151
SILVA Tese apresentada ao Curso de graduação em Medicina na concentração em Universidade do Rio Grande do Sul, para obtenção do grau de Doutor. Orientadores: Prof. Dr. João Carlos Prolla Prof. Dr. Peter H. Bartels Porto Alegre 1999

SILVA - UFRGS

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SILVA

Tese apresentada ao Curso de

graduação em Medicina na

concentração em

Universidade do Rio Grande do

Sul, para obtenção do grau de Doutor.

Orientadores:

Prof. Dr. João Carlos Prolla

Prof. Dr. Peter H. Bartels

Porto Alegre

1999

S586c

Tese defendida em 9 de de 1999. Conceito: A

Vinicius Duval da

de lesões e núcleos celulares por método de assinatura digital I Vinicius Duval da Silva; orient. João Carlos ProBa; co-orient Peter H. Bartels. Porto Alegre

1999. 138 fls. : il. color.

Tese (Doutorado)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Curso de Pós-graduação em Medicina : Pneumologia.

Carcinoma da 2. Carcinoma com invasão precoce. 3. Lesões pré-neoplásicas. 4. Análise quantitativa :Patologia. L Prolla, João Carlos. II Bartels, Peter H. UI. Título.

NLM: QZ24l

Catalogação: Biblioteca F AMED I HCP A

II

Para meus pais, Paulo Marcos e Eliana

e meu avô, Reverendo e Professor

Nataniel Duval da Silva (in memoriam)

Agradecimentos

Aos orientadores

compartilharem seus conhecimentos e

influências decisivas em formação.

Ao Prof. Rodolfo Montironi, MD,

Patologia Universidade

Bartels e

também pelo torne1cm1en histológico e

estudo.

À

pela camaradagem e suporte em

Aos colegas Prof. David Alberts, Vice-Diretor

e John MD pelas sugestões sobre esse projeto.

Aos Profs. Stein e

Aos Drs.

do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Maria Isabel A.

meu período de residência médica no HCP A.

e

em

pelo

Aos colegas de residência médica Drs. Luíse Meurer e Rogério M. Chultz.

e

no

Ao Sr. Marco Aurélio da Silva, Secretário do Curso de Pós-graduação em

Medicina: Pneumologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

E a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste

projeto.

IH

Agradeço

Fundação Coordenação

(CAPES), Brasília, pelo apoio

National Health,

de uso de equipamentos e programas computador.

Universidade do Arizona em

em especial:

Sciences

Departamento

graduação em Medicina-Pneumologia e

IV

EUA e seus

do Sul,

Clínicas

e

INTRODUÇÃO, 1.

1.1

l A

nuclear como base

nuclear nas neoplasias

1.3 Quantificação em

Conceitos e história

1.5 Análise

1 Novas

1.7

2.1

E

3.1 Delineamento do estudo,

3.2 População estudada, 4 7.

3.3 Preparação do material, 47.

3.4 Classificação diagnóstica, 48.

a

8.

e

3.5 Sistema de captura de imagens (vídeo fotômetro), 50.

L

3.6 Metodologia de extração de características de textura nuclear, 52.

3.7 Definição dos conjuntos de núcleos estudados, 54.

3.8 Programas de computador, 58.

v

'U.J '-'' u • 71.

DISCUSSÃO, 86.

CONCLUSÕES,

1

e

VI

Tabela I.

Tabela

e subconjuntos

textura

VII

1.

3.

5.

Figura

Figura 11.

Figura

Figura 14.

Figura

um

rato

e e

em

e

a padronização em a

68.

Assinaturas de padrão histológico, 70.

Assinaturas nucleares de individuais da população celular normal e

de lesões, 72

VIII

e

a e

18. Assinaturas

na

com

com

em casos

casos

e

80.

casos e

81.

Figura Assinaturas padrão histológico dos casos

neoplásicas e áreas de 82.

Figura Assinaturas de locais a distâncias

microinvasão, 84.

Figura 26. Glândula com área de microinvasão, 85.

Figura Al. Matriz de co-ocorrência, 1 O 1.

Figura A2. Matriz de comprimento de sequência, 102.

IX

NIP-AG: neoplasia

RMS: root mean C'/H,,rr .. ,u.

RNP:

X

ou

estatísitca

celulares

o

características

padrão e

é um

e

(assinaturas digitais) e

quantificação do grau de

interesse em relação à população

para

áreas de tecido

de células e

(distância padronizada

e

ser

de

Tal método, que pode ser utilizado sem restrições em qualquer material

colhido e preparado por técnicas convencionais para estudo citológico ou histológico

demonstrou sensibilidade para detectar alterações subvisuais na textura da cromatina de

células aparentemente normais, próximas de lesões pré-neoplásicas e neoplasías malignas.

Tais potencialidades podem aumentar a sensibilidade diagnóstica dos métodos de

investigação baseados nesse tipo de material.

XI

is a ... ~."~'"''

microscopy. It is

to

to

to

a set

a

texture

manner

means

at

texture

were

to ali

sampled by biopsy, exfoliative and aspirative techniques. The digital are

also capable detecting subtle changes chromatin pattern of normal appearing

at the vicinity of precursor lesíons and carcinomas. Such potential may have a

impact on the sensitivity of methods based on citologic and histologic studies.

XII

Alterações

fundamentais na

isolado para diagnóstico

Alterações em

cromatina e

núcleos

1.1A

estrutura

como

pesquisa sobre as propriedades

ou

e

a

do genoma tem avançado rapidamente nos últimos anos, como conseqüência dos progressos

da genética e biologia molecular(l ). Apesar de todos os avanços, a compreensão

arquitetura do núcleo celular e organização do genoma ainda é muito limitada.

pouco tempo os conceitos relacionados ao núcleo celular eram derivados dos estudos

microscopia óptica convencional realizados a partir do final do século XIX, responsáveis

por uma concepção reducionista dessa organela. De acordo com o modelo baseado na

microscopia óptica, o núcleo seria composto por três elementos: a cromatina, que na

verdade corresponderia apenas à heterocromatina visualizada pelas técnicas então

e o ou à

se tratasse um ou

a ser

a

entre a

o termo

é conecta as

e outros

8), composta

própria do núcleo. filamentos em

intermediários do citoesqueleto. figura 1 exibe o modelo atual do núcleo ....,...,,,._..,"'' com suas

organelas e a figura 2 mostra fotomicrografias microscopia eletrônica

utilizando coloração com

envelope nuclear

ribo.ssoma

poro nuclear

membrana nucle--ar

nudea.r interna

lâmina nuclear

nucléolo

matriz in situ

de

1. Modelo esquemático

envelope nuclear constituído por

encontrados na superfície da

polissomos.

hctcrocromatina

um

regiões compostas por cromatina condensada (heterocromatina) e

regiões não-cromatínicas do núcleo o

matriz nuclear in situ, formando uma difusa

é

poros nucleares. lâmina nuclear pode ser considerada um componente

matriz nuclear, sendo conectada a porções

desenho de Buchholtz

um

em

e a

4

Figura Fotomicrografia eletrônica de seção ultrafina, comparando cortes

de rato corados por acetato de e '-'H'6-'HJllJV e por coloração reg~re~;snra u'""'"'uucu em

que cora palidamente a cro~m::ltlrta mas mantém o contraste outras

especialmente as que contém ribonucleoproteínas. Podem ser

a cromatina condensada ou heterocromatina e a da

notável a similaridade na estrutura da matriz isolada e situ, que demonstra o elevado

de organização tridimensional do núcleo celular. 2A. Hepatócito com coloração padrão.

Hepatócito corado por Matriz nuclear isolada corada por coloração padrão.

Matriz nuclear isolada e corada por Modificado de et aL (2). 22.000 X.

É

estendendo-se até a

cromatina densa existem as chamadas regiões intercromatínicas,

e a matriz nuclear, o que sugere uma associação potencial entre a replicação e

cromatina e os componentes da matriz nuclear (1 0). Um crescente

demonstra que o metabolismo dos ácidos nucléicos está distribuído em

núcleo, os domínios estruturais (11-13), com seus processos catalíticos

elementos bioquímicos que os suportam (1), como pode ser visto nas

menos dois domínios estruturais são postulados na matriz nuclear

cromatina e os de ribonucleoproteínas (RNP). domínios de cromatina

pontos de ancoragem das duplas hélices de sendo

transcrição do DNA(ll, e os domínios

processamento e transporte de RNA. O após a sua

ou

periferia nuclear ( 1 17), o a atuação da

coordenação de rumo aos

seu

as

A nuclear é o elemento com composição

5

e os

e

ao

rumo à

diretamente relacionada ao fenótipo da célula. A composição protéica da matriz

depende do estado de diferenciação celular e varia entre diferentes tipos celulares (18-20),

bem como ao longo dos estágios de desenvolvimento celular na vida fetal (21 ). Essa

característica fornece evidências de que a matriz nuclear participa da regulação e

coordenação da expressão do fenótipo celular (1, 11) já que o padrão de expressão

fenotípica parece ser determinado principalmente durante a transcrição do DNA, embora

alguns outros mecanismos alternativos tenham sido descritos (22, 23).

6

Figura Organização espacial nuclear em hepatócitos de rato. um

núcleo in no tecido hepático, onde se pode observar o envelope uu•vlvcu

(N), cromatina perinucleolar condensada e

3B mostra uma mesmo

A fração U'-''""''"'""' observada no núcleo

intercromatínicas

intercromatínicos (gi) e material fibroso menos denso (f). A linha descontínua na

delimita um agrupamento de grânulos intercromatínicos. Modificado de

(24). 40.000

Figura figura 4A é uma fotomicrografia

componentes da estrutura interna da

torno NR e indicados

perinucleolar e periférica respectivamente. 21.000

protéico da matriz nuclear em maior aumento, em uma

a

em

ENR. As quatro flechas escuras apontam os vestígios de um poro nuclear da ENR. Algumas

regiões da estrutura da matriz (linha descontínua) são semelhantes a agrupamentos de

grânulos intercromatínicos como os observados na figura 3. Modificado de Berezney e

Coffey (24). 50.000 X.

8

1 nas

As alterações do e

acompanham a malignidade envolvem na

modificações estruturais, embora significado diagnóstico

compreendidas em profundidade. Nos últimos anos, "'"" ...... v bioquímicos tem

apt·est;ntam proteínas da ....... .,."'''u ausentes no

em mama

no tecido correspondente. E as restrições relacionadas à '"'""·v, .. v•v"'''"'"

maior parte dos trabalhos e

detalhados para que se

"'"''"''""' <Lcuurs•u•" ou são produtos

preserltes no tecido E a

correspondam a um processo de regressão da

diferenciação celular também deve ser considerada.

