôt retenu l’attention de la Commis-sion – dès son colloque de Kyoto en 1980 – notamment de la part de collè-gues japonais préoccupés de thèmes à caractère sémiologique (Suizu et al., 1980). Or, l’intérêt de cette question est de ne pas se limiter au langage comme simple outil pour exprimer une pensée qui lui serait indépendante. Elle consiste au contraire à évaluer toute l’épaisseur du langage, à montrer combien l’évolution des idées dépend des moyens mobilisés pour les expri-mer. Cette perspective discursive (formulée par Berdoulay, 1988) sur l’évolution de la géographie permet de ne pas exclure des formes de pensée qui ne correspondraient pas aux conceptions dominantes. Elle a ouvert no-tamment la voie aux recherches qui se fondent sur le “genre géographique”, en tant que modalité cognitive, à la fois particulière et diverse, où convergent la pensée et l’expression, l’auteur et le lecteur, et qui relativise la question des critères de scientificité du discours. A cet égard, il devient clair qu’en histoire de la pensée géographique, la rationalité du discours ne peut se limi-ter aux canons scientifiques exprimés par certains géographes universitaires occidentaux. La critique de la conception positiviste de la science a permis de voir que la rationalité ne se restreint pas à ce que le langage cartographi-que ou mathématique permet d’exprimer. Il y a les ressources offertes par le langage naturel, et son interaction avec d’autres langages (par exemple, artis-tique). D’autres rationalités entrent alors en ligne de compte. Par exemple, la pensée mythique, qui fonde des savoirs et inspirent des pratiques dont la va-lidité se veut corroborée par l’expérience et l’efficacité, prend une toute nou-velle importance dans l’histoire de la pensée géographique, tant dans la tra-dition occidentale que dans les autres civilisations (Berdoulay & Turco, 2001).

Ainsi se sont esquissées, à travers l’attention portée au langage, des re-cherches visant à comprendre l’articulation du particulier et du général, afin

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de dépasser une histoire de la géographie qui serait exclusivement occiden-tale, c’est-à-dire reposant sur la seule exportation d’idées européennes ou étatsuniennes, ou bien considérant celles-ci comme le critère unique d’évaluation. Il est clair que trop souvent les histoires de la discipline, quand elles mentionnent les contributions d’autres civilisations, les situent dans un passé révolu, sans continuité avec le présent, ou bien les résorbent dans la logique dite occidentale, par réinterprétation ou par participation. Cette ap-proche s’est avérée d’autant plus choquante que la géographie est une science qui n’est que partiellement formalisée et qui surtout comporte intrin-sèquement une dimension sociale, culturelle et territoriale. Toutefois, l’ouverture, dont témoignent les activités de la Commission, sur la multipli-cité des expériences géographiques dans le monde ne pouvait éviter de croi-ser le défi posé par la critique postmoderniste de la pensée scientifique.

Les sirènes postmodernistes

La crise contemporaine de la modernité correspond à de profonds chan-gements dans la façon dont l’individu conçoit sa relation au monde naturel et humain. C’est dans ce contexte que la position postmoderniste a été perçue très tôt comme un défi posé à la pensée géographique (Berdoulay, 1989).

L’histoire de la pensée géographique n’a pas été insensible à ce mou-vement. On peut même dire qu’à son échelle, elle y a participé. En effet, elle était concernée par les nombreuses critiques postmodernistes d’une moderni-té occidentale vue comme partisane, hégémonique, oppressive vis-à-vis des populations ne retenant pas les mêmes critères de rationalité et de progrès (Soja, 1993). La diversité des représentations se devait d’être brandie face à la domination des intérêts qui s’affichaient comme universels mais qui étaient, en fait, particuliers. La Commission a été l’enjeu, direct ou le plus souvent indirect, de ce type de débats: elle révèle bien le paradoxe d’un mouvement – le postmodernisme – qui aboutit, à mon avis, au contraire de ce qu’il affiche. Ainsi s’illustre l’idée, toujours à mon avis, que le postmo-dernisme ne serait qu’un des avatars de la modernité la plus critiquable. Alors que les activités de la Commission témoignaient d’une volonté crois-sante de se dégager d’une histoire de la pensée géographique qui soit pure-ment occidentale (c’est-à-dire centrée sur l’Europe et les Etats-Unis), les géographes postmodernistes ont affiché leurs convictions avec une telle force que les acquis antérieurs ont été balayés sans concession. Le bébé n’était-il pas été jeté avec l’eau du bain ?

Certes, la critique postmoderniste – et très pertinente – des jeux de pou-voir derrière l’imposition d’une rationalité occidentale étroitement européo--américaine et donc faussement universelle légitime la redécouverte de sa-voirs géographiques issus des populations les plus diverses et trop longtemps

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laissées dans l’ombre. En effet, nous connaissons mal l’histoire de la pensée géographique dans toute sa diversité temporelle et spatiale. Corriger cet état de fait correspond à une aspiration aujourd’hui largement répandue qui se re-trouve à propos de toutes les connaissances scientifiques, mais qui pose de difficiles problèmes pour la satisfaire (Saldaña, 2000; UNESCO, 1996 et 2000). Certains se sont bornés à reconnaître l’existence de quelques foyers anciens de création, non-européens, mais qui finissent par se résorber dans un main stream occidental. A l’opposé, certains postmodernistes rejettent cette présentation téléologique de l’évolution de la pensée scientifique (et donc géographique) et insistent sur le caractère hétérogène et fragmentaire de celle-ci, sans illusion sur son éventuelle unité.

En même temps, la crise des représentations portée par le postmoder-nisme a accentué les interrogations sur le statut du langage et des discours dans la connaissance mais aussi dans la construction du monde. En leur conférant un rôle primordial, les postmodernistes ont eu tendance à réduire la réalité aux jeux de langage et au discours. Ayant moi-même cherché à déga-ger la portée du niveau discursif de la production géographique pour com-prendre son histoire et sa dynamique (Berdoulay, 1988), j’ai parfois été in-terprété comme un auteur qui se perdait dans le plus grand relativisme postmoderniste…

Une ambiance postmoderniste, aboutissant à un relativisme et une fragmentation croissante de la connaissance, a imprégné une partie des tra-vaux de la Commission. Comme le note A. Buttimer dans son bilan des acti-vités de la Commission (1998, p. 96):

In the 1990s many scholars have shied away from inherited meta--themes such as paradigms, metaphors, and even epistemes. From being a universal project, scientific thought is regarded as invariably shaped by local and specific situatedness. Grand narratives are now frowned upon and enthusiasm grows about regional styles and the political geog-raphy of scientific subcultures.

Conformément au credo postmoderniste selon lequel “tout se vaut”, toutes les façons de concevoir la géographie sont également bonnes. Il en est découlé un foisonnement d’études sur les “géographies” les plus diverses contenues dans les aménagements humains de la terre. Le congrès interna-tional de La Haye (Den Haag) en 1996 correspond certainement à l’apogée de ce point de vue dans les activités liées à la Commission. Les sessions d’histoire de la pensée géographique regroupant les communications soumises spontané-ment ont présenté un large éventail d’études, où se distinguait un fort intérêt pour la géographie des religions: elles allaient des caractéristiques des temples bouddhistes en Corée à l’écologie religieuse d’une vallée indienne.

La tournure postmoderniste prise par nombre de ces travaux a certes en-richi la connaissance sur le vaste spectre des représentations de tout ce qui

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peut être rapporté à la pensée géographique des habitants de la terre. Mais on apprend plus sur les différences que sur les processus généraux qui peuvent apporter une perspective mondiale sur l’élaboration de la pensée géographi-que. En amplifiant la fragmentation du monde au détriment des modalités qui la compensent, ces recherches n’ont pas échappé aux impasses du post-modernisme pour fonder un monde commun. Qui plus est, l’histoire de la pensée géographique s’est retrouvée comme diluée au sein d’autres branches de la géographie. Comme en témoigne le congrès de La Haye, elle s’est le plus souvent confondue avec la géographie historique, voire la géographie culturelle ou encore l’ethnogéographie. A ce congrès international, comme à celui de Séoul (2000), bien des communicants – et souvent parmi les plus jeunes – ont succombé aux sirènes postmodernistes en préférant participer aux sessions qui étaient structurées sous cette influence.

Il est vrai que le brouillage des frontières entre branches de la géogra-phie, comme de tout savoir, s’avère très utile; mais il comporte aussi des as-pects négatifs quant à la profondeur de la vision apportée par la discipline. On a ainsi perdu la vision universelle, et à cette perte s’ajoute une grande ab-sente: la réflexivité. C’est pourtant la force et l’intérêt du courant de recher-che incarné par l’histoire de la pensée géographique, et pas nécessairement l’objectif premier d’autres branches de la géographie. Et un inconvénient ne va pas sans l’autre: en se diluant au profit d’autres sous-disciplines, cette ap-proche accentue la vision fragmentée de la pensée géographique, et surtout elle ne tient pas compte de la double distanciation épistémologique que l’histoire de la pensée géographique exige – entre les géographes étudiés et leurs objets de recherche, et entre l’historien de la géographie et la pensée des géographes étudiés.

En somme, face à la difficulté de concevoir la diversité ethnogéogra-phique en rapport avec l’unité de préoccupation qui correspond à la pensée géographique, le congrès international de 1996 a constitué un moment où il a semblé important à la Commission de redresser la barre. Le problème rele-vait moins de l’amélioration de connaissances empiriques que de la révision de nos conceptions historiques et épistémologiques. Cela revenait à soulever à nouveau la question de l’autonomie de l’histoire de la pensée géographi-que. Il y a plus d’un siècle, aux débuts de la géographie universitaire, la question s’était déjà posée, et la distinction entre géographie historique et histoire de la géographie a eu du mal à se faire, tant les démarches sem-blaient se confondre (Claval, 1972; Bassin & Berdoulay, 2004). Ce n’est que par le surcroît de réflexivité apporté par l’inquiétude épistémologique lovée dans l’histoire de la pensée géographique que ces deux branches ont pu clai-rement se distinguer pour investir des champs différents, quoique complé-mentaires, et démultiplier l’apport du géographe.

Mais il y a une différence significative entre la problématique de cette époque et la nôtre. En effet, le postmodernisme a entraîné une très forte idéo-

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logisation de l’histoire de la pensée géographique. Au nom de la critique qu’il fait des présupposés modernistes qui ont traversé la pensée géographi-que, il prétend dégager des fondements nouveaux pour la géographie. L’histoire devient plus un recueil d’effets de pouvoirs injustes à dénoncer et d’idées à déconstruire, que le vaste champ dans lequel s’est déployé avec méthode l’effort humain pour se donner les moyens de mieux comprendre le monde. C’est ainsi, par exemple, que la critique “postcoloniale” s’est portée légitimement sur la dénonciation de processus de domination, et notamment sur la part considérable qui revient aux discours; mais la concentration ex-clusive sur ces processus laisse de côté les tâtonnements des acteurs, leurs initiatives, et les expérimentations dont la portée fut considérable, notam-ment pour la pensée aménagiste (Godlewska et Smith, 1994; Soubeyran, 1997).

Au fond – au risque de la provocation – je dirais que le parti pris post-moderniste semble avoir plus appauvri l’histoire de la pensée géographique qu’il ne l’a enrichie. La puissance du courant postmoderniste a eu un effet analogue à celui du néopositivisme lors de la “révolution quantitative”: l’his-toire de la géographie était vue comme un recueil d’erreurs et d’impasses à éviter, à quelques exceptions près (celles des prétendus “précurseurs”), et elle pouvait être résumée (sinon “expédiée”) rapidement. Pour nuancer l’analogie avec les effets de la vague néopositiviste, on peut noter que le postmodernisme invite davantage à revisiter le passé pour y détecter les jeux de pouvoir et de discours. Mais ce faisant, l’histoire de la pensée géographi-que fait véritablement place à de la géographie historique.

Le paradoxe est alors à son comble. Au nom du relativisme qu’impose la critique de la pensée moderniste, le postmodernisme induit un point de vue qui se mue rapidement en celui du détenteur de vérité. L’effet de mode et le substrat le plus souvent néo-marxiste de ses partisans y sont certaine-ment pour beaucoup (Claval, 1992). Soumise à ces nouveaux dogmes, l’histoire de la pensée géographique se peuple de visions stéréotypées qui sont le contraire même du meilleur de ce qu’elle a pu apporter. Beaucoup de jeunes chercheurs, leurrés par les certitudes du postmodernisme, se sont dé-tournés de l’approfondissement de l’histoire de la pensée géographique, pré-férant la subsumer sous une géographie historique, comme l’ont illustré leurs propres communications au congrès de Séoul.

Pour aggraver cette mauvaise passe traversée par l’histoire de la pensée géographique, il faut souligner qu’elle a été soumise à la conjonction de ce postmodernisme triomphant avec une hégémonie mondiale croissante des institutions scientifiques anglophones sur la recherche. Le transfert des mo-des de fonctionnement de l’AAG (Association of American Geographers) sur l’UGI en est un exemple caractéristique. Surtout, la domination linguistique de l’anglais dans l’institutionnalisation actuelle de la communication scienti-fique ne favorise pas, loin s’en faut, l’internationalisation de ses contribu-

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tions. Et ce, d’autant plus que les revues prétendument internationales de langue anglaise s’avèrent très localistes (Schmitz, 2003; Garcia-Ramon, 2003; Coll-Hurtado, 2003). En fait, l’homogénéisation qui en découle est fortement imbriquée aux intérêts économiques et politiques qui structurent de façon croissante l’espace de la publication scientifique et la gouvernance universitaire (Kitchin, 2003; Paasi, 2005).

Par un retournement qui n’est pas exceptionnel dans l’histoire des idées, le postmodernisme qui prêchait un relativisme apte à reconnaître les diffé-rences culturelles a conduit à promouvoir une dépendance de l’histoire de la pensée géographique à l’égard d’une vision hégémonique et nombriliste in-duite par une culture particulière. Le postmodernisme, comme bien des idéo-logies qui semblent contester une domination, ne finit que par la conforter. On voit combien l’histoire de pensée géographique peut servir à se distancier de tels enjeux particuliers, sinon impériaux, et combien elle peut être utile au développement d’une pensée cosmopolitique.

Une sortie de crise autour de quelques thèmes

Depuis 1996, la prise de conscience progressive, au sein de la Commis-sion, de la nécessité d’affronter la crise postmoderne de l’histoire de la pen-sée géographique a conduit à la recherche d’un renouvellement du regard qu’elle avait induit jusque là.

Elle a tout d’abord cherché à insister sur le caractère indispensable de la dimension réflexive dans la contribution que peut apporter l’histoire de la pensée géographique. Les efforts ont porté sur la compréhension des rap-ports entre idées et contextes dans l’histoire des approches géographiques de la diversité, de la fragmentation et des changements du globe. En effet, les conflits contemporains, souvent violents, liés à la fragmentation politique et culturelle du monde nous invitaient non seulement à renouveler notre regard sur la pluralité de la façon de concevoir l’occupation humaine de la terre, mais aussi à identifier les conditions et les moyens qui permettent de les ren-dre compatibles, de les faire coexister pacifiquement, de répondre, en somme, à une aspiration cosmopolitique. Il fallait revenir sur les manières dont la pensée géographique avait conceptualisé la diversité culturelle, la biodiversité et l’échelle mondiale, et voir comment elle avait essayé de ré-concilier les points de vue divergents. Notamment, la conscience progressive de l’échelle planétaire des enjeux environnementaux sollicitait un examen critique des grands courants intellectuels de la modernité qui avaient structu-ré nos visions du monde et cadré scientifiquement les travaux géographi-ques. L’objectif de la Commission a donc été de favoriser l’étude à la fois mondiale et interculturelle de la pensée géographique, afin de contribuer à une vue réflexive de la pratique de la géographie.

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C’est dans cet esprit que s’est tenu le colloque de Lisbonne, déjà évo-qué, où l’accent a été mis sur l’importance de comprendre la circulation des idées dans la genèse des divers courants de pensée qui se sont momentané-ment stabilisés selon les pays et les époques (Berdoulay et Gómez Mendoza, 1998). Le contexte fourni par la chute des régimes communistes et par l’augmentation des conflits politiques et culturels partout dans le monde a aussi encouragé l’étude des influences religieuses et idéologiques sur la construction de la connaissance géographique (Wardenga et Wilczyński, 1998). L’histoire de la pensée géographique a un rôle à jouer non seulement pour clarifier les enjeux mais surtout pour renouveler les interprétations éta-blies sur la genèse des connaissances territoriales les plus communément uti-lisées par les acteurs sociaux et politiques. Elle montre quelles barrières et incompréhensions peuvent surgir dans un contexte interculturel et mondial.

C’est encore dans cet esprit qu’ont été réexaminés les antécédents du discours géographique sur les changements du globe et sur l’idée du déve-loppement durable (soutenable) qui lui est liée (Berdoulay et Soubeyran, 2000; Armstrong et Lumley, 2004). Il est notamment apparu que les idées constitutives de ces préoccupations sont anciennes mais qu’elles ont com-mencé à se nouer lors de la fondation même de la pensée aménagiste mo-derne. En particulier, le détour par l’expérience coloniale montre qu’on y trouve énoncés les grands enjeux et les grandes approches de l’incorporation des questions environnementales dans l’aménagement. C’est ce jeu de mi-roirs entre l’expérience aménagiste de la colonisation et les enjeux actuels du développement durable qui permet de dépasser les aspects négatifs de celui--ci et d’en mieux cerner le potentiel d’originalité pour l’action aujourd’hui.

Confortée par ce type de recherche où l’on s’efforce d’échapper aux chausse-trappes du postmodernisme, la Commission a ensuite resserré son questionnement sur la polarisation de l’histoire de la pensée géographique entre la fragmentation et l’universalité. Il s’est agi de poursuivre l’examen critique des façons dont la géographie s’est enrichie de la diversité issue de points de vue divergents, et des façons dont elle a essayé de les réconcilier dans des contextes particuliers. C’est dans cette orientation à caractère cos-mopolitique que le croisement de trois grands objectifs a alors structuré les activités de la Commission.

Le premier d’entre eux a, bien sûr, été de continuer à avancer dans la reconnaissance des problèmes posés par la volonté de faire une histoire de la géographie qui soit véritablement mondiale, c’est-à-dire qui tienne compte de sa diversité selon les pays et les époques autant que de normes scientifi-ques largement partagées, ce qui anima beaucoup les débats lors du sympo-sium de la Commission à Mexico en 2001 dans le cadre du congrès interna-tional d’histoire de la science (Berdoulay et Mendoza Vargas, 2003). Le principal problème tourne autour de la difficulté à éviter la fragmentation in-duite par le postmodernisme sans pour autant sacrifier l’essentielle diversité

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constitutive de la géographie. Les défis à relever sont alors d’ordre méthodo-logique pour constituer la viabilité d’une histoire mondiale de la géographie; ils ont trait à la transdisciplinarité, à l’éthique du géographe, et à la réflexivi-té en général. Plus particulièrement, l’attention a continué à se porter sur l’approfondissement des genres, ou des modèles d’écriture et de communica-tion à Autrui de la connaissance géographique. Ce sont ces contextes, ou “si-tuations”, qui permettent d’estimer jusqu’à quel point les critères histori-quement reconnus de scientificité peuvent être relativisés.

C’est pourquoi il est intéressant de croiser cet objectif avec celui de l’étude d’autres modes de connaissance que celui qu’apporte la discipline géographique. La géographie s’est en effet enrichie, et a enrichi, d’autres mi-ses en forme et d’autres mises en œuvre de connaissances, telles qu’elles se manifestent en aménagement, en politique, dans les arts ou tout autre savoir lié à une activité cognitive et à l’action. L’occurrence d’interactions entre la géographie et d’autres modes de connaissance est certes connue des histo-riens de la discipline, mais leurs fondements comme leurs conséquences de-meurent mal évalués. On sait par exemple que l’art et la géographie ont pu s’éclairer l’un l’autre, mais il reste beaucoup à faire pour comprendre la por-tée de cette interpénétration dans les processus cognitifs qui sont mis en jeu (Berdoulay et Saule-Sorbé, 1998 et 1999). Autre exemple, l’interaction entre la pensée scientifique et la pensée mythique est souvent réduite aux débuts d’une science particulière; or il s’avère qu’elle perdure à travers des dogmes, croyances ou pratiques universitaires (Berdoulay et Turco, 2001, et notamment Claval, 2001). On connaît aussi l’importance du recoupement entre les préoc-cupations géographiques et les préoccupations aménagistes, mais on perçoit surtout ce qui peut être “appliqué” des premières sur les secondes sans néces-sairement apprécier les différences de logiques de chaque domaine, ce qui em-pêche de bien percevoir la fertilisation – ou la stérilisation – des unes par les autres. La découverte des liens intimes tissés entre la géographie urbaine à ses débuts et l’urbanisme en voie de professionnalisation en France en est un bon exemple (Berdoulay et Claval, 2001; Berdoulay et Soubeyran, 2002).

Ceci mène au troisième objectif structurant, celui d’identifier et d’examiner la dimension prospective de la pensée géographique à la lumière de son histoire. Les géographes n’ont-ils pas cherché à anticiper, à prévoir ce qui allait se passer étant donné les structures spatiales qu’ils identifiaient ? Jusqu’à quel point cette préoccupation pour le futur a-t-elle modelé – peut-être à leur insu – la façon dont ils ont conçu leur démarche ? Si des éléments de réponse sont repérables dans l’engagement aménagiste ou politique de nombreux géo-graphes, d’autres sont à identifier dans le champ du développement. L’idée de-vient celle de faire de l’histoire de la pensée géographique un instrument de ré-flexion sur le futur. L’histoire constitue ainsi un champ d’expériences qui s’est avéré très utile pour mettre en perspective la contribution actuelle et potentielle de la géographie au développement durable. Des séminaires de la Commission

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effectués en collaboration avec l’UNESCO à propos du développement durable ont éveillé un intérêt qui a permis à des membres de la Commission de ne pas rester rivés à un regard rétrospectif sur leur discipline. La démarche ne consiste pas à utiliser des travaux anciens pour justifier des pratiques actuelles, pour lé-gitimer le présent ou des projets, mais plutôt à utiliser ces travaux pour réflé-chir, pour profiter de l’expérience, des débats qu’ils ont générés (Takeuchi, 2000; Berdoulay & Soubeyran, 2004). L’histoire de la pensée géographique constitue ainsi un remarquable réservoir d’idées, de notions et d’expériences qui peuvent nourrir la réflexion prospective.

Le développement durable correspond, entre autre, à une demande so-ciétale récurrente et qui gagne actuellement en importance, à savoir celle de mieux aborder les relations entre les sciences naturelles et sociales. Le défi n’est pas tant de se concentrer sur des cas jugés exemplaires, mais de travail-ler à la conception d’approches fondées sur la complexité. Elles impliquent de nombreuses questions, telles que la contingence, l’émergence, le projet, et notamment la construction du sujet. Le manque d’approches scientifiques fondées sur la complexité fait de la science une cause des problèmes envi-ronnementaux et des rigidités qu’elle était censée soulager. De ce point de vue, revisiter l’histoire de la pensée géographique peut s’avérer utile. La no-tion de milieu en offre l’illustration, car elle implique celles de complexité, d’action et de sujet: ainsi conçu, le milieu peut se révéler non seulement une condition mais aussi un moyen de planifier le futur (Berdoulay 2003).

Il est réconfortant de noter, au terme de cette période relativement conflictuelle au sein de l’histoire de la pensée géographique, que se mani-feste un regain d’intérêt à son endroit. Ainsi, au dernier congrès international de géographie à Glasgow (en août 2004), nous avons pu constater le phéno-mène. Les sessions les plus nombreuses, et souvent les plus suivies, étaient celles qui étaient rangées sous la rubrique de l’histoire de la pensée géogra-phique. Encore plus frappant après toutes ces années de domination postmo-derniste, s’est manifesté un vif intérêt pour les “grands auteurs”, comme Mackinder, Ratzel, ou Sauer, pourtant des “dead white males”, lors de ses-sions spéciales organisées par la Commission. Dans des salles bondées, ces auteurs ont fait l’objet de discussions animées que seuls les impératifs de l’horaire ont fait cesser. Qu’est-ce que cela signifie ? Certainement pas la glorification d’un retour à une quelconque norme, tant la diversité des âges, des orientations paradigmatiques et idéologiques des personnes présentes à ces sessions était importante. Cela témoignait plutôt d’un grand désir d’exercer librement sa réflexivité de géographe à partir d’auteurs ayant dé-montré la profondeur de leur pensée. Il existe ainsi un besoin renouvelé d’échanges, de curiosité pour des expériences significatives, et d’approfon-dissement des conditions d’émergence des idées et des savoir-faire au contact d’auteurs qui ne sont pas rejetés a priori en fonction de leurs biais idéologiques mais dont on cherche à comprendre la créativité. Or n’est-ce

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pas, justement, l’histoire de la pensée géographique qui est la plus apte à fournir les éléments de ce type de connaissance ? Conclusion

La diversité intéresse, tant par sa généralité comme phénomène terrestre que par les opportunités conceptuelles qu’elle offre pour compenser le tro-pisme unidimensionnel et uniformisateur des théories scientifiques. Le pro-blème de la fragmentation lié à la reconnaissance postmoderniste de la diffé-rence ne peut-il donc pas être dépassé par la reconnaissance d’une diversité qui serait constitutive de la dynamique de recherche de l’universel ? La prio-rité devient alors de partir de ces tensions qui affectent l’être humain sur la terre et qui impliquent son inscription simultanée dans la diversité et l’universalité. Il ne s’agit pas de mettre en question les sources de tension pour les éradiquer, mais il s’agit plutôt de reconnaître que la tension fait par-tie de l’expérience humaine de la terre. L’histoire de la pensée géographique permet de voir comment ces tensions sont prises en charge, interprétées et gérées, dans des systèmes de connaissance dont il n’y a pas de raison d’exclure une composante universelle, et ce, sans nécessairement dépendre d’une téléologie particulière, qu’elle soit mondialiste, moderniste, postmo-derniste ou autre.

C’est bien le projet d’une cosmopolitique qui cherche à éviter le fait que, sous prétexte de se constituer, elle en viendrait à produire ses propres exclus. En insistant sur l’incontournable prise en compte de la diversité ter-restre pour fonder en raison – et en universalité – une cosmopolitique por-teuse de paix dans le monde, Kant avait ouvert la voie. Par sa composante chorologique – voire idiographique –, c’est-à-dire en ancrant son discours dans la diversité des mondes, la géographie peut trouver les ressources scien-tifiques nécessaires pour répondre aux aspirations cosmopolitiques.

L’histoire de la pensée géographique apparaît alors comme un récit de l’effort humain pour penser intellectuellement et scientifiquement les enjeux cosmopolitiques. Elle montre que la cosmopolitique ne peut se concevoir sans récit et sans sujet pour l’énoncer. Mais l’histoire de la pensée géogra-phique montre aussi qu’il s’agit d’un récit toujours inachevé, et probable-ment est-ce là la source de sa force réflexive et de son utilité.

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MANUEL DE TERÁN (1904-1984). EN SU CENTENARIO, EVOCACIÓN

DE UN GEÓGRAFO IBÉRICO

Josefina Gómez Mendoza* Se ha cumplido el 28 de noviembre 2004 el centenario del nacimiento

de Manuel de Terán, maestro de la geografía española. Con este motivo, el Grupo de Historia del Pensamiento Geográfico de la Asociación de Geógra-fos Españoles ha organizado una serie de mesas redondas para estudiar di-versos aspectos de su personalidad científica1. Agradezco la oportunidad que me brinda la organización de este congreso conmemorativo de los cien años de enseñanza universitaria de la geografía en Portugal, que inauguró una per-sonalidad tan fuerte como Silva Telles, para presentar la figura de Terán, un geógrafo capaz de sintetizar los rasgos mayores de la “genialidad geográfica de la península ibérica”; de su colaboración con Lluís Solé Sabarís y Orlan-do Ribeiro nació la geografía de España y de Portugal que publicó la edito-rial Montaner i Simó. A ello, entre otras, cosas me voy a referir.

Los geógrafos latinos no se han prodigado en la labor biográfica de los grandes nombres de su tradición moderna. El laboratorio E.H.GO (Epistémo-logie et Histoire de la Géographie) del CNRS francés que dirige Marie Claire Robic está realizando en los últimos años un enorme trabajo para rescatar en toda su complejidad a los fundadores de la Escuela Francesa de Geografía. Paul Vidal de La Blache, Jean Brunhes, Emmanuel de Martonne, y Albert Demangeon han sido hasta ahora objeto de estudios en profundidad. Del iti-nerario profesional del último de ellos se va a presentar pronto una tesis doc-toral, bajo la dirección de Robic, tesis que he tenido la oportunidad de leer, y que me parece contener muchas de las claves de la evolución de las geografías del sur de Europa en su época clásica; se trata sin duda de una verdadera

* Universidade Autónoma de Madrid. 1 Está próxima a abrirse la página http://www.manueldeteran.org “Manuel de Terán. Maestro

de geógrafos” en el portal de la Residencia de Estudiantes. Está dividida en: Vida, Magiste-rio, Obra e Imágenes. En ella estará volcada una buena parte de la obra de Terán, junto con información sobre su vida y semblanzas efectuadas por diversas generaciones de discípulos.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 37-52

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biografía intelectual a partir de la totalidad de la obra del autor pero también de muchos documentos de archivos, institucionales y personales. Lo que me interesa señalar aquí es que el retrato propuesto es no sólo el del biografiado, sino también un retrato coral, del grupo de geógrafos que quisieron poner a punto un modo nuevo de hacer la geografía y mostraron la decisión de lograr la autonomía de la ciencia geográfica. Alude el autor de esta tesis, Denis Wolff, a la idea de Pierre Bourdieu sobre la “ilusión biográfica”, en el senti-do de que difícilmente una vida constituye un conjunto coherente y orienta-do, de manera que las historias de vida construidas como relatos lineales ses-garían necesariamente la interpretación. Probablemente sea cierto, aunque la tesis de Wolff más bien parezca desmentirlo. En todo caso, lo que consigue el autor valiéndose, del “argumento” Demangeon, es narrar una época, las actitudes y modos de vivir la enseñanza y la investigación de toda un grupo de contemporáneos, esa vida obsesiva y pasional, también contradictoria, que es la del investigador y ensayista.

Nos decía Terán a sus discípulos que sólo cuando nos obsesionáramos por un tema estaríamos realmente en condiciones de hacer la tesis doctoral o la investigación que hubiéramos emprendido. No puedo yo aquí, ni mucho menos, esbozar una biografía intelectual de Terán. Sí quiero dejar constancia de una trayectoria en la que la dimensión geográfica se va reforzando, como capacidad y pasión de transmitir e interpretar determinados paisajes, sin de-trimento de una actividad cultural que sobrepasa lo geográfico. Mi intención con ello es suministrar algunas claves sobre el periodo de maduración de la geografía ibérica.

La formación de un geógrafo

Como muchos de los geógrafos de la tradición moderna, Terán no se decantó inicialmente por la geografía, sino más bien por la historia y la histo-ria del arte. Con los indicios que tenemos se pueden proponer hipótesis sobre el cambio. Nacido en Madrid en 1904, licenciado en Filosofía y Letras en 1924 en la sección de Historia, obtuvo en 1927 el doctorado con una tesis sobre historia del arte, dirigida por don Manuel Gómez Moreno, tras colabo-rar en la sección de Arqueología del Centro de Estudios Históricos. Había tenido muy buenos maestros en la licenciatura y en el curso de doctorado, mostrándose particularmente vinculado a Ramón Menéndez Pidal, Elías Tormo, Claudio Sánchez Albornoz y el propio Gómez Moreno.

En la licenciatura de entonces sólo había una asignatura de geografía, “Geografía política y descriptiva”, a cargo de Eloy Bullón, cuya especialidad eran la geografía histórica y las humanidades clásicas. Sin embargo, nos cons-ta, por lo señalado por el propio Terán, que, entre los años 1928 y1930, estuvo adscrito a esa cátedra y que pronunció conferencias sobre “paisajes regionales

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Manuel de Terán (1904-1984) 39

de España”. En 1929 publicaba su primer trabajo geográfico de entidad, el ca-pítulo de Castilla la Nueva en la Geografía Universal del Instituto Gallach.

Parece en todo caso que, como ha documentado Francisco Quirós (1999), Terán oscilaba, a finales de los años 1920, entre la geografía, el arte y la arqueología, colaborando hasta 1930 en el Archivo Español de Arte y Arqueología. Juan de Mata Carriazo y Arroquia, que coincidió con él en esos años en el Centro de Estudios Históricos, ha dejado constancia, al desgranar sus recuerdos con motivo de su ingreso en la Academia de la Historia, de la situación indecisa del “reposado y sensible Manuel de Terán, que aún vaci-laba antes de especializarse en la geografía”.

Un acontecimiento parece ser determinante en la inflexión de Terán hacia la geografía y es su temprana incorporación al Instituto-Escuela de Se-gunda Enseñanza, un centro de ensayo y experimentación pedagógicos, e in-directamente, de formación de profesorado, vinculado a la Institución Libre de Enseñanza. Terán fue en él entre 1923 y 1928 “aspirante al Magisterio se-cundario en la Sección de Geografía política e Historia”. En 1930 Terán ob-tuvo la cátedra de Geografía e Historia del Instituto de Enseñanza Media de Calatayud pero pronto regresó al Instituto-Escuela; primero en comisión de servicios en 1931; después, el 1 de diciembre 1934, con la plaza en propie-dad: allí estuvo hasta pronunciar el 21 de junio de 1936 la que iba a ser la úl-tima lección del famoso centro por estallar la guerra y posteriormente ser su-primido por el gobierno del general Franco.

Antes de la llegada de Terán al Instituto-Escuela, habían sido profeso-res en él, de ciencias naturales Juan Dantín Cereceda, uno de los primeros geógrafos modernos en España, y de historia y geografía Rafael Ballester y Castell que se había doctorado con una tesis de metodología geográfica, así como, en el curso 1918-1919 Leonardo Martín Echeverría, el autor de la muy conocida Geografía de España publicada por la editorial Labor. Mien-tras Terán estuvo en Calatayud, se ocupó de la docencia de geografía José Estalella, que luego pasaría al Instituto de Barcelona. Es de señalar la coin-cidencia de que Lluís Solé Sabarís, el geólogo y geógrafo con quien Terán compartiría años después el proyecto de las obras de Geografía de España, fuera también algo más tarde profesor del centro en Barcelona, el Institut--Escola del Parc; Solé reconoce en Estalella a uno de sus maestros (Solé, 1987, 90). La geología y la geografía eran bien vistas en la Institución Libre de Enseñanza, en la Junta para Ampliación de Estudios y en el Instituto--Escuela, recuerda Estalella recogiendo las palabras de Dantín: “En todas partes la geología es la que aporta la voz sonora y domina en el concierto del paisaje” (Solé, 1987, 92).

Para Quirós es claro que fue bajo los principios pedagógicos de la Insti-tución Libre de Enseñanza y con la tutela de los catedráticos adscritos al Ins-tituto-Escuela, cuidadosamente seleccionados por don José Castillejo, cómo realizó Terán el aprendizaje de la docencia de geografía e historia. En el Ins-

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tituto encontró Terán a personas que le dejaron huella como Luis Crespí y Antonio Marín, profesores de ciencias naturales, Miguel Catalán y Andrés León, que lo eran de física y química, Martín Navarro, de filosofía (Terán, 1979). No menos importante fue que ampliara la docencia en el aula con fre-cuentes visitas a monumentos o museos y numerosas excursiones fuera de Madrid, práctica pedagógica esencial en el centro. Sin duda, esas salidas al campo le ayudaron a profundizar en el entendimiento del relieve, del pobla-miento y de la flora. La clasificación de plantas fue una afición a la que nun-ca renunció, con la Flora de Madrid de Vicente Cutanda en la mano.

Hay otro hecho fundamental en la formación geográfica de Terán. En el verano de 1933 la Junta para Ampliación de Estudios le concede una beca para una estancia en París, con el fin de que consulte bibliografía sobre po-blación rural y urbana para su investigación sobre la “Distribución de la po-blación en el valle del Guadalquivir”. En el Institut de Géographie tuvo oca-sión Terán de tratar a maestros de la geografía francesa como De Martonne o Albert Demangeon, y de entrar en contacto con las principales obras de la que entonces era sin duda la primera escuela geográfica mundial. Redactó un ensayo de método sobe la “Geografía de las Ciudades”, que pensaba publicar en el Boletín de la Sociedad Geográfica de Madrid con una amplia bibliogra-fía de las obras y artículos consultados en la Biblioteca Nacional francesa, la de la Universidad de París, la de la Sociedad Francesa de Geografía y tam-bién la del Institut d’Urbanisme de la Universidad de París, nacido en 1924 de la École des hautes Études urbaines en cuyos primeros años los geógrafos habían tenido un papel destacado.

En el Instituto-Escuela conoció Manuel de Terán a Fernanda Troyano de los Ríos, que se convirtió el 30 de junio de 1930 en su mujer. El matrimo-nio le haría aún más familiar con figuras liberales e institucionistas, como las familias de los Ríos, Cossío, y García Lorca. De su matrimonio tuvo Terán cinco hijos, el primero nacido en 1931.

Desde el Instituto-Escuela, que ya estaba instalado en la “colina del

viento o del aire” (bautizada más tarde por Juan Ramón como “colina de los chopos”), en los altos de la calle Serrano de Madrid, en el emplazamiento del actual Instituto Ramiro de Maeztu, pudo el geógrafo madrileño beneficiarse de la proximidad del Museo de Ciencias Naturales, en donde estaba Eduardo Hernández-Pacheco, uno de los grandes geólogos españoles, especialista en paisaje geológico y en cuestiones de patrimonio natural, con quien mantuvo una buena amistad como muestra la necrológica que escribió cuando murió (1965). Con él y con Juan Dantín Cereceda, que también formaba parte del equipo del Museo, completó sin duda su información y su formación en geo-grafía física. En todo caso, la amplitud de sus intereses y de su círculo de re-laciones se pone de manifiesto en el hecho de que el único artículo que pu-blicó en estos años, “Baja Andalucía”, lo fue en la Revista de Occidente; se trataba de un ensayo ya hondamente geográfico sobre el marco regional de

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Manuel de Terán (1904-1984) 41

los paisajes urbanos. Terán mantuvo un fecundo diálogo intelectual con José Ortega y Gasset, a quien atribuía una fina intuición geográfica (Cabo, 1987, 61; Martínez de Pisón, 1997, 147-150).

En estos años treinta Manuel de Terán completaba su docencia –quizá por los apremios de la vida familiar– ayudando a preparar oposiciones al Cuerpo Diplomático, y dictando cursos de geopolítica en la Federación de Asociaciones de Derecho Internacional: de ahí nació sin duda una relación que le llevaría años después a formar parte del cuadro de profesores de la Escuela Diplomática.

Cuando terminó la guerra, que pasó solo en Madrid, tuvo que encarar un expediente de depuración antes de ser repuesto como catedrático de ense-ñanza secundaria primero en el Instituto Isabel la Católica, y luego y hasta su excedencia voluntaria en 1969, en el Beatriz Galindo.

El protagonismo de Terán en los programas de estudio de la geografía de España

Somos varios los que nos hemos ocupado del papel en la consolidación de la geografía española del Instituto de Geografía Juan Sebastián Elcano y del protagonismo intelectual que en él tuvo Manuel de Terán (Gómez Men-doza, 1997). El Elcano –como ha sido siempre conocido- se creó en el seno del Consejo Superior de Investigaciones Científicas, el organismo central de investigación fundado en 1939 por el nuevo régimen del general Franco para sustituir a la Junta para Ampliación de Estudios e Investigaciones Científi-cas, considerada demasiado afín a la República y muchos de cuyos miembros habían tenido que partir hacia el exilio consumándose una mutilación gene-racional y científica que un país no puede sino pagar muy caro. La existencia de un instituto de geografía era enteramente nueva. Se integró en el seno de un patronato de “ciencias del espíritu”, para encarnar, como dijo el ministro de Educación al defender la organización del Consejo, “el espíritu de una nación, que se define por su geografía, por su lengua, por su historia y por su arte”. El entronque con el pasado imperial de la monarquía hispánica aparece explícitamente cuando el mismo ministro se refiere a “la empresa de recons-truir e incrementar en España –la nación exploradora por excelencia, la que supo medir con la quilla de la nao de Elcano la redondez del planeta- los es-tudios geográficos.” De ahí el nombre del Instituto.

