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1 1 – Uma outra maneira igualmente correta de reescrever-se a frase “Os riscos da inflação podem ser calculados, e o prejuízo financeiro deles, previsto”, mantendo-se o seu sentido original é: 1. Podem ser calculados e previstos os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro. 2. Os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro podem ser calculados e previstos. 3. Podem ser calculados os riscos da inflação e pode ser previsto seu prejuízo financeiro. 4. Podem ser calculados os prejuízos financeiros e calculados seus riscos inflacionários. 5. Podem ser calculados os prejuízos financeiros advindos dos riscos inflacionários. 2 – A primeira oração da frase da questão anterior – os riscos da inflação podem ser calculados – está na voz passiva; sua forma correspondente na voz ativa é: 1. Podem calcular-se os riscos da inflação; 2. Podem-se calcular os riscos da inflação; 3. Os economistas podem calcular os riscos da inflação; 4. Podem calcular os riscos da inflação; 5. Podem vir a ser previstos os riscos da inflação. 3 – Na frase da 1ª questão, utilizaram-se os particípios de dois verbos: calculado, particípio regular do verbo calcular, e previsto, particípio irregular do verbo prever. Esses dois verbos só possuem uma única forma de particípio. Em qual dos verbos abaixo tal situação se repete: 1. acender; 2. aceitar; 3. morrer; 4. pagar; 5. trazer. 4 – Assinale a alternativa em que os vocábulos são acentuados com base na mesma regra: 1. vêm / vêem; 2. área / óleo; 3. pólen / pêra; 4. vésperas / órfãs; 5. baú / cajá. 5 – Assinale a frase em que só é admitida uma forma de concordância verbal. 1. Fizeram-se a produção e a execução das peças teatrais; 2. Dez por cento do corpo docente não aceitou as mudanças propostas; 3. Grande parte dos animais está correndo risco de extinção; 4. A interpretação do texto e a redação foram feitas antecipadamente; 5. Um décimo dos transeuntes não atravessam na faixa. 6 – “O governo afirma que a inflação está sob controle; mas, considerando o aumento de preços no varejo, essa afirmação parece eleitoreira”, a frase sublinhada tem valor semântico de: 1. tempo; 2. modo; 3. comparação; 4. condição; 5. concessão.

Simulado de Língua Portuguesa

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11 – Uma outra maneira igualmente correta de reescrever-se a frase “Os riscos da inflação podem ser calculados, e o prejuízo financeiro deles, previsto”, mantendo-se o seu sentido original é:

1. Podem ser calculados e previstos os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro. 2. Os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro podem ser calculados e previstos. 3. Podem ser calculados os riscos da inflação e pode ser previsto seu prejuízo financeiro. 4. Podem ser calculados os prejuízos financeiros e calculados seus riscos inflacionários. 5. Podem ser calculados os prejuízos financeiros advindos dos riscos inflacionários.

2 – A primeira oração da frase da questão anterior – os riscos da inflação podem ser calculados – está na voz passiva; sua forma correspondente na voz ativa é:

1. Podem calcular-se os riscos da inflação; 2. Podem-se calcular os riscos da inflação; 3. Os economistas podem calcular os riscos da inflação; 4. Podem calcular os riscos da inflação; 5. Podem vir a ser previstos os riscos da inflação.

3 – Na frase da 1ª questão, utilizaram-se os particípios de dois verbos: calculado, particípio regular do verbo calcular, e previsto, particípio irregular do verbo prever. Esses dois verbos só possuem uma única forma de particípio. Em qual dos verbos abaixo tal situação se repete:

1. acender; 2. aceitar; 3. morrer; 4. pagar; 5. trazer.

4 – Assinale a alternativa em que os vocábulos são acentuados com base na mesma regra:

1. vêm / vêem; 2. área / óleo; 3. pólen / pêra; 4. vésperas / órfãs; 5. baú / cajá.

5 – Assinale a frase em que só é admitida uma forma de concordância verbal.

1. Fizeram-se a produção e a execução das peças teatrais; 2. Dez por cento do corpo docente não aceitou as mudanças propostas; 3. Grande parte dos animais está correndo risco de extinção; 4. A interpretação do texto e a redação foram feitas antecipadamente; 5. Um décimo dos transeuntes não atravessam na faixa.

6 – “O governo afirma que a inflação está sob controle; mas, considerando o aumento de preços no varejo, essa afirmação parece eleitoreira”, a frase sublinhada tem valor semântico de:

1. tempo; 2. modo; 3. comparação; 4. condição; 5. concessão.

7 – O item em que o significado do elemento sublinhado depende do momento em que o leitor lê a notícia é:

1. No clássico de domingo ficou provado que ir a boates em véspera de jogo faz bem a jogadores de futebol: Diguinho foi o melhor em campo; 2. No dia de São Pedro – 29 de junho – de 1958, o Brasil foi campeão mundial. 3. Vou viajar, quando tiver dinheiro. 4. Na Suécia, o Brasil ganhou seu primeiro título mundial. 5. Muitas pessoas pensam que ser jogador de futebol é ser vagabundo.

8 – Assinale a opção em que todos os adjetivos não se flexionam em gênero:

1. fenomenal, inteligente, carimbado; 2. oval, redondo, simples;

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23. menor, ruim, forte; 4. brilhante, fresco, saudável; 5. comprido, inferior, descendente.

9 – “A grande maioria das pessoas é a favor de eleições limpas e honestas”; sobre essa frase, a afirmação mais correta é:

1. Significa que mais da metade das pessoas é a favor de eleições limpas e honestas; 2. Significa que muito mais da metade das pessoas é a favor de eleições limpas; 3. Não há outra possibilidade de concordância; 4. O núcleo do sujeito é “pessoas”; 5. Há uma incorreção, pois maioria não pode ser intensificada pelo adjetivo grande.

10 – “Os animais estão sendo dizimados pela ação predatória dos homens”; dizimar, originalmente, se relaciona a 10%, mas agora perdeu o valor original e significa “matar em grande quantidade”. A palavra sublinhada abaixo que também mostra a perda d valor semântico original é:

1. Vão desenterrar a criança morta, para nova autópsia; 2. Meu filho vai embarcar no Aeroporto do Galeão; 3. O cacarejar das galinhas é muito agradável; 4. As bananas estão despencando; 5. Suas palavras incendiaram meu coração.

11 – Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos, talvez seja _____ chorou.

1. porquê / porque; 2. por que / porque; 3. porque / por que; 4. porquê / por quê; 5. por que / por quê.

12 – Assinale a opção em que o uso do acento grave indicativo da crase constituiria erro:

1. Fez uma proposta a diretora; 2. Fez uma proposta as diretoras; 3. Fez uma proposta a nossa diretora; 4. Fez uma proposta a essa diretora; 5. Fez uma proposta a competente diretora;

13 – Assinale a frase abaixo em que a palavra salvo deveria ser obrigatoriamente flexionada em gênero:

1. Todas as mulheres dançaram, salvo a sua irmã; 2. Salvo pelo bombeiro, a mulher escapou da morte. 3. A espécie humana, salvo pelos racistas, merece crédito. 4. Os obras literárias serão substituídas, salvo as de valor histórico. 5. Salvo a segunda-feira, a semana foi tranqüila.

14 – Na frase “suas palavras foram duras e amargas, mas meus botões disseram-me que ficasse calmo”, as expressões “duras e amargas” e “meus botões disseram-me” representam, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

1. hipérbole e metonímia; 2. comparação e hipérbole; 3. sinestesia e personificação; 4. sinestesia e metonímia; 5. metonímia e personificação.

15 – “Comparando Hitler com Mugábe é difícil dizer que a maldade _____ seja maior do que a _____. Assinale a opção que completa correta e respectivamente as lacunas:

1. desse / daquele; 2. deste / desse; 3. desse / deste; 4. daquele/ desse; 5. deste / daquele.

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316 – Assinale a alternativa em que o pronome colocado entre parênteses não preenche corretamente a lacuna:

1. A verdade _____ incomoda demais. (os) 2. As faltas não serão computadas, nós _____ abonaremos. (lhes) 3. Nós já _____ informamos o dia da prova. (lhes) 4. A diretoria _____ informou de que não haverá aulas. (os) 5. Nós não _____ obrigaremos a estudar. (as)

17 – Assinale a opção que completa corretamente a lacuna da frase: São autores _____ obras gostaríamos de expor:

1. cujos; 2. de cujas; 3. as quais; 4. com cujas; 5. cujas.

18 – Assinale a frase que não se completa adequadamente com a forma colocada entre parênteses: 1. Este é um acontecimento _____ cabe à Sociologia analisar. (que) 2. Este é um acontecimento _____ estudo será analisado pela Economia. (cujo) 3. Este é um acontecimento _____ a Biologia deve cuidar. (de que) 4. Este é um acontecimento _____ a Contabilidade já fez referência. (a que) 5. Este é um acontecimento _____ o Direito tem afinidade (pelo qual)

19 – A forma verbal negativa que corresponderia a “Diz a ela tudo o que está no regulamento” é:

1. Não diz; 2. Não digas; 3. Não dize; 4. Não diga; 5. Não dizes.

20 – Há erro de concordância na opção:

1. famintos leão e onça; 2. faminto leão e onça; 3. leão e onça famintos; 4. leão e onça faminta; 5. onça e leão faminto.

GABARITO COMENTADO

1 – Gabarito 3. O segredo da questão era perceber que na frase original a segunda vírgula indicava a omissão da locução verbal “pode ser”.

2 – Gabarito 4. Na voz ativa o verbo principal – calcular – deve ficar no mesmo tempo e modo em que está o verbo ser na voz passiva. Logo, deve ficar no infinitivo. Como o agente da passiva está indeterminado, o sujeito da voz ativa também deve ficar indeterminado. A forma de indeterminar o sujeito nessa frase é iniciá-la com o verbo na terceira pessoa do plural – podem – seguido do verbo principal – que como já vimos ficará no infinitivo – e do termo que era sujeito da passiva e será, agora, objeto direto da ativa – os riscos da inflação. Nas opções 1, 2 e 5, a frase continuou na voz passiva. Na opção 3, surgiu o termo “os economistas” que não existia na frase original.

3 – Gabarito 5. O verbo trazer só tem a forma regular de particípio: trazido. Nas demais opções todos os verbos têm duas formas de particípio: 1 – acendido e aceso; 2 – aceitado e aceito; 3 – morrido e morto; 4 – pagado e pago. A norma culta aconselha que – quando o verbo tem duplo particípio – a forma regular seja utilizada na voz ativa ; e a forma irregular, na voz passiva.

4 – Gabarito 2. As palavras área e óleo são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Análise das demais opções; 1 – vêm → acento diferencial de número na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter, vir e seus derivados; vêem – hiato EE nos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados.

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43 – pólen → paroxítona terminada em R, X, N e L; pêra → acento diferencial em relação à preposição arcaica “pêra”. 4 – vésperas → proparoxítona; órfãs → paroxítona terminada em i, u e ã seguidas ou não de S. 5 – baú – as letras i e u após outra vogal, em hiato e não nasalizadas; cajá → oxítona terminada em a, e ou o, seguidas ou não de S.

5 – Gabarito 4. O sujeito composto antes do verbo só admite a concordância rigidamente gramatical, também chamada de concordância por soma, que – com sujeito composto – exige o verbo no plural.

Análise das demais alternativas: 1 – Verbo antes do sujeito composto admitem-se duas concordâncias: verbo no plural – concordância rigidamente gramatical – fizeram-se; ou concordância atrativa com o núcleo mais próximo – fez-se. 2 – Duas possibilidades: concordância gramatical com o núcleo do sujeito – dez por cento aceitaram; ou atrativa com o partitivo – corpo docente aceitou. 3 – Semelhante à anterior: Grande parte está; ou animais estão. 5 – Mesmo caso das anteriores: Um décimo não atravessou; transeuntes não atravessaram.

6 – Gabarito 4. A oração reduzida de gerúndio poderia ser substituída por: se considerarmos o aumento de preços no varejo.

7 – Gabarito 1. A frase, quando foi escrita, supunha a palavra “passado” após “domingo”. Lida hoje ela não faz sentido, pois no último domingo não houve o clássico Fluminense e Botafogo nem na véspera aconteceu a tragédia da boate em Ipanema.

8 – Gabarito 3. Nas demais opções há sempre um adjetivo que admite mudança de gênero: 1 – carimbado / carimbada; 2 – redondo / redonda; 3 – fresco / fresca; 5 – comprido – comprida.

9 – Gabarito 2. A alternativa 1 está correta, mas a alternativa 2 está mais completa, portanto está mais correta. As demais alternativas estão incorretas: 3 – O verbo “ser” poderia estar no plural – são – concordando com “pessoas”; 4 – O núcleo do sujeito é “maioria”; 5 – Alternativa absurda. É possível uma maioria simples ou uma maioria qualificada ou grande maioria.

10 – Gabarito 2. Originalmente embarcar significava entrar no barco.

11 – Gabarito 2. A partícula o é um pronome demonstrativo, equivalendo a aquilo, e funciona como antecedente do pronome relativo: “Não sei aquilo pelo qual ela está com os olhos vermelhos”. A primeira impressão é a de que seria um artigo, mas não faria sentido preenchermos a lacuna com o substantivo “motivo” que é sinônimo de “porquê”. A segunda lacuna dá claramente a idéia de causa, logo deve ser utilizada a conjunção “porque”.

12 – Gabarito 4. Antes dos pronomes demonstrativos “este” e “esse” – e suas variantes – nunca haverá crase. A crase é a fusão de duas letras “a”, logo só existe com a preposição “a” junto à partícula “a” – artigo ou pronome demonstrativo – ou junto ao demonstrativo “aquele”, ou suas variantes – as, aquela, aqueles, aquelas. Nas frases das opções 1, 2 e 5, a crase é obrigatória. Na frase da opção 3, a crase é opcional, pois é opcional a presença do artigo antes de pronomes possessivos em função adjetiva.

13 – Gabarito B. Nesta opção, a palavra salvo é adjetivo – particípio irregular do verbo salvar – equivalente a “salvado” e deve concordar com o substantivo mulher: Salva (salvada) pelo bombeiro, a mulher escapou da morte. Nas demais opções a palavra salvo é invariável e equivale a “exceto”.

14 – Gabarito C. Sinestesia e mistura de sentidos: palavras (audição), duras (tato) e amargas (paladar). Personificação é atribuir qualidades humanas a animais ou seres inanimados, botões não falam.

15 – Gabarito E. Há dois antecedentes – Hitler e Mugábe – logo o pronome “esse” não pode ser utilizado. Usam-se os pronomes “este” para  referir-se ao último citado Mugábe – e o pronome “aquele” para referir-se ao primeiro citado – Hitler. Também faria sentido o uso de “daquele / deste”.

16 – Gabarito B. O verbo abonar é transitivo direto e exigiria, na frase, o pronome as. Análise das demais alternativas:

1 – O verbo incomodar é transitivo direto.

Nas opções 3 e 4, foi utilizado o verbo informar que é transitivo direto e indireto, mas admite duas construções. Objeto direto coisa e objeto indireto pessoa – usada na alternativa 3 – ou objeto direto pessoa e objeto indireto coisa –

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5usada na alternativa 4. E o verbo obrigar é transitivo direto e indireto, com objeto direto pessoa e objeto indireto coisa.

17 – Gabarito 5. Basta levar o substantivo “obras” para a segunda oração: “gostaríamos de expor as obras”. Não apareceu nenhuma preposição, logo não haverá preposição antes de cujas. Vale acrescentar que o pronome relativo cujo concorda com o substantivo que vem depois dele: obras é feminino plural, logo o pronome deve ficar no feminino plural.

18 – Gabarito 5. O macete é o mesmo da questão anterior, levando-se o antecedente do pronome relativo para a segunda oração: Nesta opção teríamos: o Direito tem afinidade com o acontecimento, logo a lacuna deveria ser preenchida “com que”. Vejamos as demais opções: 1 – cabe à Sociologia analisar o acontecimento, não há preposição. 2 – o estudo será analisado pela economia, não há preposição. Justifica-se o pronome cujo por existirem dois substantivos ligados pelo pronome. 3 – A Biologia deve cuidar do acontecimento, preposição de. 4 – A Contabilidade já fez referência ao acontecimento, preposição a.

19 – Gabarito 2. O verbo dizer está na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Este verbo admite duas formas: dize ou diz. No imperativo negativo usa-se a segunda pessoa do singular do presente do subjuntivo – não digas.

20 – Gabarito 1. Com o adjetivo antepostos aos substantivos só é admitida a concordância atrativa, como aparece na alternativa 2. Com a adjetivo posposto aos substantivos admitem-se as duas formas de concordância: a gramatical (ou por soma) – alternativa 3 – e a atrativa – alternativas 4 e 5.

1. Compreensão e Interpretação de Textos - COESÃO E COERÊNCIAA coesão é a ligação entre os elementos de um texto, que ocorre no interior das frases,entre as próprias frases e entre os vários parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando os conectivos são empregados corretamente.

Já a coerência diz respeito à ordenação de idéias, dos argumentos. A coerência depende obviamente da coesão. um texto com problemas de coesão terá , com certeza , problemas de coerência. Veja alguns casos :-1)- Uso inadequado do conectivo :- preposição , conjunção e pronome relativo2)- Falta de sequência lógica3)- Redundância :- é a repetição desnecessária de palavras, expressões ou idéias. Geralmente os textos redundantes são confusos e mais extensos do que o necessário.4)- Ambiguidade :- é uma falha na estrutura frasal, que terá que ser desfeita, caso ocorra, na produção de um texto.

o aluno era solicitado a desfazer a ambigüidade:“Ele me trata como irmão”. Essa frase pode ser compreendida de duas maneiras:a)- Ele me trata como se eu fosse irmão dele.b)- Ele me trata como um irmão me trataria.Outro caso :- “O menino viu o incêndio do prédio”.Pode-se inferir daí que o menino viu um prédio que se incendiava ou o menino estava num prédio quando o incêndio que acontecia em outro local.Discurso Dissertativo de Caráter Científicoa)- A inflação corrói o salário do operário.b)- Eu afirmo que a inflação corrói o salário do operário.Os dois enunciados acima pretendem transmitir o mesmo conteúdo : a inflação corrói o salário do operário. Há , no entanto , uma diferença entre eles. No primeiro , o enunciador ( aquele que produz o enunciado ) ausentou-se do enunciado , não colocando nele nem o “eu” , que indica aquele que fala , nem um verbo que significa o ato de dizer. No segundo, ao contrário , ao dizer “eu afirmo” , o enunciador inseriu-se no enunciado , explicitando quem é o responsável por sua produção. No primeiro caso , pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade , pois se enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo ,o que se quer é criar um efeito desentido de subjetividade , mostrando que a informação veiculada é o ponto de vista de um indivíduo sobre a realidade.O discurso dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um efeito de objetividade , pois pretende dar destaque ao conteúdo das informações feitas ( ao enunciado ) e não à subjetividade de quem as proferiu ( ao enunciador ). Quer concentrar o debate nesse foco e por isso adota expedientes que , de um lado , procuram neutralizar a presença do enunciador nos enunciados e, de outro , põem em destaque os enunciados, como se substituíssem por si mesmos.Para neutralizar a presença do enunciador, isto é , daquele que produz o enunciado ,usam-se certos procedimentos lingüísticos , que passaremos a expor:-a)- Evitam-se os verbos de dizer na primeira pessoa ( digo , acho ,afirmo , penso, etc. ) e com issoprocura-se eliminar a idéia de que o conteúdo de verdade contido no enunciado seja mera opinião de quem o proferiuNão se diz , portanto:Eu afirmo que os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.Mas simplesmente :Os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.b)- Quando , eventualmente , se utilizam verbos de dizer , são verbos que indicam certeza e cujosujeito se dilui sob a forma de um elemento de significação ampla e impessoal , indicando que o

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6enunciado é produto de um saber coletivo, que se denomina ciência. Assim , o enunciador vemgeneralizado por “nós” em vez de “eu” ou oculto :-Temos bases para afirmar que a agricultura constitui uma alternativa promissora para a nossa economia. ou , Pode-se garantir que a agricultura . . . ou ainda ,Constata-se que a agricultura . . .Em geral , não se usa a primeira pessoa do singular no discurso científico.c)- A exploração do valor conotativo das palavras não é apropriada ao enunciado científico. Nele , os vocábulos devem ser definidos e ter um só significado. Num texto de astronomia , “lua” significa satélite da Terra e não uma sonora barcarola ou astro dos loucos e enamorados.d)- Deve-se usar a língua padrão na sua expressão formal , não se ajusta a ele o uso de gírias ouquaisquer usos lingüísticos distanciados da modalidade culta e formal da língua.Vamos expor alguns expedientes que servem para fundamentar esse tipo de enunciado eaumentar seu poder de persuasão.e)- A argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico , tais como as implicaçõesde causa e efeito , conseqüência e causa , condição e ocorrência , etc.f)- Pode-se desqualificar o enunciado científico atribuindo-o à opinião pessoal do enunciador ourestringindo a universidade da verdade que ele afirma.Roberto supõe que o espaço social brasileiro se divida em casa , rua e outro mundo.Como se pode notar , ao introduzir o enunciado por um verbo de dizer ( supõe ) que nãoindica certeza , reduz-se o enunciado a uma simples opinião.Observe-se ainda outro exemplo :O átomo foi considerado , por muito tempo, como a menor partícula constituinte da matéria.Não é preciso dizer que o verbo ( foi considerado ) e a restrição de tempo ( por muito tempo) esvaziam o enunciado do seu caráter de verdade geral e objetiva.g)- Ataque ao expediente de argumentação , veja, citando autores renomados que contrariam o conteúdo afirmado no enunciado ou evidenciando que o enunciador não compreendeu o significado da citação que fez;desautorizando os dados de realidade apresentados como prova ou mostrando que o enunciador , a partir de dados corretos , por equívoco de natureza lógica , tirou conclusões inconseqüentes.Ex.:- O controle demográfico é uma das soluções urgentes para o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos : as estatísticas comprovam que os países desenvolvidos o praticam.Desqualificação :-O dado estatístico apresentado é verdadeiro , mas o enunciado é inconsistente , pois pressupõeuma relação de causa e efeito difícil de ser demonstrada , isto é , que o controle demográfico sejacapaz de produzir o desenvolvimento. O mais lógico é inverter a relação : o desenvolvimento gera ocontrole demográfico , e não o contrário.Enunciados1. identificar: reconhecer, apontar elementos no texto (exemplificar);2. comentar: opinar sobre elementos do texto;3. interpretar: reproduzir o conteúdo de trechos ou do conjunto do texto4. explicar: reconhecer os elementos de causa e conseqüência do texto, subordinando-os;5. analisar: fazer afirmações argumentativamente;6. comparar: estabelecer relações de semelhança e/ou contraste entre dois ou mais textos.Resumo = distinguir as idéias centrais do texto e sintetizá-lo.Paráfrase = reescrever o texto, “traduzir” com palavras próprias.Erros clássicos

1.extrapolação: ir além dos limites do texto; indevidamente acrescentar elementos desnecessários à compreensão do texto;

2. redução: abordar apenas uma parte, um aspecto do texto quebrar o conjunto, isolar o texto docontexto;3. contradição: chegar a uma conclusão contrária à do texto perde passagens dodesenvolvimento do texto, invertendo o seu sentido.Analisar* Perceber a estrutura do texto, as partes de que se compõe: parágrafos (prosa) estrofes (poesia);* Relacionar idéias básicas e tipos de raciocínio;* Verificar o tipo de linguagem.Contexto Jornalístico ( Linguagem Predominante Formal)Notícia ( predomínio da Narração)narrador (quem conta a história)personagem (quem vive a história)Ação (o que aconteceu)Tempo (quando aconteceu)Lugar (onde aconteceu)Opinião ( formas de Persuasão )Ironia (dizer indiretamente)Comparação (ligar fatos não totalmente semelhantes)Eufemismo (suavizar o que se diz)Suposição (imaginar um fato-exemplo)Hipérbole (exagero)Contexto científico Linguagem predominante Informal– predomínio da dissertação – (afirmações + argumentos demonstrações)

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7Didático ( tom pedagógico) opinião + argumentorelação entre as premissas (causas) e as conseqüências (conclusões)introdução: exposição do assuntoDesenvolvimento: argumentaçãoconclusão: síntese das idéias principaisContexto da oralidade Linguagem predominante formal predomínio da descriçãoRepartições, Regionalismos, Gírias, Frases feitas, Expressões popularesuso dos sentidos: visão, tato, audição, olfato e paladarlinguagem corporal, predomínio da emoção sobre a razão, presença da imaginaçãoA SELEÇÃO LEXICALTemas e figuras são palavras e expressões que servem para revestir as estruturas maisabstratas do texto. Os temas são mais abstratos que as figuras. Enquanto estas representam notexto coisas e acontecimentos do mundo natural, aqueles interpretam e explicam os fatos queocorrem e tudo aquilo que existe no mundo.Temas e figuras pertencem ao léxico de uma língua. O léxico consiste no repertório de palavras de que uma dada língua dispõe. Em sentido amplo , podemos considerar o léxico como sinônimo de vocabulário. Tem ele diferentes situações :-1)- gírias = vocabulário especial usado por um dado segmento social.Ex.:- rangar = tomar refeição, não embaça = não pertuba2)- regionalismo = vocabulário próprio de uma dada região.Ex.:- piá = menino , no Sul do Brasil, bergamota = mexerica , no Rio Grande do Sul3)- jargão = vocabulário típico de uma dada especialidade profissional.Ex.:- desaquecimento da demanda = situação em que se compra menos4)- estrangeirismo = termos estrangeiros incorporados a nossa língua.Ex.:- spread = taxa de risco que se paga sobre um empréstimo, software = programas do computador5)- arcaísmo = palavras ou expressões caídas em desuso.Ex.:- festinar = apressar, físico = médico6)- neologismo = palavras recentemente criadas.Ex.:- televisar = transmitir pela televisão, principismo = atitude de intransigência na defesa de princípios, informatizar = submeter a tratamento informáticoO autor de um texto , para criar um determinado efeito de sentido , pode escolher figurasdentro de uma determinada região do léxico ( vocabulário ). Pode escrever seu texto em gíria , ouutilizar um vocabulário regionalista , ou ainda fazer uso de muitos arcaísmos. O que importa , parauma boa leitura , não é apenas identificar a escolha feita pelo autor , mas qual é a função que elatem no sentido do texto.A escolha de temas e figuras em determinadas regiões do léxico produz certos efeitos desentido. Observe alguns setores lexicais e efeitos de sentido que produzem :-1)- gírias :- sobretudo em textos narrativos , caracterizar o personagem através da linguagem que utiliza;2)- arcaísmos :- recuperar certa época , ridicularizar certo personagem que ainda insiste emutilizá-los ;3)- neologismos :- caracterizar personagens ou épocas ;

4)- regionalismos ou estrangeirismos :- caracterizar , por exemplo , a procedência de umpersonagem ;5)- jargão :- caracterizar a competência de quem o utiliza.

INTERPRETAÇÃO DE TEMAVocê já observou que é importante identificar o assunto da redação, do assunto partir para a delimitação do mesmo, o que chamamos tema uma espécie de “fatia” do assunto. Só deverá, porém, iniciar a desenvolvê-lo depois que tiver um objetivo ( aquilo que responderia à pergunta: “O que eu quero provar, demonstrar ?” ).Isso também é fundamental para que sua redação não seja eliminada ou descaracterizada por:1. FUGA AO ASSUNTO / TEMA2. INTERPRETAÇÃO ERRADA ( intencional ou não )Ou ainda para que não tenha sua nota reduzida drasticamente por;1. DESVIO DO TEMA PROPOSTO2. POBREZA DE CONTEÚDOQUANDO O TEMA É FORNECIDOO tema poderá vir definido, inclusive na forma de um título proposto , sobre o qual vocêdeverá discorrer.A única preocupação será ler, analisar os termos que compõem o título, para daí,formular mesmo que mentalmente o seu objetivo. Isso nem sempre facilita as coisas, porisso fique atento.Vamos analisar um tema:-“O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz”.Pergunte-se: Que palavras da frase são mais importantes, significativas?Resposta: “compreendeu” e “paz”. Daí você deduz que só a compreensão entre oshomens pode conduzir à paz universal.Cuidado: Não se esqueça que no título está explicitada a palavra mundo, não reduza o temaao Brasil somente.FORMULAÇÃO DE OBJETIVOProvar ( mostrar ) que, para haver a tão almejada paz entre os homens, é preciso que eles

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8se tornem compreensivos e tolerantes uns com os outros. O entendimento de um texto, ainda o elemento básico de comunicação humana, implica uma análise: a sua decomposição em partes. Só assim, o seu entendimento é possível.LEITURAInteressa a todos saber que procedimento se deve adotar para tirar o maior rendimentopossível da leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa pergunta sem antes destacarque não existe para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que não exista solução alguma.Genericamente, pode-se afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe, além do conhecimentolingüístico propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que se costumachamar de conhecimento de mundo.A título e ilustração, observe a questão seguinte, extraída de um vestibular da UNICAMP:Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos fatos quelhe permite fazer uma interpretação adequada do que se lê. Um bom exemplo é o texto que segue:"As video-locadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atendea uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeoaluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda osmenores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (FolhaSudeste, 6/6/92)"É o conhecimento lingüístico que nos permite reconhecer a ambigüidade do texto emquestão (pela posição em que se situa, a expressão sem a companhia ou autorização dos paispermite a interpretação de que com a companhia ou autorização dos pais os menores podem ir arodeios ou motéis). Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação éestranha e só pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que ele tenha tido aintenção de dizer que os menores estão proibidos de ir a rodeios sem a companhia ou autorizaçãodos pais e de freqüentarem motéis.Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o quenos leva à conclusão de que o aprendizado da leitura depende muito das aulas de Português, mastambém de todas as outras disciplinas sem exceção.- Três questões básicasUma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas:I - Qual é a questão de que o texto está tratando? Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto e, aquela em torno da qual gira otexto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneiragenérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou de que o leitor não temrepertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos.II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados pelo texto,aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura competente nãoterá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leituradesatenta e dispersiva.III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? Deve-seentender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que eleestá falando a verdade. Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma de leiturabem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade,entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo.Níveis de linguagemLer é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação dos símbolosgráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-oe incorporando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha umcomportamento ativo diante da leitura.Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para a compreensão do materiallido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até quetenhamos condições cognitivas para utilizar.De uma forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condiçõesde aproveitar totalmente o assunto lido. Essas etapas ou níveis são cumulativas e vão sendoadquiridas pela vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.O PRIMEIRO NÍVEL é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma capacidadecerebral muito sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, agramática, a semântica – é preciso que tenhamos um bom domínio da língua.O SEGUNDO NÍVEL é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas: primeiro,prevenir para que a leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance deescolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impressãosobre o livro. É a leitura que comumente desenvolvemos “nas livrarias” .Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:Por que ler este livro?Será uma leitura útil?Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar deimparcialidade quanto ao ponto de vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos.Se você se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o antes deconhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito baixo.

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9LER Éarmazenar informações; desenvolver;ampliar horizontes; compreender o mundo;comunicar-se melhor;escrever melhor;relacionar-se melhor com o outro.Pré-leituraNome do livro, Autor, Dados bibliográficos, Prefácio e índice, Prólogo e introduçãoOs passos da pré-leituraO primeiro passo é memorizar o nome do autor e a edição do livro, fazer um folheiosistemático: ler o prefácio e o índice (ou sumário), analisar um pouco da história que deu origem aolivro, ver o número da edição e o ano de publicação. Se falarmos em ler um Machado de Assis, umJúlio Verne, um Jorge Amado, já estaremos sabendo muito sobre o livro, não é? É muito importanteverificar estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na atualidade dasinformações que ele contém. Verifique detalhes que possam contribuir para a coleta do maiornúmero de informações possível. Tudo isso vai ser útil quando formos arquivar os dados lidos nonosso arquivo mental!A propósito, você sabe o que seja um prólogo, um prefácio e uma introdução? Muita gente pensaque os três são a mesma coisa, mas não:PRÓLOGO: é um comentário feito pelo autor a respeito do tema e de sua experiência pessoal.PREFÁCIO: é escrito por terceiros ou pelo próprio autor, referindo-se ao tema abordado no livro emuitas vezes também tecendo comentários sobre o autor.INTRODUÇÃO: escrita também pelo autor, referindo-se ao livro e não ao tema.O segundo passo é fazer uma leitura superficial. Pode-se, nesse caso, aplicar as técnicas da leituradinâmica.O TERCEIRO NÍVEL é conhecido como analítico. Depois de vasculharmos bem o livro napré-leitura, analisamos o livro. Para isso, é imprescindível que saibamos em qual gênero o livro seenquadra: trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste caso, existe apenasteoria ou são inseridas práticas e exemplos. No caso de ser um livro teórico, que requeiramemorização, procure criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, VEJA, realmente, o que estálendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nestafase, e a primeira coisa a fazer é ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. Já temosalgum conteúdo para isso, pois o encadeamento das idéias já é de nosso conhecimento. Procure,agora, ler bem o livro, do início ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento!Fique atento!Aproveite todas as informações que a pré-leitura ofereceu.Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicionários ou sublinhar textos – isto será feito em outro momento!O QUARTO NÍVEL de leitura é o denominado de controle. Trata-se de uma leitura com a qualvamos efetivamente acabar com qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termosdesconhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à medida que vamos adiantando a leitura. Um mecanismo psicológico fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos até que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, será na etapa do controle quelançaremos mão do dicionário.Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o livro e o ato de interromper a leitura não vaifragmentar a compreensão do assunto como um todo. Será, também, nessa etapa quesublinharemos os tópicos importantes, se necessário.Para ressaltar trechos importantes opte por um sinal discreto próximo a eles, visandoprincipalmente a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a fixar a cronologia e aseqüência deste fato importante, situando-o no livro.Aproveite bem esta etapa de leitura!Para auxiliar no estudo, é interessante que, ao final da leitura de cada capítulo, você faça um breve resumo com suas próprias palavras de tudo o que foi lido.Um QUINTO NÍVEL pode ser opcional: a etapa da repetição aplicada. Quando lemos, assimilamos o conteúdo do texto, mas aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou seja, que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode compreender conceitos que tenha visto em seu cotidiano. Nada como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos pela etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles brancos quando queremos evocar o assunto. Para evitar isso, faça resumos! Observe agora os trechos sublinhados do livro e os resumos de cada capítulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para traduzi-lo com suas próprias palavras. Procure associar o assunto lido com alguma experiência já vivida ou tente exemplificá-lo com algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando para uma turma de alunos interessados.É importante lembrar que esquecemos mais nas próximas 8 horas do que nos 30 diasposteriores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e ao retornarmos ao livro,consultamos os resumos. Não pense que é um exercício monótono! Nós somos capazes derealizar diariamente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência e a saúde. Poisbem, embora não tenhamos condições de ver com o que se apresenta nossa mente, somoscapazes de senti-la quando melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a prontidão deinformações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale a pena se esforçar no início ecriar um método de leitura eficiente e rápido.Cuidados com a leituraA leitura é um processo muito mais amplo do que podemos imaginar. Ler não é unicamenteinterpretar os símbolos gráficos, mas interpretar o mundo em que vivemos. Na verdade, passamos

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10todo o nosso tempo lendo!O psicanalista francês Lacan disse que o olhar da mãe configura a estrutura psíquica dacriança, ou seja, esta se vê a partir de como vê seu reflexo nos olhos da mãe! O bebê, então,segundo esta citação, lê nos olhos da mãe o sentimento com que é recebido e interpreta suasemoções: se o que encontra é rejeição, sua experiência básica será de terror; se encontra alegria,sua experiência será de tranqüilidade, etc. Ler está tão relacionado com o fato de existirmos quenem nos preocupamos em aprimorar este processo. É lendo que vamos construindo nossosvalores e estes são os responsáveis pela transformação dos fatos em objetos de nosso sentimento.Leitura é um dos grandes, senão o maior, ingrediente da civilização. Ela é uma atividadeampla e livre – fato comprovado pela frustração de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cujahistória já foi lida em um livro. Quando lemos, associamos as informações lidas à imensa bagagemde conhecimentos que temos armazenados em nosso cérebro e então somos capazes de criar,imaginar e sonhar.É por meio da leitura que podemos entrar em contato com pessoas distantes ou do passado,observando suas crenças, convicções e descobertas que foram imortalizadas por meio da escrita.Esta possibilita o avanço tecnológico e científico, registrando os conhecimentos, levando-os aqualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que saibam decodificar a mensagem,interpretando os símbolos usados como registro da informação. A leitura é o verdadeiro elointegrador do ser humano e a sociedade em que ele vive!O mundo de hoje é marcado pelo enorme fluxo de informações oferecidas a todo instante. Épreciso também tornarmo-nos mais receptivos e atentos, para nos mantermos atualizados ecompetitivos. Para isso, é imprescindível leitura que nos estimule cada vez mais em vista dosresultados que ela oferece. Se você pretende acompanhar a evolução do mundo, manter-se em dia,atualizado e bem informado, precisa preocupar-se com a qualidade da sua leitura.Livro interessante ou leitores interessados?Observe: você pode gostar de ler sobre esoterismo e uma pessoa próxima não se interessarpor este assunto. Por outro lado, será que esta mesma pessoa se interessaria por um livro que falesobre História ou esportes? No caso da leitura, não existe livro interessante, mas leitoresinteressados.Leitura eficienteA pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e com o resultado que poderáobter, deve pensar no ato de ler como um comportamento que requer alguns cuidados, para serrealmente eficaz.1) AtitudePensamento positivo para aquilo que deseja ler. Manter-se descansado é muito importante também.Não adianta um desgaste físico enorme, pois a retenção da informação será inversamenteproporcional. Uma alimentação adequada é muito importante.Cuidado! Devemos virar a página, segurando-a pelo lado superior, antes de lermos a última frase!2) AmbienteO ambiente de leitura deve ser preparado para ela. Nada de ambientes com muitos estímulos queforcem a dispersão. Deve ser um local tranqüilo, agradável, ventilado, com uma cadeira confortável para o leitor e mesa para apoiar o livro a uma altura que possibilite postura corporal adequada.Quanto à iluminação, deve vir do lado posterior esquerdo, pois o movimento de virar a páginaacontecerá antes de ter sido lida a última linha da página direita e, de outra forma, haveria aformação de sombra nesta página, o que atrapalharia a leitura.3) Objetos necessáriosPara evitar de, durante a leitura, levantarmos para pegar algum objeto que julguemos importante,devemos colocar lápis, marca-texto e dicionários sempre à mão. Quanto sublinhar os pontosimportantes do texto, é preciso aprender a técnica adequada. Não o fazer na primeira leitura,evitando que os aspectos sublinhados parecem-se mais com um mosaico de informaçõesaleatórias.2. Tipologia TextualA linguagem escrita tem identidade própria e não pretende ser mera reprodução dalinguagem oral. Ao redigir, o indivíduo conta unicamente com o significado e a sonoridade daspalavras para transmitir conteúdos complexos, estimular a imaginação do leitor, promoverassociação de idéias e ativar registros lógicos, sensoriais e emocionais da memória.Redação é o ato de exprimir idéias, por escrito, de forma clara e organizada. O ponto departida para redigir bem é o conhecimento da gramática do idioma e do tema sobre o qual seescreve. Um bom roteiro de redação deve contemplar os seguintes passos: escolha da forma quese pretende dar à composição, organização das idéias sobre o tema, escolha do vocabulárioadequado e concatenação das idéias segundo as regras lingüísticas e gramaticais.Para adquirir um estilo próprio e eficaz é conveniente ler e estudar os grandes mestres doidioma, clássicos e contemporâneos; redigir freqüentemente, para familiarizar-se com o processo e adquirir facilidade de expressão; e ser escrupuloso na correção da composição, retificando o que não saiu bem na primeira tentativa. É importante também realizar um exame atento da realidade a ser retratada e dos eventos a que o texto se refere, sejam eles concretos, emocionais ou filosóficos.O romancista, o cientista, o burocrata, o legislador, o educador, o jornalista, o biógrafo, todospretendem comunicar por escrito, a um público real, um conteúdo que quase sempre demanda

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11pesquisa, leitura e observação minuciosa de fatos empíricos. A capacidade de observar os dados e apresentá-los de maneira própria e individual determina o grau de criatividade do escritor.Para que haja eficácia na transmissão da mensagem, é preciso ter em mente o perfil doleitor a quem o texto se dirige, quanto a faixa etária, nível cultural e escolar e interesse específicopelo assunto. Assim, um mesmo tema deverá ser apresentado diferentemente ao público infantil,juvenil ou adulto; com formação universitária ou de nível técnico; leigo ou especializado. Asdiferenças hão de determinar o vocabulário empregado, a extensão do texto, o nível decomplexidade das informações, o enfoque e a condução do tema principal a assuntos correlatos.Organização das idéiasO texto artístico é em geral construído a partir de regras e técnicas particulares, definidas de acordo com o gosto e a habilidade do autor. Já o texto objetivo, que pretende antes de mais nada transmitir informação, deve fazê-lo o mais claramente possível, evitando palavras e construções de sentido ambíguo. Para escrever bem, é preciso ter idéias e saber concatená-las. Entrevistas com especialistas ou a leitura de textos a respeito do tema abordado são bons recursos para obter informações e formar juízos a respeito do assunto sobre o qual se pretende escrever. A observação dos fatos, a experiência e a reflexão sobre seu conteúdo podem produzir conhecimento suficiente para a formação de idéias e valores a respeito do mundo circundante.É importante evitar, no entanto, que a massa de informações se disperse, o que esvaziariade conteúdo a redação. Para solucionar esse problema, pode-se fazer um roteiro de itens com oque se pretende escrever sobre o tema, tomando nota livremente das idéias que ele suscita. Opasso seguinte consiste em organizar essas idéias e encadeá-las segundo a relação que seestabelece entre elas.Vocabulário e estilo. Embora quase todas as palavras tenham sinônimos, dois termos quase nunca têm exatamente o mesmo significado. Há sutilezas que recomendam o emprego de uma ou outra palavra, de acordo com o que se pretende comunicar. Quanto maior o vocabulário que o indivíduo domina para redigir um texto, mais fácil será a tarefa de comunicar a vasta gama de sentimentos e percepções que determinado tema ou objeto lhe sugere.Como regras gerais, consagradas pelo uso, deve-se evitar arcaísmos e neologismos e darpreferência ao vocabulário corrente, além de evitar cacofonias (junção de vocábulos que produzsentido estranho à idéia original, como em "boca dela") e rimas involuntárias (como na frase, "aaudição e a compreensão são fatores indissociáveis na educação infantil"). O uso repetitivo depalavras e expressões empobrece a escrita e, para evitá-lo, devem ser escolhidos termosequivalentes.A obediência ao padrão culto da língua, regido por normas gramaticais, lingüísticas e degrafia, garante a eficácia da comunicação. Uma frase gramaticalmente incorreta, sintaticamente mal estruturada e grafada com erros é, antes de tudo, uma mensagem ininteligível, que não atinge o objetivo de transmitir as opiniões e idéias de seu autor.