Foi a análise de imagem computadorizada que permitiu avanços no estudo da matriz nuclear

através da análise multidimensional dos domínios estruturais e, em conjunto com a biologia

molecular, está inaugurando uma nova área de investigação: a morfologia molecular do

genoma (2). Porém, encontrando justificativa teórica na organização nuclear a nível

ultraestrutural e mais próximos dos procedimentos rotineiros dos laboratórios de patologia

cirúrgica e citopatologia estão os métodos de quantificação por análise de imagem baseados

em e

neste trabalho.

1 em

e a

descortina novos

de e

é a base a

sobre tamanho e forma do núcleo, distribuição da cromatina, relação de

citoplasma, lUVvHê>lU(.tU'-' e ne>.nr<:l'A

centenas de outras """'C>"'r"'"'

para

5

e

Os objetivos principais da quantificação em patologia, seja

citopatologia são: acrescentar objetividade na avaliação de casos e utilizar métodos

9

somente

ou

de aumentar as capacidades diagnóstica, prognóstica e, possivelmente, terapêutica(35).

Mensurar é um procedimento científico básico e é tão antigo em microscopia que sua

primeira utilização remonta à invenção do microscópio. Antoni van

determinou o tamanho dos eritrócitos humanos em 1674 (36).

A Resolução espacial: 873 X 595 pixels Resolução espectral: 16 milhões de cores

C. Resolução espacial: 873 X 595 pixels Resolução espectral: 256 tons de cinza

5. Dois são para

D. Resolução espacial: 873 X 595 pixe!s Resolução espectral: 256 cores (8 bits)

de

espacial e resolução espectral. A resolução o número

(pixels) que compõem a imagem. Quanto mais elementos de por

espacial. As figuras 5A, se e 5D originalmente, resoluções espaciais de 873

o

por 595 pixels verticais. A imagem 5B possui 90 X 72 pixels. Cada quadrado com a mesma cor

representa um elemento de imagem. A resolução espectral diz respeito ao número de tonalidades ou

cores exibidas pela imagem. O número de bits que define o espectro de cores ou tonalidades de cada

elemento de imagem determina o número total de cores possíveis. Uma imagem com 256 tons de

cinza ou 256 cores tem uma resolução espectral 8

código binário, onde bit só pode ter valores a zero ou um, existem 256 combinações

possíveis utilizando-se 8 bits, pois 28 = 256). As imagens 5A e 5B tem resoluções espectrais de 24

bits, ou 16 milhões de cores (224 = 16.777 .216). As imagens se e 5D possuem 256 tons de cinza e

256 cores, respectivamente. Foto original: Montezuma National Monument, Arizona, EUA.

de

procedimentos.

em patologia são um extenso 'v.:li.UU.V !J.''-'"C'VU

de em 1

primeiros parâmetros estudos

tem a

em

aparência normal mas

através do uso de parâmetros

aparência normal baseia-se em cm·ac1ten

percepção visual 45).

a possibilidade de

análise de imagem, deslocando a busca eventos raros como e

neoplásicas, o que poderia tornar a taxa falsos negativos testes

estatísticos baseados em

como por exemplo as células intermediárias nos espécimes citopatológicos

no padrão de

também em lesões colônicas (46), tireoidianas (44) e prostáticas (40, 42). Na cérvice uterina

essas alterações foram encontradas na proximidade das lesões, a distâncias inferiores a um

milímetro. Já na tíreóide, tais alterações foram encontradas no tecido aparentemente normal

a distâncias variáveis da lesão. No cólon foram demonstradas alterações detectáveis a até

cinco centímetros da lesão.

amostras e como

outras.

o aumento na

1

a

sutis

através dessas "'"''"''U'""'"'

rigorosos testes hipótese, a

adequado de experimentos pode detectar mascaradas

como a variabilidade de um paciente para outro (55, 56).

3

e e

e à o

em esses outros

ser como a estruturas

e

a

obtenção

quantitativas sobre características geométricas com sistemas de testes de dimensão menor

que o objeto ou estrutura estudados. Por exemplo, um método baseado em VVJlU'-'"""''"'

grade bidimensional pode ser utilizado para avaliação de volume de estruturas

tridimensionais como vilosidades intestinais. Nesse conceito a estereologia

técnicas de extrapolação de dados a partir de uma ou duas dimensões (59-61).

ou no

estruturas.

é a

termo

para

fisiologia teciduais seus tais estudos

mensuração

áreas totais

áreas em seções histológicas, mas também a avaliação

superfície. Essas estimativas forneciam a informação necessária

4

entre

e

a

desenhos realizados através de técnicas manua1s. Tais desenhos eram transferidos para

moldes de metal que eram posteriormente recortados e medidos, com isso obtendo-se

estimativas de volume e massa. As reconstruções tridimensionais eram finalmente

realizadas em modelos de madeira (59). Toda essa metodologia, além de lenta e cara era

muito tediosa, sendo substituída gradualmente pelos métodos estereológicos. Hoje, as

avaliações tridimensionais de preparados histológicos derivam quase exclusivamente da

5

e a é em e

nos

e

HU.LvVU 0

tamanho uvJLH"'"''-'

a

um ramo

uso em o

estudo da estrutura metais, quando o .. L-. ..... L,,V

a superfície de um meteorito (68). O foi o

pesquisador a realizar análise microscópica quantitativa, provando que, em seções

transversais de agregados minerais a ocupada por cada

Em 1943 o fisiologista Chalkley (70) avançou o potencial da metodologia para aplicações

nas ciências biológicas, permitindo a observação simultânea e contagem de múltiplos

objetos de interesse, tais como células e vasos sangüíneos. Essa técnica é usada hoje com a

6

o a a

é

a

na

na

esse

com o

a a

e 6

Microfotornetria

A microfotometria se desenvolveu de maneua menos ordenada do que a

morfometria e suas aplicações na microscopia. A luz que passa através de um espécime

histológico ou citológico é absorvida de forma seletiva por um corante (ou cromóforo) em

um comprimento de onda luminosa correspondente à cor complementar desse corante. Por

a cor 1) é

entre a

da

corante entre a

à

I

o lo a

de como:

=E. c. L

Onde A é o valor de absorbância, E é a constante que expressa o

de densidade óptica por mili-mol do corante utilizado, C é a concentração de corante

expressa em mili-mols por centímetro cúbico e L é a "'"'''"'""'' do corte em

centímetros(72). Baseada nessas equações a extinção, termo hoje substituído densidade

óptica, foi definida e relacionada à concentração e espessura do material absorvente por

Bunsen e Roscoe em 1862 (73). As descobertas desses pesquisadores encontraram

8

em como a

e tornaram-se e1eme:ntcls na a

uma

ser como

nas

trouxeram a

com esse aumentar a

ao a a

absorção de nessa usou a

mesma

celulares do tecido muscular.

a técnica no estudo de células tumorais (79). Ele concebeu também a idéia

avaliação da cromatina através de um microfotômetro (80). Provavelmente esse foi o

primeiro pesquisador a utilizar a microfotometria em material citológico.

Em 1932, Caspersson (81-83) criou as bases a

quantitativa estudando as propriedades absortivas dos colóides e géis como modelos de

constituintes celulares. Esses trabalhos permitiram aplicar técnicas de fotometria a pequenas

regiões de imagens celulares. Em sua tese de doutorado, Caspersson demonstrou as

era

aumento do

constante.

ultravioleta e u"''""'u.•v

o

em

o

a

Os instrumentos

9

o

o

é

mensuração de corrente a

apresentar custos razoáveis no final da década de 40. Isso permitiu a Pollister (88) criar o

primeiro microfotômetro em 1948: um microscópio óptico convencional com abertura

ocular adequada para mensurações em áreas definidas, acoplado a um e um

galvanômetro para leitura da corrente elétrica gerada. Ris (89) foi possivelmente o primeiro

pesquisador a estimar o conteúdo total de DNA celular baseado na reação de Feulgen,

também em 1948. Em 1950 Swift (90) demonstrou claramente a duplicação do conteúdo de

antes uma

o

distribuído remotamente

homogênea, o traz limitações às

vem a ser a

uso

o

e em 1 extensos

oncologia, especialmente do carcinoma de colo

Até 1966 os microfotômetros geravam apenas smms analógicos.

capacidade de converter sma1s analógicos para o formato digital tornou

representação de imagens ópticas como

trouxe a mudança fundamental na

imagem digitais.

de valores de densidade o

o começo da videomicroscopia e da análise

as

a

a

1 Análise

consiste no uso de

informação relacionada a características da

perímetros, áreas, densidades ópticas e outras (96). processo

ser dividido em vários estágios:

aquisição e transcrição

processamento

segmentação;

extração características

análise de características;

classificação.

e

21

como

análise

e

aquisição de imagens

(Charge Coupled Devices),

microscopia e outros rnews corno scanners

conversores

espaço em

na figura 5. Os conversores

conversor

várias origens para o digital, corno sons nos (Compact

nos sistemas de telefonia contemporâneos e

Processamento de imagem

ou

e outros

no

nos

Urna imagem digital pode necessitar de processamento, que pode corrigir ou

rnm1rn1zar problemas relacionados à iluminação e óptica do microscópio. Esta etapa

permite a extração de informação com ou sem redução de dados. A literatura dedicada a

procedimentos de processamento de imagem é ampla (97-99) e inclui:

correção de imagem: permite reduzir ou eliminar defeitos de iluminação da

Imagem que possam ter sido originados por imperfeições no dispositivo detector

manipulação

seja: delinear

segmentação pode ser

a.

tedioso;

ser

o objeto ou

de

b. pode ser feita de forma

o ser extremamente

computador faça a seleção preliminar dos objetos com base em

como forma ou tonalidade e permitindo a seleção e correções finais

observador;

ou

e

o

c. de forma inteiramente automática pelo computador, através de

critérios morfológicos ou através de métodos de automação de inteligência,

que permitem à máquina incorporar e utilizar os critérios de seleção de um

observador e podem ainda oferecer ao sistema a capacidade de aprendizado

para desenvolver novas soluções de segmentação. Dois métodos tem sido

esses os

de

o restante

operação é vezes nos

e

é

geométricas, como áreas e e relacionadas à textura

Apêndice). programas começam a ficar comuns e podem ser

em versões gratuitas na Internet (1 00) Tais versões usualmente extraem

características morfométricas.

e as

na

ou

ii···

e

em

compatíveis com a

Redmond,

outros

baseados em testes 01, 102).

em

diferentes um como a

densidade óptica total do núcleo, desvio padrão dos valores ou a

freqüência relativa de valores de densidade óptica em faixas. características

não são percebidas pela visão humana, que não é sensível a variações sutis de densidade

óptica. Além de estatística descritiva, as imagens digitais oferecem informações que podem

ser consideravelmente específicas na caracterização de um núcleo celular.