El artífice del C.S.I.C., el edáfologo José María Albareda (que luego fue ordenado sacerdote) consideraba incomprensible que en la antigua Junta la geografía (junto a la filosofía y a la técnica) no hubieran tenido reconoci-miento y no dudaba en relacionar geografía con “Imperio” y ciencia con alta política, al defender que el CSIC no iba a hacer sombra al Ministerio. Dijo Albareda: “La vinculación de la Presidencia [del Consejo] al Ministro tiene

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muchas ventajas. No hay el peligro de un Ministerio aparte, rival del único que puede existir. Articula la investigación con la alta política: las relaciones culturales con otros pueblos, las necesidades económicas ligadas a la inves-tigación técnica, el estudio del tesoro histórico y del patrimonio físico de la nación son conjuntos de problemas que deben conectarse con la alta política que desarrolla el Gobierno; el enlace natural de estos problemas con el Go-bierno los realiza el ministro.” (Sánchez Ron, 1992, 60) De estos testimonios concluía yo en mi trabajo publicado en la revista Ería que la Dictadura que-ría encomendar al Elcano el estudio del “suelo patrio” y el imperio (Gómez Mendoza, 1997, 111).

La paradoja y el interés residen en que el Instituto Elcano no sirvió es-tos fines, sino los del estudio de la geografía de España, conducido según el modelo francés a través de monografías regionales -o más bien en el caso de España, comarcales- con trabajo de campo esforzado y tenaz. A los primeros directores (Eloy Bullón, Amando Melón y Ruiz de la Gordejuela) se debe el rechazo terminante de cualquier tentación geopolítica (“ciencia de propa-ganda”, “hueca fraseología de discursos políticos”, en palabras de Melón) y la exigencia de realizar, como misión del Instituto, estudios monográficos de investigación (“sin incurrir en todo caso en parcelación nimia y hermética del estudio”) para lo que el Centro se encargaría, dentro de sus posibilidades, de organizar la observación directa del terreno. Se quiere hace ante todo un “completo archivo geográfico que haga posible, según Melón, la perfecta in-teligencia de la total y detallada Geografía peninsular” (Melón, 1944 citado en Gómez Mendoza, 1997, 140), o en palabras análogas de Lluis Solé Saba-ris, director de la sede barcelonesa del Elcano, “un acervo geográfico” si-guiendo el modelo francés. Lo dicen ambos geógrafos con motivo de la apa-rición del libro de Salvador Llobet sobre la montaña del Montseny; a esta posición se sumaba Manuel de Terán poco después: “Sólo […] cuando en España exista un número de monografías regionales comparable a la de aquellos países que figuran hoy a la cabeza de la ciencia geográfica, se habrá hecho posible el conocimiento y la síntesis del conjunto de la geografía na-cional.” (Terán, 1948, citado en Gómez Mendoza, 1997, 140).

Ángel Cabo, discípulo de Terán de la primera hora, ha restablecido el proceso de incorporación del maestro al Elcano y su progresiva conversión en el artífice de la renovación y en el motor intelectual de los trabajos y de la revista Estudios Geográficos. La presencia de Terán en el Instituto, que habría sido de primera hora, se mantuvo con cierta discreción en los prime-ros años por su pasado de vinculación al Instituto-Escuela y a la ILE, que podrían hacer presumir una desafección al régimen de Franco. Terán ya esta-ría incorporado en 1944 pero hasta tres años después no apareció oficialmen-te su nombre como miembro del equipo directivo del Centro o de su revista. Cree el geógrafo salmantino que algunos de las Crónicas Geográficas no firmadas serían ya de Terán frente a la firma habitual de José Gavira y de So-

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lé Sabarís: se trataría de un ejercicio de prudencia. Gavira y Terán fueron los verdaderos peones de brega en el Instituto en estos primeros años, logrando que la revista apareciera con todas sus secciones, y que la biblioteca del Ins-tituto (en la que se han formado muchas generaciones de geógrafos) se fuera enriqueciendo. Pero Cabo considera que Gavira estaba más volcado hacia la información y Terán más hacia la investigación, de manera que de modo na-tural a él le correspondió (además de por la temprana muerte de Gavira), ac-ceder a la segunda cátedra de geografía en la Facultad de Filosofía Letras de la Universidad Central, y también la tutela de los becarios en formación y la dirección de sus tesis, tesis que en su mayoría, al menos hasta los años sesen-ta, fueron de geografía regional rural (Cabo, 2004). Treinta y dos tesis docto-rales dirigidas (a las que habría que añadir aquellas de los primeros discípu-los, en las que no figuró como director) y más de 150 memorias de licenciatura convierten a Manuel de Terán, sin duda, en el maestro por exce-lencia de la geografía española.

De acuerdo con su voluntad de organizar campañas de trabajo de campo y de formación geográfica, el Instituto Juan Sebastián Elcano realizó distin-tas reuniones de estudios geográficos en los primeros años cuarenta (Jaca 1941, Granada 1942, Santiago de Compostela 1943, Pamplona 1944) y el curso de Geografía General y del Pirineo de 1946, nuevamente en Jaca, fun-damental para la geografía ibérica y de la que Joan Vilà Valentí ha dejado escrita una crónica muy completa. En la reunión de Pamplona estuvieron presentes Emmanuel de Martonne, entonces director de la UGI y del Institu-to de Geografía de Paría, los geógrafos portugueses Medeiros Gouvêa y Or-lando Ribeiro, que pronunciaron sendas conferencias, y probablemente tam-bién Terán que, sin embargo, no coincidió con estos.

Ribeiro, en efecto, dice haber conocido a Terán en Jaca en 1946. Su re-cuerdo y su alabanza del geógrafo español son emocionantes: “Me impresio-nó mucho Manuel de Terán, con su bella cabeza de músico, su finura huma-na y la aportación a la vez tan crítica y tan plena de conocimientos que trajo a nuestro Curso: desgraciadamente no pudo quedarse más que un par de días ni participar en las excursiones. Pero los que lo conocían sabían con qué afán llevaba a sus alumnos al campo y con qué pasión les enseñaba, de verdad, Geografía. Una Geografía, la que se hace, ciertamente, con la cabeza y con la pluma, pero basada siempre en la observación, que relaciona y sintetiza, pero que exige, caminando y observando, hacer encuestas, romper rocas, re-coger plantas y contemplar cómo cambia el cielo en meses, días y hasta horas.” Para Ribeiro, (ya mantenía relación con José Manuel Casas Torres, entonces joven catedrático de Zaragoza -de quien dependía el colegio de Ja-ca- y pudo considerar como discípulos a Joaquín Bosque, futuro catedrático en Granada, y Joan Vilá Valentí, de Murcia) Terán representaba la síntesis de la geografía del momento con la generación anterior. El propio Ribeiro se considera modestamente “vicedecano” de la geografía ibérica ortogando a

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Terán el “decanato” del cabeza de fila. Jaca 1946 supuso pues un acontecimiento de primer orden en la geogra-

fía peninsular. Lo fue por los encuentros, lo fue por los programas de trabajo que se pusieron en marcha, lo fue por los resultados. Aparte de la conferen-cias sobre el Pirineo, se celebraron cuatro ciclos de conferencias de geografía general: una de “Técnicas de investigación en Geografía regional” de Orlan-do Ribeiro; otra, de “Geografía humana de montaña”, de Pierre Deffontai-nes; una tercera sobre “El glaciarismo y sus efectos sobre el relieve peninsu-lar” de Francisco Hernández-Pacheco, y una última sobre “Poblamiento y hábitat rural. Métodos de investigación y de representación cartográfica”, de Manuel de Terán. Se hicieron salidas de campo bajo la dirección de Solé y Noël Llopis y se redactaron también cuestionarios de geografía regional bajo la dirección de Ribeiro.

De todo este trabajo, tres hechos novedosos merecen, en mi opinión, ser retenidos: la labor de poner a punto protocolos de trabajo y de encuesta en Geografía regional, cuyo protagonista fue el geógrafo portugués2; (Ribeiro, 1952); en segundo lugar la organización del proyecto de trabajo sobre el hábitat rural y la distribución de la población, a cargo de Terán, según los programas internacionales, de los que el antecedente inmediato era la Comi-sión dirigida por Demangeon que había presentado sus resultados en el Con-greso Internacional de Paris de 1931. Deffontaines, entonces en Barcelona, fue puesto al tanto de esta iniciativa. Por último, un tercer trabajo que se pu-so en marcha fue el de la trashumancia ovina en varias regiones quedando encargada de la labor la sección de Barcelona del Instituto Elcano con Sal-vador Llobet y Joan Vilá al frente.

En Jaca se plasmó, pues, un programa de investigación que iba a con-ducir a los gwógrafos españoles a una labor de presentación coordinada de comunicaciones en el Congreso de la Unión Geográfica Internacional de 1949, el primero después de la guerra, que precisamente se celebró en Lis-boa. La delegación española al Congreso de Lisboa, cuya organización co-rrió a cargo de Ribeiro y Medeiros Gouvêa, estuvo bien nutrida con todos los representantes del Instituto Elcano; Amando de Melón y Terán como direc-tor y secretario, respectivamente; Solé como director del Instituto en Barce-lona; Casas Torres como director de la sección de Zaragoza, además de Gar-cía Sáinz, colaborador. A la sección de geografía humana y económica, se presentaron los trabajos de los programas de pastoralismo y trashumancia, de hábitat rural, de transformación de los secanos en regadíos, y de los sistemas de cultivo. Manuel de Terán acudió a la parte de pastoralismo con una pri-mera versión de su obra sobre una trashumancia de corto radio: “Vie pastora-le et économie d’élevage dans la province de Santander”, que luego dio lugar

2 De acuerdo con su propio testimonio, con posterioridad a Jaca lo estuvo aplicando en Gre-

dos para la tesis de Adela Gil.

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a su conocido artículo sobre los Montes de Pas. En el Congreso de Lisboa, Ribeiro estuvo omnipresente: habló de las

transformaciones del habitat y de los cultivos en la comarca de Pinhal Novo y comparó los paisajes rurales del Mediterráneo y los del Africa Negra occi-dental; pero, además, discutió el problema de las delimitaciones en geografía regional, lo que sin duda estaba muy cerca de la preocupaciones de los geó-grafos españoles. Fue él quien dirigió una de las excursiones más concurri-das, la de Portugal central, a la que asistieron Casas Torres, García Sáinz y el propio Terán. Para Solé Sabarís, Ribeiro acreditó tanto su conocimiento de la región como sus dotes de organizador.

De Terán a Ribeiro: la genialidad geográfica de la Península Ibérica

La reunión de Jaca tuvo otra consecuencia indirecta de enorme trascen-dencia. El organizador de la reunión fue Solé, que presidía el Instituto de Es-tudios Pirenaicos y quien ya he dicho que estaba relacionado con el Elcano a requerimiento de Albareda. Pues bien de Jaca arranca la decisión de vincular a Terán a la Geografía de España y Portugal de la Editorial Montaner y Si-món. Solé lo cuenta en estos términos: “La simpatía y compenetración con Terán fueron inmediatas, acentuadas con la convivencia en Jaca y en una de la excursiones de dicho Congreso [el de Lisboa de 1949] dirigida por Orlan-do Ribeiro, no en balde, dada la afinidad de nuestros sentimientos ideológi-cos. Por eso cuando la oferta de la editorial Montaner Simón para emprender la Geografía de España, que en principio estaba proyectada para la que diri-giesen Vila y Max Sorre, y que coincidió con el deseo expresado por Alba-reda respecto a una geografía física de España, puse como condición la codi-rección de Terán, única persona que entonces a mi modo de ver podía llevarla a cabo. Nació así una colaboración y una creciente compenetración científica que sólo interrumpiría la muerte de Terán.” (Solé, 1987, 93).

Este texto nos suministra pistas interesantes, aparte de confirmar la co-nocida afinidad personal e intelectual de Solé y Terán. La editorial Montaner estaba traduciendo la Geografía Universal de Paul Vidal de la Blache y Lu-cien Gallois cuya publicación no se inició hasta1929, aunque el proyecto era anterior a la primera guerra, y había decidido enriquecer con apéndices las partes dedicadas a España y Portugal y a los países americanos. De ahí, pro-bablemente, la selección inicial de Pau Vila para completar el texto de Maximilien Sorre sobre los países ibéricos. Ahora bien, la guerra civil espa-ñola condujo a Vila al exilio en Colombia y al parecer Albareda tuvo opción a manifestar su opinión sobre la conveniencia de que hubiera una parte ex-tensa de geografía física. Esto, por lo demás, coincidía con lo ocurrido con Francia en la Geografía Universal: la parte de Francia se publicó en dos vo-lúmenes, el primero de geografía física a cargo de Emmanuel de Martonne,

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el segundo, La France économique et humaine, con Albert Demangeon co-mo autor, lo que contrastaba con que para todas las demás regiones se había optado por la vía sintética y regional. El caso es que la geografía de España por autores españoles se organizó de la misma manera, separando la geogra-fia física (en dos tomos, uno con el relieve, escrito por Solé y otro que con-tiene el clima y las aguas por Valentín Masachs, y la vegetación por Pío Font), de la geografía humana, que tenía que escribir Terán y que por razo-nes nunca suficientemente aclaradas no se llegó a publicar. En cambio sí se publicaron tres tomos de Geografía regional y un último sobre Portugal cuyo autor es Orlando Ribeiro.

La Geografía de España y Portugal que Terán dirigió, es la primera geografía moderna ibérica, que, comparada con el texto de Sorre, muestra bien a las claras el mayor conocimiento y elaboración. Ribeiro no ha rega-teado críticas al texto de Sorre: “pese a algunos capítulos regionales excelen-tes sobre España, es desigual o insuficiente, como las treinta páginas llenas de errores que consagró a Portugal.” El primer tomo de la Geografía de Es-paña y Portugal, el que contiene el relieve español de Solé Sabarís, tiene una introducción memorable de Terán sobre “la genialidad geográfica de la Pe-nínsula Ibérica”. Creo que no se equivoca Orlando Ribeiro, cuando al escribir unos recuerdos de amistad en homenaje a Terán, dice: “Sus trece páginas de la «Genialidad Geográfica de la Península Ibérica» son tan ricas y densas que es difícil elegir algunos párrafos que poder destacar, aunque es fácil recomendar al lector que haga una lectura mediata de esta magnífica introducción.”

Como dice el geógrafo lusitano el mejor elogio que se puede hacer a es-tas páginas es decir que están inspiradas en las primeras del Tableau de Géo-graphie de la France de Paul Vidal de la Blache, “tan rico en ideas, tan so-brio y denso en expresión”. Además de compartir estos rasgos, la organización y el argumento de “La genialidad…” recuerda sin duda los de “Forma y estructura de Francia”. Veamos algunos aspectos. La primera mi-rada de la Península ibérica fue griega, dice Terán, una península que ade-más de piel de toro extendida, es finisterre europeo, entre el Atlántico y el Mediterráneo y puente tendido hacia el continente africano. Por su parte para Francia, Vidal empieza por señalar “esa forma intermedia” (que la caracteri-zaría en “el laberinto de formas”), en la aproximación de dos mares y punto de unión también entre dos masas terrestres, figura en la que ya repararon los antiguos, quienes habrían cartografiado las líneas fundamentales que indivi-dualizan el territorio francés entre dos continentes (Vidal, 1903, 10). Para los territorios ambos territorios son encrucijadas. “Entre dos continentes y entre dos mares la península ibérica es una encrucijada de caminos de mar y tie-rra.” son palabras de Terán. Y de Vidal: “Dans le signalement de la France, voilà un trait essentiel: c’est la contrée sise au rapprochement de deux mers. Et comme, aussitôt après l’épaisse Péninsule ibérique restitue à l’Europe des dimensions quasi continentales, notre pays se montre également le point de

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jonction entre deux masses terrestres.” El autor español añade una idea, que le rondó toda su vida, pero que

nunca llegó a desarrollar: Lo que en nuestra geografía y en nuestra cultura se considera africano y árabe, quizá debe ser entendido más propiamente como mediterráneo. Porque “el viejo esquema de la división del mundo en cinco con-tinentes, como unidades perfectamente diferenciadas y definidas, coacciona nuestro pensamiento, no dejando lugar en él para la noción de otra unidad que, constituida con fragmentos de Europa, Asia y África, se afirma con figura y personalidad propia en la Geografía y en la Historia (Terán, 1952, 5).

Tras la figura, la arquitectura. En ambos textos se describe en términos arquitectónicos, el contraste entre macizos antiguos, grandes pilares con sus cuencas sedimentarias hundidas y montañas de plegamiento alpinas. Según Vidal, la estructura de Francia no tiene la unidad homogénea que se le atri-buye pero sí “una feliz disposición” entre tierras arcaicas y jóvenes en térmi-nos geológicos. “Les massifs anciens avec leur terres siliceuses et froides, les zones calcaires au sol chaud et sec, les bassins tertiaires avec la variété de leur composition, se succèdent dans un heureux agencement.”. Disposición no tan feliz en la península donde todo se articula en torno a “ese núcleo in-terior meseteño que parte en dos el Sistema central y que amurallan como un castillo las Montañas cantábricas, el Sistema ibérico y Sierra Morena” en torno al que se disponen los plegamientos alpinos y las fosas marginales, la del Ebro, la del Guadalquivir y las tierras bajas de Portugal.

El resultado, unidad en la diversidad, contrastes y corrientes contra-puestas de segregación y unificación. En Francia, una vida local pletórica que no impide los impulsos de la vida general, gracias a esos umbrales es-tructurales que facilitan la circulación. En el mundo ibérico, dos tendencias diferentes a lo largo de la historia: unas veces la unitaria que tiende a reunir las piezas del cuerpo peninsular; otras, la disgregatoria, que aspira a conver-tir las unidades físicas regionales en organismos políticos diferenciados. Las tres grandes unidades políticas de la historia peninsular podrían interpretarse en términos geográficos, el reino aragonés, aislado de la Meseta por el Sis-tema ibérico, el castellano-leonés en el centro, y al Oeste Portugal precoz-mente volcado a su vocación marinera. Pero Terán se apresura a precaver sobre la exageración de la tendencia localista determinada por la comparti-mentación morfológica. Y lo hace recurriendo a palabras de Ramón Menén-dez Pidal, el gran historiador y su gran amigo: “Las grandes montañas que de Norte a Sur recorren Cataluña están muy al Este del país y no en el límite con Aragón; los cien túneles del ferrocarril del Norte no separan a Castilla de León sino a León de Asturias; la frontera de Portugal tampoco está determi-nada por sierras.” (Terán, 1952, 7). De modo que la historia recupera todo su peso. “En siglos de trabajo, de acción y de pensamiento, se ha hecho la humanización de las formas del paisaje natural.”

De la diversidad y contraste del medio, de la larga historia agraria,

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hecha de afanes y trabajos, sueños y pensamiento, resulta la variedad de pai-sajes agrarios de la Península. En un alarde literario, Terán logra una rica evocación de los muchos modos de vida y de trabajo peninsulares. Merece la pena reproducirlo: “Vaqueros de las brañas cantábricas, encumbradas por encima del robledal y del hayedo, de los valles cuyo fondo tapizan el maíz, los cuadros de hortaliza y los frutales; aldeanos de las rías gallegas, que al-ternan a veces el trabajo en el maizal y el huerto con el manejo de las artes de pesca; labriegos de la Meseta empuñando la esteva del arado, cuya reja traza sobre la tierra los surcos paralelos que en el estío cubre la mies dorada; pastores que conducen las merinas trashumantes de los agostaderos del Sis-tema Cantábrico y los Núcleos Ibéricos-Sorianos a los invernaderos de Ex-tremadura y la solana de Sierra Morena; braceros del valle del Guadalquivir, los que cavan y podan las viñas, los que cosechan las mieses o varean los olivos; hortelanos de los jardines de Levante, para quienes el agua es un pre-cioso teroro que, captado a la salida de la montaña, una red de canales distri-buye por la tierra con arreglo a usos y costumbres jurídicos que ha creado una tradición de siglos; payeses de Cataluña y Baleares, ordenando la tierra en una primorosa disposición de terrazas apoyadas en muros de piedra; ma-dereros del Pirineo y la Serranía de Cuenca, acarreando por lo ríos la madera cortada por los hacheros…” “Son las de la Península tierras de una historia que cuenta por milenios. Paisaje amasado de tierra y de cultura: olivo cente-nario cuya raigambre se nutre de la hondura de la tierra y cuyo tronco y hojas han modelado ciclos de vientos y soles, de afanes y humana sabidu-ría.”.. Con estas palabras termina el capítulo de Terán.

Orlando Ribeiro fue también capaz de evocar los muy distintos modos de vida del agro lusitano, la complejidad de la vida rural y la evolución de la primera agricultura. En el volumen IV de sus Opúsculos Geográficos, van siendo caracterizados abertales y cortinas, campos-prados del noroeste, los campos abiertos del interior septentrional, los arborados meridionales, los extremeños del policultivo y los del Algarve, las montañas pastoriles…Es una ocasión para repasar el fin de los arcaísmos y la evolución reciente de los sistemas de cultivo (Ribeiro, 1989-1995, IV).

Retomaré dos puntos más de contacto entre Ribeiro y Terán. Ángel Ca-bo ha llamado la atención sobre el interés de un trabajo de Ribeiro que du-rante mucho tiempo permaneció inédito, la confrontación de la visión de Castilla de diferentes autores, entre ellos Terán. En “A Meseta de Leâo e Castela-a-Velha: uma regiâo interior da Espanha vista por vários geógrafos” contrapone las divisiones de la región realizadas por Terán en la Geografía de España y Portugal, de Montaner y Simón; Hermann Lautensach en su Península Ibérica; Garcia Fernández en la Geografía Regional de España, de Ariel, y Carlos Carreras y Edmundo Gimeno, en la Geografía de España di-rigida por Vila Valentí. Con razón encuentra Ribeiro muy sugestiva la con-frontación de estos distintos puntos de vista sobre esa gran unidad espacial

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(Cabo, 1998, 107). Sin saberlo, sin haber estado en condiciones de leerse mutuamente,

Manuel de Terán y Orlando Ribeiro compartieron también Toledo, y en este caso también muestran ambos su hondo espíritu ibérico. He tenido ocasión de decir hace poco que Terán mantuvo con la ciudad de Toledo una verdade-ra historia de amor y de cortejo que se prolongó a lo largo de toda su vida, pero su trabajo sobre la ciudad, su constante investigación no culminaron en una publicación por razones difíciles de interpretar. Con motivo del centena-rio de su nacimiento, hemos recuperado, de entre los muchos borradores es-critos por Terán sobre la ciudad imperial, el texto que presentó como trabajo original de investigación a su oposición a la cátedra de la universidad de Madrid en 1951, aunque lo había escrito ya en 1949 (Terán, 2004, 161-260).

En Toledo cree ver el geógrafo uno de los casos más perfectos de “ade-cuación entre el fenómeno urbano y la forma del paisaje humanizado en que la ciudad consiste y la forma topográfica que le sirve de apoyo y sustentácu-lo.”, un paisaje en que ciudad y roca se confunden, una excepcional situación topográfica, verdadera invitación de la naturaleza a la que “la historia acu-dió”. Para Terán, Toledo es una ciudad de la Meseta, pero de la meseta más mediterránea, es más que castellana, mediterránea y oriental, y una de las formas más perfectas de compenetración entre los dos elementos capitales de la historia española, el cristiano y el musulmán, y por eso uno de los conjun-tos más acabados y característicos de lo que han sido la tierra y la civiliza-ción genuinamente españolas.

La ciudad tiene un plano difícil de leer, pese al protagonismo árabe, por los sucesivos ciclos históricos que han ido cambiando su diseño. Por este motivo Terán se sirve de una analogía cargada de significado metodológico y resonancias: “Toda esta indagación histórica era necesaria para llegar a en-tender el paisaje que Toledo nos presenta, un paisaje en el que se superponen y componen los ciclos de erosión geológica y de actuación histórica, y en el que un nuevo ciclo se afana en destruir las formas del pasado para edificar sus propias formas.” (Terán, 2004, 255).

En el volumen V de los Opúsculos Geográficos, Ribeiro dedicó un tra-bajo de unas treinta páginas a Toledo, subtitulado “Ensayo de Geografía Ur-bana”, resultados del callejeos, de lecturas, de documentación histórica. Em-pieza también, como Terán, con la situación y el emplazamiento de la ciudad sobre su peñón granítico rodeado por el bello meandro epigénico del Tajo. Pero al igual que el autor español la forma de presentar la ciudad es la de la “estratificaçâo de civilizaçôes”, seguidas de cuatro siglos de inmovilidad. Toledo es la ciudad más representativa de la civilización española, como Florencia lo es de la italiana, dice Ribeiro, combinación armoniosa de ele-mentos cristianos, moros y judíos. El autor realiza algunas sugerentes com-paraciones con otras ciudades españolas y portuguesas, como Évora o Braga para concluir que a Toledo la singulariza esa historia de civilizaciones suce-

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sivas.

“Com [este escrito] pretende-se reafirmar o propósito de que, no plano da Geografia, Espanha e Portugal nao vivam ‘a espaldas’ e fazer dos estudos ibéricos un condomínio em que Espahnóis e Portugueses sejam levados a colaborar, a despeito da fronteira, da língua e dos preconcei-tos que os separam.” (Ribeiro, 1977-1982, V, 429).

La plenitud de un intelectual

No pretendía con estas páginas, como ya dije, otra cosa que evocar al-gunas de las facetas geográficas de Terán, sobre todo las que acreditan su vi-sión ibérica. No tiene pues sentido extenderme en otras dimensiones de su obra. Voy por ello a terminar con algunas referencias más amplias a su figura intelectual que enriquece y desborda la profesional del geógrafo.

Los años centrales del siglo XX han sido caracterizados por Antonio López Gómez como de una actividad increíble desarrollada por Terán. Por una parte son sus años de mayor actividad internacional. Viaja a Estados Unidos en 1959 como Visiting Professor del Middlebury College pero apro-vecha, no podía ser menos, para largos desplazamientos por América. En 1961 inicia la participación en las reuniones que, a instancias del Consejo de Europa, se celebraban para mejorar la enseñanza secundaria de la geografía y revisar los libros de texto. Eso le llevó a Alemania, a Irlanda, a Islandia y también a organizar él mismo la segunda de estas reuniones en Santa Cruz de Tenerife en 1962 con notable éxito de contenidos y de organización. El fruto geográfico de estas jornadas serían los capítulos dedicados a las islas que el autor se reservó para sí en las distintas geografías de España que dirigió. Pe-ro la inquietud por la enseñanza media le llevó también a participar durante varios años en los seminarios de Humanidades organizando uno sobre la his-toria del bachillerato; aquellos seminarios eran dirigidos por el filósofo y en-sayista Julián Marías, discípulo de Ortega, y patrocinados por la Fundación Ford en la Sociedad de Estudios y Publicaciones, vinculada al Banco Urqui-jo, cuyo secretario era el poeta José Antonio Muñoz Rojas.

El interés del geógrafo por las ciudades tomó en los años sesenta y se-tenta derroteros algo distintos. Sin abandonar su preocupación por la morfo-logía y la evolución de las ciudades medias (dirigió entonces tesis doctorales sobre las ciudades de Segovia, Guadalajara y Cuenca, y él siguió trabajando sobre Toledo) fue llamado a colaborar como geógrafo en las informaciones urbanísticas de grandes ciudades y áreas metropolitanas realizadas por la Di-rección General de Urbanismo del Ministerio de la Vivienda, empezando por Bilbao y su ría, Madrid, en cuyo plan general de 1981 participó, para luego meterse de lleno en el estudio del crecimiento de la ciudad y de sus caracte-rísticas, Sevilla, Vigo, Oviedo, además de las informaciones previas a la pla-

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nificación indicativa de Aragón y Andalucía.

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Con el intervalo de diez años, en 1968 y 1978, aparecen dos nuevas geografías de España, codirigidas de nuevo por Terán y Solé y ahora publi-cadas por la editorial Ariel. En la segunda escribía el primero, por fin, un largo y valioso capítulo sobre la industria. Directores y editores reconocían el considerable retraso con que nacía esa geografía general, y lo explicaban porque los moldes expositivos de la regional estaban más establecidos y aceptados. Quizá esa Geografía general llegaba tarde: en la España de la transición, ávida de novedades y de comunicación exterior con las corrientes analíticas y críticas, el libro fue poco valorado.

A finales de los años sesenta, razones familiares hacen que el geógrafo disminuya un poco el ritmo y empiece por abandonar el instituto de enseñan-za media. A principio de los setenta, a la muerte de Amando Melón, se con-vierte en director del Instituto Elcano, luego en consejero del CSIC y en vo-cal del Consejo Nacional de Educación. Gusta de la divulgación culta de la geografía, y ello le lleva a participar en el Ciclo Cultural Politeia, en el que dictó clases de forma ininterrumpida hasta 1976. El conjunto de las confe-rencias pronunciadas, cuyos textos han sido recuperados por Daniel Marías con motivo de los actos del centenario, versan sobre marcos geográficos del mundo occidental en distintos momentos históricos.

En 1974, al cumplir la edad de jubilación, Terán cesaba como catedráti-co de Universidad, tras cuarenta y cuatro años de docencia ininterrumpida, de los que más de la mitad también en la enseñanza superior.

Su calidad de figura del mundo de la cultura española fue reconocida con su elección sucesiva, primero a la Real Academia Española y después a la de la Historia. Ingresó en la primera en 1977 y sólo en 1980 en la segunda. Los discursos de ingreso se complementan y son los mejores testimonios de su categoría intelectual y literaria, que han llevado a calificarlo como miem-bro científico de la generación del 27. El discurso de la Academia de la Len-gua se refiere a Las formas del relieve terrestre y su lenguaje y el de la de la Historia a De causa montium. “Tanto como admirada la montaña ha sido te-mida, más que amada” así empieza el discurso de la Española que luego se encarga de revisar cómo en la visión de la montaña se ha pasado del mythos al logos.

De Terán han dicho mucho y bueno sus discípulos, sus compañeros, sus amigos y menos amigos. Me voy a quedar para terminar mi evocación con las palabras con las que hacen balance, primero Solé Sabarís: “Terán es el geógrafo de formación completa y equilibrada en geografía física y humana, como los geógrafos franceses tradicionales clásicos de la escuela francesa” (Solé, 1987, 96-97). Después, su discípulo Ángel Cabo que ve en Terán la capacidad de aunar vocación humanista y naturalista y de ser lo que el mis-mo reclamaba de todo investigador, “un cazador de verdad, un venator sa-pientiae” (Terán, 1977, cit. por Cabo, 1987, 64).

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Manuel de Terán (1904-1984) 53

Bibliografía citada

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APPROCHES ACTUELLES DE L’HISTOIRE DE LA GÉOGRAPHIE EN FRANCE.

AU-DELÀ DU PROVINCIALISME, CONSTRUIRE DES GÉOGRAPHIES PLURIELLES

Marie-Claire Robic*

Introduction

Dans toutes ses “réflexions sur l’histoire de la géographie” Philippe Pinchemel, l’un des pionniers de l’histoire de la pensée géographique, appelle depuis trente ans à pratiquer une histoire plurielle. Ainsi, dès 1979, il aspirait à traiter des “histoires de la géographie” et de “l’histoire des géographies”. Il y affirmait “la pluralité des contenus, des histoires de la géographie”, et met-tait à la base de cette pluralité une “dualité”: “l’histoire de la géographie est tout à la fois une histoire de la pensée géographique et une histoire de l’action géographique” (Pinchemel, 1979, p. 223).

Deux titres aujourd’hui semblent répondre à cette aspiration: celui du livre collectif, Géographies plurielles: les sciences géographiques au mo-ment de l’émergence des sciences humaines (1750-1850), que dirigent deux jeunes historiennes (Hélène Blais et Isabelle Laboulais-Lesage) et qui est is-su d’un colloque organisé par la Société française pour l’histoire des scien-ces de l’homme en 2003; le titre d’une thèse: Géographies de l’exploration. La carte, le terrain, le texte (Afrique occidentale, 1780-1880), soutenue la même année par une autre jeune historienne, Isabelle Surun. Les géographes ne sont pas en reste: ainsi par exemple de la thèse défendue par Olivier Orain (2003), intitulée Le plain pied du monde, qui examine les “postures épisté-mologiques” et “les pratiques d’écriture” dans la géographie française au cours du XXe siècle.

* Directeur de Recherche au CNRS. Equipe Epistémologie et Histoire de la Géographie

(E.H.GO), Laboratoire Géographie-cités. ENS Lettres&Sciences Humaines. Universidade de Paris.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 53-76

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Au vu d’une bibliographie1 des travaux de recherche publiés en France entre 1990 et 2005 sur l’histoire de la géographie et des savoirs géograp-hiques et sur l’épistémologie du domaine, tout se passe comme si cet appel à la pluralité avait été entendu, grâce à la multiplication des travaux de recher-che concernant l’histoire de la géographie, grâce à leur ouverture hors du seul champ de la science géographique et des géographes, grâce enfin, et peut-être surtout, au renouvellement des approches. Aussi serait-il est inex-act de titrer “studying ourselves”, comme le faisait Mark Bassin en 2000 dans Progress in human geography, tant, dans cette bibliographie, l’éventail des chercheurs impliqués et des pratiques étudiées est large.

Ce sont ces ouvertures, souent hors de l’histoire de la seule discipline universitaire, que je voudrais d’abord évoquer ici. Elles se font notamment sur des périodes antérieures à l’institutionnalisation, et sur des champs de l’action situés hors des réseaux académiques, scientifiques et scolaires les plus habituels. Par là, j’insisterai sur les rencontres intellectuelles qui se sont produites dans le même temps. Mais c’est peut-être la diversification des modes d’investigation et des modèles d’analyse du matériau géographique qui marque le mieux le renouvellement des approches.

De l’histoire de la géographie à l’étude des savoirs, des cultures et des expériences géographiques

Une certaine vogue historiographique

Parmi les nouveautés, l’investissement de jeunes chercheurs dans l’histoire de la géographie est un premier signe de désenclavement. Témoig-ne d’abord d’un renouvellement de la curiosité la multiplication des thèses qui se consacrent, de près ou de loin, à une étude réflexive de la géographie, qu’elles soient essentiellement historiques ou plutôt d’ordre épistémologi-que. De 1940 à 1989, on compte en cinquante ans moins de dix thèses d’Etat consacrées à l’histoire de la géographie, dont trois sont dues à des géogra-phes, Numa Broc, Robert Specklin et Georges Nicolas-Obadia2. Quelques 1 Pour l’essentiel, la bibliographie du corpus étudié ne comprend ici que des références sélec-

tionnées des auteurs cités. La dernière analyse globale (mais sommaire) de la production française dans le domaine a été le fait de Philippe Pinchemel (alors président de la Commis-sion d’histoire de la pensée géographique du Comité national français de géographie) et de Marie-Claire Robic (1988) à l’occasion du Congrès international de géographie de Sydney. Voir aussi la bibliographie de Paul Claval, 1998.

2 Il s’agit des thèses de Numa Broc, “La géographie des Philosophes: géographes et voyageurs français au XVIIIè siècle” (thèse d’état, 1972) et “Les montagnes vues par les géographes et na-turalistes de langue française au XVIIIè siècle” (thèse de troisième cycle soutenue en 1966), de la thèse de Robert Specklin (1979) sur “La géographie de la France dans la littérature allemande (1870-1940)” et de celle de G. Nicolas-Obadia (1978) sur “L’axiomatisation de la géographie: l’axiome chorologique. Préliminaires à une histoire de l’espace agricole vaudois”.

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thèses de troisième cycle s’y ajouteraient3. Après la thèse de François de Dainville sur les Jésuites soutenue en 1940, elles signalent depuis la fin des années soixante une certaine renaissance du genre “histoire de la géogra-phie”, après son irrémédiable déclin déclenché à la fin du XIXe siècle par la montée de la géographie moderne, celle du terrain. En revanche, de 1990 à 2004, on recense dans les quinze dernières années près de vingt thèses “nou-veau régime” portant sur l’histoire de la géographie, de la cartographie moderne ou de l’enseignement de la géographie et soutenues comme thèses de géographie, par des géographes, en France (Tableau 1). Cette liste serait à compléter par la petite dizaine au moins de thèses d’histoire, d’histoire des sciences, voire de sciences politiques, intéressées à la constitution ou à la mise en œuvre de savoirs sur l’espace, tandis que tous les ans une ou deux inscriptions en thèse de géographie accroît la liste des sujets relevant de ce champ.

La relative vogue que connaît l’histoire de la géographie en France, comme dans d’autres cultures semble-t-il (Bassin, 2000; Ryan, 2004)4, résul-te sans doute de la convergence de plusieurs facteurs très hétérogènes, que je ne pourrai qu’évoquer ici. Outre cet intérêt des jeunes générations, elle se marque par une production très diverse, liée par exemple à des commandes institutionnelles, telles les questions mises au programme des concours de recrutement pour l’enseignement secondaire, où une maîtrise minimale de l’épistémologie et de l’histoire disciplinaires est exigée désormais pour les futurs professeurs dans un but didactique et de culture scientifique5. Cette vogue est aussi liée à un esprit de patrimonialisation et à des phénomènes de génération qui incitent nombre de géographes, souvent retraités, à livrer leur mémoire, leur message, leur recette du “bonheur d’être géographe” (Bonna-mour, 2000), ou à constituer des instruments d’ordre biographique pour une mémoire de la géographie du XXe siècle (cf. les recueils de textes et la cons-titution de CD-Rom sur la vie et l’œuvre de géographes marquants, tel P. Pinchemel). La mode des “égohistoires”, lancée par les historiens, a eu aussi ses émules dans la décennie 90 (George, 1995; Lévy, 1995; Claval, 1996) et elle a pu s’exprimer dans des supports officiels accompagnant la carrière des universitaires, telles les Habilitations à diriger des recherches, qui supposent que chaque postulant sache reconstituer son itinéraire intellectuel. A certains égards, un numéro spécialisé tel le volume de Géocarrefour intitulé “les

3 Parmi les thèses de géographie, signalons celles de Denise Pumain sur l’histoire de la géo-

graphie au Québec, de Béatrice Giblin sur Elisée Reclus, de Vincent Berdoulay sur la forma-tion de l’école française de géographie et de Daniel Loi sur la causalité dans les premières thèses de géographie.

4 Le premier recense essentiellement la littérature anglo-américaine et allemande (quatre Fran-çais sur 82 noms), le second est légèrement plus ouvert à d’autres traditions.

5 Il en a résulté notamment une floraison de manuels qui fait la fortune des maisons d’éditions spécialisées: c’est un genre de production “captive» qui accueille le pire et le meilleur.

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références des géographes” répond à ce souci de témoigner de son parcours, ou du moins, dans une perspective plus épistémologique qu’historiographique, des courants de pensée et des champs philosophiques ou idéologiques qui ont nourri une réflexion de géographe (Durand-Dastès, 2003). Enfin, cette vogue est soutenue par une historiographie militante, qui accompagne souvent, on le sait, les projets de rénovation ou de “révolution-narisation” de la discipline, dont témoigne l’annonce des multiples “tour-nants” qui affectent périodiquement la géographie et les sciences sociales (Robic, 1999). Le Dictionnaire de la géographie et de l’espace des sociétés publié sous la direction de Jacques Lévy et de Michel Lussault (2003), enre-gistre, par son ouverture à des biographies et par ses entrées historiques, d’une nouvelle légitimité de l’interrogation historique.

Dans ce mouvement d’ensemble, je privilégierai la recherche vive, celle dont témoignent notamment les thèses et, sur un plan collectif, les program-mes de recherche suscités éventuellement par des appels d’offre.