Tipos de redaçãoTodas as formas de expressão escrita podem ser classificadas em formas literárias -- comoas descrições e narrações, e nelas o poema, a fábula, o conto e o romance, entre outros -- enão-literárias, como as dissertações e redações técnicas.

Descrição - Descrever é representar um objeto (cena, animal, pessoa, lugar, coisa etc.) por meio de palavras.Para ser eficaz, a apresentação das características do objeto descrito deve explorar os cinco sentidos humanos -- visão, audição, tato, olfato e paladar --, já que é por intermédio deles que o ser humano toma contato com o ambiente.A descrição resulta, portanto, da capacidade que o indivíduo tem de perceber o mundo que ocerca. Quanto maior for sua sensibilidade, mais rica será a descrição. Por meio da percepçãosensorial, o autor registra suas impressões sobre os objetos, quanto ao aroma, cor, sabor, texturaou sonoridade, e as transmite para o leitor.

Narração - O relato de um fato, real ou imaginário, é denominado narração. Pode seguir o tempocronológico, de acordo com a ordem de sucessão dos acontecimentos, ou o tempo psicológico, em que se privilegiam alguns eventos para atrair a atenção do leitor. A escolha do narrador, ou ponto de vista, pode recair sobre o protagonista da história, um observador neutro, alguém que participou do acontecimento de forma secundária ou ainda um espectador onisciente, que supostamente esteve presente em todos os lugares, conhece todos os personagens, suas idéias e sentimentos.A apresentação dos personagens pode ser feita pelo narrador, quando é chamada de direta,ou pelas próprias ações e comportamentos deste, quando é dita indireta. As falas também podem ser apresentadas de três formas: (1) discurso direto, em que o narrador transcreve de forma exata a fala do personagem; (2) discurso indireto, no qual o narrador conta o que o personagem disse,lançando mão dos verbos chamados dicendi ou de elocução, que indicam quem está com a palavra, como por exemplo "disse", "perguntou", "afirmou" etc.; e (3) discurso indireto livre, em que se misturam os dois tipos anteriores.O conjunto dos acontecimentos em que os personagens se envolvem chama-se enredo.Pode ser linear, segundo a sucessão cronológica dos fatos, ou não-linear, quando há cortes na seqüência dos acontecimentos. É comumente dividido em exposição, complicação, clímax e desfecho.

Dissertação - A exposição de idéias a respeito de um tema, com base em raciocínios e argumentações, é chamada dissertação. Nela, o objetivo do autor é discutir um tema e defender sua posição a respeito dele. Por essa razão, a coerência entre as idéias e a clareza na forma de expressão são elementos fundamentais.A organização lógica da dissertação determina sua divisão em introdução, parte em que se apresenta o tema a ser discutido; desenvolvimento, em que se expõem os argumentos e idéias sobre o assunto, fundamentando-se com fatos, exemplos, testemunhos e provas o que se quer demonstrar; e conclusão, na qual se faz o desfecho da redação, com a finalidade de reforçar a idéia inicial.

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12Texto jornalístico e publicitário. O texto jornalístico apresenta a peculiaridade de poder transitar por todos os tipos de linguagem, da mais formal, empregada, por exemplo, nos periódicosespecializados sobre ciência e política, até aquela extremamente coloquial, utilizada em publicações voltadas para o público juvenil. Apesar dessa aparente liberdade de estilo, o redator deve obedecer ao propósito específico da publicação para a qual escreve e seguir regras que costumam ser bastante rígidas e definidas, tanto quanto à extensão do texto como em relação à escolha do assunto, ao tratamento que lhe é dado e ao vocabulário empregado.O texto publicitário é produzido em condições análogas a essas e ainda mais estritas, pois sua intenção, mais do que informar, é convencer o público a consumir determinado produto ou apoiar determinada idéia. Para isso, a resposta desse mesmo público é periodicamente analisada,com o intuito de avaliar a eficácia do texto.Poesia - A poesia pode apresentar-se em composições muito variadas. Os antigos retóricos gregosdividiram-na em épica, lírica e dramática, divisão que, embora um tanto rígida, ainda é aceitável.A poesia épica, muito antiga, conta as façanhas de um herói ou de uma coletividade. Asbaladas ou cantos populares agrupam-se normalmente em círculos temáticos e, em muitasocasiões, unificam-se na forma de um longo poema narrativo em que se simbolizam as aspirações e conquistas de uma raça ou povo. Esse tipo de poema recebe o nome de epopéia e exemplifica-se em obras como a Ilíada e a Odisséia, de Homero, ou o Mahabharata, da literatura hindu. Uma espécie muito importante de poema épico é a das canções de gesta medievais, voltadas para a figura de um herói nacional. À épica culta pertencem os poemas criados por um autor individual e que se acham desvinculados da tradição popular, como a Eneida, de Virgílio, ou Os lusíadas, de Camões.A lírica, que em suas origens era cantada, é o gênero mais subjetivo e o que reúne commaior freqüência as peculiaridades da poesia. Em geral, os poemas líricos são breves. Em seusversos o poeta quase sempre procura expressar emoções e o cerne de sua experiência pessoal.Inclui-se na lírica a mais típica "poesia popular", talvez a manifestação literária mais antiga.A poesia dramática é a das peças teatrais, que, durante muito tempo, foram escritas emverso. As paixões humanas constituem sua fonte de inspiração e costumam ser expressas naforma de diálogos e monólogos.Podem distinguir-se outros gêneros poéticos, dentre os quais um dos mais importantes é o da poesia didática, que apareceu como uma derivação da épica nos tempos clássicos. Nesse gênero, a poesia é utilizada como meio para expor com beleza temas científicos, técnicos, ou doutrinas filosóficas e religiosas. Aqui se encontram obras como De natura deorum (Sobre a natureza dos deuses), de Lucrécio, poeta romano do século I a.C., que o emprega para expor a doutrina do epicurismo. Cabe incluir também na poesia didática as fábulas ou as formas populares, como os refrães e adivinhações.

Redação técnicaHá diversos tipos de redação não-literária, como os textos de manuais, relatórios administrativos, de experiências, artigos científicos, teses, monografias, cartas comerciais e muitos outros exemplos de redação técnica e científica.Embora se deva reger pelos mesmos princípios de objetividade, coerência e clareza que pautam qualquer outro tipo de composição, a redação técnica apresenta estrutura e estilo próprios,com forte predominância da linguagem denotativa. Essa distinção é basicamente produzida pelo objetivo que a redação técnica persegue: o de esclarecer e não o de impressionar.As dissertações científicas, elaboradas segundo métodos rigorosos e fundamentadasgeralmente em extensa bibliografia, obedecem a padrões de estruturação do texto criados edivulgados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A apresentação dos trabalhoscientíficos deve incluir, nessa ordem: capa; folha de rosto; agradecimentos, se houver; sumário;sinopse ou resumo; listas (de ilustrações, tabelas, gráficos etc.); o texto do trabalho propriamentedito, dividido em introdução, método, resultados, discussão e conclusão; apêndices e anexos;bibliografia; e índice.A preparação dos originais também obedece a algumas normas definidas pela ABNT e pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD) para garantia de uniformidade. Essas normas dizem respeito às dimensões do papel, ao tamanho das margens, ao número de linhas por página e de caracteres ou espaços por linha, à entrelinha e à numeração das páginas, entre outras características.

3. Gramática OrtografiaÉ o conjunto das regras que, para uma determinada língua, estabelecem a grafia correta daspalavras e o uso de sinais de pontuação.Novas Regras Ortográficas - Alfabeto da língua portuguesaA língua portuguesa passa a reconhecer o “K“, “W” e o “Y” como letras do nosso alfabeto,aumentando o número para 26 letras. Esta regra servirá para regularizar o uso dessas letrasno nosso idioma. Exemplo: km e watt.Regra das Tremas - As saudosas tremas foram abolidas da língua portuguesa. Você nunca mais precisará usá-las, a não ser para casos específicos, como o uso em nomes próprios. Exemplo:tranquilo e cinquenta.

Regra da Acentuação - Hiatos terminados em “oo” e “ee” não são mais acentuados. Exemplo: leem e voo.- Ditongos abertos em paroxítonas não são mais acentuados. Exemplo: ideia e jiboia.- Ditongos com “u” e “i” tônicos não são mais acentuados. Exemplo: feiura.- O acento continua em ditongos abertos em monossílabas, oxítonas e terminados em “eu“.Exemplo: chapéu.- O acento em palavras homógrafas foram eliminados, com exceção no verbo “poder” (nopassado) e “pôr”. Exemplo: pelo, para, pôde.- Não acentua-se mais o “u” em formas verbais rozotônicas precedido de “g” ou “q” antes de“e” ou “i“. Exemplo: apaziguar e averiguar.

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Regra das Grafias Duplas - Para palavras onde a fonética é ambígua, como é o caso de Roraima, pode-se usar acentos da melhor forma que lhe convém. Exemplo: Rorâima e/ou Roráima.

Regra das Consoantes Mudas - Todas consoantes que não são pronunciadas, tais como exacto e óptimo, não serão mais usadas. O Brasil já adora esta regra há várias décadas. Exemplo: óptimo e objectivo.

Regra do Hífen - - Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas cujos prefixos terminam em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s“. A mesma regra serve para prefixos queterminam em vogal e palavras que começam com vogal. Exemplo: contrassenha eautorretrato.- Mantem-se o hífen para prefixos terminados em “r” onde a outra palavra também começacom “r“. Exemplo: super-racional.- Utiliza-se hífen quando a palavra começa com a mesma vogal que o prefixo termina, comexceção do prefixo “co“. Exemplo: anti-inflamatório.- O hífen mantem-se em palavras que não possuem ligação em comum. A mesma regraaplica-se para prefixos “vice“, “ex“, “pré“, “pró” e “pós“. Exemplo: beija-flor.- Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas por substantivos, adjetivos, verbais,pronomes, etc. Exemplo: sala de jantar.

Emprego de letras - Letra HPor que usar a letra H se ela não representa nenhum som? Realmente ela não possui valor fonético,mas continua sendo usada em nossa língua por força da etimologia e da tradição escrita.Emprega-se o H: Inicial, quando etimológico: horizonte, hulha, etc.Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh: chamada, molha, sonho, etc.Em algumas interjeições: oh!, hum!, etc.Em palavras compostas unidos por hífen, se algum elemento começa com H:hispano-americano, super-homem, etc.Palavras compostas ligadas sem hífen não sãoescritas com H. Exemplo: reaverNo substantivo próprio Bahia (Estado do Brasil), por tradição. As palavras derivadas dessasão escritas sem H.Exemplo: baiano. . .Nota: Algumas palavras anteriormente escritas com H "perderam" essa letra ao longo do tempo.Exemplos: herba-erva, hibernum-inverno, etc.

Letras E / I1) Prefixo ante- ( antes, anterior) Ex.: antecipar, antebraço...2) Prefixo anti- ( contra) Ex.: antipatia, antitetânico...3) Algumas formas de verbos terminados em -oar, -uar. Ex.: doem (doar ), flutuem ( flutuar)4) Algumas formas de verbos terminados em -uir. Ex.: possui ( possuir ), retribui ( retribuir)

Letras G / J1) Palavras terminadas em -agem, -igem, -ugem, -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Ex.: garagem,

vertigem, ferrugem, relógio, refúgio, estágio, colégio, prodígio... Exceções: pajem e lambujem2) Palavras de origem africana ou indígena. Ex.: jiló, Ubirajara, acarajé...3) Derivadas de palavras que possuam G. Ex.: rabugento (rabugem), selvageria ( selvagem)4) Derivadas de palavras que possuam J e verbos que terminem em -jar ou -jear. Ex.: gorjeta (gorja), nojento ( nojo), cerejeira ( cereja), arranjar ( arranjo, arranjaria ...)Letras S / Z1) Derivadas de primitivas com "s" Ex.: visitante ( visita)...2) Derivadas de primitivas com "z". Ex.: enraizar ( raiz), vazar (vazio)...3) Nas formas dos verbos pôr, querer e seus derivados (repor, requerer...). Ex.: pusesse, quisesse...4) Sufixo formador de verbo -izar. Ex.: realizar, modernizar...5) Após um ditongo Ex.: maisena, pausa...6) Sufixo -oso formador de adjetivos . Ex.: amoroso, atencioso...7) Sufixo -ez (a) formador de substantivos abstratos. Ex.: timidez, viuvez...8) Sufixos -isa, -ês, -esa usados na constituição de vocábulos que indicam: profissão,nacionalidade, estado social e títulos. Ex.: baronesa, norueguês, sacerdotisa, cortês, camponês...Nota: - O verbo catequizar é derivado da palavra catequese deveria ser escrito com "s", mas, como é derivado do grego, já veio formado para nosso vernáculo (língua do país).- MAIZENA é um substantivo próprio, marca registrada.

Letras X / CH1) Depois de ditongo. Ex.: peixe, ameixa...2) Palavras derivadas de outras escritas com pl, fl e cl. Ex.: chumbo (plúmbeo), chave (clave)...3) Depois da sílaba me-. Ex.: mexer, mexerico...4) A palavra mecha (substantivo) é uma exceção.5) Depois da sílaba en-. Ex.: enxoval, enxaqueca...Exceções: encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados.6) Verbos encher, encharcar, enchumaçar e seus derivados. Ex.: preencher, encharcado...

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147) Em palavras de origem indígena ou africana. Ex.: orixá, abacaxi...8) Palavras derivadas de primitivas que tenham o ch. Ex.: enchoçar (choça)...

Letras SS / ÇÇ (só é grafado antes de a, o, u)1) Terminação dos superlativos sintéticos e do imperfeito de todos verbos. Ex.: lindíssimo,corrêssemos...2) Palavras derivadas de primitivas escritas com ç. Ex.: embaçado (embaço)...3) Palavras ou radicais iniciados por s que entram na formação de palavras derivadas oucompostas. Ex.: homossexual ( homo + sexual)4) Verbos em -ecer, -escer. Ex.:anoiteça (anoitecer)...5) Palavras de origem árabe, indígena e africana. Ex.: paçoca, muçulmano, miçanga...

SÃO ou SSÃO ou ÇÃO?1) em todos os substantivos derivados de verbos terminados em GREDIR, MITIR e CEDER,devemos usar "ss": Ex.: Agredir – agressão, progredir - progressão2) Em todos os substantivos derivados de verbos terminados em ENDER, VERTER, PELIR,devemos usar "s": Ex.: compreender – compreensão, pretender - pretensão3) Em todos os substantivos derivados dos verbos TER e TORCER e seus derivados, devemosusar ç: Ex.: reter – retenção, obter - obtenção

ISAR OU IZAR1) Escrevem-se com "s" os verbos derivados de palavras que já possuem o "s": Ex.: aviso – avisar,pesquisa - pesquisar2) Escrevem-se com "z" os verbos derivados de palavras que não possuem a letra "s". Ex.: legal –legalizar , ameno - amenizar

SINHO OU ZINHO1) Escrevem-se com "s" os diminutivos derivados de palavras que já possuem o "s". Ex.: casa –casinha, lápis - lapisinho2) Escrevem-se com "z" os diminutivos derivados de palavras que não possuem a letra "s". Ex.: flor– florzinha, café - cafezinho

Parônimos - É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes,mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS.Ex.: cavaleiro – cavalheiro, absolver – absorver

Homônimos - É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.As homônimas podem ser:1) Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita ediferentes na pronúncia.Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar)Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)

2) Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia ediferentes na escrita.Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo) Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)

3) Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúnciae na escrita.Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo) Verão ( verbo) - verão ( substantivo)

Alfabeto - Nosso alfabeto é composto de 23 letras:a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, zObservação: Você deve estar se perguntando pelas letras W, Y e K.Elas não pertencem mais aonosso alfabeto.São usadas apenas em casos especiais:nomes próprios estrangeiros ( Wellington,Willian.... ),abreviaturas e símbolos de uso internacional (K- potássio,Y-ítrio..),palavras estrangeiras (show, play...)

Fonemas - Fonemas são as entidades capazes de estabelecer distinção entre as palavras. Exemplos: casa/Capa, muro/mudo, dia/tiaA troca de um único fonema determina o surgimento de outra palavra ou um som sem sentido.O fonema se manifesta no som produzido e é registrado pela letra, é representado graficamente porela.O fonema /z/, por exemplo, pode ser representado por várias letras: z (fazenda), x (exagerado), s(mesa).Classificação dos fonemas - Os fonemas da língua portuguesa classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente aoexterior. Exemplos: pato, botaSemivogais: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só

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15sílaba.Exemplos: couro, baile.Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não sejamconfundidos com as vogais i e u serão representados por [y] e [w] e chamados respectivamente deiode e vau.Consoantes: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes,lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTESAs consoantes são classificadas de acordo com quatro critérios :-1)- modo de articulação2)- ponto de articulação3)- função das cordas vocais4)- função das cavidades bucal e nasal

1)- Modo de articulação é a maneira pela qual os fonemas consonantais são articulados.Vindos da laringe , a corrente de ar chega à boca onde encontra obstáculo total ou parcial daparte do órgãos bucais. Se o fechamento dos lábios ou a interrupção da corrente de ar é total , dá-sea oclusão ; se parcial , a constrição :daí a divisão em consoantes oclusivas e constritivas.2)- Ponto de Articulação é o lugar onde os órgãos entram em contato para a emissão do som.As consoantes produzidas pelo concurso dos mesmos órgãos denominam-sehomorgânicas.Ex.:- / t / e / d / , / p / e / b / , / k / e / g / , / s / e / z /3)- Função das cordas vocais. Se a corrente de ar põe as cordas vocais em vibração , temos umaconsoante sonora ; no caso contrário , a corrente será surda.4)- Função das cavidades bucal e nasal. Quando o ar sai exclusivamente pela boca , as consoantessão orais ; se , pelo abaixamento da úvula , o ar penetra nas fossas nasais , as consoantes sãonasais : / m / , / n / , / nh /.C L A S S I F I C A Ç Ã O D A S V O G A I SNa língua portuguesa a vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formaçãoda sílaba. As consoantes e as semivogais são fonemas dependentes : só podem formar sílaba como concurso das vogais.De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira, classificam-se as vogais conforme :-a)- A zona de articulação:- Média :- a ( ave )Anterior :- é, ê, i ( fé , vê , ri )Posterior :- ó , ô , u ( nó , avô ,tatu )c)- A intensidade :-Tônica :- pá , até , luzSubtônica :- arvorezinha, cafezinho , somenteÁtonas :- lição , moleb)- O papel das cavidades bucal e nasal :-Oral :- a , é , ê , i , ó , ô , u ( ato ,vê , vi , dó )Nasal :- ã , ë , i , õ , û ( lã ,vento , sim , som )d)- O timbre :-Aberta :- a , é , ó ( pé , cipó )Fechada :- ê , ô , i , u ( e todas as nasais ) : - vê , lendaReduzida :- as vogais átonas orais ou nasais ( vela, unido )Nota importante :-Semivogais são os fonemas proferidos juntamente com uma vogal. As semivogaisconstituem parte dos ditongos e tritongos. Portanto , sua classificação será :- SEMIVOGALSONORA ÁTONA.Vogais são fonemas sonoros , isto é , são emitidos sem empecilho e sem ruído.

Dígrafo - É a união de duas letras representando um só fonema.Observe que no caso dos dígrafos não há correspondência direta entre o número de letras e o número de fonemas.Dígrafos que desempenham a função de consoantes:ch (chuva), lh (molho), nh(unha), rr(carro), ss (pássaro ), qu (quilo),gu (guitarra), sc (nascer), sç (nasça), xc (excelente)Dígrafos que desempenham a função de vogais nasais: am (campo), en (bento), om (tombo)Nota importante:1) O /sc/ e o /xc/ só serão dígrafos quando vierem acompanhados de /e/ ou /i/Ex.: escada não tem dígrafo, porque pronunciamos o fonema /c/ que tem som de /k/.Já na palavra piscina temos dígrafo, porque /sc/ é apenas uma emissão de som.2) O encontro /qu/ e /gu/ só serão dígrafos quando vierem precedidos de /e/ ou /i/ e não viertremado.Ex.: quando (Não tem dígrafo )Argüir (Não tem dígrafo, porque o fonema /u/ foi pronunciado, logo não possui dígrafo).

Encontro Consonantal - Quando existe uma seqüência de duas ou mais consoantes em uma mesma palavra, denominamos essa seqüência de encontro consonantal.O encontro pode acorrer:

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16na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo. (perfeito)em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio (imperfeito)

Encontros vocálicos - Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato e tritongo.1) Ditongo: é um grupo de duas vogais proferidas em uma só sílaba, e das quais umafunciona como consoante e se chama semivogal. Classificam-se em:a) vogal + semivogal (ditongo decrescente) Ex.: noiteb) semivogal + vogal (ditongo crescente) Ex.: quase2) Hiato: Seqüência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentesEx.: coelho (co – e – lho)3) Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba.Ex.: Paraguai, argüiu.

Estes encontros vocálicos serão ORAL ou NASAL.a) Oral: quando o som sai totalmente pela boca. Ex.: saídab) Nasal: quando o som sai parcialmente pela boca e pelo nariz. Ex.: quem, saindo,botãoNota:a) Não se esqueça que só as vogais /i/ e /u/ podem funcionar como semivogais. Quandosemivogais, serão representadas por /y/ e /w/ respectivamente.b) Todo fonema /u/ tremado é uma semivogal, que vem apoiado numa vogal.c) Os encontros /am/ e /em/ em finais de palavras não são dígrafos nasais como podem parecer.Na realidade, são ditongos decrescentes nasais.Ex.: tem (temos /e/ vogal e /y/ semivogal, porque pronunciamos um fonema a mais.)Faltam (temos /a/ vogal e /w/ semivogal, porque pronunciamos um fonema a mais.)d) O /m/ final não é um fonema e sim um sinal de nasalização.Ex.: bombom (BÕBÕ)e) Não confundir os encontros vocálicos, por exemplo GOIABA, como tritongo, aí se encontram doisditongos /oi/ + /ia/ (vogal + semivogal e semivogal + vogal), pois pronunciamos um fonema a mais.f) Em palavras como ágüem, existe um tritongo nasal, ou seja, /ü/ semivogal + /e/ vogal + /y/semivogal.g) Em palavras como ninguém, existe um ditongo crescente nasal, porque /gu/ é um dígrafo, /e/vogal + /y/ semivogal

Divisão silábica - A fala é o primeiro e mais importante recurso usado para a divisão silábica na escrita.Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.Regras práticas:

2) Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos: mau, averigüei3) Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: sa-í-da, vô-o...4) Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to...

5) Separam-se os encontros consonantais pronunciados separadamente (imperfeitos)Ex.car-ta6) Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos), quando incorporados à

palavra, obedecem às regras gerais.Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-vô, tran-sa-tlân-ti-co...7) Consoante não seguida de vogal permanece na sílaba anterior. Quando isso ocorrer em8) início de palavra, a consoante se anexa à sílaba seguinte.Exemplos: ad-je-ti-vo, tungs-tê-nio,

psi-có-lo-go, gno-mo...

TonicidadeA tonicidade estuda o vocábulo quanto à intensidade.acento de intensidade = acento tônicoA sílaba que recebe o acento tônico chama-se sílaba tônica ; as demais serão átonas. Háainda o caso da subtônica, nos polissílabos compostos ou derivados.Ex.:- PROVAVELMENTE ( DERIVADA )PRO = SÍLABA PRETÔNICAVA = SÍLABA SUBTÔNICA ( ACENTO SECUNDÁRIO )VEL = SÍLABA PRETÔNICAMEN = SÍLABA TÔNICA ( ACENTO PRINCIPAL )TE = SÍLABA POSTÔNICAFÁCIL (PRIMITIVA )FÁ = SÍLABA TÔNICACIL = SÍLABA ÁTONAClassificação :

Quanto ao acento tônico , as palavras classificam-se em :-oxítonas , paroxítonas e proparoxítonas.Observação:Em nenhuma palavra portuguesa o acento tônico pode recair antes da antepenúltima sílaba.Apenas, quando se combinam certas formas verbais com pronomes átonos é possível oacento recuar mais uma sílaba. Diz-se bisesdrúxula.Ex.:- converte-se-me

Os monossílabos podem ser , tônicos ou átonos.

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17Monossílabos Tônicos:- são os que têm autonomia fonética, sendo proferidos fortemente nafrase onde aparecem, por exemplo :- é, má, si, nó, nós, ré, pôr, sol, etc.Monossílabos Átonos:- os que não têm autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, sãopalavras vazias de sentido ( artigos, pronomes oblíquos, preposições, conjunções, etc.), porexemplo :- o ,a , um, uns, me, te , se ,lhe nos, vos, de, em ,e , que, etc.

4. Acentuação Gráfica - Acentuam-se :-1)- As oxítonas terminadas em :-a)- a , e, o , abertas , seguidas ou não de ( s ) Ex. café , maiôb)- em , ens ( com mais de uma sílaba ) Ex. armazém , vintém

Observação :Incluem-se nesta regra as formas verbais seguidas de pronomes oblíquos : O , A , OS , AS ,pospostos ao verbo.a)- As formas verbais terminadas em -R , -S , -Z , perdem essas letras e o oblíquo precede-se de L:Ex.:- Vender as maçãs. Refiz o trabalho. Propus novos negócios.Vendê-las. Refi-lo. Propu-los.b)- Os verbos terminados em ( i ) não são acentuados , a não ser que formem hiato .Ex.:- Seguir meu destino . Constituir as leis .Segui-lo. Constituí-las.

2)- Os paroxítonos terminados em :-a)- i , u , seguidos ou não se ( s ) . Ex.:- júri , bônusb)- l , r , n , x , ps . Ex.:- útil , caráter , tórax, bíceps , pólenc)- ei , ã , ão , seguidos ou não se ( s ). Ex.:- pônei , órfãod)- um , uns. Ex.:- álbum , álbunse)- Ditongo crescente final átono ( ia , ie , io , ua , uo , ea , eo , ao ) .Ex.:- água , história , cárie

Observação :- a)- Não se acentuam graficamente as palavras paroxítonas terminadas em ( ens ).Ex.:- pólen , polensb)- Os prefixos paroxítonos terminados em ( i ) e ( r ) não se acentuam.Ex.:- anti-histórico , super-homem

3)- Todas as proparoxítonas :-Ex. :- máquina , ônibus4)- Os ditongos abertos ei , eu , oi. Ex.:- idéia , céu , dói5)- Os hiatos formados por:-a)- ( i ) , ( u ) tônicos ( formam sílabas sozinhos ) seguidos ou não de ( s ).Ex.:- caída ( ca - í - da ) , saúde , faísca , juizb)- ( i ) , ( u ) tônicos não serão acentuados caso sejam precedidos de ( nh ).Ex.:- rainhac)- acentuam-se vogais idênticas ( ee , oo ) dos hiatos :- Ex.:- perdôo , vôo , lêem6)- As seqüências gue , gui , que , qui .Ex.:- ú ( tônico ) : averigúe , argúemü ( átono ) : sagüi7)- Acento diferencial emprega-se para distinguir de palavras homográfas ( escrita igual e pronúnciadiferente ) , o acento pode ser agudo ou circunflexo .a)- singular / plural . Ex.:- vem / vêm , tem /têm , convém/convêmb)- timbre fechado / aberto . Ex.:- pode / pôdec)- de tonicidade .Ex.:- pára ( verbo ) / para ( preposição )pôr ( verbo ) / por ( preposição )pêlo ( substantivo ) / pelo ( preposição ) / pélo ( verbo pelar )8)- Os monossílabos tônicos só serão acentuados , se terminarem em ( a ) , ( e ) e ( o ) com ousem ( s ) final.Ex.:- pá , pós , nu

5. Emprego das Classes de Palavras - Classe de palavrasSubstantivo, Adjetivo, Artigo, Numeral,Pronome, Verbo,Advérbio, Preposição,Conjunção, Interjeição

Substantivo - Substantivo é a classe variável que nomeia objetos, pessoas, sentimentos, lugares, ação, estado. Classificação:1) Substantivo abstrato: Nomeiam ações, estados, sentimentos, qualidades...Dependem de outros seres para existir. Não é possível visualizá-los.Ex.:alegria, tristeza2) Substantivo concreto: Nomeiam objetos, lugares, pessoas, animais...Podem ser visualizados.Ex.: Carmem, mesa, ursoNota:Quando se quer visualizar alegria posso desenhar um sorriso, por exemplo, mas não a alegria.3) Substantivo simples: Formados por apenas um radical.Ex.: cabra, tempo4) Substantivo composto: Formados por mais de um radical.Ex.: cabra-cega, passatempo5) Substantivo comum: Qualquer ser da espécie.Ex.: rua, praça, mulher6) Substantivo próprio: Um ser específico da espécie.Ex.: rua Rio de Janeiro, praça Duque de Caxias, Isabela7) Substantivo primitivo: Criam outras palavras.Ex.: terra, casa8) Substantivo derivado: São criados a partir de outras palavras.Ex.: terreiro, aterrar; casebre, casinha9) Substantivo coletivo: Os substantivos coletivos transmitem a noção de plural, embora sejamgrafados no singular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma espécie.

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18Ex.:Antologia = de trechos literários, Assembléia = de parlamentares, associadosBaixela = de objetos de mesa, Banca = de examinadoresNúmero:Formação do plural nos substantivos simples.Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s.Ex.: mapa/mapas, degrau/degrausTerminados em -ão: plural em -ões, -ães ou ãos.Ex.: questão/questões, capitão/capitães, irmão/irmãos

Terminados em -r, -z: acréscimo de -es. Ex.: bar/bares, raiz/raízesTerminados em -s: acréscimo de -es quando forem oxítonos; invariáveis quando não foremoxítonos.Ex.: país/países, lápis/lápis

Terminados em -l: substitui-se o -l por -is.Ex.: anel/anéis, álcool/álcooisExceções: mal/males, cônsul/cônsulesNota:Os substantivos terminados em -il flexionam-se de forma diferente: quando oxítonos, trocam o -l por-s (fuzil/fuzis), quando paroxítonos, trocam -il por -eis (projétil/projéteis).

Terminados em -m: trocam -m por -ns. Ex.: atum/atuns, álbum/álbuns

Terminados em -x: são invariáveis.Ex.: látex/látex, xerox/xerox

Terminados em -zito, -zinho: pluraliza-se a palavra primitiva sem o -s e a terminação.Ex.: balão + zinho = balõe(s) + zinhos/ balõezinhos

FORMAÇÃO DO PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS1)- As duas palavras vão para o plural quando ela for formada por :-a)- SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO:-Ex.:- tenente-coronel = tenentes-coronéisb)- SUBSTANTIVO + ADJETIVO:-Ex.:- amor-perfeito = amores-perfeitosc)- ADJETIVO + SUBSTANTIVO :-Ex.:- livre-pensador = livres-pensadoresd)- NUMERAL + SUBSTANTIVO:-Ex.:- quinta-feira = quintas-feiras

2)- Só a primeira palavra vai para o plural quando as duas palavras são ligadas porpreposição :- Ex.:- pé-de-moleque = pés-de-molequeObservação :- Quando a segunda palavra limita ou determina a primeira palavra , somente a primeiraflexiona .Ex.:- pombo-correio = pombos-correio( Modernamente usa-se os dois elementos no plural )

3)- Só a segunda palavra vai para o plural quando :-a)- Com PALAVRAS REPETIDAS e SONS IMITATIVOS DE VOZES OU RUÍDOS :-Ex.:- tico-tico = tico-ticosExceção :- Quando a formação da palavra for constituída de FORMAS VERBAIS REPETIDAS , os dois elementos flexionam :-Ex.:- corre-corre = corres-corresb)- Quando a primeira palavra for invariável :-Ex.:- sempre-viva = sempre-vivasc) VERBO + SUBSTANTIVO :-Ex.:- o saca-rolha = os saca-rolhas

4)- As duas palavras não vão para o plural com :-a)- VERBO + ADVÉRBIO :-Ex.:- o bota-fora = os bota-fora

* Alguns casos especiais que fogem da regra :-os louva-a-deus os diz-que-diz os bem-te-vis os bem-me-queres os joões-ninguém os arco-íris

Gênero: Quanto ao gênero, os substantivos podem ser:1) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino.Ex.: gato/gata, cabra/bode2) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gêneros.Os substantivos uniformes se subdividem em:Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavras macho efêmea.Ex.: formiga macho/formiga fêmea, cobra macho/cobra fêmeaComuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelodeterminante (artigo, pronome, adjetivo...).Ex.: a pianista/ o pianista, belo colega/ bela colegaSobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer a distinção pelosdeterminantes. A distinção pode ser feita pela expressão: do sexo masculino/ do sexofeminino.Ex.: a pessoa, a criatura, a criança, o cônjuge

Grau:É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia.Os substantivos podem estar em três graus:normal, aumentativo,diminutivo

As variações de grau podem ser feitas de duas formas:

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19Analítica: Acréscimo de um adjetivo: casa pequena/grande, pé pequeno/grandeSintética: Acréscimo de um sufixo: casinha-casebre/, pezinho/pezãoNota:Alguns sufixos utilizados na formação do grau sintético:Grau diminutivo, Grau aumentativo-inho, -zinho, -ebre, -im, -acho, -ejo, -eta, -ote...-ona, -ázio, -aça, -az, -arra...Ex.: amorzinho, riacho, lugarejoEx.: bocarra, copázio, mulheronaNota:A variação de grau dos substantivos pode trazer um efeito especial ao contexto. O diminutivo muitas vezes expressa carinho, afeto, menosprezo...(Que gatinho lindo!; Que mulherzinha vulgar!). O aumentativo pode expressar brutalidade,desprezo...(Ele tem o maior narigão!)

Artigo - Classe variável que define ou indefine um substantivo.Podem ser: Definidos: o/a, os/as, Indefinidos : um/uma, uns/umasFlexionam-se em: Gênero, NúmeroServem para: Substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra classe.Ex.: calça verde (adjetivo)/ o verde (substantivo) da camisa,não (advérbio) quero/ "Deu um não (substantivo) como resposta".Evidenciar o gênero do substantivo.Ex.: o colega/ a colega, o dó, o cônjuge

Preposição - Classe invariável que liga termos, às vezes, liga orações.Ex.:O professor gosta de trabalhos noturnos. (liga termos de uma oração)O professor gosta de trabalhar à noite. (liga orações)As preposições mais comuns:a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,perante, por, sem sob, sobre, trás

As preposições podem unir-se a outras palavras. Veja alguns exemplos :-pela = por + a no = em + o dele = de + elepelos = por + os num = em + um ao = a + opelo = por + o naquilo = em + aquilo à = a + apelas = por + as do = de + o àquele = a + aquelenas = em + as deste = de + este àquela = a + aquela

Adjetivo - Palavra variável que qualifica o substantivo ou palavra substantivada.Nota:Locução adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. Geralmente é constituída depreposição e substantivo ou preposição e advérbio.Ex.: mesa de madeira, casa da frente.

Há , porém , locuções adjetivas que não possuem adjetivos correspondentes.Ex.:- folha de papel , parede de tijolo , lata de lixo.

Flexão: Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões que ele: gênero, número e grau.1) Flexão de Gênero- quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:Biformes- possuem duas formas, uma para indicar cada gênero. Ex.: Que garoto bonito!/Que garota bonita!Uniformes- possuem apenas uma forma para indicar os dois gêneros. Ex.: Marcos era umaluno inteligente./Carla era uma aluna inteligente.Nota:Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia. Ex.: sapato azul-claro/sandália azul-clara

2) Flexão de Número - Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos simples para flexionarem em número. Ex.: útil/úteis, feroz/ferozesFORMAÇÃO DO PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOSProfessora Elisa1)- Os adjetivos compostos só recebem o plural no último elemento e somente se ele for adjetivo ,caso contrário não receberá.Ex.:- 1º elemento 2º elementoBlusa verde - clara ( singular ) Blusas verde - claras( plural )

Adjetivo - 2)- Os compostos de adjetivo + substantivo são invariáveis :-Ex.:- Tapetes verde - esmeralda ( plural )å o último elemento é um substantivo3)- Os componentes sendo palavra invariável + adjetivo , somente esse último flexionará :-Ex.:- Meninos mal - educados ( plural )4)- Invariável ficam também as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo :-Ex.:- Olhos cor - de - palha ( plural )

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES :-5)- Existem somente três adjetivos compostos que não seguem regra acima.São eles :- a)- O adjetivo surdo - mudo tem flexão nas duas palavras.

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20Ex.:- A menina surda - muda. ( feminino e singular ) / Os meninos surdos - mudos. ( masculinoe plural )b)- O adjetivo azul - marinho , que é invariável , isto é , não tem plural em nenhuma das palavras.Ex.:- Os sapatos azul - marinho ( plural )c)- O adjetivo azul - celeste , que também é invariável.Ex.:- Os mantos azul - celeste ( plural )

ADJETIVO PÁTRIOS COMPOSTOSAdjetivos pátrios indicam origem ou nacionalidade .Quando formamos os adjetivos pátrioscompostos, a tendência é sempre colocar primeiro o adjetivo mais curto , deixando o mais longocomo segundo elemento.Alguns adjetivos pátrios apresentam uma forma reduzida. Veja alguns exemplos :-África = afro Dinamarca = danoAlemanha = germano Europa = euroAmérica = américo Grécia = grecoÁsia = ásio Índia = indoÁustria = austro Inglaterra = angloBélgica = belgo Itália = ítaloChina = sino Japão = nipoEspanha = hispano Portugal = lusoAustrália = australo França = francoEx.:- Jogo entre Inglaterra e Portugal = Jogo anglo - portuguêsprimeiro coloca o adjetivo mais curto

3) Flexão de GrauA flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo.Grau comparativo:Igualdade. Ex.: Este cão é tão feroz quanto aquele.Superioridade. Ex.: Este cão é mais feroz que aquele.Inferioridade. Ex.: Este cão é menos feroz que aquele.