A análise de imagem digital deslocou o foco de pesquisa da citoquímíca

quantitativa para a extração de informação diagnóstica de forma quase acidental. As

questões que envolvem o uso da morfometria e fotometria estão relacionadas a dimensões

físicas, composição química, citoquímica e histoquímica. Mas a análise de imagem digital

r>· ,,IY,,

estruturas e

tem

esforços no

foram definidas. E novos

informação

procedimentos

somente

e análise

multi dimensionais características tornaram-se comuns.

Condições a utilização e

A descrição das etapas da análise de imagem na maior parte da

ressalta um dos grandes problemas envolvidos no processo: a coneta identificação de

objetos em estudo. Procedimentos baseados em tonalidades e áreas muitas vezes não são

suficientes para diferenciar uma célula neoplásica de um linfócito maduro. problema é

multidisciplinar e outros exemplos podem ser utilizados. Automóveis e aviões já conseguem

realizar procedimentos de navegação e aterrissagem totalmente automatizados através de

sistemas de visão computacional e inteligência artificial em virtualmente qualquer situação,

incluindo respostas autônomas a imprevistos e capacidade de aprendizado(lll). É

tais

e classificação objetos como

identificação de uual>','vu•

estruturas histológicas de

representadas tem

ser

torna-se

como no caso

o número componentes básicos a serem

citoplasma e núcleo. Por esse motivo, a

teciduaís apresenta enormes uu!vu,lu,<u""·

histológicos tem as informações

é

parte dos

programas segmentação de imagem interativa e automatizada

de características teciduais viáveL

o

tornou a

ao

as

mas

cortes

em cortes

informações prévias torna-se essencial. informação tem origem em outras fontes,

como bancos de imagens e soluções previamente utilizadas e não na imagem que está sendo

estudada. A segmentação de imagem pode ser guiada por sistemas especialistas (112).

Sistemas especialistas são programas de computador desenhados para substituir ou

reproduzir os métodos de raciocínio de um especialista humano(ll3). A figura 6 mostra um

computador cada

modelos histológicos corretamente ""'''"""'·~'"''"""'""'

e resolução da imagem estudada, vários

programa de computador. O sistema

exemplo da figura 6 foi desenvolvido no

Arizona em Tucson(114).

procedimentos mais adequados para

é uma

dados citométricos e histométricos como distribuição e cuu.u.utuv

extraídos. Os sistemas que possuem esse

conhecidos como sistemas de

a

detecção de linfócitos binucleados (11

processador para

o

ser

na

os

antes

(11

definido um produto intermediário (em azul), definido

como paredes glandulares compartilhadas.

B. Após o segundo procedimento de segmentação, são

obtidos três objetos. Em verde e amarelo estão dois

C O terceiro procedimento de segmentação determina

os limites para os novos segmentos individuais de

glândulas, em azul e laranja.

Figura 6. Exemplo de segmentação guiada por conhecimento, método que pode ser

aplicado a diferentes tecidos como, nesse exemplo, uma biópsia de cólon. Todo o

procedimento é realizado pelo sistema especialista sem intervenção do observador, que ao

final do procedimento poderá aceitar ou descartar os produtos e retroalimentar o sistema

para aprimorar futuras operações. Hematoxilina e eosina, X 20. Imagem em 256 tonalidades

de cinza. Segmentação em 256 cores. Modificado de Hamilton et al. (117)

Nesse mesmo período, outra

Cytoanalyser da Universidade da Pennsylvania, foi convertido o sistema

( 18), produzindo imagens de alta resolução de leucócitos. Nas primeiras publicações desse

foi demonstrada a possibilidade de os sistemas digitais poderiam ao

desenvolvimento de sistemas com capacidades de reconhecimento potencialmente

superiores à humana (119, 120).

Em 1968, o projeto TICAS (Taxonomic intra-cellular analytic system) (1

passos

Imagens de culturas de tecido pulmonar embrionário e carcinomas

sem o uso de colorações foram capturadas por um microscópio UMSPl.

mostraram uma taxa elevada de caracterização correta do material baseada nos nqnrr'"'"

distribuição espacial da cromatina. Estudos adicionais passaram a recomendar o uso

imagens digitais para estudos objetivos da cromatina (122) e demonstraram

pronunciadas entre células de tipos histológicos diferentes.

A quantificação e a capacidade de comparar e avaliar estruturas de dados

trouxe novos desafios, como o questionamento sobre a verdade em diagnósticos

anatomopatológicos, já que todos os métodos de treinamento de sistemas computacionais

foram baseados em diagnósticos visuais. A literatura apresenta vários algoritmos para

abordagem desta questão, a maioria deles oriunda da área de reconhecimento de padrões

(123-130).

As operações de aprendizado automatizado alcançaram elevado nível de

complexidade. No sistema TICAS, um programa de treinamento automatizado era capaz de

31

"'""'""v~· um esquema de classií1cação 25 categorias de e

de 15000 imagens de citopatologia cervical nas coleções de treinamento (131, 132).

também demonstrado que uma relação estequiométrica entre a quantidade de corante e o

substrato por ele corado não era necessária(l33). Métodos de coloração capazes de

resultados constantes e reproduzíveis permitiriam a utilização de mensurações de textura

nuclear. Porém artefatos de fixação e coloração, ausência de procedimentos controle de

qualidade e até mesmo a caracterização precisa da composição

obstáculos no caminho da da metodologia. Já a captura

apresentado avanços 1936, os de

eram baseados em fotografias, onde mensurações pequenas regiões eram

manualmente, com procedimentos de calibração extremamente tediosos e lentos.

etapa, horas adicionais eram necessárias para os cálculos, empregando-se réguas

e tabelas de logaritmos. 1964 a empresa ofereceu o primeiro sistema

UMSPl (134).

permitia a velocidade de captura de 15 elementos de imagem por segundo.

imagens é apenas a primeira etapa do processo e a tecnologia de

essa

cálculo

sistema

captura de

permite a captura de vários milhões de pixels por segundo a preços cada vez mms

competitivos. A tendência atual é a integração dos elementos de captura, conhecidos como

CCDs (Charge Coupled Devices), ao dispositivo conversor de sinais analógicos em digitais

(conversor A/D) em um mesmo componente, denominado câmara digitaL Novas

tecnologias na fabricação de circuitos integrados permitirão a redução ainda mais acentuada

de custos. Sistemas automatizados dependem basicamente da capacidade de processamento

de dados, que deve ser elevada o suficiente para permitir a implementação desses sistemas

de maneira realmente efetiva e economicamente viável em laboratórios de patologia. Os

avanços no processamento de dados nas últimas décadas tem sido impressionantes. Quando

os primeiros computadores laboratoriais

microscópio UMSPl da

limitada a 100 elementos 1magem

como o

a velocidade

As estações de

permitem processar 1012 a 1013 elementos de HHU!5'~HL ou

mais importante, computadores pessoais de arquitetura compatível com o

8 ao

(lnternational Business Machines Corp. -Personal Computer), equipados com placas de

captura de imagem são capazes

custos inferiores a dois

tarefas processamento e análise

de 4 cm2 em uma lâmina e resoluções

processar 109 elementos

poder de prclce!~swmento

4 elementos Imagem por

áreas muito menores podem necessitar grandes capacidades de processamento,

correção e segmentação de centenas ou milhares de arquivos de uuur;,•.nu.

Para tais aplicações, sistemas com

1

em

a

de

imagens guiada por conhecimento (knowledge-guided systems) se tornam essenciais. em

tais sistemas, as capacidades elevadas de processamento são muito vantajosas. Um protótipo

existente na Universidade do Arizona requer um bilhão de instruções por arquivo de

imagem para segmentar corretamente um corte histológico de tecido prostático, sob a

orientação de um sistema especialista (expert system). O desempenho desse sistema é

bastante elevado. Em imagens de lesões bem diferenciadas com uma média de 35000

núcleos, diferenças significativas entre a segmentação realizada manualmente e pelo sistema

especialista não ocorreraJm em mais de 3 % dos núcleos (135). Isso demonstra que a

segmentação de imagens pode ser realizada com grande eficiência por sistemas

especialistas, derivação

na avaliação exaustiva de conjuntos

futuro, atingir desempenho superiores à avaliação visual

(136).

Como já foi discutido, o problema

áreas de interesse avaliação """''~vuuHJ''"'"' nas 1magens.

tanto com relação a métodos como a

patologia, esse

A questão envolvendo o uso de computadores

tem sido muito provocativa e determinado fortes reações

praticantes da chamada arte da patologia. O VV""'"~'"''""'"'u"v

ser

território onde a observação é

informações visuais. final da

33

no

um

em

em

e

um

a as

possibilidades da aplicação de computadores na automação da citopatologia da cérvice

uterina para o rastreamento do câncer de colo uterino.

1.6 Novas

ciência da a e

procedimentos e decisões baseados em dados, que podem ser ucu"'"''

existir em forma lingüística, sendo

características tornam essa nova

diagnóstico em

atualizados em

podem ser

processamento de dados podem ser reproduzidos, o

sistemas capazes de decisões diagnósticas.

adequada na

permite o

pode ser 'vV.UC:HUv.lW.,U uma

Assim como energia é definida OP1eraciCma1mem:e como a capacidade de

informação pode ser definida como a capacidade de organizar um

ou

à

conceito é uma tentativa de abordar fenômenos estudados por múltiplas áreas da

como por exemplo a estrutura subatômica, o DNA, oncologia, astrofísica, a mente humana e

seus produtos como a linguagem, dentre muitos outros. Todos esses fenômenos mostram

ordem em maior ou menor grau, sem excluir a existência de sistemas complexos e sistemas

caóticos.

Qual é a necessidade de uma teoria, ou como alguns já postulam, uma ciência

da informação? Até os anos 50, não havia a necessidade de um conceito de informação. Mas

o advento dos sistemas de telefonia em escala mundial e, depois, das redes de computadores

tornaram

tornaram

1953, quando e

em outras

uma

começaram a

exemplos mais impressionantes de uma estrutura

maciças de informação. O é uma demonstração da

como a

Hoje, laboratórios em vários o maLpe,amem:o

bases do genoma humano, uma que se torna

distribuição da

densidade óptica refletem, em sua

específica, que encontra suporte no

densidade óptica com outras

estrutura de dependência dos dados a

1

uma estrutura

da cromatina e

denominada textura e o estado funcional da célula. Exemplos mais simples

dependência podem ser encontrados na linguagem e música escritas. Cada linguagem

3

e a

é caracterizada por ocorrências concomitantes, denominadas co-ocorrências específicas

símbolos, como o "nha" e "lha" em português, o "th" em inglês e o trigrama em

espanhol. A figura 7 mostra um exemplo simples e dramático de modificação estrutura

de dependência.

36

A

B

Figura A informação contida na figura 8A codifica a abertura célebre Quinta UHUV'H""

em Dó menor de Beethoven. tem exatamente a mesma

informação que mas com a notas o

modificação

e Bem

uma mesma categoria, já que a quantidade de informação é idêntica nas duas

Uma imagem digital com seus valores de densidade óptica é um

bidímensional da linguagem escrita, onde tais valores podem ser considerados símbolos

diferentes. Núcleos em estados funcionais diversos são caracterizados por estruturas de

dependência de densidade óptica diferentes.