Des ouvertures hors de la géographie institutionnalisée,

On peut faire état, d’abord, de l’ampleur des ouvertures hors de l’étude classique de la géographie académique ou institutionnalisée, qui reste cepen-dant un point fort de la recherche (Autour du monde: Jean Brunhes…, 1993; Baudelle et al., 2001; Berdoulay, 1995; Blanc-Pamard, 1991; Claval, 1993; Claval, Sanguin, 1996; Chivallon et al., 1999; Dory et al., 1993; Knafou, 1997; Orain, thèse, 2001; Pumain, Robic, 2002; Robic, 2000; Robic et al., 1996; Sanguin, 1993; Staszak, et al., 2001; Wolff, thèse). C’est le premier facteur qui a motivé l’idée d’un désenclavement du champ de réflexion.

Ces ouvertures proviennent en premier lieu de regards disciplinaires nou-veaux. Le temps n’est plus où seuls des géographes travaillaient sur l’histoire de leur discipline. Nous rencontrons désormais de nombreux historiens, tels Daniel Nordman, Serge Briffaud, Danielle Lecoq, Dominique Lejeune, etc., et souvent des géographes-historiens exemplaires de l’association “histoire-géo” typique de l’organisation scolaire française (Ozouf-Marignier, 1992; Histoi-re/Géographie…, 1998). Mais la discussion se fait aussi avec des philosophes, en des pratiques de longue durée illustrées amplement par les publications de Jean-Marc Besse, et en quelques interrogations plus ponctuelles qui relèvent notamment d’une rencontre avec la phénoménologie. Des littéraires, spécialis-tes de l’Antiquité (Christian Jacob), de la Renaissance (Franck Lestringant) ou de l’époque contemporaine (Paule Petitier) participent aussi de ces regards extérieurs sur la géographie, armés d’une compétence qui nous éclaire tant sur les traditions grecques que sur la dimension théorique et historique de la carto-graphie, comme le fait par exemple Christian Jacob (1992), sur les pas de Brian J. Harley. Sociologues tel Laurent Mucchielli, économistes, politistes, ethnolo-

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gues, ont pu explorer également les interactions entre spécialités. Ces ouvertures existent aussi parce que la recherche se confronte à des

pratiques non-universitaires. L’une des premières dimensions, déjà ancien-ne, concerne l’histoire de l’enseignement. Elle a été vivement ranimée par suite de la création des Instituts universitaires de formation des maîtres, au début des années 90. A côté de nombreuses thèses consacrées à la didactique de la géographie, plusieurs travaux se sont portés sur le système d’enseigne-ment, qu’il relève de l’école élémentaire ou du secondaire (Chevalier, 2003 et HDR 2003; Clerc, 2002; Lefort, 1992; Roumegous, 2002), en sortant du seul enseignement classique qui sert en général de référence. Or les forma-tions professionnelles ou “modernes” (par opposition à la formation classi-que qui valorise l’enseignement des humanités), ont eu partie liée avec les premiers moments de l’enseignement géographique en France, avant même la fameuse Défaite de 1870 dont le traumatisme aurait, selon une vulgate fort critiquable, à lui seul impulsé l’introduction de la géographie dans les pro-grammes scolaires.

Sans viser l’exhaustivité, je signalerai d’autres explorations de prati-ques géographiques, telles les recherches sur les formes d’expertise déplo-yées durant les conflits: l’étude de la participation des géographes français à la Grande Guerre (Palsky, 2002) croisent les travaux de collègues allemands (Mehmed, 1995), britanniques (Heffernan, 1994, 1995) et américains (Smith, 2003), ceux aussi des historiens spécialistes des relations internationales (Bariéty, 2002; Ter Minassian, 1997), et d’autres qui ouvrent depuis peu des chantiers de recherche sur l’histoire culturelle de la guerre, tout autant que les publications des collègues, géographes ou non, appliqués à l’analyse des identités territoriales en Europe (Boulineau, 2001; Walter, 2004).

Un croissant intérêt pour l’implication de l’expertise géographique dans les pratiques d’aménagement ou de régionalisation (Baudelle et al., 2001), mobilise aussi par exemple des politistes (Isabelle Couzon, Efi Markou, Phi-lippe Veitl). Une autre pratique, qui a fleuri en Grande-Bretagne pendant la Seconde Guerre mondiale puis aux Etats-Unis, le renseignement, est de cel-les où le rôle des géographes et de la description géographique est interrogé (Clout, Gosme, 2000; Gosme, thèse en cours). Sans oublier un intérêt crois-sant de jeunes générations de chercheurs pour les modalités de la vulgarisa-tion géographique, qu’elle s’opère par le livre et le magazine (Labinal, Champigny, thèses en cours), ou par des formes de mise en scène de la terre dans les musées, les jardins pédagogiques, les globes (Alavoine, 2003) ou les géoramas (Besse, 2000 et 2003a).

A ces ouvertures à des pratiques géographiques non-académiques s’ajoute une ouverture à de que l’on peut appeler des savoirs géographiques: savoirs de l’espace géographique, savoirs de la production des territoires tels qu’on les soupçonne notamment chez les ingénieurs du XIXe siècle (Verdier, 2002). Il s’agit des ingénieurs créateurs de réseaux, qui conçurent par exem-

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ple, à l’instar de Léon Lalanne, tant des réseaux ferrés nationaux que des systèmes de représentation cartographique (Palsky, 1996). Ces savoirs de l’espace peuvent concerner aussi l’officier de Marine engagé, sous l’autorité de l’Académie des Sciences, dans la reconnaissance de l’Océan pacifique (Blais, 2005), ou encore l’officier topographe attaché à la figuration du champ de bataille (Pansini, thèse, 2002).

Enfin j’indiquerai un dernier mode d’ouverture en direction d’une étude

historique des expériences géographiques, expériences de l’explorateur par exemple, de sa rencontre avec l’inconnu, de sa découverte de milieux igno-rés, de ses contacts avec guides, informateurs, réseaux de marchands, autori-tés politiques locales – comme l’a étudié notamment Isabelle Surun dans sa thèse. Alors, l’expérience sensible des lieux, le rapport corporel au milieu et les interactions sociales mises en jeu au cours dans ces divers contacts sont au cœur de l’analyse, et les carnets de terrain, les correspondances, les des-sins sont mobilisés pour livrer le récit des événements mémorables, des impressions et des désirs exprimés in situ.

Des rencontres sur des questions vives et sur des thématiques transversales

La sortie du provincialisme résulte aussi de rencontres liées au partage de questions vives ou de thématiques transversales aux sciences de l’homme. Parmi les premières figurent la question de la ville (Montigny, 1992; Berdou-lay, Claval, 2001; Robic et al., 2003), le thème du paysage (Briffaud, 1994; Besse, 2000b), les problèmes de l’environnement (Robic, 1992) et du dévelop-pement durable (Berdoulay, Soubeyran, 2000; Robic, Mathieu, 2001), le pro-cessus de mondialisation (Arrault, thèse en cours). Sur chacune de ces ques-tions vives s’opèrent des rencontres entre spécialistes de disciplines différentes.

Des procédures communes de recherche sont parfois mises en place, à l’occasion par exemple de l’analyse d’ouvrages classiques sur la ville, qui a suscité autour du sociologue Christian Topalov et de l’historien Bernard Lepetit une entreprise attentive à bannir la téléologie et à conduire à l’inverse des enquêtes sur la production et la réception de l’œuvre visant un “historicisme réflexif ” (Topalov, 2001, p. 307) – sachant que la lecture se fait toujours au présent. Ailleurs, c’est la nature du texte scientifique qui est interrogée dans ses nombreuses variantes (Berthelot, 2003).

Plus généralement, les questions de l’espace et du territoire suscitent des colloques, séminaires, programmes de recherche nationaux et internatio-naux, en général pluridisciplinaires. Ces travaux très ancrés dans les mobili-sations politiques contemporaines autour des problèmes de décentralisation, de réorganisation territoriale dans le cadre européen, ou encore de recompo-

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sition des identités locale et nationale, menés par exemple à l’instigation de Marie-Vic Ozouf-Marignier à l’Ecole des hautes études en sciences sociales, supposent coopérations internationales et interprétations pluridisciplinaires. Histoire des représentations paysagères, des représentations des frontières ou des découpages régionaux et des emboîtements d’échelles, prennent sens dans des histoires croisées où les contributions spécifiques de la géographie sont interrogées.

C’est une approche transdisciplinaire qui nourrit enfin des recherches historiques récentes attachées non pas à des notions, non pas à des discipli-nes particulières, mais à des styles ou à des modalités du travail scientifique ou de l’activité intellectuelle. Je veux évoquer par là ces deux thèmes de recherche collective, très mobilisateurs depuis quelques années, que sont le terrain et le projet. L’histoire de la géographie se trouve engagée dans ces deux directions. Elle rejoint dans une approche commune l’étude des prati-ques cognitives qui s’ancrent dans le voyage, l’enquête, la collecte, la collec-tion, etc. En une configuration nouvelle autour de la notion de terrain, elle rejoint tant l’histoire des disciplines naturalistes que celle de l’enquête socia-le (Blanckaert, 1999; Bourguet et al., 2002; Chabaud et al., 2000). Elle peut aussi rejoindre l’étude de pratiques artistiques contemporaines, comme le Land Art. Un auteur emblématique de ces convergences serait Alexandre de Humboldt.

En direction du projet, et toutes disciplines confondues, les historiens se rassemblent autour de l’étude de spécialités comme le paysagisme (Briffaud, 1994; Besse, 2000a, 2001), l’urbanisme (Berdoulay, Soubeyran, 2002), l’architecture, ou encore le projet urbain (Pousin, 2005) ou le projet de terri-toire.

Hors de l’Hexagone et à la rencontre des subaltern studies

En quatrième lieu, un désenclavement d’ordre géographique s’est opéré par une sortie de l’Hexagone et le développement de recherches s’attachant à la question de la rencontre coloniale. Sortie de l’Hexagone, avec une propen-sion récente, mineure par rapport à l’ensemble des travaux mais néanmoins réelle, à conduire des recherches sur des traditions étrangères, telle la prati-que du renseignement évoquée ci-dessus, à se pencher sur les échanges in-ternationaux, qu’il s’agisse des relations organisées dans le cadre des con-grès internationaux (Robic et al., 1996), ou du tissage de réseaux d’influence destinés à asseoir une prééminence culturelle ou personnelle, comme l’ont fait un Pierre Deffontaines (Delfosse, 1998), un Pierre Monbeig (Angotti--Salgueiro, 2002), ou un Emmanuel de Martonne (Delfosse, 2001; Gómez Mendoza, 2001). Une interrogation sur l’émergence de la géographie à la Renaissance englobe d’emblée une science européenne et des réseaux inte-

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llectuels et religieux courant de la Flandre à l’Italie (Besse, 2003b). Les re-cherches portant sur les explorations de la fin du XVIIIe siècle et du XIXe siècle (Blais, 2005; Surun, 1998), sur les entreprises de colonisation (Bru-neau, Dory, 1994) et sur la construction de savoirs scientifiques relevant d’“aires culturelles”, tel l’africanisme (Sibeud, 2002; Suremain, 2004), s’engagent dans l’examen d’expériences géographiques affrontées à l’inconnu et à l’altérité, et souvent, dans l’examen d’interactions multiples entre les acteurs de ces explorations.

Trop peu développée, la question de la science coloniale ou plutôt des savoirs coloniaux est devenue depuis peu à l’ordre du jour. Sur cette théma-tique “Science and Empire” déjà abordée sporadiquement au début des an-nées 90, avec beaucoup moins de systématisme que dans le monde anglo--saxon, une monumentale thèse sur les savoirs coloniaux appliqués à l’Indo-chine a été soutenue en 2004 (Thomas, thèse, et 2004). Elle envisage frontalement les discontinuités et les relations d’hybridation qui ont pu s’opérer entre des savoirs occidentaux et les savoirs locaux qui se sont con-frontés à propos de la gestion forestière et, pour ce faire, elle s’interroge d’emblée sur les modèles épistémologiques et historiographiques utilisables.

De même, mais avec plus ou moins de systématisme, les recherches nouvelles manifestant une curiosité pour les activités géographiques non--académiques, pour les implications de la géographie dans des débats rele-vant d’enjeux contemporains et pour la rencontre entre savoirs relevant de socles culturels différents, se sont fondées sur des modèles d’analyse permet-tant de mieux fonder en méthode et en compétence l’activité réflexive appli-quée à ces pratiques et savoirs géographiques pluriels.

Des modèles, des compétences, des objets d’analyse renouvelés

On l’aura compris, cette activité historiographique est sortie de la voie classique de l’histoire de la pensée géographique et de celle de l’institution-nalisation de la géographie savante, bien étudiée dans les décennies 70 et 80.

Nouveaux modèles d’investigation

Le mouvement le plus caractéristique des approches d’aujourd’hui est l’adoption de principes et de méthodes inspirés de la nouvelle sociologie des sciences ou de ce que l’on appelle parfois sans traduire les “science studies”, les “études sociales et culturelles des sciences” selon Dominique Pestre (1995). Sans la soumettre à la critique radicale postmoderniste, ceci consiste à désacraliser l’activité scientifique et à l’analyser comme une pratique sociale pareille à une autre, à travers ses gestes, ses routines, ses controver-

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ses et les négociations des géographes entre eux ou avec leurs divers interlo-cuteurs.

A ce titre, on étudie les pratiques quotidiennes de la recherche: l’insti-tution du terrain, avec l’excursion, pour la géographie du XXe siècle (Robic, 1996, 1997; Wolff, 2001), la production du regard géographique par la codi-fication, la standardisation, le “formatage” du regard qui a été produit par un certain usage de la photographie dans le livre géographique et par le choix de l’imagerie des manuels scolaires (Mendibil, 2001, 2005). On s’interroge aus-si sur le sens et l’effet cognitif de la constitution de ces lieux de normalisa-tion que sont les “instituts de géographie” établis en facultés des lettres, avec les collections qui y sont rassemblées et l’apprentissage des gestes du métier que sont les exercices canoniques tels le commentaire de cartes ou la coupe géologique (Baudelle et al., 2001). Le référent peut-être la “normalisation” de la discipline, selon Thomas Kuhn, ou l’anthropologie des sciences, à la manière de Michel Callon et Bruno Latour.

S’inspirant encore de Callon et Latour, des recherches s’appliquent à reconstituer la chaîne des opérations qui construit in fine une notion scienti-fique. Cette chaîne noue, par exemple pour produire la notion de “région géographique”, un grand nombre d’“actants”, “humains” et “non-humains”, en un “acteur-réseau” qui produit la chaîne des “traductions” par lesquelles un problème se transforme progressivement pour se “stabiliser” en un certain nombre de notions et de propositions dans lesquelles s’exprime un consensus (Garel, thèse et 1999, 2001). C’est ainsi que l’on a étudié dans une optique constructiviste l’histoire de la notion de “groupement régional” des années 1890 aux années 1930-40 en France, une notion travaillée par Paul Vidal de la Blache en interaction avec un ensemble hétérogène d’acteurs issus des sphères politiques (ministres, députés), des sphères économiques (Chambres de commerce), ou des sphères juridiques.

On a proposé aussi, comme l’a fait brillamment David Livingstone (1995, 2003), de mettre en œuvre une géographie de la science, et pas seu-lement une sociologie, une anthropologie ou une histoire: une étude de l’effet de lieu – abordée par exemple dans le cas de la géographie hollandai-se au XVIe siècle –, des réseaux spatiaux par lesquels un savoir local peut circuler, et comment dans ces migrations il se transforme, prend des consis-tances nouvelles et finit, éventuellement, par s’universaliser (Besse, 2005). L’étude de la chaîne du savoir géographique, depuis le relevé in situ par le voyageur ou l’explorateur, jusqu’à sa compilation, sa mise en ordre, sa car-tographie et sa mise en écriture sous l’autorité du savant de cabinet, et enfin sa vulgarisation, peut relever de ce modèle d’interprétation géographique de la production du savoir. Les sociétés de géographie, académies, instigatrices de voyages, distributrices parfois de questionnaires et guides d’enquêtes, peuvent apparaître, selon l’expression utilisée à propos des sciences dures

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comme des “centres de calcul”, des centres de fabrication d’un savoir issu d’un réseau mondial d’observateurs.

Ces approches constructivistes sont encouragées par des appels d’offres officiels tel le programme interdisciplinaire “Histoire des savoirs” qui a été lancé en 2003 par le Centre national de la recherche scientifique. Il vise deux objectifs théoriques: la connaissance de “savoirs situés”, et celle des modali-tés de circulation et de combinaison des savoirs, qui s’interroge donc sur leur dynamique, en accordant une attention particulière aux propriétés de conti-nuité ou de discontinuité qui les caractérisent. Pour constituer un fond ré-flexif, à la fois critique et positif, et dépasser le relativisme et la fragmenta-tion que l’on peut reprocher au postmodernisme, il me semble que ces approches ne peuvent réussir que si elles savent constituer une dialectique entre les dispositifs locaux et la circulation idéalement universelle. Une ré-ponse à cet appel d’offres vise justement à rechercher non pas la mais les ra-tionalités constitutives de la géographie moderne (1760-1860). Rassemblant géographes, historiens, littéraires, philosophes, ce programme veut interroger les identités intellectuelles et pratiques des savoirs géographiques avant la période d’institutionnalisation de la discipline. Conformément au cadrage proposé par l’appel d’offres, il a d’un côté la volonté de restituer la pluralité des savoirs géographiques, de saisir la grande diversité des lieux de produc-tion, d’institutions de validation, de modes d’établissement de la preuve, de production iconographique, textuelle, cartographique; de l’autre, il s’interroge sur les discontinuités et sur ce que le programme désigne par la “commensurabilité” entre les savoirs.

Des compétences nouvelles

Manier ces modèles d’investigation en histoire de la géographie sup-pose de la part des chercheurs des compétences nouvelles que doivent ac-quérir notamment les doctorants. Je signalerai seulement les principales di-rections caractéristiques des thèses récentes: compétences approfondies en épistémologie, compétences linguistiques, sociologiques, anthropologiques, techniques. Je reviendrai ci-dessous sur les premières. Pour ces deux dernières, elles se révèlent particulièrement indispensables à des recherches sur les savoirs coloniaux qui veulent rendre compte symétriquement des cul-tures en présence, cultures et cosmogonies locales, indigènes, et culture occidentale des explorateurs, des militaires, des forestiers et des administra-teurs. Autant elles étaient familières et intériorisées lorsqu’il s’agissait de saisir le milieu universitaire, autant elles sont à construire lorsqu’il s’agit de saisir le geste de l’officier de marine, du topographe “peintre de bataille” ou le savoir incorporé de l’ingénieur des Ponts et Chaussées.

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Approches Actuelles de L’histoire de la Géographie en France 65

L’archive, la trace, l’enquête

Je passerai vite également sur la nature du matériau d’enquête mobilisé dans la production de ces histoires des pratiques, savoirs, cultures et expéri-ences géographiques. Loin du seul texte publié et de la carte, tout peut servir pour constituer le corpus de ces recherches. L’éventail des lieux-ressources visités, notamment les bibliothèques et dépôts d’archives, ainsi que des types de documents et des dispositifs étudiés s’est considérablement élargi. Toute “inscription” est trace, ou expression, ou moment pour cette histoire de la géographie renouvelée. Je signalerai seulement l’intérêt porté aux carnets de terrain ou de voyage, à ceux de l’explorateur caché, tel René Caillié, ou à ce-lui du savant reconnu, tel Humboldt, ou à celui du professeur-voyageur, tel Vidal de la Blache, qui donnent lieu moins à la constitution référentielle des déplacements “réels” et précis qu’à l’exploitation en vue de la reconstitution de l’acte d’écriture, du surgissement de l’idée, ou de l’expérience vécue “sur le motif”.

Quelques spécificités des recherches françaises

Les recherches françaises sur l’histoire de la géographie manifestent semble-t-il quelques orientations particulières que j’ai regroupé sous quatre angles: études des pratiques iconographiques, des pratiques d’écriture, des séries et des réseaux sociaux et spatiaux.

En matière d’imageries, j’insisterai sur l’approfondissement des analy-ses portant sur la cartographie, qui est sortie de l’approche référentielle pour considérer la carte comme un objet sémiotique, à la manière de Gilles Palsky, et plus largement encore comme un objet culturel. Topique est alors la circulation des points de vue qui cernent toutes les formes co-existantes d’iconographie, cartes, gravures, peintures, par exemple, pour leur donner sens dans une culture caractéristique. L’analyse fait parfois écho à la circula-tion des modèles et des problématiques de la culture d’une époque et mobili-se les techniques lettrées qui circulent d’un lieu à l’autre (arts de la mémoire, rhétorique par exemple). Ainsi des travaux de Jean-Marc Besse sur la Renaissance, qui montrent comment les nouvelles réalisations cartographi-ques des géographes entrent en résonance avec les explorations maritimes portugaises qui découvrent (allant non pas seulement vers l’Ouest mais aussi au Sud, le long des côtes africaines) un “Nouveau Monde” par rapport à celui des Anciens. De ces convergences naît une nouvelle culture: le Nou-veau Monde est un symbole et un modèle pour “penser l’éducation savante

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de l’humanité sur la terre, reposant sur l’expérience” (Besse, 2003b, p. 73).

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Approches Actuelles de L’histoire de la Géographie en France 67

Les pratiques d’écriture font l’objet elles aussi d’analyses circonstan-ciées de la textualité des écrits géographiques. Les jeunes géographes qui s’y sont attachés développent des problématiques différentes, font appel à des approches linguistiques également différentes et mobilisent des méthodolo-gies plus ou moins élaborées. Ainsi, Danièle Laplace (thèse et 1998), décryp-te les modalités des postures énonciatrices dans des écrits de géographie ré-gionale pris comme un “genre” littéraire et comme expression d’un certain contrat de lecture. En recourant à des modèles non linguistiques, ceux de la sociologie des conventions élaborée par Boltanski et Thévenot, Jacquemine Garel (thèse et 1999, 2001) analyse les “mondes argumentaires” mis en œuvre dans les textes relatifs à la question régionale. Paul Minvielle (thèse et 1999) use essentiellement des répertoires de figures de rhétorique pour dé-crypter la subjectivité des auteurs analysés. Dans une thèse de portée épisté-mologique et historique, qui recourt à une excellente connaissance de la phi-losophie analytique et de modèles historiographiques tel celui de Thomas Kuhn, Olivier Orain (thèse et 1999, 2000) mène une recherche linguistique plus ambitieuse, destinée à dévoiler la position épistémologique des géo-graphes. Son entreprise repose sur la critique littéraire génétique illustrée en France par Gérard Genette notamment. Il révèle la posture réaliste des géo-graphes post-vidaliens, inscrite dans un texte qui tend à effacer ou à éviter toute trace de sa propre textualité, par exemple en réduisant l’apparat de no-tes paratextuelles.

Un objet de prédilection est constitué par la série: du terrain à la recons-titution en cabinet et à la vulgarisation, à propos des missions successives dans le Pacifique (Blais, 2005); du terrain à sa mise en image et à sa textuali-sation dans les collections telles les Géographies universelles (Mendibil, thèse et 1999); la série des géographies nationales du tournant 1900 (Robic, 2000); les empilements de missions et de rapports, lors du processus d’ “am-pliation”, c’est-à-dire d’accumulation non critique, produit par l’exploration coloniale (Thomas, thèse et 2004).

Le réseau social et spatial constitue un quatrième objet, complémentaire de la série car il témoigne de la circulation. Il est central dans les recherches sur la diversité des engagements des géographes dans la Cité, en temps de guerre comme en période d’expertise environnementaliste ou aménagiste et dans l’analyse des rapports entre l’explorateur et son terrain, ses intermédiai-res locaux, ses commanditaires. Le modèle social utilisé dans de telles re-cherches est par exemple un modèle interactionniste, qui insiste sur les négo-ciations de rôles sociaux en chaque scène sociale différente (Surun, thèse, 2003). Les réseaux sociaux sont décisifs aussi au moment du contact colo-nial. Je terminerai par ce cas (Thomas, thèse, et 2004) pour évoquer une mo-dalité d’étude qui suppose à la fois la totale discontinuité entre les sociétés et les cultures qui s’affrontent et une certaine hybridation des savoirs. D’où le recours à la fois à une approche archéologique foucaldienne: la tentative

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d’une archéologie des savoirs faisant l’hypothèse de “sols” épistémologiques différents (celui des populations locales et celui des colonisateurs) et une ap-proche destinée à rendre compte aussi de modes de collaboration et de leurs effets, selon un modèle empruntant à la théorie de la chaîne de traductions. Stigmatisation et collaboration participent à une production conjointe de sa-voirs coloniaux, mais production dissymétrique, violente et destructrice.

Conclusion

En ce temps de patrimonialisation, d’une part, de tension sur l’espace, d’autre part (entre le localisme et la mondialisation), il aurait été curieux que la géographie ne soit pas interpellée, cette géographie protéiforme qui sait tout autant porter vers l’autre et aspirer à l’ailleurs que justifier le repli iden-titaire ou l’enracinement frileux. La vogue que connaît l’histoire de la géographie en France, comme dans l’aire anglo-saxonne semble-t-il (Bassin, 2000; Ryan, 2004), participe sans doute d’une réflexivité liée à cette ambiva-lence de la géographie. Elle porte une partie des géographes à se mobiliser sur leur propre pratique, à s’interroger sur les significations présentes et pas-sées de cette activité polymorphe de production de connaissances, d’action, et de diffusion de savoirs sur le monde.

Mais d’autres secteurs des sciences sociales ou de l’homme en société sont aussi concernés par cette attention réflexive portée à la géographie. Sau-rait-on fixer une date ? Existe-t-il un “tournant géographique”, comme ai-ment à l’affirmer certains de nos collègues, à partir duquel la géographie, les savoirs et savoir-faire géographiques, sont devenus importants non seule-ment pour les autres sciences, mais aussi pour la pratique artistique, et surtout peut-être pour le projet ? L’espace et surtout récemment le territoire, après le paysage, ont ainsi envahi la sphère publique et le discours médiati-que. La carte s’est inscrite dans le geste artistique. Ces captations et ces réin-terprétations ne contraignent-ils pas les géographes à repenser la géographie, dans sa pratique contemporaine et dans son histoire ?

Parmi les tendance récentes, l’investissement de jeunes chercheurs dans l’histoire de la géographie est un premier indice de renouvellement. Les thèses ne sont plus si rares, même si une légitime prudence retient certains lorsqu’il s’agit de choisir un sujet qui engage une future carrière: la thèse réflexive, qu’elle porte sur l’histoire de la discipline ou sur son épistémologie, reste un handicap pour l’avenir d’une carrière de “vrai” géographe. S’ajoute à cet inves-tissement de recherche vive une sensibilité diffuse des générations plus ancien-nes à l’historiographie de la discipline. En outre, à la différence d’une période où la géographie n’était l’objet d’aucun discours externe, ni de la part de philo-sophes, ni de celui des sciences voisines, il se produit aujourd’hui un renou-veau des regards et des rencontres entre spécialistes qui s’ignoraient largement.

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Approches Actuelles de L’histoire de la Géographie en France 69

Au total cette vogue s’accompagne d’un renouvellement quantitatif et qualitatif de l’historiographie. Si la recherche est sortie de son domaine clas-sique – le moment de l’institutionnalisation, les développements de la disci-pline académique, particulièrement dans ses dimensions nationales (“l’école française de géographie”) – elle a souvent réévalué les contours épistémolo-giques et sociaux de cette science universitaire en faisant appel à des modes d’analyse issus de pratiques historiographiques ou de modèles d’histoire des sciences inédits jusqu’à peu. En outre elle a ouvert des chantiers nouveaux, et importé, au prix de la mise en œuvre de méthodologies non classiques, des herméneutiques nouvelles fondées sur des savoir-faire anthropologiques, archivistiques, épistémologiques, iconologiques, linguistiques, sociologi-ques, etc. qui plongent ces études dans un univers véritablement pluridisci-plinaire.

A la fin de sa revue de la littérature sur l’histoire et la philosophie de la géographie publiée dans Progress in Human Geography, James R. Ryan (2004) concluait à l’impression d’un “champ d’une vitalité et d’une diversité immenses”. Au risque de confusion qui pouvait résulter de travaux parfois hétérogènes, il opposait avec plusieurs auteurs le legs que constituent ces riches passés géographiques pour penser et pour connaître le monde d’aujourd’hui. Mieux, il estimait que la pluralité du passé de la géographie constituait un défi autorisant l’émergence de nouveaux savoirs et de nouvel-les idées propres à comprendre la géographie du passé et celle du présent, une géographie vue comme “discipline et comme discours.” C’est à un pareil constat que je voudrais aboutir à propos de l’historiographie française et, plus largement, de l’historiographie de la géographie dans le monde: le cons-tat d’une grande vitalité et d’une belle inventivité.

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NB: Les thèses qui ne relèvent pas d’un diplôme de géographie portent un *.

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LIEUX ET PORTRAITS DE LA GÉOGRAPHIE EN ITALIE A L’ÉPOQUE

DE SON INSTITUTIONNALISATION.

Paola Sereno*

Introduction

L’histoire de la géographie a eu ces dernières années un développement accéléré, devenant un des secteurs les plus vifs de la discipline: nous pou-vons identifier un an césure en 1998, à partir duquel la recherche s’est non seulement rependue en augmentant en mesure très considérable les connais-sances disponibles, mais surtout elle s’est mieux structurée, en se réorientant vers une formulation plus authentiquement historiographique qui s’est déve-loppée autour de quelques noyaux de condensation dans un cadre plus ample d’histoire de la culture. En particulier l’attention s’est concentrée à plusieurs reprises sur les rapports entre développement de la science géographique et expansionnisme colonial européen, sur son rôle dans le modelage des identi-tés nationales, sur l’éducation géographique et sur la constitution d’écoles nationales et d’institutions géographiques, sur les procès de construction de la connaissance géographique et sur ses rapports avec le voyage d’explora-tion, sur les lieux de la production du savoir géographique et sur les réseaux et sur les flux de sa dissémination1. La biographie traditionnelle a toujours été de plus en plus accolée d’études sur les périodes et les contextes et quel-ques débats ont tendu à s’interroger explicitement sur les modèles d’interpré-

* Universidade de Turim. 1 Voir en synthèse les comptes-rendus bibliographiques de M. BASSIN, History and Philoso-

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1 Quelques revues ont dédié des numéros monographiques à ces problèmes: voir en particu-lier

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 77-102

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tation mis en œuvre dans la recherche2. Deux conséquences en sont dérivées: la perte de l’autoréférence qui a souvent caractérisé dans le passé les études d’histoire de la géographie, en déplaçant l’attention aux relations entre la géographie et les milieux culturels et sociaux dans lesquels elle se dévelop-pait, et une plus grande attention pour les contextes locaux en rapport aux écoles nationales. Dans cette perspective, il en est résulté quelques modèles d’interprétation de grand intérêt théorique et méthodologique, tels que la re-conceptualisation de l’histoire de la géographie comme géographie histori-que des géographies, une sorte d’application de la notion de lieu et de déve-loppement local à l’histoire de la production de connaissance géographique, qui est à son tour catalyse d’une nouvelle attention pour les contextes lo-caux3, ou encore le recours au concept de «sphère publique» et d’espace pri-vé, repris par Habermas4.

Non en dernière, cette orientation de la recherche propose à nouveau dans une forme renouvelée la question des périodisations de l’historiographie de la géographie et elle accentue l’intérêt sur le XIX siècle et sur le début du XX: cela signifie aussi poser nouvellement la question de l’institutionnalisation de la géographie, non plus comme élément purement chronologique, césure entre histoire de la pensée géographique et histoire de la géographie, qui est en substance le sens dans lequel Paul Claval l’introduisit, ni comme simple procès d’accroissement et de spécialisation de la discipline, comme le fit Horacio Capel5, mais comme aboutissement d’un processus de construction et d’affirmation de la géographie en relation au contexte culturel et scientifique local et national. les essais recueillis par F. DRIVER dans “Transactions I.B.G.”, 20, 1995 et ceux recueillis

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Studies”, 38, 2000, pp. 1-9, ID., Making Space for Science, “Erdkunde”, 54, 2000, pp. 285--296, ID., The Spaces of Knowledge: Contributions towards a Historical Geography of Sci-ence, “Society and Space”, 13, 1995, pp. 5-34, C. W. J. WITHERS, Introduction: Geogra-phy, Science and Historical Geography of Knowledge, dans WITHERS, Geography, Science and National Identity. Scotland since 1520, Cambridge 2001, pp. 1-29. Sur quelques contex-tes locaux en France voir les essais de H. VOGT, M.-C. ROBIC, J.-C. BONNEFONT dans le fascicule dédié à Géographie de l’Est, 1840-1940 de la “Revue Géogr. de l’Est”, XXXIX, 1999, pp. 31-60 et les essais recueillis par G. BAUDELLE – M.-V. OZOUF-MARIGNIER – M.-C. ROBIC, Geographes en pratiques (1870-1945). Le terrain, le livre, la Cité, Rennes 2001.

4 C.W.J. WITHERS, Towards a History of Geography in the Public Sphere, “History of Sci-ence”, XXXVI, 1998, pp. 45-78, P. HOWELL, Public Space and the Public Sphere: Political Theory and the Historical Geography of Modernity, “Environment and Planning D: Society and Space”, 11, 1993, pp. 303-322.

5 P. CLAVAL, L’évolution historique de la géographie humaine, Besançon 1968; H. CAPEL, Institucionalizatión de la geografía y strategias de la comunidad cientifica de los geografos, “Geo Critica”, 8-9, 1977, ID., Institutionalization of Geography and Strategies of Change, in D.R. STODDART (ed.), Geography, Ideology and Social Concern, Oxford 1981, pp. 37-69. L’année 1870 reste une ligne de faîte logique et chronologique encore dans P. CLAVAL, Histoire de la géographie française de 1870 à nos jours, Paris 1998.

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La géographie italienne n’a pas participé jusqu’ici –si non en petite par-tie – à ce renouvellement de l’histoire de la géographie, qui reste un domaine de recherche peu pratiqué où il y a souvent trop d’autocélébration et qui a tendu généralement à se superposer à l’histoire des découvertes géographi-ques et de la cartographie de l’époque, selon une tradition consolidée qui remonte à la première académisation de la discipline du XIX siècle. En outre la période du fascisme et de la géographie coloniale paraît avoir subi – avec peu d’exceptions – une sorte de refoulement et d’embarras qu’on est en train de surmonter seulement maintenant, ou de nécessité d’une distance histori-que et générationnelle. La carence d’études spécifiques déconseille pour le moment la construction d’un tableau de synthèse, tandis que l’état de la re-cherche en domaine international sollicite à revoir les connaissances déjà produites à la lumière de nouveaux modèles d’interprétation. Nous nous pro-posons alors d’ouvrir un dialogue avec l’état actuel de la recherche, en indi-viduant quelques points de réflexion sur le cas italien: face à une géographie contemporaine qui ne semble pas avoir une identité scientifique cohérente, ni un rôle reconnu dans la culture actuelle, ni ne semble en condition de sollici-ter une demande de savoir géographique de la part de la société, l’habitude à la réflexion historique nous porte à nous interroger sur le quand sur l’où et sur le comment la géographie a commencé à se donner un statut discipli-naire.

La construction de la tradition.

Deux sont les points de départ obligés pour une exploration de l’histoire de la géographie italienne entre ‘800 et ‘900: un est le cadre de synthèse com-posé il y a plus de vingt ans par Ilaria Caraci6, l’autre est l’essai qui recueille un cycle de conférences de 1970 de Lucio Gambi7. Le premier essais trace une histoire documentée fondamentalement linéaire de la géographie italienne de-puis Giuseppe Dalla Vedova à Giovanni et Olinto Marinelli, toute interieure à une «école nationale» qui se dessine compacte et cohérente dans les pages du livre, bien que dans ses différenciations et malgré quelques personnages qui restent en dehors de l’académie, une tradition qui semble déjà donnée au mo-ment de l’académisation, comme si l’institutionnalisation de la géographie était 6 I. LUZZANA CARACI, La Geografia italiana tra ‘800 e ‘900 (dall’Unità a Olinto Mari-

nelli), Genova 1982. Voir aussi I. CARACI, Modern Geography in Italy:from the Archives to Environmental Management, dans G. DUNBAR (ed.), Geography: Discipline, Profession and Subject since 1870. An International Survey, Dordrecht 2001, pp. 121-151. Voir aussi le chapitre sur la géographie en Italie écrit pour l’edition italienne de O. CAPEL, Filosofia e scienza nella geografia contemporanea, Milano 1987, pp. 71-88, non présent dans l’édition originale (Barcelona 1981).

7 L. GAMBI, Uno schizzo di storia della geografia in Italia, in L. GAMBI, Una geografia per la storia, Torino 1973, pp. 3-37.

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la conséquence logique de l’existence des conditions d’une identité scientifi-que, dont Giuseppe Dalla Vedova est indiqué comme le “patriarche”, celui à qui on doit l’invention de la géographie comme science8.

Le deuxième dessine au contraire une histoire de fractures et de dis-continuités; Gambi commence ses argumentations en jugeant discutable l’hypothèse qu’on doive faire commencer la géographie moderne avec son «enseignement plus ou moins régulier dans les universités», c’est-à-dire avec l’institution des chaires de géographie, à leur tour noyaux de formation d’écoles nationales, en anticipant avec cela des positions récentes dans le débat international9. Comme toutes les sciences – affirme Gambi – la géo-graphie se construit sur des problèmes, avant que sur des institutions, donc sur sa «capacité ou aptitude à participer – avec ses méthodes de recherche et ses instruments de travail – à la solution de problèmes déterminés». Les ori-gines de la géographie moderne se situent donc là où et quand «les problè-mes auxquels la géographie moderne s’est adressée avec efficience particu-lière émergent, sont cultivés, stimulent sur des directions diverses des initiatives d’étude coordonnées”. Pour l’Italie cela arrive sans aucun doute au siècle XVIII: le siècle des lumières active dans les anciens états italiens, dans certains en manière particulière, l’étude des eaux et des réseaux hydro-graphiques, de l’exploitation des forêts, de la nature physique des lieux en rapport aux ressources agricoles, des relations entre croissance démographi-que et ressources, des réseaux routiers, de la mise en valeur des espaces ru-raux, des politiques d’aménagement du territoire. L’âge napoléonien greffe ensuite, sur la dissolution de la tradition de l’arithmétique politique italienne des lumières, la statistique comme «description comparée des conditions économiques et sociales et des manières d’organisation des états»: sur ce modèle on produit plusieurs monographies chorographiques qui ne s’accomplissent pas dans la brève période de la conquête napoléonienne, mais qui, après un fléchissement pendant la Restauration, ont une continuité de quelques décennies, jusqu’à quand ce genre particulier de description géographique, au dernier quart du siècle XIX, s’épuise et la statistique de-vient aride compilation. Gambi semble penser que la culture du Risorgimen-to se rattache à la tradition illuministe plus qu’à la statistique napoléonienne, en marquant une première fracture dans les manières de la production d’un 8 «Sans aucun doute la géographie comme science fut, pour l’Italie, une invention de Dalla

Vedova»: voir LUZZANA CARACI, La geografia italiana tra ‘800 e ‘900, op. cit., p. 25. Giuseppe Dalla Vedova fut professeur de géographie à l’Université de Padoue depuis 1872, déjà libero docente de géographie physique en 1867, ensuite à l’Université de Rome, Prési-dent de la Société Géographique Italienne de 1900 à 1906. Sur son œuvre voir: I. LUZZANA CARACI, A sessant’anni dalla morte di Giuseppe Dalla Vedova, Genova 1978.

9 R.J. MAYHEW, The Effacement of Early Modern Geography (c. 1600-1850): a Histo-riographical Essay, “Progress in Human Geography”, 25, 2001, pp. 383-401 e C.W.J. WITHERS – R. J. MAYHEW, Rethinking ‘Disciplinary’ History: Geography in British Uni-versities, c. 1580-1887, “Transactions I.B.G.”, 27, 2002, pp. 11-29.