Grau superlativo:Absolutosintético. Ex.: Este cão é ferocíssimo.analítico. Ex.: Este cão é muito feroz.Relativosuperioridade. Ex.: Este cão é o mais feroz do bairro.inferioridade. Ex.: Este cão é o menos feroz do bairroAlguns adjetivos possuem formas especiais para o comparativo e o superlativo sintéticos. Observe:Adjetivo Comparativo Superlativopequeno menor mínimogrande maior máximo

Numeral - Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização . . .Os numerais podem ser:Cardinais- indicam uma quantidade exata.Ex.: quatro, mil, quinhentosOrdinais- indicam uma posição exata.Ex.: segundo, décimoMultiplicativos- indicam um aumento exatamente proporcional. Ex.: dobro, quíntuploFracionários- indicam uma diminuição exatamente proporcional. Ex.: um quarto, um décimoNumeral (cinco, segundo, um quarto) é diferente de número (5, 2º ,1/4). Evite usar números em seutexto. Eles deverão ser usados para dados, estatísticas, datas, telefones...Principais numeraisCardinaisOrdinaisMultiplicativosFracionáriosumprimeiro(simples)-doissegundodobro, duplomeiotrêsterceirotriplo, trípliceterçoquatro

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21quartoQuádruploquartocincoquintoQuíntuploquintoseissextoSêxtuplosextosetesétimoSétuplosétimooitooitavoÓctuplooitavonovenonoNônuplononodezdécimoDécuplodécimoonzedécimo primeiroonze avosIncluem-se entre os numerais as seguintes palavras :-zero , ambos , par , dezena , dúzia , década , vintena , centena , grosa , milheiro , milhar ( e outroscoletivos que indicam um agrupamento numericamente determinado , exato ), biênio , triênio ( eoutros que são numerais coletivos referentes a anos ).

EMPREGO DO NUMERAL1)- Na designação dos séculos , reis e papas ,usam-se os ordinais de um a dez e os cardinais de onze em diante.Ex.:- século V = século quinto século XV = século quinze

2)- Nas referências às páginas de um livro , usam-se de preferência os cardinais :-Ex.:- Abriu o livro na página 22. ( vinte e dois )

3)- Quanto à flexão de gênero : páginas , folhas , casas , apartamentos ,ruas , etc. , o numeral deveconcordar com a palavra número .Ex.:- página 1 = página um ( página número um )

4)- Se , no mesmo caso , empregamos o numeral antes dos substantivos , sempre se usará oordinal.Ex.:- Mora na vigésima primeira casa.

5)- A conjunção ( e ) é sempre intercalada entre as centenas , as dezenas e as unidades.Ex.:- trezentos e quarenta e nove

6)- Na escrita dos números por extenso não se põe vírgula entre uma classe e outra.Ex.:- 5.241 = cinco mil duzentos e quarenta e um

7)- Só se emprega a conjunção ( e ) , quando o número terminar numa centena com dois zeros.E.:- 1.800 ( um mil e oitocentos )

8)- Os numerais cardinais ( um ) , ( dois ) , e as centenas a partir de ( duzentos ) variam de gênero.Ex.:- um carro / uma casa dois carros / duas casas quatrocentos carros / quatrocentas casas

9)- Milhão , bilhão , trilhão , etc. variam em número ( singular e plural )Ex.:- dois milhões , vinte trilhões10 )- Os outros numerais cardinais são invariáveis. Ex.:- cinco casas

Pronome - É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome.Ex.: Ana disse para sua irmã:- Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa.1. eu substitui “Ana”2. meu acompanha “o livro de matemática”3. ele substitui “o livro de matemática”

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Quando o pronome substitui um nome, é pronome substantivo.Ex.: Ele estava aqui.É pronome adjetivo, quando o pronome acompanha um substantivo.Ex.: Eu preciso de meu livro.å substantivo

Flexão:Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa:Gênero = masculino e feminino Ele saiu (masculino) / Minha casa (feminino)Número = singular e plural Eu saí. (singular) / Nós saímos.(plural)Pessoa = 1ª, 2ª e 3ªMeu carro/ Teu carro/ Seu carro

Pronomes Pessoais - São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso:1ª pessoa - a pessoa que fala - EU/NÓS2ª pessoa - a pessoa com que se fala - TU/VÓS3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ELE/ELA/ELES/ELAS

Pronomes pessoais retos : são os que têm por função principal representar o sujeito oupredicativo.Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento.Pessoas do discurso Pronomes pessoais retos Pronomes pessoais oblíquosÁtonos TônicosSingular1ª pessoa eu Me mim, comigo2ª pessoa tu Te ti, contigo3ª pessoa ele/ela se, o, a, lhe si, ele, consigoPlural1ª pessoa nós Nos Nós, conosco2ª pessoa vós Vos Vós, convosco3ª pessoa eles/elas se, os, as, lhes si, consigo, eles

Pronomes Pessoais - Eu e MimMim :- Usa-se depois de preposição, utilizam-se os pronomes pessoais tônicos mim, ti , ele (s),você (s) , nós , vós. Ex.:- Correram atrás de mim.Eu :- Antes de verbo no infinitivo, utiliza-se o pronome pessoal do caso reto.Ex.:- Ele deu vários motivos para eu correr atrás dele.Observação:-Para mim, correr é uma arteNeste caso o pronome mim não tem ligação alguma com o verbo correrPoderia ser escrita assim:- Correr é uma arte para mim.

Pronomes OblíquosAssociação de pronomes a verbos:1) Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, -z,assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes.Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem.Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.Nota:Quando os verbos terminarem em -r, -s, -z, da 3ª conjugação, apenas levarão acento agudo seforem hiatos.Ex.: Dividir o lanche.Dividi-lo.Distribuir a merenda. Distribuí-la.

2) Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem asformas no, na, nos, nas.Ex.: Fizeram um relatório.Fizeram-no.

3) Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito daoração.Ex.: Maria olhou-se no espelho, Eu não consegui controlar-me diante do público.

4) Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeitodo verbo no infinitivo. Ex.:O professor trouxe o livro para mim.(pronome oblíquo, pois é um complemento)O professor trouxer o livro para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito)

Pronomes de Tratamento - São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade.Conheça alguns:você (v.) : tratamento familiarsenhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeitosenhorita (Srta.) : moças solteirasVossa Senhoria (V.Sª.) : para pessoa de cerimôniaVossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridadesVossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotesVossa Eminência (V.Emª.) : para cardeaisVossa Santidade (V.S.) : para o PapaVossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas

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23Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadoresVossa Alteza (V.A.) : para príncipes, princesas e duques

1) Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa.Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta àautoridade)2) Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, opronome "vossa" se transforma no possessivo "sua".Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta àautoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)

Pronomes Possessivos - São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa gramatical possuidora.As principais palavras que podem funcionar como pronomes possessivos:exNota:Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. Ex.: Ele afagou-lhe (= seus) os cabelos.

Pronomes Demonstrativos - Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo,e sua posição no interior de um discurso.Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração este, esta, isto,estes, estasPerto de quem fala (1ª pessoa), Presente Referente aquilo que ainda não foi dito.Referente ao último elemento citado em uma enumeração.Ex.: Não gostei deste livro aqui.Ex.: Neste ano, tenho realizado bons negócios.Ex.: Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida.

esse, essa, esses, essas Perto de quem ouve (2ª pessoa) Passado ou futuro próximosReferente aquilo que já foi dito.Ex.: Não gostei desse livro que está em tuasmãos. Ex.: Nesse último ano, realizei bons negócios Ex.: Gostava de química. Essaafirmação me deixou surpresa

aquele, aquela, aquilo, aqueles,aquelas Perto da 3ª pessoa, distante dos interlocutores.Passado ou futuro remotos Referente ao primeiro elemento citado em uma enumeração.Ex.: Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe Ex.: Tenho boas recordações de1960, pois naquele ano realizei bons negócios. Ex.: O homem e a mulher sãoMassacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida que aquele.

EMPREGO DO PRONOME DEMONSTRATIVO - ESTE , ESTA , ISTO1)- a 1ª pessoa ( eu, nós) e com o advérbio aqui.Ex.:- Este quadro aqui.

2)- Indica tempo presente ou bastante próximo do momento que se fala.Ex.:- Nesta aula estudamos pronomes.Ex.:- Esta noite irei ao forró.

3)- Quando estamos expondo ou vamos expor algo.Ex.:- Esta carta lhe escrevo . . .

4)- Com os possessivos:- meu, minha, nosso. Ex.:- Este meu perfume tem criado problemas.

5)- Ao fazer referência a um termo escrito imediatamente anterior.Ex.:- Quando chamei Roberval , este assustou-se.6)- São usados para o que está próximo da pessoa que fala. Ex.:- Esta prova eu tirei nota boa.

7)- Serve de chamar a atenção para o que se vai citar ou enumerar em seguida (caso em que o seuemprego é de regra) ou para o que foi citado ou enumerado antes (caso em que também se usaesse), equivalendo a o seguinte.

8)- Combina-se, às vezes, com esse(s) e/ou aquele(s), essoutro(s), estoutro(s), aqueloutro(s), e/oucom indefinidos (um, uns, algum, alguns, outro(s), etc.), dos quais, em tais casos, adquire o caráter.

9)- Embora com referência à pessoa com quem se fala deva preferir-se, normalmente, odemonstrativo esse, não raro se encontra o emprego de este para denotar a proximidade grandeentre as duas pessoas e/ou o interesse do falante pelo ouvinte.

10)- Sugerindo em princípio a noção de proximidade em relação à pessoa que fala, também se usa,na linguagem animada (como observa Said Ali), para dar a impressão de que alguma pessoa, coisa,lugar, embora afastados, nos interessam de perto. [O normal seria essa ou aquela, pois a 'fábrica'(= 'construção de edifício' -- no caso uma abóbada) é coisa afastada de quem fala, como se vê doadvérbio aí, anteriormente empregado, e como se vê, também pelo demonstrativo aquele, usadoimediatamente após o trecho transcrito: "Quem de longe olhasse para aquele extenso campo ....julgara ver o assento de uma cidade antiqüíssima."]

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2411)- Pode também, tratando-se de tempo, empregar-se em lugar de esse ou aquele. [A presençada idéia do ano no espírito de quem escreve, e a proximidade, no contexto, entre o ano decorrido e odemonstrativo, levaram os autores à preferência por este.]

ESSE , ESSA , ISSO Quando referem:-1)- a 2ª pessoa ( tu, vós ) e com o advérbio aí. Ex.:- Tu tens essa apostila ?Esse aí é o seu pagamento de R$ 170,00.2)- Indica tempo passado recente ou futuro próximo.Ex.:- Ontem nessa aula estudei pronomes.Amanhã passará esse filme do Digimon na tevê.Farei isso amanhã.

3)- Quando já mencionamos ou nos referimos ao que foi dito por nosso interlocutor.Ex.:- Termino essa carta . . .

4)- Com os possessivos:- teu, tua, vosso, seu, sua , etc.Ex.:- Esse chapéu não cabe em sua cabeça.

5)- Com o pronome de tratamento você. Ex.:- Quanto custou esse boné que está com você ?

6)- São usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala.Ex.:- Essa aí é a sua prova ?

AQUELE , AQUELA , AQUILO1)- Relacionam-se ao ser de que se fala, ou seja, o assunto ( 3ª pessoa ).Ex.:- Aquele dia eu quase morri.

2)- A 3ª pessoa ( ele, ela ) e com o advérbio ali, lá.Ex.:- Aquela blusa está ali.

3)- Indica passado distante.Ex.:- Quando havia poucos carros nas estradas , naquele tempo não havia tantos acidentes.

4)- São usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala.Ex.:- De quem é aquela blusa que ficou lá na quadra de esporte ?

Pronomes Indefinidos - São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa. Alguns pronomes indefinidos:Algum - mais - qualquer - bastante - menos - quanto - cada muito - tanto -certo - nenhum - todo/tudo - diferentes - outro um - diversos - pouco - vários - demais - qual -

Algumas locuções pronominais indefinidas:cada qual qualquer um tal e qual seja qual forsejam quem for todo aquele quem quer (que) uma ou outra todo aquele (que) tais e tais tal qual seja qual for

Uso de alguns pronomes indefinidos:1) Algum - a) quando anteposto ao substantivo da idéia de afirmação. Ex "Algum dinheiro terá sido deixado por ela."b) quando posposto ao substantivo dá idéia de negação.Ex "Dinheiro algum terá sido deixado por ela."Nota: O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção doenunciador.2) Demais - Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio "demais" ou com a locução adverbial "de mais".Ex.:" Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista." (locução adverbial)"Maria esperou os demais." (pronome indefinido = os outros)"Maria esperou demais." (advérbio de intensidade)3) Todo - É usado como pronome indefinido e também como advérbio, no sentido de completamente, mas possuindo flexão de gênero e número, o que é raro em um advérbio.Ex.: "Percorri todo trajeto." (pronome indefinido)"Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada." (advérbio)4) Cada - Possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas.Ex.: "Cada homem tem a mulher que merece."Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias), a nãoser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).Pode, às vezes, ter valor intensificador : "Mário diz cada coisa idiota!"

Pronomes Interrogativos - Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTOS, QUEM, QUAL, etc. Ex.: "Quantos livros teremos que comprar?""Ele perguntou quantos livros teriam que comprar.""Qual foi o motivo do seu atraso?"

Pronomes Relativos - São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo.Ex.:"A rua onde moro é muito escura à noite.", onde: pronome relativo que representa "a rua"a rua : antecedente do pronome "onde"Alguns pronomes que podem funcionar como pronomes relativos:FORMAS VARIÁVEIS FORMAS INVARIÁVEIS – Masculino, Feminino -

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25o qual / os quais a qual / as quais Quem, quanto / quantos quanta / quantas Quecujo / cujos cuja / cujas onde

1) O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisaspersonificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O QUAL"Ex.: "Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris."Antecedente: menina, Pronome relativo antecedido de preposição: de quem

2) Os pronomes relativos CUJO, CUJA sempre precedem a um substantivo sem artigo epossuem o significado "DO QUAL" "DA QUAL" Ex.: "O livro cujo autor não me recordo."

3) Os pronomes relativos QUANTO(s) e QUANTA(s) aparecem geralmente precedidos dospronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.Ex.: "Você é tudo quanto queria na vida."

4) O pronome relativo ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar.Ex.: "A casa onde moro é muito espaçosa."

5) O pronome relativo QUE admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa oupessoa, o pronome demonstrativo ou outro pronome.Ex.: "Quero agora aquilo que ele me prometeu."

6) Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unirduas orações em um só período. Ex.:A mulher parece interessada. A mulher comprou o livro.( A mulher que parece interessada comprou o livro.)

Interjeição - Classe invariável que expressa emoções, sensações...Algumas expressões das interjeições:alívio (Ufa!); dor (Ai!); espanto (Quê!); medo (Credo!); satisfação (Viva!)...Nota: 1) Locução interjeitiva é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeição. Ex.: Quehorror!; Queira Deus!2) Uma palavra pertencente a outra classe pode transformar-se em interjeição, tudo depende docontexto e da expressividade com que é falada. Ex.: Cuidado!; Coragem!

Advérbio - Classe invariável que expressa circunstâncias.Os advérbios se ligam a verbos, adjetivos ou outros advérbios.Ex.:"O aluno estudou muito".(advérbio ligado ao verbo estudou),"A mesa estava muito brilhante".(advérbio muito ligado ao adjetivo brilhante),"O trabalho ficou pronto muito tarde".(advérbio ligado ao advérbio tarde)Veja:-Possivelmente , vou jogar uma partida de vôlei amanhã cedo.Observe estas palavras destacadas :-possivelmente - amanhã - cedoEssas palavras grifadas são ADVÉRBIOS.Os ADVÉRBIOS podem referir-se ao verbo, ao adjetivo ou a outro advérbio.Ex.:- vivia a vida intensamente muito pequeno bem tardeô õ ö ô õ ö ô õ örefere-se ao verbo refere-se ao adjetivo (qualidade) refere-se ao advérbioDe acordo com o que expressam, os advérbios podem ser de:-1)- AFIRMAÇÃO:- sim , realmente, certamente . . .2)- NEGAÇÃO :- não, nunca, jamais .3)- DÚVIDA:- acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez . . .4)- LUGAR:- abaixo, acima, lá, aqui, ali, aí, além, atrás, fora, afora, dentro, perto, longe, adiante,diante, onde, aonde, avante, através, defronte, junto . . .5)- TEMPO:- agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, nunca, jamais, ainda,logo, antes, cedo, tarde, então, breve, brevemente, imediatamente, raramente, finalmente,simultaneamente . . .6)- MODO:- bem, mal, assim, depressa, devagar, melhor, pior, aliás, calmamente, livremente,fortemente, gentilmente e grande parte dos advérbios terminados em mente.7)- INTENSIDADE:- muito, pouco, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo,completamente, demasiadamente, excessivamente, demais, ligeiramente, levemente, quão, quanto,bem, mal, quase, apenas.

LOCUÇÃO ADVERBIAL Veja , agora:-De vez em quando saio para passear à tarde.Um conjunto de duas ou mais palavras que correspondem a um ADVÉRBIO denomina-seLOCUÇÃO ADVERBIAL. Conheça algumas locuções adverbiais:-às vezes de repente por certo, às pressas de cor por um triz, à noite de propósito sem dúvidaao acaso de vez em quando com certeza, à toa em breve passo a passode perto em cima lado a lado, de forma alguma por fora vez por outrade quando em quando por trás para trás. Ex.: Rubens estava morrendo de medo. ( locução adverbial que expressa a circunstância de causa);

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26A bela mulher apareceu na porta. (locução adverbial que expressa a circunstância de lugar)Nota:Não procure decorar os advérbios ou locuções adverbiais. O que faz com que uma palavra pertença a uma classe é a relação que ela estabelece com as outras.Por exemplo, a palavra meio pode ser advérbio, mas nem sempre o será.Veja: "Estava meio atrasado" (advérbio)"Resolvi dar meia volta" (numeral)"O meio universitário era favorável para a disseminação daquelas idéias" (substantivo)

EMPREGO DE MAL / MAU - Mal pode ser substantivo ou advérbio. Usa-se mal quando se puder substituir por bem. Ele será um substantivo quando vier acompanhado por um artigo ou pronome , podendo até ter flexão de plural.Caso não vier precedido de artigo ou pronome , será advérbio e conseqüentemente não terá plural.Ex. :- Você procedeu mal ! ( advérbio ). A Aids é um mal que se alastra rápido. ( substantivo )

Mau pode ser substantivo ou adjetivo. Usa-se mau quando se pode substituir por bom.Será um adjetivo se referir ao substantivo qualificando-o.Se vier antecedido de artigo ou pronome será um substantivo.Ex.:- Ele foi um mau filho. ( adjetivo )Os maus sofrerão de remorso e dor . ( substantivo )

Conjunção - Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados de uma oração.Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (ligando orações)Os pais viajaram para Orlando e Paris.(ligando termos dentro de uma oração)As conjunções podem ser: Subordinadas ou CoordenadasDica:As conjunções subordinadas e coordenadas serão tratadas com mais detalhes em Sintaxe.

Locução conjuntiva - Duas ou mais palavras com valor de uma conjunção.Ex.: já que, se bem que, a fim de.

Verbo - Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, um estado, umfenômeno.a) O policial prendeu o assassino.b) Maria foi atropelada pelo veículo.c) O assassino estava doente.d) No Nordeste quase não chove.a) O policial praticou uma ação;b) Maria sofreu uma ação;c) O assassino encontrava-se num certo estado;d) Quase não ocorre um dado fenômeno da natureza no Nordeste.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com aterminação do infinitivo:Infinitivo em AR - verbos de primeira conjugação (cantar, amar, procurar)Infinitivo em ER - verbos de segunda conjugação (correr, bater, ceder)Infinitivo em IR - verbos de terceira conjugação (ir, possuir, agir)O verbo irregular pôr e seus derivados ( antepor, compor, contrapor, opor, pospor, etc.) pertencem asegunda conjugação, pois são derivados da forma poer.Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática:CANTAR - vogal temática A (primeira conjugação)VENDER - vogal temática E (segunda conjugação)PARTIR - vogal temática I (terceira conjugação)

Estrutura do verbo (radical + terminação)O verbo possui uma base comum de significação que é chamada de RADICAL. A esse radical sejunta, em cada forma verbal, uma TERMINAÇÃO, da qual participa pelo menos um dos seguinteselementos:Vogal temática (-a- , -e-, -i- , respectivamente para verbos de 1ª, 2ª e 3ª conjugação)Ex.: cant-a, beb-era, sorr-iraO radical acrescido de vogal temática chama-se tema:CANTAR, VENDER, PARTIRDesinência temporal (ou modo temporal) - indica o tempo e o modo:canta (ausência de sufixo), cant-a-va, cant-a-raDesinência número-pessoal - identifica a pessoa e o número:canta (ausência de desinência), cant-a-va-s (2ª pessoa singular), cant-á-ra- mos (1ª pessoaplural)Todo o mecanismo da formação dos tempos simples repousa na combinação harmônica desseselementos flexivos com um determinado radical verbal. Muitas vezes, falta um deles, como, porexemplo:VOGAL TEMÁTICA, no presente do subjuntivo e, em decorrência, nas formas do imperativodele derivadas: cante, cantes, cante, etc.

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27DESINÊNCIA TEMPORAL, no presente e no pretérito perfeito do indicativo, bem como nasformas do imperativo derivadas do presente do indicativo: canto, cantas, canta, etc.; cantei,cantaste, cantou, etc.; canta (tu), cantai (vós);DESINÊNCIA PESSOAL,a) na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo (canta);b) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do imperfeito (cantava), do mais-que-perfeito (cantara) edo futuro do pretérito (cantaria) do indicativo;c) na 1ª e na 3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo (cante), do imperfeito dosubjuntivo (cantasse) e do futuro do subjuntivo (cantar);d) na 1ª e na 3ª pessoa do infinitivo pessoal (cantar).

Flexões do verbo - O verbo apresenta variações de número, pessoa, modo, tempo e voz.1. Número e PessoaO verbo admite dois números: singular (quando se refere a uma só pessoa ou coisa) e plural(quando se refere a mais de uma pessoa ou coisa).A primeira pessoa é aquela que fala e corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós(plural):1ª pessoa singular: eu falo1ª pessoa plural: nós falamosA segunda pessoa é aquela a quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) evós (plural):2ª pessoa singular: tu falas2ª pessoa plural: vós falaisA terceira pessoa é aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela(singular) e eles, elas (plural):3ª pessoa singular: ele fala3ª pessoa plural: eles falam

2. Modos - Os modos indicam as diferentes atitudes da pessoa que fala em relação ao fato que enuncia e são três:a) Indicativo: apresenta o fato como sendo real, certo, positivo.Ex.: Voltei ao colégio.b) Subjuntivo: apresenta o fato como sendo uma possibilidade, uma dúvida, um desejo.Ex.: Se tivesse voltado ao colégio, teria encontrado o livro.c) Imperativo: apresenta o fato como objeto de uma ordem, conselho, exortação ou súplica.Ex.: Volta ao colégio.

3. Formas nominais do verboSão chamadas formas nominais, porque podem desempenhar as funções próprias dos nomes(substantivos, adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o tempo nem omodo. São elas: o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO.Infinitivo- exprime a idéia de ação e seu valor aproxima-se do substantivo:"Navegar é precisoViver não é preciso" (Fernando Pessoa)Os verbos navegar e viver ocupam a função de um sujeito gramatical e por isso equivalem a umsubstantivo.O infinitivo pode ser :Pessoal - quando tem sujeito: É preciso vencermos esta etapa (sujeito: nós)Impessoal - quando não tem sujeito: Viver é aproveitar cada momento. (não há sujeito)Gerúndio - exprime um fato em desenvolvimento e exerce funções próprias do advérbio edo adjetivo:O menino estava chorando. (função de adjetivo)Pensando, encontra-se uma solução. (função de advérbio)Particípio - exerce as funções próprias de um adjetivo e por isso pode, em certos casos,flexionar-se em número e em gênero:Terminado o ano letivo, os alunos viajaram.Terminados os estudos, os alunos viajaram.

4. Tempo - O tempo verbal indica o momento em que acontece o fato expresso pelo verbo.São três os tempos básicos: presente, passado (pretérito) e futuro, que designam, respectivamente,um fato ocorrido no momento em que se fala, antes do momento em que se fala e que poderáocorrer após o momento em que se fala.O presente é indivisível, mas o pretérito e o futuro subdividem-se no modo indicativo e no subjuntivo.IndicativoPresente : estudoPretéritosPretérito Imperfeito: estudavaPretérito Perfeito simples: estudeiPretérito Perfeito composto: tenho estudadoPretérito Mais-que-perfeito simples: estudaraPretérito Mais-que-perfeito composto: tinha (ou havia) estudado

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28FuturosFuturo do presente simples: estudareiFuturo do presente composto: terei (ou haverei) estudadoFuturo do pretérito simples: estudariaFuturo do pretérito composto: teria (ou haveria) estudado

SubjuntivoPresente: estudePretéritosPretérito Imperfeito: estudassePretérito Perfeito composto: tenha (ou haja) estudadoPretérito mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudadoFuturosFuturo simples : estudarFuturo composto: tiver (ou houver) estudadoImperativoPresente: estuda (tu)Formação dos tempos simples (Primitivos e derivados)Quanto à formação dos tempos, estes dividem-se em primitivos e derivados.Primitivos:a) presente do indicativob) pretérito perfeito do indicativoc) infinitivo impessoalDerivados do Presente do Indicativo:Presente do subjuntivoImperativo afirmativoImperativo negativoDerivados do Pretérito Perfeito do Indicativo:Pretérito mais-que-perfeito do indicativoPretérito imperfeito do subjuntivoFuturo do subjuntivoDerivados do Infinitivo Impessoal:Futuro do presente do indicativoFuturo do pretérito do indicativoImperfeito do indicativoGerúndioParticípio2. Pretérito Perfeito do IndicativoO pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal.3. Infinitivo Impessoal1ª conjugação2ª conjugação3ª conjugaçãoCANTAR- 52 -VENDERPARTIR

Formação dos tempos compostosVoz ativaOs tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares TER ou HAVERacompanhados do particípio do verbo principal.Ex.:Alice tem cantado todas as noites., Alice havia cantado aquela noite.Voz passivaOs tempos compostos da voz passiva são formados com o uso simultâneo dos verbos auxiliaresTER (ou HAVER) e SER seguidos do particípio do verbo principal.Ex.:Segundo dizem, Alice teria sido assassinada por um amante.

Conjugação perifrástica - São as chamadas locuções verbais e constituem-se de um verbo auxiliar mais gerúndio ou infinitivo. Ex.:Alice tem de cantar hoje à noite.Alice estava cantando, quando ocorreu falta de energia elétrica.

Classificação dos verbosOs verbos podem ser classificados em :1. REGULARES2. IRREGULARES3. DEFECTIVOS4. ANÔMALOS5. ABUNDANTES

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29Nota:Antes de abordar acerca da classificação dos verbos, é necessário recordar o que significamvocábulos rizotônicos e arrizotônicos.Rizotônicos (do grego riza, raiz) são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical (Ex.:canto);Arrizotônicos são os vocábulos que têm o acento tônico depois do radical (Ex.:cantei )Quanto à conjugação, os verbos dividem-se em:

1. VERBOS REGULARES - aqueles que seguem um modelo comum de conjugação, semapresentar nenhuma mudança no radical (cantar..... canto/cantava/cantei). Para ser regular, umverbo precisa de sê-lo no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.

2. VERBOS IRREGULARES - são os verbos cujo radical sofre modificações no decurso daconjugação, ou cujas desinências se afastam das desinências do paradigma, ou ainda, aqueles quesofrem modificações tanto no radical quando nas desinências (pedir ... peço ; ser .... sou/era/fui).Nota: Quase sempre, a irregularidade surgida no tempo primitivo passa para os respectivos temposderivados. Um verbo pode ser irregular apenas em algumas de suas flexões, ou seja, ele poder se portar como regular em alguns tempos e como irregular em outros.Ex.: O verbo pedir possui no presente do indicativo uma irregularidade que só caracteriza a primeirapessoa do singular (peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem).Há três espécies de verbos irregulares:a. verbos cuja irregularidade se dá no radical (ou tema) - (irregularidade temática)Ex.: perder/ perco (o radical perd transformou-se em perc ; ferir: firo (o radical fer transformou-se emfir)b. verbos cuja irregularidade se dá na desinência (irregularidade flexional)Ex.: dar/ dou (a desinência regular da 1ª p.s. do indicativo da 1ª conjugação é -o)c. verbos cuja irregularidade se dá, ao mesmo tempo, no tema e na desinência (irregularidadetemático-flexional)Ex.: caber/ coube (houve alteração no radical, que de cab passou para coub, e, ao mesmo tempo,na desinência, que no paradigma é -i).

Defectivos - Aqueles que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas: colorir, precaver, etc.Nota: A defectividade verbal se explica mais pela falta de uso de determinados verbos (em determinados modos, tempos ou pessoas) que pela irregularidade fonética.Grupos de verbos que pertencem aos defectivosa) Verbos que não possuem as formas em que ao radical seguem "a" ou "o". Essa "deformação" sóocorre no presente do indicativo e do subjuntivo e, por analogia, no imperativo que é formado a partirdesses tempos. São exemplos: extorquir, latir, urgir, explodir, colorir, banir, esculpir, etc.

Verbos abundantes - São aqueles que apresentam duas ou mais formas em certos tempos, modos ou pessoa. Suas variantes mais freqüentes ocorrem no particípio.Ex.:absolver : absolvido, absolto anexar : anexado, anexodespertar : despertado, desperto gastar : gastado, gasto ganhar : ganhado, ganhomorrer : morrido, mortoO particípio regular vem, geralmente, acompanhado dos auxiliares ter e haver (na voz ativa) e oparticípio irregular acompanhado dos auxiliares ser e estar (na voz passiva), devendo-se considerarque não há uma regra a ser seguida.Ex.: Alice tinha ganhado o prêmio de melhor cantora.(voz ativa)O prêmio de melhor cantora foi ganho por Alice.(voz passiva)

Vozes Verbais - No que se refere à voz, o verbo pode ser ativo, passivo, reflexivo.1. Voz ativaO verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito éo agente da ação verbal.Ex.: O diretor da escola maltratou Alice. (O diretor da escola é o agente da ação verbal)2. Voz passivaO verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é omesmo que pratica a ação verbal.Ex.: Alice foi maltratada pelo diretor da escola. (Alice é o sujeito paciente porque recebeu a açãopraticada pelo agente da ação verbal que, no caso, é o diretor da escola)Nota: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) eambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significadode voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTEe AGENTE DA PASSIVA.

Procedimento para transformação de uma oração na voz ativa em uma oração na voz passivaVoz Ativa/ Voz PassivaMaria fez uma boa prova./ Uma boa prova foi feita por Maria.Maria (sujeito ativo) /Uma boa prova (sujeito paciente)fez (verbo ativo) /foi feita (verbo passivo)

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30uma boa prova (objeto direto) /por Maria (agente da passiva)Note-se que: O que era sujeito ativo transformou-se em agente da passiva.O verbo que era simples passou a composto.O complemento do verbo transformou-se em sujeito pacienteSurgiu, na voz passiva, uma preposição por (em alguns casos aparecerá no lugar de "por" apreposição "de"(rodeado de várias pessoas)Então, para ser possível transformar uma oração da voz ativa em voz passiva temos que ter algunselementos essenciais na voz ativa:1. Um sujeito2. Um verbo transitivo3. Um complemento verbal (verbos intransitivos impossibilitam a existência da voz passiva)A voz passiva é indicada de duas maneiras:

a- Passiva Analítica - Mediante o uso dos verbos auxiliares ser e estar e o particípio de certosverbos ativos: ser visto (sou visto, és visto, é visto....); estar abatido (estou abatido, estavaabatido....).Raramente, a passiva analítica aparecerá com outro verbos que desempenharão a função de um verbo auxiliar.Ex.: Alice vinha conduzida pelo namorado (voz ativa: o namorado conduzia Alice)É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da vozpassiva. No exemplo, Alice vinha conduzida pelo namorado, o verbo auxiliar (vir) está no mesmotempo que o verbo principal da voz ativa (conduzir)Ex.: O caçador matou a raposa / A raposa foi morta pelo caçador verbo principal verbo auxiliar no pretérito no pretérito perfeito perfeito

b- Passiva sintética ou pronominal - É formada mediante o uso do pronome SE (pronomeapassivador). Neste caso, o sujeito agente desaparece, porque não interessa ao narradormencioná-lo.Ex.: "Vendem-se jóias" - jóias não pratica a ação de vender, e, sim, recebe, sofre essa ação.Portanto, jóias não é o agente da ação verbal, sendo o sujeito paciente e o verbo é passivo, sendoessa passividade indicada pelo pronome SE. Essa mesma oração pode ser expressa por "Jóias sãovendidas" (passiva analítica), continuando o sujeito a ser jóias, que, por estar no plural levará o verbotambém para o plural.3. Voz Reflexiva - Na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. A voz reflexiva é formada de um verbo mais um pronome reflexivo (ME, TE, SE, NOS, VOS, SE). Muitas vezes, para se evitar ambigüidade, temos que, ao usar a voz reflexiva empregar outro recurso além do uso dessespronomes, como ocorre no exemplo seguinte:João e Paulo feriram-se.a) podemos ter um verbo passivo equivalente a João e Paulo foram feridosb) podemos ter um verbo reflexivo equivalente a João e Paulo feriram a si própriosc) podemos ter um índice de reciprocidade de ação, significando que João feriu a Paulo e Paulo feriua João.Para que o verbo possa ser considerado reflexivo nesse exemplo, sem ambigüidades, temos queacrescentar alguma expressão de reciprocidade: João e Paulo feriram-se reciprocamente / um aooutro / a si próprios, etc.Nos verbos reflexivos, vai sempre aparecer um pronome oblíquo, da mesma pessoa que o sujeito,sem o qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade;eu menós nostu tevós vosele seeles sePor isso os verbos reflexivos chamam-se também pronominais, dividindo-se em dois grupos:pronominais essenciais e pronominais acidentais.

Pronominais essenciais - são aqueles que vêm sempre acompanhados de pronome oblíquo:arrepender-se, queixar-se, indignar-se, abster-se, etc, e o pronome oblíquo que os acompanhanunca terá uma função sintática.Ex.: Ele se queixa sempre.Eu me queixo sempre.Tu te queixas sempre.

Pronominais acidentais - são os verbos transitivos diretos que, para indicar reflexibilidade da ação,vêm acompanhados do pronome oblíquo.Ex.: O bandido escondeu o dinheiro (verbo transitivo)O bandido escondeu-se (verbo reflexivo - escondeu a si próprio)

Verbo irregularAlguns verbos da língua portuguesa apresentam tantas irregularidades na sua conjugação, quetiveram de ser programados à parte, com regras especiais. Eles são exatamente quinze. A maiorparte corresponde aos verbos mais básicos e freqüentes da língua.DIZER

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31Na segunda pessoa do singular do imperativo, há duas formas de mesmo valor.IndicativoPRESENTE- Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.IMPERFEITO - Dizia, dizias, dizia, dizíamos, dizíeis, diziam.PERFEITO - Disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram.MAIS-QUE-PERFEITO - Dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis; disseram.FUT. DO PRESENTE - Direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.FUT. DO PRETÉRITO - Diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam.SubjuntivoPRESENTE - Diga, digas, diga, digamos, digais, digam.IMPERFEITO - Dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,dissessem.FUTURO - Disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem.Imperativo :AFIRMATIVO - Diz/dize, diga, digamos, dizei, digam.NEGATIVO - Não digas, não diga, não digamos, não digais, não digam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Dizer.INFINITIVO PESSOAL - Dizer, dizeres, dizer, dizermos, dizerdes, dizerem.GERÚNDIO - Dizendo.PARTICÍPIO - Dito.PERDER0 /d/ do radical transforma-se em c na primeira parte do singular do presente do indicativo e nasformas daí derivadas.indicativoPRESENTE - Perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdemIMPERFEITO - Perdia, perdias, perdia, perdíamos, perdíeis, perdiam.PERFEITO - Perdi, perdeste, perdeu, perdemos, perdestes, perderam.MAIS-QUE-PERFEITO - Perdera, perderas, perdera, perdêramos, perdêreis, perderam.FUT. DO PRESENTE - Perderei, perderás, perderá, perderemos, perdereis, perderão.FUT. DO PRETÉRITO - Perderia, perderias, perderia, perderíamos, perderíeis, perderiam.subjuntivoPRESENTE - Perca, percas, perca, percamos, percais, percam.IMPERFEITO - Perdesse, perdesses, perdesse, perdêssemos, perdêsseis, perdessem.FUTURO - Perder, perderes, perder, perdermos, perderdes, perderem.ImperativoAFIRMATIVO - Perde, perca, percamos, perdei, percam.NEGATIVO - Não percas, não perca, não percamos, não percais, não percam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL Perder.INFINITIVO PESSOAL - Perder, perderes,, perder, perdermos, perderdes, perderem.GERÚNDIO - Perdendo.PARTICÍPIO - Perdido.PODERSuas irregularidades se encontram no presente e no pretérito perfeito do indicativo, bem como nasformas daí derivadas. Não é usado no imperativo.IndicativoPRESENTE - posso, podes, pode, podemos, podeis, podem.IMPERFEITO - Podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam.PERFEITO - Pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam.MAIS-QUE-PERFEITO - Pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam.FUT. DO PRESENTE - Poderei, poderás, poderá, poderemos, podereis, poderão.FUT. DO PRETÉRITO - Poderia, poderias, poderia, poderíamos, poderíeis, poderiam.SubjuntivoPRESENTE - POSSa, possas, possa, possamos, possais, possam.IMPERFEITO - Pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem.FUTURO - Puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.ImperativoAFIRMATIVO - Não é usado.NEGATIVO - Não é usado.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - PoderINFINITIVO PESSOAL - Poder, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem.GERÚNDIO - Podendo.PARTICÍPIO - Podido.PÔREste verbo é também classificado como anômalo, devido às suas profundas irregularidades. Entreelas, uma característica singular na língua portuguesa: é o único verbo (além de seus compostos)que possui infinitivo irregular - sem vogal temática.

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32Na sua forma antiga (poer), apresentava a vogal temática e; por isso é agrupado aos verbos dasegunda conjugação.IndicativoPRESENTE - Ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.IMPERFEITO - Punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.PERFEITO - pus puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram.MAIS~QUE-PERFEITO - Pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram.FUT. DO PRESENTE --- Porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.FUT. DO PRETÉRITO - Poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam.SubjuntivoPRESENTE - Ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham. IMPERFEITO - Pusesse,pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem.FUTURO - Puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.ImperativoAFIRMATIVO - Põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham.NEGATIVO - Não ponhas, não ponha, não ponhamos, não ponhais, não ponham.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Pôr.INFINITIVO PESSOAL - Pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. GERÚNDIO - Pondo.PARTICÍPIO - postoPEDIROs verbos pedir, medir e ouvir são irregulares da terceira conjugação. No radical, o d (empedir e medir) e o v (em ouvir) transformam em /ç/ na primeira pessoa do singular do presente doindicativo e nas formas daí derivadas.IndicativoPRESENTE - Poço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem.IMPERFEITO - Pedia, pedias, pedia, pedíamos, pedíeis, pediam.PERFEITO - Pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram.MAIS-QUE-PERFEITO - Pedira, pediras, pedira, pedíramos, pedíreis, pediram.FUT. DO PRESENTE - Pedirei, pedirás, pedirá, pediremos, pedireis, pedirão.FUT. DO PRETÉRITO - Pediria, pedirias, pediria, pediríamos, pediríeis, pediriam.SubjuntivoPRESENTE Peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam.IMPERFEITO - Pedisse, pedisses, pedisse, pedíssemos, pedísseis, pedissem.FUTURO - Pedir, pedires, pedir, pedirmos, pedirdes, pedirem.ImperativoAFIRMATIVO - Pede, peça, peçamos, pedi, peçam.NEGATIVO - Não peças, não peça, não peçamos, não peçais, não peçam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Pedir.INFINITIVO PESSOAL - Pedir, pedires, pedir, pedirmos, pedirdes, pedirem.GERÚNDIO - Pedindo.PARTICÍPIO - Pedido.SABERIndicativoPRESENTE - Sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.IMPERFEITO - Sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam.PERFEITO - Soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam.MAIS-QUE-PERFEITO - Soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam.FUT. DO PRESENTE - Saberei, saberás, saberá, saberemos, sabereis, saberão.FUT. DO PRETÉRITO - Saberia, saberias, saberia, saberíamos, saberíeis, saberiam.SubjuntivoPRESENTE - Saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam.IMPERFEITO-- Soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soube s sem.FUTURO - Souber, souberes, souber, soubermos, souberdes,' souberem,ImperativoAFIRMATIVO - Sabe, saiba, saibamos, sabei, saibam.NEGATIVO - Não saibas, não saiba, não saibamos, não saibais, não saibam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Saber.INFINITIVO PESSOAL - Saber, saberes, saber, sabermos, saberdes, saberem.GERÚNDIO - Sabendo.PARTICÍPIO - Sabido.VERIndicativoPRESENTE - Vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem.IMPERFEITO - Via, vias, via, víamos, víeis, viam.PERFEITO - Vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.MAIS-QUE-PERFEITO - Vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.