O histograma de valores de densidade óptica é uma representação estatística

dita de primeira ordem: ela apenas expressa o número de elementos de imagem na mesma

faixa de densidade óptica e considera essas ocorrências como independentes. Matrizes de

co-ocorrência são representações estatísticas de segunda ordem, que consideram a

freqüência relativa da co-ocorrência de valores de densidade óptica de diferentes faixas, que

podem ser considerados diferentes símbolos ou letras. É importante observar que as

de co-ocorrência avaliar de dependência em

direções de uma imagem digital. Se a análise a

determinada substância em um tecido, a análise de imagem

e distribuição de determinadas no núcleo

A avaliação microscópica cortes histológicos e esfregaços celulares é

baseada na experiência diagnóstica do patologista. O sucesso do método

integração de imagens disponíveis na

histológicos e de etiopatogenia,

visual do observador,

dados

complementares e possíveis efeitos de intervenções

Baseada nesse método, a patologia alcançou elevado de

exames

outros

e

diagnósticos adequados na maioria das situações. das limitações da patologia é

conhecimento se desenvolve e existe em indivíduos, sendo de difícil

e

o

outros especialistas. envolvidos na

avaliação diagnóstica é difícil e parte do conhecimento diagnóstico envolvido muitas vezes

tem descrição complexa e pouco compreensível. Além disso,

dedutivo podem não possuir explicação lógica (140), sendo baseados na experiência

pessoal. Todas essas características evidenciam a natureza subjetiva do processo de "'"''"~'"'<'"

diagnóstica.

A patologia é uma dentre várias especialidades cuja complexidade desafia a

ciência da informação, uma área que está em seus estágios iniciais de desenvolvimento,

assim como os sistemas de processamento de informação com capacidade de

"compreensão". Compreender em patologia é um processo que vai muito além da

informação oferecida por cortes histológicos e imagens microscópicas. É necessário integrar

a informação que possa ser ue<Jl<"-"<<uu no processo "'v''"""~

e ainda a informação necessária para

imagem microscópica.

realizado

38

seres

A necessidade de integrar grandes coleções de dados a uma

diagnóstica específica e desenvolver um procedimento inferencial capaz de tomar decisões é

um grande desafio. Isso requer uma definição completa de todas as ... "' 1'"''""''"'""'"'' .... " ""-"""'"'"'

entre os elementos da informação disponível. O

o em

Praticamente todo o conhecimento tradicional em patologia na

conceitos, sejam imagéticos, termos descritivos ou

numérico.

descrito acima, alguns conceitos podem ser traduzidos em tal formato. Mas, para que a

é

que outras informações não disponíveis fonnato numérico devem ser utilizadas. Sistemas

diagnósticos devem processar e utilizar essas informações na tomada de decisões.

Em engenharia de automação, diz-se que: "todos procedimentos que podem

ser realizados por uma máquina podem ser realizados de forma ainda mais eficiente por

outra máquina". Em patologia, surgem importantes questões diretamente relacionadas a

procedimentos realizáveis por uma máquina, tais como:

espécime?

em sua

nunca antes

o ser uma

Os processos vvJlHU'""'"

totalmente compreendidos?

Serão a forma

Será a ciência da informação

no

a aumentar a

percepção fenômenos?

Quantificar em patologia envolve

associado a dados numéricos. fato, em grande

conceitos histopatológicos COlTespondem

expressas em números. área de um

quadrados. Tais

3

um

novos

e

o é

situações, e

e

a

uma população de referência e classificados como normais ou compatíveis com

macronucleose, por exemplo. Outros conceitos em patologia, como células indiferenciadas,

também podem ser expressos em formato numérico, dependendo da avaliação de diferentes

como aleatoriedade da disposição

em um tecido, área nuclear e padrão de disposição de cromatina. Um dos grandes desafios

da patologia quantitativa é a definição de tais "transformações numéricas" interpretativas

(112), onde dados numéricos são traduzidos em conceitos diagnósticos descritivos por

algoritmos precisamente definidos.

podem adicionar

dados ( 14 Essa estrutura

com características inesperadas.

mudanças, pois as características de

encontrados em células ... ~ .. o···-~

a evolução da teoria

em termos

focal ou marcado. Os """""u'""

em algumas situações baseadas em

distância entre termos descritivos, ou

Uma variação dos sistemas

dos dados

a

numéricos ou

dados V0•>V.,CVUUU!VH

são as chamadas redes

fornecendo o resultado como a probabilidade diferentes alternativas

149, 150). Ainda, a maior das relacionadas a

numérica multivariada pode ser solucionada da utilização métodos

a

36,

baseado em casos (151). No método de raciocínio baseado em casos, a quantificação é

utilizada na avaliação prognóstica específica do paciente, baseada em medidas

similaridade e distâncias de casos precedentes.

Existem amplas evidências de que a quantificação pode extrair informação

diagnóstica e prognóstica adicional. O sucesso da avaliação visual na maioria das situações

provoca resistência em aceitar que tal método não produz níveis elevados de

reprodutibilidade em todas as situações. Uma das justificativas para o estudo das aplicações

41

da quantificação em patologia é aumentar a

prognóstica, o é reforçado pelo número considerável de trabalhos na literatura que

avaliam a dificuldade em se obter consenso diagnóstico mesmo entre

experimentados para uma grande variedade de situações na patologia (58). Rosai (1

publicou um trabalho mostrando um baixo de consenso diagnóstico em

benignas de mama. Os métodos quantitativos serão mais valiosos em tais

caracterizadas pela correção diagnóstica de difícil estabelecimento.

aplicação de métodos baseados na informação em formatos não a-.nuv•

para o manejo da incerteza em sistemas diagnósticos tem sido desenvolvidos

metodologia empregada nos sistemas especialistas tem sido adaptada para o uso

classificações descritivas. Sistemas baseados no teorema de Bayes (154) tem sido

a

em de maneira a estrutura de

dependência condicional permaneça intacta, o que permite a utilização de computadores

(150).

Claramente a pesquisa na área de patologia quantitativa está iniciando uma

fase onde o conhecimento histopatológico está sendo integrado ao processo de tomada de

decisões. A aplicação dessas novas tecnologias torna mais evidentes os problemas de

comunicação entre diferentes áreas. Os métodos disponíveis para análise de imagens

microscópicas tem suas origens em áreas como a estatística, desenho experimental,

morfologia matemática, álgebra, sistemas especialistas, gerenciamento de dados, manejo da

incerteza, teoria de conjuntos difusos (juzzy set theory) e muitos outros. Cada uma dessas

áreas desenvolveu seus próprios termos técnicos. Para a patologia tais métodos são

ferramentas, e as utilizadas nessas áreas são, em sua

completamente desconhecidas para o patologista. possibilidades

podem ser corretamente exploradas através de uma abordagem HH-HU''"'

de informações entre diferentes especialistas. Representações adequadas do

histopatológico são necessárias. A complexidade de sistemas como

tecidos, órgãos ou pacientes é muito grande e sempre crescente.

fenômenos em biologia e patologia começa a

áreas como a Física, como os complexos.

1.7 Sistemas complexos

Um novo ramo multidisciplinar procura demonstrar o

com troca

celulares,

a

é

do que o somatório de seus constituintes. em um cosmos

caótico foi dado o nome de ciência da complexidade, que começa a ser integrada com a

ciência da informação. Sistemas complexos tem duas características fundamentais: a

irreversibilidade e a ausência de linearidade. A irreversibilidade implíca na existência de um

meio onde os eventos acontecem em apenas uma direção. Esse meio é o tempo. A

irreversibilidade é observada com facilidade a nível macroscópico, onde a passagem do

tempo pode ser percebida sem dificuldades em eventos como o envelhecimento da pele.

Mas as leis do movimento utilizadas para descrever o comportamento da matéria a nível

microscópico não distinguem uma direção do tempo da outra. Embora a irreversibilidade

pareça um fenômeno óbvio, só em 1998 foi demonstrada pela primeira vez a

irreversibilidade do tempo a nível microscópico (155, 156).

lineares tem sido o ciência

regras simples de adição. Uma torneira com de água constante do

volume no dobro do tempo. Basta comparar esse com os

fenômenos não-lineares que regulam a quantidade de água no corpo humano. não-

linearidade causa alterações mínimas em um

imensas modificações no mesmo e em outros

do sistema que podem

fenômeno

resultados complexos e inesperados. e

fenômenos em as

Biologia foi antecipada pesquisadores outras

Schrodinger em 1943(157). Mas foi o advento computador nas

últimas décadas que permitiram tornar questões

complexos. Problemas como a determinação das variações

seqüência de descargas a ser

com sucesso a partir dos conceitos de complexidade e com o desenvolvimento modelos

computacionais. O genoma humano, com seus bilhões de pares bases é outro

exemplo de sistema complexo, e a compreensão do funcionamento de tal repositório

informação incluirá métodos de análise desenhados para tais sistemas. A oncologia

molecular é a explicação unificadora para o câncer(l58), mas também deve ser

compreendida como o estudo de um sistema não-linear, caracterizado por múltiplos

mecanismos de retroalimentação.

Sistemas complexos não podem ser caracterizados por conceitos precisos,

conforme a descrição de Zadeh (159): "à medida em que a complexidade aumenta,

conceitos precisos perdem significado e conceitos significativos perdem precisão". Esse é o

embasamento

sistemas

Exemplos típicos

pronunciado, moderado, severo, focal,

de termos vagos não impede

Obviamente termos como

qualquer situação de maneira

vagos resulta

anatomopatológicas.

Este trabalho

a o

significado os termos como:

o uso

não são prec1sos o para

seu uso em conjunto com outros termos

altamente

a patologia com a e a

para '"'""''"'""u""' e

curvas de progressão de processos patológicos.

2.1

através

Aplicar esse

progressão maligna, áreas

a

etapas de invasão precoce (microinvasão ).

com

O tecido

tecidual que permitem o

tecidos, preparados histológicos e

inclui todos os métodos

e

sem modificações

patológica e

pulmonar disponíveis.

desenvolvimento de

disso, a patologia o

estudos

Estados Unidos

1998 0 método vV111v\'V

esôfago.

3.1 Delineamento do Estudo

os

e

F oi realizado um estudo transversal no qual foram estudadas as

características de textura nuclear de núcleos celulares em diferentes áreas de diferentes

espécimes cirúrgicos. O padrão

convencional.

anatomopatológico por microscopia óptica

do

selecionados

prostatectomias ou cistoprostatectomias e todo o

excluir outros processos patológicos.

anos ou o com

onze casos

outros sete

casos com glândulas e

Fixação e documentação: foram a identificação,

margens de excisão com tinta da Índia, descrição macroscópica, fotografia, secção

dos espécimes e fixação com formalina tamponada a 1 O %, por 24 a 30 horas.