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savoir que nous pouvons définir géographique, bien qu’il ne soit pas catalo-gué sous le nom de géographie, nom qui toutefois apparaît au cours de la première partie du siècle XIX presque exclusivement à l’intérieur des mono-graphies statistiques. Dans l’histoire de la géographie italienne le rapport en-tre arithmétique politique – statistique napoléonienne – géographie statisti-que est en réalité un nœud qui est encore a défaire; il est d’ailleurs intéressant de remarquer que plus récemment l’historiographie a reconnu dans les recherches statistiques du Royaume de Sardaigne, de la moitié des années Trente jusqu’au début de l’Unité d’Italie, un fil rouge qui – passant autour des années de la Restauration – les relie à la statistique napoléo-nienne, qui à son tour renouvelle radicalement, mais sur une ligne de conti-nuité idéale, l’arithmétique politique de l’âge des lumières10; celle-ci repré-sente d’ailleurs la tradition culturelle de cette élite des rangs de laquelle émergent les auteurs de la «statistique morale», c’est-à-dire sociale, et dont les représentants sont nés pour la plupart dans la dernière décennie du XVIII siècle. La discontinuité, la fracture se situe au contraire certainement dans la deuxième moitié du siècle, comme Gambi le démontre bien: en bref, cette tradition se dissout justement à l’époque de l’institutionnalisation universi-taire de la géographie; et c’est une question qu’il faut étudier quels sont les entrelacements entre ces deux faits.

Il semble donc une bonne méthode pour remettre le problème à feu d’échapper à la logique des périodisations pour étudier ce no man’s land des phases de transition. Alors nous ne pouvons pas nous soustraire à l’obligation de nous demander sur quoi se fonde le processus d’académisa-tion, d’institution d’une école nationale, et comment elle s’accomplit et par quelles impulsions. En réalité il est encore difficile de répondre à cette ques-tion: la nécessité de beaucoup d’études nous sépare encore de la réponse, aussi parce que jusqu’ici nous en avons été séparés par la présomption que la géographie académique italienne naît d’un itinéraire commun et unitaire d’institutionnalisation, peut être parce que nous avons regardé à cet itinéraire comme à un événement plutôt que comme à un processus, à un point de dé-part plutôt qu’à un point – provisoire – d’arrivée.

Les argumentations de Lucio Gambi sont encore utiles pour nous orien-ter dans la recherche du milieu intellectuel dans lequel a mûri l’institutionna-lisation de la géographie, autant que construction de son statut scientifique,

10 U. LEVRA, La ‘statistica morale’ del Regno di Sardegna tra la Restaurazione e gli anni

Trenta: da Napoleone a Carlo Alberto, “Clio”, XXVIII, 1992, pp. 353-378. Plus en général pour l’Italie voir le beau livre de S. PATRIARCA, Numbers and Nationhood. Writing Sta-tistics in Nineteenth Century Italy, Cambridge 1996: voir aussi S.J. WOOLF, Statistics and the Modern State, “Comparative Studies in Society and History”, 31, 1989, pp. 588-603, F. SOFIA, Una scienza per l’amministrazione. Statistica e pubblici apparati tra età rivoluzi-onaria e Restaurazione, Roma 1988 et le fascicule monographique de “Quaderni Storici”, 45, 1980 dédié au thème L’indagine sociale nell’unificazione italiana.

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et pour mesurer la distance ou la proximité entre celle-ci et la culture géogra- phique préexistante, pour tenter de reconstruire un processus avant de s’adonner au jeu des chronologies et des primautés.

C’est intéressant que le modèle interprétatif de Gambi apparaisse en-core provocant au début des années Soixante-dix; en effet jusqu’à ce mo-ment-là le tableau bien différent que presque un quart de siècle auparavant Roberto Almagià avait tracé n’avait encore trouvé aucun démenti ou correc-tion: fils de la première académisation de la géographie, plus, vraiment fils académicien du “patriarche” Della Vedova, il nie décidément un rôle dans l’histoire de la géographie au siècle des Lumières, pendant lequel, il dit,

“la Géographie perdait grande partie de sa valeur comme science, parce que, tandis qu’elle se voyait soustraire quelques domaines d’enquête, à cause de la naissance de branches spéciales du savoir, d’un autre côté elle donnait la priorité à des faits et à des données de caractère fluctuant et instable, comme ceux qui se rapportent aux productions, aux trafics, à plusieurs autres manifestations de l’activité humaine, aux systèmes poli-tiques, en perdant de vue l’étude du milieu naturel, qui forme le sous-trait sur lequel l’homme bouge et agit. […] En conclusion, à la fin du XVIII siècle, la Géographie traversait un moment vraiment critique: elle a en substance perdu son caractère de science d’observation et court le risque de perdre sa propre individualité, en partie appauvrie de son con-tenu par d’autres sciences de son même tronc, en partie noyée dans la Statistique”11.

Le siècle successif, dont Almagià a une vision simplifiée, marquerait au contraire la «restauration» de la géographie, grâce exclusivement à la reprise de l’exploration géographique: un jugement sur l’inconsistance de la géogra-phie italienne préunitaire non isolé, déjà exprimé plus explicitement par un autre témoin du temps de la première académisation tel que Piero Gribaudi12.

Il serait superflu et même impitoyable de rappeler maintenant cette myopie historiographique, si Almagià ne représentait pas dans son autorité la perception que la deuxième génération des géographes académiciens avait élaboré – et probablement hérité de ses propres maîtres – de son histoire in-tellectuelle et scientifique: l’intérêt actuel pour ce bref essais d’histoire de la géographie n’est pas bibliographique, mais documentaire: bien que publié vers la moitié du XX siècle, c’est le témoignage d’un protagoniste, la cristal-lisation de ce préjugé sur ses propres origines par lequel l’école nationale de géographie s’est représentée et légitimée comme science nouvelle. Il porte à

11 R. ALMAGIA’, Concetto ed indirizzi della geografia attraverso i tempi, dans le volume R.

ALMAGIA’, Introduzione allo studio della Geografia, Milano 1947, pp. 5-51. 12 2 P. GRIBAUDI, La geografia nel secolo XIX specialmente in Italia, in “Riv. di fisica,

matematica e scienze naturali”, 1900 maintenant dans le volume P. GRIBAUDI, Scritti di varia geografia, Torino 1955, pp. 199-229.

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une confirmation ultérieure à la reconstruction faite par Gambi et à sa thèse selon laquelle l’institutionnalisation de la géographie ne conserve pas la ca-pacité illuministe, filtrée à travers la médiation de la culture du Risorgimen-to, de conjuguer science et manière de s’organiser de la société. Et s’il était nécessaire de documenter encore l’absence de communication entre la pre-mière géographie académique et la culture géographique qui avait animé les anciens états italiens avant l’Unité, il ne serait pas privé d’utilité pour en comprendre les raisons de relire le discours inaugural – dédié justement à la géographie et au Risorgimento d’Italie – tenu le 17 janvier 1913 par Carlo Errera à l’assomption de la chaire de géographie à l’Université de Bologna13. La première partie du discours paraît incohérent et contradictoire dans sa cri-tique sans pitié et sans appel au genre chorographique-statistique, critique qui exclut toutefois des personnages comme Melchiorre Gioia, et, bien que plus tièdement, Carlo Cattaneo qui avaient été les maîtres de ce type d’étude. Bientôt toutefois la rhétorique du discours se manifeste et se déploie: il ne peut y avoir de continuité de savoir entre un passé de divisions contre nature et le présent où enfin par vouloir du peuple l’unité «voulue par la nature en-core avant que par les hommes» s’est accomplie: en effet «quand un peuple n’est pas une nation il doit se résigner à une infériorité scientifique»14. Au contraire les lois par lesquelles l’état pourvoit «aux nécessités fondamentales d’ordre scientifique et pratique regardant nos études» entrent à faire partie intégrante de l’ «effort puissant d’unification» dans l’accomplissement du dessein de la nature, dans laquelle sont inscrites les frontières de l’Italie: de la loi Casati qui sanctionne, comme en Allemagne, la présence de la géogra-phie dans les Universités, à la fondation de l’Institut Géographique Militaire auquel elle confie la tâche de remplacer les “vieilles cartes discordantes” par la nouvelle carte générale, à la construction de la carte géologique15 et à celle de la ligne de la côte, pour continuer par la promotion d’entreprises scientifi-ques comme les expéditions géographiques des navires Magenta et Vittor Pi-sani. Ces initiatives activèrent selon Errera un «grand écho de consensus pu-blic», à la base du succès des propos qui portèrent à la fondation de la Société Géographique Italienne qui, en entrelaçant les intérêts de la science avec ceux de la nation, dépassa le but borné que Cattaneo et les autres assi-gnaient à l’action des géographes, “c’est-à-dire le fin de l’illustration de la patrie italienne”, pour guider au contraire un mouvement d’ ”expansion stu-

13 3 C. ERRERA, La geografia e il Risorgimento d’Italia, “Rivista Geografica Italiana”, XX,

1913, pp. 209-227. 14 Errera cite ici G. BOCCARDO, Degli studi geografici e del loro stato presente in Italia,

“Archivio Storico Italiano”, V, 1857. 15 Sur les événements qui portèrent à la formation de la carte géologique d’Italie voir P.

CORSI, La Carta Geologica d’Italia: agli inizi di un lungo contenzioso, dans le volume G.B. VAI – W. CAVAZZA (dir.), Four Centuries of the Word ‘Geology’, Bologna 2003, pp. 255-279.

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dieuse en dehors de l’Italie, une organisation d’explorations et de découver-tes dans des pays éloignés”. Cela ne signifie pas que la Société Géographi-que s’est isolée de l’élan vital de la vie nationale, au contraire “en lui obéis-sant”, parce que “le mouvement, l’élan du Risorgimento de la patrie poussait déjà l’Italie, non encore complètement constituée, […] irrésistiblement hors ses frontières cherchées et atteintes, poussait l’Etat qui venait de naître, héri-tier de nécessités géographiques inéluctables et de traditions historiques im-manentes, à se porter au-delà de la mer qui ne lui est pas un obstacle, mais voie ouverte à l’expansion séduisante”. Et en cette ordonnance de la politi-que et de la science par laquelle Errera justifie tout, même l’émigration ita-lienne à l’étranger entre la fin du XIX et le début du XX siècle trouve sa col-location harmonique et sa raison d’être non dans la pauvreté de quelques régions du Pays, mais encore dans la téléologie de ce «mouvement inévitable d’élargissement des frontières de la patrie à l’intérieur de notre mer»: en conclusion, seulement une autre forme à travers laquelle l’inéluctable destin d’expansion se manifeste. Il est intéressant de remarquer qu’exactement celle-ci avait été la lecture géographique du pavillon du travail italien dans le monde de l’Exposition Internationale de Turin de 189816.

Donc des traces maigres et non reconnues de la tradition géographique pré-académique transpercent dans la géographie institutionnalisée, malgré l’existence de quelques figures qui auraient pu être de raccord, comme par exemple Ferdinando De Luca, un des représentants de la statistique morale et de la recherche chorographique du Mezzogiorno, grand partisan du projet d’institution d’une Société géographique, ou même Carlo Cattaneo, qui d’ailleurs au moment de la fondation de la Société Géographique Italienne participa mais ne voulut pas en faire partie17; paradoxalement le Risorgimen-to engendre une pensée politique qui dévore la culture du Risorgimento. La question n’est pas insignifiante sur le plan historiographique ni sur celui de la pratique géographique, puisque la géographie non plus n’échappe à la rè-gle bien démontrée en général par Hobsbawm selon laquelle la tradition est essentiellement représentation d’elle-même. La manière où elle se construit est donc encore plus éclairante que sa propre nature; comme Gillian Rose a affirmé, la construction des traditions géographiques est en même temps construction de «sameness and difference», un processus complexe qui tient à une pratique d’inclusion et d’exclusion18. Dans le cas italien ce processus

16 CFR. B. FRESCURA, La Geografia all’esposizione di Torino, “Riv. Geogr. It.”, VI, 1899,

pp. 119-131, 222-232, 368-376. 422-433. 17 Voir M. CARAZZI, La Società Geografica Italiana e l’esplorazione coloniale in Africa,

Firenze 1972, pp. 6-7. 18 G. ROSE, Tradition and Paternity: some Difference?, “Transactions I.B.G.”, 20, 1995,

pp. 414-416. À la tradition géographique est dédié tout le fascicule de la revue et en par-ticulier l’introduction de F. DRIVER, Geographical Traditions: Rethinking the History of Geography, ibid., pp. 403-404 et l’article de D. N. LIVINGSTONE, Geographical Tradi-

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se vérifie non seulement dans le temps, c’est-à-dire dans la succession gé-néalogique, mais aussi dans l’espace: une «école nationale» de géographie --si elle existe, au moins comme processus d’inclusions et d’exclusions pro-gressives – doit avoir une nation comme cadre de référence; mais le processus d’institutionnalisation de la géographie italienne s’accomplit dans un pays qui doit encore être inventé comme nation. Les contextes locaux, alors, auxquels l’actuelle recherche en domaine international réserve une at-tention spéciale, assument dans ce processus une importance particulière: la recherche -nous pensons – doit repartir des anciens Etats italiens, de leurs traditions géographiques spécifiques et des trajectoires qui les connectent avec la géographie académique, non pour chercher les traditions mineures, mais pour reconstruire les processus d’inclusion et d’exclusion, les itinérai-res souvent tortueux de construction de celle qui réussira à devenir tradition dominante, mais à prix de la dissolution d’autres traditions. Il s’agit d’une recherche qui est encore toute à faire, mais qui est indispensable pour sortir des cadres immobiles, peu vifs et relativement constatatifs, qui sont tous construits à l’intérieur de la même logique, ignares de ce qui n’appartient pas à cette logique, des exclusions et donc des exclus. Nous chercherons ici à of-frir une première approche limitée à un des contextes locaux, celui du Royaume de Sardaigne, l’ancien Etat italien qui soutient et guide le proces-sus d’unification du Pays: il n’est donc pas impropre de commencer par Tu-rin, un des lieux de production du savoir géographique au cours du XIX siè-cle, notre exploration des contextes locaux.

Un cas local d’institutionnalisation: la géographie à Turin.

L’institutionnalisation de la géographie est un procès à plusieurs facet-tes: trop souvent on l’a réduit à la seule académisation, c’est-à-dire à l’institution des premières chaires universitaires de la discipline. En réalité ce n’est qu’un aspect du processus, certes très important, mais non le seul: à celui-ci s’accolent la fondation de revues spécialisées, la constitution de col-lections géographiques et de musées, l’institution de bibliothèques et de la-boratoires et naturellement de sociétés géographiques. Quant à ces dernières, il ne s’agit pas seulement des grandes sociétés nationales enracinées jusqu’à aujourd’hui: l’associationnisme, parfois un peu ménager, souvent éphémère semble être un caractère distinctif et encore inédit de l’histoire de la géogra-phie du XIX siècle. Seulement maintenant la recherche commence à prêter un peu d’attention à quelques-uns de ces aspects. Les chaires universitaires restent toutefois le facteur d’institutionnalisation qui a attiré davantage l’intérêt d’une historiographie de la géographie souvent à la recherche de ses

tions, ibid., pp. 420-422.

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pères fondateurs. Paul Claval a donné l’an 1870 à la mythographie de la géo-graphie: plus qu’un an un détour extraordinaire, une ligne de faîte, une va-leur abstraite et symbolique qui établit l’acceptation et l’inclusion de la géo-graphie parmi les sciences en robe. Je ne sais pas combien étaient les chaires de géographie en Italie cette année-là, mais en 1874 on compte cinq chaires et quatre professeurs de géographie dans les vingt-trois universités du Royaume d’Italie19, réparties de façon déséquilibré quatre au Nord (Torino, Pavia, Milano, Padova) e une au Sud (Napoli). Dix ans après elles étaient sept, comme Giuseppe Dalla Vedova affirme avec satisfaction quand il en examine la distribution à l’échelle européenne et il exprime donc la convic-tion que nous ne sommes «inférieurs à personne dans l’individuation du mieux même quand nous ne sommes pas les premiers à le pratiquer”20: toute-fois celle-ci n’est pas la question à poser, mais où et par quels parcours la géographie – et non occasionnellement un géographe – entre dans les Uni-versités.

Comme on le sait, l’incubateur de cet événement pour l’Italie est la loi de réforme de l’école promulguée en 1859 par Gabrio Casati, ministre de l’Instruction Publique avant l’Unité, dont l’application – d’ailleurs lente – sera étendue à toute l’Italie après l’unification. Cette loi prévoyait l’enseignement de la Géographie dès l’école élémentaire et donc elle la si-tuait dans l’Université dans la Faculté ès Lettres, avec la fonction de préparer les enseignants; donc on attribuait essentiellement à la géographie la fonc-tion de contribuer avec les autres disciplines scolaires à l’alphabétisation du pays, rôle qui sera emphatisé après l’Unité, en soutenant et en diffusant à travers la cartographie et sa visualisation des “justes frontières d’Italie” le sens de l’identité nationale21. La loi Casati sanctionne pour la géographie en même temps la garantie d’une place dans les universités et la condamnation à une faiblesse qui lui est intrinsèque, en l’attachant d’une manière indisso-luble à l’école et à l’enseignement et en quelque sorte en lui assignant ainsi, pour longtemps, une rente de position qui lui a permis de ne pas chercher, si non occasionnellement, un dialogue plus fondé sur le plan scientifique avec les autres sciences.

Si la loi Casati institue donc les chaires de géographie dans les facultés ès 19 C. PEROGLIO, Relazione al Congresso Geografico Internazionale di Parigi intorno alle

presenti condizioni dell’insegnamento geografico in Italia, fatta per incarico del Circolo Geografico Italiano, Torino 1875, p. 16.

20 9 G. DALLA VEDOVA, Il concetto popolare e il concetto scientifico della Geografia: dis-corso inaugurale letto all’Università di Roma il giorno 3 novembre 1880, “Boll. S.G.I.”, XVIII, 1881, pp. 5-27 réédité dans le volume G. DALLA VEDOVA, Scritti geografici, No-vara 1914, pp. 119-143 e spec. 127.

21 Cfr. M.L. STURANI, “I giusti confini d’Italia”. La rappresentazione cartografica della Nazione, “Contemporanea”, I, 1998, pp. 427-446 et EAD., Unità e divisione nella rappre-sentazione cartografica dell’Italia tra Risorgimento e fine Ottocento, “Geographia Anti-qua”, VII, 1998, pp. 123-142.

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Lettres et Philosophie22 tout au début de l’Unité, son application demandera en réalité du temps et aussi des temps différents dans les différentes situations lo-cales, où on confiera en attendant l’enseignement universitaire de la géogra-phie, désormais rendu obligatoire, par charge à des spécialistes de formation différente. Ceci suggère encore plus de reprendre la recherche à partir des dif-férents contextes préunitaires de l’état pour pouvoir comprendre un processus d’institutionnalisation qui a évidemment eu des parcours, des chronologies et probablement même des modalités différentes et pour pouvoir évaluer combien les traditions locales ont influé au regard de la norme de la loi.

Dans le cas de l’Université de Turin la loi Casati, promulguée pour le Piémont, ne générait pas l’académisation de la géographie: l’institution de la première chaire de géographie dans l’Université de Turin datait en effet de deux ans auparavant. Il n’est pas sans intérêt de reconstruire les manières par lesquelles le Parlement Subalpin en décida l’institution.

Du problème de l’admission de la géographie parmi les chaires de l’Université de Turin on avait recommencé à discuter en réalité dès 1848, et le problème venait de plus loin. En effet déjà en 1798, lorsque le gouverne-ment provisoire jacobin s’installe et décrète la réouverture de l’Université, fermée pendant la crise de la monarchie absolue de fin de siècle, il abolit le “Magistrat de la Réforme”, qui justement présidait l’Université, et il nomme une “Commission de sciences et d’Arts”, chargée d’élaborer un plan de réor-ganisation des études; il appelle à la présider le médecin et botaniste Carlo Francesco Allioni, spécialiste de paléontologie, minéralogie, entomologie, professeur à l’Université, où il est aussi curateur et réorganisateur du Jardin Botanique, un des fondateurs de l’Académie des Sciences de Turin, l’autre pole culturel significatif de Turin, avec l’Université, aussi lieu d’élaboration de connaissances géographiques23 dans la deuxième moitié du XVIII siècle. 22 Peu après l’introduction de la loi Casati, dans les Facultés ès Lettre et Philosophie

s’instituèrent les écoles de Magistero, ayant le but d’organiser des cours supplémentaires dans les disciplines scolaires destinés à ceux qui voulaient entreprendre la carrière de l’enseignement; en 1924 l’École de Magistero devint une Faculté autonome, destinée à ceux qui ne provenaient pas du lycée, mais des instituts magistraux (pour la formation des institu-teurs). Presque en même temps les chaires de géographie se diffusèrent dans la Faculté d’Économie aussi et, dans la seconde moitié du XX siècle dans celle de Sciences Politiques, nées par séparation des Facultés de Droit, dans celles de Langues et Littératures étrangères, nées par scission de la Faculté ès Lettres, et dans celles d’Architecture. Dans la Faculté des Sciences la géographie était originairement, dans la seconde moitié du siècle XIX un cours facultatif, qui – s’il était activé – était quelquefois donné par mandat au professeur de géo-graphie dans la Faculté ès Lettres; une réforme des programmes scolaires qui porta au dé-membrement de la géographie astronomique et géologique de la géographie humaine et ré-gionale, en confiant l’une à l’enseignant de sciences et l’autre à celui des disciplines humanistes, favorisa l’institution de chaires de géographie dans les Facultés de Sciences aussi. Ainsi se dessine un tableau de fragmentations qui n’a pas profité jusqu’à aujourd’hui à la position académique de la géographie et a affaibli son rôle formatif.

23 Voir Raccolta delle leggi, provvidenze e manifesti emanati dai Governi francese e provviso-rio e dalla Municipalità di Torino unitamente alle lettere pastorali del cittadino Arcivescovo

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Le but était celui, central aux intérêts de l’Académie, de mettre sur une ligne de continuité recherche scientifique et formation professionnelle; à ce but on propose une organisation des études universitaires sur deux niveaux. À la première, véritable liaison entre Université et Académie des Sciences, on de-vait confier le rôle de produire l’avancement «des sciences et des arts»; elle s’articulait en trois classes, une de Sciences physiques et mathématiques, une de Sciences morales et politiques, une de Littérature et Beaux Arts. Dans la deuxième classe, avec «Analyse des sensations et des idées» et «Morale», se trouvaient aussi Science sociale et Législation, Economie politique, Géogra-phie, Histoire. Allioni va encore plus loin: en effet il propose, sans succès, l’institution d’une Ecole spéciale de Géographie, d’Histoire et «d’Economie Publique». Le projet n’est pas réalisé à cause de la vie très courte du premier gouvernement provisoire et de la successive nouvelle fermeture de l’Université, et des événements qui portèrent à l’assujettissement du Piémont à la France.

Cet antécédent, bien qu’il n’ait pas eu une issue pratique, est intéressant si on le compare aux événements successifs, qui portèrent à l’institution de la chaire et qui paraissent encore partager, mais avec quelques flexions, avec le projet d’Allioni, une conception semblable de la géographie et surtout de son emplacement parmi les autres sciences à former un concert scientifique jugé adéquat à répondre à des exigences spécifiques de connaissance de la socié-té. En 1848, an de la concession du Statut, dans le cadre de la réforme du système universitaire du Royaume de Sardaigne voulue et inspirée par Ce-sare Alfieri de Sostegno, le Roi Charles Albert décrète l’institution de deux facultés distinctes, une de Lettres et Philosophie et l’autre de Sciences24, par scission de la précédente unitaire Faculté de Sciences et d’Arts. Depuis ce moment commence dans la Faculté ès Lettres une bataille pour y introduire l’enseignement de la géographie parmi les nouvelles chaires.

Parmi les chaires de la Faculté ès Lettres il y a celle d’histoire moderne, de toute récente institution (1847, par transformation d’un enseignement d’Histoire Militaire activé l’année précédente), à laquelle on avait appelé Er-

di Torino, Torino, Stamperia Davico e Picco, a.VII, volume I, p. 25 et pp. 168-171. Voir aussi P. BIANCHI, L’Università di Torino e il Governo provvisorio repubblicano (9 dicem-bre 1798-26 maggio 1799), “Annali Fondazione Luigi Einaudi”, XXVI, 1992, pp. 243-246. Sur Allioni voir en particulier R. CARAMIELLO, Carlo Allioni, dans le volume R. ALLIO (dir.), Maestri dell’Ateneo torinese dal Settecento al Novecento, Torino 2004, pp. 1-22.

24 Sur Ercole Ricotti voir G.P. ROMAGNANI, Ercole Ricotti, dans le volume F. TRANIELLO, L’Università di Torino. Profilo storico e istituzionale, Torino 1993, pp. 421--423 et ID., Ercole Ricotti, dans le volume R. ALLIO (dir.), Maestri dell’Ateneo torinese dal Settecento al Novecento, op. cit., pp. 191-212; des notices biographiques se trouvent aussi dans C. CIPOLLA, L’autobiografia di un piemontese. Ricordi di Ercole Ricotti pub-blicati da Antonio Manno, Torino, 1886, ID., Ercole Ricotti, in Annuario Accademico per l’anno 1883-84, Torino 1884, pp. 133-139 et dans le journal de E. RICOTTI, Ricordi di Er-cole Ricotti, edité par A. Manno, Torino 1866.

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cole Ricotti: un capitaine du génie, officier de carrière, licencié en génie hy-draulique et passionné d’études historiques, nommé professeur universitaire directement par Charles Albert, il devient l’historien de la monarchie de la maison de Savoie, personnage de relief dans les institutions culturelles turi-noises, fortement engagé dans la vie politique et culturelle de la ville, Prési-dent de l’Académie des Sciences et de la Députation d’Histoire de la Patrie, lieu de réélaboration de l’histoire de la Maison de Savoie en termes d’histoire italienne et d’intérêts définis nationale, Recteur de l’Université de 1862 à 1865. Ricotti, non un géographe, est le premier professeur de géogra-phie de l’Université de Turin. Il se bat dès le début pour l’institution d’une chaire de géographie, et il trouve des obstacles dans la «tradition» de la Fa-culté: encore une fois la tradition est un jeu d’inclusions et d’exclusions. Dans ce cas la tradition est constituée par de chaires de vieille institution, c’est-à-dire des études classiques: la Faculté se fend entre conservateurs, commandés par le latiniste Tommaso Vallauri, fortement hostile à la réforme du système de la Faculté et en particulier à l’activation de nouvelles discipli-nes telles que l’histoire et la géographie surtout, et l’aile innovatrice, dans laquelle militaient les titulaires des nouvelles chaires imposées par la ré-forme de la Faculté et qui trouvait à l’extérieur des appuis de la part de per-sonnages tels que Carlo Boncompagni de Mombello,ministre de l’Instruction pour quelques mois dans le premier gouvernement constitutionnel et proche des milieux libéraux-démocratiques de Turin, et en particulier Cesare Alfieri de Sostegno, chef du Magistrat de la Réforme jusqu’à sa suppression et puis à son tour ministre de l’Instruction25. Déjà en 1848 Ricotti, convaincu de la nécessité du rapport entre histoire et géographie, demande et obtient de pou-voir tenir lui-même un cours bref de géographie: le cours est articulé en neuf leçons et le programme dénote des choix curieux ou – si on préfère – une conception limitée de la géographie: il y traite de cosmographie et de géomé-trie (ce dernier héritage de la tradition cartographique militaire qui au Pié-mont remonte à l’enseignement donné dans les Écoles Théoriques et Prati-ques d’Artillerie, fondées en 1739, tradition dont l’officier Ricotti est héritier). Dans une lettre envoyée à Cristoforo Negri, Président du Conseil de l’Université, pour soutenir la demande d’activation du cours, Ricotti motive sa demande avec l’objectif de «fournir à la jeunesse les informations préli-minaires nécessaires à continuer tout seuls une étude de géographie, et de fournir ensuite surtout aux étudiants de Belles Lettres les moyens pour suivre avec profit mes cours d’histoire moderne, dans lesquels je prendrai soin de lier l’enseignement des faits à la connaissance géographique des lieux, ainsi

25 Sur la période de la réforme de la Faculté voir l’étude très documentée de U. LEVRA, La

nascita, i primi passi: organizzazione istituzionale e ordinamento didattico (1792-1862), dans le volume I. LANA (dir.), Storia della Facoltà di Lettere e Filosofia dell’Università di Torino, Firenze 2000, pp. 78-98.

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que histoire et géographie restent de mutuel appui et lumière»26. Au début donc la géographie ne trouve pas sa raison d’être dans l’enseignement sco-laire, comme il se passera ensuite, mais on lui reconnaît une fonction de sy-nergie avec l’histoire; cela ne suffit pas pour pouvoir dire si derrière cette af-firmation générique il y a quelque conception spécifique de la géographie, par exemple la lecture de Ritter.

Ricotti avance la proposition formelle d’institution d’une chaire de Géographie, en faisant des pressions dans ce sens jusqu’à quand la proposi-tion sera accueillie. Dans l’année académique 1856-5727 on commence le cours officiel de géographie, même si la date formelle d’institution de la chaire sera seulement le 5 juin 185728, et Ercole Ricotti est chargé du cours, jusqu’à 1859. La dénomination de la chaire est Géographie et Statistique, ce qui n’est pas sans intérêt. En effet la proposition qui avait été faite plus d’un demi-siècle auparavant par la Commission Allioni semblerait enfin accueil-lie: on dirait donc que la conception de la géographie et de sa collocation en-tre l’histoire et l’économie politique était consolidée et que le rapport entre géographie et “statistique morale” n’avait pas fait défaut.

En réalité le succès de Ricotti qui porta la Géographie dans la Faculté fut dû plus à son rôle dans les institutions culturelles et politiques de Turin, qu’à son influence académique qui était bien inférieure; son succès se joua en effet à l’extérieur de l’Université et plus précisément dans la salle du Par-lement Subalpin, où aboutit la question des nouvelles chaires de la Faculté de Lettres, trois, en comptant celle de géographie, pendant le deuxième mi-nistère Cavour. Le débat parlementaire de 1857 sur l’institution des nouvel-les chaires fut serré et particulièrement dur aussi pour celle de Philosophie de l’histoire29; à nos fins il est intéressant de le prendre en examen, avec les tra-vaux de la Commission préparatoire présidée par Domenico Berti, pour ce qui concerne la chaire de Géographie30, autour de laquelle se délinéèrent et 26 La lettre est conservée dans les archives Ricotti et elle est transcrite par F. IEVA, Ercole Ri-

cotti professore universitario e storico, Tesi di laurea, Facoltà di Lettere e Filosofia, a.a. 1998-99. Je remercie le Professeur Ester De Fort de m’avoir signalé la thèse du Docteur Ie-va et son intérêt pour l’histoire de la géographie.

27 En particulier l’aile conservatrice a une période de revanche – qui se manifeste entre autre par la suppression de deux des quatre nouvelles chaires instituées en 1848 – dans la période où même dans la vie politique du Piémont on ressent les effets du coup d’état bonapartiste du décembre 1851. Cela contribue à expliquer la gestation presque décennale de la chaire de géographie.

28 ARCHIVIO STORICO DELL’UNIVERSITA’ DI TORINO (ASUT), Leggi e regolamenti universitari dal luglio 1844 al giugno 1957, r.d. 5 giugno 1857; Raccolta di leggi, decreti, circolari ecc., Torino, 1857, loi n°. 2217 du 5 juin 1857.

29 LEVRA, La nascita, i primi passi: organizzazione istituzionale e ordinamento didattico (1792-1862), op. cit., pp. 92 sgg.

30 Atti del Parlamento Subalpino. Quinta Legislatura, Sessione 1857. Documenti, Roma 1872, vol. I, pp. 200-206 e Discussioni della Camera dei Deputati. Tornate 2 e 3 aprile 1857, Roma 1873, vol. VI, pp. 1310-1357.

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se heurtèrent deux différentes opinions et conceptions de la discipline. La majorité du gouvernement, c’est-à-dire l’élite subalpine de matrice libérale et réformiste, engagée dans le développement économique et dans l’administra-tion du pays, qui s’était alliée à la gauche modérée anticléricale, rencontre de laquelle se modèlent les fondements des valeurs de libéralisme laïc du Risor-gimento, d’un côté en rappelait surtout le rôle de science sociale, indispensa-ble pour accompagner le développement qui se vérifiait dans la société civile dans les communications, dans les activités productives et financières, dans le commerce: la référence est pourtant à la tradition de la «statistique mo-rale», qui d’ailleurs dans ces années au Piémont constitue encore, comme nous l’avons déjà rappelé, un modèle d’enquête géographique et qui est re-marquée avec évidence dans le titre qu’on veut donner à la chaire; cela n’était toutefois pas en contraste avec un rôle de science cognitive pure que toutefois on lui reconnaissait, en affirmant la nécessité de la géographie pour comprendre l’histoire et l’économie politique, auxquelles elle était considérée propédeutique; seulement en dernier on en rappelait l’importance pour la for-mation universitaire des enseignants des écoles élémentaires et secondaires.

La minorité au contraire cherche des références doctes en dehors de la tradition locale et fait appel, d’une manière d’ailleurs impropre, à l’autorité de Ritter et d’une non mieux définie école de la Sorbonne31 pour définir la géographie «science spéciale et circonscrite en elle-même», en refusant le rapprochement avec la statistique non moins qu’avec l’histoire ou l’écono-mie politique et en la reléguant à un rôle de science descriptive, un concept de géographie qui sera soutenu dans l’école nationale plus tard; surtout, si apparemment il semble en défendre la spécificité et l’autonomie, en réalité il ne semble pas lui reconnaître une place et une finalité dans l’organisation du savoir que le débat parlementaire allait en fait dessinant, parce qu’il ne lui reconnaît pas un lien de nécessité qui la met en relation avec les autres scien-ces, à un moment où les distinctions et les définitions des disciplines allaient se précisant et se faisant plus rigoureuses, mais en même temps elle restaient encore partiellement ouvertes, tandis que les statuts disciplinaires apparais-saient faibles ou incertains.

Formellement le premier model de géographie gagne, soutenu par la majorité, mais c’est une victoire éphémère: on institue la chaire de Géogra-phie et de Statistique, ce qui apparemment répond à une instance sociale très clairement exprimée par celui qui représente une société en changement, qui est en train de construire un nouveau Pays et dans laquelle la bourgeoisie et une partie de l’aristocratie convergent sur un modèle de développement et d’état, moderne et cosmopolite, qui innerve à son tour un milieu économique en transformation. Mais quelle fut la réponse de l’académie à ces instances et

31 Mais l’école de la Sorbonne est plus tardive: voir V. BERDOULAY, La formation de

l’école française de Géographie (1870-1914), Paris 1981.

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à ces intentions ? Malheureusement pour ces années les archives de la Faculté de Lettre

sont très lacuneux: il est donc difficile de dire ce que signifièrent réellement les premières années d’enseignement de la géographie dans l’Université de Turin en termes de production et de diffusion de connaissance géographique. Les contenus du cours bref de Ricotti en 1848 ne sont peut être pas assez in-dicatifs des contenus transmis: ils pourraient en effet faire douter que les in-tentions exprimés au parlement pour l’institution de la chaire trouvèrent une réponse effective dans l’académie, mais en réalité ils avaient été conçus ex-clusivement comme intégration à un cours d’histoire et probablement ils sont peu significatifs.

D’ailleurs Ricotti occupe la chaire pour quelques années seulement, dans l’attente qu’on trouve un titulaire agréé par la Faculté; on le trouve en Michele Amari, historien et arabiste de renommée, sur lequel on fait inutile-ment de fortes pressions32. Si on excepte quelques intérêts pour des textes arabes de géographie, comme celui de Edrisi33 et pour la transcription de termes géographiques, ses rapports avec la géographie se limitent fondamen-talement à son appartenance à la Société Géographique Italienne dès sa fon-dation; il y occupe d’abord la charge de Conseiller et puis de vice--président34: tout cela est postérieur à 1859. Nous pourrions donc présumer que l’hypothèse d’assignation de la chaire de Géographie de Turin mûrit non tellement en rapport à la géographie elle-même et à son enseignement et dé-veloppement, mais plutôt dans le domaine d’un réseau de relations académi-ques et politiques, dominantes dans le choix des personnes: c’est sans doute vrai, mais cela n’exclut toutefois pas que le choix réponde aussi aux instan-ces de l’institution de la nouvelle chaire. Avec Michele Amari qui venait de Palerme, contraire à l’absolutisme des Bourbons, on entendait certes conso-lider le projet, systématiquement poursuivi dans ces années, de conférer à l’Athénée une dimension non locale en appelant des soi-disant immigrés, ce qui en même temps signifiait concentrer dans la ville capitale qui était à la tête de l’unification du pays le plus grand nombre possible de représentants de l’élite intellectuelle exilée d’autres états et en particulier du Royaume de 32 Voir LEVRA, La nascita, i primi passi: organizzazione istituzionale e ordinamento didatti-

co, op. cit., pp. 95 sg. Malheureusement la perte des procès-verbaux du Conseils de Faculté de ces années ne consent pas de reconstruire complètement l’événement à l’intérieur de la Faculté: l’épisode est connu surtout par la documentation sur la vie de Michele Amari pour laquelle on peut voir I. PERI, Michele Amari, Napoli 1976, pp. 143-144; sur la figure politi-que et scientifique d’ Amari voir aussi R. ROMEO, Amari Michele Benedetto Gaetano, dans Dizionario Biografico degli Italiani, Roma 1960, vol. II, pp. 639-640 et le volume Michele Amari storico e politico, Atti del Convegno (Palermo 1989), Palermo 1990.

33 M. AMARI, Il libro di Re Ruggero, ossia la Geografia di Edrisi, “Boll. Soc. Geogr. It.”, VII, 1872, pp. 1-24.

34 C. CERRETI, Michele Amari e la Società Geografica Italiana, in Michele Amari storico e politico, Atti del Convegno, op. cit., pp. 313-320.

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Naples à cause de l’adhésion donnée aux rébellions pour l’annexion au Pié-mont. Dans son livre célèbre sur les Vêpres Siciliens, publié en 1842, Amari offre de la rébellion sicilienne de 1282 contre les Français de Charles d’Anjou une interprétation romantique comme soulèvement d’un peuple qui ne devait déplaire, ni sur le plan historiographique ni sur le politique, où les Vêpres devenaient une métaphore du présent, aux milieux culturels et offi-ciels de Turin dans les années immédiatement précédentes l’Unité. En plus Amari était un arabiste de renommé: son mandat soutenait aussi celui du dé-veloppement des études des langues et des civilisations orientales qui consti-tuent dans la capitale des Rois de Savoie, bien que par des vicissitudes diffé-rentes, une tradition qu’on peut faire remonter à Charles Emmanuel I, avec le commencement de sa collection de manuscrits et de livres syriaques, arabes, araméens, hébraïques et de l’enseignement de la langue hébraïque, tradition que Tommaso Valperga de Caluso, Antonio Carlo Boucheron, Amedeo Peyron, Ernesto Schiapparelli ont renouvelée au XIX siècle. L’orientalisme imprègne une partie significative de la culture à Turin après le XVII siècle; au cours du XIX elle s’enracine encore davantage avec les premières collec-tions qui font naître le Musée Egyptien. Pour le petit état italien transalpin qui n’a pas participé aux grandes découvertes géographiques, le voyage et la découverte de l’ailleurs passe plusieurs fois au XVIII et au XIX siècle à tra-vers les études d’orientalisme. Tenter d’appeler Amari à une chaire de géo-graphie peut avoir cherché une justification en cela aussi, en faisant de l’orientalisme un trait d’union aussi pour la géographie35, à laquelle on veut désormais assigner un rôle de soutien aux nouveaux intérêts pour les explo-rations et les relations commerciales avec les pays extra-européens qui se développent dans le Piémont de la moitié du siècle. Mais une autre considé-ration joua un rôle peut-être non secondaire dans le choix: dans la position historiographique d’Amari il n’y a pas seulement la réinterprétation du Moyen Âge propre du Romantisme, qui à son tour alimentait une conception romantique de nation et de peuple, mais aussi une attention spéciale à ce qu’Amari appelait “manières du vivre” et “besoins publics”, en d’autres mots aux conditions économiques et sociales d’un pays, ou plus spécifiquement, comme un historien du Risorgimento a écrit, «à la manière de le civiliser comme somme et combinaison d’état moral et matériel, reflétée par la légi-slation; l’interaction sur la longue durée, enfin, des structures économiques avec la composition sociale et ethnique des populations, avec les caractéris-tiques e l’environnement (qui anticipe une sensibilité non éloignée de celle positiviste pour les facteurs géographiques)»36. C’est-à-dire nous ne sommes 35 Le jumelage géographie-orientalistique n’est d’ailleurs pas inusuel en Italie dans la seconde

moitié du XIX siècle: on en trouve un compte rendu dans l’article de G. PATRIZI, Orienta-lismo e Geografia, “Boll. Soc. Geogr. It.”, ser. XI, IX, 1992, pp. 93-109, dans lequel toute-fois le discours historiographique apparaît très appauvri.