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33FUT. DO PRESENTE - Verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.FUT. DO PRETÉRITO - Veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriamSubjuntivoPRESENTE - Veja, vejas,,veja, vejamos, vejais, vejam.IMPERFEITO - Visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem.FUTURO - Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.ImperativoAFIRMATIVO - Vê, veja, vejamos, vede, vejam.NEGATIVO - Não vejas, não veja, não vejamos, não vejais, não vejam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Ver,INFINITIVO PESSOAL - Ver, veres, ver, vermos, verdes, verem. GERÚNDIO - Vendo.PARTICÍPIO - Visto.IRAlguns autores chamam este verbo de anômalo, por apresentar profundas irregularidades, entre asquais a identidade com a conjugação do verbo ser, nas formas destacadas.IndicativoPRESENTE - Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.IMPERFEITO - Ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.PERFEITO - Fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.MAIS-QUE-PERFEITO - Fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.FUT. DO PRESENTE - Irei, irás, irá, iremos, ireis, irão.FUT. Do PRETÉRITO - Iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam.SubjuntivoPRESENTE - Vá, vás, vá, vamos, vades, vão.IMPERFEITO - Fosse, fosses, fosse, fôssemos, fósseis, fosseFUTURO, - For, fores, for, formos, fordes, forem.ImperativoAFIRMATIVO - Vai, vá, vamos, ide, vão.NEGATIVO - Não vás, não vá, não vamos, não vades, não vão.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - ir.INFINITIVO PESSOAL - Ir, ires, ir, irmos, irdes, irem.GERÚNDIO - Indo.PARTICÍPIO - Ido.VIRÉ também irregularidades classificado, como verbo anômalo, tantas são suas irregularidades.IndicativoPRESENTE - venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.IMPERFEITO - Vinha, vinhas. vinha, vínhamos, vínheis, vinhamPERFEITO - Vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.MAIS-QUE-PERFEITO - Viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram.FUT. DO PRESENTE - Virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.FUT. DO PRETÉRITO - Viria, virias, vida, viríamos, viríeis, viriam.SubjuntivoPRESENTE - Venha, e as, venha, venhamos, venhais, venham.IMPERFEITO - Viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem. FUTURO - Vier, vieres, vier,viermos, vierdes, vierem.ImperativoAFIRMATIVO - Vem, venha, venhamos, vinde, venham.NEGATIVO- Não venhas, não venha, não venhamos, não venhais, não venhamFormas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Vir.INFINITIVO PESSOAL - Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. GERÚNDIO - vindo.PARTICÍPIO - vindoFAZERNa segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo, há duas formas de mesmo valor.IndicativoPRESENTE - Faço, fazes, faz, fazemos, -fazeis, fazem.IMPERFEITO - Fazia, fazias, fazia, fazíamos, fazíeis, faziam.PERFEITO - Fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.MAIS-QUE-PERFEITO - Fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram.FUT. DO PRESENTE - Farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.FUT. DO PRETÉRITO - Faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.SubjuntivoPRESENTE - Faça, faças, faça, façamos, façais, façam.IMPERFEITO - Fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem.FUTURO - Fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.Imperativo

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34AFIRMATIVO - Faz/faze, faça, façamos, fazei, façamNEGATIVO - Não faças, não faça, não façamos, não façais, não façam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Fazer.INFINITIVO PESSOAL - Fazer, fazeres, fazer, fazermos, fazerdes, fazerem.GERÚNDIO - Fazendo.PARTICÍPIO - Feito.QUERERÉ pouco utilizado no imperativo, salvo com pronome de tratamento seguido de infinitivo: queiraentregar; queiram entregar.Na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo há, também, a forma quere, utilizada emPortugal.IndicativoPRESENTE - Quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.IMPERFEITO - Queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.PERFEITO - Quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.MAIS-QUE-PERFEITO - Quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.FUT. DO PRESENTE - Quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.FUT. DO PRETÉRITO - Quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis, quereriam.SubjuntivoPRESENTE - QueiraIMPERFEITO - Quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis,_, quisessem.FUTURO - Quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.ImperativoAFIRMATiVO - Quer/quere, queira, queiramos, quereiNEGATIVO - Não queiras, não queira, não queiramos não queiram.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - Querer.INFINITIVO PESSOAL - Querer, quereres, querer, querermos, quererdes, quererem.GERÚNDIO - Querendo.PARTICÍPIO - Querido.HAVERIndicativoPRESENTE - hei, hás, há, havemos, haveis, hãoIMPERFEITO – havia, havias, havia, havíamos, havÍeis, haviamPRETÉRITO – houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram.MAIS-QUE-PERFEITO - houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram.FUT. DO PRESENTE – haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis, haverão.FUT. DO PRETÉRITO – haveria, haverias, haveria, haveremos, haveríeis, haveriam.SubjuntivoPRESENTE – haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajamIMPERFEITO – houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem.FUTURO – houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem.ImperativoAFIRMATIVO – há, haja, hajamos, havei, hajam.NEGATIVO – não haja, não hajas, não haja, não hajamos, não hajais, não hajamFormas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL - haverINFINITIVO PESSOAL – Haver, haveres, haver, havermos, haverdes, haveremGERÚNDIOhavendoPARTICÍPIOhavidoSERIndicativoPRESENTE – sou, és, é, somos, sois, são.IMPERFEITO – era, eras, era, éramos, éreis, eram.MAIS-QUE-PERFEITO – fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.PERFEITO – fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.FUT. DO PRESENTE – serei, serás, será, seremos, sereis, serão.FUT. DO PRETÉRITO – seria, serias, seria, seríamos, seríeis, seriamSubjuntivoPRESENTE – seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam.IMPERFEITO – fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossemFUTURO – for, fores, for, formos, fordes, foremImperativoAFIRMATIVO – sê, seja, sejamos, sede, sejam.NEGATIVO – não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não sejam.Formas Nominais

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35INFINITIVO IMPESSOAL – serINFINITIVO PESSOAL – ser, seres, ser, sermos, serdes, serem.GERÚNDIO – sendoPARTICÍPIO - sidoESTARIndicativoPRESENTE – estou, estás, está, estamos, estais, estão.IMPERFEITO – estava, estavas, estava, estávamos, estáveis, estavam.MAIS-QUE-PERFEITO – estivera, estiveras, estivera, estivéramos, estivéreis, estiveram.PERFEITO – estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes, estiveram.FUT. DO PRESENTE – estarei, estarás, estará, estaremos, estareis, estarão.FUT. DO PRETÉRITO – estaria, estarias, estaria, estaríamos, estaríeis, estariam.SubjuntivoPRESENTE – esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam.IMPERFEITO – estivesse, estivesses, estivesse, estivésseis, estivessem.FUTURO – estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem.ImperativoAFIRMATIVO – está, esteja, estejamos, estai, estejam.NEGATIVO – não estejas, não esteja, não estejamos, não estejais, não estejam.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL – estarINFINITIVO PESSOAL – estar, estares, estar, estarmos, estardes, estarem.GERÚNDIO – estandoPARTICÍPIO – estadoTERIndicativoPRESENTE – tenho, tens, tem, temos, tendes, têm.IMPERFEITO – tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham.MAIS-QUE-PERFEITO – tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram.PERFEITO – tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram.FUT. DO PRESENTE – terei, terás, terá, teremos, tereis, terão.FUT. DO PRETÉRITO – teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam.SubjuntivoPRESENTE – tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham.IMPERFEITO – tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem.FUTURO – tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.ImperativoAFIRMATIVO – tem, tenha, tenhamos, tende, tenham.NEGATIVO – não tenhas, não tenha, não tenhamos, não tenhais, não tenham.Formas NominaisINFINITIVO IMPESSOAL – terINFINITIVO PESSOAL – ter, teres, ter, termos, terdes, terem.GERÚNDIO – tendoPARTICÍPIO – tido

6. Emprego do Sinal Indicativo de CraseÉ fusão da preposição a com o artigo a ou com o a inicial dos pronomes demonstrativos aquele,aquela, aquilo...etc.Na escrita é indicada por meio do acento grave ( ` ).Para que ela ocorra, é necessário que haja:a) um termo regente que exija a preposição a;b) um termo regido que seja modificado pelo artigo a ou por um dos pronomes demonstrativos de3.ª pessoa mencionados acima.

REGRA GERALA crase ocorrerá sempre que o termo anterior exigir a preposição a e o termo posterior admitir oartigo a ou as.Vou a a praia.= Vou à praia.Nota: Para se certificar, substitua o termo feminino por um masculino, se a contração ao for necessária, a crase será necessária.Ex.: Vou à praia./ Vou ao clube.

EMPREGO OBRIGATÓRIO DA CRASESempre ocorrerá crase:1) Nos casos em que a regra geral puder ser aplicada.Ex.: Dirigiu-se à professora.2) Nas locuções conjuntivas, adverbiais e prepositivas (formadas por a + palavra feminina ).À medida que passa tempo a violência aumenta.O povo brasileiro vive à mercê de políticos muitas das vezes corruptos.Gosto muito de sair à noite.

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363) Na indicação do número de horas, quando ao trocar o número de horas pela palavra meio-dia,obtivermos a expressão ao meio-dia.Retornou às oito horas em ponto./( Retornou ao meio-dia em ponto.)4) Nas expressões à moda de, à maneira de mesmo quando essas estiverem implícitas.Ex.:Farei para o jantar uma bacalhoada (à moda de Portugal) à portuguesa.

EMPREGO FACULTATIVO DA CRASE1) Diante de pronomes possessivos femininos.Vou a sua casa./ Vou à sua casa.2) Diante de nomes próprios femininos.Não me referia a Eliana./ Não me referia à Eliana.3) Depois da preposição até.Foi até a porta./ Foi até à porta.

CASOS EM QUE NUNCA OCORRE A CRASE1) Diante de palavras masculinas.Ex.:Saiu a cavalo e sofreu uma queda.2) Diante de verbos.Ex.:Ele está apto a concorrer ao cargo.3) Diante de nome de cidade (topônimo) que repudie o artigo.Ex.:Turistas vão freqüentemente a Tiradentes.Nota:1) Descubra se o nome da cidade aceita artigo: use o verbo VOLTAR . Se houver contração depreposição e artigo, existirá crase.Ex.: Voltei da Espanha./ Fui à Espanha.Voltei de Tiradentes./ Fui a Tiradentes.2) Se o nome da cidade estiver determinado, a crase será obrigatória.Ex.: Fui à histórica Tiradentes.4) Em expressões formadas por palavras repetidas ( uma a uma, frente a frente, etc.)Ex.:Olhamo-nos cara a cara.5) Quando o a estiver no singular diante de uma palavra no plural.Ex.:Como posso resistir a pessoas tão encantadoras?6) Diante do artigo indefinido uma.Ex.:Isto me levou a uma decisão drástica.7) Diante de Nossa Senhora e de nomes de santos.Ex.:Entregarei a Nossa Senhora da Conceição minha oferenda.8) Diante da palavra terra, quando esta significar terra firme, tomada em oposição a mar ou ar. Ex.:Os pilotos já voltaram a terra.9) Diante da palavra casa (no sentido de lar, moradia) quando esta não estiver determinada poradjunto adnominal. Ex.: Não voltarei a casa esta semana.Nota:Caso a palavra casa venha determinada por adjunto adnominal, ocorrerá a crase. Ex.: Não voltarei à casa de meus pais esta semana.10) Diante de pronomes que não admitem artigo: relativos, indefinidos, pessoais, tratamento edemonstrativos.Ex.: Dei a ela oportunidade de se redimir./ Solicito a V.Sª a confirmação do pedido./ Convidei avárias pessoas para a reunião.11) Diante de numerais cardinais quando estes se referem a substantivos não determinados peloartigo.Ex.: Daqui a duas semanas retornarei ao trabalho.

CRASE DA PREPOSIÇÃO A COM OS PRONOMES DEMONSTRATIVOSPreposição a + pronomes = à, àquilo, àquele(s), àquela (s)Ex.: Assistimos àquela peça teatral.Nota:A crase da preposição a com o pronome demonstrativo a ocorrerá sempre antes do pronomerelativo que (à que) ou da preposição de (à de).Ex.: Esta não é a pessoa à que me referia.

7. Sintaxe da oração e do períodoÉ a parte da gramática que estuda a palavra em relação às outras que com ela se unem paraexprimir um pensamento.O assassino era o escribaMeu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principalpredicado de sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjugação.Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava umjeito assindético de nos torturar com um aposto.Casou com uma regência.Foi infeliz.Era possessivo como um pronome.E ela era bitransitiva.Tentou ir para os EUA.

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37Não deu.Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.A interjeição de bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva o tempotodo.Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.(LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983)

Em uma análise sintática podemos ter:1- FraseÉ a reunião de palavras que expressam uma idéia completa, constitui o elemento fundamental dalinguagem, não precisam necessariamente conterem verbos.Ex.:"Final de ano, início de tormento".2- OraçãoÉ idéia que se organiza em torno de um verbo.Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida."Nota:O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe)Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfillançou nas páginas do Pasquim."3- PeríodoÉ o conjunto de orações. Ele pode ser constituído por uma ou mais orações.O período pode ser:a) simples- constituído por apenas uma oraçãoEx.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter".b) composto- constituído por mais de uma oração.Ex.: "Nós não podemos fingir /que as crianças não têm inconsciente".Período SimplesSujeitoElemento da oração a respeito do qual damos alguma informação. Seu núcleo (palavra maisimportante) pode ser um substantivo, pronome ou palavra substantivada.Ex.: “O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfillançou nas páginas do Pasquim.”Sujeito da 1ª oração: O Jeca-Tatu de Monteiro LobatoNúcleo do sujeito: Jeca-Tatu (substantivo)Tipos de sujeito:SimplesCompostoOculto, elíptico ou desinencialIndeterminadoInexistente ou oração sem sujeitoSujeito SimplesAquele que possui apenas um núcleo.Ex.: “Livros ganham as prateleiras dos supermercados.”núcleo: livrosSujeito CompostoAquele que possui mais de um núcleo.Ex.: Jogadores e torcedores reclamaram da arbitragem.núcleos: jogadores, torcedoresSujeito oculto, elíptico ou desinencialAquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência doverbo.Ex.: “Aonde vou, o que quero da vida?”Apesar do sujeito não estar expresso, pode ser identificado nas duas orações: eu.Sujeito indeterminadoAquele que não se quer ou não se pode identificar.Ex.: Vive-se melhor em uma cidade pequena.Absolveram o réu.Nota:O sujeito pode ser indeterminado em duas situações:verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito expresso: Telefonaram por engano para minha casa.verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome SE (índice deindeterminação do sujeito): Acredita-se na existência de políticos honestos.Sujeito inexistente ou oração sem sujeitoA informação contida no predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre oração sem sujeito quandotemos um verbo impessoal.O verbo é impessoal quando:Indica fenômenos da natureza (chover, nevar, amanhecer, etc.).Ex.: Anoiteceu muito cedo. Choveu muito no Rio de Janeiro hoje.Fazer, ser, estar indicarem tempo cronológico. Ex.: Faz meses que ele não aparece. Já éuma hora da tarde. Está quente em São Paulo.Haver tiver sentido de existir. Ex.: Havia mulheres na sala.Nota:Os verbos impessoais sempre ficarão na 3ª pessoa do singular (havia, faz...)

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38PredicadoÉ tudo aquilo que se informa sobre o sujeito e é estruturado em torno de um verbo. Ele sempreconcorda em número e pessoa com o sujeito.Quando é um caso de oração sem sujeito, o verbo do predicado fica na forma impessoal, 3ª pessoado singular. O núcleo do predicado pode ser um verbo significativo, um nome ou ambos.Ex.: “Seu trabalho tem uma ligação muito forte com a psicanálise”.

Tipos de predicado:Verbal,Nominal, Verbo-nominal

4) Predicado verbalAquele que tem como núcleo (palavra mais importante) um verbo significativo.Ex.: Ministro anuncia reajuste de impostos.Núcleo: anuncia (verbo significativo)Nota:O verbo significativo pode ser:a) transitivo direto (VTD). Ex.: O técnico comprou várias bolas.b) transitivo indireto (VTI). Ex.: O técnico gosta de bolas novas.c) transitivo direto e indireto (VTDI). Ex.: O técnico prefere melhores condições de trabalho a aumento de salário.d) intransitivo (VI). Ex.: O técnico viajou.

2) Predicado nominalAquele cujo núcleo é um nome (predicativo). Nesse tipo de predicado, o verbo não é significativo esim de ligação.Serve de elo entre o sujeito e o predicativo.Ex.: Todos estavam apressados. Núcleo: apressados (predicativo)

3) Predicado verbo-nominalAquele que possui dois núcleos: um verbo significativo e um predicativo do sujeito ou do objeto.Ex.: O juiz julgou o réu culpado.Núcleos: julgou- verbo significativoculpado- predicativo do objeto (o réu)Nota:Em caso de dúvidas, VER morfologia/classes de palavras/verbos e sintaxe/termos ligados ao nome/predicativo.

Termos ligados a verbosExistem alguns termos que se ligam aos verbos. São eles:Adjunto adverbial, Agente da passivaObjeto direto, Objeto indireto,

5) Adjunto adverbialÉ o termo da oração que se liga ao verbo, adjetivo ou advérbio para indicar uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade, negação, finalidade...).Ex.: “Na escola, fala-se muito pouco sobre o que as crianças pensam espontaneamente”.(circunstância de lugar)”Depois de refletir, uma menina ergueu a mão”. (circunstância de tempo)

2) Agente da passivaÉ o termo da oração que se liga ao verbo para indicar o agente da ação verbal. Sempre vemprecedido de preposição.Ex.: O abaixo-assinado foi feito pelos alunos.Nota:O agente da passiva só existe quando a oração estiver na voz passiva.

6) Objeto diretoÉ o termo da oração que completa o verbo transitivo direto (VTD) sem mediação de umapreposição.Ex.:”A prática estimula a reflexão filosófica independentemente da leitura”.Nota:Você sabe o que é um objeto direto preposicionado? Como não confundi-lo com um objeto indireto?O objeto direto preposicionado completa um verbo transitivo direto (VTD) enquanto um objetoindireto completa um verbo transitivo indireto (VTI).Geralmente é usado para solucionar casos de ambigüidade de oração ou por uma questão de estilo.Ex.:”Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma”. (FEFASP)amar (VTD); a seu pai (objeto direto preposicionado)

7) Objeto indiretoÉ o termo que completa um verbo transitivo indireto (VTI) com mediação de uma preposição.Ex.: Na formatura, ele lembrou-se da faculdade.

Termos ligados a nomesExistem alguns termos que se ligam aos nomes. São eles:Adjunto adnominal, Complemento nominalPredicativo, Aposto

Adjunto adnominalOs artigos, os pronomes adjetivos , os adjetivos, as locuções adjetivas e os numerais são

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39palavras que acompanham substantivo.Esses grupos de palavras exercem na frase a função de adjuntos adnominais.A locução adjetiva é formada de preposição + substantivo.Ex. :- As águas do mar parecem azuis. ( águas marítimas )A mudança de clima foi boa para a sua saúde. ( mudança climática )O adjuntos adnominais determinam ou caracterizam o substantivo.Compare:-Homem contava dinheiro. ( O homem sério contava dinheiro.)Alunos faltaram à aula. ( Dois alunos novos faltaram à aula de português. )

Complemento nominalÉ o termo da oração exigido como complementação de alguns nomes (substantivos abstratos,adjetivos ou advérbios). Geralmente é regido de preposição.Ex.: “A criança tinha necessidade de brincadeiras.”Os turistas tinham disposição para a caminhada.

PredicativoÉ o termo da oração que qualifica, classifica ou expressa um estado do núcleo do sujeito ou donúcleo do objeto.Ex.: Os torcedores saíram alegres. (predicativo do sujeito)Os torcedores consideraram o jogo fraco. (predicativo do objeto)

ApostoÉ o termo da oração que resume, explica ou especifica um nome.Ex.:”Graças ao pai da psicanálise, Sigmund Freud, a masturbação começou a ser entendida comum hábito saudável em qualquer idade, da infância à velhice.”Nota:O aposto geralmente vem marcado por algum tipo de pontuação: vírgula, travessão, parênteses ou dois-pontos.Ex.: Algumas frutas- duas ou três- foram escolhidas para a exposição.

VocativoÉ o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome. Não faz parte dosujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar ou interpelar o elemento a que se estádirigindo. É marcado por sinal de pontuação e admite anteposição de interjeição de chamamento.Ex.: Pai, perdoai nossos pecados. Querida, obrigado pela surpresa.

Período CompostoConjunto de orações constituído por mais de uma oração.O período composto pode ser:Coordenado, Subordinado

Período Composto por CoordenaçãoQuando o período composto é formado de duas orações independentes , dizemos que setrata de período composto por coordenação.Ex.:- Não tenho dinheiro aplicado , nem compro dólares.( 1ª oração ) ( 2ª oração )Quando as orações do período composto por coordenação seguem-se umas às outras ,separadas apenas por sinais de pontuação ( vírgula , dois-pontos ou travessão ) , elas sãochamadas orações coordenadas assindéticas.Ex.:- O homem desceu , olhou a moça , beijou-a fervorosamente.Quando , no período composto por coordenação , as orações são ligadas por meio deconjunção , elas são chamadas orações coordenadas sindéticas.Ex.:- O garoto pulou o muro e saiu correndo.( 1ª oração assindética ) ( conjunção ) ( 2ª oração sindética )Dependendo das conjunções que ligam as orações coordenadas sindéticas , elas seclassificam em:1)- ADITIVA quando juntam , somam termos ou orações.Conjunções :- e , nem , mas também , mas ainda , bem como , como também.2)- ADVERSATIVA quando exprimem uma ressalva , contraste , oposição.Conjunções :- mas , porém , contudo , todavia , entretanto , ao passo que , senão, no entanto , não obstante.3)- ALTERNATIVA quando indicar alternância , opção entre duas coisas.Conjunções :- ou , ou . . . ou , já . . . já , quer . . . quer , ora . . . ora, seja . . . seja.4)- CONCLUSIVA quando introduzem uma conclusão , uma dedução lógica.Conjunções :- logo , pois , portanto , por isso , assim , por conseguinte , então.5)- EXPLICATIVA quando iniciam uma oração que explica o sentido da oração anterior.Conjunções :- que , pois , porque , porquanto , visto que .Nota Importante :- Para você diferenciar ( pois ) como conjunção conclusiva e explicativa :-Pois { antes do verbo e dá para trocar por porque = explicativa }Ex.:- Estude , pois o vestibular está perto.Pois { depois do verbo = conclusiva }Ex.:- Estudou bastante; deve , pois passar no vestibular.Observações Complementares :-

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40Os conectivos ( conjunções ) têm valor típico; além de ligarem partes das orações ,estabelecem entre elas um certo tipo de relação no significado que se quer expressar. Podendo serconclusão , causa , contradição, condição , etc.Esses elementos não são formas vazias que podem ser substituídas entre si , sem nenhuma conseqüência.Veja um exemplo, a conjunção ( e ) aparece normalmente como uma progressão de significados que adiciona , acrescentando algo novo.Ex. :- Este trator serve para arar a terra e para fazer colheitas.Se não acrescentar nada , constitui para a repetição desnecessária , deve ser evitada.Ex.:- Tudo permanece imóvel e fica sem se alterar. ( errado ) - Porque o “ e” não adiciona nenhuma informação nova.Essa conjunção ( e ) , por exemplo , pode ter valor de adversidade no contexto .Ex.: Deitei-me , e não pude adormecer. - pode ser substituído naturalmente pela conjunção mas .

Período Composto por SubordinaçãoNo período subordinado, existem pelo menos uma oração principal e uma subordinada.A oraçãoprincipal é sempre incompleta, ou seja, alguma função sintática está faltando.As orações subordinadas desempenham a função sintática que falta na principal: objeto direto,indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal...Ex.: O rapaz gostava / de que todos olhassem para ele.Oração principal: O rapaz gostavaOração subordinada: de que todos olhassem para ele.A oração principal está incompleta, falta objeto indireto para o verbo gostar, a oração subordinadadesempenha a função de objeto indireto da principal.As orações subordinadas se subdividem em:1 – Substantivas 2 – Adjetivas 3 - AdverbiaisNota:As orações desenvolvidas são aquelas nas quais o verbo está conjugado em algum tempo:presente, pretérito e futuro.Ex.: Esperamos que passe de ano.As orações reduzidas são aquelas nas quais o verbo está em uma das formas nominais: infinitivo,gerúndio ou particípio. Ex.: Só sei cantar em italiano.

Oração Subordinada SubstantivaAs orações subordinadas substantivas exercem funções específicas do substantivo: sujeito, objeto,predicativo...Nota: As orações subordinadas substantivas desenvolvidas são introduzidas pelas conjunções integrantes se ou que e possuem verbos conjugados. As orações subordinadas substantivas reduzidas não são introduzidas por conjunções e possuem verbos na formas nominais (particípio, gerúndio ou infinitivo).Ex.: É possível que eu fracasse. ( oração desenvolvida)É possível fracassar. ( oração reduzida de infinitivo)

As orações subordinadas substantivas podem ser:1- Orações subordinadas substantivas objetivas diretasExercem a função de objeto direto do verbo da oração principal.Ex.: "Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens da cultura latino-americana.

2- Orações subordinadas substantivas objetivas indiretasExercem a função de objeto indireto do verbo da oração principal.Ex.: A nova máquina necessitava de que os funcionários supervisionassem mais o trabalho.

3- Orações subordinadas substantivas predicativasExercem a função de predicativo do sujeito da oração principal.Ex.: Meu consolo era que o trabalho estava no fim.

4- Orações subordinadas substantivas subjetivasExercem a função de sujeito da oração principal.Ex.: É difícil que ele venha.Nota:O verbo da oração principal sempre estará na 3ª pessoa do singular quando a oração subordinada por subjetiva.

5- Orações subordinadas substantivas completivas nominaisExercem a função de complemento nominal da oração principal.Ex.: Sua falha trágica é a dificuldade de ser maleável em relação à realidade.

6- Orações subordinadas substantivas apositivasExercem a função de aposto de algum nome da oração principal.Ex.:Há nas escolas uma norma: que os alunos são respeitados.Nota:A oração apositiva sempre estará pontuada, ou entre vírgulas ou depois de dois pontos.

Oração Subordinada AdjetivaPodem ser:1- RestritivasExercem a função de adjunto adnominal da oração principal, restringem o nome ao qual se referem,

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41não são separadas por vírgulas.Ex.: O trabalho que realizei ontem foi produtivo.2- ExplicativasExercem a função de aposto da oração principal, explicam o nome ao qual se referem, são sempreseparadas por vírgulas.Ex.: O computador, que é um meio rápido de comunicação, está conquistando todas as famílias.Nota:As orações subordinadas adjetivas sempre serão introduzidas por pronomes relativos.

Oração Subordinada AdverbialÉ aquela que se liga a um verbo da oração principal, funcionando como adjunto adverbial , logo elacompleta o sentido do verbo a que se refere.Ex.:- Saímos de casa quando amanheceu. ( Saímos de casa de manhã )Como os adjuntos adverbiais , as orações subordinadas adverbiais classificam-se de acordocom as circunstâncias que exprimem.Podem ser :-

1)- CAUSAL :- Indica um motivo , a razão do que se declara na oração principal.porque , visto que , já que , por isso , como (= porque ) , desde que , porquanto , uma vez que . . .Ex.: Chegou atrasado ao encontro, porque estava em uma reunião.2)- CONCESSIVA :- Denota um fato contrário que ocorreu na oração principal , mas sem anulá-lo.embora , ainda que , mesmo que , se bem que , apesar de que , conquanto , por maisque , posto que , sem que (= embora não ) . . .Ex.: Mesmo que trabalhe muito, não será recompensada.3)- CONDICIONAL :- Anuncia um fato necessário para que se realize outra ação expressa na oração principal.se , caso , contanto que , desde que , a não ser que , salvo que , a menos que , sem que (= se não ) . . .Ex.: Se ele partir, o projeto será cancelado.4)- CONFORMATIVA :- Indica um fato ou um dado prévio.conforme , como (= conforme ) , segundo , enquanto , consoante . . .Ex.: Segundo havíamos combinado, o viagem será cancelada.5)- FINAL :- Marca o objetivo da oração principal.para que , a fim de que , que (= para que ) . . .Ex.: Professores, tenham mais argumentos para pedir aumento salarial.6)- PROPORCIONAL :- Estabelece uma relação entre alguma coisa , há correspondência entre elas.à medida que , à proporção que , ao passo que , quanto mais , tanto mais . . .Ex.: À medida que a reunião avançava, ele se atrasava para o encontro.7)- TEMPORAL :- Fixa a época ou o tempo de um fato.quando , antes que , depois que , até que , sempre que , assim que , mal , logo que , desde que , enquanto , nem bem . . .Ex.: Logo que ele chegou, arrumou os trabalhos.8)- COMPARATIVA :- Revela um confronto entre duas ações.mais . . . que , mais . . . do que , menos . . . que , como , assim como , tanto . . . quanto , bem como , que nem . . .Ex.: Sua família é tão importante quanto seu trabalho.9)- CONSECUTIVA :- Aponta a conseqüência , resultado ou efeito de uma ação.que ( quando for precedido de tão , tanto , tal , tamanho ) , de forma que , de maneira que , de talforma , de tal sorte, nem que , de modo que , . . .Ex.: A reunião atrasou tanto que ele se atrasou para o encontro.

PONTUAÇÃO DAS ORAÇÕES ADVERBIAISNote , quando pospostas à oração principal , as orações subordinadas podem ou não serseparadas por vírgula. Quando antepostas ou intercaladas , as vírgulas são obrigatórias.Observe atentamente a pontuação :-Chegamos à velha cidade quando o sol se punha.Quando o sol se punha , chegamos à velha cidade.A velha cidade , quando o sol se punha , aconchegava-se no vale.

8. PontuaçãoMuitos dos erros gramaticais cometidos normalmente não podem ser considerados apenas comofalhas. Em alguns casos, comprometem em definitivo um texto. Invariavelmente, prejudicam oentendimento da linguagem, principalmente a clareza e a fluência, ou comprometem o conteúdo,tornando o texto ou parte dele incompreensível.Uma pontuação errada, principalmente se estiver na conclusão, pode afetar a estrutura de idéias, alinguagem, o conteúdo e até a estrutura, se estiver na conclusão. As falhas de pontuação do textopodem induzir a erros de lógica e por isso são inadmissíveis.Ao se redigir um texto, um dos aspectos mais importantes a ser considerado é a pontuação, cujouso adequado resulta em correção e elegância. Colocar bem uma vírgula, um ponto-e-vírgula, asaspas, e mesmo um ponto final, é essencial para a prática da redação.Um texto mal pontuado é, no mínimo, difícil de ser lido, além de deselegante, podendo mesmotornar-se incompreensível. Leia a frase seguinte:Um lavrador tinha um bezerro e a mãe do lavrador era também o pai do bezerro.Como se pode observar, esse enunciado é absurdo. Entretanto, um ponto final já serviria para

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42torná-lo mais claro (embora a construção continuasse feia):Um lavrador tinha um bezerro e a mãe. Do lavrador era também o pai do bezerro.Outro defeito muito comum, resultado da má pontuação, é a ambigüidade. Veja osexemplos:Eu como as aves rompendo os grilhões buscando a liberdade.Eu, como as aves, rompendo os grilhões, buscando a liberdade.Uma andorinha, só não faz verão.Uma andorinha só, não faz verão.Muitas são as regras de pontuação; também são muitas as possibilidades de construir um texto,dependendo da intenção de quem escreve e dos aspectos que o autor pretende ou não realçar. Isso significa que não podemos considerar o conjunto de regras de pontuação como algo inflexível, muito pelo contrário.Por essa razão, julgamos desnecessário enumerar todas as regras de pontuação; limitaremos onosso trabalho a alguns lembretes e sugestões:Bom-senso: esta é a primeira sugestão e a principal regra para a boa pontuação de um texto.Auxiliam o bom-senso algumas regrinhas menores, como: evitar construções complexas; ler o textovárias vezes para ter certeza de que ficou claro e preciso; dar atenção ao ouvido para perceber aspausas e o ritmo final do texto; treinar o ouvido lendo bons autores; etc.

1 - Ponto finalNormalmente não o usamos com a freqüência devida. Observe que a maioria dos principais autores modernos prefere a frase curta. Os períodos longos geralmente resultam em falta de clareza e erros de concordância; quanto mais distanciamos um sujeito do verbo, maior a possibilidade de errar a concordância, pois a tendência é concordar com a palavra mais próxima.Analise o seguinte trecho de Graciliano Ramos, em Vidas Secas:"Despedira-se, metera a carne no saco e fora vendê-la noutra rua,escondido. Mas, atracado pelo cobrador, gemera no imposto e na multa. Daquele dia em diante não criara mais porcos. Era perigoso criá-los."2 - VírgulaÉ o sinal de pontuação mais empregado e, conseqüentemente, o que apresenta maior número de regras. Entretanto, a regra maior afirma que a vírgula apenas isola graficamente aquilo que já está isolado pelo sentido. Dessa forma, os termos ou expressões que aparecem intercalados vêm entre vírgulas (apostos, vocativos, adjuntos adverbiais, termos independentes, expressões explicativas).Também usamos vírgula para realçar uma palavra ou expressão. Por outro lado, jamais devemos separar palavras ou termos que aparecem logicamente ligados, como o sujeito e o verbo, o verbo e seu complemento, o substantivo e seu adjunto adnominal, etc.Importante: Nunca coloque vírgula entre o sujeito e o verbo ou entre o verbo e seu complemento. Damesma forma, se entre os termos citados aparecer uma palavra ou expressão interrompendo aligação natural, ela deve ser isolada por vírgulas. Observe:João, foi à feira. (errado)João foi à feira. (correto)João, apesar de gripado, foi à feira. (correto)3 - Ponto-e-vírgulaÉ usado para se obter uma pausa maior do que a da vírgula; normalmente é empregado para separar orações coordenadas, itens de uma enumeração longa e mudanças de enfoque dentro de um mesmo período.Repare como Clarice Lispector trabalha o ponto-e-vírgula no fragmento abaixo:"As crianças, já incontroláveis, gritavam cheias de vigor.Umas já estavam de cara imunda; as outras, menores, já molhadas; a tarde caía rapidamente."4 - Dois-pontosSão utilizados para iniciar enumerações, esclarecimentos, citações. Veja como Lima Barreto empregou os dois-pontos:"O inglês era outra coisa: brutal de modos e fisionomia."5 - AspasSão usadas para indicar citações, transcrições, gírias, estrangeirismo e palavras usadas em sentido não-usual, em frases irônicas.6 - ReticênciasPossuem forte carga expressiva; por essa razão, apelamos para uma definição do poeta Mário Quintana:"ReticênciasAs reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho..."

9. Concordância Nominal e VerbalÉ o mecanismo pelo qual as palavras alteram sua terminação para se adequarem harmonicamente na frase.A concordância pode ser feita de três formas:1 - Lógica ou gramatical – é a mais comum no português e consiste em adequar o determinante(acompanhante) à forma gramatical do determinado (acompanhado) a que se refere.Ex.: A maioria dos professores faltou.O verbo (faltou) concordou com o núcleo do sujeito (maioria)Ex.: Escolheram a hora adequada.O adjetivo (adequada) e o artigo (a) concordaram com o substantivo (hora).2 - Atrativa – é a adequação do determinante :a) a apenas um dos vários elementos determinados, escolhendo-se aquele que está mais próximo:Escolheram a hora e o local adequado.O adjetivo (adequado) está concordando com o substantivo mais próximo (local)

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43b) a uma parte do termo determinado que não constitui gramaticalmente seu núcleo:A maioria dos professores faltaram.O verbo (faltaram) concordou com o substantivo (professores) que não é o núcleo do sujeito.c) a outro termo da oração que não é o determinado:Tudo são flores.O verbo (são) concorda com o predicativo do sujeito (flores).3 - Ideológica ou silepse - consiste em adequar o vocábulo determinante ao sentido do vocábulodeterminado e não à forma como se apresenta:O povo, extasiado com sua fala, aplaudiram.O verbo (aplaudiram) concorda com a idéia da palavra povo (plural) e não com sua forma (singular).Existem dois tipos de concordância:Verbal nominalConcordância VerbalOcorre quando o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito.Ex.: Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.Casos de concordância verbal:1) Sujeito simplesRegra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.Ex.: Nós vamos ao cinema.O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).Casos especiais:a) O sujeito é um coletivo- o verbo fica no singular.Ex.:A multidão gritou pelo rádio.Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs gritaram.b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do pronome.Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.e) O sujeito é o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordarcom o antecedente do pronome.Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de ..., quantos de..., etc.- o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronomepessoal (nós ou vós).Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular o verbo concorda com eles em pessoa e número.Ex.: Qual de vós me punirá.g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural- se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.h) O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral.Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.i) O sujeito é constituído pelas expressões a maioria, a maior parte, grande parte, etc.- o verbopoderá ser usado no singular ( concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).Ex.: Amaioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo)- o verbo poderá ser usado no singularou plural se este vier afastado do substantivo.Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade,temendo a violência da rua, permanecem em casa.]2) Sujeito compostoRegra geral: o verbo vai para o plural.Ex.: João e Maria foram passear no bosque.Casos especiais:a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes- o verbo ficará noplural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos.O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos.O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.Ex.: Tu e ele se tornarão amigos.(3ª pessoa do plural)Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo maispróximo do verbo.Ex.: Irei eu e minhas amigas.b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por e - o verbo concordará

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44com os dois núcleos.Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.Nota:Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleomais próximo do verbo.Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar noplural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não oajudava a se concentrar.d) Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ouapenas com o núcleo mais próximo.Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda com o apostoresumidor.Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...- o verbopoderá ficar no singular ou no plural.Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular quando a idéiafor de exclusão e plural quando for de inclusão.Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/ assim...como/ nãosó...mas também, etc.) - o mais comum é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitávelse os núcleos estiverem no singular.Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./ TantoErundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.Outros casos:1) Partícula SE:a- Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente nosingular.Ex.: Precisa-se de secretárias.Confia-se em pessoas honestas.2) Verbos impessoaisSão aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.Ex.: Havia sérios problemas na cidade.Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.Deve haver sérios problemas na cidade.Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.Nota:Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.O verbo existir não é impessoal. Veja:Existem sérios problemas na cidade.Devem existir sérios problemas na cidade3) Verbos dar, bater e soarQuando usados na indicação de horas, têm sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...) e com eledevem concordar.Ex.: O relógio deu duas horas.Deram duas horas no relógio da estação.Deu uma hora no relógio da estação.O sino da igreja bateu cinco badaladas.Bateram cinco badaladas no sino da igreja.Soaram dez badaladas no relógio da escola.4) Sujeito oracionalQuando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa dosingular.Ex.: Ainda falta/ dar os últimos retoques na pintura.5) Concordância com o infinitivoa) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração:- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.Ex.: Esperei-as chegar.- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verboda oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir,sentir e sinônimos).Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinantede verbo não causativo nem sensitivo.Ex.: Esperei saírem todos.b) Infinitivo pessoal e sujeito oculto- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.Ex.: Passamos horas a comentar o filme.(comentando)- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu )responderes, (tu) lerás o texto.- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e estáindicado por algum termo do contexto.Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.

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45- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e nãoestá indicado por nenhum termo no contexto.Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal- não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal quando devida à ordemdos termos da oração sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.- é facultativa a flexão do infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verboauxiliar estiver afastado ou oculto.Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela./Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.6) Concordância com o verbo ser:a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO,NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo.Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.Nota:Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.Ex.: Aquilo é sonhos vãos.b- O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM.Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?c- Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressãonumérica.Ex.: São nove horas./ É uma hora.Nota:Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias pois subentende-se a palavra dia.Ex.: Hoje são 24 de outubro./ Hoje é (dia) 24 de outubro.d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com opronome.Ex.: Aqui o presidente sou eu.Nota:Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro, considerando o sujeito da oração.Ex.: Eu não sou tu e- Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.Ex.: O menino era as esperanças da família.f- Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso,quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.g- Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficarinvariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com osujeito posposto.Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verboser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

Concordância NominalRegra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo aque se referem em gênero e número.Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmentealta.Concordâncias especiais:Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando como umadjetivo (variável) ora como um advérbio (invariável).Mais de um vocábulo determinado1- Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.Ex.: Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical, o adjetivo concorda com os doissubstantivos)Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar do adjetivo se referir aos dois substantivosele concordará apenas com o núcleo mais próximo)

Um só vocábulo determinado1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os adjetivos concordamcom o substantivoEx.: Seus lábios eram doces e macios.2- Bastante- bastantesQuando adjetivo, será variável e quando advérbio, será invariávelEx.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)Os alunos falam bastante. ( bastante será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo)3- Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprioSão adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.Ex.: A fotografia vai anexa ao curriculum.Os documentos irão anexos ao relatório.Nota:Quando precedido da preposição em, fica invariável.Ex.: A fotografia vai em anexo.