Processamento do material: o material preparado através das técnicas

convencionais de inclusão em parafina e cortes homogêneos de 5 micrômetros de espessura

em micrótomo.

(167) e UHUJl!VUl.;nV\.1 com

34betaE12) (168).

patologistas

foram "'"'"'""H"'""'~'" corno:

casos apresentando com

adenocarcinornas prostáticos com

adenocarcinornas da próstata.

e

consenso entre

na casos

e e

Todos os casos foram estudados através de coloração de hematoxilina e

eosina e anticorpo rnonoclonal anti-queratina 34betaE12 (Dako, Carpinteria, CA, EUA),

direcionado para queratinas de alto peso molecular. Este anticorpo é utilizado para

delineamento da camada de células basais da próstata (170-172). O epitélio prostático

normal invariavelmente reage com este anticorpo e a circunferência da camada de células

basais fica delineada continuamente. Rupturas, caracterizadas pela descontinuidade na

coloração pelo 34betaE12 ao longo da camada de células basais são observadas em 56% dos

casos de NIP de alto grau e comumente em com lesões de a

com adenocarcinoma de em

descontinuidade da camada de células basais aumenta em relação

com perda de mais um terço da camada basal em 52% dos focos de

ácino através do estroma em áreas de descontinuidade da camada de células (166,

174). No entanto, a integridade da lâmina

precoce(166). A figura 8

com foco invasão

tarmdade células basa1s

a

é preservada mesmo na de

de morfológicas do

Figura 8. Sequência morfológica proposta para carcinogênese na próstata humana. De

acordo com o conceito de progressão, NIP de grau 1 corresponde a displasia muito leve e

leve. NIP grau 2 corresponde a displasia moderada e NIP grau 3 a displasia acentuada I

carcinoma in situ. O estágio precursor do carcinoma de próstata é encerrado quando ocorre

microínvasão, o que caracteriza o adenocarcinoma com invasão precoce. Modificado de

Bostwick e Brawer (166).

Sistema de imagens

Sistemas de captura de imagens são compostos o

componente óptico (microscópio), videocâmara, placa captura e microcomputador(175).

Imagem é o termo que define a representação espacial de um objeto em duas

ou três dimensões. Uma imagem pode ser real ou virtual, como a imagem

imagem obtida através de uma videocâmara ou charge coupled device) é

sinais eletrônicos

catódicos, como um

sua reprodução

Imagem digital é o

um

da

matriz finita de duas dimensões, composta elementos de imagem ou pixels.

é criado através de placa digitalizadora conectada ao elemento gerador de '""""~".''""'

A placa define o valor da tonalidade de cada elemento de imagem (pixel).

Componente ótico: foram utilizados dois microscópios

convencionais marca Zeiss (Oberkochen, Alemanha) e Leica (Wetzlar, Alemanha),

de sistemas de iluminação Koehler, com fontes estabilizadas e reguláveis de

incandescente e condensadores Abbé com aberturas numéricas de 0,9. O microscópio Leica

foi equipado com plataforma de controle automático computadorizado (LANG,

Würtemberg, Alemanha) e lentes objetivas plano-apocromáticas de 20 aumentos e abertura

numérica (A.N.) de 0.75 (NIKON, Melville, NY, EUA). O microscópio Zeiss foi equipado

com objetivas plano-apocromáticas de imersão em óleo de 63 aumentos (Zeiss, Oberkochen,

Alemanha) e abertura numérica de 1.40. Os dois microscópios contavam com fototubos,

ótica plana com ampliação de lx e lentes de projeção com 1 O aumentos, determinando

resoluções finais de 200 e 630 aumentos.

1

Dispositivo CCD: foi acoplada uma 3 760

(Sony, Park Ridge, NJ, EUA) ao fototubo do microscópio Leica para captura de imagens

com magnificação de 200x. Para captura de imagens de alta resolução utilizada uma

videocâmara monocromática Vidicon(l76) (COHU, San EUA) ao

microscópio Zeiss. As imagens foram monitoradas durante as sessões de captura através

monitores de vídeo Sony (Park Ridge,

polegadas.

Placas digitalizadoras

1954Q com

(Analogic Co., Peabody, MA, EUA) de captura estática, gerando quadros

elementos de imagem, cores de 24 bits (câmara Sony) ou 256 tons de

COHU), sendo estas imagens gravadas em disco rígido com cópias segurança em

ROM no

19

480

na

Universidade de Chicago como parte do projeto

qualquer outro formato convencional, como

(Joint Photographic Experts Group).

21 ), podendo ser convertido em

(Tagged Image File e

Microcomputadores: As placas de captura de imagem foram conectadas a dois

computadores Sun Sparcstation Ultra 2 (Sun Microsystems, Palo Alto, CA, EUA), cada um

com 2 processadores RISC de 200 MHz, memória RAM de 1024 MB, discos rígidos de 9

GB e dois monitores de 20 polegadas. O sistema operacional utilizado foi o Sun Solaris

versão 2.6. Foi utilizado também um microcomputador padrão IBM-PC com processador

Intel Pentium II de 450 MHz (Intel, Santa Clara, CA, EUA), 128 MB de memória RAM,

disco rígido de 14 GB e monitor de 17 polegadas. O sistema operacional utilizado nesse

computador foi o Microsoft Windows 98 (Microsoft,

computadores operaram conectados através de rede.

3.6 Metodologia de extração de características de textura

As imagens de média resolução (200x)

de interesse foram demarcadas.

captura dirigida e aleatória

procedimento

impressas em

uma redução no

interpretadas através de dispositivo de visão computacional baseado em

(177) (knowledge-based machine vision system) desenvolvido pelo Centro

Ópticas do Arizona (114). A figura 9 mostra a seqüência de segmentação

glândula prostática adjacente a um '-"'···~"'J'"''-'·~"'~"v'" .....

As imagens de alta resolução (630x) foram obtidas

relacionadas a camadas basais intactas de

os

e as

e

uma

com NIP de baixo e alto grau, adenocarcinomas com invasão precoce e adenocarcinomas

prostáticos, totalizado 5.045 núcleos celulares. As imagens foram então revisadas e

arquivadas para extração de características de textura nuclear. Um filtro de interferência em

610 nm (vermelho) foi utilizado para aumentar o contraste dos cortes corados por

hematoxilina e eosina. A resolução digital foi de seis elementos de imagem por micrômetro

nas imagens de alta resolução.

Figura 9. Sistema de visão computacional do Ópticas

do Arizona. A figura 1 OA mostra uma glândula contígua a um adenocarcinoma de próstata

(abaixo à direita). A área em verde delimita uma parte da imagem segmentada pelo sistema

automático. lOB. Identificação do lúmen (azul). lOC. A área que contém células

glandulares secretoras (em verde). 1 OD. Regiões com células basais positivas para

34betaE12 (amarelo). lOE. Porções citoplasmáticas das células secretoras (roxo). lOF.

Estroma (marrom). lOG. Composição da área delimitada na figura lOA com todos os

elementos identificados pelo sistema. O tempo total de segmentação e interpretação dessa

imagem é de 0,04 segundos utilizando-se um computador Sun Sparcstation Ultra 2 com as

especificações e configuração descritas no item 3.5.

Definição untos de

estudo e

entre parênteses. Os cinco

F oram determinados

recebeu urna denominação abreviada,

conjuntos são compostos por núcleos de normal (normal/normal) e de

(NIP-BG), NIP de alto grau (NIP-AG), adenocarcinorna com

(Microinv) e adenocarcinorna (Ca). Os

de glândulas histológica

(Norrnal/NIP-BG) e alto graus (Normal I

(Norrnal/Ca).

Grupo normal (normal/normal)

conjuntos são compostos

'"'u''""'v'"' de casos com

Foram capturadas imagens de 1443 núcleos de células normais áreas de tecido

um

de baixo

portanto relacionadas a camadas basais íntegras, provenientes de sete indivíduos. Todos os

espécimes foram obtidos através de cistoprostatectomias e não apresentavam NIP ou

carcinoma prostático. Tais núcleos foram obtidos em glândulas selecionadas aleatoriamente,

dentro de perímetros de 1 O milímetros.

Neoplasia intraepitelial de baixo grau (NIP-BG)

Quinhentos e cinqüenta e três núcleos de glândulas com NIP de baixo grau

foram obtidos de onze espécimes.

Neoplasia

Setecentos e

do material de sete pacientes.

Adenocarcinoma de próstata com

Quinhentos e

mostradas

cada um dos quatro casos

selecionada. cada área de

subconjunto foi denominado

e

e quatro núcleos de de

em

com

capturadas cerca

núcleos relacionados à camada basal e imagens

de cada uma das seguintes áreas de cada uma das quatro glândulas:

55

mínima de (os códigos entre parênteses correspondem à denominação de cada subconjunto):

L cinco núcleos do ponto zero (PROX);

II. 1 O e 15 núcleos do ponto zero (MED 1 );

III. e 35 núcleos do ponto zero (MED2);

IV. 40 e 45 núcleos do ponto zero (MED3);

V. células a mais de 45 núcleos do ponto zero (DIST).

Tabela I. Conjuntos e subconjuntos de núcleos

o número de núcleos relacionados a camadas de células basais

34Ebetal2. Os adenocarcinomas com invasão (microinvasão) e ""'''"V'"''-'-'-

não apresentaram células com tais características. A mostra uma glândula com

de alto grau com área de micro invasão com os subconjuntos identificados. INV: área de

microinvasão. PROX: área entre um e 5 núcleos do ponto de microinvasão. 1:

entre 10 e 15 núcleos do ponto de microinvasão. MED2: área entre e 35

ponto de microinvasão. MED3: área entre 40 e núcleos do ponto microinvasão e

DIST: área a mais de núcleos do ponto de microinvasão.

Conjunto total de à de núcleos camada intacta núcleos

de basais

>_> _____ ,_

Normal/normal 1.443 1.443 NIP-BG 553 161 NIP-AG 744 150

INV PROX 47

Micro in v 414 MEDl 48 MED2 48 MED3 48 DIST 48

C a 150 Normal/NlP-BG 783 Normal/NIP-AG 457 457 Normal!Ca 501 501 Total 5.045

Ponto zero (microinvasão) DIST MED3 MED2 MEDI PROX INV

Adenocarcinoma

Cento e cinqüenta núcleos vv<l.<HU

classificados corno 5 (2+ 3) pelo método de

três

histológica de

capturados. seleção de casos com essas características se deveu à

78)

um

de corte arbitrado entre os escores 6 e 7 Gleason com relação ao estadiarnento.

do escore 7 a probabilidade de em é (1 1

Núcleos em casos

(normal/NIP-BG)

Dos onze casos de NIP baixo grau obtido um

celulares em grupos de 30 a 50 por glândula de

glândulas caso

NIP de baixo grau.

