Simbolismo em Portugal

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Simbolismo em Portugal. Medusa , de Franz Stuck. Portugal vivia um momento de crise política e econômica; Essa crise provocou pessimismo e frustração no povo português e coincidiu com o decadentismo de certos meios filosóficos e artísticos; - PowerPoint PPT Presentation

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Simbolismo em Portugal

Simbolismo em Portugal

Medusa, de Franz StuckPortugal vivia um momento de crise poltica e econmica;Essa crise provocou pessimismo e frustrao no povo portugus e coincidiu com o decadentismo de certos meios filosficos e artsticos;Eugnio de Castro, com a obra Oaristos, pretendia atualizar a literatura portuguesa em relao s tendncias que vinham da Frana e assim implantou o Simbolismo em Portugal;Alm de Oaristos, a obra S, de Antnio Nobre, ganha destaque em Portugal.

Eugnio de CastroAntnio NobreCamilo PessanhaNo participou do processo que deu origem ao Simbolismo em Portugal, pois estava em Macau, colnia portuguesa na China;Participou do grupo Nefelibatas, que discutia as ideias simbolistas;O aprendizado da cultura e da lngua chinesa influenciou sua poesia;Era viciado em pio, sofria com diversas doenas e era extremamente pessimista;Nunca se preocupou em reunir seus poemas em uma obra;S a partir de 1920, j com mais de 50 anos, Clepsidra, sua nica obra, publicado.

Caminho(Camilo Pessanha)

Tenho sonhos cruis; nalma doenteSinto um vago receio prematuro.Vou a medo na aresta do futuro,Embebido em saudades do presente...

Saudades desta dor que em vo procuroDo peito afugentar bem rudemente,Devendo, ao desmaiar sobre o poente,Cobrir-me o corao dum vu escuro!...

Porque a dor, esta falta dharmonia,Toda a luz desgrenhada que alumiaAs almas doidamente, o cu dagora,

Sem ela o corao quase nada:Um sol onde expirasse a madrugada,Porque s madrugada quando chora.

Simbolismo no Brasil

Ophelia, de Odilon Redon, 1905Cruz e SousaEra filho de escravos, mas foi amparado por uma famlia aristocrtica, que o ajudou nos estudos;Torna-se jornalista e escreve a favor da abolio dos escravos e em favor da causa negra;Apresenta em sua obra o culto da noite, satanismo, pessimismo e morte.

Inexorvel(Cruz e Sousa)

meu Amor, que j morreste, meu Amor, que morta ests!L nessa cova a que desceste meu Amor, que j morreste,Ah! nunca mais florescers?

Ao teu esqulido esqueleto,Que tinha outrora de uma florA graa e o enquanto do amuletoAo teu esqulido esqueletoNo voltar novo esplendor?

Sada da vida pecaminosa, de Eliseu Visconti, 1896Em sua poesia, verificam-se o desejo de fugir da realidade, de transcender a matria e integrar-se espiritualmente ao cosmo;Essas caractersticas podem ser relacionadas ao sentimento de opresso e mal-estar produzido pelo capitalismo, mas tambm ao drama pessoal que o autor vivia.Em vida, publicou duas obras: Missal (prosa) e Broquis (poesia);Sua obra s foi considerada significativa depois de sua morte, quando o socilogo francs Roger Batisde o colocou entre os maiores poetas do Simbolismo universal;

Crcere das almas(Cruz e Sousa)

Ah! Toda a alma num crcere anda presa, Soluando nas trevas, entre as grades Do calabouo olhando imensidades, Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza Quando a alma entre grilhes as liberdades Sonha e, sonhando, as imortalidades Rasga no etreo o Espao da Pureza.

almas presas, mudas e fechadas Nas prises colossais e abandonadas, Da Dor no calabouo, atroz, funreo!

Nesses silncios solitrios, graves, que chaveiro do Cu possui as chaves para abrir-vos as portas do Mistrio?!

Oflia entre as flores, de Odilon RedonAlphonsus de GuimaraensNasceu em Ouro Preto-MG e atuou como juiz de direito em Mariana, cidade histrica de Minas Gerais;A morte de sua prima Constana, que tinha apenas 17 anos e por quem o poeta era apaixonado;Esse episdio o motivo pelo qual a obra do autor marcada pelo tema da mulher amada.

Ossa Mea(Alphonsus de Guimaraens)

Mos de finada, aquelas mos de neve, De tons marfneos, de ossatura rica,Pairando no ar, num gesto brando e leve, Que parece ordenar mas que suplica.

Erguem-se ao longe como se as eleveAlgum que ante os altares sacrifica:Mos que consagram, mos que partem breve, Mas cuja sombra nos meus olhos fica...

Mos de esperana para as almas loucas, Brumosas mos que vm brancas, distantes, Fechar ao mesmo tempo tantas bocas...

Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas, Grandes, magoadas, plidas, tateantes,Cerrando os olhos das vises defuntas...Ophelia, de John Everett Millais, 1852 Evaporar(Rodrigo Amarante)

Tempo a gente temQuanto a gente dCorre o que correrCusta o que custar

Tempo a gente dQuanto a gente temCusta o que correrCorre o que custar

O tempo que eu perdiS agora eu seiAprender a dar foi o que ganheiE ando ainda atrs desse tempo terPude no correr pra ele me encontrarNo se mexerBeija-flor no ar

O rio fica l, a gua que correuChega na mar, ele vira marComo se morrer fosse desaguarDerramar no cu, se purificarDeixar pra trs sais e mineraisEvaporar