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46Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.Mesmo pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será portanto invariável.Ex.: Maria viajará mesmo para os EUA.Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, altoSão palavras que variam seu comportamento funcionando ora como advérbios (sendo assiminvariáveis) ora como adjetivos (variáveis).Ex.: Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.A água é barata./ A água custa barato.Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.5-É bom, é necessário, é proibidoSó variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante.Ex.: É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.6- Menos, alerta, pseudoSão sempre invariáveis.Ex.: Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.7- Só, sósQuando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios serão invariáveis.Ex.: A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)Nota:A locução adverbial a sós é invariável.Ex.: Preciso falar a sós com ele.8- Concordância dos particípiosOs particípios concordarão com o substantivo a que se referem.Ex.: Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo.Nota:Se o particípio pertencer a um tempo composto será invariável.Ex.: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.9- Um e outro, um ou outro, nem um nem outro deixam o substantivo no singular e o adjetivo noplural.Ex. Extraíram-me um e outro dente cariados.10- O adjetivo POSSÍVEL concorda com o artigo que inicia a expressão.Ex.: Trabalho com livros o melhor possível .Trabalho com livros os melhores possíveis.10. Regência Nominal e VerbalÉ a parte da Gramática Normativa que estuda a relação entre dois termos, verificando se um termoserve de complemento a outro. A palavra ou oração que governa ou rege as outras chama-seregente ou subordinante;os termos ou oração que dela dependem são os regidos ou subordinados.Ex.: Aspiro o perfume da flor. (cheirar)/ Aspiro a uma vida melhor. (desejar)Regência Verbal, Regência Nominal], Regência Verbal1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.3- Namorar – não se usa com preposição.Ex.: Joana namora Antônio.4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.Nota:Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados construções erradas quando osmesmos aparecem acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com Lúcio./ Antipatizo-mecom meu professor de História.6- Preferir - este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposição e o outrocom a preposição a.Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.Nota:Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras:antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica.

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47Verbos que apresentam mais de uma regência1 - Aspirara- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que aspirava.2 - Assistira) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnicoassistia os jogadores novatos.b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.Ex.: Não assistimos ao show.c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.Ex.: Assiste ao homem tal direito.d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.3 - Esquecer/lembrara- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.Ex.: Esqueci o nome dela.b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.Ex.: Lembrei-me do nome de todos.4 - Visara) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.Ex.: Viso a uma situação melhor.5 - Querera) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.Ex.: Quero muito aos meus amigos.6 - Procedera) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.Ex.: Suas queixas não procedem.b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.7 - Pagar/ perdoara) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela pagou aconta do restaurante.b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.:Perdoou a todos,8 - Informara) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.:Informou todos do ocorrido.2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos oocorrido.9 - Implicara) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indiretocom a preposição em.Ex.: Implicou o negociante no crime.c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.Ex.: Implica com ela todo o tempo.10- Custara) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender oproblema.b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro custou-me todas as economias.c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.Ex.: Imóveis custam caro.

Regência Nominal-Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. Conheça alguns:1- acessível a 2- acostumado a, com3- adaptado a, para4- afável com, para com5- aflito com, em, para, por6- agradável a7- alheio a, de8- alienado a, de

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489- alusão a10- amante de11- análogo a12- ansioso de, para, por13- apto a, para14- atento a, em15- aversão a, para, por16- ávido de, por17- benéfico a18- capaz de, para19- certo de20- compatível com21- compreensível a22- comum a, de23- constante em24- contemporâneo a, de25- contrário a26- curioso de, para, por27- desatento a28- descontente com50- hostil a51- idêntico a52- impossível de53- impróprio para54- imune a55- incompatível com56- inconseqüente com57- indeciso em58- independente de, em59- indiferente a60- indigno de61- inerente a62- insaciável de63- leal a64- lento em65- liberal com66- medo a, de67- natural de68- necessário a69- negligente em70- nocivo a71- ojeriza a, por72- paralelo a73- parco em, de74- passível de75- perito em76- permissivo a77- perpendicular a29- desejoso de30- desfavorável a31- devoto a, de32- diferente de33- difícil de34- digno de35- entendido em36- equivalente a37- erudito em38- escasso de39- essencial para40- estranho a41- fácil de42- favorável a43- fiel a44- firme em45- generoso com46- grato a47- hábil em48- habituado a49- horror a

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4978- pertinaz em79- possível de80- possuído de81- posterior a82- preferível a83- prejudicial a84- prestes a85- propenso a, para86- propício a87- próximo a, de88- relacionado com89- residente em90- responsável por91- rico de, em92- seguro de, em93- semelhante a94- sensível a95- sito em96- suspeito de97- útil a, para98- versado em

Colocação PronominalÉ a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase.Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumasnormas devem ser observadas sobretudo na linguagem escrita.Nota:Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e e em último caso ênclise.Próclise: É a colocação pronominal antes do verbo.A próclise é usada:1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:a) Palavra de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.Ex.: Não se esqueça de mim.b) Advérbios. Ex.: Agora se negam a depor.c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me negariam.d) Pronomes relativos. Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.e) Pronomes indefinidos. Ex.: Poucos te deram a oportunidade.f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas.2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: Quem te fez a encomenda?3) Orações iniciadas pr palavras exclamativas. Ex.: Quanto se ofendem por nada!4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude.Mesóclise: É a colocação pronominal no meio do verbo.A mesóclise é usada:1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbosnão estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.Ex.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.Ênclise: É a colocação pronominal depois do verbo.A ênclise é usada quando a próclise e amesóclise não forem possíveis:1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-te.3) Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me embora agora mesmo.4) Quando houver pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.5- Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida.Nota:O pronome poderá vir proclítico quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa.Ex.: É preciso encontrar um meio de não o magoar./ É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.Colocação pronominal nas locuções verbais1) Quando o verbo principal for constituído por um particípioa) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. Ex.: Haviam-me convidado para a festa.b) Se, antes do locução verbal, houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficaráantes do verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa.Nota:Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise,desde que não haja antes dele palavra atrativa.Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa.2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.Ex.: Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliarou depois do verbo principal.Ex.: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando.

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50Combinações verbo-pronominaisCom os pronomes oblíquos : O , A , OS , AS , pospostos ao verbo , temos a observar :1)- As formas verbais terminadas em -R , -S , -Z , perdem essas letras e o oblíquo precede-se de L:Ex.:- Vender as maçãs. Refiz o trabalho. Propus novos negócios.Vendê-las. Refi-lo. Propu-los.2)- O oblíquo precede-se de ( N ) se a forma verbal terminar em nasal ( ÃO , ÕE , M ) :Ex.:- Comprarão toda a safra de soja.Comprarão-na.3)- A desinência -MOS ( 1ª pessoa do plural ) perde o -S final quando seguida de NOS , VOS , LHESEx.:- Desejamos a vocês sucesso na vida. Desejamos a ela muita sorte.Desejamo-lhes sucesso na vida. Desejamos-lhe muita sorte. ( no singular não sofre alteração )4)- Terminando em vogal não tem nenhuma modificação :Ex.:- Comprei as apostilas usadas.Comprei-as.5)- Os verbos terminados em ( i ) não são acentuados , a não ser que formem hiato .Ex.:- Seguir meu destino . Constituir as leis .Segui-lo. Constituí-las.11. Significação das PalavrasToda palavra é constituída de morfemas, que são elementos lingüísticos mínimos os quais têm significado.São eles: radical, afixos, infixos, vogal temática, tema e desinências1) Radical: é o elemento comum de palavras cognatas também chamadas de palavras da mesmafamília. É responsável pelo significado básico da palavra.Ex.: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre...Nota:Às vezes, ele sofre pequenas alterações.Ex.: dormir, durmo; querer, quisAs palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas.Ex.: passatempo2) Afixos: são partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:a) Prefixos: colocados antes do radical.Ex.: desleal, ilegalb) Sufixos: colocados depois do radical.Ex.: folhagem, legalmente3) Infixos: são vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitara pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética.Os infixos não sãosignificativos, não sendo considerados morfemas.Ex.: café-cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro4) Vogal Temática: ela (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Fica entre doismorfemas. Existe vogal temática em verbos e nomes. Ex.: beber, rosa, salaNos verbos, a VT indica a conjugação a que pertencem (1ª , 2ª ou 3ª).Ex.: partir- verbo de 3ª conjugaçãoHá formas verbais e nomes sem VT. Ex.: rapaz, mato (verbo)Nota:A VT não marca nenhuma flexão, portanto é diferente de desinência.5) Tema: é o tema = radical + vogal temáticaEx.: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a6) Desinências: São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais.Podem ser:Nominais: indicam gênero e número de nomes ( substantivos, adjetivos, pronomes,numerais ).Ex.: casa - casas, gato - gataVerbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem dois tipos de desinências verbais:a) desinências modo-temporal (DMT)Ex.: nós corrêssemos, tu correras (DMT)b) desinências número-pessoal (DNP).Ex.: Nós corremos, se eles corressem (DNP)Nota:A divisão verbal em morfemas será melhor explicada em: classes de palavras/ verbos.Algumas formas verbais não têm desinências como: trouxe, bebe...Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio).Ex.:beber, correndo, partidoQuadro das principais desinênciasDESINÊNCIASNominais Gêneromasculino (-o)feminino (-a)Número singular (não há)plural (-s) Verbais de tempo e modo-va,-ve: imperfeito do indicativo, 1ª conjugação-ia, -ie: imperfeito do indicativo, 2ª e 3ª conjugações-ra, -re: mais-que-perfeito do indicativo (átono)-sse: imperfeito do subjuntivo-ra, -re: futuro do presente do indicativo (tônico)

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51-ria, -rie: futuro do pretérito do indicativo-r: futuro do subjuntivo-e: presente do subjuntivo, 1º conjugação-a: presente do subjuntivo, 2º e 3º conjugações de pessoa e número-o: 1ª pessoa do singular, presente do indicativo-s: 2ª pessoa do singular-mos: 1ª pessoa do plural-is-, -des: 2ª pessoa do plural-m: 3ª pessoa do plural

Verbo-nominais-r: infinitivo-ndo: gerúndio-do: particípio regularFormação de palavrasManeira como os morfemas se organizam para formar as palavras. Veja:NeologismoBeijo pouco, falo menos ainda.Mas invento palavrasQue traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.Inventei, por exemplo, a verbo teadorar.Intransitivo:Teadoro, Teodora.(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.Rio de Janeiro: José Olympio, 1970)Os principais processos de formação são: derivação, composição, hibridismo, onomatopéia, sigla,abreviação.DerivaçãoProcesso de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada de primitiva. Osprocessos de derivação são:a) A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais sãoacrescentados à palavra primitiva.Ex.: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente.b) A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais sãoacrescentados à palavra primitiva.Ex.: realmente, folhagem.c) A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavraprimitiva de forma independente, ou seja, sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado.Ex.: deslealmente ( des- prefixo e -mente sufixo ). Você pode observar que os dois afixos sãoindependentes: existem as palavras desleal e lealmente.d) A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavraprimitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser usados aomesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.Ex.: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, poisos afixos não podem se separar.e) derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem. Ex.: mengo(flamengo), dança (dançar), portuga (português).f) A derivação imprópria é a mudança de classe ou conversão ocorre quando palavra comumenteusada como pertencente a uma classe é usada como fazendo parte de outra.Ex.: coelho (substantivo comum) usado como substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; verdegeralmente como adjetivo (Comprei uma camisa verde.) usado como substantivo (O verde doparque comoveu a todos.)ComposiçãoProcesso de formação de palavras através do qual novas palavras são formadas pela junção deduas ou mais palavras já existentes.Existem duas formas de composição:Justaposição, AglutinaçãoA justaposição ocorre quando duas ou mais palavras se unem sem que ocorra alteração de suasformas ou acentuação primitivas. Ex.: guarda-chuva, segunda-feira, passatempo.A composição por aglutinação ocorre quando duas ou mais palavras se unem para formar umanova palavra ocorrendo alteração na forma ou na acentuação.Ex.: fidalgo (filho + de +alto)aguardente (água + ardente)embora (em+boa+hora)HibridismoConsiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes.Ex.: auto/móvel (grego + latim); bio/dança (grego + português)Onomatopéia

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52Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos.Ex.: triiim, chuá, bué, pingue-pongue, miau, tique-taque, zunzumSiglaConsiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílaba de cadapalavra.Ex.: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais,IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaAbreviaçãoConsiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação.Ex.: moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema).Abreviatura e SiglaAbreviatura é uma palavra escrita de forma abreviada ; geralmente termina em consoante e ponto final.Ex.:- página p. ou pág. ; capitão cap. ; professor prof. ; av. avenidaConheça algumas abreviaturas.1) Km û quilômetrom û metrol û litroKg û quiloÀÄÂÄÙNas abreviaturas do sistema métrico decimal , não se usa ponto e , no plural , sem S : três m ,quatro l , etc.2) N û NorteS û SulL û LesteO û OesteÀÄÂÄÙNas abreviaturas dos pontos cardeais, usam-se a letra inicial do nome , sem ponto.3) D. ou d. û dom , donasr. ou Sr. û senhor ( plural = srs. , Srs. )Srª. ou srª. û senhora (Srª. ou Sra. )Dr. ou dr. û doutorDrª. ou drª. û doutoraÀÄÂÄÙNas abreviaturas de títulos , usam-se letra maiúscula ou , mais comumente , minúscula e ponto final.4) V. Exª û Vossa Excelência5) A. û Sua Alteza6) M. û Vossa majestadeV. Emª. û Vossa EminênciaÀÄÂÄÙ5) Nas abreviaturas dos pronomes de tratamento , usam-se letra maiúscula e ponto final. h û hora , horasmin û minuto , minutosÀÄÂÄÙNa abreviatura de horas e minutos , usam-se minúsculas , sem ponto final.Ex.:-8 h 21h30 min 17 h6) ONU û Organização das Nações UnidasPT û Partido dos TrabalhadoresCIC û Cartão de Identidade do ContribuinteAs abreviaturas formadas com as letras iniciais de nomes de partidos políticos , órgãos ,documentos , empresas , estados , etc. chamam-se siglas.Na prática , eliminam-se , modernamente , os pontos abreviativos nas siglas , cuja finalidade ,aliás , é poupar tempo e espaço7) Embratel û Empresa Brasileira de TelecomunicaçõesMasp û Museu de Arte de São PauloÀÄÂÄÙQuando a sigla tem mais de três letras que podem ser pronunciadas , usa-se só a primeira em maiúscula.8) PR û ParanáRN û Rio Grande do NorteÀÄÂÄÙNo que diz respeito às siglas dos estados brasileiros , as duas letras deverão ser maiúsculas, sem ponto entre elas.Importante :-a) As siglas são comuns nos textos , mas as abreviaturas não , e devem , inclusive , ser evitadas.b) Os designativos de nomes geográficos devem ser escritos por extenso :Ex.:- São Paulo ( e não S. Paulo ) , Santo Amaro ( e não S. Amaro )c) Mantêm-se os acentos nas abreviaturas , como : séc. ( século ) , gên. ( gênero ) , pág.( página ) e outros.

Uso do HífenRegra Geral :- em palavras formadas por prefixos ou radicais ( nunca se usa hífen ) , e se a palavrajustaposta ao prefixo não começar por vogal , h , r , s .

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53Ex.:- infravermelho , supervisão , semicírculo , supranormal , neolatina.Casos obrigatórios do uso do hífen:-1)- auto , contra , extra , infra , intra , neo , proto ,pseudo , semi , supra , ultra.seguidos de vogal , h , r ou s .Ex.:- ultra-som , contra-senso , ultramoderno( Exceção :- extraordinário )2)- além , aquém , bem , co , grã , grão , nuper , pára , pós , pré , pró , recém , sem , sota, soto ,vice .antes de qualquer letra usa-se o hífen.Ex.:- grã-duqueza , pré-natal3)- circum , com , mal , pan .antes de vogal e h. Ex.:- pan-americano4)- ante , anti , arqui , sobre .seguido de h , r ou s .Ex.: - sobre-roda , ante-sala5)- ab , ad , ob , sobseguido de r. Ex.:- ab-rogar , sob-roda6)- subantes de b e r .Ex.:- sub-reptício , subdelegado7)- hiper , inter , superantes de h e r.Ex.:- super-resistente , hiperacidez8)- entre -antes de h .Ex.:- entre-hostil , entrelinha9)- extem hífen quando a palavra tem vida a parteEx.:- ex-diretor , expatriar ( movimento para fora )

12. Redação de Correspondências OficiaisEm cada uma das modalidades fez-se a opção por uma linha de apresentação seqüenciada,constituída de definição, estrutura, observação e seguida de exemplificação dos atos administrativoscitados.O documento também apresenta uma introdução que reforça a necessidade do redator ater-se aprincípios que consolidem a comunicação oficial como instrumento de clareza e objetividade.A redação oficial consubstancia todo um mecanismo que revela nitidamente a existência de cincoelementos na sua formação, a saber: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.1. Competência - É a condição primeira para a validade do ato administrativo. Nenhum ato pode serrealizado validamente sem que o agente disponha de poder legal para praticá-lo.2. Finalidade - É o objetivo de interesse público a atingir. Não se compreende ato administrativosem fim público.3. Forma - A forma em que se deve exteriorizar o ato administrativo constitui elemento vinculado eindispensável à sua perfeição. A inexistência da forma induz à inexistência do ato administrativo. Aforma normal do ato administrativo é a escrita, embora atos existam consubstanciados em ordensverbais, e até mesmo em sinais convencionais, como ocorre com as instruções momentâneas desuperior a inferior hierárquico, com as determinações da polícia em casos de urgência e com asinalização do trânsito. No entanto, a rigor, o ato escrito em forma legal não se exporá à invalidade.4. Motivo - O motivo ou a causa é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza arealização do ato administrativo.O motivo, como elemento integrante da perfeição do ato, pode vir expresso em lei, como pode serdeixado a critério do administrador.Em se tratando de motivo vinculado pela lei, o agente da administração, ao praticar o ato, fica naobrigação de justificar a existência do motivo, sem o qual o ato será inválido ou pelo menosinvalidável por ausência da motivação.5. Objeto - O objeto do ato administrativo é a criação, a modificação ou a comprovação desituações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à atuação do PoderPúblico. Neste sentido, o objeto identifica-se com o conteúdo do ato e por meio dele a administraçãomanifesta o seu poder e a sua vontade ou atesta simplesmente situações pré-existentes.Os atos administrativos, neste manual, foram agrupados em seis capítulos:I - Atos de Correspondência;II - Atos Enunciativos;III - Atos Normativos;IV - Atos de Ajuste;V - Atos Comprobatórios;VI - Outros Atos.Atos de Correspondência1. Características e/ou QualidadesImpessoalidade - Uso de termos e expressões impessoais. O que se comunica é sempre algumassunto relativo às competências de um órgão público e o destinatário dessa comunicação ou é opúblico ou outro órgão público. O tratamento impessoal refere-se à (ao):a) ausência de impressões individuais de quem comunica;

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54b) impessoalidade de quem recebe a comunicação;c) caráter impessoal do próprio assunto tratado.Formalidade - Uso adequado de certas regras formais. A formalidade consiste na observância dasnormas de tratamento usuais na correspondência oficial e no próprio enfoque dado ao assunto dacomunicação.Concisão - Uso de termos estritamente necessários. Texto conciso é aquele que transmite omáximo de informações com o mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, éfundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessáriotempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa leitura que muitas vezes se percebemeventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.Clareza - Uso de expressões simples e objetivas, de fácil entendimento, e utilização de frases bemconstruídas que evitem interpretação dúbia.Como escrever um texto claro:o dirija-se diretamente ao receptor;o escreva, sempre que possível, na voz ativa;o prefira orações verbais às nominais;o escolha cuidadosamente o vocabulário, evitando o jargão, e seja consistente;o evite sinônimos pelo simples prazer de variar; repita palavras, ser for preciso;o use somente as palavras necessárias;o ponha os componentes do período em ordem lógica (sujeito, verbo, complementos);o evite construções complexas;o destaque os vários itens, se houver;o evite períodos com negativas múltiplas; transforme as orações negativas em positivas, sempreque puder;o prefira os períodos curtos aos longos;o evite expressões de afetividade ou mesmo populares.Precisão - Emprego de termos próprios e adequados à integral expressão de uma idéia.Correção - Emprego de termos de acordo com as normas gramaticais.A utilização dos elementos citados resultará na objetividade, característica básica de umacomunicação oficial.2. EstiloA escolha dos termos e expressões que comuniquem com seriedade e imparcialidade a mensagemé fator de grande relevância.Assim, os adjetivos devem ser evitados, principalmente os flexionados no grau superlativo.3. Concordância com os Pronomes de TratamentoA concordância verbal relativa às formas de tratamento utilizadas (Ex. V.Sa., V.Exa., etc.) é feita na 3a pessoa do singular.Exemplos: V. Exa. solicitou ... V. Sa. informou...O emissor da mensagem, referindo-se a si mesmo, poderá utilizar a 1a pessoa do singular ou a 1ªdo plural (o chamado plural de modéstia).Exemplosa. Tenho a honra de comunicar a V.Sa. ...b. Cabe-me, ainda, esclarecer a V.Exa. ... oua. Temos a honra de comunicar a V. Sa. ...b. Cabe-nos, ainda, esclarecer a V. Exa. ...ObservaçãoFeita a opção pelo tratamento no singular ou pela utilização do plural de modéstia, deve-se observara uniformidade, isto é, ou se usará apenas a 1a pessoa do singular ou apenas a 1a pessoa do plural.4. EstéticaNa estética das correspondências oficiais emitidas pela administração pública devem serobservados os seguintes aspectos, para efeito de padronização:a) MargensEsquerda: 2,5 cm da borda do papel.Direita: 1,5 cm da borda do papel.Superior: 1,5 cm da borda do papel.Inferior: 1,5 cm da borda do papel.b) Denominação do atoÉ escrita em caixa alta e por extenso.c) NumeraçãoÉ composta pelo número e ano do expediente, além da sigla do órgão emitente, escrita em caixaalta. Deve vir no início da margem esquerda, abaixo do logotipo ou cabeçalho.d) DataÉ composta pelo nome da cidade (seguido da sigla da unidade da Federação, quando emitida parafora do DF) e a data (por extenso, separada por vírgula e encerrada com ponto final). Seu términodeve coincidir com a margem direita e estar na mesma direção da numeração do ato.Na indicação do dia, em data grafada por extenso, não se utiliza o zero à esquerda (Brasília-DF, 2 deoutubro de 1998). Se a data coincidir com o primeiro dia do mês, grafa-se da seguinte forma:Brasília-DF, 1o de outubro de 1998.Nas datas abreviadas devem ser utilizados, para efeito de separação, o hífen ou a barra inclinada, (1

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55o - 08 - 1999, 02/08/1999).e) Destinatário (PARA:) - (Exclusivo para memorando)Deve vir no início da margem esquerda e abaixo da numeração.f) VocativoDeve vir a 2,5 cm da margem esquerda do papel, abaixo do número do ato e seguido de vírgula.g) ParágrafoDeve vir a 2,5 cm da margem esquerda.h) FechoDeve vir centralizado e a 1 cm abaixo do texto.i) Identificação do signatário (nome e cargo)Deve vir centralizado e abaixo do fecho.j) Identificação do destinatárioForma de tratamento, nome, cargo/instituição e cidade/estado. Deve vir sempre no canto inferioresquerdo da primeira página.5. Sigilo/TramitaçãoOs documentos oficiais, segundo a necessidade de sigilo e quanto à extensão de sua divulgação noâmbito administrativo, têm os seguintes graus e correspondentes categorias de classificação:Grau de sigiloa) SecretoDocumento cujo trato requer alto grau de segurança e cujo teor só deve ser do conhecimento deagentes públicos diretamente ligados ao seu estudo ou manuseio.b) ConfidencialDocumento que enseja prejuízos a terceiros ou embaraços à atividade administrativa, se tratado ouconhecido por agentes públicos não autorizados.c) ReservadoDocumento cujo assunto não deve ser do conhecimento do público em geral.Prazo de tramitaçãoa) UrgenteDocumento que, na sua tramitação, requer maior celeridade que a rotineira.b) Sujeito a prazoDocumento cuja tramitação não pode ultrapassar o período de tempo determinado em lei,regulamento, regimento ou o fixado por autoridade competente.6. Numeração de ParágrafosOs atos de correspondência muito extensos devem ter seus parágrafos numerados, para facilitar aconsulta. Não deverão ser numerados o primeiro parágrafo e o fecho.7. Formas de Tratamento e EndereçamentoNas comunicações oficiais deve-se observar a utilização adequada dos pronomes de tratamento,considerando-se não somente a área de atuação da autoridade (civil, militar, etc.), mas também a- 103 -posição hierárquica do cargo que ocupa. O quadro a seguir apresenta uma síntese das formas detratamento:Cargo ou Função Forma deTratamentoAbreviatura Vocativo DestinatárioSingular PluralPresidente da República eVice-PresidenteVossa Excelência V. Exa. - Excelentíssimo SenhorCargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente do CongressoNacionalVossa Excelência V. Exa. - Excelentíssimo SenhorCargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente do SupremoTribunal FederalVossa Excelência V. Exa. - Excelentíssimo SenhorCargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereço

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56Presidentes e Membrosdos Tribunais de Contasda União e dos EstadosVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + Cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes e Membrosdos Tribunais da União,Regionais e MunicipaisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + Cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes dasAssembléias LegislativasEstaduaisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente da Câmara dosDeputados e do SenadoFederalVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoDeputados Federais eEstaduaisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNome- 104 -CargoEndereçoGovernadores de Estado Vossa Excelência V.Exa. V.Exas. Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSecretários de Estado dosGovernos EstaduaisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSecretários da Presidênciada RepúblicaVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSecretários Nacionais dosMinistérios e SecretáriosExecutivosVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSecretário-Geral Vossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoConsultor-Geral da

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57RepúblicaVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPrefeitos Municipais Vossa Excelência V. Exa. V.Exas. Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereço- 105 -Procurador-Geral daRepúblicaVossa Excelência V. Exa. - Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoChefe do GabineteMilitar da Presidência daRepúblicaVossa Excelência V. Exa. - Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoChefe do Estado-Maiordas Forças ArmadasVossa Excelência V. Exa. - Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoChefes do Estado-Maiordas Três ArmasVossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoOficiais Generais dasForças ArmadasVossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoDesembargadores Vossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSenadores Vossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoMinistros de Estado Vossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoAuditores da JustiçaMilitarVossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes das CâmarasMunicipaisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereço

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58Membros do SupremoTribunal FederalVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes e Membrosdos Tribunais RegionaisFederaisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente e Membros doSuperior Tribunal deJustiçaVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes dos Tribunaisde Justiça dos EstadosVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoEmbaixadores Vossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereço- 107 -Presidente e Membros doSuperior Tribunal MilitarVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente e Membros doTribunal SuperiorEleitoralVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes e Membrosdos Tribunais RegionaisEleitoraisVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente e Membros doTribunal Superior doTrabalhoVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes e Membrosdos Tribunais Regionaisdo TrabalhoVossa Excelência V.Exa. V.Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoJuiz de Direito Vossa Excelência V. Exa. V. Exas. Meritíssimo Senhor Excelentíssimo SenhorNome

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59CargoEndereçoReitor deUniversidadeVossa Magnificência V.Maga. V.Magas. Magnífico Reitor Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPapa Vossa Santidade V.S. - Santíssimo Padre À Sua SantidadeNomeEndereço- 108 -Cardeal Vossa Eminência ouVossa EminênciaReverendíssimaV.Ema.V.Revma.V.Emas.V.Revmas.EminentíssimoReverendíssimo ouEminentíssimo SenhorCardealÀ Sua Exa. Revma.NomeCargoEndereço:Sacerdotes em Geral VossaReverendíssimaV.Revma. V.Revmas Reverendo Padre Reverendíssimo Padre ou(Revmo. Pe.)NomeCargoEndereçoRei/Rainha/ImperadorVossa Majestade V.M. VV. MM. Majestade À Sua MajestadeNomeCargoEndereçoPríncipe/Princesa/Duque e ArquiduqueVossa Alteza V.A. VV.AA. Sereníssimo + titulo À Sua Alteza RealNomeCargoEndereçoBispos e Arcebispos Vossa ExcelênciaReverendíssimaV.Exa.Revma.V.Exas.Revmas.ExcelentíssimoReverendíssimoÀ Sua Exa.Revma.NomeCargoEndereçoGovernador do DistritoFederalVossa Excelência V. Exa. - Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente da CâmaraLegislativa do Distrito

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60FederalVossa Excelência V. Exa. - Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente do Tribunal deJustiça do DistritoFederalVossa Excelência V. Exa. - Excelentíssimo Senhor +cargoExcelentíssimo SenhorNomeCargo- 109 -EndereçoDeputados Distritais Vossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoPresidente doTribunal de Contas doDistrito FederalVossa Excelência V. Exa. - Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoProcurador-Geral doDistrito FederalVossa Excelência V. Exa. - Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSecretários, Chefe daCasa Militar, ConsultorJurídico e OuvidorVossa Excelência V. Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo SenhorNomeCargoEndereçoSecretários-Adjuntos,Subsecretários e Chefesde GabineteVossa Senhoria V. Sa. V. Sas. Senhor + cargo SenhorNomeCargoEndereçoAdministradoresRegionaisVossa Senhoria V. Sa. V. Sas. Senhor + cargo SenhorNomeCargoEndereçoPresidentes de EmpresasPúblicas, de Autarquias ede FundaçõesVossa Senhoria V. Sa. V. Sas. Senhor + cargo SenhorNomeCargoEndereçoComandantes da Po-líciaMilitar do DistritoFederal e do Corpo deBombeiro Militar doVossa Senhoria V. Sa. V. Sas. Senhor + cargo SenhorNome- 110 -Distrito Federal Cargo

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61EndereçoObservações Gerais- Nos altos escalões devem ser evitadas as abreviaturas dos pronomes de tratamento.- As formas Ilustríssimo e Digníssimo ficam abolidas das comunicações oficiais.- Doutor é título acadêmico e não forma de tratamento, sendo empregado apenas emcomunicações dirigidas a pessoas que tenham concluído cursos de doutorado.- Com o objetivo de simplificar o fecho das correspondências oficiais deve-se utilizar somente doistipos para todas as modalidades de comunicação oficial:o Respeitosamente - para o Presidente da República, Presidente do Congresso Nacional,Presidente do Supremo Tribunal Federal e Governador do Distrito Federal.o Atenciosamente - para as demais autoridades.- O tratamento, no texto da correspondência e no destinatário, deve ser coerente, vindo por extensoou abreviado.- Na identificação do destinatário, sempre na primeira página do documento, usa-se Excelentíssimo(a) Senhor (a) quando se utilizar o tratamento Vossa Excelência e Senhor (a), para o tratamentoVossa Senhoria.I. AvisoDefiniçãoAviso é a comunicação pela qual os titulares de órgãos e entidades comunicam ao público assuntode seu interesse e solicitam a sua participação.Estrutura1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;2. denominação do ato - AVISO, com sua respectiva identificação;3. objeto - resumo do assunto;4. autor - autoridade investida de poderes legais para baixar o ato;5. texto - pode ser desdobrado em itens;6. local e data;7. assinatura;8. nome;9. cargo.Observação- 111 -O aviso deverá ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.ExemplificaçãoGOVERNO DO ESTADO DE ........SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA||1*AVISO DE ABERTURA DE PROPOSTASTOMADA DE PREÇOS No ..............| 2Objeto: Aquisição, por itens, de equipamentos de softwares de informática para oConselho de Segurança Pública do Entorno do .............3A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO - CPL torna público aos licitantes edemais interessados que realizará reunião para abertura das propostas de preços, nodia ................. às ......... horas, no auditório ..............................................., situado no........................................, Brasília - DF, telefones: ...........................

4,5Brasília,.......... de...............de................. | 6AssinaturaNome por extensoCargo7,8,9* A numeração colocada à margem direita dos atos administrativos exemplificados neste documentocorresponde à encontrada em todas as estruturas apresentadas.II. CartaDefiniçãoCarta é a forma de correspondência por meio da qual os dirigentes se dirigem a personalidades eentidades públicas e particulares para tratar de assunto oficial.Estrutura1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;- 112 -2. denominação do ato - CARTA;3. numeração/ano, local e data na mesma direção;4. destinatário:4.1 nome;

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624.2 cargo;4.3 endereço;5. vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;6. texto - exposição do assunto;7. fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula;8. assinatura;9. nome;10. cargo.ExemplificaçãoGOVERNO DO ESTADO DE ............SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃOINSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS<- 1CARTA | <- 2No ....... Brasília, ... de .................de ...... . | <- 3Nome por extensoCargoEndereço<- 4Senhor Diretor, | <- 5O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no desejo de racionalizar e elevar opadrão das correspondências oficiais, determinou ao Instituto de Desenvolvimento deRecursos Humanos-IDR que editasse, em parceria com a Subsecretaria deModernização e Organização Administrativa - SMOA, um Manual de ComunicaçãoOficial, baseado nas modernas técnicas redacionais.Considerando ser Vossa Senhoria uma das pessoas que mais subsídios tem oferecidono campo da comunicação oficial, vimos submeter à sua apreciação a minuta doreferido Manual.Solicitamos que as sugestões que Vossa Senhoria houver por bem apresentar sejam<- 6- 113 -reunidas no final do trabalho, fazendo constar a página e a linha a que se referem. |Atenciosamente, | <- 7AssinaturaNome por extensoCargo<-8,9,10III. CircularDefiniçãoCircular é a correspondência oficial de igual teor, expedida por dirigentes de órgãos e entidades echefes de unidades da Administração a vários destinatários.Estrutura1 designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;2 denominação do ato - CIRCULAR;3 numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;4 vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;5 texto - exposição do assunto;6 fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula;7 assinatura;8 nome;9 cargo;10 destinatário - tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/ estado.Observações1 Se a circular tiver mais de uma folha, numerar as subseqüentes com algarismos arábicos, nocanto superior direito, a partir da número dois.2 O destinatário deve figurar sempre no canto inferior esquerdo da primeira página.ExemplificaçãoPREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ..............SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO<- 1- 114 -INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOSCIRCULAR | <- 2No.............. - IDR Uberlândia,................de...................................de.................. . | <- 3Senhor Secretário, | <- 4A missão do Instituto de Desenvolvimento de Recursos Humanos é dotar a Administração Pública de talentos humanos qualificados e comprometidos com a excelência na prestação de serviços à sociedade. Estamos, neste momento,

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63reorganizando e planejando nossas atividades para o quadriênio....... - ............ e para tanto, solicitamos a Vossa Excelência a indicação de um servidor para atuar como Consultor Interno de Recursos Humanos desse órgão junto ao IDR.A proposta é a de que esse profissional possa diagnosticar as reais necessidades de treinamento e auxiliar no planejamento de metas de Recursos Humanos, tornando-se um elo de ligação entre este Instituto e essa Secretaria.Tendo em vista a importância do papel a ser representado por esse profissional, sugerimos que sejam observados alguns aspectos significativos para que haja uma melhor atuação, conforme documento anexo.Solicitamos que a indicação seja feita até o dia .................. e encaminhada mediante o preenchimento do formulário anexo.<- 5Atenciosamente, | <- 6AssinaturaNome por extensoCargo<-7,8,9Excelentíssimo SenhorNome por extensoCargoNESTA<- 10- 115 -VI. Exposição de MotivosDefiniçãoExposição de Motivos é a correspondência por meio da qual os secretários e autoridades de nívelhierárquico equivalente expõem assuntos da Administração para serem solucionados por atos doGovernador.Estrutura1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;2. denominação do ato - EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS;3. numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;4. vocativo - Excelentíssimo Senhor Governador, seguido de vírgula;5. texto:5.1. apresentação do assunto;5.2. alegações e fundamentos;5.3. parecer conclusivo sobre o assunto focalizado;6. fecho - Respeitosamente, seguido de vírgula;7. assinatura;8. nome;9. cargo;10. destinatário - tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/ estado.Observações1. Se a exposição de motivos tiver mais de uma folha, numerar as subseqüentes com algarismosarábicos, no canto superior direito, a partir da número dois.2. Entende-se por autoridade de nível hierárquico equivalente: Vice-Governador, Secretários,Procurador-Geral e Chefe da Casa Militar.3. Quando a exposição de motivos tratar de assuntos que envolvam mais de uma Secretaria, estadeverá ser assinada pelos Secretários envolvidos.4. Além do caráter informativo, a exposição de motivos pode propor medidas ou submeter projeto deato normativo à apreciação da autoridade competente.5. O destinatário deve figurar sempre no canto inferior esquerdo da primeira página.Exemplificação- 116 -GOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO|| <- 1EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS | <- 2No............. - GAB/SEA Brasília, .........de..................de........ . | <- 3Excelentíssimo Senhor Governador, | <- 4Submeto a Vossa Excelência a minuta de Decreto, em anexo, que institui no âmbito doDistrito Federal o Sistema Integrado de Controle de Processos - SICOP.O sistema, objeto da proposição, tem por finalidade assegurar o desenvolvimento dasatividades a seguir elencadas:1 Cadastro e controle das informações de processosprotocolados junto aos órgãos integrantes do ComplexoAdministrativo do Distrito Federal.2 Atualização imediata da informação acerca docadastramento e tramitação de processos.