36 U. LEVRA, Fare gli Italiani. Memoria e celebrazione del Risorgimento, Torino 1992,

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pas loin de la «statistique morale»: les raisons politiques du choix semblent bien se conjuguer avec les postulats scientifiques et de définition discipli-naire qui avaient présidé l’institution de la chaire.

p. 371. Voir aussi PERI, Michele Amari, op. cit., pp. 152-159.

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Michele Amari n’accepte pas la nomination; toutefois le cadre d’am-biant qui se dessine est intéressant: celui d’une ville, Turin, où l’entrecroi-sement entre intérêts politiques et économiques, à partir du ministère Ca-vour, avec une tradition culturelle non seulement locale agit comme catalyse à la précoce institutionnalisation de la géographie. C’est une période où à Turin des intérêts d’expansion commerciale, des ambitions à l’unification nationale, des procès de modernisation, le collectionnisme scientifique, des modèles de description géographique se rencontrent; c’est aussi le Turin où se présentent les intérêts pour l’ailleurs, où un groupe de savoyards de la Maurienne part explorer, peu après la moitié du siècle, le Soudan au but d’activer un commerce d’ivoire et à la suite de leur premier voyage le gou-vernement décidera de soutenir leur initiative en ouvrant un consulat à Khar-toum et en nommant consul du Royaume de Sardaigne un des savoyards, Alexandre Vaudey, qui ensuite avec ses petits-fils Ambroise et Jules Poncet accomplira une expédition à la recherche des sources du Nile37, aventure à laquelle se dédiera aussi le successeur de Vaudey, Antoine Brun Rollet, un autre savoyard, qui rapportera à sa patrie une collection naturaliste et ethno-graphique dont il fera cadeau au souverain et qui en partie est encore conser-vée dans le Musée Royal d’armes et d’armures de Turin38.

Dans ce contexte on regarde à la géographie, on lui prescrit une fonc-tion plus de connaissance que pédagogique, en fonction de laquelle on lui assigne une place dans l’ordre des sciences qui commençait à se constituer, une place qui la situe explicitement entre l’histoire et l’économie politique, selon un projet non réalisé de la tradition locale du siècle des Lumières et en reconnaissant implicitement dans la «statistique morale» le modèle scientifi-que le plus proche. Mais ce modèle était désormais voilé et il commençait à faiblir, en dissolvant un patrimoine de capacité de connaissance du territoire local dans les intérêts -de domaine et de connaissance – qui gouverneront plus tard, à partir des années ‘60 – ‘70, l’institutionnalisation de la géogra-phie dans le plus vaste contexte national et qui sont bien représentés synthé-tiquement, encore au seuil de la première guerre mondiale, dans les pages d’Errera que nous avons citées.

37 L’intérêt pour la découverte des sources du Nil au Piémont pendant ces années est documen-

té aussi par l’ attribution de la part du Roi Victor Emmanuel II de deux médailles d’or au Capitaine Speke et au Capitaine Grant: voir la lettre de Massimo d’Azeglio au Président de la Royal Geographical Society avec l’annonce de l’attribution des médailles dans “Procee-dings of the Royal Geographical Society of London”, 5, 1862-63, pp. 216-217.

38 Sur la collection Brun Rollet voir R. ALMAGIA’, Antonio Brun Rollet e i primordi del con-solato sardo in Chartum, “Riv. Coloniale”, 1926, pp. 28-34.

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La géographie comme sphère publique.

Le modèle de géographie élaboré à Turin ne dépasse donc pas les fron-tières locales, au contraire il trouve probablement une faible application même dans le milieu culturel qui l’engendre. Le refus d’Amari porte à la chaire de Géographie et Statistique de l’Université de Turin Celestino Pero-glio, un personnage avec un passé de militant dans les guerres d’indépen-dance et dans les rangs des hommes de Garibaldi, lié à Nino Bixio39, mais aussi à Giosué Carducci40, partisan enthousiaste de l’ouverture de Suez, à l’ouverture duquel il assista comme délégué du Gouvernement italien, mé-connu sur le plan scientifique même de ses contemporains, à tel point que son nécrologe sur les pages d’une des deux principales revues nationales de géographie41 semble dicté plus par un devoir inhérent à son rôle et à sa car-rière de professeur de géographie à Turin, à Palerme et puis à Bologne, plu-tôt que par le désir de rendre hommage à l’activité d’un géographe, dont on écrit que sa production scientifique «se réduit à des discours occasionnels et à des relations». Peroglio en effet serait pour nous peu intéressant, s’il n’était pas l’acteur d’un double procès parallèle d’institutionnalisation de la géogra-phie à Turin. En effet il fonde le Cabinet de Géographie de l’Université42, duquel se développera ensuite l’Institut, qui existe jusqu’à la formation des départements, et en 1867, la même année où la Société Géographique Ita-lienne est instituée à Florence, il fonde à Turin le Circolo Geografico Italia-no (Club Géographique Italien), ayant le but de «1er) étudier le sol de la Pa-trie, par moyen d’excursions annuelles; 2me) promouvoir les études géographiques et des sciences apparentées; 3me) préparer des hommes aptes à émuler les étrangers dans les expéditions géographiques»; le Club soigne une série de Pubblicazioni del Circolo Geografico Italiano, un périodique

39 BIBLIOTECA UNIVERSITARIA GENOVA, Fondo Nino Bixio, cassette 8/196. 40 Avec Carducci Peroglio entretient une correspondance entre 1877 et 1905, conservée dans

les Archives de la Maison Carducci de Bologna. 41 Le nécrologe n’est pas signé, donc il s’agit seulement d’une note rédactionnelle, publiée

dans “Rivista Geografica Italiana”, 1909, pp. 437-438. 42 La date d’institution du Cabinet de Géographie nous est inconnue, à cause des lacunes des

archives de la Faculté de Lettres; toutefois nous pouvons estimer qu’il existait déjà au moins à partir de 1868/1870. En effet dans une lettre au Recteur, datée 14 novembre 1872, Pero-glio annonce qu’il a reçu en cadeau une collection géologique qu’il voudrait mettre dans une vitrine spéciale du Cabinet de Géographie; avec l’occasion il rappelle qu’une dotation annuelle fixe au Cabinet avait été promise dès le temps où Michele Coppino était Recteur: il eu la charge justement de 1868 à 1870: ASUT, XIV B, Affari ordinati per classi, n. 40, cl. 8, fasc. 15, 1874, Stabilimenti scientifici in genere e Scuola di Geografia. L’hypothèse de data-tion trouve confirmation aussi dans le fait que justement en 1868 Peroglio publie un opuscu-le sur le sujet: voir C. Peroglio, Proposta di un Istituto Geografico da fondarsi a Torino, To-rino 1868.

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bimestriel de “Géographie, Ethnographie et Sciences alliées”, qui commence en 1872, mais qui aura une courte vie, tandis que le Club lui survit encore pendant quelque temps. Le statut du Club rappelle les deux instances qui avaient présidé à l’institution de la chaire de géographie: l’enquête sur les conditions géographiques locales et l’éducation à l’exploration de l’ailleurs.

Dans le statut du Club et dans la personnalité même de Peroglio se mé-langent donc le modèle – ou plus exactement ce qui en reste – de la statisti-que sociale43 avec les plus récentes instances et les aspirations au voyage d’exploration auquel se dirigeaient les ambitions de développement écono-mique et commercial. Malgré leur caractère éphémère, ces initiatives susci-tent un intérêt historiographique. Elles se situent dans la floraison d’associa-tions et de revues géographiques qui caractérise dans quelques lieux la période avant et après l’Unité; mais surtout les premières survivent rarement à l’institution et à la consolidation de la Société Géographique Italienne. Le Circolo de Peroglio occupa probablement une position non complètement marginale, du moment que Giuseppe Dalla Vedova lui-même en loue l’activité, en le définissant «une association privée spéciale et sans exemple» et un «véritable Collège de propagande» qui organise des lectures publiques et des excursions et prépare à la pratique du «voyageur parfait»44.

Peroglio, à côté de son activité de professeur universitaire, professe donc une conception de la géographie comme connaissance publique et comme enseignement populaire, extra-académique, adressée à un publique plus vaste, et il voit dans le travail sur le terrain, entendu comme excursion géographique, avec son apparat d’observation, de description, de cartogra-phie, le moyen pour produire et vérifier la connaissance géographique45. La 43 La statistique sociale avait été en réalité un point de référence dans les choix pour

l’occupation de la chaire: en effet dans une recension de Peroglio lui-même à la nouvelle édition du Manuale completo di Geografia e Statistica de Luigi Schiaparelli, parue dans son “Periodico bimestrale di Geografia, Etnografia e Scienze Affini”, I, 1972, p. 215, Schiapare-lli est défini par Peroglio «mon illustre Collègue et prédécesseur sur la chaire de Géographie et Statistique»; c’est là l’unique attestation concernant un autre professeur pour la chaire de géographie avant Peroglio. Mais en réalité déjà en 1861 la Faculté se montre peu sensible aux postulats qui avaient présidé à l’institution de la chaire et elle en discute la dénomina-tion, en supposant une division entre géographie et statistique qu’elle décide ensuite de ne pas réaliser; mais en même temps elle délibère que dans l’enseignement «la Géographie an-cienne et moderne» doit prévaloir, en rendant emphatique sa fonction d’ «instruction des professeurs de lettres dans les écoles secondaires», tandis que la Statistique doit être consi-dérée «comme complément et subside dans la Géographie spéciale»: voir ASUT, VII, Fa-coltà, Facoltà di Lettere e Filosofia, Verbali Consiglio di Facoltà, reg. 52, seduta 7 luglio 1861.

44 G. DALLA VEDOVA, La Geografia a’ giorni nostri, “Nuova Antologia”, XXIII, 1873, pp. 88-100 et 335-379 maintenant dans DALLA VEDOVA, Scritti geografici, op. cit., pp. 15-69 et spécialement 61-62.

45 La première des excursions explore une partie des Alpes Occidentales et elle est divulguée par les Publications du Circolo: Dal Cenisio al Monviso, descrizione del primo viaggio d’istruzione del Circolo Geografico, Torino 1868.

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valeur éducative de la géographie, le fait que c’est une forme d’éducation ci-vile est affirmé plusieurs fois et par plusieurs voix ces années dans la géo-graphie italienne en référence à son rôle scolaire; mais ici nous trouvons une pratique de la géographie comme instrument plus vaste de culture publique et de manière de civiliser, une tentative d’utiliser la géographie pour «faire les Italiens», après avoir fait l’Italie, dans une ville qui avait été protagoniste de la construction de l’Italie et qui venait de perdre son rôle de ville capitale, et vivait une des périodes les plus difficiles de son histoire46:Peroglio, homme du Risorgimento, lie progrès des études géographiques et liberté, et il démontre, dans une personnelle relecture de l’histoire de la géographie, que lorsque l’une manque les autres déchoient, et il met l’une et les autres à fondement de la vie civile, où l’utilitas de la géographie, appuyée à l’histoire, consiste à soutenir «le rachat de la liberté, de l’indépendance et de l’unité», en hâtant «l’accomplissement des destins glorieux de la patrie» dans les temps nouveaux et dans les événements politiques que «nous n’arrêterons pas de bénir, s’ils se révèlent aussi salutaires pour l’Italie qu’ils ont été, à cause d’un néfaste concours de circonstances, fatals à Turin»47. Le projet qu’on entrevoit derrière la fondation du Circolo Geografico Italiano semble bouger sur un parcours qui est sous certains aspects parallèle à celui que quelques historiens étaient en train de faire à Turin plus ou moins en même temps ou peu après: ils étaient séduits par l’approche positiviste, charmés par les lectures publiques et engagés dans les éditions critiques et dans la publication des sources de l’histoire de la patrie, qu’on entend desti-ner à un usage moins privé et plus public48: en bref, le terrain et le document, les deux dévoilés et non but de la pratique scientifique, mais moyen pour l’éducation civile du pays; ce sont aussi les années où à Turin on propose à nouveau la question de l’emplacement et du nouveau classement des collec-tions scientifiques et de l’organisation des musées, aussi comme forme de la divulgation et spectacularisation scientifique.49

L’expérience turinoise de la géographie comme “sphère publique” doit encore être évaluée dans son réseau de relations locales et aussi dans le rôle qu’elle peut avoir joué, mal gré bon gré, dans la dérive vers le nationalisme des idéaux du Risorgimento, enracinés en Peroglio et reconduits à méthode scientifique dans l’emphase placée sur l’idée de nation, plutôt que sur celle d’État, comme principe ordinateur de la géographie politique, qu’on veut faire devenir de cette façon géographie morale50; dans le contexte de la cons- 46 Voir les essais recueillis dans U. LEVRA (dir.), Storia di Torino, vol. VII, Torino 2001. 47 C. PEROGLIO, Prolusioni al Corso di Geografia e Statistica professato nella Regia Univer-

sità di Torino, Torino 1864, pp. 28-30 et p. 36. 48 U. LEVRA, Fare gli Italiani, op. cit., pp. 144-149. 49 Voir les essais contenus dans le volume G. GIACOBINI (dir.), La memoria della scienza:

Musei e collezioni dell’Università di Torino, Torino 2003. 50 C. PEROGLIO, Del principio di nazionalità nella geografia politica, Torino 1864.

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truction de la géographie nationale cette expérience ne laisse aucune trace, débordée inévitablement par la consolidation de la Société Géographique Ita-lienne qui, dans ses premières années d’activité, au moins jusqu’à la Prési-dence de Dalla Vedova est gouvernée en grande mesure par des politiciens, des militaires, des diplomates, des entrepreneurs bien plus que par des géo-graphes académiques51 et qui marque tout de suite le passage du pouvoir de la géographie, comme Peroglio pouvait peut-être l’entendre ingénument, à la géographie du pouvoir, attirant dans cette orbite aussi une grande partie de la géographie académique.

Toutefois, dans le panorama de la phase d’institutionnalisation de la géographie italienne, jusqu’à la première guerre mondiale environ, une tradi-tion de géographie comme «sphère publique» émerge comme trait caractéris-tique, qui a encore des matrices dans le Risorgimento et qui se manifeste sur-tout à travers la fondation de revues, souvent liquidés dans l’historiographie géographique comme de vulgarisation, si non commerciales; mais dans d’autres cas, derrière la vulgarisation il y avait, comme pour Peroglio, l’engagement civil, et plus spécifiquement une conception de l’éducation comme propulseur du progrès civil, de circulation et de dissémination du sa-voir comme instrument de formation des consciences auquel on ne peut pas renoncer. Mais il est intéressant de remarquer que cela se vérifie transversa-lement, à l’intérieur et à l’extérieur de l’Université, dans des contextes so-ciaux et idéologiques différents. Les deux cas les plus significatifs sont ceux d’Arcangelo Ghisleri et de Guido Cora, deux personnages très différents et en même temps similaires.

Pour le premier nous disposons maintenant d’excellentes études d’Emanuela Casti et Giorgio Mangini52. Ghisleri, (1855-1838), intellectuel laïc et républicain, dans la souche du fédéralisme de Carlo Cattaneo, ensei-gnant d’histoire et de géographie dans les lycées, n’arrivera jamais à la chaire universitaire et il se pose au contraire comme anti-académicien. Sa conception de la géographie est celle d’une science non descriptive, mais analytique, capable de rechercher les liens de réciprocité entre la dimension

51 Voir M. CARAZZI, La Società Geografica Italiana e l’esplorazione coloniale in Africa,

Firenze 1972. Voir aussi L. GAMBI, Geografia e imperialismo in Italia, Bologna 1992, ed. anglaise L. GAMBI, Geography and Imperialism in Italy: from the Unity of the Nation to the “new” Roman Empire, dans le volume A. GODLEWSKA – N. SMITH (eds.), Geogra-phy and Empire, Oxford 1994, pp. 74-91.

52 E. CASTI – G. MANGINI, Una geografia dell’altrove. L’Atlante d’Africa di Arcangelo Ghisleri, Cremona 1997, E. CASTI, L’Atlante d’Africa e il ruolo sociale della geografia, dans le volume E. CASTI (dir.), Arcangelo Ghisleri e il suo “clandestino amore”. Geogra-fia e studi coloniali tra ‘800 e ‘900 in Italia, Roma 2001, pp. 14-52, G. MANGINI, Arcan-gelo Ghisleri e il positivismo, “Rivista di Storia della Filosofia”, 4, 1986, pp. 695-724, M. QUAINI, Arcangelo Ghisleri e la cultura geografica, “Archivio Storico Bergamasco”, 15--16, 1989, pp. 35-46.

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physique et celle historique53: du positivisme il accueille la partie la meil-leure, donc non sa dérive vers la naturalisation des faits anthropiques, en niant que l’évolutionnisme de Darwin puisse s’appliquer à l’histoire. Même par cette voie scientifique, outre que par l’idéologique, il refuse les justifica-tions naturalistes et racistes du colonialisme, qu’il repousse donc dans sa pra-tique politique et militaire, mais à laquelle il cherche à offrir une essence al-ternative comme forme d’«intégration culturelle et civile progressive entre peuples différents, fondée sur le savoir et sur la qualité démocratique des re-lations réciproques»54 librement choisies.

Ghisleri porte la province, la lombarde de Cremona où il a grandi, et surtout de Bergame où il enseigne et publie, parmi les centres d’élaboration, de concentration et de diffusion du savoir géographique, à côté des grands sièges universitaires. À Bergame avec l’Institut d’Arts Graphiques de l’éditeur Gaffuri, où il organise une section de cartographie, il publie aussi la revue «La Geografia per Tutti» (La Géographie pour Tous), qui laissera en-suite la place aux «Comunicazioni ad un Collega» (Communications à un Collègue), destinées principalement aux enseignants, qui à leur tour sont sol-licités à se faire non seulement destinataires et donc consommateurs de sa-voir géographique, mais aussi producteurs d’eux-mêmes: la revue donne ain-si voix, comme Mangini55 l’a observé, à des sujets capables de fonctionner comme collecteurs de savoirs locaux qui différemment ne pénétreraient ja-mais dans le circuit national de la production culturelle et s’offre comme médiateur qui connecte non seulement des personnes disparates par connais-sances et pratiques géographiques, mais surtout celles-ci avec les domaines institutionnels. En effet, malgré que Ghisleri n’ait pas accès à la géographie académique, et malgré qu’il n’en incarne pas la tradition dominante, toute-fois il la croise et en devient un interlocuteur, pour des raisons sur lesquelles ici nous ne pouvons pas nous arrêter, mais qui ont déjà été bien illustrées par Mangini. Une conséquence non secondaire de cette conception du rapport 53 A. GHISLERI, Piccolo Manuale di Geografia Storica, Bergamo 1888, p. 9 54 G. MANGINI, La “Geografia per Tutti”: dialogo con gli insegnanti”, dans le volume E.

CASTI (dir.), Arcangelo Ghisleri e il suo “clandestino amore”. Geografia e studi coloniali tra ‘800 e ‘900 in Italia, op. cit., pp. 189-239 et spécialement p. 202. Sur l’anticolonialisme de Ghisleri, fondamental est l’essai de E. CASTI, L’Atlante d’Africa e il ruolo sociale della geografia, ibid., pp. 13-52, qui explore aussi les connexions avec Elisée Reclus, qui consti-tue d’ailleurs une des références de Ghisleri. Les écrits de Ghisleri dans le cadre du débat sur le concept de race sont nombreux, maintenant recueillis par R. Rainero dans A. GHISLERI, Le razze umane e il diritto nella questione coloniale, Milano 1972.

55 MANGINI, La “Geografia per Tutti”: dialogo con gli insegnanti”, dans le volume E. CASTI (dir.), Arcangelo Ghisleri e il suo “clandestino amore”, op. cit., pp. 189-239 et spé-cialement p. 190-101 et 220-232: Mangini relève dans l’initiative de Ghisleri un aspect “non seulement descendent du parcours social des savoirs qui sortent déjà codifiés” des lieux ins-titutionnels, mais aussi “une instance ascensionnel de la connaissance, selon laquelle les ins-titutions doivent se poser aussi comme un lieu de récolte de la production sociale de savoir géographique, liée aux particularités historiques et géographiques du territoire.

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entre production et dissémination des connaissances géographiques et des re-lations culturelles entre corps social et institutions scientifiques se manifeste dans la rubrique de la revue dédiée à la «Geografia di Casa Nostra” (Géo-graphie de chez-nous): il n’est pas insignifiant dans le conteste d’une pro-duction géographique qui dans sa partie académique privilégiait, avec peu d’exceptions, la géographie coloniale et elle ne se mesurait pas avec les pro-blèmes d’une Italie qu’on venait de faire, mais qui était inconnue aux Italiens et à ceux qui les gouvernaient. Il s’agit d’une absence relevante de la géo-graphie officielle dans un moment délicat de fondation de l’État et de cons-truction de l’identité collective, que justement les différences historiques, so-ciales et économiques n’aidaient pas à trouver, avec l’incompréhension des différences; et il est significatif que la géographie académique ne se mesure même pas avec le problème politique fédéraliste, mais aussi purement géo-graphique de la définition des domaines régionaux du pays. C’est-à-dire que le découpage territorial de l’Etat se fait sens les géographes56.

Guido Cora (1851-1917), libéral modéré, fidèle en bon piémontais à la dynastie de la maison de Savoie, nous reconduit à Turin fin du XIX siècle, la ville la plus positiviste d’Italie comme Norberto Bobbio l’a définie, où il naît d’une famille de la haute bourgeoisie et où il occupe de 1882 à 189757 la chaire de géographie dans la Faculté ès Lettres, la moins positiviste dans l’Université de Turin58 et dans laquelle il se situe non sans conflit. Mais avant et après son activité académique il en développe une autre de voyageur et de éditorialiste. En 1873 il fonde la revue “Cosmos. Communications sur les progrès les plus récents et remarquables de la Géographie et des Sciences apparentées”, revue qui continuera ses publications jusqu’à 1913 et qui a pour modèle déclaré les Geographischer Mitteilungen d’August Petermann; Cora en effet, n’a aucune licence comme Ghisleri, il n’a pas suivi le cours d’études canonique, mais en autodidacte il choisit en autonomie ses maîtres et son parcours de formation géographique: il étudie à Leipzig et surtout à Gotha, où il travaille avec Petermann dans la maison d’éditions de Justus 56 Sur le problème des régions en Italie voir L. GAMBI, L’equivoco tra compartimenti statisti-

ci e regioni costituzionali, Faenza 1963, ID., Le “regioni” italiane come problema storico, “Quaderni Storici”, 34, 1977, pp. 275-298, ID., Un elzeviro per la regione, “Memoria e Ricerca”, 4, 1999, pp. 151-165, P. COPPOLA, Le scale dell’Unità. Le regioni smarrite di cent’anni di Congressi geografici”, Atti XXVI Congr. Geogr. It. (Genova 1992), Roma 1996, volume I, pp. 73-84.

57 La biographie de Guido Cora fait partie d’un projet de recherche en cours: voir P. SERENO, Alle origini della Scuola di geografia nell’Ateneo torinese: appunti per un progetto di ricer-ca, dans le volume E. CASTI (dir.), Arcangelo Ghisleri e il suo “clandestino amore”. Geo-grafia e studi coloniali tra ‘800 e ‘900 in Italia, op. cit., pp. 241-261; pour un bref profil biographique voir P. SERENO, Guido Cora, dans le volume R. ALLIO, Maestri dell’Ateneo torinese, op. cit., pp. 281-282. Voir aussi le nécrologe de R. ALMAGIA’, Gui-do Cora, “Rivista Geografica Italiana”, 1918, pp. 42-46.

58 C. POGLIANO, L’età del positivismo, dans I. LANA (dir.), Storia della Facoltà di Lettere e Filosofia dell’Università di Torino, op. cit., pp. 101-130.

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Perthes, en apprenant une méthode cartographique qui constituera un trait distinctif de sa production scientifique, une expérience qui à son tour active à Turin entre le XIX et le XX siècle le développement d’une édition géogra-phique et cartographique, parmi lesquelles celle de la maison d’édition Para-via. Éloquent conférencier, inséré dans une trame dense de rapports intellec-tuels internationaux, il fonde dans sa maison un Institut Géographique constitué autour de sa très riche bibliothèque et cartothèque, qu’il donnera par testament à la Bibliothèque nationale de Turin, et à sa récolte ethnogra-phique; dans cet espace privé, d’accumulation d’instruments géographiques, il célèbre la géographie comme sphère publique, en y accueillant des étu-diants, des hommes de science, des explorateurs en visite à Turin, avec qui il tient des séminaires, sur la modèle allemande, et des lectures géographiques. Malgré son engagement dans le développement du Cabinet de Géographie de l’Université et malgré son rôle académique et son appartenance à la Société Géographique, Cora sent la nécessité d’un lieux extérieur, d’un siège diffé-rent de l’institutionnel, où réaliser un processus de circulation du savoir géo-graphique dans les lieux de sa production et de sa pratique à la société. Le nouveau périodique retentit dans le titre Alexandre von Humboldt, qui en ef-fet constitue avec Ritter, Marco Polo, Colombo et Cook un des points de ré-férence cités dans l’Introduction au premier numéro de la revue, celui auquel il fait remonter l’origine de la géographie moderne. Ses intérêts sont tournés surtout aux grands voyages d’exploration géographique et donc à la géogra-phie coloniale, à l’intérieur de laquelle il bouge en cherchant à garder les as-pects scientifiques du colonialisme séparés des politiques, charmé par le défi de reconduire les nombreux aspect différents de chaque pays dans un ensem-ble organique de connaissances, dans la conviction que «il y a entre la terre et l’homme des rapports et une dépendance qui influent en tout sur le déve-loppement de l’individu et donc de la société»59; la géographie cueille l’ensemble des rapports entre la nature et l’homme et c’est ainsi «qu’elle a pris les vêtements d’une science véritable, et que, soit dans l’ordre morale soit physique aucune autre n’a de plus nombreuses applications». La géogra-phie n’a donc pas seulement une fonction de connaissance, mais elle est sus-ceptible d’influer sur la vie civile: «Renouer les nations en amitié réciproque, diffuser les idées d’humanité et de savoir, rapprocher à tous les peuples l’art de vivre policé, et avec un énorme avantage de chacun d’entre eux accroître le bien être matériel entre tous par l’échange et le crédit, créer les moyens, encore plus la matière et la nécessité au travail et à l’occupation, ce sont tous des avantages qui sans la géographie non seulement ne seraient pas possi-bles, mais pour la plupart on n’y penserait même pas». 59 G. CORA, Introduzione, “Cosmos”, I, 1973, p. 4. Voir aussi le discours inaugural au cours

de Géographie de 1883: G. CORA, Della superficie terrestre come oggetto precipuo della Geografia, “Cosmos”, VIII, 1884-1885, pp. 274-282, publiée aussi dans “Zeitschrift für wissenschaftliche Geographie”, IV, 1883, pp. 180-189.

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L’élévation éthique et politique des classes populaires en Peroglio, l’éducation au progrès civil en Ghisleri, l’éducation culturelle et scientifique de la bourgeoisie comme sujet historique auquel touche le devoir de réaliser le progrès social en Cora sont des positions idéologiquement distantes, mais mises en commun par une identique tension intellectuelle, qui utilisera pour se manifester des instruments analogues et qui se fondera sur une conception de la géographie qui les rend moins éloignés entre eux qu’ils le sont des conceptions majoritaires dans la géographie académique de leur temps. Sur-tout entre Ghisleri et Cora, bien que dans leur profonde diversité et distance, quelques fils dispersés se renouent: la centralité de la formation d’une cons-cience civile et le rôle de la géographie dans ce processus, la dissémination, plus que la divulgation, du savoir géographique, sans distinction entre géo-graphie scientifique et géographie populaire, avec son corollaire du dévelop-pement d’une édition géographique, la construction de la carte, avec son ap-parat documentaire et avec son mettre en évidence la question du rapport entre la parole et le signe, son rôle dans la formalisation logique du discours géographique.

Donc, la production et la diffusion du savoir géographique suit dans l’Italie entre le XIX et le XX siècle des itinéraires changeants, qu’on ne peut pas reconduire tous à la même logique, en grande partie encore à explorer dans leur embranchement et entrelacement et qu’on ne rencontre pas tou-jours si on suit seulement le tronc de l’arbre généalogique de famille: la géo-graphie de la géographie en Italie dessine une carte bigarrée. Tandis que l’école nationale cherche à se définir et à s’affirmer comme espace académi-que, lieu institutionnel de la production et de la distribution du savoir géo-graphique, en dédiant beaucoup de temps et d’énergies à débattre sur la place de la géographie parmi les autres sciences et à codifier son statut, il reste quelques espaces extra-académiques, des lieux où on tente, avec des appro-ches différentes, de porter la géographie sur le terrain, dans la société civile, on tente de faire de la géographie un circuit de communication entre institu-tion e société. Depuis lors la géographie italienne a eu une longue histoire faite de beaucoup de changements et d’importantes réalisations, mais elle n’a pas réussi à se découper un rôle reconnu dans la culture nationale et contem-poraine, ni à s’enraciner dans la conscience civile du pays; relire aujourd’hui l’autre histoire de la géographie, celle qui ne fut jamais dominante, mais qui fut militante peut servir à réfléchir sur quand, où et pourquoi nous sommes restés à l’extérieur de la construction et du changement de l’identité collec-tive.

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100 YEARS OF BRITISH GEOGRAPHY: THE CHALLENGE OF RELEVANCE

Tim Unwin*

Context

This paper seeks to grapple with some of the complex and challenging arguments that have recently re-emerged concerning the character of applied and relevant geography in Britain. It does so, above all, from a pragmatic stance, premised on the view that unless our discipline is seen to be ‘relevant’, however defined, its future will be bleak. This is not to say that what some would call ‘pure’, or even ‘esoteric’, research is not valuable – far from it. Rather it is to argue that we need to be very clear about the grounds upon which we judge the ‘value’ of our research. By tracing the history of applied and relevant geographies, we can better understand the place of our discipline today, and therefore be more able to advocate its value in the future. Lest this be seen in any way as advocating that the discipline should necessarily shift to becoming more applied, let me state right at the beginning that this is not what this paper is about. There is a critically important role for high quality scientific and scholarly research that has little apparent ‘applied’ relevance. But the grounds upon which this is justified are entirely different from those upon which ‘applied’ research is usually advocated. One dimension of a civilised society is that it permits research that its leaders deem to be irrelevant on a day-to-day basis. In such societies, scholarship and scientific enquiry have an inherent value of their own. The pursuit of knowledge for its own sake is deemed to be valuable (for an extensive ‘library’, see http://www.marxists.org/reference/subject/philosophy/front_ pg.htm). However, the value of such research is often challenged in societies that have become excessively dominated by market forces, and which therefore seek to try to judge ‘applied’ and ‘non-applied’ research by the same criteria. * Departmento de Geografia, Royal Holloway. Universidade de Londres.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 103-126

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This celebration of 100 years of the teaching of geography in universities in Portugal provides a fitting opportunity to reflect on these issues. In so doing, I draw on three apparently disconnected experiences to establish the context for what I want to explore: first, a reflection on the role of geography based on some of my recent work in a government department in the UK; second, an opportunity to listen to voices from the non-English speaking world that are increasingly critical of the dominance of Anglo--American thought in geographical practice; and third the welcome recent increased attention in geographical practice to more normative discourses at the interface between geography, ethics and moral philosophy.

A geographer in the practice of government

Between 2001 and 2004, I was fortunate to have been able to work on secondment in the UK’s Department for International Development (DFID) (see http://www.imfundo.org). When I joined the Department, its policy formulation and advisory cadres were structured around seven main themes: economics, statistics and enterprise; rural livelihoods and environment; health and population; education; social development; infrastructure and urban development; and governance. Each of these was headed by a Chief Adviser, who had responsibility for the professional development of staff within his group (see DFID, 2001: 128). Interestingly, there were no female chief advisers at that time. More striking, though, is the complete absence of an overtly ‘geographical’ presence in this structure. There was, for example, a chief economist, a chief health adviser, a chief engineering adviser, but no ‘chief geographer’. British geographers have long prided themselves in their research on broadly defined ‘development’ agendas, and the Developing Areas Research Group (DARG) of the Royal Geographical Society (with The Institute of British Geographers) (RGS-IBG) has a sustained history of research in this area (see http://www.gg.rhul.ac.uk/ DARG/; and also Unwin, 1994). Moreover, many geography departments in British universities teach undergraduate and postgraduate courses on some aspect of global ‘development’. Furthermore, a small number of geographers are indeed working in DFID. Yet, there was no formal professional grouping to which these geographers could belong. Instead, they found themselves scattered across many different departments, as often as not offering expertise in something that they would not necessarily call ‘geography’. In part this reflects the dominance of economists within DFID, and also the way in which the word ‘geographical’ tended to be used to refer to the Department’s activities and offices in the three Programme Divisions of Africa, Asia and the Pacific, and Eastern Europe and Western Hemisphere (DFID, 2001: 128). However, the value of the research and teaching done by geographers in the

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field of broadly defined ‘development studies’ was largely unknown. To be sure, some geographers are indeed employed by DFID as consultants (see for example Mawdsley et al., 2002; or Black’s role as Director of the DFID funded research centre on migration, globalisation and poverty http://www. migrationdrc.org/), but within DFID the role of geography as a specific discipline is not institutionally valued. This in itself is indicative of the low esteem in which at least one Government Department considers the discipline of geography. However, possibly much more worrying is that even amongst those trained as geographers within DFID, the research being done by academic geographers on development issues is not necessarily seen as being particularly pertinent to their work. This was typified in 2003 when discussions were held to explore the possibility of DFID working together with DARG to deliver a joint session at the annual conference of the RGS--IBG. These did not progress very far because the research topics being addressed by the academic geographers were not seen as being sufficiently relevant to the agendas being pursued by DFID. Now, it is certainly fair to make the case that academic geographers may well be highly critical of the current government’s development policies and agendas, but even this suggests that there is a hiatus that needs to be addressed in considering the relevance of geographical research in ‘development’. If geographers are indeed correct in being critical, they have failed to convince the government of the strength of their arguments.

Language and the elitism of Anglo-American geographers

The ‘place’ of the colloquium at which this paper was presented – in Lisbon – highlights the second contextual element upon which this paper draws, namely the cultural arrogance and intellectual elitism of much British geographical practice. I have already explicitly drawn attention to this in the preface of El lugar de la Geografía (Unwin, 1992), but similar criticisms have begun to be voiced much more vociferously at the start of the 21st century. Aalbers (2004) has thus drawn specific attention to the way in which editorial and refereeing practices in some journals reinforce an Anglo--American hegemony in geographical practice. As he argues, ‘through this Anglo-American hegemony, the UK – and US-based referee’s comments often not only force a non-native English-speaking author to rewrite her/his paper, but also increase the “creative destruction” of a paper’ (Aalbers, 2004: 319). He goes on to comment, ‘while both the state and society in general ask scholars to be more involved in national discussions, the Anglo--American hegemony forces us to write papers in UK and US journals – including journals that call themselves ‘European’ or ‘International’, but are in fact often not all that international’ (Aalbers, 2004: 321; see also Gutiérrez

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and López-Nieva, 2001). While there are indeed some UK-based journals that do strive diligently to support authors whose native language is not English to get their papers published, the force of Aalbers’ arguments needs to be recognised and addressed. A cursory glance at the majority of papers published in UK and US journals indicates that they rarely cite any publications written in foreign languages, with the authors being content to focus almost exclusively on ideas being developed in the English speaking world. This is not only arrogant, but it is also very short-sighted at a time when international intellectual collaboration is becoming ever more important. Similar arguments have been made by the Hungarian geographer Judit Timár (see Timár, 2003; Timár and Enyedi, 2004), who argues that many geographers, particularly from the post-socialist east and central European countries have been completely excluded from international debates on geographical ethics, in part because of the Anglo-American hegemony, but also as a result of circumstances that researchers have been exposed to in their own countries. This colloquium therefore offers the opportunity to explore aspects of British geography set within a wider European context, and to examine how applied and relevant geographies may differ across the continent. British geography has traditionally been seen as being relatively successful, certainly when compared with the situation in the USA (see Johnston, 1991), but it is important that this success does not lead to complacency. At a time when increasing amounts of research funding and resources for teaching are being provided by the European Union, it is important for British geographers to become much more widely immersed in European networks and collaborative ventures. Some British geographers have undoubtedly spent long and distinguished careers building bridges with colleagues from other countries, but I suggest that in general the overall emphasis of British geography in the 20th century has been elitist and relatively isolationist.

The normative realm

A final theme with which this paper grapples is that of the increasing attention being paid to normative aspects of geographical enquiry (see for example, Smith, 2000, 2003; Proctor and Smith, 1999). As Timár and Enyedi (2004) have highlighted, any consideration of applied or relevant geography must address ethical questions, and in particular the kinds of society that practising geographers wish to create. For too long the discipline has sought primarily to address the positive realm of what is, rather than the normative realm of what should be (although see Smith, 1977). Geographers from contrasting backgrounds, have thus sought to explain, predict, understand and interpret, but all too rarely actually to change the world.

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Indeed, intervention in this way has often been seen to be highly problematic, and in some ways both ‘unscientific’ and ‘unscholarly’. By what right, it is asked, do geographers claim to have a say in how the world is shaped? (for a wider discussion, see Unwin, 1999). This challenge applies equally to many of those who have tied their colours to the mast of critical geography, but for whom ‘critique’ has applied primarily to their written work and their teaching rather than in other aspects of their practical action. As accounts by Maxey (1999), Lynn (2003) and Anderson (2004) have stressed, for example, combining practical activism with the day-to-day practice of teaching, research and administration in university geography departments is far from easy. Nevertheless, any consideration of applied and relevant geography must address fundamental questions concerning the kind of world we wish to live in and therefore the actions that we take to help shape it.

Francisco Xavier de Silva Telles (1860-1930)

This colloquium celebrates the role of Silva Telles (2004) in initiating the teaching of geography in the Faculdade de Letras de Lisboa in Portugal in 1904 (see Pimenta, 2004), and it is primarily for this reason that this paper seeks to focus on matters of relevance and applied geography. Silva Telles had an extraordinarily diverse career. Born in Ponda, Goa, in 1860, trained as a doctor, publishing scientific works in anthropology and geography, working in the Escola Colonial and the Escola de Medicina Tropical, and eventually for a short while serving in government as Ministro da Instrução Pública, Silva Telles was faced with matters of relevance and application throughout his career (for a review of 20th century Portuguese geography in English see Gaspar, 1983). This paper thus begins with a consideration of applied geography in Britain at the time when Silva Telles was himself working. It then provides a brief history of applied geography in Britain later in the 20th century, before turning more specifically to the relevance of alternative traditions and the role of geographers in the public sphere. The paper concludes with observations on some of the constraints facing geographers in Britain today, and thoughts on the future of the discipline.