Núcleos de glândulas de aparência normal em casos de NIP de alto

AG)

Um total de 457 núcleos foram capturados de sete casos, seguindo o mesmo

método descrito para o conjunto norrnal/NIP-BG, em faixas de 0,5 a 7,5 mrn das lesões.

Núcleos de glândulas de aparência normal em casos de adenocarcinoma de

próstata (Normal/Ca)

e um

com a o

milímetros de distância das I <>rw·PcP·n'~"<> um

núcleos estudados.

3.8 Análise Estatística

variância e

estatísticos

sistema (121, 131) de '"'"·'"""" Óticas

casos

8

(Tucson, AZ, EUA). Cálculos adicionais realizados

computador Microsoft (Microsoft,

(Datamost, Salt

58

1 a 6

e Statmost

serão descritos os "'"'"'"''rt

assinaturas de lesões, e os conceitos

normal e distância

nesse

longo desta

matemáticas e das

Apêndice. características

TICAS em função de suas

diferentes órgãos e ao anos

padronizada

dos

ma1s

do

catalogou mais de 400 características moríométricas. E cada uma

um algarismo arábico. Como já

morfométricas e por isso a r>ntnP>'O:>r'<:\

densidade óptica total é a

nesse

dessas neste

1, a

59

ao

no

denominada

a

a

corresponde ao 3, RMS ao 4 e o histograma de densidade óptica até densidade 1,8 em

valores percentuais corresponde às características entre os números 8 e as

características de números 5, 6 e 7 dentre outras do sistema TICAS não foram utilizadas

neste trabalho.

de forma

nuclear, seguidos das freqüências relativas

nos intervalos do histograma

conjunto

características

ocorrência e matriz de

histograma de densidade óptica dos '-'1'-,ul~dl

assim 10 mostra o

textura

eventos

e os respectivos desvios

de dependência textura assinatura

graficamente conjuntos de características

observador reconhecer padrões e tendências de

co-

e

ao

Os histogramas agrupam conjuntos de características que representam desde

grandezas físicas como área até os resultados de funções e relações que representam

aspectos morfológicos de descrição verbal complexa ou mesmo impossível. Portanto o eixo

das ordenadas da figura 1 O expressa os valores em unidades arbitrárias.

Unidades arbitrárias

Características de textura nuclear

- óptica

1

Matriz de co-ocorrência

Matriz de comprimento de seqüência Length Matrix)

Características 303 a

20% abaixo da média, média da acima da média)

Número total de pixels no núcleo, de pixels e

Figura 10. Assinatura nuclear de uma célula representada no canto superior

a

características de descritivas da densidade óptica total, área, circularidade e RMS estão

representadas em preto e violeta . As de e comprimento de seqüência

respectivamente, as cores laranja e verde no histograma. As em

vermelho, cinza e amarelo descrevem a distribuição da densidade óptica e das matrizes de co-

ocorrência e comprimento de seqüência. As características são expressas em unidades arbitrárias

comparáveis entre sí apenas no mesmo grupo de características. As cores utilizadas na figura tem o

objetivo de facilitar a compreensão da estrutura das assinaturas nucleares.

15

O teste

nucleares mais

características selecionadas da

geração uma função

e"''""'"''"'''"''-

então

um

determinada o nas

celulares e categorias diagnósticas diferentes e

15

na

os casos

a casos e

se

a uma

estava em coJmD•an:lr uu."'''"'v

dentro da mesma u.;,.;J>UA< .. UJ.

digital, os quais, como descrito acima, representam vários elementos

como grandezas físicas, funções, matrizes, determinantes e outros.

com

no contexto

caJractei'lStlC<:ts ,,.,H.,....,H, a

valores extremamente

população

o ser um

caso as

mas, na vezes,

nesse as

os e

textura

2268 00,0001 1188, l 00,188 2280,8 00,281 2269 00,0001 772,92 00,073 1153,8 00,154 2270 00,0001 224,48 00,024 882,68 00,0827 2271 00,001 66,78 00,068 441,5 00,415 2272 00,001 22,67 00,027 2285 l ,O 00,016 00,016 2286 1,0 00,012 00,012 2287 lO O 00,0001 00,01 2288 1000,0 00,00001 00,01 2289 1000,0 00,00001 00,01

1

urna entre O e 1, o

registro 0,01 corno o em

o

em urna

valor extremamente

digitaL tais constante

para que escala pudesse ser mantida. estabelecer então um

arbitrário que permitisse a extração de informação visualmente significativa. Após a

verificação de todos os conjuntos de dados foi aplicada uma limitação de escala a duas

unidades arbitrárias. A figura 11 mostra as assinaturas baseadas em um

características de textura para núcleos de células glandulares de próstatas normais e de

alto grau com limitação de valores no eixo das ordenadas.

núcleos normais

características de textura nuclear

as textura

conjuntos dados e os

escalas

As assinaturas

' l_

a

Núcleos de NU' de alto gnm

caracteristicas de textura nuclear

ao

a zero

úteis ao caracterizarem urna diferença ou desvio em relação a urna

núcleo ou conjunto de núcleos considerando todas as características de textura , ""'-''<~,.,,

os

um

termo distância média padronizada da população normal significa a média de cada urna das

características nucleares rnensuradas. Tal diferença pôde ser definida através da

computação, para cada característica cariornétrica de um núcleo ou conjunto de núcleos, a

partir da diferença absoluta entre essa característica e o valor determinado para o conjunto

o

de

ser valores z,

as casos

e

a zero.

entre os z as

tem como o

e em suas com

i2

i O d m8 p 6 n 4

Núcleos de NIP de b~xo grau

caractensti cas de te:xturanutloor

dmpn 3,45

Cada barra

população cada uma das 93

histogramas corresponde à

AG.

12

10 d ma p 6 n 4

2

o

e

Niu~leos de NIP de ruto gnu

dmpn = 3

a

Distância média padronizada ponderada da população

A distância média padronizada ponderada da população normal é o

em

e

do valor da média aritmética entre os valores de distância média padronizada da população

normal e número total de núcleos incluídos em um grupo diagnóstico, sendo expressa em

unidades de desvio-padrão da média (figura 13).

2.5,

1 o

""

1 t" 1 ·~

t 1

1.5 J o j

m o

c j $ Ci " ~ .s .s g ~a ~a Ci

Figura 13. Distâncias médias padronizadas ponderadas da população normal, expressas em

unidades de desvio-padrão, comparando casos normais, NIP de baixo e de alto grau, com os

limites de confiança de 95%.

A figura 13 exibe os valores das distâncias médias padronizadas ponderadas

para todos os núcleos de três categorias diagnósticas: normal, NIP de baixo e alto graus. Os

núcleos das NIP apresentaram diferenças em relação à população normal de 1 ,5 a 2 desvios

padrões em todas as características. Tais núcleos foram claramente diferentes dos núcleos

da normal, e os das

apresentam maiores do as

grau. A curva da

população normal até as NIP de grau. A figura 13 também é um

métodos de classificação baseados nos procedimentos estatísticos

confiança das categorias de lesões

qualquer tentativa de classificação.

Assinaturas de padrão

As assinaturas padrão

e estão sobrepostos,

estendem por 4 unidades de desvio-padrão, sendo cada unidade desvio-padrão

em cinco intervalos. Quanto maior o número células anormais, maior a distância

individuais e categorias diagnósticas. A figura

padrão histológico das categorias diagnósticas de células normais e dos casos

adenocarcinoma .

se

F R o

o 1 2 3

Normal

ocorrência de células (FRO).

4

F R o

o 1

uma

histogramas foi aplicada limitação de escala 40% para as

intervalos.

2 3 4

em

4.

estatística da cromatina

arranjadas e processadas para

computadas

Os valores das assinaturas foram ae1cenm1J1actos em

população celular considerada normaL

Assinaturas

suas distâncias

assinaturas núcleos mostraram aumentos

relação à população celular normal. A figura 15

de diferentes categorias diagnósticas. O

apresentou uma distância média z = 0,3868,

NIP de baixo grau com valores z = 0,8633 e z = 1,5625. Os dois uu'''"''",

7

e

uma

lesões

grau apresentaram valores z 2,327 e z = 4,9231. Tais núcleos constituem exemplos

espectro de assinaturas encontradas nas lesões estudadas. Já os núcleos de tecido

aparentemente normal em próstatas com NIP de alto grau apresentaram perfis semelhantes

aos dessas lesões, o que pode ser visto na figura 16. Foram evidenciadas mudanças

significativas nas assinaturas nucleares de células aparentemente normais em NIP e

carcinomas. Nas figuras 15 e 16 um limite de escala de 25 foi determinado para as

ordenadas.

25 normal/nonnal, 0.3868

20

15

10

o !b .. l ~-

20

15

10

o

d 20 ,

m 15

10

p : ~ n

25 NIP-AG, 2.327

20

15

10

, ... Jitlll : 1,1,1.11 1.1 J ' li J,,h.III.L

Figura 15. Assinaturas nucleares de núcleos individuais, representados no canto superior

direito de cada histograma. Os valores das distâncias médias padronizadas da população

celular normal (dmpn) para cada núcleo (valores z) estão à esquerda das imagens dos

núcleos. A primeira assinatura conesponde a um núcleo da população normal. As duas

assinaturas seguintes conespondem a núcleos de NIP de baixo grau e as duas últimas a NIP

de alto grau.

d

m

p

n

25 normaVnormal? 2280

20

15

10

5

5

o

:: I : ~.J.u~

bl

Figura 16. Assinaturas nucleares de núcleos individuais, representados no canto superior

direito de cada histograma. Os valores das distâncias médias padronizadas da população

celular normal (dmpn) para cada núcleo (valores z) estão à esquerda das imagens dos

núcleos. A primeira assinatura corresponde a um núcleo normal. As duas assinaturas

seguintes correspondem a núcleos de morfologia normal, mas próximos a NIP de baixo grau

e alto grau, respectivamente. A última assinatura corresponde a um núcleo de aparência

normal, mas oriundo de um espécime com carcinoma.

lesões de

núcleos

intraepiteliais de baixo, alto 18.

perfis mostrados nas figuras 17 e 18 os casos

díagnóstica.

normal/normal

NJP de baixo grau

-..~. ... -NJP de alto grau

... .-...... .... -·---Carcinoma

o.o 4.0

Figura 17. Assinaturas de padrão histológico para as categorias normal, NIP de baixo e alto graus e

adenocarcinomas. O eixo das abcissas se estende por 4 desvios-padrão da média da população

celular normal. Tais histogramas demonstram visualmente o padrão de distribuição (eixo y) e o grau

de desvio dos núcleos celulares em relação à população celular normal (eixo x). Para melhor

visualização da distribuição dos histogramas a escala de frequência relativa de ocorrência (FRO),

apresentada no eixo das ordenadas foi limitada a 40%.

normaJlnormal

normallNIP-BG

normaJlCa

Figura 18. Assinaturas padrão histológico compostas por glândulas de morfologia na

proximidade de lesões de baixo grau (normal/NIP-BG), lesões de alto grau (NIP/AG) e

adenocarcinomas (normai/Ca). O histograma da categoria normal (normal/normal) foi mantido

facilitar comparações entre as diferentes categorias diagnósticas. Para melhor visualização

distribuição dos histogramas a escala de frequência relativa de ocorrência (FRO), apresentada no

eixo das ordenadas foi limitada a 40%.

da mesma

diagnóstica entre

apresenta cinco casos próstatas

principalmente quando comparados aos

grau da figura 20. 21 mostra de padrão

com histológica normal em casos

uma assinatura similar a e

... ...