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643 Descentralização do cadastramento e tramitação deprocessos em relação ao Sistema de ComunicaçãoAdministrativa/SEA, para os respectivos setoriais onde seencontrem.4 Agilidade e precisão relativas às informações sobreprocessos.Vale ressaltar que o Sistema Integrado de Controle de Processos, através daSubsecretaria de Modernização e Organização Administrativa desta Secretaria, já seencontra devidamente implantado e em pleno funcionamento, carecendo, todavia, doinstrumento jurídico competente para que lhe seja conferida a legitimidade necessária.Releva observar que a presente minuta encontra-se em conformidade com os demaisatos da espécie, não existindo óbices legais que impeçam sua edição.Destarte, submeto à superior consideração de Vossa Excelência a minuta de ato queconsubstancia a proposta em epígrafe.<- 5Respeitosamente, | <- 6Assinatura | <-- 117 -Nome por extensoCargo7,8,9Excelentíssimo SenhorNome por extensoCargoNESTA<- 10V. MemorandoDefiniçãoMemorando é a correspondência utilizada pelas chefias no âmbito de um mesmo órgão ou entidadepara expor assuntos referentes a situações administrativas em geral.Estrutura1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;2. denominação do ato - MEMORANDO;3. numeração / ano, sigla do órgão emissor, local e data, na mesma direção do número;4. destinatário - PARA, seguido de dois pontos;5. texto - exposição do assunto;6. fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula;7. assinatura;8. nome;9. cargo.ObservaçãoO memorando pode ser usado no mesmo nível hierárquico ou em nível hierárquico diferente.ExemplificaçãoGOVERNO DO ESTADO DE .............SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃOINSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS<- 1MEMORANDONo ...... - DESEP Goiânia, .... de ............ de ...... .<- 2<- 3- 118 -PARA: ASTEC | <- 4Comunicamos a Vossa Senhoria que, após estudo e análise do documentoPLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO elaborado por essaAssessoria, a nova sistemática de trabalho será aplicada em caráter experimental, ematendimento à sua solicitação.Cada unidade orgânica que compõe este Departamento recebeu um exemplar dodocumento para acompanhar e avaliar sua aplicação.Este Departamento necessita de um prazo de três meses, ou seja, agosto, setembro eoutubro, para proceder à validação do material e apresentar sugestões para suareformulação e implantação definitiva.<- 5Atenciosamente, | <- 6AssinaturaNome por extensoCargo<-7,8,9

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65VI. OfícioDefiniçãoOfício é o meio de comunicação utilizado entre dirigentes de órgãos e entidades, titulares deunidades, autoridades e secretarias em geral endereçam umas às outras, ou a particulares, e quese caracteriza não só por obedecer a determinada fórmula epistolar, mas, também, pelo formato dopapel (formato ofício).Estrutura1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;2. denominação do ato - OFÍCIO;3. numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;4. vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;5. texto - exposição do assunto;6. fecho - Atenciosamente, seguido de vírgula;7. assinatura;8. nome;- 119 -9. cargo;10. destinatário - tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/ estado.Observações1. Se o ofício tiver mais de uma folha, numerar as subseqüentes com algarismos arábicos, no cantosuperior direito, a partir da número dois.2. O destinatário deve figurar sempre no canto inferior esquerdo da primeira página.ExemplificaçãoPREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ........SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO|| <- 1OFÍCIO | <- 2No ........ - GAB/SEA Londrina, .......de................... de...... . | <- 3Senhora Superintendente, | <- 4Esta Secretaria tem acompanhado e avaliado sistematicamente as necessidades decapacitação dos Recursos Humanos dos Quadros de Pessoal da Administração Direta,Autárquica e Fundacional do Município de Londrina, constatando que é imprescindívelneste momento a implementação de um programa que contribua significativamente paraa valorização do servidor, visando reestimulá-lo para o exercício de suas funções.Ao ensejo do início das ações desse Instituto de Desenvolvimento de RecursosHumanos, especificamente no que se refere ao treinamento e aperfeiçoamento dosservidores, fazemos algumas sugestões visando colaborar para o pleno êxito do projeto.Mediante avaliação situacional dos órgãos e entidades da administração, bem como oque consta dos relatórios de auditoria do controle interno e externo, conclui-se que existeuma grande necessidade de capacitação dos servidores dos diversos Quadros dePessoal que compõem a Administração Pública do Município de Londrina, uma vez queos treinamentos até então realizados não obtiveram pleno êxito por não estaremvoltados diretamente para as atribuições dos servidores.Assim sendo, sugere-se que a Identificação das Necessidades de Treinamento, voltadaspara a área de Recursos Humanos, que está sendo realizada sob coordenação desseInstituto, considere as dificuldades inerentes ao desempenho de cada função, no sentidode se obter subsídios para a capacitação dos servidores de todas as carreiras,conforme especificidade das atribuições.Alguns projetos de ordem prioritária, devido às mudanças ocorridas no âmbito doQuadro de Pessoal do Município de Londrina poderão ser implantados de forma<- 5- 120 -emergencial, como uma Política de Desenvolvimento Gerencial, através da definição eimplementação de estratégias gerenciais, que busquem uma prática de ação dinâmica eeficaz entre as diversas áreas das instituições, considerando os diferentes níveishierárquicos. Sugere-se, ainda, a elaboração de um projeto para o treinamentointrodutório dos servidores recém-nomeados, com o objetivo de proporcionar a essesservidores um processo de ambientação, integração e acesso às informaçõesnecessárias ao bom desempenho de suas funções.Desta forma, gostaríamos de contar com o apoio de Vossa Senhoria, no sentido dedesenvolver, implantar e implementar os programas e projetos para a AdministraçãoPública do Município de Londrina, conforme Programa de Valorização do Servidor,estabelecido no Plano de Governo do Município de Londrina.Atenciosamente, | <- 6AssinaturaNome por extensoCargo<-

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667,8,9SenhoraNome por extensoCargoNESTA<- 10VII. TelegramaDefiniçãoTelegrama é a forma de correspondência em que são transmitidas comunicações de absolutaurgência e com reduzido número de palavras, uma vez que a sua principal característica é asíntese.Estrutura- 121 -1. destinatário:1.1. nome;1.2. endereço;1.3. cidade;1.4. estado, país, CEP;2. texto - em letras maiúsculas;3. remetente:3.1. nome e cargo;3.2. endereço;3.3. cidade, estado e CEP.Exemplificação- 122 -VIII. Ato DeclaratórioDefiniçãoAto Declaratório é o instrumento pelo qual dirigentes de órgãos e entidades da Administração Direta,Indireta e Fundacional declaram um fato ou uma situação com base em dispositivo legal.Estrutura1. preâmbulo:1.1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;1.2. denominação do ato - ATO DECLARATÓRIO, número, ano e sigla;1.3. ementa;1.4. autor e fundamento legal;1.5. ordem de execução - DECLARA;2. texto;3. local e data;4. assinatura;5. nome.ExemplificaçãoGOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DA FAZENDASUBSECRETARIA DA RECEITAATO DECLARATÓRIO No........... SR/SEFImunidade quanto ao ISS para entidade de Assistência Social.O SUBSECRETÁRIO DA RECEITA DA SECRETARIA DE FAZENDA DO DISTRITOFEDERAL, no uso da competência que lhe confere o artigo 13, inciso III, do Regimentoaprovado pelo Decreto no ................................, e fundamentado no artigo 150, inciso VI,alínea "c", da Constituição Federal, combinado com o artigo 14 da Lei no 5.172/66 - CódigoTributário Nacional - e considerando ainda o que consta do processo no...................................., DECLARA:1A AÇÃO DO PLANALTO - ASP, CGC/MF no................................., imune quanto ao ImpostoSobre Serviços - ISS, no tocante aos serviços por ela prestados em função documprimento de suas finalidades essenciais (parágrafo 4o, artigo 150, CF), excluídos osserviços de terceiros prestados à instituição, salvo se também forem detentores de títulosde reconhecimento de imunidade, isenção ou não-incidência do ISS.

2- 123 -Brasília, ............de.............de.............. . | 3AssinaturaNome por extenso| 4,5IX. DespachoDefiniçãoDespacho é a nota escrita pela qual uma autoridade dá solução a um pedido ou encaminha a outraautoridade pedido para que decida sobre o assunto.

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67O despacho pode ser interlocutório ou decisório.DESPACHO INTERLOCUTÓRIOEstrutura1. destinatário;2. texto;3. data;4. assinatura;5. nome;6 cargo.Observações1. É breve e baseado em informações ou parecer.2. Consta do corpo do processo (quando houver).3. É geralmente manuscrito.4. É assinado pela autoridade competente, podendo, contudo, ser elaborado e assinado por outrosservidores desde que lhes seja delegada competência. Nesse caso, inicia-se pela expressão: "Deordem".5. Não é publicado.Exemplificações1 À Assessoria Técnica, | 1- 124 -para análise e pronunciamento. | 2Em............... | 3AssinaturaNome por extensoCargo4,5,6De ordem. | 1Ao Serviço de Pessoal,para conhecimento e providências.2Em............... | 3AssinaturaNome por extensoCargo4,5,6X. ParecerDefiniçãoParecer é a manifestação de órgãos ou entidades sobre assuntos submetidos à sua consideração.Estrutura1. preâmbulo:1.1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;1.2. denominação do ato - PARECER, seguido do número, ano e sigla do órgão;1.3. número do processo (quando houver);1.4. interessado;1.5. ementa;2. texto, constando de três partes:2.1. histórico;- 125 -2.2. análise;2.3. conclusão;3. local e data;4. assinatura;5. nome;6. cargo;7. homologação/aprovação pela autoridade superior;8. data;9. assinatura;10 nome;11 cargo.ObservaçãoO parecer é um ato administrativo usado com mais freqüência por conselhos, comissões,assessorias e equivalentes.ExemplificaçãoGOVERNO DO ESTADO DE TOCANTINSSECRETARIA DE EDUCAÇÃOCONSELHO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE TOCANTINSPARECER No ........ – CETOProcesso no .............................Interessado: Empresa .............

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68Pela aprovação do novo Calendário dos Exames Supletivos Profissionalizantes.||||||||||||1I - HISTÓRICO - Em cumprimento ao determinado pelo Parecer .......-CETO, queaprova a Estratégia de Matrícula e Calendário Escolar e de Exames Supletivos, aFundação Educacional do Estado do Tocantins encaminhou, em ..........., ao SenhorSecretário de Educação (nome por extenso), a relação dos exames de suplênciaprofissionalizante, conforme o especificado no referido Parecer.II - ANÁLISE - A relação enviada vem com acréscimo de duas novas modalidades deoferta, em virtude do grande número de candidatos. Essas novas modalidadessurgiram em conseqüência de consulta realizada junto à comunidade e instituições|||||||||2- 126 -governamentais e não-governamentais, que manifestaram interesse pelos cursos deContabilidade e Eletrônica, perfazendo assim uma oferta total de oito modalidadestécnicas de suplência profissionalizante. As demais, são as seguintes: Eletrotécnica,Higiene Dental, Patologia Clínica, Secretário Escolar, Telecomunicações e TransaçõesImobiliárias.As datas de inscrições para as provas teóricas foram prolongadas devido ao acréscimodas novas modalidades. Inclui-se, também, período de inscrição para as provaspráticas e alteram-se as datas para a realização dessas provas, conforme calendárioem anexo.III - CONCLUSÃO - É por aprovar as alterações propostas para as inscrições e provasdos exames supletivos do Ensino Fundamental e Médio, conforme calendário propostopara o ano de ........., o qual deverá ser anexado ao presente parecer.É o parecer,smj.|||||||||||||||Sala 08, Palmas, .......de........................de....... | 3AssinaturaNome por extensoCargo|||4,5,6

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69Aprovado no Conselho de Educação e em PlenárioEm .............................|||7,8AssinaturaNome por extensoCargo|||9,10,11XI. RelatórioDefiniçãoRelatório é o documento em que se relata ao superior imediato a execução de trabalhosconcernentes a determinados serviços ou a um período relativo ao exercício de cargo, função oudesempenho de atribuições.Estrutura1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;2. denominação do ato - RELATÓRIO;3. numeração/ano - sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;4. assunto;- 127 -5. vocativo - Senhor e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;6. texto - é a exposição do assunto e consta de:6.1. apresentação - refere-se à finalidade do documento;6.2. desenvolvimento - explanação dos fatos, de forma seqüencial;6.3. conclusão - resultado lógico das informações apresentadas;7. fecho;8. assinatura;9. nome;10. cargo;11. destinatário - tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/ estado.Observações1. Se o relatório tiver mais de uma folha, numerar as folhas subseqüentes com algarismos arábicos.2. Há várias modalidades de relatório: roteiro, parcial, anual, eventual, de inquérito, de prestação decontas ou contábil, de gestão e administrativo.3. O destinatário deve figurar no canto inferior esquerdo da primeira página, quando não forencaminhado por um documento.ExemplificaçãoGOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAISSECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃOINSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS|||1RELATÓRIONo........ – IMG Belo Horizonte, ........de.......................de....... .Assunto: Apuração de Fatos||||2,3,4- 128 -Senhor Diretor, | 5Vimos submeter à apreciação de Vossa Excelência o Relatório das diligênciaspreliminares efetuadas no sentido de apurar denúncias de irregularidades ocorridas noórgão X.Em 10 de setembro, com o conhecimento do dirigente do Órgão X, foram interrogadosos funcionários A e B, acusados da violação do malote de correspondência sigilosadestinada ao Órgão Y.Ambos os funcionários negaram a autoria da violação do malote, nos termos constantesdas declarações anexas.Na sindicância efetuada, contudo, verifica-se indícios de culpa do funcionário A, sobre oqual recaem as maiores acusações, conforme depoimentos, em anexo.O funcionário B, apesar de não poder ser considerado mancomunado com o primeiro,

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70pode ter parte da responsabilidade por ter sido omisso e negligente no exercício de suasfunções. Como chefe, devia estar presente na hora do lacramento do malote, o que nãoocorreu, conforme depoimentos constantes das folhas.............................. .A nosso ver, impõe-se a necessidade de ser instaurado imediatamente o inquéritoadministrativo para que o caso seja estudado com a profundidade que merece.6Atenciosamente, | 7AssinaturaNome por extensoCargo8,9,10SenhorNome por extensoCargoNESTA11XII. PortariaDefiniçãoPortaria é o ato pelo qual o Vice-Governador, os Secretários, o Procurador-Geral, o Chefe da CasaMilitar e o Consultor Jurídico expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados; oudesignam servidores para substituições eventuais e execução de atividades.ASSUNTOS NORMATIVOSEstrutura1. preâmbulo:1.1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;1.2. denominação do ato - PORTARIA, numeração e data;1.3. ementa;1.4. autor e fundamento legal;1.5. ordem de execução - RESOLVE;2. texto - desdobrado em artigos;3. cláusula de vigência;4. cláusula revogatória;5. assinatura;6. nome.ObservaçãoAs portarias que se referem à solução de problemas que envolvam mais de uma Secretaria devemser assinadas pelos respectivos Secretários. Nesse caso, são denominadas dePortarias-Conjuntas.Exemplificação (1)GOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃOPORTARIA No..............., DE...........DE...........................DE............Aprova instruções relativas ao estágio curricular de estudantes na Administração Diretado Distrito Federal e dá outras providências.O SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suasatribuições regimentais e tendo em vista o disposto no artigo 17 do Decreto no 13.894, de14 de abril de 1992, resolve:Art. 1o O estágio curricular, na Administração Direta do Distrito Federal, para estudantesregularmente matriculados e com freqüência efetiva nos cursos vinculados ao ensinooficial e particular, devidamente autorizados a funcionar, em nível superior e de 2o grau,regular e supletivo, obedecerá ao disposto no Decreto no 13.894, de 14 de abril de 1992, enesta Portaria.Parágrafo único - Os órgãos integrantes da Administração Direta do Distrito Federalcompreendem o Gabinete do Governador, a Procuradoria-Geral, as Secretarias, asAdministrações Regionais e os Órgãos Relativamente Autônomos.Art. 2o Para realização do estágio curricular é necessária a existência de convêniofirmado entre o Distrito Federal, por meio do Instituto de Desenvolvimento de RecursosHumanos - IDR e a instituição de ensino, onde estarão acordadas todas as condiçõespara a sua realização.Art. 3o A indicação dos estagiários, dentro do número solicitado, será feita pelosestabelecimentos de ensino, diretamente ao IDR, de acordo com a programaçãocurricular de cada curso.Art. 4o Os estudantes indicados deverão comparecer ao IDR para fins de inscrição,cadastramento e encaminhamento aos órgãos interessados, munidos da seguintedocumentação:I - carta-apresentação de estágio curricular firmada pela instituição de ensino;II - documento oficial de identidade;III - declaração funcional expedida pelo órgão ou entidade competente, constando,inclusive, liberação do trabalho durante o horário de realização do estágio curricular,

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71quando se tratar de servidor da Administração Direta;IV - outros documentos que venham a ser solicitados pelo IDR.Art. 5o Serão considerados desistentes do estágio os estudantes que não seapresentarem ao Serviço de Comunicação Administrativa e de Apoio - SCAA do IDRdentro do prazo estipulado em cada solicitação de estágio ou que não apresentarem adocumentação indicada no subitem anterior.Art. 6o A duração do estágio curricular não poderá ser inferior a um semestre letivo,devendo o estudante cumprir o mínimo de 20 horas semanais, definido nos termos dosconvênios firmados com instituições de ensino, dentro do horário regular defuncionamento da respectiva unidade orgânica, previamente estabelecido, sem prejuízode suas atividades discentes.Art. 7o A realização do estágio curricular dar-se-á mediante Termo de Compromissofirmado entre o estudante, diretamente, quando maior de idade, ou com assistência ourepresentação, nos casos previstos em lei, e o Distrito Federal, por intermédio do IDR,com a interveniência obrigatória da instituição de ensino, contendo cláusulas de:I - carga horária;II - duração;III - jornada do estágio curricular e demais condições contratuais pertinentes;IV - número do convênio a que se encontra vinculado;V - impossibilidade de criação de vínculo empregatício de qualquer natureza.Parágrafo único - Após a assinatura do Termo de Compromisso, os estagiários serãoencaminhados, pelo IDR, aos órgãos em que ocorrerá a realização do estágio curricular.Art. 8o É facultado aos órgãos e às entidades da Administração do Distrito Federal opagamento mensal de Bolsa de Complementação Curricular, à vista da freqüência doestagiário, conforme prescrito no Decreto no 14.700, de 05 de maio de 1993:I - Caso haja remuneração, a Bolsa de Complementação Curricular será paga,mensalmente, ao estagiário, com recursos orçamentários repassados ao IDR pelo órgãoconcedente;II - Não fará jus à Bolsa de Complementação Curricular o estagiário que for servidor dequalquer órgão da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal.Art. 9o Não será cobrada ao estagiário qualquer taxa referente a providênciasadministrativas para obtenção e realização do estágio curricular.Art. 10. Na elaboração da programação anual do estágio curricular serão observadas peloIDR, dentre outras, as seguintes condições:I - identificação dos órgãos da Administração Direta do Distrito Federal que tenhamcondições de proporcionar experiência prática na linha de formação do estudante e quedisponham de pessoal para realizar a orientação técnico-profissional do estagiário, comformação em curso igual e que esteja atuando na área de interesse do estagiário;II - previsão de orçamento das respectivas despesas, inclusive com o repasse derecursos, pelo órgão concedente, para o seguro por acidentes pessoais, em favor doestagiário.Art. 11. Caberá ao IDR, na qualidade de agente de integração, além das atribuições jádefinidas, as seguintes:I - designar um executor dos convênios firmados com as instituições de ensino e umsupervisor de estágio curricular com atribuições inerentes à função;II - elaborar e expedir o manual de estágio curricular, contendo as principais orientaçõesnecessárias à operacionalização do estágio, bem como os instrumentos a seremutilizados pelos órgãos concedentes e instituições de ensino;III - levantar, junto às instituições de ensino interessadas em firmar convênio com oDistrito Federal, a relação de cursos e exigências de estágio curricular e demais dadosjulgados necessários;IV - receber a programação anual de estágio curricular dos órgãos concedentes ecompatibilizá-la com a oferta de estagiários das instituições de ensino;V - acompanhar e controlar a avaliação de eficiência do programa de estágio curricularjunto aos estagiários e orientadores técnico-profissionais que participem diretamente daatividade nos órgãos concedentes e nas instituições de ensino;VI - prorrogar ou renovar o prazo de duração do estágio curricular, desde que não hajanovos candidatos disponíveis e que não ultrapasse o período do respectivo curso,conforme dispõe o art. 5o Parágrafo único do Decreto no 13.894, de 14 de abril de 1992;VIII - coordenar reuniões periódicas com os orientadores técnico-profissionais dos órgãosconcedentes;Art. 12. As instituições de ensino que celebrarem convênio com o Distrito Federal, porintermédio do IDR, para fins de estágio curricular, deverão observar, também, asseguintes disposições:I - indicar um coordenador de estágio curricular, como representante da respectivainstituição junto ao IDR, para tratar de qualquer assunto relacionado ao estágio;II - recrutar e selecionar estudantes, candidatos a estágio curricular, de acordo com osrequisitos objeto desta Portaria;III - comunicar, imediatamente, ao IDR se o estagiário concluiu ou interrompeu o curso,

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72como também quaisquer outras alterações nas atividades discentes que venham ainterferir no estágio curricular de estudantes;IV - manter estreita colaboração com o IDR na execução e avaliação de estágioscurriculares.Art. 13. Caberá ao dirigente do órgão concedente de estágios, além das providências quevenham a ser indicadas no manual de estágio curricular, a adoção das seguintesmedidas:I - indicar o servidor, com requisitos indispensáveis para realizar a orientaçãotécnico-profissional e disciplinar do estagiário, acompanhando o desenvolvimento dasatividades previstas no plano de estágio curricular;II - definir o número de estagiários em 20% (vinte por cento) do total da lotação aprovadapara as categorias de nível superior e 10% (dez por cento) da aprovada para nível médio,do órgão concedente, com a indicação das respectivas áreas de formação, conformeprescrito na Instrução Normativa 5/97, publicada no Diário Oficial da União no 79, de 28 deabril de 1997;III - programar as atividades do estágio curricular, em conjunto com a instituição deensino, de modo a propiciar a experiência técnico-profissional na linha de formação doestagiário;IV - programar e realizar, de forma sistemática, o treinamento de integração do estagiário,objetivando ministrar informações preliminares sobre a estrutura administrativa do DistritoFederal, situando o órgão em que está sendo realizado o estágio, sua estrutura,funcionamento e competências;V - entregar ao IDR, até 5 (cinco) dias úteis do mês subseqüente, a folha de freqüência doestagiário, com cópia para a respectiva instituição de ensino;VI - providenciar o desligamento do estagiário, quando ocorrer uma das situaçõesindicadas no art. 7o do Decreto no 13.894, de 14 de abril de 1992, comunicando o fato, deimediato, ao IDR;

- 133 -VII - avaliar o desempenho do estudante no decorrer do estágio curricular;VIII - encaminhar ao IDR o estudante concluinte no decorrer do estágio curricular, munidode declaração comprobatória de conclusão do estágio;IX - manter estreita colaboração com o IDR e com as instituições de ensino na realizaçãodo estágio curricular;X - cumprir as demais normas que venham a ser objeto do manual de estágio curricular einstruções do IDR.Art. 14. O Superintendente do IDR baixará as demais normas que se fizerem necessáriasà operacionalização do estágio curricular na Administração Direta do Distrito Federal, deacordo com a respectiva órbita de competência regimental.Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. | 3Art.16. Ficam revogadas a Portaria no ............., de .......... de ............................... de.............., e demais disposições em contrário.AssinaturaNome por extenso5,6Exemplificação (2)GOVERNO DO DISTRITO FEDERALPROCURADORIA GERALPORTARIA-CONJUNTA No........., DE .................... DE ................... DE ...............Aprova minutas-padrão a serem observadas em contratos e termos aditivos celebradospela Administração Direta do Distrito Federal.O PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL, O SECRETÁRIO DE FAZENDA EO SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista oque dispõe o § 1o do art. 11 do Decreto no 15.635, de 12 de maio de 1994, resolvem:Art. 1o Aprovar as minutas-padrão de contratos, em anexo, numeradas de............................ a ............................, que serão tomadas como modelo em contratos etermos aditivos celebrados com órgãos da Administração Direta do Distrito Federal.Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. | 3Art. 3o Revogam-se as disposições em contrário. | 4AssinaturaNome por extensoAssinaturaNome por extensoAssinaturaNome por extenso5,6ASSUNTOS DE PESSOALEstrutura1. preâmbulo:

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731.1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;1.2. denominação do ato - PORTARIA, número e data;1.3. autor e fundamento legal;1.4. ordem de execução - RESOLVE;2. texto;3. assinatura;4. nome.ExemplificaçãoGOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE FAZENDAPORTARIA No ........., DE ................ DE ................... DE ...........O SECRETÁRIO DE FAZENDA DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lheconfere o artigo 7o do Decreto no 13.447, de 17 de setembro de 1991, e tendo em vista oconstante do processo no ................................., resolve:Cancelar o pagamento de indenização de transporte à servidora ................................,matrícula no ............, ocupante do cargo de Analista de Orçamento, para execução deserviços de auditoria em órgãos do Governo do Distrito Federal inerentes à Subsecretariade Auditoria da Secretaria de Fazenda, observando-se o disposto no artigo 5o §§ 1o e 2o,do Decreto no 13.447, de 17 de setembro de 1991, a contar de .................., tendo em vistaa remoção da servidora para a Secretaria de Governo do Distrito Federal.AssinaturaNome por extenso| 3,4ASSUNTOS ADMINISTRATIVOSEstrutura1. preâmbulo:1.1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;1.2. denominação do ato - PORTARIA, número e data;1.3. autor e fundamento legal;1.4. ordem de execução - RESOLVE;2. texto - desdobrado em itens, quando for o caso;3. cláusula de vigência;4. assinatura;5. nome.ExemplificaçãoGOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃOPORTARIA No ............., DE ............ DE ....................... DE .............O SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuiçõesque lhe confere o artigo 56, inciso III do Regimento aprovado pelo Decreto no 15.057, de 24de setembro de 1993, resolve:

1 Instaurar sindicância para apuração de acidente em serviço nos termos do artigo 214, daLei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com o objetivo de apurar os fatos constantes doProcesso no........................... .2 Designar, como sindicante no referido processo, oservidor...................................................., assessor da Coordenação de ControleAdministrativo de Recursos Humanos - SRH/SEA, código DFA - 11, matrícula......................3 Fixar o prazo de 30 (trinta) dias para conclusão dos trabalhos, de acordo com o artigo145, Parágrafo único, da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.4 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. | 3AssinaturaNome por extenso| 4,5XIII. ResoluçãoDefiniçãoResolução é o ato emanado de órgãos colegiados, tendo como característica fundamental oestabelecimento de normas, diretrizes e orientações para a consecução dos objetivos.É válida para assuntos normativos ou de reconhecimento de excepcionalidade.ASSUNTOS NORMATIVOSEstrutura1. preâmbulo:1.1. designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;1.2. denominação do ato - RESOLUÇÃO, número e data;1.3. ementa - resumo do assunto principal;1.4. autor e fundamento legal;1.5. ordem de execução - RESOLVE;2. texto - desdobrado em artigos, quando for normativa;

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743. cláusula de vigência;4. cláusula revogatória;5. local e data;6. assinatura;7. nome;8. cargo;9. assinatura dos conselheiros;10. homologação - quando for o caso;11. data;- 137 -12. assinatura;13. nome;14. cargo.Observações1. Se a resolução tiver mais de uma folha, numerar as subseqüentes com algarismos arábicos, nocanto superior direito, a partir da número dois.2. Todos os membros do conselho devem assinar a resolução.ExemplificaçãoGOVERNO DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE EDUCAÇÃOCONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERALRESOLUÇÃO No ............., de ........... de ...................... de .............Estabelece normas para o período de transição do regime da Lei no 5.692, de 11/08/91,para o regime da Lei no 9.394, de 20/12/96.O CONSELHO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL, nos termos dos artigos 19,alínea "c" e 22 do regimento aprovado pelo Decreto no 2.894, de 13 de maio de 1975, econsiderando ser necessário orientar as instituições educacionais quanto ao período detransição de um regime de educação e ensino para outro, resolve:Art. 1o Até que seja baixada a Resolução Geral que disporá sobre o explicitado no art.88 da Lei no 9.394/96, as instituições educacionais do Distrito Federal deverãopautar-se, no que couber, pelas disposições desta norma.Art. 2o As instituições educacionais com reconhecimento pleno até a data dapublicação desta Resolução passam automaticamente à condição de credenciadas.Parágrafo único - O credenciamento concedido vigorará até o ano ..............., inclusive.Art. 3o As instituições educacionais autorizadas passam automaticamente à condiçãode credenciadas, respeitado o prazo de autorização concedido.Parágrafo único - No caso de autorização concedida sem determinação de prazo, ocredenciamento vigorará até o ano .................., inclusive.Art. 4o As instituições educacionais autorizadas, ou com reconhecimento pleno, queestão em condições de implantar o regime da Lei no 9.394/96, em .............., deverãosubmeter ao Conselho de Educação do Distrito Federal, até ....................., sua novaorganização curricular.§ 1o - Até ....... de .............. de ..........., as instituições, de que trata o artigo, deverãosubmeter à apreciação do Conselho de Educação do Distrito Federal as novaspropostas pedagógicas.§ 2o - Até a mesma data, os novos regimentos escolares deverão ser encaminhados,para apreciação, ao órgão de inspeção de ensino da Secretaria de Educação e, quandose tratar de regimento para a rede educacional, também ao órgão normativo.Art. 5o As instituições educacionais autorizadas ou com reconhecimento pleno, queoferecem toda a educação básica ou um ou mais dos seus níveis e modalidades e quenão se considerarem em condições de implantar o regime da Lei no 9.394/96, a partirde ..............., deverão comunicar o fato ao Conselho de Educação do Distrito Federal,até ..................... .Parágrafo único - As instituições referidas no artigo deverão cumprir o disposto na Lei no 9.394/96 quanto a dias letivos, carga horária e mínimo de freqüência para aprovaçãodo aluno.Art. 6o Enquanto os órgãos federais competentes não estabelecerem as diretrizescurriculares nacionais para o ensino técnico, a serem complementadas pelo Conselhode Educação do Distrito Federal, deverá ser observado para os cursosprofissionalizantes em nível médio (2o grau) no Distrito Federal, tanto regular comosupletivo, o seguinte:I - as disposições do Parecer no ................ do extinto Conselho Federal de Educação ede outros pareceres sobre mínimos profissionalizantes;II - a carga horária mínima de mil e duzentas horas para as disciplinasprofissionalizantes dos cursos que não tiveram horas previstas em pareceres próprios,não incluídas nessa duração as horas destinadas a estágio, quando previsto.Art. 7o Fica assegurado aos alunos que iniciaram curso profissionalizante pelo regimeda Lei no 5.692/71, o direito de concluírem seus estudos por esse regime ou deoptarem pela conclusão sob o novo regime a ser implantado a partir de ....................,

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75garantidas as adaptações necessárias e o aproveitamento de estudos.Parágrafo único - Em ....................., os alunos retidos no regime anterior em série nãomantida no ano serão transferidos para o novo regime, com direito às adaptaçõesnecessárias e ao aproveitamento de estudos.Art. 8o Os pedidos de credenciamento e autorização de novas instituições educacionaispara iniciarem seus serviços a partir de ..................... deverão estar adaptados aoregime da Lei no 9.394/96 e às normas decorrentes, tanto federais como locais e,excepcionalmente, poderão ser protocolados até ...................... .Art. 9 o Os processos de autorização de funcionamento e outros em tramitação naSecretaria de Educação, deverão ser adaptados à nova legislação, ressalvada matériaque admita julgamento com base em normas legais anteriores em vigência.Art. 10. O disposto nesta Resolução aplica-se às instituições educacionais comdesignação de "escolas normais" e "cursos de magistério", no que couber.Art. 11. Casos especiais não contemplados na presente Resolução, na Resolução no............ - CEDF e no Parecer de no ............... deverão ser submetidos ao Conselho deEducação para análise e deliberação.Art. 12. As instituições educacionais estão sujeitas à inspeção escolar que, além deorientação e assistência técnica, verificará o cumprimento das normas legais vigentes . |Art. 13 . Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. | 3Art. 14 . Revogam-se as disposições em contrário. | 4Sala "Helena Reis", Brasília, ......... de ......................... de ............. | 5AssinaturaNome por extensoCargo| 6,7,8Conselheiros presentes:AssinaturasNomes por extenso- 140 -Homologada na CLNe em PlenárioEm ...............10,11AssinaturaNome por extensoCargo12,13,14XIV. ContratoDefiniçãoContrato é um acordo bilateral firmado por escrito entre a administração pública e particulares,vislumbrando, de um lado, o objeto do acordo, e de outro, a contraprestação correspondente(remuneração).TERMO PADRÃO DO CONTRATOExemplificaçãoCONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS No............................................ nos termos do Padrão de no.........................Processo no .......................................CLÁUSULA PRIMEIRA - Das PartesO Distrito Federal, por meio de ........................., representado por .........................., na qualidadede......................................., com delegação de competência prevista nas Normas de ExecuçãoOrçamentária, Financeira e Contábil do Distrito Federal e ........................., doravante denominadaContratada, CGC no ........................, com sede em....................................., representadapor..............................., na qualidade de...................................................................CLÁUSULA SEGUNDA Do ProcedimentoO presente Contrato obedece aos termos do Edital ...............no ............... ( fls. ..........) e da Lei no8.666, de 21.06.93.CLÁUSULA TERCEIRA - Do ObjetoO Contrato tem por objeto a prestação de serviços de....................................., consoante especificao Edital de.......................de.....................no...................(fls...........) e a Proposta de fls............., quepassa a integrar o presente Termo.CLÁUSULA QUARTA - Da Forma e Regime de ExecuçãoO Contrato será executado de forma................. sob o regime de ...................., segundo o dispostonos arts. 6o e 10 da Lei no 8.666/93.CLÁUSULA QUINTA - Do Valor5.1 O valor total do Contrato é de ........................(...............), procedente do Orçamento do DistritoFederal para o corrente exercício, nos termos da correspondente lei orçamentária anual.- 141 -5.2 Os Contratos celebrados com prazo de vigência superior a doze meses terão seus valoresanualmente reajustados por índice adotado em lei, ou, na falta de previsão específica, pelo Índice

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76Nacional de Preços ao Consumidor – INPC.CLÁUSULA SEXTA - Da Dotação Orçamentária6.1 A despesa correrá à conta da seguinte Dotação Orçamentária:I - Unidade Orçamentária:..........................................................................................;II - Programa de Trabalho: .........................................................................................;III - Natureza da Despesa:...........................................................................................;IV - Fonte de Recursos:............................................................................................. .6.2 O empenho inicial é de ............(...................................), conforme Nota de Empenho no.........,emitida em...................,sob o evento no .............., na modalidade................................. .CLÁUSULA SÉTIMA - Do PagamentoO pagamento será feito de acordo com as Normas de Execução Orçamentária, Financeira eContábil do Distrito Federal, em ............parcela(s), mediante a apresentação de Nota Fiscal liquidadaaté .........(.......................) dias de sua apresentação, devidamente atestada pelo Executor doContrato.CLÁUSULA OITAVA - Do Prazo de VigênciaO Contrato terá vigência de ........................ meses, a contar da data de sua assinatura.CLÁUSULA NONA - Das GarantiasA garantia para a execução do Contrato será prestada na forma..........de.........., conforme previsãoconstante do Edital.CLÁUSULA DÉCIMA - Da Responsabilidade do Distrito FederalO Distrito Federal responderá pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem aterceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e de culpa.CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - Das Obrigações e Responsabilidades da Contratada11.1 A Contratada fica obrigada a apresentar ao Distrito Federal:I - até o quinto dia útil do mês subseqüente, comprovante de recolhimento dos encargosprevidenciários, resultantes da execução do contrato;II - comprovante de recolhimento dos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais.11.2 Constitui obrigação da Contratada o pagamento dos salários e demais verbas decorrentes daprestação do serviço.11.3 A Contratada responderá pelos danos causados por seus agentes.CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - Da Alteração Contratual12.1 Toda e qualquer alteração deverá ser processada mediante a celebração de Termo Aditivo,com amparo no art. 65 da Lei no 8.666/93, vedada a modificação do objeto.12.2 A alteração de valor contratual, decorrente do reajuste de preço, compensação ou penalizaçãofinanceira, prevista no Contrato, bem como o empenho de dotações orçamentárias, suplementares,até o limite do respectivo valor, dispensa a celebração de aditamento.CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - Das PenalidadesO atraso injustificado na execução, bem como a inexecução total ou parcial do Contrato sujeitará aContratada à multa prevista no Edital no......................,descontada da garantia oferecida, oujudicialmente, sem prejuízo das sanções previstas no art. 87 da Lei no 8.666/93, facultada ao Distrito- 142 -Federal, em todo caso, a rescisão unilateral.CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - Da DissoluçãoO Contrato poderá ser dissolvido de comum acordo, bastando, para tanto, manifestação escrita deuma das partes, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, sem interrupção do curso normalda execução do Contrato.CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - Da RescisãoO Contrato poderá ser rescindido por ato unilateral da Administração, reduzido a termo no respectivoprocesso, na forma prevista no Edital no ........................., observado o disposto na Lei no 8.666/93,sujeitando-se a Contratada às conseqüências determinadas pelo art. 80 desse diploma legal, semprejuízo das demais sanções cabíveis.CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA - Dos Débitos para com a Fazenda PúblicaOs débitos da Contratada para com o Distrito Federal, decorrentes ou não do ajuste, serão inscritosem Dívida Ativa e cobrados mediante execução na forma da legislação pertinente, podendo, quandofor o caso, ensejar a rescisão unilateral do Contrato.CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - Do ExecutorO Distrito Federal, por meio de ......................,designará um executor para o Contrato, quedesempenhará as atribuições previstas nas Normas de Execução Orçamentária, Financeira eContábil.CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - Da Publicação e do RegistroA eficácia do Contrato fica condicionada à publicação resumida do instrumento pela Administração,na Imprensa Oficial, até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, após o que deveráser providenciado o registro do instrumento pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal.CLÁUSULA DÉCIMA NONA - Do ForoFica eleito o foro de Brasília, Distrito Federal, para dirimir quaisquer dúvidas relativas aocumprimento do presente Contrato.Brasília,...............de...............de.................. .Pelo Distrito Federal:Assinatura

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77Nome por extensoCargoPela Contratada:AssinaturaNome por extensoCargoTestemunhas:AssinaturaNome por extensoAssinaturaNome por extensoXV. AlvaráDefinição- 143 -Alvará é o documento firmado por autoridade competente, certificando, autorizando ou aprovandoatos ou direitos.ExemplificaçãoDISTRITO FEDERAL ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO No RA1- APRESENTAÇÃO2- IDENTIFICAÇÃO1. Razão Social2. Endereço3. Atividades3 - FECHAMENTO4. Horário Normal 5. Horário Especial 6. Inscrição no GDF4 - OBSERVAÇÕES5 - AUTENTICAÇÃO 8. Data7. Local9. Carimbos e AssinaturasXVI. AtaDefiniçãoAta é o documento que registra, com o máximo de fidelidade, o que se passou em uma reunião,sessão pública ou privada, congresso, encontro, convenção e outros eventos, para comprovação,inclusive legal, das discussões e resoluções havidas.- 144 -Observações1. A redação obedece sempre às mesmas normas, quer se trate de instituições oficiais ouentidades particulares. Escreve-se seguidamente, sem rasuras e sem entrelinhas, evitando-se osparágrafos ou espaços em branco.2. A linguagem utilizada na redação é bastante sumária e quase sem oportunidade de inovações,exatamente por sua característica de simples resumo de fatos. Também, em decorrência disso, osverbos são empregados sempre no tempo passado e, tanto quanto possível, devem ser evitados osadjetivos.3. A redação deve ser fiel aos fatos ocorridos, sem que o relator emita opinião sobre eles.4. Sintetiza clara e precisamente as ocorrências verificadas.5. Registra-se, quando for o caso, na ata do dia, as retificações feitas à anterior.6. O texto é manuscrito, digitado, ou se preenche o formulário existente, como é usual emestabelecimentos de ensino, por exemplo.7. Para os erros constatados no momento da redação, consoante o tipo de ata, emprega-se apartícula retificativa "digo".8. Se forem notados erros após a redação, há o recurso da expressão "em tempo".9. Os números fundamentais, datas e valores, de preferência, são escritos por extenso.10. É lavrada por um secretário, indicado em geral pelo plenário.ExemplificaçãoATAAos .......................... dias do mês de .................... do ano de ..............., nesta cidade, na Avenida............................, sob a Presidência do Sr. ........................................................., tendo comoSecretário o Sr......................................................, presentes os Srs....................................................... e .............................................., realizou-se a 15a sessão ordináriado ano. Lida pelo Sr. Secretário, a Ata da sessão anterior foi aprovada sem restrições. O expedienteconstou da leitura de cartas, ofícios e pareceres recebidos, respectivamente, de .........., ............ e........... Na ordem do dia, foi unanimente aprovado o Parecer no ......................................................... .A seguir, o Sr. Presidente declarou encerrada a sessão e convocou os presentes para a próximareunião, no dia .................., às ................ horas. Eu, ........................................................ Secretário,lavrei a presente Ata, que assino com o Sr. Presidente e demais participantes.Assinaturas:- 145 -XVII. AtestadoDefinição

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78Atestado é o documento em que se comprova um fato e se afirma a existência ou inexistência deuma situação de direito da qual se tenha conhecimento em favor de alguém.ExemplificaçãoATESTADOAtesto, para os devidos fins, que a aluna ................................................................, está regularmentematriculada no 1o semestre letivo ........................, na 7ª série do Ensino Fundamental desteestabelecimento de ensino, sob a matrícula no .............................. .Ribeirão Preto, ........ de ........................ de .............. .AssinaturaNome por extensoCargoXVIII. CertidãoDefiniçãoCertidão é o documento oficial onde se transcrevem dados de assentamentos funcionais comabsoluta precisão.Observações1. A certidão deve ser escrita sem abertura de parágrafos, emendas ou rasuras.2. Quando houver engano ou omissão, o certificante o corrigirá com "digo", colocado imediatamenteapós o erro.Exemplificação- 146 -XIX. DeclaraçãoDefiniçãoDeclaração é o documento de manifestação administrativa, declaratório da existência ou não de umdireito ou de um fato.ExemplificaçãoGOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINASECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃODECLARAÇÃODeclaro, para os devidos fins, que o servidor ...................................................................................................................................., matrícula no ................................. cargo ou função........................................................................................, exerceu, no período de ......../......../........ a- 147 -......../......../........, os seguintes cargos em comissão: ............................................................... .Florianópolis, ........ de .......................... de ............ .AssinaturaNome por extensoCargoXX. AutorizaçãoDefiniçãoAutorização é o ato administrativo ou particular que permite ao pretendente realizar atividades ouutilizar determinado bem fora das rotinas estabelecidas.Estrutura1. denominação do ato - AUTORIZAÇÃO;2. emitente - precedido pela palavra DE, seguido de dois pontos;3. destinatário - precedido pela palavra PARA, seguida de dois pontos;4. texto:4.1. iniciado pelo termo - AUTORIZO;4.2. objeto da autorização;4.3. qualificação da pessoa;5. local e data;6. assinatura;7. nome/identidade.ExemplificaçãoAUTORIZAÇÃO | 1- 148 -DE: ...........................................................................PARA: ......................................................................|| 2,3AUTORIZO a entrega do bilhete de passagem referente ao PTA no........................., dessa Companhia, emitido em meu nome, para o trecho....................................................... ao Sr. ............................................ Carteira deIdentidade no ................................ .Maringá, ........... de .......................... de ............. . | 5AssinaturaNome por extensoRG no

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796,7XXI. ProcuraçãoDefiniçãoProcuração é o instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela,praticar atos ou administrar haveres.Estrutura1. denominação do ato - PROCURAÇÃO;2. texto:2.1. qualificação do outorgante e do outorgado;2.2. objeto da procuração e substabelecimento quando for o caso;3. local e data;4. assinatura;5. nome.Observações1. A procuração pode ser por instrumento particular, se passada de próprio punho ou digitada, e porinstrumento público, se lavrada em cartório.- 149 -2. Deixa de haver exemplificação de procuração por instrumento público por ser específica decartório.3. A assinatura deve ser reconhecida em cartório.ExemplificaçãoPROCURAÇÃO | 1Por este instrumento particular de procuração, eu, .....................................................,portador da Carteira de Identidade no ................................, CPF no........................................., residente ............................................................., na cidade......................................., nomeio e constituo meu bastante procurador o Sr......................................................................., portador da Carteira de Identidade no.................................., CPF no ....................................... e residente....................................................., na .................................................... para o fim específicode ................................................................, estando, para tal fim, autorizado a assinarrecibos e documentos e a praticar todos os atos necessários ao fiel desempenho destemandato.São José do Rio Preto, ........ de ...................... de .......... . | 3AssinaturaNome por extenso4,5XXII. RequerimentoDefiniçãoRequerimento é o instrumento dirigido à autoridade competente para solicitar o reconhecimento deum direito ou a concessão de um benefício sob amparo legal.Estrutura1. denominação do ato - REQUERIMENTO;2. destinatário - Senhor ou Excelentíssimo Senhor, seguido da indicação do cargo da pessoa aquem é dirigido o requerimento;3. preâmbulo:3.1. qualificação do requerente: nome, nacionalidade, estado civil, profissão, residência, dentre- 150 -outros;4. texto - objeto do requerimento com indicação dos respectivos fundamentos legais ou justificativasda solicitação;5. solicitação final;6. local e data;7. assinatura;8. nome.ObservaçãoNa solicitação final, tradicionalmente, usa-se:Nestes termos,Pede deferimento.ExemplificaçãoREQUERIMENTO | 1Excelentíssimo Senhor Secretário, | 2.........................................., servidor público, lotado na Secretaria deAdministração, residente na .........................................................................., nestacidade, impedido de continuar a prestar serviços a esse órgão, por imperiososmotivos pessoais, vem requerer de Vossa Excelência que lhe conceda licençapara tratamento de assunto de interesse particular, por dois anos, como lhefaculta a lei.3,4Nestes termos,

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80Pede deferimento.5Salvador, .............de..................de............. . | 6AssinaturaNome por extenso7,8Questões da FCC – Português Pág 2 Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto abaixo.