Applied geographies, relevance and ethics

Much of the debate over relevance and applied geography has stemmed from a lack of clarity in the use of these terms, and subsequent attempts to carve out particularly niches for those advocating one or the other position. Indeed, there are markedly diverse views as to whether the discipline of

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geography as a whole is, or should be seen as, being applied. Bennett and Wilson (2003: 463) thus claim that ‘Geography is by its nature applied’, and Johnston (2000: 30) likewise asserts that ‘Geography has been applied for as long as it has been practised’. In contrast, Herbert and Matthews (2004: 259) have recently commented that ‘Modern Geography is not, by definition, an applied or vocational discipline’, although they do go on to note that there has always been a facet of the discipline that has been applied. It is therefore important to distinguish clearly at the start of this paper the ways in which these notions will here be used. In previous work, the concept of ‘applied geography’ has tended to be restricted to the activities of geographers that have been funded by those willing and able to pay for research, most notably governments and the private sector, whereas the notion of ‘relevant’ geography has been used largely by those seeking to challenge this status quo.

Applied Geographies

As Bennett and Wilson (2003) have so clearly shown, it is far from easy actually to define ‘applied geography’. They note that ‘Much of the debate within geography itself about “applications” of the discipline has tended to focus on contributions to public policy’ (Bennett and Wilson, 2003: 463). However, they seek to show that couched in these terms the debate has been somewhat falsely posed. As they go on to suggest ‘Also of crucial importance are the contributions of geography to understanding and decision-making in areas of the broader market dynamics of regions, location and business trading decisions, and spatial aspects of voluntary and other agencies’ (Bennett and Wilson, 2003: 463-464). Even with this definition, though, it is clear to see that such espousers of the value of ‘applied geography’ do still see it primarily in terms of the contribution that geographers can make to explanation and prediction of spatial phenomena from a largely managerialist perspective. Martin (2004: 150) has likewise stressed the important applied role that geographers can have, albeit in a somewhat different context, when he refers to ‘the enduring salience of geography in a globalizing world’ at the start of the edited collection of papers that he brought together to mark the International Geographical Congress in Glasgow in 2004, focusing on ‘the importance of geographical difference and the local, and how they relate to and intersect with more global scales, whether it be in the context of economic development, economic regulation and governance, culture, social relations, or environmental politics’.

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Relevance

If applied geography is often seen as being of benefit to those in power, relevant geography has in contrast generally been used as a term to describe the activities of those seeking to change those power relations. From the early 1970s, relevance in geography has largely been defined from a so--called ‘radical’ perspective (Johnston, 1991). In a practical sense, the focus on relevance stemmed largely from frustrations amongst a group of mainly young geographers in the late-1960s with what they saw as the increasing irrelevance of much geographical research at that time. This culminated in the much-reported Boston meeting of the Association of American Geographers in 1971, described by the British geographer Prince (1971: 152) in the following terms:

‘…members of the Association resolved to start putting their own house in order and to take notice of the sufferings of the outside world. Resolutions were passed inviting greater participation in the work of the Association by French and Spanish-speaking geographers, enlisting student representation on the Council, setting up an inquiry into the status of women in the profession and calling for an end to American military involvement in South--East Asia. Whatever may or may not be done to implement these directives, geographers have been reminded that, collectively and individually, they have responsibilities extending beyond their classrooms and libraries’.

Whilst there has been some considerable discussion about the impact of this apparent radicalisation of Anglo-American geography (Smith, 1971; Berry, 1972; Mitchell and Draper, 1982; Johnston, 1991), it is pertinent to ask how much has really changed over the last 30 years? We continue to have such debates; we continue to bemoan the linguistic divisions in our geographical practices; the UK and the USA continue to fight wars on foreign soil as in Iraq. To be sure there have indeed been significant changes, particularly in the growth of moral geographies and the powerful emergence of feminist geography, although even here it is salient to note that the discipline still remains dominated by male geographers. Berry’s (1972: 77) comment that neither the ‘white liberals’ nor the ‘smaller group of hard-line Marxists’ had ‘any profound commitment to producing constructive change by democratic means’ might still be said by some today. Likewise, his assertion that ‘an effective policy-relevant geography involves neither the blubbering of the bleeding hearts nor the machinations of the Marxists. It involves working with – and on – the sources of power and becoming part of society’s decision making apparatus’ (Berry, 1972: 78; see also White, 1972), remains as pertinent today as it did then, although there may well be fewer geographers espousing Marxism in the UK and USA now than there

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were 30 years ago! Ethics

In general parlance, therefore, ‘applied geography’ and ‘relevant geography’ have often been interpreted as being binary opposites: the former serving the largely economic interests of the establishment, with the latter addressing the more social and political dimensions of poverty and marginalisation. As Fuller and Kitchin (2004: 6) have thus commented, ‘applied’ and ‘radical/critical’ geography both advocate change, but the former ‘reproduces the status quo’ whereas the latter ‘challenges’ it (see also Timár and Enyedi, 2004). However, these boundaries are not as clear-cut and simple as some would like to suggest. Recent work by Amin and Thrift (2001) and Henry, Pollard and Sidaway (2001) amongst others, for example, blur the distinction by talking about the ‘policy relevance’ of economic geography, usually seen as the domain of ‘applied geography’.

At one level such semantic difference might be considered to be relatively trivial, but they do emphasise that there are fundamental issues that need to be addressed concerning the purposes of our geographical practices. It is in this context that the emergence in the 1990s of a distinctive and growing interest in ethics and moral geographies is of such significance. To be sure this growth of specific concern with the interface between geography and ethics was presaged in earlier works by geographers such as David Smith (1977) and Yi-Fu Tuan (1986), but the 1990s saw a veritable outpouring of research and practical interest in geography and ethics. This was captured, for example in Proctor and Smith’s (1999) edited collection entitled, Geography and Ethics: Journeys in a Moral terrain, by Smith’s (2000) Moral Geographies: Ethics in a World of Difference, and by the launch in 1998 of the journal Ethics, Place and Environment that merged in 2005 with the journal Philosophy and Geography. All of these reflect ways in which geographers at the end of the 20th century sought to ask difficult questions about their professional practices and the grounds upon which they justify their research. One of the purposes of this paper is thus to illustrate how the shift towards a more normative approach to geography can help to bring together our interpretations of applied and relevant geographies.

20th century ‘applied geography’ in Britain

A brief reflection

The last decade has seen the publication of a considerable number of works on applied geography (see for example, Kenzer, 1989, 1992; Pacione, 1999; Johnston, 2000; Bennett and Wilson, 2003; Bailly and Gibson, 2004;

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Herbert and Matthews, 2004; for an earlier review, see also Sant, 1982), and this is not the place to rehearse the detailed accounts contained therein. However, given the focus of this colloquium on surveys of the practice of geography in different European countries over the last century, it is pertinent to provide a brief overview of the changing ways in which British geographers have sought to apply their work over this period.

At the start of the 20th century, when Silve Telles was forging his ideas of geography, the discipline in Britain was emerging from a period in which it was seen largely as an integral part of the imperial enterprise. As Livingstone (2003: 36) has commented, ‘the intrinsically imperial character of Victorian geography is conspicuous as it strove to occupy a distinctive niche in the professionalizing division of academic labour. Nowhere, perhaps, is this more dramatically revealed than in the thought and practice of Sir Halford Mackinder, who did so much to give the subject determinate shape in the years around 1900. For him geography was, in fundamental ways, about “thinking imperially”‘. Whilst Mackinder’s own work on geopolitics had significant applied implications (Dodds and Sidaway, 2004; see also Mackinder, 1919), one of the keenest proponents of a formal applied geography at this time was Keltie, the Secretary of the Royal Geographical Society from 1892 to 1915. In his Applied Geography, first published in 1890, Keltie (1908: 4) chose to use the words ‘applicable geography’ to refer to the ‘bearings of geographical conditions on collective humanity’, focusing particularly on political, social and industrial development. As Bennett and Wilson (2003: 464) have commented, ‘This conception contained the possibility of broad contributions of an economic, social, and humanistic kind, as well as utilitarian public policy’. This vision of applied geography (see also Stevens, 1921) was broad, as befitting a discipline which in the Victorian era had played such a significant role in shaping people’s imaginations and understandings of the imperial world.

However, by the second quarter of the 20th century, a much narrower definition of applied geography was beginning to come to the fore. In Bennett and Wilson’s (2003: 464-465) words, ‘the explicit label “applied geography” became appended, chiefly from the 1930s, to a narrower range of geography mainly in the fields of regional planning, local land use planning, and a few other specific fields’. This view owed much to the work of Dudley Stamp, who had played such a significant role in shaping and implementing the land utilization survey in the 1930s (Stamp, 1931, 1948) and whose Applied Geography was published in 1960 (see also Stamp, 1951). Johnston (2000: 30) thus comments that ‘the specific usage of the term applied geography has been relatively narrow during the last fifty years, reflecting the influence of its main proponent in that form – Dudley Stamp’. Stamp thus played a key role in forging geography’s applied links with regional and urban planning, and particularly through work specifically

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undertaken for the public sector. It should nevertheless not be forgotten that geographers in the 1930s

and 1940s had also played another key applied role during the war that engulfed Europe and many other parts of the world between 1939 and 1945 (for a wider discussion see Balchin, 1987). In particular, between 1941 and 1946 two teams of authors based in Oxford and Cambridge compiled a series of 31 titles in some 58 volumes of Naval Intelligence Handbooks designed to provide information on countries that the military, particular the navy, might be expected to visit, not only in war, but also in peace. Each handbook was designed to provide systematic information on the physical geography, history, administration and aspects of the human geography of the countries covered (for a detailed account, see Clout and Gosme, 2003). The production of these handbooks has often been ignored in traditional accounts of the history of geography, not even meriting a mention in the index of Johnston et al.’s (2000) definitive human geography dictionary, but they represent the ‘largest programme of geographical writing that has ever been attempted’ (Clout and Gosme, 2003: 153), and were therefore of very considerable applied importance.

Another important influence of the war was the opportunity it gave for young geographers to travel to distant lands, and several of these subsequently came back with a commitment not only to study these places further, but also to help make a difference to the social and economic changes that were taking place therein. In particular, many of the subsequent leading figures of development geography in the 1960s and 1970s such as Alan Mountjoy (1963, 1965), Bill Fisher (1978), Charles Fisher (1964), and Ben Farmer (1973) saw active military service during the war period, and thereafter undertook research on the areas that they had visited.1 Ben Farmer (1983: 72) thus subsequently recalled how both he and Charles Fisher ‘were converted from our previous interests by these wartime experiences; on the road to Mandalay not the road to Damascus’! It is easy to criticise some of the work of these early pioneers of ‘development geography’ for its neo--colonial stance, as did some of those from a more radical background in the 1970s and 1980s (Peet, 1977), but the experiences of these people were themselves shaped by the contexts in which they found themselves and they contributed in a significant way to practical change in the countries where they worked (see for example Hilling, 1997). One particular role that several such geographers took on was to help shape teaching and research in geography in the newly established universities in British colonial territories. Again, as Farmer (1983: 73) has noted, ‘Many of these new institutions established departments of geography, staffed in whole or in part by British 1 I would like here to acknowledge the privilege of having been able to learn from and work

with Ben Farmer, Bill Fisher and Alan Mountjoy, all of whom showed me much about the importance of geography both within and beyond ‘the Academy’.

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geographers, many of whom became experts on the problems of the areas in which their universities were located’. The applied work of these geographers was of considerable importance, and its significance has been seriously undervalued by most past histories of the discipline (such as, for example Johnston,1991).

Applied work in British geography in the 1950s and 1960s nevertheless followed mainly in the mould set by Dudley Stamp, and was dominated heavily by work on urban and regional planning, typified in publications by the likes of Daysh (1949), Caesar (1964), Wise (1965), Chisholm and Manners (1971) and Keeble (1974). Not only did these geographers write about such matters, but they also actively served on regional planning boards and councils in the UK. Bennet and Wilson (2003: 466-467) thus record how ‘There is no full documentation of the geographer membership of Regional Economic Planning Councils, but at least the following served at one time….: Peter Haggett (South West), David Keeble (East Anglia), Peter Hall (1982) and Gerald Manners (South East), Kenneth Edwards (East Midlands), John House and John Goddard (North)’ (for a more thorough review see House, 1973). It was not only in the field of planning that geographers played an active role, though, with Stamp’s interests in land use also being reflected in work at this time by physical geographers on resource use. Steers’ (1946) research on coasts, and Wooldridge and Beaver’s (1950) interests in sands and gravels immediately spring to mind in this regard.

By the end of the 1960s, as Bennett and Wilson (2003: 470) succinctly summarise, ‘The sub-discipline of applied geography came to be seen as essentially analysis of, or contribution to, government policies and the development of the state’. With the failure of these policies and of the state’s ability to deliver on social and political inequalities, initially in the USA, but then also in the UK, such a programme became subject to increasing attack, particularly from a younger generation of geographers eager to make their mark on the discipline. As I have argued elsewhere, ‘For most radical geographers, practical intervention or the “practice of development by national and international agencies” (Harris and Harris, 1979: 582) was shunned because of its link with capitalism. A second factor influencing the lack of a practical content in radical development studies was that Marxist and other radical critiques of logical positivism were in part built upon a critique of its predictive capacity. If radical geographers were criticizing logical positivism for its failed efforts to explain and predict, it was difficult for them therefore to justify any predictions of their own’ (Unwin, 1991: 168). Such arguments are not only pertinent to geographers working in the field of ‘development’ but apply much more widely to the practice of radical geography in the 1970s and 1980s. As a young geographer working first in Cambridge and then in Durham at this time, I remember the distinct emphasis that was placed both on scholarship and on critique, and the

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denigration of much of the work that had previously been undertaken on applied geography. Indeed, those geographers who continued to work in applied geography were distinctly frowned upon, at least in the company of the emerging groups of critical geographers with whom I found myself. What mattered was not so much the practical application of one’s work, but rather the quality of the research and the way in which it was integrated with key intellectual debates that were ongoing at the time (for a rather different perspective, see Gould, 1999). Few geographers followed Harvey’s (1974, 1984) and later Mitchell’s (2000b) call for a ‘People’s Geography’ as an alternative to existing paths of applied geography (see also http://www. peoplesgeography.org).

The emergence of radical, and purportedly more relevant, geographical research in the 1970s and 1980s, presented a fundamental challenge to the traditional practices of applied geography. However, these did not disappear altogether, and the recent re-emergence of increased interest in the applicability of our discipline in part reflects the continued activities of those who maintained their research in such areas. Moreover government policy, particularly in the 1990s that has sought to enhance collaborative work with the private sector and research users, and to channel increasing amounts of university research funding into policy relevant areas, has also had a significant effect in reshaping geographers’ research agendas. There are at least five areas where geographers in the 1980s and 1990s thus continued to engage with applied issues effectively. The dominant form of expression of applied geography remained in a planning tradition, typified by the work of Alan Wilson (1974, 2000) on the modelling of spatial systems in urban and regional planning, with a particular focus on transport, and together with Phil Rees on demographic forecasting (Rees and Wilson, 1976). A second area where geographers played a significant role was in the emergence of interdisciplinary work on Geographical Information Systems (see for example Longley et al., 2001). Although geographers have indeed been influential in shaping this field, they have done so largely alongside the contributions of others in what is now a multi-billion pound industry. As Rhind (2003: 433) has commented, the technological revolution from a cartographic world to the geographical information one has been enabled by ‘technological change, itself fuelled by commercial and military factors, aided by government policy actions’. He goes on to note that British geographers have indeed contributed to these changes, but usually as parts of groups or in subtle ways, and ‘Many contributions have come from British individuals working outside academia as practitioners’ (Rhind, 2003: 433).

A third main area of practical engagement has been in the field of rural and broadly defined environmental agendas. Typical of this has been Munton’s (1997; see also Marsden et al., 1993) research on the management of rural land, funded for example by the Department of the Environment, the

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Environment Agency and the Countryside Commission, and Cloke’s (2002) research on rural change, focusing in particular recently on homeless people in rural areas of England. In a similar vein, Imrie (2003; see Imrie and Hall, 2001) has examined a range of aspects of environmental accessibility, focusing especially on urban design. Fourth, there have been increasing links between geographers and others working in the broad arts and humanities field, as represented in those involved in the so-called cultural turn (see for example, Crang, 1998; Mitchell, 2000a; and the journals Journal of Cultural Geography and Cultural Geographies). Whilst much of this work would lay no claims to being applied, there has been growing attention amongst some geographers to developing pratcical linkages with museums and art galleries as for example expressed in the Landing project (http://www.gg.rhul.ac.uk/ VG/landing/).

A final area in which geographers have also continued to maintain an applied tradition is in the broad field of climate and environmental change. Whilst geographers have by no means dominated research in this area in the UK, they have played a significant role in contributing to a wealth of interdisciplinary research, both on contemporary processes influencing the environment and also on our historical understanding of climatic change during the Quaternary (Lowe and Walker, 1997; Unwin and Rose, 2004). Typical of this has been the involvement of geographers in the Tyndall Centre for Climate Change Research which combines nine UK research institutions, and is funded by three Research Council (Hulme, 2003), and also their central role in the University of Oxford’s Environmental Change Institute (http://www.eci.ox.ac.uk/) (see for example Boardman, 2004).

Attitudes towards applied geography in the second half of the 20th century

There are therefore various ways in which some geographers have sought to apply their skills in the interests of a variety of stakeholders, including government departments, and as Johnston (2000) has stressed different types of applied geography have approached this in different ways. Two key points must nevertheless be stressed. The first is that for most of the 20th century, and particularly since 1970, those calling themselves applied geographers have been very much in a minority within the discipline, and the second is that much of this work has been relatively undervalued in the wider geographical community. It is extremely difficult to measure such attitudes, but informal discussions in 2004 with geographers who had devoted their careers to working broadly in the field of applied geography confirmed that they often felt marginalised by their colleagues, and that they

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were isolated from the core of the discipline in the latter part of the 20th century.

In trying to account for and understand these attitudes, it is useful to draw comparisons with the roles of geographers elsewhere in Europe. Thus applied geography, particularly in its links with planning, has a very much stronger tradition in countries such as Sweden and the Netherlands than it does in Britain. Helmfrid and Sporrong (2002), for example, comment that ‘The flowering of Swedish geography in the 1950s and 1960s was to a large extent due to the break-through in applied geography that resulted from its successful participation in important official surveys and planning activities … Basic knowledge could be derived from socio-geographical models and theories. At the same time, the consequences of change and economic developments to the Swedish landscape and environment generated a demand for expertise in physical geography and for direct involvement in environmental care. Similarly, during the past fifteen years, physical planning on a national scale created a greater need for assistance from research on the historical geography of rural landscapes’. One of the outcomes of this was the creation of a distinctive planning line in the Geography curriculums of various Swedish university geography departments. Likewise, the integral involvement of Dutch geographers in planning, particularly for example the work of historical geographers in rural planning issues, stands in marked contrast to the research of most cultural geographers in Britain (Unwin and Spek, 2003).

Whilst such linkages with local and regional planning departments undoubtedly reflected the personal interests of academic geographers in these countries, they were also in part necessary to attract funding and to provide employment for geography graduates. In contrast, British geography for much of the 20th century was a relatively successful academic discipline and was under far less pressure actually to need to be ‘applied’, or indeed ‘relevant’. Geography had a central role in the school curriculum, large numbers of students sought to read the subject at university, and it was institutionally well-established. This academic vitality was paradoxically one of the factors that may well have limited the amount of practical applied work undertaken by British geographers. Certainly, working in various geography departments between the 1970s and the end of the century, I encountered remarkably little pressure to undertake research or to teach specifically in applied fields. There are many reasons why this state of affairs pertained, and different geographers will be able to recount markedly varying experiences reflecting their specific social and institutional contexts. However, from my perspective, three particular factors seem to be relevant here.

First, from the 1960s onwards, considerable emphasis was placed by geographers I respected on the development of theory, and this was very often given primacy over empirical work. This might well reflect a heritage

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from the 1960s and the heavy dominance of theory building to be encountered in the so-called ‘quantitative revolution’ and the heyday of empirical-analytical geography (Unwin, 1992). However, it was also undoubtedly influenced by the engagement of many geographers with Marxist theory and humanism in the 1970s, and in particular the writings of people such as Gregory (1978) and Harvey (1973). Significantly, twenty years later, the attention paid to post-modern alternative traditions provided a challenge not only to the theoretical approaches represented in the world of explanation (Harvey, 1969), but also to the attempts by ‘radical’ geographers to provide an all-encompassing theoretical critique of capitalism. A second issue that led to criticism of applied geography was a feeling that it was somehow not the role of a true academic, whatever that actually was, to sully themselves with money and things applied. This was also probably, either consciously or subconsciously, tinged with a touch of jealousy! Indeed, it seems rather quaint now to look back and reflect on some of the disparaging comments that were passed in the 1980s and 1990s about the lifestyles of colleagues who supplemented their salaries with consultancy payments for undertaking ‘applied’ work. Many young academics during the 1970s prided themselves on a vision, now unquestionably naïve, that their research was for a higher cause of intellectual scholarship and rigour. The true judge of quality was the peer review process of journal or book publication! This now seems very far removed from the increasingly rigorous financial environment in British universities today, in which universities are claiming the intellectual property rights of all of their staff and are even seeking to take a cut of their book royalties. Today, third stream income (defined by the Higher Education Funding Council for England as funding derived from universities’ capability and responsiveness to the needs of business and other organisations in the wider community), a term unheard of even a decade ago, looms large on everyone’s list of required priorities. A third factor is the ever-intruding emphasis of the government inspired Research Assessment Exercise (RAE), whereby all the research in British universities is submitted to a rigorous peer review process every five years. As Bennett and Wilson have commented, this has indicated that geographers as a whole have only had a very weak involvement with user communities over the last 20 years. The discipline was, for whatever reasons, therefore, able to remain successful in RAE terms without geographers necessarily having to pay much attention to generating consultancy and other income streams. It nevertheless seems likely that increasing government pressure at the start of the 21st century will lead to a significant shift in this emphasis in the 2007-8 RAE.

Towards the future

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One outcome of this academic elitism and the rather low priority given to applied geography since the 1960s has been that British geographers are rarely listened to, and even perhaps have had rather little to say on many of the key issues facing the contemporary world. Of course there are notable exceptions to this, but much work remains to be done if geography is to continue to be a vital, relevant and intellectually challenging discipline in the 21st century. Geographical research is undoubtedly of very real relevance to many of the key issues in the contemporary world, from sustainability, to poverty and global inequalities, through to questions about culture and identity within an expanded European Union. However, geographical research in these areas almost never features in the public arena. It is, for example, quite remarkable how few geographers ever seem to appear on television or the radio, or to feature in popular newspapers. Whereas economists, historians, archaeologists, and even ‘environmental scientists’ are often to be encountered in these media, the voice of geography is generally silent. Simon Schama’s TV series on landscape and memory, shown in 1995 for example, was on a subject of very direct relevance to the work of many geographers, and yet it was left to a historian to try to make a series about it. Popular TV archaeology series such as Time Team and Two Men in a Trench continue to keep archaeology before the public eye. Likewise, Natural History series such as Alan Titchmarsh’s series on the evolution of the British Isles draw heavily on the work of geologists, biologists and environmental scientists, but only rarely do geographers feature. There are some exceptions to this, such as the geographer Nick Middleton’s (http://www.geog.ox.ac.uk/staff/nmiddleton.html) two short TV series in 2003 entitled Going to Extremes and Surviving Extremes, but these are few and far between. It is thus salient that even Smith’s (2003) impressive account of British geographical research on ethics and social concern in the 20th century, has remarkably little to say about their practical engagement in the world beyond the ‘Academy’.

With geographers failing sufficiently to engage in public debate and policy arenas, old fashioned and rather jaded images of the subject still prevail. The discipline’s main professional body, the Royal Geographical Society (with The Institute of British Geographers) is heavily dominated by members of the general public rather than professional geographers, and although it does have a strong research division, the overwhelming image of the discipline that it portrays is one very largely concerned with travel and expeditions. The Society’s Monday evening lectures for January, to choose but the first month of the Society’s current ‘season’, are thus entitled ‘Namibia uncovered’, ‘Changes in the weather?’, ‘Neutral buoyancy: adventures in a liquid world’, and ‘Exploring Spain’s Sierra de Atapuerca’. The Society’s Bulletin comments on these as follows: “Spring heralds a new Monday evening lecture programme packed with inspirational people and

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places. Some of the highlights include a spectacular two-hour desert slide show by Michael Martin (see page 8), forest canopy adventures with Andrew Mitchell and weather forecasting and climate discussed by Helen Willetts (above) of the Met Office’ (RGS-IBG, 2005: 23). Yes, there are other lectures given by renowned scholars and scientists rather than by travellers and explorers, but whatever the Society’s strengths may be, it has as yet failed sufficiently to engage either policy makers or the wider public in a deeper understanding of the relevance and importance of the research undertaken by many geographers in the contemporary world.

Geography thus remains in the public eye largely a discipline concerned with a description of places (see Unwin, 1992). For many outside the confines of university geography departments, it has moved on little from the philosopher John Locke’s (1989: 235) description of it in the 17th century: ‘Geography, I think, should be begun with: For the learning of the Figure of the Globe, the Situation and Boundaries of the Four Parts of the World, and that of particular Kingdoms and Countries, being only the Exercise of the Eyes and memory, a child with pleasure will learn and retain them’. For Locke, there were much more important things to do when one grew up!

The potential for geographical research to serve varying groups of people and communities both in the country and elsewhere in the world is all too often ignored and downplayed. There are indeed constraints that can be seen to limit the potential of geographers to develop new and innovative solutions to these problems, and it is clear that the RAE, the increased focus on targets and research funding generation, and the growing importance of third stream income to university finances have all had a negative influence on the flexibility of geographers, and especially younger academics, to shape their own intellectual and practical futures with the freedom that those of us who cut our academic teeth in the 1970s were able to. But that does not mean that it is impossible. As practising geographers we still all have enormous power to shape the future of our own subject, and to situate it as the relevant and vibrant discipline that it ought to be. Moreover, perhaps the increased pressure to generate income, and particularly third stream revenue from less traditional sources, might very well act as a catalyst in our efforts to do so. By showing others just how valuable our research really is we may once again lead to a new a revitalised discipline built along lines very different to those that we inherited from the early decades of the 20th century.

If we fail to be relevant to the needs and interests of diverse communities in the 21st century, British geography’s future will be much less vibrant than it was in the 20th century. This is indicated forcefully by statistics that show declining numbers of teenagers studying geography for public examinations. Thus, GCSE (the public examination taken by most people at 16) entries for Geography have declined some 9.4% between 2000

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and 2004, and A level entry (the examination at 18) have declined by 7.8% over the same period. This in part reflects changes in the structure of the National Curriculum in England, but it is also a result of much wider changes in the popularity of the subject in the school system. This was re--enforced by a highly critical report from OFSTED (The Office for Standards in Education) in November 2004, which highlighted that geography is in serious decline in primary and secondary schools. Inspection evidence revealed, for example, that Geography is the worst taught subject in the primary school curriculum (http://www.ofsted.gov.uk/news/index.cfm? fuseaction=news.details&id=1630 – accessed 31st January 2005). Moreover, the report continued to note that the number of people taking geography GCSE had declined by nearly a third over the last eight years, and that very few pupils now get any fieldwork experience. If we do not make geography appealing and relevant to the young people in our school classrooms today, there will quite simply be insufficient demand to maintain the number of those geography departments in universities across the country whose funding has been supported largely by teaching undergraduates.

Conclusions: enhancing the normative in geographical practices

Applied geography need not actually be relevant; relevant geography is often not applied. In order to create a new and vibrant discipline, both intellectually and practically, we need to move away from some of our traditional distinctions between what is ‘applied’ and what is ‘relevant’, and instead begin to acknowledge much more openly what the ‘value’ of our work is, and in whose ‘interests’ (Habermas, 1974, 1978) it is undertaken. As the above account has sought to illustrate, there has been a distinguished body of geographical work during the 20th century that had value in an ‘applied’ sense for those who worked in support of government departments, regional planning agencies, and the British war effort. Little of this, though, was ‘relevant’ to those working in the 1970s, 1980s and 1990s to change the status quo, and whose aim was to develop a critique of existing structures of power relationships in the capitalist world. But, in turn, very little of this radical ‘relevant’ geography had any practical impact beyond the university lecture theatre or seminar room. Yes, of course, the ‘practical’ influence of what and how we help undergraduates to learn can be life-changing for them, and thereby can indeed have considerable long-term ‘applied’ interest, but it is possible for geographers to do so much more on a day-to-day practical level to influence the lives of poor and marginalised peoples across the world.

What I am therefore calling for is a more open discussion on two fronts. First, we should declare clearly and openly in whose interests we are

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100 Years of British Geography 127

undertaking our work. Studies of medieval taxation documents, for example, might well be undertaken primarily because of our fascination with the subject matter, our love of the smell of old parchment, or our concerns to understand the origins of the English taxation system. These all have values in their own right, but such values are different from those of the ‘academic’ geographer who wishes to spend three years helping children at risk of living and working on the streets of Addis Ababa to learn about ways of creating livelihoods from the environments in which they find themselves. We also need to declare the value of the diversity of geographical research to yet wider constituencies, so that geographers can enhance further the distinguished roles that they might play in global debates about climate change, about geopolitics and the diversity of so-called democracies, and about sustainable rural livelihoods. Furthermore, we need continually to ask ourselves questions about whom it is that our research really benefits. Most academic papers published in journals rarely get read by more than a handful of people. However brilliant and scholarly they are, such papers are unlikely to have very much effect on changing the world in which we live. The prime role of this publication treadmill has more to do with the advancement of our own careers than anything else. It is a self-perpetuating system, made more legitimate by the peer-review process of the RAE! Its value is therefore largely selfish. My purpose is not to condemn such actions, but rather simply to encourage us to be more open about the value of our research and to acknowledge in whose interests it is undertaken.

The second dimension that such a normative turn in geography forces us to consider is the implications of our research. For too long we have been content to focus primarily on providing erudite intellectual critiques or describing in rigorous detail what it is that we see and interpret. Perhaps we have been afraid to go beyond this, insufficiently confident in our own abilities to offer visions of alternative futures. However, increased attention to the normative makes us go beyond attention to what ‘is’, also to offer suggestions as to what ‘should be’. From such a perspective, most papers in most geographical journals remain unfinished; they do not build on their science or scholarship to take the next step and offer alternative perspectives on the kinds of world that the authors believe their research indicates are possible or desirable. This is not necessarily to claim that academic geographers should have any privileged position, but rather to suggest that we have a responsibility to offer insights into the future from which others can choose the paths that they wish to follow.

In short, this review has sought to argue that we need to move beyond rather esoteric debates as to whether our research is applied or relevant. Instead, we should make clear in our written and lived experiences the interests in and for which we work, and the implications of our research on what is for what should be.

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Acknowledgements

I am particularly grateful to Bill Mead, Derek Diamond, David Hilling, and Dai Morgan for their comments on applied geography in Britain during the 20th century. I would also like to take this opportunity to pay tribute to the work of Peter Gould, not only for his generous support for younger geographers in a life cut all too short, but also to acknowledge his interests in agriculture and communication in Portugal (see for example, Gaspar and Gould, 1981).

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100 Years of British Geography 133

WILSON, A.G. (1974), Urban and Regional Models in Geography and Planning, Chichester, Wiley.

WILSON, A.G. (2000), Complex Spatial Systems: The Modelling Foundations of Urban and Regional Analysis, Harlow, Prentice Hall.

WISE, M. (1965), The impact of a channel tunnel on the planning of south eastern England, Geographical Journal, 131, 167-179.

WOOLDRIDGE, S.W. & BEAVER, S.H. (1950), The working of sand and gravel in Britain, Geographical Journal, 115, 42-58.

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GERMAN GEOGRAPHICAL THOUGHT AND THE DEVELOPMENT OF LÄNDERKUNDE

Ute Wardenga*

Introduction

In standard international publications on the history of geography, German geography features as one of the major early contributors to the development of the subject as a regionally oriented discipline in the 19th century. Names such as Carl Ritter, Alexander von Humboldt, Ferdinand von Richthofen, Albrecht Penck, Friedrich Ratzel, Hermann Wagner, Joseph Partsch, Alfred Hettner or Alfred Philippson are synonymous with a geographical approach which has entered the annals of the subject’s history as Länderkunde, an apparently specifically German variant of Regional Geography. Nowadays there is little mention of this strongly narrative approach, which links physical and human geography through the medium of space: hardly any of the geographers currently practising at German universities spends a significant part of his/her working life writing Länderkunde, and there is scarcely a younger geographer among us capable of writing the stylistically accomplished, gripping narrative required for a successful Länderkunde, representing the best in current research. Indeed, hardly any of us would wish to do so: since the 1970s the writing of Länderkunde has been perceived as an activity which contributes little to one’s reputation, as it is associated with a form of geography which is now rejected as unscientific.

The story I will relate here is that of the rise and fall of Länderkunde as a geographical approach which significantly influenced the development of regional geography in Germany. Its importance, which is often questioned today, can only adequately be appreciated if one understands the issues to which Länderkunde provided answers, and how it was possible for it gradually to lose its functions after the Second World War. Länderkunde is not automatically identical with Regional Geography. Although both terms

* Leibniz-Institut für Länderkunde. Universidade de Leipzig.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 127-147

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have often been treated as synonyms in Germany since the early 20th century, Regional Geography has always been a more formal concept, less burdened with expectations. It could, as distinct from “General Geography”, refer to that part of the subject which dealt idiographically with regions without being subject to the requirement of having to give a general overview of all geographical factors. Regional Geography also involved, for example, the study of a particular region from a specific perspective, such as economic geography or demography. Länderkunde in contrast, was always something more than this. It was a scientific endevaour which, with the aid of specific geographical concepts and ideas, attempted to delimit particular areas in the continuum of the earth’s surface and then to portray these in all their relations (paradoxically) as a typical but unique part of a harmoniously ordered earth. The product of Länderkunde took the form of sometimes very extensive monographs. It brought areas to life in the reader’s consciousness, by creating images of them with the assistance of geographical descriptive skills, and these images could then be used in social communication and in political expectations. Länderkunde also provided a philosophy of the subject. It gave geography an identity, because with the aid of Länderkunde boundaries with other neighbouring sciences could be communicated; and the important function of the discipline as a creator of conceptions of the world for a rapidly modernising industrial society could be emphasised.

This lecture is divided into three sections, partially based on significant social and political breaks in Germany history. The first section discusses the rise of Länderkunde during the formative phase of German academic geography, which ends with the First World War and in socio-political terms corresponds to the German Empire (1871-1918). The second section includes the historical epochs of the Weimar Republic (1918-1932), National Socialism (1933-1945) and the first two post-war decades. Although these phases are difficult to associate in terms of political history, in the practice of geography they are a unit, for the Länderkunde paradigm experienced its heyday in the decades from 1920 to 1970 in the form of landscape geography. The third section deals with the period since 1970, describes the decline of Länderkunde and analyses what happens when a scientific discipline repeatedly postpones urgently required reforms, because of misunderstood respect for predecessors’ achievements.

Länderkunde in the formative phase of German academic geography (1871-1918)

With the exception of Berlin, there was no chair of geography in Germany until well into the last third of the 19th century. Rather, the subject was pursued in the geographical societies which had been established in

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great numbers since the mid-19th century. They were especially involved in encouraging exploration and had a very broad range of interests, so that geography appeared as a comprehensive science. The societies shaped the subject as one that included the analysis of man and nature, and which as a complex of the most varied disciplines addressed geological, geophysical, meteorological, biological, anthropological, ethnological, historical, demographic and economic issues.

When geography began to be institutionalised in universities after German Unification in 1871, this very broad definition proved problematic. As chairs of geography were established, the new university discipline felt the need to define its area of study and methodology in comparison with neighbouring subjects. Although the holders of the new chairs represented totally different approaches, they were in agreement that the largely compilatory study of different states practised in schools and closely oriented towards historical science, could not be continued at university level. The new professors argued instead in favour of developing the subject as a natural science which would seek to identify laws and causal connections and would therefore address itself to the entire globe as a nomothetic science. Geography in universities should no longer be identical with the study of states as practised in schools, but should consist of various sub--disciplines within general geography, and should in particular follow the perspectives of geomorphology which was rapidly becoming the guiding element of the discipline.

As a result of these considerations, the regional aspect of geography was relatively subordinate within the subject until well into the 1880s. Ferdinand von Richthofen, for example, who had emerged as one of the leading methodologists since the late 1870s did accept that regional geography had a valid existence. Nevertheless, unlike general geography, which he defined as the analysis of causal relationships and thus as genuine research, regional geography remained for him merely a form by means of which regionally relevant knowledge could be communicated, but which did not go “beyond the systematic compilation of all phenomena relating to the individual regions of the earth” (Richthofen 1883, p. 31). Thus, in Richthofen’s opinion it was “didactic” (ibid, p. 32), “encylopaedic” (ibid, p. 33) and “dull” (ibid, p. 35). Likewise, Alexander Supan, the then editor of the leading scientific journal of the day, “Petermanns Mitteilungen”, saw Regional Geography as being “merely the preliminary stage through which one enters the temple of general geography, where alone true science unfolds” (Supan 1889, p. 153).

This differentiation into a general area of geographical research and a didactic-pedagogical area devoted to representation and communication which rapidly became established among geographers at German universities, meant that regional geography remained a less-favoured area

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and that geography was on the whole strongly oriented towards the methodological ideals of the natural sciences until well into the 1880s. As a result, the writing of regional geographical accounts was not considered to be an activity favourable to improving one’s reputation or career. Thus very few publications of this sort appeared in this period, and most of them consisted of a compendium of factual knowledge about particular regions, such as Friedrich Ratzel’s two-volume regional geography of the United States of America (1878/80) or Johann Justus Rein’s multi-volume account of Japan (1881-1886).

As the second generation of German geographers began to mature, including Albrecht Penck, Alfred Hettner and Alfred Philippson, the emphasis began to shift. For these young geographers did not share von Richthofen’s doubts that it was hardly possibly for regional geography to describe adequately the causal relations at work in one place. These young men, then barely thirty years old, had enjoyed a better scientific education than the generation of geographers born in the first half of the nineteenth century. This was particularly true with regard to the natural sciences, which led them to criticise sharply the compilatory style then pursued in regional geography. In the financially difficult period before their first salaried appointment, many of them also made the discovery that it was comparatively easy to earn money by writing regionally relevant texts, as enthusiasm for the scientific “revelation” of the earth was by then very widespread, so that there was an enormous market for travel accounts and sketches of countries and their people, a market hotly competed by newspapers, journals and publishers.

Thus, from the mid-1880s the observations made by these young geographers in peripheral areas of Europe and overseas were put to use in different ways. During the course of their travels they sent regular reports to the scientific journals, giving information on their routes and specific observations made. If time allowed, they wrote popular essays describing the countries visited and their inhabitants in an accessible style, and these were sent to be printed in national newspapers when possible. This dual marketing was continued when the researchers returned home. The specialised research results, usually in the field of physical geography, were written up as scientific monographs. At the same time, the young geographers produced regional geography essays for more popularly oriented journals such as “Globus” or “Das Ausland” (“Abroad”), who paid for articles printed. Later these could be consolidated and revised to be offered to a publisher as travel monographs.

Because of the new generation’s positive experiences with the marketing of regional geography publications and the improved standards due to their university education, a movement for the revaluation of regional geography, now referred to as Länderkunde, developed from the mid-1880s.

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Its chief aim was to introduce the causal research typical of general geography into regional geography and to bring this to the same scientific standard as general geography in the form of Länderkunde. As in general geography, the researchers’ own observations were central, and this required a specific scientific training. Thus it was held that not everybody travelling through a country could automatically make observations in the spirit of Länderkunde, because observation, as Alfred Hettner said many years later, is “only in a very small part involuntary sight”, consisting for the greater part of an “answer to the conscious formulation of a question” which should be deeply reflected upon (Hettner 1927, p. 174f.). Only trained specialists could distinguish the “geographically significant” from the irrelevant, a conviction shared by Alfred Penck (Penck 1906, p. 51). This irreplaceable “autopsy of the areas to be represented” should be augmented by an “extended study of sources” (Wagner 1884, p. 606). Thus geographers working in the area of Länderkunde should collect all existing printed material, read this and critically analyse its usefulness by exhaustive application of the historical method of “examination of the witnesses and criticism of sources” (Supan 1889, p. 155). It was also considered important that the observed facts and those derived from printed sources were not simply reproduced in an unconnected manner, but presented to the reader as a well-rounded portrait based on an internal, causal association. Länderkunde should therefore no longer be a mere compendium of regional geographical facts, but should be characterised by “a style of presentation combining description and explanation”, moulding “the unwieldy material into a readable and stimulating form” (Wagner 1884, p. 607).