Figura 19. Assinaturas de padrão histológico de cinco casos de próstatas normais. Para

melhor visualização da distribuição dos histogramas a escala da frequência relativa de ocorrência,

apresentada nos eixo das ordenadas foi limitada a 30%.

..... ~_.__·~·

casos com

intraepi te li ais alto grau. a

escala frequência relativa de no

a 30% nas 20 e 21.

11111 ...... ----o.o 4.0

Figura 21. Três assinaturas de padrão histológico de áreas com aparência histológica

normal em casos de adenocarcinoma de próstata.

com

casos

criação de dois conjuntos de dados, um com os

microinvasão (INV) e o outro com os "'""''"'v

MED3 e DIST) relacionada com a área de

de textura

grupos, como pode ser observado na

Tabela

de alto grau) e da área de

características estão detalhadas no Apêndice.

Característica (n° no sistema

óptica total (1)

em seqüências longas (303)

Desuniformidade de comprimento de seqüência

Homogeneidade de densidade óptica **(313)

Matriz de comprimento de seqüência **(272)

Matriz de comprimento de seqüência **(279)

Matriz de comprimento de seqüência **(282)

Matriz de comprimento de seqüência **(283)

Matriz de comprimento de seqüência **(284)

* Os valores estão expressos em unidades arbitrárias.

de

e

1,942

0,2096

120,9

14,15

0,681

0,102

0,638

* * Ver no Apêndice os detalhes de definição de cada característica.

a

entre esses

1,630

O, 1

77,2

7,7

0,445

0,104

0,104

os nas

os a

menores.

figura mostra a

e

com

variação menores em p1co.

um

próximas a focos de invasão.

substituído por distribuições base nas e e

adenocarcinomas, onde as distribuições atingem com grande variabilidade

parâmetro, sugerindo possível correlação com o conteúdo DNA.

A figura 23 mostra as assinaturas nucleares dos núcleos de NIP de alto grau e das regiões de

microinvasão. O desvio da normalidade para os núcleos das áreas de microinvasão foi

claramente menor quando comparado aos núcleos das áreas de NIP de alto A

assinatura nuclear das neoplasias intraepiteliais de alto grau mostrou várias características

de textura nuclear com desvios substanciais em relação aos valores encontrados no epitélio

glandular normal.

Nonnal

NIP-AG

Adenocarcinoma

Micro invasão

o 12 24 36 48 60 Densidade óptica rota!

Figura 22. Distribuição da densidade óptica total dos núcleos celulares casos

normais, NIP de alto grau (NIP-AG), casos de adenocarcinoma e de

microinvasão. O eixo x se estende por 60 intervalos de valores de densidade óptica

total que vão do zero (transparência) ao do histograma (opacidade). O y

corresponde à freqüencia relativa de ocorrência de núcleos em cada intervalo de valor

de densidade óptica.

8

25 NIP-AG

20

15

d !O

:ll~- I1.1JlJlll m

p 25:

Microinvasão ?fJ

n 15

lO ,

5'

característica.-; carioroétricas

Assinaturas dos núcleos de todos os casos e

núcleos das quatro de

população normal). redução dos valores com

NIP-AG

o

Mlcroinvasão

0' ~~

o 4

Assinaturas de padrão e

a os casos

Para melhor visualização da

ocorrência (FRO) apresentada no a40%

A figura 24 apresenta as assinaturas de padrão histológico para todos os casos de NIP

alto grau e todas as áreas de microinvasão estudadas. Observa-se a

celulares a uma distância maior da população celular normal nas áreas de microinvasão

quando comparadas aos casos de NIP-AG.

A diminuição da DOT nos núcleos da área de microinvasão em conjunto com as alterações

de outras características descritivas da cromatina pode indicar a emergência de uma

subpopulação com u.,,,,,,.,._. ... ,_..," nas

padrão un.uu•ua.l nas áreas de a

um clone 83-186)

de infiltrar, sendo o responsável padrão observado em

hipótese, núcleos em diferentes áreas ao longo

alto grau foram estudados 1,

mostra a a

mostraram

uma \V»CUVUVL<A

micro invasão. os

de casos estudados. aumentar a

tendência

da matriz comprimento de 283 e

de seqüência 7-8 a 11-12 elementos de imagem, todos no

de 0,6 a 0,9. Foi obtida a média aritmética entre todos os casos para cada um dos

subconjuntos estudados e a figura 26 mostra este resultado. O valor correspondente ao

adenocarcinoma foi acrescentado ao gráfico para fins comparação. A textura de

cromatina apresentou modificações significativas ao longo da glândula, atingindo seu

mais baixo a 10-15 núcleos do ponto de micro invasão.

>45 náclOOH da área de A microlnvasllo

25

~l 20

~ :1~1M.l 111J

25-35 núcleos dll área de B mlcroinvasão

2:'5 1

20 i

«< :llü _ _J --*tal~ ~ c

t 1·5 núcloos da área de

25 mic:roinvasão

-'l 20

1 :;,11~ J i ~ s D a <li! Mlcro!nvasão

~ 25

201

15 i

~ lO!

~~li dtl

E Adenocarcinoma

25 20 15

~~ llhli~ 1111 mllm1ml'1 Características cariométrica;;

Figura 25. O histograma A exibe a assinatura para os núcleos de NIP-AG mais distantes da

interface entre a área de microinvasão e a neoplasia intraepitelial de alto grau. O histograma

B exibe as assinaturas para as áreas entre 25 e 35 núcleos da área de invasão (MED2). O

histograma C mostra a assinatura dos núcleos celulares próximos da área de invasão (entre 1

e cinco núcleos da área de invasão: PROX). O histograma D mostra a assinatura na área de

microinvasão (INV) e a assinatura dos adenocarcinomas é apresentada para comparação em

matrizes de comprimento de seqüência

invasão

Figura Glândula com

das características 282, 283 e 284,

85

os

da de comprimento

seqüência nos diferentes pontos mensurados dos quatro casos de adenocarcinoma com

microinvasão. As letras do gráfico indicam as assinaturas nucleares correspondentes na

figura 25. A figura mostrando uma lesão de alto grau com micro invasão

para ilustração, já que os valores apresentados representam a média entre todos os

casos. O ponto E (adenocarcinoma invasor) não está ilustrado na fotomicrografia.

A assinatura constitui um

interpretados como uma mensagem. As "'"''"·"''"'H""

uma seqüência ordenada de símbolos e possuem uma

Isso permite o uso características de textura nuclear

razões de prevalência para agrupamento em uma ae1:errnu1aaa

utilizadas em classificação. É

próstatas normais obtidas

na 20, onde casos

distâncias mais amplas. Pode ser questionada a

desses dois casos, a possibilidade

achados morfológicos subvisuais implicações

nos casos

ser

as

neoplásicas intraepiteliais de alto os resultados observados em outros

trabalhos ( 40, 41 ), onde tais características foram utilizadas para classificar núcleos em

diferentes categorias diagnósticas. Existiram, porém, diferenças relevantes de metodologia

entre tais trabalhos e o presente estudo. A derivação de índices de progressão e regras de

tem expressão regular nos núcleos

de todas as categorias diagnósticas estudadas. Para tais propósitos, características que

apresentem fortes tendências de limite central entre casos também devem ser escolhidas

para delineamento da curva de progressão. Logo, os critérios de seleção de características

em tais procedimentos favorecem todos os elementos que os casos e núcleos celulares

tenham em comum, em

utilização como

e

comportamentos

características de textura

grupos. São as diferenças

conter as uuvuuw,_,v,_

entre

núcleos e

Adenocarcinomas com

é

Redução da densidade óptica total

as

os

o

a

mas a os

e

à

A coloração por hematoxilina e eosina não é estequiométrica ou específica para DNA, o que

leva a coeficientes de variação maiores para a densidade óptica total do que os que seriam

obtidos utilizando a coloração de Feulgen. Mas a densimetria de hematoxilina apresenta

resultados reproduzíveis (133) quando empregada sob condições controladas, como neste

estudo. Mesmo a microfotometria do DNA utilizando-se a reação de Feulgen apresenta um

técnica( 187).

através

aplicados em

microfotometria

núcleos

a

a distribuição

cortes

essas limitações sustentam a u"""''"''.i""'-''"'

óptica total como uuAUHA'-'

vários parâmetros, o

Redução dos valores da matriz de comprimento de seqüência

A hipótese de maior sustentação na literatura para a alteração dos valores

e o

comprimento de seqüência, cuja tradução morfológica é a textura mais fina da cromatina,

pode ser o relaxamento estrutural da cromatina relacionado às alterações das histonas que

ocorrem nos processos de transformação neoplásica(28). Como foi apresentado na

introdução, a morfologia da célula é o produto de um sistema de interações complexas que

estrutura

19 E as

fosforilação e

1.

e

o e a

e

as

as

ser em menos

substituições, deleções ou inserções de alguns nucleotídeos. Essas alterações

detectáveis pela análise citogenética. desse tipo de alteração são as

no gene k-ras, que ocorrem em 80% dos carcinomas de pâncreas(l94).

Translocações cromossômicas: essas alterações podem ser detectadas

citogenética como fusões de diferentes cromosomos ou entre segmentos normalmente

contíguos do mesmo cromossomo. A nível molecular essas translocações podem ocasionar a

fusão entre dois gens diferentes, o que pode conferir propriedades tumorigênicas ao produto

de transcrição. Um exemplo de translocação é o cromossomo Philadelphia das leucemias

o cromossomo 9

cromossomo

3. cromossomos: o e a

cromossomos, sendo em os

sólidas '-'I>.'•H"I-HV é o cromossomo 7 no

a

(amplicon).

sendo r"'"''~"H"" das cromossomos, como as nas

ocorre em

Os

hipótese UVJLHH>U.H é que mutações desconhecidas

genética e que algumas das mutações subsequentes levariam à 1'"\l"t>fTl'P

201 ). No entanto, apesar das investigações que se estendem por mais de duas décadas, a

mutação inicial, capaz de determinar o processo de transformação tumoral ainda não

demonstrada(200-203).