A indiferença da natureza

Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e aranhas, centenas de formigas devorando um lagarto ainda vivo, baleias assassinas atacando focas e pingüins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.

Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. A resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples: a preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da transmissão de seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente. Parece que isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações “desumanas”.

A idéia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa quando matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. E dentro da mesma espécie? Para propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte por uma fêmea ou

pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana, não?

(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-77)

TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Conforme demonstram as afirmações entre parênteses, o autor confere em seu texto estas duas acepções distintas ao termo indiferença, relacionado à Natureza:

(A) crueldade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e generosidade (o que chamaríamos de comportamento decente). (B) hipocrisia (por trás dessa ações assassinas se esconde um motivo simples) e inflexibilidade (predadores não sentem a menor culpa). (C)) impiedade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e alheamento (não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento). (D) isenção (isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento) e pretexto (para propagar seu DNA). (E) insensibilidade (sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade) e 1 . Questões da FCC – Português Pág 3 2 . determinação (indiferente a tanta dor e sofrimento).

Considere as afirmações abaixo.

I. Os atributos relacionados às hienas, no primeiro parágrafo, traduzem nossa visão “humana” do mundo natural. II. A pergunta que abre o segundo parágrafo é respondida com os exemplos arrolados nesse mesmo parágrafo. III. A frase A idéia de compaixão é puramente humana é utilizada como comprovação da tese de que a natureza é cruel e insensível. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em: (A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) I e III.

Considerando-se o contexto em que se emprega, o elemento em destaque na frase (A) Vou me abster de falar da dor e do sofrimento traduz a indiferença do autor em relação ao fenômeno que está analisando.

(B) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples revela o tom de sarcasmo, perseguido pelo autor. (C) a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento expõe os motivos ocultos que regem o mundo animal. (D) Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana refere-se diretamente ao que se afirmou na frase anterior. (E) Por trás dessas ações assassinas esconde-se um motivo simples anuncia uma exemplificação que em seguida se dará.

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81Considerando-se o choque e a irritação que o autor sentia, quando criança, com as cenas de crueldade do

mundo animal, percebe-se que, com o tipo de argumentação que desenvolve em seu texto, ele pretende:

(A) justificar sua tolerância, no presente, com a crueldade que efetivamente existe no mundo natural. (B)) se valer da ciência adquirida, para fazer compreender como natural a violência que efetivamente ocorre na Natureza. (C) se valer da ciência adquirida, para justificar a crueldade como um recurso necessário à propagação de todas as espécies. (D) justificar suas intolerâncias de menino, reações naturais diante da efetiva crueldade que se propaga pelo mundo animal. (E) se valer da ciência adquirida, para apresentar a hipótese de que os valores morais e éticos contam muito para o funcionamento da Natureza. 3 . 4 . Questões da FCC – Português Pág 4 5 .

Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:

(A) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência não caracterizam apenas os animais irracionais. (B) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos depois se esclareceram. (C) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que os seres humanos se mostram capazes. (D) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies. (E)) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente.

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

(A) centenas de formigas devorando um lagarto. (B)) ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal. (C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. (D) Predadores não sentem a menor culpa. (E) quando matam as suas presas.

Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase:

(A)) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois sabem que sua sobrevivência sempre dependerá dessa atividade. (B) Se predadores hesitassem a cada vez que tiveram de matar uma presa, terão posto em risco sua própria sobrevivência, que depende da caça. (C) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a associar aos animais, em nossas ações “desumanas”. (D) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir a preservar uma determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético. (E) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas logo se alimentariam das entranhas da lagarta, que nada poderá ter feito para impedi-lo.

Temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos. O segmento sublinhado no período acima pode ser corretamente substituído, sem prejuízo para o sentido, por:

(A) nos isentarmos a. (B) nos eximir para. (C)) nos abster de. (D) subtrair-nos em (E) furtar-nos com.

Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:

(A) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à sua devoração, pelas larvas, que saem dos ovos ali chocados. (B) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua devoração pelas larvas que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da vítima. (C) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua devoração pelas larvas, tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira, ajudou a chocar. (D)) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à devoração de suas próprias entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de reação. (E) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta, compulsoriamente, chocará os ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que abrigou em suas entranhas.

Atente para as frases abaixo.

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82I. Quando criança assistia a documentários sobre a vida selvagem. II. Tais documentários me irritavam. III. Nesses documentários exibiam-se cenas de extrema violência. Essas frases estão articuladas de modo correto e coerente no seguinte período: (A) Irritavam-me aqueles documentários sobre a vida selvagem que assisti quando criança, nos quais continham cenas que exibiam extrema violência. (B) Naqueles documentários sobre a vida selvagem, a que quando criança assistia, me irritava, conquanto exibissem cenas de extrema violência. (C) Uma vez que exibiam cenas de extrema violência, irritava-me com aqueles documentários sobre a vida selvagem, assistidos quando criança. (D) As cenas de extrema violência me irritavam, quando criança, por assistir tais documentários sobre a vida selvagem, em que eram exibidas. (E)) Os documentários sobre a vida selvagem, a que assistia quando era criança, irritavam-me porque neles eram exibidas cenas de extrema violência.

Há uma relação de causa (I) e conseqüência (II) entre as ações expressas nas frases destacadas em:

(A) I. Para entendermos as intenções da vespa, II. temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento. (B) I. Para finalizar, II. apareciam as detestáveis hienas. (C) I. Isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento, II. embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais. (D)) I. as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, II. que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora. (E) I. Predadores não sentem a menor culpa, II. quando matam as suas presas.

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

(A)) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie. (B) Quando investigamos o por quê da suposta crueldade animal, parece de que nos esquecemos da nossa efetiva crueldade. (C) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração. (D) Se a idéia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais qualquer traço de crueldade. (E) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela sobrevivência.

O emprego das aspas em “rindo” (primeiro parágrafo) deve-se ao fato de que o autor deseja

(A) remeter o leitor ao sentido mais rigoroso que essa palavra tem no dicionário. (B)) chamar a atenção para a impropriedade da aplicação desse termo, no contexto dado. (C) dar ênfase, tão-somente, ao uso dessa palavra, como se a estivesse sublinhando ou destacando em negrito. (D) assinalar o emprego despropositado de um termo que a ninguém, habitualmente, ocorreria utilizar. (E) precisar o sentido contrário, a significação oposta à que o termo tem no seu emprego habitual.

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:

(A) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas. (B) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel. (C) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é capaz um homem enciumado. (D) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como crueldade. (E)) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie.

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está entre parênteses, sem prejuízo para o sentido e a correção da frase, em:

(A) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples. (Nessas ações assassinas infiltra- se) (B) Apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal. (à medida em que devoravam os detritos) (C)) A idéia de compaixão é puramente humana. (restringe-se à espécie humana) (D) Sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. (são permeáveis a tais iniciativas) (E) A Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento. (dissimula seu interesse por)

Atenção: As questões de números 16 a 26 baseiam-se no texto que segue.

O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a cobertura da televisão: em vez da Fifa, era a ONU que aparecia nas imagens. No lugar do centroavante, era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a primeira

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83nem será a última vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito da sociedade. A bola está na moda entre os analistas políticos.

Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então a dúvida: por que justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? “A arte sempre será produto da imaginação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política. É um microcosmo singular”, diz um jornalista americano. Não apenas singular, mas global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas. “O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul, petroleiros para o Oriente Médio”, acrescenta ele.

Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o mundo. “Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos”, diz outro especialista.

Em 1990, quando o Brasil, sob a tutela de Sebastião Lazzaroni, foi eliminado da Copa, o presidente era Fernando Collor. Além de contemporâneos, eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos importados. Era uma fase em que se idolatrava o que vinha de fora – a solução dos problemas estava no exterior. Motivos existiam: com o mercado fechado aos importados, a indústria estava obsoleta e pouco competitiva. O estilo futebol-arte da seleção, por sua vez, completava 20 anos de frustrações em Copas. Collor e Lazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente prometia revolucionar a economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou numa tática européia, colocou um líbero em campo e a seleção jogou na retranca. O resultado todos conhecem.

(Gwercman, Sérgio. Como o futebol explica o mundo. Superinteressante, São Paulo, num.205, p. 88 e 90, out. 2004. Com adaptações)

01. A frase que sintetiza o assunto do texto é: (A) O esporte pode mudar os rumos da diplomacia internacional. (B) A transmissão pela televisão valoriza uma competição esportiva. (C)) O futebol pode ser visto como reflexo do mundo e da sociedade. (D) A mistura de futebol e política é vista com desconfiança por analistas. (E) É necessária a influência da tática estrangeira no futebol brasileiro.

02. A resposta correta para a questão que aparece no início do 2o parágrafo está na seguinte afirmativa: (A) A arte, sendo produto da imaginação, é abstrata, enquanto um jogo de futebol é real. (B) O cinema e a literatura podem tomar o futebol como tema para filmes ou para livros. (C) São diferentes os objetivos de um público interessado em futebol e os dos que freqüentam cinemas ou bibliotecas. (D) O futebol pode aceitar interferências de analistas, ao contrário da arte, que é única e pessoal. (E)) O futebol, sendo múltiplo, reflete toda a estrutura social, enquanto a arte resulta de uma criação individual.

03. O último parágrafo do texto se desenvolve como (A) censura à utilização, como instrumento político, de um evento esportivo bastante popular em todo o mundo. (B)) exemplo que ilustra e comprova a opinião do especialista, que vem reproduzida no parágrafo anterior. (C) manifestação de que o futebol se espalhou por todo o mundo, por ser também uma das formas da arte. (D) prova de que uma partida de futebol é capaz de alterar os rumos da política externa, apesar de opiniões contrárias de especialistas. (E) defesa da avançada visão tática de um treinador da seleção, tentando modernizar o futebol brasileiro.

04. Quem estava em campo era a diplomacia. (1o parágrafo) O que justifica a afirmativa acima está: (A)) na maneira como o evento foi transmitido pela televisão, com ênfase na presença de figuras políticas. (B) no fato de o Brasil ter sido compelido a jogar num país tão longínquo e politicamente inexpressivo. (C) na semelhança socioeconômica entre Brasil e Haiti, que buscam o reconhecimento político dos países desenvolvidos. (D) no objetivo de chamar a atenção para a próxima Copa do Mundo, em evento transmitido internacionalmente. (E) na falta de compromisso dos participantes, principalmente jogadores, com a preparação para a próxima Copa.

05. Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas. (meio do 2º parágrafo) É correto afirmar, considerando-se o contexto, que a frase transcrita acima (A) assinala o fato de que trabalhadores de diversas áreas podem tornar-se mundialmente famosos jogadores de futebol. (B) considera que o futebol não é propriamente um esporte, apesar da fama que o acompanha em todo o mundo. (C) confirma a opinião do jornalista americano de que um esporte de origem nobre tem poucas razões para ser famoso. (D)) atribui a expansão do futebol no mundo todo muito mais à atividade comercial dos ingleses do que à preocupação com o esporte. (E) critica, de maneira sutil, a preocupação de analistas em valer-se do esporte para tentar mudar a situação política de certos países.

06. Não apenas singular, mas global. (meio do 2o parágrafo). Considere o que diz o Dicionário Houaiss da língua portuguesa a respeito dos vocábulos grifados na frase acima. singular: 1. único de sua espécie; distinto; ímpar 3. fora do comum; admirável, notável, excepcional 4. não usual; inusitado, estranho, diferente 6. que causa surpresa; surpreendente, espantoso; extravagante, bizarro. global: 1. relativo ao globo terrestre; mundial 2. que é tomado ou considerado no todo, por inteiro 3. a que nada falta; integral, completo, total. O sentido mais próximo dessas palavras está representado, respectivamente, em

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84(A) 1 e 3. (B)) 3 e 1. (C) 6 e 2. (D) 4 e 3. (E) 6 e 1.

07.... eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos importados. (último parágrafo) O emprego dos dois pontos assinala, no contexto, a introdução de (A) uma restrição à afirmativa anterior. (B) uma repetição para realçar o assunto desenvolvido. (C)) um segmento que explica a frase anterior. (D) a enumeração dos fatos mais importantes da época. (E) a citação exata de uma opinião exposta anteriormente.

08. Considerando-se o emprego de pronomes no texto, grifados nos segmentos abaixo, a ÚNICA afirmativa INCORRETA é: (A) e isso não teve nada a ver − o pronome demonstrativo vale pela frase O Brasil foi jogar bola no Haiti. (B) dessa proximidade – o pronome retoma a idéia da mistura entre futebol e política. (C) alguns estudiosos – o pronome indefinido limita o número dos que compartilham a mesma opinião. (D) Ele faz entender – o pronome substitui o termo o esporte, para evitar repeti-lo. (E)) de uma onda que varreu o país – o pronome refere-se a país.

09. A concordância está correta APENAS na frase: (A) Os que estavam em campo era os assuntos diplomáticos. (B) A cobertura dos jogos mostravam as imagens das principais autoridades. (C) Não se tratam de forças revolucionárias capazes de transformar uma nação. (D)) Jogos de futebol podem ser vistos como um enorme espelho que reflete a sociedade. (E) Uma partida entre 22 jogadores podem ser considerados um reflexo da comunidade.

10. O futebol reflete mudanças na sociedade. Em várias ocasiões, em diversos países, futebol e política se misturaram. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política. As três frases acima estruturam-se num único período, com lógica, clareza e correção, da seguinte maneira: (A)) O futebol, por ser parte da comunidade, da economia e da estrutura política, reflete mudanças na sociedade, tendo havido várias ocasiões, em diversos países, em que futebol e política se misturaram. (B) O futebol reflete mudanças na sociedade, onde em muitas ocasiões, sendo no entanto parte da comunidade, da economia, da estrutura política nos diversos países, futebol e política se misturaram. (C) O futebol que em várias ocasiões, em diversos países, se misturaram com a política, ele é reflexo de mudanças na sociedade, cujo futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política. (D) O futebol, cuja parte da comunidade, da economia, da estrutura política, reflete mudanças na sociedade em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política misturaram-se. (E) Em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política se misturaram, ele vem sendo parte da comunidade, da economia, da estrutura política, conquanto que reflete mudanças na sociedade.

Atenção: As questões de números 1 a 16 referem-se ao texto que segue.

A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus ingênuos seguidores.

Do fato de que o homem é sempre bom, e que a sociedade o corrompe, não se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a conclusão de que as deliberações do povo fossem sempre boas. “Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca é corrompido, mas é freqüentemente enganado, e é então que ele parece querer o mal” – advertia o filósofo. É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos. Aquela “só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares”. Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.

Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.

(Fábio Konder Comparato)

1. De acordo com o texto, Rousseau acreditava que (A) as decisões populares baseiam-se sempre em bons princípios, visto que os homens são bons por natureza. (B)) as deliberações do povo não são necessariamente boas, pois o povo pode vir a ser enganado. (C) a vontade popular é soberana, pois, mesmo quando parece querer o mal, o povo delibera acertadamente. (D) o povo não pode ser o titular da soberania política porque é facilmente levado a corromper-se. (E) os princípios da soberania popular aperfeiçoam-se cada vez mais com o desenvolvimento histórico dos povos.

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2. Rousseau considera que há uma vontade geral e uma vontade de todos, (A) sendo esta a razão para que afirme e defenda o princípio da soberania absoluta do povo. (B) razão pela qual seus seguidores mais ingênuos acham seu pensamento demasiadamente complexo. (C)) distinguindo assim entre os interesses comuns e a soma de interesses particulares. (D) fazendo-nos crer que uma equivale à outra, ainda quando aparentemente se oponham. (E) dando assim expressão a um grande contra-senso interpretativo, que enfraquece sua tese.

3. Considerando-se o contexto, o sentido de uma expressão do texto está corretamente traduzido em: (A) ingênuos seguidores = adeptos mais radicais. (B) é aí que se insere a sua famosa distinção = é aí que se contesta sua célebre equação. (C) visão essencialmente pessimista = perspectiva extremamente ambígua. (D) corrompem-se irremediavelmente = praticam a corrupção sem remorso. (E)) diz respeito ao interesse comum = relaciona-se com a vontade geral.

4. A vontade de todos diz respeito ao interesse privado, sendo apenas a soma de interesses particulares. Considerado o contexto, o elemento sublinhado na frase acima tem o mesmo sentido de (A) a fim de ser. (B) mesmo que fosse. (C) a menos que seja. (D)) uma vez que é. (E) embora seja.

5. A frase que está inteiramente de acordo com as normas da concordância verbal é: (A)) Constituem os males da humanidade um desafio invencível para qualquer providência de natureza jurídica. (B) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar o que é a vontade geral, diante do que é a vontade de todos. (C) Quanto mais contra-sensos houverem na interpretação de Rousseau, menos compreendido será o filósofo. (D) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumes sempre tiveram mais importância do que quaisquer remédios jurídicos. (E) A corrupção dos povos que saem da infância e da juventude parecem fazer parte do nosso destino histórico, segundo o pessimista Rousseau.

6. Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: (A) Não pode ser absoluta a soberania política de cuja o povo deve ser o titular. (B) Era grande a preocupação em cuja Rousseau manifestava em relação à reforma dos costumes. (C) Rousseau não achava de que os males da humanidade poderiam ser sanados por medidas jurídicas. (D)) Está na admissão de que o povo pode ser enganado, mas não corrompido, uma das contribuições do pensamento de Rousseau. (E) Seus seguidores não supõem de que o pensamento dele seja tão complexo.

7. Transpondo-se para a voz passiva a frase As pessoas nem sempre enxergam o seu bem, a forma verbal decorrente será (A) foi enxergado. (B)) é enxergado. (C) será enxergado. (D) são enxergadas. (E) tem sido enxergado. 8. Considerando-se o contexto do terceiro parágrafo, na frase Aquela “só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado", (A) aquela refere-se à vontade de todos. (B) aquela e a outra referem-se às vontades particulares. (C)) a outra refere-se à vontade de todos. (D) a outra refere-se à vontade geral. (E) aquela e a outra referem-se ao mesmo tipo de vontade.

9. Os tempos e modos verbais estão corretamente articulados na frase: (A)) Seria um contra-senso interpretativo se afirmássemos que o princípio da soberania absoluta do povo teve origem em Rousseau. (B) Será um contra-senso interpretativo se afirmássemos que o princípio da soberania absoluta do povo haverá de ter origem em Rousseau.

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86(C) É um contra-senso interpretativo quando afirmávamos que o princípio da soberania absoluta do povo tem tido origem em Rousseau. (D) É um contra-senso interpretativo quando afirmarmos que o princípio da soberania absoluta do povo tinha origem em Rousseau. (E) Foi um contra-senso interpretativo quando afirmáramos que o princípio da soberania absoluta do povo terá origem em Rousseau.

10. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Se bem que os povos se corrompem irremediavelmente, bem antes disso era-se mais capaz de serem mais virtuosos do que então. (B) As virtudes dos povos os são inatas, mas quem os corrompem ao longo dos séculos é a própria sociedade. (C) Nenhum dos males que haveriam nos povos seriam naturais, caso a sociedade não lhes corrompesse. (D)) Se a sociedade não os viesse a corromper, os povos não perderiam as virtudes de sua infância e juventude. (E) Lamentam-se que as virtudes da infância e da juventude dos povos não se mantenhem quando eles acabam por se corromperem.

11. Estão corretos o emprego e a forma do verbo sublinhado na frase: (A) Advêem de Rousseau as principais formulações sobre a soberania política do povo. (B) A teoria de Rousseau ainda hoje contribue para a análise das relações entre o homem e a natureza. (C) Os ingênuos seguidores de Rousseau não se deteram na complexidade de seu pensamento. (D) Em seu tempo, Rousseau interviu radicalmente na formação do pensamento democrático. (E)) São grandes os esforços que o complexo pensamento de Rousseau sempre requereu de seus intérpretes.

12. Para completar corretamente a lacuna da frase, o verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural em: (A) Quando se......... (administrar) aos males da humanidade apenas um remédio jurídico, os efeitos são insignificantes. (B) Nunca ....... (faltar) às teorias de Rousseau a preocupação com o destino dos povos. (C)) O moralismo e o desejo de justiça social de Rousseau sempre o ......... (estimular) a pensar criticamente. (D) Foram muitos os pensadores a quem Rousseau ......... (influenciar) com suas preocupações morais. (E) Não se ........ (dever) atribuir às idéias de Rousseau qualquer grau de ingenuidade.

13. Está correta a grafia de todas as palavras na frase: (A) A malediscência dos poderosos se encarrega de divulgar obcessivamente a idéia de que o povo é ignorante. (B) O autor do texto, afim de demonstrar que não há hipocrizia em Rousseau, sugere que este não endeuzava o povo, mas o compreendia. (C) Não há paralizia no pensamento de Rousseau: suas inquietações impulsionam-o de forma sistematica. (D) É gratuíta a impressão de que Rousseu pensa de forma simples, ou mesmo ingênua; quem disso cojita incorre em grave erro. (E)) É fácil encontrar quem divirja de Rousseau; difícil é surpreender, nos discursos do filósofo, a falta de perseverança ética.

14. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: (A) A distinção entre as duas vontades feita por Rousseau, pode parecer estranha à primeira vista, mas logo, revela-se cheia de sabedoria. (B)) Ao se referir à infância dos povos, o pensador francês alude ao homem no estado da pura natureza, longe dos artifícios da civilização. (C) Os bons leitores, de um grande filósofo, devem evitar que, um pensamento complexo, se torne simplório, para assim não falsificar sua tese central. (D) O pessimismo de Rousseau ao qual o autor do texto alude, prende-se ao fato de que, o filósofo genebrino, lamentava os rumos da civilização. (E) Se de fato, a vontade geral predominasse, sobre as vontades particulares, as decisões políticas, refletiriam mais do que interesses, pessoais ou corporativos.

15. Considerando-se o contexto, a frase Sustentava que os povos são virtuosos apenas na sua infância e juventude ganha nova redação, igualmente correta e com sentido equivalente, em: (A)) Defendia a tese de que as virtudes dos povos se manifestam tão-somente em sua infância e juventude. (B) A sustentação de que a virtude dos povos apenas se manifestam onde ainda há infância e a juventude, era mantido por Rousseau. (C) Sua convicção resultava das virtudes dos povos, cuja infância e adolescência nela se manifestavam. (D) Apoiava-se na convicção que a infância e a juventude é que torna os povos virtuosos. (E) Apoiava-se em como apenas os povos fossem virtuosos na infância ou na juventude, não mais que isto.

16. É preciso corrigir a forma sublinhada na frase: (A) Por que sempre há os que deturpam o pensamento alheio? (B)) Sim, a vontade geral quase nunca sobrepuja as vontades particulares, mas por que? (C) O porquê do egoísmo humano sempre foi um grande mistério. (D) A justiça social, por que todos lutam, está longe de ser alcançada. (E) Os homens se corrompem porque seus interesses pessoais sobrepujam todos os outros.

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87Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto que segue.

Cuidado, isso vicia

Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o processo, num ciclo de dependência. Os exercícios físicos podem resultar em algo semelhante. Sua prática acarreta a liberação da endorfina, outro neurotransmissor, com propriedades analgésicas e entorpecentes. É como se os exercícios físicos estimulassem a liberação de drogas do próprio organismo.

Às vezes, a ginástica funciona como uma válvula de escape para a ansiedade, e nesses casos o prazer obtido pode gerar dependência. Na década de 80, estudiosos americanos demonstraram que, após as corridas, alguns maratonistas sentiam euforia intensa, que os induzia a correr com mais intensidade e freqüência. Em princípio, isso seria o que se pode considerar um vício positivo, já que o organismo se torna cada vez mais forte e saudável com a prática de exercícios. Mas existem dois problemas. Primeiro, a síndrome da abstinência: quando não tem tempo para correr, a pessoa fica irritada e ansiosa. Depois, há as complicações, físicas ou no relacionamento social, decorrentes da obsessão pela academia. Atletas compulsivos chegam a praticar exercícios mais de uma vez ao dia, mesmo sob condições adversas, como chuva, frio ou calor intenso. E alguns se exercitam até quando lesionados.

(Revista VEJA, edição 1713, 15/08/2001)

1. Considere as seguintes afirmações: I. A comparação entre exercícios físicos e utilização de drogas é possível porque, em ambos os casos, a dependência é causada tão-somente por fatores psicológicos. II. A dopamina e a endorfina são neurotransmissores que, de modo combinado, fazem com que algumas pessoas se tornem dependentes de exercícios físicos. III. Nosso organismo, estimulado pela prática de exercícios físicos, libera a endorfina, um neurotransmissor que pode causar dependência comparável à causada pelas drogas. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III.

2. Um efeito possível, provocado pela liberação da endorfina, é (A)) uma sensação de intensa euforia, logo depois de uma maratona, por exemplo. (B) um estado de abatimento e depressão, em meio a um exercício físico intenso. (C) uma compulsão que leva os atletas a consumirem outros tipos de drogas. (D) um estado de abatimento e depressão, logo depois de uma maratona, por exemplo. (E) uma sensação de intensa euforia, oposta à que sente um viciado quando dopado.

3. Em relação ao que diz o texto, está INCORRETA a seguinte afirmação: (A) A dependência dos viciados em droga manifesta-se quando a pessoa não aceita a privação da dopamina. (B)) Quando liberada, a endorfina age de modo a desestimular a prática de intensos exercícios físicos. (C) Há pessoas que buscam as atividades físicas para com elas aliviarem o seu estado de ansiedade. (D) A obstinação por exercícios físicos costuma acarretar problemas para o corpo e para a vida social. (E) A síndrome de abstinência ocorre quando a pessoa obcecada por exercícios físicos se vê impedida de praticá-los.

4. Considerando-se o contexto em que ocorreu, o sentido de uma expressão do texto está corretamente traduzido em: (A) a exemplo do que ocorre não obstante o que acontece. (B) ciclo de dependência ocorrência simultânea. (C) válvula de escape alívio definitivo. (D)) decorrentes da obsessão provenientes da compulsão. (E) mesmo sob condições adversas a não ser em ocasiões propícias.

5. A grafia de todas as palavras está correta na frase: (A) A endorfina, uma substância que tem propriedades anesteziantes, trás consigo um risco de dependência. (B) Os maniacos por exercícios físicos estão sugeitos aos dissabores das pessoas dependentes. (C) Apezar de haver muitos aspectos positivos nas atividades físicas, quem delas abuza pode sofrer sérias conseqüências. (D) Todo viciado reinscide sempre no mesmo erro, mesmo consciente dos prejuísos que sofrerá. (E)) A experiência da euforia que momentaneamente se sente faz esquecer os malefícios que dela podem advir.

6. Estão corretas as duas formas verbais sublinhadas na frase: (A)) Se não nos convierem os exercícios intensos, abdiquemos deles. (B) Quando uma experiência conter um risco, é preciso que a evitemos.

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88(C) Há pessoas que não se detém nem mesmo diante do que fatalmente lhes trará malefícios. (D) Para que não soframos com o excesso de ginástica, é preciso que nos instruemos acerca dos riscos que representam. (E) Quando havermos de colher os frutos da nossa imprudência, arrepender-nos-emos.

7. "Esses sintomas levam a pessoa a reiniciar o processo." Substituindo os termos sublinhados pelos pronomes adequados, obtêm-se, respectivamente, as formas (A) levam-lhe e reiniciar-lhe. (B)) levam-na e reiniciá-lo. (C) levam-a e reiniciar-lo. (D) levam-na e reiniciar-lhe. (E) levam-lhe e reiniciá-lo.

8. Estão corretos o emprego e a articulação dos tempos verbais na frase: (A) Seria preciso que evitemos os excessos da ginástica. (B) Melhor teria sido se evitamos os exercícios mais intensos. (C)) O ideal seria que os evitássemos, para que nada viéssemos a sofrer. (D) A menos que os evitamos, haveremos de sofrer. (E) Mesmo sabendo que sofrerão com eles, há sempre os que não os evitassem.

9. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: (A) O pessoal que não quiserem malhar tem agora mais razões para ficar acomodado num sofá. (B) Comprovaram-se que os efeitos dos exercícios físicos e das drogas têm algo em comum. (C) A privação de endorfina e dopamina podem levar a estados depressivos. (D) Existem, além das complicações físicas, a possibilidade de alterações no plano social. (E)) Sempre haverá atletas compulsivos, pois sempre existirão pessoas ansiosas.

10. Transpondo-se para a voz passiva a frase A privação da substância produz sintomas, obtém-se a forma verbal: (A) é produzida. (B) produz-se. (C) eram produzidos. (D)) são produzidos. (E) foram produzidos.

11. Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: (A) Os exercícios com que o autor se refere são aqueles praticados sem muito controle. (B) As substâncias na qual a privação acarreta depressão são a dopamina e a endorfina. (C)) Quando o tempo de que dispomos é insuficiente para a ginástica, cresce a nossa ansiedade. (D) É um círculo vicioso, de cujo alguns não conseguem escapar. (E) As condições adversas em cujas muita gente faz ginástica ressaltam essa dependência.

12. Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase: (A) Faça chuva ou, faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue, com ansiedade à prática de intensos exercícios físicos. (B) Faça chuva ou faça um sol, escaldante sempre haverá quem se entregue com ansiedade à prática, de intensos exercícios físicos. (C) Faça chuva, ou faça um sol escaldante sempre haverá quem se entregue com ansiedade, à prática de intensos exercícios físicos. (D)) Faça chuva ou faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue com ansiedade à prática de intensos exercícios físicos. (E) Faça chuva, ou faça um sol escaldante, sempre haverá quem se entregue com ansiedade, à prática de intensos exercícios físicos.

13. O verbo indicado entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) Foi nos anos 80 que ...... (ocorrer) a pesquisa dos estudiosos americanos. (B)) ...... (resultar) do excesso de exercícios algumas complicações para a nossa vida. (C) Mesmo quando ...... (prejudicar-se) com os excessos, o atleta compulsivo os comete. (D) ...... (acarretar) uma série de malefícios essa ginástica feita de modo compulsivo. (E) Quando ...... (praticar) tantos exercícios, o atleta compulsivo não avalia os efeitos.

14. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) É como uma válvula de escape fazer ginástica por causa da ansiedade, que aliás costumam causar dependências. (B) Assim como os efeitos provocados pela droga, o excesso de exercícios físicos nos dependentes costumam gerar praticamente os mesmos. (C) Muito embora lesionados, há quem pratique exercícios físicos, cujas as onseqüências nesses casos tornam-se agravadas. (D) A síndrome de abstinência caracteriza-se onde a pessoa sem tempo para correr fica meia deprimida, graças ao grau desta sua dependência.

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89(E)) A euforia intensa que sentem os maratonistas levaos a querer correr ainda mais, o que revela um ciclo de dependência.

15. O sentido da frase Ao se doparem, os viciados em drogas geralmente experimentam um bem-estar não sofrerá alteração ao se substituir a expressão sublinhada por (A)) Quando se dopam. (B) Para se doparem. (C) A menos que se dopem. (D) A fim de que se dopem. (E) Ainda quando se dopam. Atenção: As questões de números 31 a 39 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

O impacto decorrente da incorporação de todas as áreas agrícolas disponíveis na economia brasileira ainda não está claro, mas as apostas são altas. Além de haver largas extensões de terras virgens de onde extrair alimentos, é possível tirar muito mais da que já está sendo usada. Isso se deve ao fato de que, apesar de todo o avanço, o uso de tecnologia ainda é relativamente baixo na lavoura, quando comparado ao cenário dos países desenvolvidos. Uma mudança nesse quadro possibilitaria ganhos expressivos para o país. Hoje, ocupando uma área agrícola relativamente pequena, o Brasil já é uma potência mundial do campo. Temos o maior rebanho comercial bovino, a maior produção de laranja e de café, a segunda maior produção de soja e a terceira de milho. Segundo previsões recentes, a safra brasileira de soja nos próximos anos deve ultrapassar a dos americanos, colocando o país na posição de líder mundial.

Depois de um longo período de estagnação na década de 80, a safra de grãos no Brasil voltou a bater recordes seguidos. Na última, a colheita atingiu 120 milhões de toneladas e, para a próxima, a estimativa é de 130 milhões. Os números mostram que o campo, de patinho feio da economia, se transformou em seu setor mais dinâmico.

A agricultura moderna é a base de uma cadeia econômica altamente diversificada, que movimenta desde a venda de sementes até a indústria de computadores e programas. Segundo o IBGE, o agronegócio já representa 30% do PIB e gera quase 40% dos empregos. Manter esse trem nos trilhos depende de encontrar soluções para uma série de problemas. A competição com os países ricos é feroz. Mais do que isso, o Brasil precisa superar problemas no âmbito interno. As estradas usadas para escoamento da produção são precárias, os portos são pouco eficientes e, para muitos, a legislação ambiental é severa demais. Outro entrave está ligado à propriedade da terra, razão de grandes conflitos no país.

31. ...... mas as apostas são altas. (início do 1o parágrafo) A frase indica, considerando-se o contexto, que: (A) muita gente tenta conseguir área disponível para o cultivo de grãos. (B)) as perspectivas de maior produção agrícola no Brasil são bem grandes. (C) o conhecimento necessário para o cultivo das terras ainda é insuficiente. (D) nem sempre a safra brasileira produz bons resultados, apesar da diversidade de produtos. (E) a disputa pela posse de terras disponíveis para o cultivo tornou-se arriscada e perigosa.

32. Uma mudança nesse quadro possibilitaria ganhos expressivos para o país. (meio do 1o parágrafo) De acordo com o texto, a mudança proposta equivaleria: (A) à tentativa de recuperação da malha ferroviária, para facilitar o escoamento da produção agrícola. (B) à preocupação maior com o rebanho bovino e à expansão do comércio com países desenvolvidos. (C) ao uso das terras atualmente ocupadas pela criação de gado no cultivo de novos produtos para consumo interno. (D) à diversificação da produção agrícola, priorizando culturas que não necessitam de modernos recursos tecnológicos. (E)) ao cultivo de terras ainda inexploradas e à aplicação intensiva de tecnologia no campo.

33. Isso se deve ao fato de que, apesar de todo o avanço... (meio do 1o parágrafo) O segmento grifado na frase acima introduz no contexto a noção de (A) causa. (B) condição. (C)) restrição. (D) inclusão. (E) conseqüência.

34. Os números mostram que o campo, de patinho feio da economia, se transformou em seu setor mais dinâmico. (final do 2o parágrafo) A opinião transcrita acima baseia-se corretamente nos fatos apontados no texto, que são: (A)) período sem alteração no quadro das colheitas e altíssimos níveis de produção de grãos, atualmente. (B) área agrícola explorada relativamente pequena e grandes extensões de terras virgens. (C) exploração prevista de terras virgens e expansão da lavoura nas áreas já cultivadas. (D) uso reduzido de tecnologia no Brasil e atividade agrícola nos países desenvolvidos. (E) diversificação necessária de produtos agrícolas e aumento da quantidade de exportação.

35. Considere as seguintes afirmativas: I. O Brasil é uma potência em matéria de produção agrícola, sendo possível projetar-se ainda mais na economia mundial.

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90II. A ausência de investimentos, não só nacionais como também dos países mais ricos, impede que a produção de grãos no Brasil seja economicamente rentável. III. Problemas internos no país – conflitos no campo por posse de terras, condições das estradas em regiões produtoras, legislação inadequada – dificultam o desenvolvimento da agricultura. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) II. (B) III. (C) I e II. (D)) I e III. (E) II e III.

36. ... a safra brasileira de soja nos próximos anos deve ultrapassar a dos americanos... (final do 1o parágrafo) O pronome grifado na frase acima evita a repetição, no texto, da expressão (A) a área agrícola. (B) a potência do Brasil. (C) a segunda maior produção de soja. (D) a safra brasileira de soja. (E)) a safra de soja.

37. Uma mudança nesse quadro possibilitaria ganhos expressivos para o país. (meio do 1o parágrafo) O emprego da forma verbal grifada acima, considerando-se o contexto, assinala um fato (A) que acontece habitualmente. (B)) possível, a partir de uma condição anterior. (C) anterior a outro, já passado. (D) incerto, difícil de ser realizado. (E) que decorre de um desejo irrealizável.

38. Temos o maior rebanho comercial bovino... (meio do 1o parágrafo) A frase do texto cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento daquele que está grifado acima é (A) ... ainda não está claro... (B) Isso se deve ao fato de que... (C)) ... a colheita atingiu 120 milhões de toneladas... (D) ... se transformou em seu setor mais dinâmico. (E) ... as estradas são precárias...

39. A concordância está feita corretamente na frase: (A) Grandes extensões de terras, antes improdutivas, no mundo todo, foi transformado num vasto celeiro. (B) O clima de muitos países, como por exemplo Rússia e Canadá, oferecem sérias restrições à agricultura. (C) Uma grande parte das terras brasileiras estão cobertas pela floresta amazônica, o que a tornam impraticáveis para a lavoura. (D)) O Brasil ainda possui terras que podem ser destinadas à agricultura, uma área equivalente ao território da França e ao da Espanha somados. (E) Resta ainda no Brasil milhões de hectares, que constitui uma das maiores reservas de terras agrícolas do planeta. Atenção: As questões de números 40 a 45 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Segundo definição consagrada, lei é uma disposição de ordem geral, emanada de autoridade competente e imposta, coercitivamente, à obediência de todos. A medida provisória, reconhecida na constituição brasileira de 1988 e cujas características não indicam o caráter excepcional que tinha em sua origem francesa, equipara-se à lei. Em casos de urgência ou de interesse público relevante, desde que não haja aumento de despesa, o presidente da república pode expedir medidas provisórias sobre as matérias de segurança nacional, finanças públicas, normas tributárias e sistema monetário.

