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Universidade Católica Portuguesa
PRO_LGP – Licenciatura em Língua Gestual Portuguesa
Unidade Curricular: Introdução à Surdez
Professores: João Paço e Cristina Caroça
ACTIVIDADE 1
1- Explique como funciona a audição (tudo o que acontece, da entrada do som
até ao cérebro).
Resumidamente, o ouvido é um órgão sensorial que converte as ondas sonoras em
impulsos nervosos.
O ouvido está classificado por três zonas, sendo estas zonas, o ouvido externo, o
ouvido médio e o ouvido interno. No ouvido externo estão localizados a orelha, o
pavilhão auricular e o canal auditivo externo. É por este canal que as ondas sonoras
entram e são dirigidas para o interior, designadamente para o ouvido médio. No ouvido
médio estão presentes o tímpano, a caixa do tímpano (que por sua vez contém os
ossículos martelo, bigorna e estribo) e a trompa auditiva (ou trompa de Eustáquio).
Nesta zona (ouvido médio) o som, definido por ondas sonoras, é transmitido e
amplificado pela cadeia ossicular, através do mecanismo hidráulico, (que associa a
membrana timpânica à platina do estribo), e do mecanismo de alavanca (que funciona
da relação entre o cabo do martelo e o ramo longo da bigorna).
No ouvido interno estão situados a cóclea e o nervo auditivo, cuja função é transformar
as vibrações sonoras, proveniente do ouvido médio em impulsos nervosos. Os
impulsos nervosos originam a excitação das células ciliadas exteriores, o que causam
a sua contracção activa, que por sua vez irá resultar numa excitação proporcional das
células ciliadas internas, e a consequente despolarização, que se convertem na
transmissão do impulso nervoso aos neurónios respectivos (das células ciliadas
internas que foram despolarizadas).
Sílvia Zúniga N.º 19909523
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2- Explique sucintamente (brevemente, em resumo), à sua escolha, 2 exames de
avaliação audiológica (acumetria, audiograma tonal, audiograma vocal,
audiometria infantil, timpanograma, provas de função tubária, reflexos
estapédicos, otoemissões acústicas, potenciais evocados auditivos).
Acumetria – é uma avaliação audiológica que examina e identifica as pessoas que
possuem problemas de audição. Para a realização deste exame é necessário que o
ambiente onde irá decorrer o exame, tenha um baixo nível de ruído e é também
necessário que o médico ou o avaliador saiba dominar o instrumento utilizado, que se
trata de um diapasão. Este método de avaliação tem a desvantagem de não indicar,
em termos quantitativos, o valor da redução auditiva, informando e identificando
somente o tipo de hipoacusia, num ou nos dois ouvidos.
Existem 4 tipos de testes de acumetria, que são os testes de Weber, de Rinne, de
Schwabach e de Bing.
O teste de Weber consiste na vibração do diapasão colocada na região frontal e do
qual o paciente indica qual o lado que ouve com maior clareza. Os resultados que este
teste dispõe são ao nível da identificação de uma hipoacusia sensorial unilateral ou
bilateral assimétrica, ou uma hipoacusia condução unilateral ou assimétrica.
O teste de Rinne compara o tempo de condução por via aérea e por via óssea. Este
exame permite apurar se o paciente possui uma audição normal, ou uma hipoacusia
sensorial-neural (onde o tempo de audição por via aérea é superior ao tempo de
audição por via óssea), ou se possui uma hipoacusia condução (onde o tempo de
audição por via aérea é inferior ao tempo de audição por via óssea).
O teste de Schwabach compara o tempo de audição através da via óssea, entre o
paciente e o examinador. Este teste tem dois resultados possíveis, em que se a
audição por via óssea for inferior a 20 segundos e o examinador ouve mais do que o
paciente, então é o sinal de que o paciente tem uma lesão no ouvido interno. Caso o
tempo seja superior a 20 segundos, então é revelador que o paciente não possui
nenhuma lesão.
O teste de Bing mede a audição, através da transmissão de um som por via óssea,
com ou sem oclusão do canal auditivo externo (CAE). Como resultados possíveis,
existe o positivo onde a oclusão do CAE intensifica o som do diapasão, o que sugere
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uma audição normal. No negativo, a oclusão não intensifica o som da diapasão, o que
é sintomático da existência de uma lesão no ouvido médio e/ou externo.
O segundo exame que escolho é o audiograma tonal, por se tratar de um exame que
já fiz várias vezes. Este tipo de exame consegue quantificar os limites mínimos de
audibilidade, tanto por via aérea como por via óssea. Os limites mínimos, ou o limiar
de audibilidade corresponde a um valor mínimo de pressão sonora que produz a
sensação de ouvir algo.
Este tipo de exame carece da cooperação do paciente, e como tal faz boa fé da sua
honestidade, mas trata-se de um exame, de certo modo, influenciável e que poderá
não reflectir a realidade auditiva. Este exame torna-se mais difícil de executar quando
se trata de crianças, de pessoas que fingem não ouvir ou de pacientes psiquiátricos.
Existem dois tipos de avaliação, por via aérea ou por via óssea.
A avaliação por via aérea, que deve começar sempre pelo ouvido melhor, determina o
limiar da audibilidade mínima para cada frequência, cujos resultados aferem o
funcionamento de todo o sistema auditivo, uma vez que avalia o ouvido externo e
médio (condução do som) e também avalia o ouvido interno, ao determinar a reacção
do órgão de recepção ou sensorial-neural. Para a realização deste exame audiológico,
é preciso que o paciente se sinta confortável na sala insonorizada, os auscultadores
serem bem colocados e que o paciente perceba qual o procedimento a tomar
(assinalar quando a audição for estimulada).
A avaliação por via óssea funciona pela estimulação directa da cóclea para originar a
mobilização da cadeia ossicular. Como resultado, este exame permite comparar o
desconforto do paciente com os dados do exame e estabelece o tipo e o grau de
hipoacusia. Existem 4 tipos de hipoacusia, sendo eles:
Hipoacusia de condução
Hipoacusia sensorioneural
Hipoacusia mista
A hipoacusia de condução, que resulta da alteração da estrutura anatómica da
componente mecânica, ocorre quando os valores dos limiares da via aérea são mais
elevados do que os valores da via óssea, que se mantêm constantes, existindo um
intervalo ou uma folga entre eles,
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A hipoacusia sensorialneural, resultante da alteração da estrutura anatómica da
componente eléctrica, é quando entre os valores dos limiares entre as duas vias não
existe um intervalo valorizável.
A hipoacusia mista acontece quando ambas as componentes da estrutura anatómica
está danificados e como resultado, os limiares de ambas as vias são maiores existindo
um intervalo.
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