A aplicação das assinaturas digitais a núcleos em localizações selecionadas como áreas de

microinvasão e suas vizinhanças foi realizada para explorar exatamente possíveis alterações

de expressão fenotípica. Os resultados sugerem um processo em que determinado fenótipo

antes

capacidade

com a

se tornarem

baseadas em um ou

estudo genético

A

com

Existe considerável

na

diferenciação celular durante os estágios

9

uma

1

de

NIP(l74, 0). tem

expressão aumentada na NIP e adenocarcinoma(211 14). As alterações na expressão

biomarcadores estão claramente associadas com a progressão alterações

nucleares ao longo das etapas da neoplasia intraepitelial prostática. Tal tendência não é

claramente observada no adenocarcinoma, que parece expressar biomarcadores de forma

aleatória(174). Nos adenocarcinomas o grau de anormalidade nuclear e a expressão protéica

e de marcadores de diferenciação parecem associar-se de forma randômica.

se a

em algumas

um

e dos

evento.

do

necessários,

tais como aumento

pr<)cç:arme:m:<)S ou aumento de

histológico ou citológico em

eventos a

como

ser a

neutra ou álcool sem

modiflcação de técnicas de processamento e coloração ou

a

ocorrer

nesse

em

As assinaturas nucleares baseadas em distâncias padronizadas da população normal

para avaliação visual de diferenças, similaridades e tendências. O próximo estágio de

desenvolvimento dessa metodologia será a utilização das assinaturas digitais para

identiflcação positiva de núcleos com relação à malignidade. Para tal procedimento será

fundamental a derivação de uma medida de certeza de que um núcleo de fato representa

e o o

as

alternativas possíveis os

e

em uma 'VHI-H.«<Uv HH..'U"ULU o

mesmo tempo, o ser e

repetidas

O índice

Tal índice também mudanças em curtos como

a ruptura da camada basal, estratificação de camadas ou o

vascularização nas cercanias de neoplasias intraepiteliais prostáticas podem meses

para refletir alterações regressivas, enquanto alterações de textura da cromatina podem ser

verificadas em intervalos muito menores tempo. Infelizmente até

poucos estudos de análise de imagem que avaliem material de ensaios de quimioprevenção.

Um estudo preliminar sobre a eficácia da vitamina A e DFMO (difluormetilornitina) em

lesões de ceratose actíníca está em fase de conclusão(l65). Esse estudo demonstrou que

existe uma curva de progressão a partir da pele normal até lesões severas. Foi também

a '-''-<1-'"""'"-"-'-'-''"'

mesma curva de

Usos r as

ou

a

apresentado no

aplicados na pesquisa em

a

somente

celulares

predominantemente

em a

à sua

em

o

em amostras escarro com

e alguns valores tetraplóides. os

metaplasias com atipia moderada apresentaram predomínio de núcleos com

alguns núcleos atingindo valores hipertetraplóides. Resultados semelhantes foram obtidos

em outros estudos(223). Tais observações sugerem alterações sequenciais do DNA em

lesões precursoras do carcinoma epidermóide do pulmão(224) documentáveis

imagem. A evolução dos sistemas de análise de imagem computadorizada tornou possível a

mensuração de centenas de características morfométricas e densimétricas dos núcleos

celulares em frações de segundo até mesmo em computadores do tipo IBM-PC

contemporâneos.

pulmonares

80% das biópsias

portadores

corantes com

a avaliação

padrão histológico

poderão .:>UJL<IJJ,Ul'vUl a

amostras

do

corretamente

e

possibilidades

textura

1 ).

escarro como

das assinaturas digitais em

reforçadas por estudos que propõem a detecção precoce

o uso

aumentar a

e

métodos de biologia molecular. Um recente trabalho aplicando quatro diferentes métodos

para detecção de mutações e instabilidade em microsatélites em amostras de lavado

broncoalveolar de 43 pacientes cujo tumor primário apresentasse pelo menos um marcador

molecular estudado atingiu 53% de sensibilidade total(227). É relevante que o mesmo

estudo sugira as possibilidades de uso da análise de imagem no aumento da taxa de detecção

de técnicas citológicas(228).

O recente aumento vezes

brônquicos.

a..,,.,,,..,.,_,, comas

a. A textura

desvio) em

assinaturas

As

em à

c. a e e

aw;;:m)C<:JtrclmCim<:ts avm1çctac1S ou em

textura cromatina em ''-'<"''-''V"

textura

contava com

características.

a

como

1: ou

o

mx == /1 * I[i][j]

(i, j )

==área

( i, j ) in N: todos os pixels dispostos em linhas e

nuclear.

Característica 2: área do núcleo em micrômetros quadrados. O primeiro número no

denominador é um fator de correção para o sistema óptico.

Área área (pixels) 65.935159 (pixels/f})

Roundness = I * 1t *

Estruturas a

mean

mx 2= L

I=O (i, j )

I [ i ] [ j ]2

Área

mx L

(i, j )

RMS=

I[i][j]

ExtSum *

A

Características 8 a Histograma de densidade óptica

percentuais

10(-i/100) 1.0 for i = O preto

0.016 for i= 180- cor de fundo

al.

A

densidade 1.8 em

a (i, j ) no (I [ i ] [ j ] I 1 +

o

coloração

a como tons o zero

a ser e

a tons

(bins: 1 11 21 a

coloração.

a os tons 7 5,

31

1

Características a de i, em6

X 6 faixas de densidade óptica mesma

densidade em linha horizontal, gerando uma como a 1:

É realizada uma varredura a um

valor para cada pixel em

elemento de imagem em uma linha horizontal com oito elementos. A o

número de ocorrências (co-ocorrências) de ~·~·""""

dentro da mesma faixa.

D.O 00-0.3 0.31-0.6 0.61-0.9 0.91 1.2 1.21·1.5 >>1.5 0-0.3 1 1 0.31-0.6 3 1 0.61-0.9 1 0.91-1.2 1.21-1.5 >1.5

a

Avalia o pixels a

mesma e um

os

elemento o

número de de elementos com mesma

D.O. 1-2 3-4 5-6 7··8 9-10 11 12 0-0.3 1 0.31-0.6 0.61-0.9 0.91-1.2 3 1.21-1.5 >1.5

Característica 267: Faixa de densidade óptica (DO) dividida em seis cada um

com amplitude de 0,3 unidades de DO. O número de pixels consecutivos na mesma faixa é

contado. A característica 267 corresponde ao comprimento de 1 a 2 pixels na faixa de DO de

O a 0,3.

o mesmo a mas

o mesmo a mas

o mesmo mas

pixels.

:o mesmo a mas

o mesmo a mas

as entre e a

o mesmo a mas

pixels e entre e 1

Característica 303: ênfase em seqüêncías curtas (Short Emphasis)

Característica 304 ênfase em seqüências longas (Long Run Emphasis)

Característica 305: desuniformidade de níveis de cinza (Grey Level Nonuniformity)

Característica 306 desuniformidade

Nonuniformity)

comprimento de

3

a

7 a 8

9 a

1

a 2

Length

( i ] [ j ] como um ( i, j) na

e

a 8, 1

6 6 1 = L L [i] [j]

1 J 1

6 6 TMP2= L L [i] [j] I

1 j = 1

6 6 3 L L [i] [j] I * [i] [j]

1 J 1

6 6

TMP4 L [ L rlh[i] [j] i= 1 j I

6 6

TMP5= L [ L rlh [i] [ j ] r J 1 i= l

2 * (número total de seqüências possíveis de comprimento 1)

Logo, as características 303 a 307 podem ser definidas como:

curtas

I

I

I 1

I 1

I

nucleares. As ênfases em seqüências curtas e longas são autoexplanatórias: o valores de

SRE e RLE refletem a distribuição dessas seqüências no núcleo celular. desuniformídade

de níveis cinza funciona da maneira: Quando as seqüências estão

uniformemente entre as faixas de o valor de GLN tende a ser pequeno.

desuniformidade de comprimento de seqüência (RLN) mede se as seqüências estão

uniformemente distribuídas através dos comprimentos ou não. Se as seqüências forem muito

grandes, porém, o valor de RLN também será elevado. O percentual de seqüências (RP) é a

a

em

Característica densidade óptica 20 % acima do do valor médio em valores

(av20a).

Característica

Ng Nt

Nt

no

heterogeneidade:

Ng número pixels em diferentes tons de

Nt como definido acima.

1

hl

correspondendo ao valor médio.

8 em uma ser a

-nw I

no 8

I=

a o cl

tm

onde:

tm número total de conjuntos encontrados no núcleo.

Logo:

Característica 314: clumpness

cl = cll nb + nw

Como o na ao

mesmo

* os

I nt

o

L L I[i][j]/ (i, j) N

Logo:

Característica 316: densidade óptica 20

(av20b):

av20b = 0,8 * 1-L

110

em

avext = ll

%

= 1.2 * ll

os

1 o

é como

é

cinza assumindo um 5%.

Ambas são """.u'"'""" rernnora sem a

espacial de cromatina condensada. Mapas de pixels a descrição

espacial de cromatina. Valores individuais não podem descrever tais características

adequadamente.

compactação ( clumpness) reflete a distribuição de grânulos em

de 1 micrômetro. Grânulos pequenos determinam valores pequenos de compactação.

A condensação reflete a fração correspondente aos grânulos largos. Os valores para

condensação se aproximam dos valores de compactação quando todos os pixels são pretos

o

menor o

*

thl = av20b

th2 av20a

a

Let nb ng nw = O

For all x (i, j) in N

{

1

o

no

(l[i][ ]< ) +1

(I [i ][j ] > =

}

I[i][j]<=

12

+ 1

da

produto de

em um

estruturas

é um

dados e

os componentes. A estrutura

seguinte UH.-UH.,au

3

como o

ou novas

dados

como

dados, como único e não passível de Observando um a

célula é um elemento atômico. magnifícações intermediárias, a polaridade em

tecidos epiteliais pode ser avaliada pelas relações entre núcleo e citoplasma celulares, que

podem então ser considerados elementos atômicos. Em grande aumento, todas as organelas

atômicos.

Gratícula: retículo constituído por um conjunto de linhas gravadas em um vidro

transparente e que pode ser aplicado sobre as lentes oculares de um microscópio.

o objetivo

sobreposições.

a

1)

todo o

a

VLUVLVUU\.,!Ui) à a

nome de citometria como tem o nome

glicosilação,

tradução.

e

ocorrem a

em

um

uso em

ou

Raciocínio baseado em casos (case based reasoning): é o método em que casos

e

são utilizados para solucionar uma nova situação características semelhantes(232).

Redes inferenciais (iriference engine): parte do sistema especialista capaz de

inferências a partir de bancos de dados(l77).

tem

se

o

novas

Sistemas especialistas: são sistemas que oferecem diagnósticos e/ou recomendações

baseadas na representação do conhecimento de experiências reais(l77).

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