Alfred Hettner who was professor in Heidelberg became the leading theoretician of Länderkunde (see Wardenga 1995a). His methodological publications from the late 1890s and early 1900s (see Hettner 1895, 1903, 1905a, b) formulated the basic principles for the development of geographical concepts and ideas essential to Länderkunde research, and attempted to adapt the subject as a logically formed unit in itself to the production of Länderkunde studies.

Hettner initially assumed the hypothesis that the subject of a geography oriented towards Länderkunde was the entire earth as a complex of areas of different size. Thus the main methodological problem consisted of the difficulty of regionalising the earth, which was perceived as a continuum, resulting in a system of large-scale regions, countries, landscapes and places. Thus, following on from the teachings of general geography, Hettner argued in favour of discussing the various geographical factors separately in a first step, producing an overview for the whole earth ordered by geographical factors. As general geography research had already shown that every geographical factor has a characteristic pattern of distribution over the earth shaped by specific causes, Hettner developed the idea that this must produce methodologically

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verifiable indications as to how the earth could be subdivided at various scales. Based on this regionalisation a second step should include the description of the areas now defined at various scales. This system represented two things to Hettner: firstly, the development of a theoretical construct for an academic geography oriented towards Länderkunde, and secondly this served as the basis for the structuring of Länderkunde studies which he planned to write in co--operation with his colleagues.

Hettner saw two things as being among the most important aims of these Länderkunde studies at whatever scale: firstly, that part of the earth’s surface to be depicted should be so characterised that its nomothetic connection to the earth as a whole was made clear, so that it appeared as a manifestation of rules and laws which were valid everywhere in the world. Secondly, however, its idiographic characteristics, on the basis of which it became a unique individual space, were to be emphasised. In order to achieve these aims, Hettner proposed a uniform structure for all Länderkunde studies, which would first describe nomothetically the area selected according to its geographical factors, including relief and soils, mainland watercourses, oceans, climate, flora and fauna as well as man and his activities, i.e. settlement, economy and transport, culture and lifestyles. Based on this description the area would be subdivided into further, smaller units, which were then so described that the association of all geographical factors became clear and thus the individuality both of the parts and of the whole became apparent.

All of Hettner’s methodological considerations ultimately pursued the aim of establishing geography as a subject entirely devoted to Länderkunde and of describing the entire earth in a unified and standardised manner as a complex of regions at different scales. But this ambitious plan remained theoretical, as the descriptive schema proposed by Hettner did not become established within the subject. Nevertheless, his formulation of geography as a chorological spatial science (Länderkunde) was rapidly accepted. This was largely because this formula provided an elegant solution to the problem of defining the unity of geography and its subject matter, a problem which had not been solved by the turn of the 19th century. A spatially oriented geography could claim its own subject matter, as distinct from both the natural sciences and the arts, as geography focussed on subject matter which these only dealt with peripherally. As it was now a major aim of the discipline to bring regions to life in readers’ minds using specially developed skills of geographical observation and description, the subject could claim its function as the creator of up-to-date images of the world in the context of communication increasingly based on spatial abstractions, as for instance in the nation state debate and the discussion of the significance of colonies. Such images were of great importance in an industrial society increasingly integrated in global affairs.

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In this context a wide range of Länderkunde publications by university geographers appeared before the First World War, and these began to compete significantly with the specialised studies carried out in the area of general geography. As well as extensive regional geography handbooks such as those edited by Alfred Kirchhoff and Wilhelm Sievers (see Kirchhoff 1887-1907; Sievers, Deckert & Kückenthal 1894; Philippson & Neumann 1894, Sievers 1895, Sievers 1901-1906), numerous Länderkunde descriptions were published in inexpensive series aimed at the interests of a broad readership (e.g. Sieger 1900, Hassert 1903, Regel 1905, Grund 1906, Philippson 1908, Banse 1910). Monographs also appeared. These included, for example, Partsch’s “Schlesien” (“Silesia”, 1896-1911), Richthofen’s “Schantung und die Eingangspforte Kiautschou” (“Shantung and the entrance to Ciauchu”, 1898), Ratzel’s “Deutschland” (1898), Hettner’s “Europäisches Russland” (“European Russia”, 1905c), Passarge’s “Süd--Afrika” (1908) or bestsellers such as Philippson’s “Mittelmeergebiet” (“Mediterranean region”, 1904, 3rd edition 1914) and Fischer’s “Mittelmeerbilder” (“Mediterranean images”, 1906, 2nd edition 1913).

Länderkunde under the influence of the Landschaft (landscape) concept (1918-1970)

Länderkunde experienced a further boom with the outbreak of the First World War. While its function had hitherto been primarily in the area of education, a strong applied aspect now began to play a role. During the war so-called “Landeskunde Commissions” were established, with the task of preparing detailed spatial accounts of Poland, Rumania, Albania, Montenegro and Macedonia, as well as of the Baltic states, so that Germany and its allies would have specific information in case of possible territorial claims should they win the war.

The use of geographical inventarisation for propandanda purposes, most remarkably in the case of Poland (see Wardenga 1995b) encouraged the awareness among many geographers that Länderkunde descriptions not only communicate spatial knowledge, but that this knowledge can be actively used to intervene in political debates. Although geographers initially relied on phyiscal-geographical arguments when regional categorisations were required as arguments in favour of the German Empire’s right to continental expansion, after 1915 ideas from human geography gained in significance and caused a reorientation in Länderkunde studies, which now increasingly placed active man and his influence on the reshaping of nature in the foreground of their descriptions.

The so-called Landschaft (landscape) concept played a significant role in this shift of emphasis, which continued after the war. It had already been

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in common use in schools before the First World War, as it was not possible to address the logical and methodological problems of regionalisation in the classroom, as was being done at the universities. Rather, it was necessary to follow on from the pupils’ everyday world and language when teaching Länderkunde (see Schultz 1980). The term landscape now came into use here, a term which had had spatial connotations since the late 18th century and meant a specific section of the earth’s surface which could be perceived as a harmonious whole consisting of different natural and anthropogenous factors (see Hard 1970). While the practisers of Länderkunde in the German Empire could only isolate the object of their studies by means of the relatively complex process of regionalisation, because of its usage in language “landscape” appeared to already exist in “actual” reality as a spatial entity already given before the existence of any science.

“Landscape” thus made life much easier for geographers. For now they could dispense with the difficult task of an intersubjectively verifiable regionalisation, which many scientists were glad to avoid, and they could also bypass an analysis of Hettner’s difficult methodological ideas on the logical ordering of the complex material to be dealt with in a Länderkunde monography. From the early 1920s on, and in the face of occasionally vehement protest from older geographers, the landscape concept was presented in numerous methodological publications as the central concept of a new geography, departing from its pre-scientific-aesthetic origins. The “highest goal”, “ultimate purpose” and “core” of this new geography was a form of Länderkunde newly oriented towards landscape geography (see Banse 1920, 1922/23, 1928, Friederichsen 1921, Obst 1922/23, 1923, Passarge 1922, Krebs 1923a, 1927, Gradmann 1924, Huttenlocher 1925, Volz 1926) “Landscape” as a symbol for the interaction of the most varied geographical factors in a particular place was now defined as German geography’s “true” and “very own” subject of research. Landscape was seen as a spatial entity, a harmonious whole, an absolute coherence, as an organism. In what was sometimes extremely polemical criticism of older approaches to Länderkunde (see Spethmann 1928, 1931), a new style of Länderkunde was called for which allowed considerable space for the researcher’s intuition, favoured a warm and lively descriptive style over scientific analysis, placed the immediacy of the landscape experience in the foreground of analysis, described using aesthetic categories such as “harmony” and “rhythm”, and broke with the positivist tradition of causal--mechanical description in favour of the phenomenological contemplation of the nature of landscapes.

However, because of the close relationship of landscape geography to everyday language, German geography began to lower its standards of methodological reflection in the inter-war period. Areas were at best viewed as systems of locational relations between material objects in the holistic-

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-organicist approach now preferred, as a rule however they were perceived as given containers in “actual” reality, with all their elements: rock base, surface forms and soils, climate, watercourses, flora and fauna as well as man himself, including his settlements, routeways and all areas used or cultivated by man. In the context of geographical theory as shaped by the landscape concept, each area was per se a real, individual whole, which was to be comprehended intuitively by geographers and described as vividly as possible.

The resulting shift in comparison to the school of Länderkunde in the late 19th and early 20th century is obvious: Länderkunde, which included the search for rules and laws because of the subject’s orientation towards the ideals of the natural sciences, moved towards a Regional Geography which attempted to record even the smallest areas as unique and unmistakeable entities. A form of Länderkunde which had as its sprating point the earth as a whole and portrayed the planet as a complex of areas based on well thought--out regionalisations, was abandoned in favour of a form of Länderkunde which saw its subject in unquestioned, supposedly pre-existing landscapes and thus lost sight of the methodological issue of regionalisation which had been so important for the subject. Finally, a form of Länderkunde which had devoted itself to the description of basic physical geographical structures moved towards a form of Länderkunde which increasingly emphasised the signficance of human geographical factors and thus was transformed to a subject that adhered closely to the methods of the historical and cultural sciences.

In spite of the falling level of theoretical reflection, the new form of Länderkunde stimulated by the landscape concept was an incredible success, as it represented a geographical variation on the general intellectual milieu typical of Germany in the inter-war period (see Schultz 1980). To an unprecedented extent, geographers established themselves as leaders of the intellectual debate in a country emotionally reeling from the consequences of the First World War. In spite of inflation and the world economic crisis the subject experienced marked growth, only to be equalled again in the 1960s. New chairs of geography were created, especially in the area of human geography. New geographical journals for schools and universities appeared and took their place on the shelves of public libraries as well as in many private homes, together with established journals such as “Petermanns Mitteilungen”, “Geographische Zeitschrift” or the “Zeitschrift der Gesellschaft für Erdkunde zu Berlin”.

Because of the high esteem associated with the writing of landscape--oriented Länderkunde studies, the number of separately published regional monographs increased considerably in comparison to the period before the First World War (e.g. Scheu 1923, Krebs 1923a, b, 1928, 1935, Schmitthenner 1924, 1925, Behrmann 1924, Philippson 1925, Machatschek

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1927, Gradmann 1931, Credner 1935). Far more geographers than hitherto were willing to appear as the authors of popular and cheap series (see Maull 1922, Sapper 1923, Jaeger 1925, Machatschek 1928, Thorbecke 1928, 1929, Sölch 1930, Passarge 1931). In the context of the growing debate on the revision of the conditions of the Treaty of Versailles those Länderkunde studies were particularly popular which addressed the issue of Germany and the territories of its neighbours who had profited and gained territory from the issue of the First World War. Thus, for example, Kurt Hassert (1923) examined the economic life of Germany within its geographical constraints and concluded that Germany could not survive in the long term without its “missing” territories. Likewise, Hugo Hassinger (1925), Friedrich Metz (1925), Erich Wunderlich (1923) and Fritz Dörrenhaus (1933) produced critically acclaimed Länderkunde studies of Czechoslovakia, Poland, the Upper Rhine region and South Tyrol, which lamented the territorial changes since 1918 using a strongly moralistic tone, and called for their restoration.

The issue of the revision of the boundaries set out by the Treaty of Versailles dominated these studies, together with the associated task of proving the untenability of the new German borders with the aid of geographical studies. These concerns were also typical of a series of Länderkunde studies which taken together portrayed Germany as a whole. In comparison to the imperial period, where there had been attempts to include the German Empire in Länderkunde studies (see Penck 1887, Ratzel 1898, Kirchhoff 1910, Braun 1916), the home territories now came to the fore of a research interest which was increasingly nationalistically motivated, arguing from the moral standpoint of an unjustly treated loser in the World War. Influenced by research from the “Deutsche Volks- und Kulturbodenforschung” which had been formed in the 1920s and was well financed by the state (see Fahlbusch 1994, Wardenga 1995b), the old Länderkunde studies relating to the German state gave way to studies that concentrated on the much larger area occupied by German-speaking peoples (see Krebs 1931, Brandt 1931, Schrepfer 1935), repeatedly challenging international law. The studies published in association with the “Volks- und Kulturbodenforschung”, which today seem dominated by propaganda, led seamlessly to a type of geography that willingly let itself be made the servant of extremely revisionist national socialist interests (see Heinrich 1991).

In spite of German geographers’ close connections with national socialist ideology, new paths were not sought for Länderkunde, even after the collapse of the Third Reich. While in the GDR attempts were made to develop a modern geography in accordance with socialist teaching, and Länderkunde was harshly criticised as a leftover from bourgeois values (see Sanke 1958, Grimm 2001, Schelhaas 2004), in West German geography tendencies towards the restoration of historic patterns dominated, at the level of personnel and in the contents of the subject (see Sandner 1995). Although

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German geographers did attempt to distance the contents of their research from Nazi ideology (Troll 1947), the theories of the old landscape concept were usually taken up again (see Blume 1950, Troll 1950, Schwind 1950, 1951, Plewe 1952, Schmithüsen 1953). West German geography in the early post-war period thus scarcely differed from that of the 1920s with regards to its structure, contents and theoretical-methodological position.

It was however impossible to repeat the qualitative and quantitative successes of the inter-war period and the associated large numbers of publications. Thus those Länderkunde monographs which appeared between 1945 and 1965 were sometimes merely reworked versions of works already published in the 1930s, as for example Lautensach’s “Iberische Halbinsel” (“Iberian peninsula”, 1964; first published 1931), Schmieder’s “Die Neue Welt” (“The New World”, 1962, 1963; first published 1932, 1933, 1934), Dörrenhaus’ “Südtirol” (“South Tyrol”, 1959; first published 1933) or Wilhelmy und Rohmeder’s “La Plata-Länder” (“La Plata states”, 1963; first published Rohmeder 1936). New publications such as Müller-Wille’s “Westfalen” (“Westphalia”, 1952), Mensching’s “Marokko” (1957), Kolb’s “Ostasien” (“East Asia”, 1963), Sievers’ “Ceylon” (1964) or Schmieder’s “Alte Welt” (“The Old World”, 1964) were rare events in the first two decades after the Second World War. They were duly noted by critics but gave little new impetus for the further development of the subject.

This stagnation apparent in the production of monographs, is all the more marked if the most widely-read scientific journals are searched for the regional essays which had formed their basis since the time of the German Empire and had developed a stylistic peak when published in great numbers in the inter-war period. In “Erdkunde” only four such essays appeared in the first decade of its publication (see Philippson 1947, Lautensach 1949, Pfeifer 1952, Barz 1957), and after this not one single one appeared. The same is true of the journal “Die Erde”. Only three geographers, Blume (1949/50), Krebs (1950/51) and Lehmann (1953), published traditionally structured Länderkunde texts in this journal in the 1950s.

A similar but slightly later piece of evidence comes from the analysis of the “Geographische Rundschau”, the central publication for German geography teachers, first issued in 1949. In the early years classical Länderkunde studies, intended as preparatory aids for teachers, occupied much space in this journal. Up to 1966 they accounted for an average of 25--35% of the articles, followed by studies intended “primarily as basic articles as an introduction to regional thematic issues” (Brogiato 1999, p. 9). This relatively high proportion, with up to five articles in each annual issue in the 1950s, dropped steadily in the 1960s in favour of greater participation by university geographers with contributions from the entire spectrum of human geography, and since the end of the 1960s there have only been occasional articles of this nature.

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In spite of the drop in Länderkunde publications noted by university geographers, the inter-war opinion that Länderkunde was the core of the discipline of geography, to which general geography was subordinate, was retained. Indeed, it was reinforced by the theoretical work of Hans Bobek and Josef Schmithüsen (see Bobek & Schmithüsen 1949, Bobek 1957), as they continued to ascribe central significance to Länderkunde, and thus this aspect of geography was seen as the “culmination” of the discipline, both in the perception of geographers and the education of students.

From the early 1960s this discrepancy between the theoretical status of Länderkunde in the methodological reflections of the discipline on the one hand and actual practical regional geographical reasearch on the other hand had led to a growing consciousness of crisis and change, expressed in various publications (see Pfeifer 1965, Büdel 1966, Mensching 1967 and Schmieder 1966, 1969). The malaise of Länderkunde was accounted for in these publications by external and internal factors, the evaluation of which remained ambivalent. Thus technical innovations which had facilitated many aspects of Länderkunde research were welcomed, while at the same time the associated exponential growth in the amount of data and the ensuing new challenges in data processing were bemoaned. The rapid expansion of university research in Germany at the time was welcomed, but in the same breath the resulting changes in the academic landscape were bewailed as this became less clearly structured, and increasingly specialised, interdisciplinary and international. The structural changes that affected most countries in the world after the Second World War were seen as a welcome opportunity for new research, but there were also fears that the required Länderkunde synthesis would no longer be possible. The continuing necessity of such a synthesis was unquestioned, especially in view of the problems of developing countries, although it was registered with some dismay that, in spite of repeated claims of its uses in problem-solving, providers of external funding and political institutions reacted to the financial needs of Länderkunde research in a reserved or even negative manner.

By the end of the 1960s the need for reform had become even more urgent. The more modern approaches which had become established in other European countries and especially in the USA, brought some young scientists to the realisation that German geography was on the way to losing contact with international research because of its tenacious attachment to the holistic landscape concept (see Bartels 1968, Hard 1970). A major altercation finally took place at the German Geographical Congress in Kiel in 1969. To the horror of the professors, who were quickly argued into a corner and seemed incapable of taking action, student representatives expressed their extreme uneasiness with Länderkunde. In a specially convened meeting, they declared that Länderkunde did not address any real problems, only constructed trivial relationships, was not capable of

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achieving the overview it strived for, only produced empty formulae and should therefore be immediately abandoned in favour of an orientation towards the new general geographical and regional science approaches shaping geography at an international level (see Geografiker 1969).

Länderkunde after 1970

The students’ cricism at the Geographical Congress in Kiel was a bombshell for the geography establishment, and in the ensuing years bore fruit in a flood of methodological publications discussing the pros and cons of Länderkunde for science and schools intensively and controversially (see Troll 1970, Uhlig 1970, Bartels 1970, Bobek 1970, 1972, Schultze 1970, Hendinger 1970, Birkenhauer 1970, Wirth 1970, 1978, Bahrenberg 1972, 1979, Otremba 1973, Kilchenmann 1973, Hard 1973, Weichhart 1975). As well as these methodological debates, the first visible result was that a newly established, comprehensive Länderkunde series, to which many hopes had been pinned for a reform in Länderkunde, came to a standstill for several years.

When this series was taken up again in the late 1970s, the emphasis was often quite different in the new volumes than had been the case in previous phases of Länderkunde, in spite of the retention of the traditional structure. The trend towards equal treatment of physical and human geographical factors, observable since the 1920s, continued and shifted in favour of a growing emphasis on the spatially relevant processes set in train by man’s actions; as Länderkunde concentrated more on the present-day and became more problem-oriented this trend became even more marked (one of the most typical examples being Weber’s regional geography of Portugal published in 1980). At the same time, in response to severe criticism of holism in methodological publications (see Hard 1973), the number of regional characteristics traditionally described in the overall context of physical and human geographical factors fell dramatically. These were sometimes entirely absent (e.g. Hütteroth 1982, Tichy 1985), referred to briefly in the context of specific themes in human geography (e.g. Lienau 1981), limited to a general overview (e.g. Domrös 1976, Lienau 1989) or presented in the form of issue--oriented, topical regional studies (e.g. Glässer 1978).

Caught between a growing flood of antagonistic research paradigms imported mainly from Anglo-American geography (see Arnreiter und Weichhart 1998) and the imprecise and diffuse concept of Länderkunde, West German geography began gradually to modernise and liberate itself from its historical tradition. Although several ideas for the reform of Länderkunde had been discussed since the late 1970s (see Schöller 1977, Bartels 1981, Popp 1983, Heinritz 1987, Taubmann 1987), by the 1990s it

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was accepted that Länderkunde was outdated as a structure-giving element of geographical self-definition in Germany. The foundation of the “Leibniz--Institut für Länderkunde” in Leipzig in 1992 after the reunification of the two German states did not change this (see Blotevogel 1996, Wardenga 1995). As the only non-university geographical research institute in Germany, the Leibniz-Institute für Länderkunde is intended to provide a significant impetus for the development of German geography. Admittedly, for a brief period the differences between the geographical practice of capitalist West Germany and socialist East Germany after almost fifty years of separate development became only too apparent. Many West German geographers were appalled at the use of the term Länderkunde in the debate on the naming of the institute and thought that the clock was now going to be turned back again after painfully achieved progress. However, the term Länderkunde was less problematic for the East German geographers who had not experienced the conflict-ridden discussions associated with the gradual dropping of Länderkunde as a central element of geographical research in West Germany. Also, after decades of party-political interference they associated the concept of Länderkunde with a perception of scientific freedom. Ultimately, the non-geographers in the founding commission decided the question by arguing heatedly for its inclusion, as the term Länderkunde still determines public perception of the subject in Germany and the general public immediately associates geographical content with an “Institut für Länderkunde”.

However, from its earliest years the institute was far from becoming a Societas Jesu for the Länderkunde counter-reformation. Its first medium--term research programme placed a strong emphasis on general human geography topics. Work on the National Atlas of Germany since 1999 (“Nationalatlas Bundesrepublik Deutschland”) as well as the series “Landscapes in Germany. German Regional Heritage” come closest to the Länderkunde tradition of inventarisation. The creation of a new research structure led to their amalgamation as an independent field of research at the end of 1997. On the basis of detailed analysis of the history of the discipline and by setting up the term “user-oriented transfer of knowledges”, this part of the institute’s work provides now continuity with a version of the Länderkunde concept used very straightforwardly in the late 19th century before the concept became weighed down with the task of giving the discipline identity (see Wardenga 2001).

An analysis of German geography today shows that the issues discussed in physical and human geography no longer differ very much from those studied in many other countries, which like German geography have lost much of their national individuality as a result of the rapid internationalisation of the subject since the 1990s. Thus the history of the rise and fall of Länderkunde can be seen as the history of a uniquely German

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tradition, closely intertwined with political developments in a country located in the centre of Europe. This seems to imply that the development of German geography is a special case. One can, however, interpret this history as a specific example, and then try to find out what links German geography to geography as practised in other countries. I would be very glad if, in spite of the specifically German development described here, my lecture could inspire some of you to carry out further joint research on this topic.

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NOTAS

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A GEOGRAFIA DE COIMBRA E A ‘COIMBRA 2003, CAPITAL NACIONAL DA CULTURA’

A. Campar de Almeida* Rui Missa Jacinto*

No sentido de materializar um anseio há muito sentido por vários de

nós, docentes do Grupo de Geografia da Faculdade de Letras de Coimbra e aproveitando a oportunidade entretanto criada com a realização da “Coimbra 2003 – Capital Nacional da Cultura”, decidimos solicitar à respectiva coor-denação apoio para levar a efeito a preparação de um conjunto de três expo-sições e da publicação dos respectivos catálogos, o que viria a ser concedido.

A primeira exposição, denominada “Fragmentos de um retrato inaca-bado. A Geografia de Coimbra e as metamorfoses de um país”, foi inaugu-rada em 3 de Dezembro de 2003, na Reitoria da Universidade e foi consa-grada à divulgação daquilo que é e faz a Geografia neste momento em Coimbra e dos respectivos caminhos que esta ciência veio trilhando até ao presente. A sua abertura foi antecedida de uma sessão de conferências, na Faculdade de Letras, e onde tomaram da palavra os Professores Doutores Valentim Cabero Dieguez e Lucília Caetano.

A segunda exposição, intitulada “Olhar o mundo, ler o território. Uma viagem pelos mapas”, foi inaugurada em 10 de Dezembro de 2003, com uma sessão pública na Faculdade de Letras, onde foram conferencistas os Profes-sores Doutores Susanne Daveau, José Manuel Pereira de Oliveira, João Marinho dos Santos e Carlos Alberto Nabais Conde. A exposição que decor-reu, ao longo de várias semanas, no Museu Nacional da Ciência e da Técni-ca, no Colégio das Artes, efectivou-se graças à cedência, para o efeito, de um acervo de mapas antigos do espólio do Prof. Doutor Carlos Alberto Nabais Conde, docente do Departamento de Física, da Universidade de Coimbra. Nela, os visitantes tiveram oportunidade de percorrer grande parte da história da cartografia desenvolvida principalmente na Europa, além de poderem apreciar algumas peças cartográficas esteticamente muito valiosas.

* Departamento de Geografia. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 151-154

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160 Inforgeo 18/19

A terceira e última exposição, denominada “Esta Coimbra... Alfredo Fernandes Martins, a cidade e o cidadão”, teve lugar na Reitoria da Univer-sidade e foi dedicada a uma das figuras mais marcantes da Geografia portu-guesa, o Prof. Alfredo Fernandes Martins, nas suas facetas de homem, cida-dão, docente e investigador. Também aqui houve lugar a uma sessão de abertura, efectuada na Faculdade de Letras, onde tomaram da palavra os Pro-fessores Doutores Fernando Rebelo, Maria Helena da Rocha Pereira e Abílio Hernandez e a Dr.ª Paula Fernandes Martins, filha do homenageado.

Na realidade, esta conjuntura favorável permitiu mostrar, através destas

exposições e catálogos, o contributo da Geografia de Coimbra para o avanço do conhecimento humano sobre o território e a sociedade, relembrando, em paralelo, alguns dos seus protagonistas mais ilustres. Para isso muito contri-buiu a já longa história de mais de noventa anos do ensino formal da Geogra-fia em Coimbra, precisamente desde a criação da Faculdade de Letras, em 1911. A estes aspectos se dedicou a primeira exposição e catálogo.

Boa parte dessa história pôde ser contada a partir dos trabalhos desen-volvidos pelos alunos, em particular das suas teses de licenciatura. De facto, para a conclusão da licenciatura e até 1974, era exigida uma dissertação sobre determinado tema proposto ou acordado com o professor. Independen-temente da sua qualidade científica, estas teses permitiram-nos fazer um balanço da evolução da realidade do país ao longo de cerca de meio século, assim como das mudanças de métodos e matrizes temáticas por que ia pas-sando o curso e a própria Geografia.

Mas, tão ou mais importante ainda, foi a possibilidade de esboçar as metamorfoses, os retratos económico e social de alguns dos fragmentos do complexo mosaico regional português, com as colónias incluídas. Nestes tra-balhos é notória uma correspondência maior de certos temas a determinados períodos: população – anos 40, portos e pesca – anos 50 e 60, indústria – anos 60, emigração – anos 70, apenas para citar alguns exemplos. Não obs-tante o contexto político referente ao período em análise, estas abordagens temáticas, além de reflectirem as novidades do saber geográfico além fron-teiras podem ser entendidas como manifestações de uma dialéctica entre as preocupações científicas dos orientadores e a própria dinâmica geográfica e sócio-económica que o país foi conhecendo.

A imagem esboçada, além de incompleta e inevitavelmente inacabada, acaba por ser espacialmente fragmentada, denunciando as áreas investigadas, o local de origem dos alunos e dando-nos a clara noção da influência nacio-nal que o curso de Geografia de Coimbra detinha à época. Por outro lado, os estudos de pormenor permitiram-nos elucidar, quase sempre e em cada um dos momentos, sobre o estado do país e das suas gentes, constituindo, por isso, uma importante amostra dos enquadramentos históricos, biofísicos e sócio-económicos.

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A Geografia de Coimbra e a ‘Coimbra 2004, Capital Nacional da Cultura’ 161

Os elementos fornecidos pelas teses representam hoje importantes documentos históricos por constituírem não só registos de dados obtidos num tempo e num espaço próprios, mas porque foram objecto de análise especializada. Um dos aspectos mais interessantes que se pôde retirar de boa parte destes trabalhos é a descrição dos modos de vida e das relações entre diferentes classes sociais. Se em alguns casos existe muito de etnográfico, noutros apercebemo-nos claramente da situação de pobreza e, especialmente, da falta de horizontes e de perspectivas que estiveram na origem do abando-no dos campos verificado com inusitada intensidade a partir da década de sessenta.

Muito dificilmente se pode conceber a Geografia sem a existência de

mapas. Neste contexto, aproveitando a paixão que um dos nossos colegas da Faculdade de Ciências nutre por cartografia antiga e de ao longo dos anos ter acumulado um acervo importante desses mapas, foi possível fazer, com estes, “uma viagem pelos mapas” – o leit motiv da segunda exposição e catá-logo.

Os mapas transportam consigo uma carga simbólica que lhe vem, sobre-tudo, da sua própria concepção e modo de construção. Durante largo tempo representavam o que se via, mas também muito do que se desejava ver ou do que se imaginava. Suportados pelo território que representam, os mapas são, como se disse, indissociáveis da Geografia tal como esta ciência não deixa de ser, também, a arte de mapear continentes, mares, lugares. Através de ambos acabamos por percorrer o mundo e abarcar a Humanidade.

Os mapas fixam e trazem até nós, sobretudo a partir do século XVI, diferentes olhares do mesmo espaço, da mesma gente. Com eles viaja-se no tempo. Percorrem-se territórios. Ontem como hoje este é o seu grande privi-légio.

A história da Cartografia confunde-se com a história da Geografia. As representações cartográficas conhecidas remontam, pelo menos, ao século V a.C.: o mais antigo mapa de que se tem conhecimento foi executado na Babi-lónia numa placa de argila e encontra-se no Museu Britânico.

É preciso chegar ao século XV e à divulgação de uma nova concepção do Mundo herdada da Geografia ptolomaica, à determinação das latitudes e à divulgação da Imprensa, para a Cartografia encontrar novos rumos no seu desenvolvimento, fornecendo à Geografia não só um importante instrumento da escrita da Terra como um extenso universo de investigação.

É um pouco desta viagem que foi proposta efectuar através da cartografia disponível no acervo particular do Professor da Universidade de Coimbra, Doutor Carlos Alberto Nabais Conde. Os seus mapas transportam-nos desde os ptolomaicos, aos do século XIX, permitindo-nos observar o Mundo, percorrer a Península Ibérica, viajar por Portugal, continental e insular, visitar Coimbra.

Congregando um vasto espólio que permite “Olhar o mundo, ler o terri-

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tório” o catálogo introduz o leitor por muitos discursos e diversificados per-cursos do tempo, das técnicas e das ciências. Os mapas mostram como a escala condiciona as representações cartográficas e muito da Geografia aca-ba por ser a arte de cartografar. Mas mostra, também, ao cidadão, à comuni-dade científica e, sobretudo, ao público mais jovem, como foram evoluindo os registos cartográficos: da escala geral à escala local; as técnicas, os mate-riais e os modos de construção; o desenho e a cor; o real e o simbólico. Sem esquecer, como refere Almada Negreiros que “o mapa tem a sua erudição própria. Através do mapa político do mundo cada povo tem a sua expressão própria no seu respectivo lugar”.

Na terceira exposição e respectivo catálogo procurou-se salientar quer a

obra quer as virtudes científico-pedagógicas do Professor Fernandes Martins, assim como dar a conhecer parte das suas facetas como homem, cidadão e professor, desconhecidas mesmo dos seus antigos discípulos, mas que aju-dam a entender a sua capacidade de encantar quem tinha o privilégio de com ele conviver.

Alfredo Fernandes Martins nasceu em Coimbra e foi, por idealismo, cidadão do Mundo. Brilhante professor, mestre que influenciou, através do ensino e da investigação, gerações sucessivas de geógrafos, foi uma per-sonalidade que amou a sua cidade. Cidadão empenhado, cultivou um modo diferente de estar, não deixando indiferentes muitos dos conimbricenses que com ele se cruzavam. Geógrafo atento e perspicaz, estabeleceu um convívio tão íntimo e cúmplice com a cidade que Alfredo Fernandes Martins se con-funde com um tempo e uma vivência de Coimbra.

Conviveram em Fernandes Martins duas cidades: a académica, à qual pertencia, e a futrica, a outra Coimbra, dos salatinas, dos artistas, dos arte-sãos da Alta, que se prolongava pelos cafés e pelas ruas medievas da Baixa e pelos bairros operários da periferia. Amou a cidade à sua maneira de forma plena e empenhada, conheceu-a por dentro nas suas virtudes e contradições: “amo esta Coimbra, berço meu, de um amor reflectido e sereno, amor que me vem da meditada interpretação plástico-geográfica da paisagem, do que sei do evoluir do aglomerado urbano no curso das idades, da admiração pela actividade fecunda dos seus filhos, da inteligência do que tem sido o contri-buto da cidade para a vida colectiva da Grei”.

A Coimbra vivida por Alfredo Fernandes Martins ficou sempre aquém da cidade solidária com que sonhava.

Na passagem de duas décadas sobre a sua morte, lembrar Fernandes Martins foi não só homenagear um Mestre da nossa Universidade, mas trazer à memória da cidade o cidadão que a amou, estudou e divulgou. Homena-gem merecida que não se pôde regatear.

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A Geografia de Coimbra e a ‘Coimbra 2004, Capital Nacional da Cultura’ 163

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POR UMA HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NO BRASIL

Manoel Fernandes de Sousa Neto* Em 1996 no Encontro Nacional de Geógrafos promovido pela AGB –

Associação dos Geógrafos Brasileiros, ocorrido em Recife/PE, um dos eixos temáticos foi denominado Geografias Puras e Impuras. O intuito foi o de agregar uma série de temáticas da produção geográfica brasileira que não se encaixavam nos eixos temáticos tradicionais. Entre as Geografias Puras e Impuras, ocorreu uma mesa redonda organizada pela Prof.ª Alexandrina Luz Conceição, que tratou do Pensamento Geográfico Brasileiro antes de 1930.

O fato é ao mesmo tempo importante e representa uma espécie de ato inaugural. Importante por denunciar a maneira tardia como os geógrafos bra-sileiros se preocuparam pouco com a institucionalização de sua disciplina no Brasil e ao mesmo tempo, como, ao tratar da institucionalização buscava-se apenas a partir da década de 1930 e dos primeiros cursos de formação de geógrafos no País as origens dessa institucionalização.

Em razão disso, quando estava a se preparar o Encontro Nacional de Geógrafos que aconteceria em 1998, na cidade de Vitória da Conquista/Ba, um grupo de jovens pesquisadores, todos fazendo pós-graduação em institui-ções universitárias de São Paulo (Universidade de São Paulo e Pontifícia Universidade Católica), em nível de mestrado ou doutorado, resolveram pro-por um curso de curta duração que seria em verdade um seminário sobre as pesquisas desenvolvidas em História da Geografia e do Pensamento Geográ-fico no Brasil.

Dessa maneira, em Julho de 1998, em Vitória da Conquista, apresenta-ram-se os resultados de pesquisa de mestrado de Genylton Rocha, Manoel Fernandes, Sergio Nunes e Silvia Lopes. Em torno dessas apresentações dis-cutiram-se os aportes teóricos metodológicos das pesquisas realizadas ou em realização e, além disso, foi traçado o objetivo de criar uma rede de interlo-cução entre os poucos pesquisadores brasileiros que trabalhavam com a temática da história do pensamento geográfico no Brasil. Como decorrência * Departamento de Geografia. Universidade Federal do Ceará.

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 155-158

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desse processo, marcou-se para Outubro de 1998, na cidade do Rio de Janei-ro, nas salas da Pontifícia Universidade Católica, um seminário de dois dias que discutiria o estado da obra de arte e apontaria os caminhos para a consti-tuição de um grupo de trabalho permanente em história do Pensamento Geo-gráfico no Brasil.

A proposta era buscar a realização de três tarefas: recensear os investi-gadores e suas pesquisas, fazer dialogar de maneira permanente esses pes-quisadores a partir da constituição de periódicos e eventos que possibilitas-sem tal coisa e, por fim, consolidar a área de História do Pensamento Geográfico no âmbito da produção geográfica brasileira. Antes uma coisa é necessário que se diga: todos os participantes do Grupo de Trabalho que se buscava constituir eram jovens acadêmicos, nenhum dos quais havia ainda concluído o doutorado e muitos não eram professores universitários.

A reunião de Outubro aconteceu no Rio de Janeiro, durante os dias 18 e 19. O dia 18, um Domingo, pela manhã, foi aberto com a palestra da Prof.ª Lia Osório Machado que tratou do tema História do Pensamento Geográfico no Brasil: elementos para um programa de pesquisa. Nesta palestra, que acabou sendo publicada no número 1 da Revista Terra Brasilis, a Prof.ª Lia Osório traçou um amplo panorama da História da Geografia no Mundo e no Brasil, seus métodos, as grandes contribuições teóricas e advertiu para neces-sidade de tratar-se da área com o rigor investigativo que a mesma merecia.

O seminário de Outubro contou com a participação daqueles que viriam a conformar o grupo de trabalho História do Pensamento Geográfico e se tornariam os organizadores do I Encontro Nacional de História do Pensa-mento Geográfico, que ocorreria na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), de Rio Claro, e que foi realizado graças ao aporte material e inte-lectual oferecidos pelo Prof. Silvio Bray, à época diretor da UNESP, e um dos que mais havia orientado na área de História do Pensamento Geográfico no Brasil. Foi nessa reunião de Outubro de 1998 que Rita Anselmo, orien-tanda de doutoramento do Prof. Silvio Bray, apresentou a proposta de reali-zação de um I Encontro da História do Pensamento, na cidade de Rio Claro.

O I Encontro Nacional de História do Pensamento Geográfico seria organizado mediante uma série de reuniões ocorridas todas em Rio Claro, durante Dezembro de 1998 e Dezembro de 1999, quando então o evento foi realizado.

Um evento de magnitude nacional ofereceria a possibilidade de realizar aquilo que havia se desenhado como desejo em 1998, recensear os pesquisa-dores na área e ao mesmo tempo criar a necessária ambiência para a realiza-ção de um diálogo permanente. As reuniões entre Dezembros definiram que o I Encontro teria quatro (4) eixos (Pensamento Social Brasileiro, Viajantes, Disciplina Escolar Geografia e Instituições do Saber Geográfico), um quinto (5) eixo viria aparecer para comportar alguns trabalhos que se aproximavam das pretensões do evento, no caso, o eixo Epistemologia.

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Por uma História do Pensamento Geográfico no Brasil 167

Além dos eixos o evento definiu-se com uma estrutura que continha apenas uma conferência de abertura, proferida pelo Prof. Carlos Augusto Figueiredo Monteiro e duas mesas redondas. A primeira das mesas redondas contou com a participação de geógrafos e historiadores da ciência e das dis-ciplinas escolares, tendo como perspectiva a realização de um diálogo que dar-se-ia fora dos estritos muros da Geografia. A segunda mesa contou com a participação dos pesquisadores que mais haviam orientado na área de his-tória do pensamento geográfico no Brasil e sem os quais o encontro não teria ido adiante, no caso os professores (as) Antonio Carlos Robert Moraes, Lia Osório Machado e Silvio Bray.

O ponto alto da estrutura do encontro, entretanto, estava na idéia de fazer chegar aos sessenta e cinco escritos (65) no evento, em três tomos e com quarenta dias de antecedência, todos os trabalhos completos, para que os mesmo pudessem ser lidos e tornarem-se desse modo objeto de discussão quando da realização dos cinco eixos temáticos, durante o período de 9 a 12 de Dezembro de 1999. Realizadas as tarefas de impressão e envio antecipado do material, o debate acabou apontando para a necessidade de um sem núme-ro de temáticas e investigações.

Em 2000, no Encontro Nacional de Geógrafos que realizou-se em Flo-rianópolis, foi lançado o primeiro número da Revista Terra Brasilis e o Gru-po de Trabalho em História do Pensamento Geográfico foi responsável por coordenar o eixo temático: História do Pensamento Geográfico, contribuindo com a Associação dos Geógrafos Brasileiros, no sentido de selecionar os tra-balhos e organiza-los por temas. Além disso, o Grupo de Trabalho realizou uma mesa redonda, coordenada pelo Prof. Sérgio Nunes, com o tema Histó-rias do Pensamento Geográfico: Instituições, Institucionalização e Produ-ção do Conhecimento.

Durante o período de 2000 a 2005, o Grupo de Trabalho de História do Pensamento publicou seis (6) números em cinco (5) volumes da revista Ter-ra Brasilis, todos temáticos: (1) Geografia Disciplina Escolar; (2) Geografia e Pensamento Social Brasileiro; (3) Dossiê América Latina; (4/5) Território e (6) Representações Geográficas. Neste mesmo interregno, a maior parte dos componentes do Grupo de Trabalho e editores da Terra Brasilis, concluíram seus doutoramentos, ingressaram em instituições de pesquisa e colaboraram com a Associação dos Geógrafos Brasileiros, no sentido de consolidar a área de investigação em História do Pensamento Geográfico no Brasil.

A revista Terra Brasilis, tornou-se rapidamente conhecida e aceita pelo público nacional e ganhou projeção internacional na medida em que abriu um diálogo com investigadores em História da Geografia de diversos países, nomeadamente os países latino-americanos. O periódico, por outro lado, fez dialogar a História da Geografia com outras disciplinas científicas e tem resultado em uma experiência que tirou no Brasil a História da disciplina da sua impureza geográfica para fazê-la uma temática cada vez mais recorrente

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nos eventos da Associação dos Geógrafos Brasileiros e, em larga medida, aceita pelos demais historiadores da ciência no País.

A aposta para logo mais é de editar dois números da revista Terra Bra-silis agora com editores convidados, sendo os próximos números sobre Insti-tuições e História da Cartografia/Cartografia Histórica. Ademais, o mais fun-damental foi o fato de o periódico possibilitar o diálogo sobre métodos, teorias, temas de investigação, entre estudiosos da área de História da Geo-grafia e Geografia Histórica.

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EL GRUPO DE TRABAJO DE HISTORIA DEL PENSAMIENTO GEOGRÁFICO DE LA ASOCIACIÓN

DE GEÓGRAFOS ESPAÑOLES. ORIGEN, OBJETIVOS Y ACTIVIDADES (2001-2005)

Josefina GÓMEZ MENDOZA* Jacobo GARCÍA ÁLVAREZ** Daniel MARÍAS MARTÍNEZ**

Tras cuatro años de existencia, quizá exista ya la suficiente perspectiva

como para hacer un primer balance de los logros alcanzados por el Grupo de Trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico de la Asociación de Geó-grafos Españoles (AGE), agrupación que aglutina a más de un millar de pro-fesionales de la geografía constituida formalmente en 1977 y proyectada dos años antes, poco antes de la muerte de Franco, en el IV Coloquio sobre Geo-grafía celebrado en Oviedo.

Origen y objetivos

Precisamente en la ciudad de Oviedo, con motivo del XVII Congreso de Geógrafos Españoles que tuvo lugar en noviembre de 2001, tomó cuerpo la idea de crear en el seno de la AGE un Grupo de Trabajo dedicado al estu-dio de la Historia del Pensamiento Geográfico, entendida en un sentido am-plio, tanto cronológico como temático, abarcando no sólo la de sus protago-nistas e instituciones sino también cuestiones próximas, tales como la historia de la cartografía y de las representaciones espaciales, la historia de las ideas ambientales, la historia del planeamiento y la organización territo-rial, etc.

La creación del Grupo vino motivada, entre otras razones, por la inexis-tencia en la AGE de un grupo con preocupaciones e intereses parecidos a los * Departamento de Geografia. Universidade Autónoma de Madrid. ** Departamento de Humanidades: Geografia, História Contemporânea e Arte. Universidade

Carlos III (Madrid).

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 159-164

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que podría tener el de Historia del Pensamiento Geográfico, habiendo sin embargo desde hacía mucho tiempo un considerable número de personas y grupos de investigación dedicados a su cultivo y pocas ocasiones para poner en común opiniones y resultados, posibilitando su constitución, por tanto, compartir nuestros trabajos, reforzar la comunicación entre nosotros, marcar líneas de investigación prioritarias, organizar reuniones y eventuales publi-caciones, conocer nuevos investigadores, etc., cosa que apenas ocurría con anterioridad; entroncar con las tareas llevadas a cabo por la Comisión de Historia del Pensamiento Geográfico de la Unión Geográfica Internacional, una de las de mayor tradición, duración y solvencia y parte de Unión Inter-nacional de Historia de la Ciencia, decidida a promover líneas de trabajo que saquen a la luz las “otras” geografías, esas “más desconocidas” porque no proceden del ámbito ni francés, ni angloamericano, ni alemán; y reflexionar y debatir acerca de nuestras señas de identidad conociendo la historia del pensamiento geográfico en un momento en que parecía particularmente ne-cesario, con el Colegio Profesional de Geógrafos recién creado y la AGE re-novándose e insistiendo en el fomento de la ciencia geográfica.

El grupo nació con vocación internacional e interdisciplinar, por lo que ha tratado de establecer vínculos, más a nivel personal que institucional, con profesionales de otras disciplinas y con geógrafos de otros países y ámbitos culturales. Algunos de sus principales objetivos son: coordinar y difundir en-tre sus miembros toda aquella información que pueda contribuir al desarrollo conjunto de la Historia del Pensamiento Geográfico; servir de enlace institu-cional con la Comisión de Historia del Pensamiento Geográfico de la Unión Geográfica Internacional y con cualquier otra comisión o grupo de trabajo de cualquier otra asociación que tenga relación con la Historia del Pensamiento Geográfico; promover la colaboración con particulares interesados en la His-toria del Pensamiento Geográfico; y propiciar las relaciones con las adminis-traciones públicas y con la iniciativa privada con la finalidad de dar a cono-cer la Historia del Pensamiento Geográfico y facilitar su presencia en la sociedad.

De esta forma y con estos objetivos se constituyó, tras los Grupos de Trabajo de Geografía Rural, Métodos Cuantitativos (hoy en día de Tecnolo-gías de la Información Geográfica), Geografía Física, Didáctica de la Geo-grafía, Geografía Industrial (actualmente de Geografía Económica), Geogra-fía de la Población, Geografía de América Latina, Geografía del Turismo, Ocio y Recreación, Climatología, Geografía Urbana, Estudios Regionales y Geografía de los Servicios, creados todos ellos entre 1984 y 1994, el decimo-tercer grupo de la AGE, estando presidido por Josefina Gómez Mendoza, auxi-liada por una Comisión Permanente formada por María Dolors García Ramón, Berta López Fernández y Juan Ojeda Rivera como vocales, y Jacobo García Álvarez como Secretario-Tesorero, desde entonces y hasta la actualidad.

Aunque de forma lenta y no muy acusada, el Grupo no ha hecho sino

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El Grupo de Trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico 171

crecer desde su constitución, estando integrado a finales de 2005 por 47 miembros. Casi todos ellos son profesores de universidad, estando repartidos en veinte universidades, aunque las que tienen un mayor número de socios son la Autónoma de Madrid (6 socios), la de Barcelona (6), la Autónoma de Barcelona (4), la de Oviedo (3), la de Córdoba (3) y la Pablo de Olavide de Sevilla (3). Su procedencia geográfica es diversa, si bien la mayor concen-tración se da en las regiones de Cataluña (14), Madrid (10), y Andalucía (10), afectando el conjunto a quince provincias. Por último cabe destacar que el Grupo integra tanto investigadores con una trayectoria dilatada y consoli-dada como gente que está empezando su carrera, y que en él tiene cabida personas que desarrollan su actividad profesional en los campos más diver-sos de la Geografía.

Actividades y líneas de trabajo

Entre las actividades vinculadas al Grupo de Trabajo cabe subrayar, en primer lugar, los encuentros de tipo colectivo celebrados hasta la fecha, al-gunos de los cuales han dado lugares a publicaciones.

La primera reunión, que tuvo lugar en el Institut d’Estudis Catalans de Barcelona del 11 al 13 de abril de 2002 bajo la coordinación de Maria Do-lors García Ramón, contó con la presencia de treinta personas, entre ellas, en calidad de invitados espaciales, los profesores Vincent Berdoulay, de la Uni-versidad de Pau y Presidente de la Comisión de Historia del Pensamiento Geográfico de la Unión Geográfica Internacional desde 1996, y João Carlos Garcia, de la Universidad de Oporto.

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® Daniel Marías

Los objetivos principales de esta reunión fueron: intercambiar informa-ción sobre los proyectos y líneas de investigación desarrollados reciente o actualmente en España en relación con los ámbitos temáticos de interés del Grupo, así como elaborar un programa de trabajo y de actividades para orientar el funcionamiento del Grupo en los próximos años. Atendiendo al primero de estos objetivos, las primeras sesiones de trabajo consistieron en intervenciones monográficas, solicitadas por la Comisión Directiva, sobre el estado de la cuestión o agenda de ideas de algunos de los principales ejes de interés del Grupo (Francisco Quirós Linares, de la Universidad de Oviedo, disertó sobre las “Representaciones gráficas y cartográficas en la Historia de la Geografía española”; Nicolás Ortega Cantero, de la Universidad Autóno-ma de Madrid, hizo algunas “Reflexiones sobre las posibilidades del estudio de la Historia del Pensamiento Geográfico en España”; y Abel Albet, de la Universitat Autónoma de Barcelona, habló sobre “Temas emergentes en el pensamiento geográfico”) seguidas del debate y la presentación, de forma más breve, de otros grupos, líneas y proyectos de investigación en curso. En relación con el segundo objetivo, se establecieron cuatro líneas principales en las que proponer y desarrollar acciones relacionadas con los intereses del Grupo: una línea orientada a identificar, recopilar, conservar y estudiar fuen-tes documentales relativas a la historia de la geografía y la cartografía espa-ñolas; otra centrada en el análisis de las representaciones culturales del terri-torio, con especial atención a la literatura de viajes; otra sobre tendencias recientes y nuevas corrientes metodológicas; y otra preocupada por el cono-cimiento de la historia de la geografía en la España contemporánea.

En relación con la segunda línea mencionada se celebró en la Estación Biológica de Doñana (Sevilla) del 21 al 23 de noviembre de 2003 un Semi-nario sobre “Representaciones culturales del paisaje”, coordinado por Nico-lás Ortega Cantero y Juan Ojeda Rivera. Contó con la asistencia de 15 socios (todos ellos del Grupo, pues no se abrió la asistencia a otras personas), que presentaron un total de 13 comunicaciones, distribuidas en tres temas: 1. – El interés geográfico de las representaciones culturales del paisaje: considera-ciones metodológicas y líneas de investigación; 2. – La representación del paisaje geográfico en la literatura de creación: consideraciones generales y estudios de casos; y 3. – La representación del paisaje geográfico en los li-bros de viajes, guías turísticas y otros escritos similares: consideraciones generales y estudios de casos. Además se efectuó una excursión por el Par-que Nacional de Doñana. Los resúmenes están publicados en la página web del grupo, a la que nos referiremos más adelante, y una selección se recoge en el libro coordinado por Antonio López Ontiveros, Joan Nogué Font y Ni-colás Ortega Cantero: Representaciones culturales del paisaje. Y una excur-sión por Doñana, Madrid, Ediciones de la UAM / Grupo de Trabajo de His-

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El Grupo de Trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico 173

toria del Pensamiento Geográfico de la AGE, publicado en 2005. La última actividad del grupo lleva por título “Historias, Geografías,

Culturas”, que se estimó oportuno realizar en dos momentos y sedes pero con carácter unitario, con la intención de rendir reconocimiento y prestar una atención especial, mediante el acercamiento a sus respectivos espacios vita-les, a la obra de los escritores Ramón Otero Pedrayo y Josep Pla, dos rele-vantes figuras que, durante el siglo pasado y de manera coetánea, contribu-yeron significativamente al conocimiento y la representación del paisaje en España. La primera parte de este Coloquio, coordinada por el profesor Ru-bén C. Lois González, tuvo lugar en la Facultad de Geografía e Historia de la Universidad de Santiago del 27 al 29 de junio de 2005 y optó por un plan-teamiento más abierto que el Seminario de Doñana, difundiéndose a todos los socios de la AGE y admitiendo también la participación –como conferen-ciantes o como comunicantes– de personas, algunas de otras disciplinas, que no eran socias e invitándose también a colaborar a dos ponentes extranjeros, procedentes del CNRS (Nicolas Verdier) y la EHESS (Marie-Vic Ozouf--Marignier) de París. Asistieron al encuentro 35 personas y se presentaron 7 conferencias (de carácter pluridisciplinar, con ponentes procedentes de His-toria Antigua, Historia Contemporánea, Economía Aplicada, Historia del Ar-te, Sociología y Geografía) y 17 comunicaciones (7 de ellas procedentes de ponentes no geógrafos: historia de la ciencia, historia de la cartografía, histo-ria del arte, humanidades, arquitectura y periodismo), distribuidas en tres ejes temáticos: 1. – El espacio geográfico en la investigación y el discurso histórico; 2. – Homenaje a Otero Pedrayo. El estudio geográfico del paisa-je: una tradición renovada, que tuvo lugar en el incomparable marco pro-porcionado por la de Casa-Museo Ramón Otero Pedrayo de Trasalba (Oren-se); y 3. – Nuevas perspectivas de análisis en Geografía Cultural. Los resúmenes de las comunicaciones están disponibles en la página web del grupo, estando prevista la publicación de las actas en forma de libro.

La segunda parte del Coloquio “Historias, Geografías, Culturas”, como ya se ha dicho, complementaria por varios motivos de la anterior, se celebra-rá en Barcelona y en el Ampurdán (Girona) de Josep Pla a comienzos de no-viembre de 2006. Este Coloquio se articulará en torno a tres sesiones de tra-bajo, concebidas de la siguiente manera por su coordinador, el profesor de la Universidad de Barcelona Joan Tort Donada: 1. – Geografía y literatura: in-teracciones y reciprocidades (se trataría de plantear, desde una perspectiva de análisis abierta y teniendo como referentes fundamentales para el desarro-llo de este eje temático las figuras de Josep Pla y de Otero Pedrayo, las múl-tiples posibilidades que ofrece para el desarrollo del conocimiento geográfi-co la consideración de las fuentes literarias –con especial atención a los géneros con una mayor afinidad hacia el “parámetro territorial”, como el en-sayo o las crónicas o libros de viaje, pero sin excluir los demás–; 2. – La his-toria en el paisaje (¿Hasta qué punto el entendimiento de lo geográfico pue-

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de separarse del conocimiento de los procesos históricos? Esta pregunta, que cabe plantear en diversos sentidos y desde diferentes puntos de vista, se pro-pone como punto de partida en relación con el enunciado, que se concibe como complemento necesario del tema que se trató en Santiago, “Homenaje a Otero Pedrayo. El estudio geográfico del paisaje: una tradición renovada”); y 3. – Las dimensiones de lo local (en un Coloquio que lleva por título His-torias, geografías, culturas y que, entre otros aspectos, toma en considera-ción la relevancia geográfica de la obra de dos escritores atraídos por “lo concreto” como Otero y Pla, no puede faltar un epígrafe como el que se se-ñala; especialmente, si se tiene en cuenta la actual “reivindicación” de este punto de vista desde un amplio espectro de las ciencias sociales. Se trataría, básicamente, de invitar a la reflexión en relación con una serie de cuestiones: la relevancia y la idoneidad de las escalas en geografía; la relación entre la escala global y la local; los estudios locales y su contribución al conocimien-to geográfico, etc.).

Finalmente, como actividad permanente, cabe destacar la página web del Grupo (http://www.historiadelageografia.org), que permanece activa des-de abril de 2003 y que todavía está únicamente en español (si bien hay textos en otros idiomas). Dicha web, de cuyo mantenimiento y edición se encargan los autores de este texto, se divide en diez secciones (Inicio; Presentación; Directorio de miembros; Congresos; Docencia; Investigación; Documentos; Enlaces; Inscripciones; Sugerencias) que han sido actualizadas y renovadas en mayor o menor medida con ánimo de enriquecer algunos de sus conteni-dos y, en especial, difundir las actividades efectuadas por el grupo y por sus socios tanto a titulo colectivo como particular: eventos (seminarios, congre-sos), publicaciones de especial relevancia (por ejemplo, se ha dado noticia y resumen de algunos libros con participación de miembros del grupo que tu-vieran que ver con sus temas de interés y se ha actualizado hasta donde ha sido posible la bibliografía relativa a las publicaciones de los socios del gru-po), o noticias significativas relacionadas con sus miembros. Otra de las sec-ciones de permanente actualización ha sido la dedicada a informar sobre congresos y otros eventos no organizados por el grupo, tanto en España co-mo en el extranjero. En este sentido, desde aquí cabe recordar que la página web está abierta a cuantas aportaciones se nos hagan llegar (noticias e infor-maciones de interés, sugerencias, documentos que se estime pertinente pu-blicar, etc.).

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El Grupo de Trabajo de Historia del Pensamiento Geográfico 175

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THE HISTORY OF CARTOGRAPHY IN PORTUGAL, 2000-2004

Maria Joaquina Feijão* This text summarizes the activities carried out by the Cartographic

Department of the National Library of Portugal (http://www.bn.pt) and provides information about Portuguese projects, initiatives and publications of interest to the History of Cartography, concerning the period in question. 1

National Library Map Department

Besides the bibliographic processing of current legal deposit materials, the activities of the National Library were mostly focused on materials pertaining to the project A cartografia setecentista do Brasil nas colecções da Biblioteca Nacional [18th Century Cartography of Brazil in the National Library collections], referred below and on digitisation.

Digitisation

2000-2001: • The National Library precedes the digitisation of cartographic

materials of historical interest. These digitisation activities are still very selective, mostly oriented to fulfill project needs, namely those of the project A cartografia setecentista do Brasil nas colecções da Biblioteca Nacional [18th Century Cartography of Brazil in the

* Área da Cartografia. Biblioteca Nacional (Lisboa). 1 Este texto é baseado nos relatórios nacionais, bianuais (1998-2000, 2000-2002 e 2002-2004),

enviados pela Área de Cartografia da Biblioteca Nacional (Lisboa), ao Groupe des Cartothé-caires de LIBER (Ligue des Bibliothèques Européennes de Recherche), disponíveis nos seguintes endereços: http://liber-maps.kb.nl/progress/19982000/portugal12.html http://liber-maps.kb.nl/progress/20002002/portugal13.html http://liber-maps.kb.nl/progress/20022004/portugal14.html

Inforgeo, 18/19, Lisboa, Edições Colibri, 2006, pp. 165-173

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National Library collections], referred above. 2002-2004: • The National Library is undertaking a digital library project entitled

Memories with several themes relevant for the Portuguese culture. The Memory of Space is one of such topics and is intended for important geographical and cartographical works produced since the 15th century related to Portugal and its former colonies. The selected works are being digitised in full and will be made available on the Web: http://bnd.bn.pt/memorias/index.html

• Another current digitisation activity is aimed at providing digital copies of works in a more systematic way. From the cartographic collection ca. 6500 documents will be digitised and made available through the National Bibliographic Database – PORBASE, associated with the respective bibliographic records.

International Co-operation

A new professional association was created in 2003, joining map curators from Spanish and Portuguese institutions. The National Library of Portugal is a member of this new forum aimed at the interchange of information and experiences of common interest. The first meeting took place at the National Library of Spain (Madrid) in October 2003 and the first conference in Seville, in October 2004. More information at: http://www.icc. es/ibercarto/pres.html.

Projects

Title – A cartografia setecentista do Brasil nas colecções da Biblioteca Nacional [18th Century Cartography of Brazil in the National Library collections]. Participating institutions: The project was a joint initiative of the National Library and the Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (National Commission for the Celebration of the Portuguese Discoveries). Responsible researcher: João Carlos Garcia

This project was carried out from 1998-2001 within the framework of the celebrations of the 500 years of the discovery of Brazil, and was aimed at developing a comprehensive research on the 18th century maps kept in the collections of Manuscripts and Rare Books and Prints and Photographs and Maps Departments. The research work was developed by an academic team in collaboration with staff of National Library.

The outcomes of the project were a new reference source – A Nova Lusitânia: a cartografia setecentista do Brasil nas colecções da Biblioteca

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The History of Cartography in Portugal, 2000-2004 179

Nacional, the published catalogue of the Brazil cartography in the holdings of the National Library – as well as an exhibition and a conference that marked the conclusion of the work.

The exhibition was held at the National Library from December 2000 to April 2001, with a digital version available on the National Library Web site.

For the exhibition, an electronic version of the catalogue was also produced with the totality of the records for the selected documents, including the digital images of maps. This electronic version is now available for readers at the Maps Room.

The closing Conference, which took place at the National Library on the 19th February 2001, was entitled: Cartography of Brazil: advancing knowledge of the collections (A Cartografia do Brasil: conhecer as colecções) and conveyed a special opportunity to promote discussion on Brazilian cartography among specialists, Portuguese and foreign.

Other Institutions’ Projects

a) Title – As morfologias urbanas da cidade portuguesa (Urban morphologies of Portuguese cities). Participant institutions: CEUA – Centro de Estudos de Urbanismo e de Arquitectura, of the ISCTE, a Portuguese higher education institute. Responsible researcher: Manuel C. Teixeira

This is a long-term project for developing a Virtual Archive of cartography and iconography of Portuguese urban settlements built in different parts of the world, whose originals belong to Portuguese and foreign libraries and archives.

The Virtual Archive of Portuguese Urban Cartography is already available on the Internet at http://urban.iscte.pt, and consists of a text and image database. The Virtual Archive identifies, catalogues, reproduces, and provides digital images, of this cartography, freely available to researchers and to the general public.

Publications and activities of the project from 2000-2004 include:

A Construção da Cidade Brasileira (The Construction of the Brazilian City), 2004. CD-ROM: As Características Morfológicas dos Traçados Urbanos Portugueses (The Morphological Characteristics of Portuguese Urbanism), 2003; Imagens do Arquivo Virtual de Cartografia Urbana Portuguesa (Images of Portuguese Urban Cartography), 2000; Jogos de Arquitectura e Urbanismo – Puzzles de Cidades (Games of

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Architecture and Urbanism – Puzzles of Cities), 2003; Jogos de Arquitectura e Urbanismo – Alçados Pombalinos (Games of Architecture and Urbanism – Pombalino Elevations), 2003; Jogos de Arquitectura e Urbanismo – Composição Urbana (Games of Architecture and Urbanism – Urban Composition), 2003; As Formas Urbanas Portuguesas – Síntese Histórica e Geográfica (Portuguese Urban Forms – a Geographical and Historical Synthesis), 2003 As Características Formais da Cidade Portuguesa (The Morphological Characteristics of Portuguese Cities), 2004 Online:

Urbanismo de Origem Portuguesa (Portuguese Rooted Urbanism) the electronic magazine published on the web site of the Virtual Archive. An Exhibition of the Virtual Archive, entitled Images of the Virtual Archive of Portuguese Urban Cartography has been shown in Lisbon (2000); Rio de Janeiro (2000); Bahia, at Museu de Arte, October 2002; Belém do Pará, at Estação das Docas, March 2004; Pernambuco, at the Federal University, Centro de Arte e Comunicação, June-July 2004.

Ongoing activities of this project are:

• The further development of the Virtual Archive of Cartography, including the setting up of a Geographical Information System for the cartography of the Virtual Archive;

• The research of urban cartography of Portuguese urban settlements in libraries and archives in Europe, America and the East, which were not surveyed in the previous phase of the work;

• The creation of an Atlas of Portuguese Urban Settlements in the World;

• The research of the morphological characteristics of Portuguese urbanism.

The National Library maintains a collaboration agreement with this

Project since 2000. ***

b) Title – Sistema de Informação para Documentação Cartográfica: o

espólio da Engenharia Militar Portuguesa (SIDCarta) (Information System for Cartographic Documentation: the Heritage of Portuguese Military Engineering -SIDCarta). Participating institutions – Centro de Estudos Geográficos (CEG), University of Lisbon; Instituto Geográfico do Exército (IGeoE); Direcção dos Serviços de Engenharia do Exército português (DSE).

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The History of Cartography in Portugal, 2000-2004 181

Period: 2002-2005. Responsible Researcher: Maria Helena Dias. The Directorate for Engineering Services of the Portuguese Army

(DSE) has a vast and valuable heritage, mostly manuscript and dated from 1640 to 1930, which is the result of the activity of military engineers. The collection is essentially comprised of maps (Portugal, the former Portuguese colonies, etc.) and plans (of buildings, forts, bridges, etc.). The majority dates from the second half of the eighteenth century and to the nineteenth century: 12 000 documents in total, approximately half of which are maps.

The aim of this Project is to provide the Portuguese Army Staff with support in reorganising the collection in a modern manner and to make it available for consultation to all those interested. All documents will be digitally reproduced, catalogued according to internationally accepted standards, and made available through a text and image database, which will be accessed via the internet.

Research will support the cataloguing and the dissemination of the funds. The ultimate objective of the Project is to value, preserve and promote the knowledge about the national cartographic heritage of a period, still very little studied in Portugal, when the military commanded the great achievements of national Cartography and Engineering.

The bibliographic processing and digitisation of the collection of the Directorate for Engineering Services of the Portuguese Army (DSE) is being carried out and there are already 6000 records and 3000 digital images. Some examples are available at: http://www.igeoe.pt

The National Library maintains collaboration agreements with the

Centro de Estudos Geográficos (CEG) and with the Instituto Geográfico do Exército since 1992 and 1997, respectively.

***

c) Title – Cartografia, política e territórios coloniais: Comissão de Cartografia (1883-1936): um registo patrimonial para compreensão histórica dos problemas actuais (Cartography, politics and colonial territories: Comissão de Cartografia – 1883-1936 – a patrimonial register for the historic understanding of current problems) Participant institutions: Instituto de Investigação Científica e Tropical: Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga (http://www.iict.pt) and Sociedade de Geografia de Lisboa (http://socgeografia-lisboa.planetaclix,pt). Period: 2004-2006. Responsible Researcher: Maria Emília Madeira Santos

The objective of this project is to catalogue and study the complete map production of the Comissão de Cartografia. This was the official Portuguese body in charge of the cartography of Portuguese colonies between 1883 and 1936. This is a collection of original manuscript cartography that has been largely ignored by the scientific bibliography but of great important for the

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History of cartography and of the tropical colonies and their geography. The deliverables of this project will consist of a bibliographic and

image database to be published on CD-Rom. More information available at http://www.iict.pt/actividades/251/

viict251. asp.

***

d) Title – Modernização do Arquivo Histórico Ultramarino: Digitalização do Património Cartográfico do Arquivo (Modernisation of the Arquivo Histórico Ultramarino: digitising the cartographic heritage of the Archive). Participant institutions: Arquivo Histórico Ultramarino (http:// www.iict.pt)

The objective of this project was to make available, following restoration and preservation actions, of the manuscript cartography related to former Portuguese colonies. The project finished in December 2002, and the main deliverable is a bibliographic and image database available locally at the institution. A CD-Rom with a sample (60 records) of this database was also produced in December 2002 for the diffusion of the project: Cartografia manuscrita. Lisboa: Arquivo Histórico Ultramarino, 2002.

More information available at http://www.iict.pt/ahu/index.html.

Publications

ALCOFORADO, Maria João e DIAS, Maria Helena (2001), Imagens climáticas da região de Lisboa [Documento electrónico]:. enquadramento na diversidade climática de Portugal Continental, Centro de Estudos Geográficos, Lisboa. ALEGRIA, Maria Fernanda (2001), «A produção cartográfica portuguesa sobre o Brasil: 1502-1655: tentativa de tipologia espacial e temática», in Sextas jornadas de História Ibero-Americana: actas, Colibri, Lisboa, 59-89. ALEGRIA, Maria Fernanda; DIAS, Maria Helena (2000), «Quatro séculos de ima-gens do litoral português. A região de Lisboa na Cartografia náutica nacional e estrangeira», in Studia, Instituto de Investigação Científica Tropical, Lisboa, 56/57, 61-96. ALMEIDA, André Ferrand de (2001), A formação do espaço brasileiro e o projecto do novo atlas da América portuguesa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa. ALMEIDA, Rogério Ferreira de (coord.) (2002), Tesouros Cartográficos da Socieda-de de Geografia de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa (CD-ROM). BRANCO, Rui Miguel C. (2003), O Mapa de Portugal: Estado, Território e Poder no Portugal de Oitocentos, Livros Horizonte, Lisboa. DAVEAU, Suzanne (2000), «A rede hidrográfica no Mapa de Portugal de Fernando Álvaro Seco (1560)», in Finisterra, Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, Lisboa, XXXV, 69, 11-38.

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The History of Cartography in Portugal, 2000-2004 183

DIAS, Maria Helena (2000), «A Cartografia militar portuguesa no final do milénio: rupturas e continuidades», in Revista Militar, Empresa da Revista Militar, Lisboa, 52, 4,, 2379, 297-323. DIAS, Maria Helena (2001), «A Imagem do Espaço Nacional e o papel da Cartogra-fia Militar Portuguesa», in Revista Militar, Empresa da Revista Militar, Lisboa, 53, 1, 2388, 27-57. DIAS, Maria Helena (2001), «Recordando um engenheiro português ao serviço da Cartografia Militar», in Boletim do Instituto Geográfico do Exército, Lisboa, 63, 37-51. DIAS, Maria Helena (2002), «Disponibilizar, utilizar e valorizar a informação carto-gráfica histórica. O Projecto SIDCarta (Promoting the availability and usages of his-toric cartographic information. The project SIDCarta)», in Comunicações, ESIG 2002 (CD-ROM), USIG, Lisboa. DIAS, Maria Helena (coord.) (2003), Contributos para a História da Cartografia militar portuguesa (Contributes for the History of Portuguese militar cartography) [CD-ROM], Centro de Estudos Geográficos, Direcção dos Serviços de Engenharia, Instituto Geográfico do Exército, Lisboa. DIAS, Maria Helena; RODRIGUES, Maria Luisa (2000/2001), «Imagens de ontem e de hoje: a Beira Interior e a Cartografia Militar Portuguesa», in Revista da Faculdade de Letras, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Lisboa, 5ª ser., 25, 131-145. DIAS, Maria Helena; CAUVIN, Colette; ALEGRIA, M. F. (2000), «Comparação de configurações cartográficas através da regressão bidimensional». Finisterra: Revista Portuguesa de Geografia, Centro de Estudos Geográficos, Lisboa, 69, 95-107. FERREIRA, Mário Clemente (2000), «Uma ideia de Brasil num mapa inédito de 1746», in Oceanos, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, 43, 184-195. FERREIRA, Mário Olímpio Clemente (2001), O Tratado de Madrid e o Brasil Meri-dional, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa. FOLQUE, Filipe (2000), Atlas da Carta Topográfica de Lisboa, sob a direcção de Filipe Folque: 1856-1858, Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa. GASPAR, Joaquim Alves (2004), Dicionário de Ciências Cartográficas (Dictionary of Cartographic Sciences), Lidel, Lisboa. GARCIA, João Carlos (2001), «Nos contrafortes dos Andes: reflexões geográficas sobre a cartografia do Brasil setecentista», in Sextas jornadas de História Ibero--Americana: actas, Colibri, Lisboa, 91-100. GARCIA, João Carlos; ALEGRIA, Maria Fernanda (2002), «A cartografia hidro-gráfica de Portugal continental na segunda metade do século XIX e início do século XX», in O litoral em perspectiva histórica: séculos XVI a XVIII: actas, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 9-20. GARCIA, João Carlos; SANTOS, Maria Emília Madeira (2000), «A representação antes da alienação: imagens cartográficas da organização do espaço angolano (c. 1883-c.1930)», in Maria Emília Madeira SANTOS (coord.), A África e a Instalação do Sistema Colonial (c. 1885-c. 1930). Actas III Reunião Internacional de História de África, Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga do Instituto de Investi-gação Científica Tropical, Lisboa, 91-115.

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MARQUES, Miguel da Silva (2000), Cartografia antiga: tabela de equivalências de medidas: cálculo de escalas e conversão de valores de coordenadas geográficas, Biblioteca Nacional, Lisboa. MOREIRA, Luís Miguel (2004), O Entre Douro e Minho em finais do século XVIII: Cartografia, Geografia e História das Populações, Universidade do Minho, Braga (Dissertação de Mestrado em História das Populações). Map Catalogues BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira (coord.) (2003), Cartografia de Oeiras: 4 séculos de representação do território: do Século XVI ao século XX (Cartography of Oeiras: four centuries of representation of the territory, from the 16th to the 20th centuries), Câmara Municipal de Oeiras, Lisboa. CAMPAR, António, et al. (eds.) (2004), Olhar o Mundo, ler o território: uma viagem pelos mapas (Looking at the world, perceiving the territory: a travel through out the maps), Instituto de Estudos Geográficos, Coimbra. GARCIA, João Carlos (coord.) (2002), A mais dilatada vista do Mundo: inventário da colecção cartográfica da Casa da Ínsua, Comissão Nacional para as Comemo-rações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa. GARCIA, João Carlos; FEIJÃO, Maria Joaquina (coord.) (2001), A nova Lusitânia: imagens cartográficas do Brasil nas colecções da Biblioteca Nacional 1700-1822: catálogo, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugue-ses, Lisboa. JORGE, Henrique Machado e tal. (coord.) (2004), Os Engenheiros Militares e as Vias de Comunicação (The Portuguese Military and Road Engineering), Centro Rodoviário Português, Direcção dos Serviços de Engenharia, Lisboa. PIROTO, João Maria de Vasconcelos, AFONSO, Aniceto e SERRÃO, José Vicente (Coord.) (2003), Conhecimento e definição do território: os engenheiros militares: séculos XVII-XIX (Knowledge and definition of the territory: the military engineers from the 17th to 19th centuries), Direcção Geral dos Serviços de Engenharia, Instituto dos Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, Arquivo Histórico Militar, Lisboa. PORTO. Biblioteca Pública Municipal do Porto (2000), A Terra de Vera Cruz: Via-gens, descrições e mapas do século XVIII, Biblioteca Pública Municipal, Porto. RODRIGUES, Ana Maria (coord.) (2000), Brasil Brasis cousas naturais e espanto-sas: a construção do Brasil 1500-1825, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa. Exhibitions: Brasil Brasis cousas naturais e espantosas: a construção do Brasil 1500-1825, organised by Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portu-gueses, Lisbon, Palácio Nacional da Ajuda, March-June 2000. A Terra de Vera Cruz, organised by Biblioteca Pública Municipal do Porto, Oporto, Biblioteca Pública Municipal do Porto, May-July 2000 A Nova Lusitânia: a cartografia setecentista do Brasil nas colecções da Biblioteca Nacional [18th Century Cartography of Brazil in the National Library Collections], organized by National Library and held from December 2000 to April 2001.

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The History of Cartography in Portugal, 2000-2004 185

Conhecimento e definição do território: os engenheiros militares: séculos XVII-XIX (Knowledge and definition of the territory: the military engineers from the 17th to 19th centures), Lisbon, at Arquivos Nacionais/Torre do Tombo. Cartografia de Oeiras: 4 séculos de representação do território: do Século XVI ao século XX (Cartography of Oeiras: four centuries of representation of the territory, from the 16th to the 20th centuries), Oeiras, Câmara Municipal de Oeiras. Olhar o Mundo, ler o território: uma viagem pelos mapas (Looking at the world, perceiving the territory: a travel through out the maps), Coimbra, Instituto de Estu-dos Geográficos, 2004. Conferences A Cartografia do Brasil: conhecer as colecções (Cartography of Brazil: advancing knowledge of the collections), conference organized by National Library, Lisbon, National Library, 19th February 2001

Seminário Internacional em torno do Planisfério de Cantino, international conferen-ce organized by Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Por-tugueses and Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga, October 2001. A inventariação do espaço: as séries cartográficas em Portugal e em Espanha: sécu-los XIX e XX, meeting organized by University of Oporto, Porto, Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, December 2001. Geografia e imagem (Geography and image), XVIII Encontro Nacional de Professo-res de Geografia [18th National Meeting of Geography Teachers], organised by Associação de Professores de Geografia, Braga, April de 2004. A imagem de África na Cartografia Colonial Europeia (The image of Africa in colo-nial European Cartography), organised by the Department of Geography, University of Oporto, April 2004. Para a História da Ciência. Memórias dos Engenheiros Geógrafos da Junta de Investigação Científica do Ultramar e do Instituto de Investigação Científica Tropi-cal, Lisbon, Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga, May 2004. Manoel de Azevedo Fortes (1660-1749): Cartografia, Cultura e Urbanismo, Oporto, Gabinete de Estudos de Desenvolvimento e Ordenamento do Território (GEDES), Faculdade de Letras da Universidade do Porto, November 2004.

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NORMAS DE PUBLICAÇÃO

A Inforgeo, revista da Associação Portu-guesa de Geógrafos, está aberta à colabora-ção de autores portugueses e estrangeiros com o objectivo de divulgação de resultados de investigação na área da Geografia e de outras disciplinas das ciências sociais e das ciências da terra.

Os originais submetidos serão avaliados por dois especialistas independentes. Even-tuais críticas e sugestões de alteração serão enviadas aos autores. A decisão final de pu-blicação será tomada pela Direcção da revis-ta Inforgeo. Só excepcionalmente serão aceites artigos publicados noutras revistas internacionais. Pressupõe-se que um original não está a ser submetido em simultâneo a outras revistas. Após a aceitação para publi-cação, o original só poderá ser publicado, total ou parcialmente, noutras publicações após autorização concedida pela Direcção da Inforgeo.

Cabe aos autores obter autorização para reproduzir material sujeito a direitos de au-tor.

Os originais devem ser enviados em tripli-cado para o Director da Inforgeo, Mário Vale, Centro de Estudos Geográficos, Fa-culdade de Letras da Universidade de Lis-boa, Alameda da Universidade, 1600-214 Lisboa.

NORMAS PARA SUBMISSÃO DE ORIGINAIS

Artigos Os artigos não deverão exceder as 8.000

palavras e devem ser formatados em duplo espaço, corpo 12, em páginas numeradas sequencialmente de dimensão A4 com todas as margens a 3 cm. Devem ser acompanha-dos por resumos em língua portuguesa e em língua inglesa com cerca de 250 palavras, respectivamente.

Os artigos devem conter em página sepa-rada no início do texto, título do artigo, nome, actividade/profissão e endereço pro-fissional (incluindo também telefone, fax e e-mail) do autor.

Os quadros, gráficos e outros materiais devem constar no final, após a bibliografia, fazendo-se referência no texto ao local de inserção.

Referências bibliográficas

As referências serão mencionadas no tex-to através do(s) nome(s) do(s) autor(es)e data da respectiva publicação. No final do texto, as referências bibliográficas, que só podem incluir as referências presentes no texto, devem ser mencionadas da seguinte forma:

CASTELLS, M. (1989), The Informational City. Information, technology, economic restructuring and the urban-regional process, Blackwell, Oxford.

DEMATTEIS, G. (1988), «Contro-urbanizza-zione e deconcentrazione: un salto di scala nell’organizzazione territoriale» in R., INNOCENTI, (ed.) Piccola Citta & Piccola Impresa, Franco Angeli, Mi-lano, 100-115.

MASKELL, P. e MALMBERG, A. (1999), «The competitiveness of firms and re-gions: ‘ubiquitification’ and the impor-tance of localized leaming», in Euro-pean Urban and Regional Studies, 6 (l), 9-25.

Após aceitação para publicação, os auto-

res devem enviar os originais em disquete para o endereço indicado ou por e-mail para [email protected].

As figuras devem ser enviadas em ficheiro separado do texto, preferencialmente em formato *.bmp. Os custos de reprodução de figuras a cores são suportados pelos autores. Todas as ilustrações deverão permitir uma redução para a dimensão de 20 x 13 cm.

Outras secções

A apresentação de originais para as sec-ções “Políticas Territoriais”, “Tendências de Investigação Geográfica”, “Projectos e Práticas Profissionais” e “Impressões e Opiniões” segue as normas mencionadas para os artigos. A dimensão máxima deverá ser de cerca de 5.000 palavras. Para a sec-ção “Notícias Bibliográficas”, os originais devem ter uma dimensão aproximada de 600 palavras.

Enviar duas cópias para o endereço refe-rido. A revisão dos originais cabe aos ór-gãos da Inforgeo.

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