Nem todas as leis têm a mesma qualidade. Existe uma hierarquia, além de diferenças que as fazem gravitar em campo próprio. A lei constitucional – norma constitucional e emenda integrada na constituição – domina todas as demais leis: sem a conformidade a ela, as leis comuns (ordinárias e complementares) são nulas. Há leis de ordem pública, as quais todas as pessoas devem observar, independentemente de sua vontade. Outras, permissivas, só vigoram se os interessados não declaram sua vontade em sentido contrário.

Onde a lei não impõe uma conduta obrigatória, o indivíduo exerce livremente sua atividade. O poder público só pode intervir na esfera individual mediante uma lei que o autorize. Essa garantia de caráter institucional se expressa pelo princípio da legalidade. A lei, depois de publicada, torna-se obrigatória, sem que ninguém possa negar-lhe cumprimento, alegando que não a conhece, pois para que a ordem jurídica tenha real vigência é forçoso supor o conhecimento geral da lei. Em direito penal, por aplicação da mesma regra, entende-se que a ignorância ou errada compreensão da lei não eximem de pena.

40. De acordo com o texto, o princípio da legalidade: (A)) impõe limites à atuação do poder público em relação à atividade individual.

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91(B) permite ao Presidente da República expedir medidas provisórias sobre qualquer assunto. (C) estabelece as diferenças de qualidade existentes nas leis, determinando sua hierarquia. (D) admite a possibilidade de haver opiniões divergentes em relação à aplicação das leis. (E) possibilita inocentar alguém por descumprir uma lei cuja publicação ele desconhece.

41. Segundo o texto, a condição essencial da vigência de uma lei é (A) incluir-se nesta uma hierarquia baseada no assunto regulamentado. (B) ter esta emanado da autoridade competente. (C)) ser esta de conhecimento possível a todos os cidadãos. (D) manter nela seu caráter excepcional. (E) permitir sua equiparação à medida provisória.

42. ... mediante uma lei que o autorize. (início do 3o parágrafo) Considerando-se o contexto, é correto afirmar que, na frase acima, o pronome grifado está no lugar de: (A) o indivíduo a exercer livremente sua atividade. (B) o interessado a declarar sua vontade. (C) o presidente da república a expedir medidas provisórias. (D) uma lei constitucional a revogar outra, comum. (E)) o poder público a intervir na esfera individual.

43. ... as leis comuns (ordinárias e complementares) são nulas. (final do 2o parágrafo) O emprego dos parênteses indica, no texto, (A) repetição desnecessária da frase anterior. (B) comentário sem valor no contexto. (C) hesitação em concluir o pensamento. (D)) presença de um segmento explicativo. (E) citação exata de um documento. 44. ... o indivíduo exerce livremente sua atividade. (início do 3o parágrafo) Transpondo a frase acima para a voz passiva, obtém-se a forma verbal (A) exercerá. (B)) é exercida. (C) pode exercer. (D) terá exercido. (E) terá como exercer.

45. Recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra obediência: (A)) provisória e princípio. (B) caráter e público. (C) ordinárias e ninguém. (D) ignorância e só. (E) além e monetário.

46. A difusão das novas tecnologias trouxe problemas e impasses, relativos, principalmente, ...... privacidade dos indivíduos e ...... seu direito ...... informação. As lacunas da frase apresentada serão corretamente preenchidas por (A) à - à - à (B) à - à - a (C)) à - a - à (D) a - a - à (E) a - à - à

47. O verbo grifado está corretamente flexionado na frase: (A) Um dispositivo legal preveu a detenção do suspeito e a apreensão do material contrabandeado. (B) Aquelas decisões judiciais, embora polêmicas, baseiaram-se nos depoimentos constantes do processo. (C) Policiais deteram os envolvidos no conflito, para o necessário esclarecimento dos fatos. (D) Diante da situação caótica, imporam-se algumas medidas de caráter excepcional. (E)) Sobrevieram certas reações inesperadas da população, diante dos fatos divulgados pela imprensa.

48. Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) No final do século XX, a expressão “direitos humanos” assumiu o significado exato de direitos do homem, de acordo com a formulação, nas últimas décadas do século XVIII, das revoluções francesa e americana. (B)) Na Declaração Universal dos Direitos Humanos consubstanciam-se todos os direitos políticos e civis tradicionalmente enfechados nas constituições democráticas, reafirmando a fé na diguinidade da pessoa humana. (C) A concepção de direitos humanos sofreu grande evolução no curso da História, tendo havido sempre uma íntima correlação entre a idéia de lei natural e a dos direitos naturais do homem.

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92(D) Direitos humanos é a designação genérica dos direitos que dizem respeito diretamente ao indivíduo, em decorrência de sua condição humana, em consonância com a lei geral. (E) O documento reconhece a proteção aos homens contra a prisão arbitrária, preservando a liberdade de pensamento, consciência e opinião, e enumera os direitos econômicos e os do trabalhador. Instruções: Para responder às questões de números 49 e 50, assinale, na folha de respostas, a alternativa cuja frase está redigida com clareza e correção.

49. (A)) A lei permanece em vigor até que outra a modifique ou revogue, podendo ocorrer também a cessação de uma lei quando se extingue a situação que ela disciplina. (B) Se extingue a eficácia de uma lei quando a lei nova declara a sessação da lei anterior ou quando a situação dessa lei acaba, não havendo o que disciplinar por ela mesma. (C) Se uma lei é nova, declara-se seus efeitos quando cessa a lei anterior à ela, cabando sua eficácia se extingue a situação por ela disciplinada anteriormente. (D) O vigor de uma lei permanece se ela não declara que cessa os efeitos da outra anterior, ou quando a situação que ela está diciplinando se acaba, também. (E) Até que uma lei modifique à outra, revogando-lhe, essa está permanecendo em vigor, ou quando cessa a situação que ela disciplina, acabando com a lei referente.

50. (A) O desenvolvimento dos automóveis se tornaram acelerados com os motores de combustão interna que muitos inventores usaram como protótipos para veículos automotivos, disponíveis com as máquinas a vapor de dimensões reduzidas e confiáveis. (B) As dimensões confiáveis das máquinas à vapor, por ser reduzidas, se tornaram disponíveis para muitos inventores, mas que usaram os motores de combustão interna nos veículos com o desenvolvimento tecnológico dos automóveis, acelerados. (C) Enquanto que as máquinas a vapor reduziram suas dimensões, mais confiáveis, muitos inventores, com seus protótipos e com seus motores de combustão interna, que acelerou o desenvolvimento tecnológico dos veículos automotivos. (D)) Quando máquinas a vapor confiáveis e de dimensões reduzidas se tornaram disponíveis, muitos inventores procuraram adaptá-las a protótipos de veículos automotivos, mas foram os motores de combustão interna que aceleraram o desenvolvimento tecnológico dos automóveis. (E) As máquinas à vapor, que se tornou de dimensões reduzidas e confiáveis, ficaram disponíveis, foi adaptado a protótipos de automóveis, que só com motores de combustão interna que aceleraram o seu desenvolvimento.

Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Em meados dos anos 90, o economista americano Jeremy Rifkin causou polêmica com seu livro O fim do emprego, no qual previa que a era do emprego estava com os dias contados. Segundo Rifkin, o aumento da produtividade resultante da adoção de novas tecnologias – como a informática, a robótica e as telecomunicações – iria provocar efeitos devastadores no nível de emprego mundial. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão no campo, na indústria e no setor de serviços. Somente uma pequena elite de trabalhadores especializados conseguiria prosperar numa economia global dominada pela tecnologia.

Mas nem todos concordam com os prognósticos pessimistas de Rifkin. “Embora a tecnologia possa tanto criar trabalhos como extingui-los, o efeito líqüido é geralmente o aumento do emprego”, diz um relatório do governo neozelandês, que discute as grandes tendências do mercado de trabalho. “Ao aumentar a produtividade, a tecnologia aumenta a renda e, portanto, a demanda na economia”, afirma o estudo. Que, no entanto, reconhece que o problema não é tão simples. “Motivo de maior preocupação é que trabalhadores que perderam seus empregos devido a mudanças na tecnologia podem não ter as habilidades ou os meios para adquirir as habilidades que são exigidas no mercado de trabalho do futuro”.

Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode, paradoxalmente, representar um aumento do trabalho para muitos. Nos últimos anos, o advento de inovações como a internet e o telefone celular acabou com as limitações de tempo e espaço. Qualquer pessoa pode hoje ser encontrada a qualquer momento, em qualquer lugar, ampliando seu ambiente virtual de trabalho.

(Adaptado de Superinteressante – O livro do futuro, março de 2005, p. 45)

1. Conclui-se corretamente do texto que (A) utilizar os recursos do desenvolvimento tecnológico na produção cada vez maior de bens de consumo só poderá resultar em benefícios para os empregadores. (B)) investir na formação adequada de mão-de-obra é a garantia de permanência em um mercado de trabalho caracterizado por desenvolvimento tecnológico. (C) já começam a concretizar-se as previsões pessimistas a respeito das exigências de mão-de-obra altamente especializada no mercado de trabalho. (D) as atuais taxas de desemprego no Brasil e no mundo todo confirmam a teoria do economista americano, fornecendo-lhe dados que embasam sua opinião. (E) as condições de trabalho em um mundo dominado pela tecnologia serão cada vez mais favoráveis à grande massa de trabalhadores. 2. O “motivo de maior preocupação” citado no 2o parágrafo:

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93(A) contesta, com um exemplo, a visão do economista, por reconhecer a enorme capacidade da tecnologia de gerar empregos diferenciados. (B) perde sentido, pois atualmente é possível constatar a ampliação do mercado de trabalho nos vários ramos onde houve inovações tecnológicas. (C)) dá razão, de certa forma, ao economista americano, no sentido de que a adoção de tecnologia passa a exigir preparo maior dos trabalhadores. (D) reafirma a necessidade de revisão dos problemas assinalados pelo economista, pois suas afirmações já foram ultrapassadas pelo desenvolvimento, desde 1990. (E) deve atingir apenas a pequena elite de trabalhadores que terão seu ambiente de trabalho ampliado, o que exigirá maior dedicação a suas atividades.

3. A frase que reproduz uma opinião exposta no texto é: (A)) ... iria provocar efeitos devastadores no nível de emprego mundial. (1o parágrafo) (B) ... diz um relatório do governo neozelandês ... (1o parágrafo) (C) ... que discute as grandes tendências do mercado de trabalho. (2o parágrafo) (D) ... o advento de inovações (...) acabou com as limitações de tempo e espaço. (3o parágrafo) (E) Qualquer pessoa pode hoje ser encontrada a qualquer momento ... (3o parágrafo)

4. ... o efeito líqüido é geralmente o aumento do emprego ... (início do 2o parágrafo) O sentido da afirmativa acima foi retomado na frase: (A) ... no qual previa que a era do emprego estava com os dias contados. (B) Somente uma pequena elite de trabalhadores especializados conseguiria prosperar ... (C) Que, no entanto, reconhece que o problema não é tão simples. (D)) Se a tecnologia pode decretar o fim do emprego para alguns, ela pode (...) representar um aumento do trabalho para muitos. (E) ... podem não ter as habilidades ou os meios para adquirir habilidades que são exigidas no mercado de trabalho do futuro.

5. – como a informática, a robótica e as telecomunicações – (1o parágrafo) Os travessões isolam, considerando-se o contexto, (A) diferentes vozes de um diálogo. (B) a conclusão das afirmativas anteriores. (C)) uma enumeração explicativa. (D) repetição para realçar o sentido da frase. (E) uma ressalva à informação inicial do texto.

6. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão no campo ... (1o parágrafo) A forma verbal grifada acima indica, considerando-se o contexto, (A)) possibilidade futura. (B) ação terminada. (C) condição posterior. (D) fato repetitivo. (E) situação habitual.

7. ...o economista americano Jeremy Rifkin causou polêmica com seu livro... (início do texto) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) ... que a era do emprego estava com os dias contados. (B) Mas nem todos concordam com os prognósticos ... (C) ... que o problema não é tão simples. (D) ... acabou com as limitações de tempo e espaço. (E)) ... que perderam seus empregos devido a mudanças na tecnologia. 8. O segmento grifado está substituído pelo pronome correspondente, de modo INCORRETO, somente na expressão: (A) ... iria provocar efeitos devastadores provocá-los (B) ... pessoas perderiam seu ganha-pão perdê-lo-iam (C) ... que discute as grandes tendências que as discute (D)) ... representar um aumento do trabalho representar-lhe (E) ... ampliando seu ambiente virtual de trabalho ampliando-o Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

A segunda mais povoada das regiões brasileiras, o Nordeste, é também a mais carente e cheia de contrastes. Nos nove estados que a compõem vive uma população de quase 50 milhões de habitantes. De um lado, uma minoria desfruta de um padrão de vida que nada deve ao dos abonados dos centros mais ricos do país. De outro, um contingente majoritário sobrevive com dificuldades, enfrentando cada dia como se fosse o último.

Não por acaso, entre os Estados colocados nas dez últimas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), figuram os nove da região – o décimo é o Acre. Esse desempenho pífio tem várias causas, uma delas a deplorável distribuição da riqueza. Felizmente, há indícios de que essa situação começa a ser revertida. No lugar das tradicionais frentes de trabalho, criadas no passado para abrandar os efeitos da miséria, estão surgindo frentes de negócios nos mais diferentes setores de atividade.

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94O têxtil é um deles. Graças à maciça migração de empresas do Sul e do Sudeste, a região se tornou o segundo

maior pólo de produção de tecidos e de confecções do Brasil. Da mesma forma, consolidou-se um pólo petroquímico vigoroso, está sendo formado outro na área de celulose e assiste-se à descoberta, pelos grandes investidores, de áreas promissoras como o turismo, a fruticultura e a agricultura. A soma de tantas oportunidades se traduz num inédito fluxo de recursos, que faz do Nordeste a segunda região com mais investimentos anunciados para os próximos anos.

Localizada no semi-árido, uma das regiões mais secas do planeta, Campina Grande, a 120 quilômetros da capital João Pessoa, transformou-se num importante pólo de prestação de serviços, em particular, de tecnologia da informação. A existência de duas universidades públicas, bem como a criação do Parque Tecnológico (Paqtec), no começo dos anos 80, foram decisivas para esse desenvolvimento. Pela incubadora do Paqtec passaram 80% das mais de cem empresas de tecnologia locais. A Light Infocon é uma das mais bem-sucedidas, graças à internacionalização. Com cerca de 50 funcionários e nomes como a Natura e a Gol como clientes, tem outros, espalhados por vários países. O mais recente é um tal de Bill Gates.

9. É correto concluir do texto que (A) as condições climáticas da região Nordeste continuam sendo um obstáculo para o interesse de possíveis investidores. (B) uma única empresa de tecnologia da informação domina todo o setor de prestação de serviços, em Campina Grande. (C)) a possibilidade de acesso à educação constitui base favorável para o desenvolvimento geral. (D) o baixo poder aquisitivo da população nordestina determina a procura necessária de clientes e parceiros internacionais. (E) o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano inclui, indevidamente, um Estado da região Norte, agravando os índices da região Nordeste.

10. De acordo com o texto, I. as antigas frentes de trabalho, amenizando o sofrimento do povo nordestino, continuam sendo solução para os problemas vividos pela população. II. o incremento da atividade econômica, com ampliação da possibilidade de empregos e de geração de renda, começa a substituir antigas práticas assistencialistas no Nordeste. III. turismo, fruticultura e agricultura ainda são áreas pouco interessantes para receber maiores investimentos, porque faltam recursos para um eventual mercado consumidor. Está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

11. Não por acaso, entre os Estados colocados nas dez últimas posições ... O dado do texto, que justifica esse início do 2o parágrafo, é a referência (A) à abertura de novas frentes de trabalho que, desde seu início, buscam abrandar a carência de recursos da região. (B) aos problemas oriundos da situação climática, que dificulta o desenvolvimento de projetos econômicos rentáveis para a região. (C) ao fato de não haver real justificativa para a situação de miséria existente em todos os Estados da região Nordeste. (D) à existência de escolas de nível superior que não cumprem seu papel em uma região de clima extremamente desfavorável. (E)) às enormes dificuldades, quer de origem natural, quer de ordem social, enfrentadas pela população nordestina.

12. Pela incubadora do Paqtec passaram 80% das mais de cem empresas de tecnologia locais. (final do texto) A frase acima significa, considerando-se o contexto, que a iniciativa de criação do Parque Tecnológico (A)) ofereceu condições técnicas para o surgimento da maior parte das empresas que atuam na área. (B) tem origem nos conhecimentos gerados em projetos oferecidos pelas duas universidades públicas. (C) depende da existência de um expressivo número de empresas locais, voltadas para a área de tecnologia. (D) é fundamental na comercialização dos produtos oferecidos pelas maiores empresas de tecnologia da região. (E) determinou, desde o início, o reconhecimento internacional da qualidade dos produtos desenvolvidos.

13. O mais recente é um tal de Bill Gates. (última frase) A afirmativa acima constitui uma maneira (A) indelicada de referir-se a possíveis clientes na área de prestação de serviços. (B) deliberada de reduzir a importância de certos clientes, mesmo sendo eles estrangeiros. (C) sutil de mostrar que o desenvolvimento tecnológico é insuficiente para atrair clientes famosos. (D)) espirituosa de apontar o sucesso comercial da empresa de tecnologia referida no contexto. (E) evidente de denunciar a interferência de países mais ricos no desenvolvimento tecnológico brasileiro.

14. Graças à maciça migração de empresas do Sul e do Sudeste ... (início do 3o parágrafo) A frase acima está reescrita, com outras palavras, SEM alteração do sentido original do texto, em: (A) De acordo com muitas empresas, que vieram para o Sul e o Sudeste ... (B)) Devido ao grande fluxo de empresas vindas do Sul e do Sudeste ... (C) Com a migração, possibilitada por empresas do Sul e do Sudeste ... (D) Além de inúmeros investimentos em empresas do Sul e do Sudeste ... (E) Conquanto muitas empresas migrem do Sul e do Sudeste ...

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15. A concordância está correta na frase: (A) A redução dos elevados índices de mortalidade infantil e de analfabetismo colocam a região Nordeste em um acelerado ritmo de desenvolvimento. (B) Há opiniões de que é pouco explorado, ainda, as terras produtivas existentes na região Nordeste, em que poderiam, por exemplo, ser plantada soja. (C) O turismo é uma das vocações da região nordestina brasileira, que atraem turistas europeus, encantados com a beleza natural das inúmeras praias. (D) O turismo de massa, ampliado pelos pacotes de viagem, se tornaram fonte de divisas para o país, mas resultam, muitas vezes, em desrespeito ao meio ambiente. (E)) Investimentos nas áreas turística, agrícola e fabril representam oportunidades diferenciadas de geração de empregos e de renda para a população.

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto que segue.

Por que não gosto de eleições

Gosto da democracia em seu exercício cotidiano e concreto. Prezo a discussão numa associação de moradores de vila para discutir se é melhor pedir mais postes de luz ou asfalto na rua central. Aprecio uma reunião de condomínio em que uma senhora idosa e sozinha defende seu cachorrinho contra a mãe de uma criança asmática e alérgica aos pêlos de animais. Em ambos os casos, sinto carinho pelo esforço de inventar formas possíveis de convivência. Ultrapassamos o tamanho das comunas medievais, e hoje um governo democrático só pode ser representativo: as eleições são inevitáveis. Mas não me digam que elas são a melhor expressão da democracia.

A retórica eleitoral parece implicar inelutavelmente duas formas de desrespeito, paradoxais por serem ambas inimigas da invenção democrática.

Há o desrespeito aos eleitores, que é implícito na simplificação sistemática da realidade. Tanto as promessas quanto a crítica às promessas dos adversários se alimentam numa insultuosa infantilização dos votantes: “Nós temos razão, o outro está errado; solucionaremos tudo, não há dúvidas nem complexidade; entusiasmem-se”.

E há o desrespeito recíproco entre os candidatos. As reuniões de moradores de vila ou de condomínio não poderiam funcionar se os participantes se tratassem como candidatos a um mesmo cargo eleitoral. Paradoxo: o processo eleitoral parece ser o contra-exemplo da humildade necessária para o exercício da democracia que importa e que deveria regrar as relações básicas entre cidadãos – a democracia concreta.

Em 1974, na França, Mitterrand, socialista, concorria à Presidência com Giscard d´Estaing, centrista. Num debate decisivo, Mitterrand falava como se ele fosse o único a enternecerse ante o destino dos pobres e deserdados. Giscard retrucou: “Se-nhor Mitterrand, o senhor não detém o monopólio do coração”. Cansado de simplificações, o eleitorado gostou, e Mitterrand perdeu.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém)

1. A justificativa do autor para não gostar de eleições expressa-se pelo fato de que, nas eleições, (A) o exercício democrático revela-se custoso e complexo, tornando inviáveis as decisões mais justas e mais simples. (B)) ocorre uma disputa em princípio democrática, na qual, contraditoriamente, os adversários desrespeitam a base mesma da democracia. (C) são feitas promessas cujo cumprimento dependeria da suspensão, ainda que momentânea, dos direitos individuais. (D) os interesses dos candidatos, mercê do antagonismo de suas propostas, acabam por se sobrepor aos interesses partidários. (E) as hostilidades entre os candidatos levam-nos a acirrar a argumentação política, em vez de buscarem um consenso entre suas propostas.

2. Atente para as seguintes afirmações: I. Os exemplos da discussão entre moradores de uma vila e da reunião de condomínio ilustram situações em que não há conflito de interesses. II. Tanto são inevitáveis as eleições, numa democracia, como é rotineiro o uso da boa retórica, que torna convincentes os argumentos de quem as disputa. III. O duplo desrespeito, a que se refere o autor, atinge tanto os sujeitos da retórica de campanha como os receptores para os quais ela se produz. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. No contexto do segundo parágrafo, é correta a inferência de que (A)) nas comunas medievais não se impôs a necessidade de eleições representativas. (B) nas comunas medievais não havia a menor possibilidade de práticas democráticas. (C) as eleições representativas são inevitáveis, constituindo a finalidade da democracia.

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96(D) o aperfeiçoamento democrático deve-se à experiência das comunas medievais. (E) toda prática democrática se deve ao caráter representativo das eleições.

4. Em sua réplica no debate entre candidatos à Presidência da França, o candidato Giscard d´Estaing (A) manifestou seu desapreço pelo destino dos pobres e deserdados. (B) demonstrou grandeza política, ao acatar as razões de seu oponente. (C) expressou sua relutância em abordar um tema de natureza social. (D)) expôs o exclusivismo do discurso do candidato socialista. (E) denunciou a inexeqüibilidade das promessas de seu rival.

5. Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente correta é: (A) Não costumam ocorrer, em reuniões de gente interessada na discussão de um problema comum, conflitos que uma boa exposição dos argumentos não possam resolver. (B) Quando há desrespeito recíproco, as razões de cada candidato, mesmo quando justas em si mesmas, acaba por se dissolverem em meio às insolências e aos excessos. (C) O maior dos paradoxos das eleições, de acordo com as ponderações do autor, se verificariam nos caminhos nada democráticos que se trilha para defender a democracia. (D) Quando se torna acirrado, nos debates eleitorais, o ânimo dos candidatos envolvidos, é muito difícil apurar de quem provém os melhores argumentos. (E)) Insatisfeitos com o tom maniqueísta e autoritário de que se valem os candidatos numa campanha, os eleitores franceses escolheram o que lhes pareceu menos insolente.

6. NÃO é possível a transposição para a voz passiva do segmento sublinhado da frase: (A) Aprecio uma reunião em que há o esforço de inventar possíveis de convivência. (B)) O processo eleitoral parece ser o desmentido da humildade necessária para o exercício da democracia. (C) Mitterrand perdeu as eleições por conta de uma declaração infeliz. (D) As reuniões de moradores não obteriam êxito caso eles agissem como candidatos numa eleição. (E) As promessas mirabolantes e a retórica vazia vêm alimentando o discurso da maioria dos candidatos.

7. Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: (A) Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se pronunciava como se detera o monopólio do coração. (B) A mãe interviu na discussão, alegando que seu filho era alérgico a pêlos de animais – razão pela qual se indispusera com a dona do cachorrinho. (C) O autor afirma que sempre se comprazeu em participar de reuniões em que todos envidam esforços na busca de soluções conciliatórias. (D)) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na argumentação. (E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.

8. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) O autor preza a discussão à qual se envolvem os moradores de um condomínio, quando os anima a aspiração de um consenso. (B) A frase de Mitterrand na qual se arremeteu o candidato Giscard não representava, de fato, uma posição com a qual ninguém pudesse discordar. (C)) A frase de cujo teor Giscard discordou revelava, de fato, o sentimento de superioridade do qual o discurso de Mitterrand era uma clara manifestação. (D) Os candidatos em cujos argumentos são fracos costumam valer-se da oposição entre o certo e errado à qual se apoiam os maniqueístas. (E) O comportamento dos condôminos cuja a disposição é o consenso deveria servir de exemplo ao dos candidatos que seu único interesse é ganhar a eleição.

9. É adequada a articulação entre os tempos verbais na frase: (A)) Mais se respeitasse a democracia, mais se deveria lutar contra as falácias dos discursos dos candidatos. (B) O que tem ficado implícito na simplificação sistemática da realidade foi o desrespeito aos eleitores que a prezassem. (C) Não houvéssemos ultrapassado as dimensões das comunas medievais, poderemos ter decisões que não dependeriam do sistema representativo. (D) Vindo a ocorrer a insultuosa infantilização dos votantes, reagissem estes, negando-se a votar em quem os subestimava. (E) Seria possível que chegassem a um acordo a dona do cachorrinho e a mãe da criança asmática, desde que se disponham a ponderar a razão de cada uma.

10. Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase: (A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores. (B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado.

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97(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade. (D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de campanha. (E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem sucedido.

11. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Toda a vez em que se simplifica dados da realidade, a mesma adquire com matizes de preto e branco um aspecto esquemático haja em vista aquela simplificação. (B)) O eleitorado francês percebeu que na frase de Mitterrand, contestada por Giscard, havia a arrogância de quem se anuncia como salvador dos humilhados e ofendidos. (C) O autor diz que é um pressuposto haver humildade por parte de quem se diz democrata, cujo exercício deve abrir para o debate e manter atenção com a fala do outro. (D) Na medida que se infantiliza os eleitores, e se trata uma realidade em preto e branco para ser mais intelegível, promovemos uma simplificação sem qualquer dúvida. (E) Ao reconhecer na democracia que ela tem seus próprios méritos, nem por isso o autor deixa de lhes explorar seus aspectos negativos das campanhas dos candidatos em que ela se denigre.

12. Ultrapassamos o tamanho das comunas medievais, e hoje um governo democrático só pode ser representativo: as eleições são inevitáveis. Mantém-se o sentido da frase acima caso se substitua a expressão sublinhada por (A) ainda que. (B) a fim de que. (C)) a partir do que. (D) muito embora. (E) tendo em vista que.

13. A retórica eleitoral parece implicar inelutavelmente duas formas de desrespeito. O sentido essencial da frase acima mantém-se nesta outra construção igualmente correta: (A)) Duas formas de desrespeito parecem estar indissociavelmente ligadas à retórica eleitoral. (B) É inapelável deixar de implicar na retórica eleitoral esses dois tipos de desrespeito. (C) São duas formas de desrespeito que parecem se eximir, infelizmente, de uma retórica eleitoral. (D) Parece que essas duas formas de desrespeito redundam infalivelmente a uma retórica eleitoral. (E) Inclui-se duas formas de desrespeito incontornável ao que em princípio parece retórica eleitoral.

14. Gosto da democracia, pratico a democracia, respeito os fundamentos que mantêm em pé a democracia, mas nada disso me impede de associar a democracia às campanhas eleitorais, que negam a democracia. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por (A) a pratico − mantêm-na em pé − lhe associar − a negam (B) pratico-a − a mantêm em pé − associar-lhe − negam ela (C) a pratico − mantêm ela em pé − a associar − lhe negam (D)) pratico-a − a mantêm em pé − associá-la − a negam (E) pratico-a − lhe mantêm em pé − a associar − negamlhe

15. Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase: (A) Implícito na simplificação sistemática da realidade, está o desrespeito aos eleitores, que são o alvo costumeiro, da retórica eleitoral. (B)) É lamentável que candidatos socialistas, a exemplo de Mitterrand, se deixem levar pela convicção de que, em nosso mundo tão complexo, o messianismo faça sentido. (C) As fórmulas simplificadoras são: se eu estou certo o senhor está errado; somente eu, tenho a solução, entusiasmem-se pois comigo. (D) Quando se reúnem, os moradores de vila costumam discutir, tanto os problemas que os afligem como as soluções que devem brotar, dessa discussão. (E) No caso da mãe da criança asmática e da velha senhora, que defende seu cachorrinho, há o dilema, de se saber qual delas sairá da reunião, profundamente compungida.

Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto que segue.

Velhas bibliotecas

Quem passeia entre os livros de alguma velha biblioteca abandonada, a convite do herdeiro que ainda não sabe o que fazer com ela (vendê-la por quilo? chamar um especialista para avaliá-la? pô-la em leilão?), pode se sentir preso numa teia de melancolias. Aqueles livros foram se juntando segundo o gosto ou a necessidade de um antigo e ávido leitor, agora extinto, a quem não se perguntou qual livro gostaria de levar para sua ilha deserta no espaço celestial. Muitos desses livros estão perfeitamente mortos, como seu antigo dono: já não dizem nada para ninguém, se é que alguma vez disseram algo de importante. Assim, dezenas de lombadas semelham jazigos de formas e idéias imprestáveis, numa triste sucessão de letras mortas. No entanto...

No entanto pode ocorrer que os olhos venham a brilhar ao darem com um título célebre - romance, tratado científico, biografia, ensaio filosófico, pesquisa antropológica, tudo de valor ainda reconhecido, provando que há palavras e

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98idéias que se atualizam e permanecem, interessando a sucessivas gerações. Parece que também aos livros se aplica a lei de Darwin: os mais fortes permanecem.

Mas o impacto maior se dá quando, de repente, surgem num canto de prateleira alguns exemplares de uma revista, muito popular cem anos atrás. Folheá-las é, quase literalmente, entrar no túnel do tempo e saborear com um século de atraso as novidades da semana, ou do mês que passou. Aquele vivo cotidiano, reportado com detalhes, ilustrações e todo tipo de pitoresco, surge como uma gargalhada que ficou presa na garganta da ampulheta. Mas nós não rimos. Olhamos para as fotos, para os rostos das jovens senhorinhas, das matronas ou dos velhotes de casaca, e nos vem à cabeça um verso clássico: onde estão aqueles que antes de nós existiram neste mundo?

Ninguém deve entrar desprevenido numa velha biblioteca.

(Fragoso Bulhões)

1. A intensidade das melancolias a que se refere o autor vem expressa numa progressão dentro do primeiro parágrafo, tal como se pode perceber na seguinte seqüência: (A) velha biblioteca abandonada – a convite do herdeiro – chamar um especialista para avaliá-la. (B)) velha biblioteca abandonada – estão perfeitamente mortos – jazigos de formas e idéias imprestáveis. (C) ainda não sabe o que fazer com ela – pô-la em leilão? – qual livro gostaria de levar para sua ilha deserta. (D) ainda não sabe o que fazer com ela – foram se juntando segundo o gosto ou a necessidade –vendê-la por quilo? (E) quem passeia entre os livros – pode se sentir preso numa teia de melancolias – aqueles livros foram se juntando.

2. A expressão No entanto, que fecha o primeiro parágrafo e abre o segundo, tem um valor estrutural para o texto: ela articula (A) uma oposição entre as hesitações do herdeiro e as convicções do visitante da velha biblioteca. (B) uma alternância entre o sentimento da indiferença e o sentimento da consternação. (C)) um contraste entre uma impressão sepulcral e um súbito testemunho de vitalidade. (D) um contraste entre a solenidade das grandes teorias e os aspectos triviais da vida mundana. (E) uma oposição entre a viva memória do antigo proprietário e o anacronismo da lei de Darwin.

3. Atente para as seguintes afirmações, referentes ao terceiro parágrafo do texto: I. A convicção despertada pelo folhear de revistas antigas é a de que a vida bem vivida triunfa sobre a morte. II. A expressão gargalhada que ficou presa na garganta da ampulheta é utilizada para figurar um instante de vida que se congelou no tempo. III. O verso clássico citado ajuda a compreender por que nós não rimos diante do vivo cotidiano flagrado há um século. Está correto o que se afirma em: (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D)) II e III, somente. (E) III, somente.

4. Assim como está bem formada a construção a quem não se perguntou qual livro gostaria de levar, assim também está correta a construção: (A) a quem não se propôs de qual livro gostaria de levar. (B) para quem não se consultou de qual livro gostaria de levar. (C) com quem não se apurou a qual livro gostaria de levar. (D) com quem não se especulou de qual livro gostaria de levar. (E)) a quem não se consultou sobre qual livro gostaria de levar.

5. Transpondo-se para a voz passiva a frase qual livro gostaria de levar para sua ilha deserta, empregar-se-á a forma verbal (A)) fosse levado. (B) tivesse sido levado. (C) teria levado. (D) levaria. (E) tinha levado.

6. As normas de concordância estão inteiramente respeitadas na frase: (A) Muitos julgam imprescindíveis que se consulte os especialistas para que se avalie com precisão os livros de uma velha biblioteca. (B) Qualquer um dos que entram desprevenidos numa velha biblioteca podem se defrontar com surpresas de que jamais se esquecerá. (C)) Mesmo que hajam passado cem anos, as fotos revelam instantâneos de um presente perdido, no qual não se contava com os efeitos do tempo. (D) Nada do que se lê nos grandes livros, mesmo quando extinta a época em que foram escritos, parecem envelhecidos para quem os compreende. (E) Lá estão, como se fosse hoje, a imagem das jovens e sorridentes senhorinhas daqueles tempos, inteiramente alheias ao passar do tempo.

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997. Diante das fotos antigas, olhamos as fotos para captar dessas fotos a magia do tempo que repousa nessas fotos. Evitam-se as abusivas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados por, respectivamente: (A) olhamo-lhes - captá-las - lhes repousa (B) as olhamos - captar-lhes - nelas repousa (C) olhamo-las - as captar - repousa nas mesmas (D)) olhamo-las - captar-lhes - nelas repousa (E) olhamo-as - lhes captar - lhes repousa

8. O verbo indicado entre parênteses adotará, obrigatoriamente, uma forma no plural, ao se flexionar na seguinte frase: (A) À grande maioria dos livros de uma biblioteca ......(caber) um destino dos mais melancólicos. (B)) É comum que livros antigos, na perspectiva de um herdeiro pouco afeito às letras, ...... (representar) mais um incômodo do que uma dádiva. (C) ....... (costumar) haver muitas surpresas para quem se propõe a vasculhar uma antiga biblioteca. (D) Pouca gente, tendo o compromisso de avaliar uma biblioteca, ...... (saber) separar com rigor os livros valiosos dos que não o são. (E) ....... (ocorrer) a muitos imaginar que uma velha biblioteca valerá mais pela quantidade do que pela qualidade dos livros. Atenção: As questões de números 9 a 12 referem-se ao texto que segue.

Costuma-se dizer que há, no Brasil, leis “que pegam” e leis que “não pegam”. Qualquer cidadão pode verificar, por sua própria experiência, que tal afirmação não é improcedente. Mas talvez seja injusto confiná-la aos limites do território nacional: a invasão do Iraque se deu a contrapelo das decisões da ONU. A partir de então, como deixar de reconhecer que a arbitragem da própria Organização das Nações Unidas já “não pega”, esvaziando-se, assim, a razão mesma de existência desse organismo internacional? Recuando um pouco no tempo, poderíamos lembrar que o regime de apartheid, na África do Sul, representou um manifesto escárnio contra a Declaração dos Direitos Humanos. Exemplos como esses escancaram, para tristeza nossa, a verdade de que há dispositivos legais que “pegam” ou “não pegam” segundo a força de quem os manipula ou, simplesmente, os ignora.

(Péricles Sampaio)

9. A conclusão que se depreende do texto acima está resumida na seguinte frase: (A) As leis nascem e vigem em função dos interesses da maioria. (B) Os Direitos Humanos são a base das estratégias políticas nacionais. (C) A má formulação do texto legal enseja a interpretação tendenciosa. (D) A soberania de um país é um princípio jurídico equivocado. (E)) O Direito se revela inócuo quando o que prevalece é a razão do mais forte.

10. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em: (A) leis que “pegam” e leis que “não pegam” = leis vigentes e leis revogadas. (B) tal afirmação não é improcedente = essa assertiva não é irrepreensível. (C)) se deu a contrapelo das decisões = foi de encontro às decisões. (D) manifesto escárnio = implícita afronta. (E) escancaram a verdade = retificam a impressão.

11. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Costumam ser nas experiências cotidianas que as leis se revelam ou não práticas, quando em voga num país determinado. (B)) É nas experiências cotidianas que o cidadão comum pode dar-se conta da efetiva aplicabilidade das leis vigentes em seu país. (C) Exemplos históricos existem, desde sempre, que as leis com freqüência não correspondem ao que delas se esperam. (D) É de fato lamentável, que tão importante organização internacional não veja cumprido as indicações que nascem de seu contexto. (E) Por mais que desejamos nos convencer do contrário, a eficácia das leis não constitue uma garantia intrínseca delas.

12. Modificando-se a ordem interna de frases do texto, a pontuação estará correta em: (A) Poderíamos lembrar recuando no tempo, que na África do Sul, o regime do apartheid representou um manifesto escárnio contra a Declaração dos Direitos Humanos. (B) Que tal informação não é improcedente por sua própria experiência, qualquer cidadão pode verificar. (C) No Brasil, costuma-se dizer, que há leis que “pegam” e leis que “não pegam”. (D)) Como deixar de reconhecer, a partir de então, que já “não pega” a arbitragem da própria Organização das Nações Unidas? (E) A contrapelo das decisões da ONU se deu a invasão do Iraque: mas confiná-la, aos limites do território nacional, talvez seja injusto.

13. Estão corretamente flexionadas todas as formas verbais da frase: (A)) Ainda bem que obtiveram tudo o que requereram, sem que a polícia interviesse. (B) Como não lhe aprouveu ficar mais uns dias, acabou perdendo a comemoração do centenário da cidade. (C) Se não reavermos nossas malas, prestaremos queixa na delegacia. (D) Caso as células não se recompossem, todos os tecidos entrariam rapidamente em colapso. (E) Ele intervia a todo momento no jogo, buscando boicotá-lo.

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14. O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado numa forma do singular para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase: I. Ninguém, entre nós, ............ (habilitar-se) a tempo de se inscrever no próximo concurso. II. A quitação de todas as prestações restantes só se ........ (dar) se ganharmos a causa. III. Por mais que nos .......... (ameaçar) de recorrer à justiça, nossos fiadores sabem que não nos é possível quitar essa dívida. Atende ao enunciado da questão SOMENTE o que está em (A) III. (B) II. (C) II e III. (D) I e III. (E)) I e II.

15. A má construção tornou confusa a redação da seguinte frase: (A)) Nenhuma das atuais medidas surtirá efeito, porquanto efetivamente se ponham em prática. (B) O poder dos sindicatos de trabalhadores vem-se esvaziando com a crise econômica e o aumento do desemprego. (C) Nos ônibus apinhados, os passageiros perdem a dignidade de usuários e se equiparam a cargas que vão sendo transportadas. (D) Muito embora as intenções do projeto sejam boas, na prática ele não trará benefícios para a maioria dos funcionários. (E) Não obstante haja desconfiança quanto ao sucesso do espetáculo, investiu-se nele uma enorme soma de dinheiro.

Atenção: As questões de números 1 a 12 referem-se ao texto que segue.

CNBB fecha questão contra a redução da maioridade penal

A cúpula da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou a posição da entidade, que é totalmente contrária às propostas de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, que tramitam no Congresso Nacional.

O presidente da entidade, dom Geraldo Majella, disse que os congressistas deveriam se esforçar em combater as causas da violência e melhorar a educação para evitar que mais jovens entrem para a criminalidade. “Não basta baixar a idade penal para resolver o problema. A questão do adolescente infrator deve ser resolvida não só com a polícia, mas com políticas públicas que ajudem a dar educação”, afirmou dom Geraldo.

Os bispos também se manifestaram contra a intenção de se fazer um plebiscito nacional sobre a redução da maioridade. Para dom Geraldo, a força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas. Segundo ele, “o plebiscito vai refletir toda a paixão que a sociedade expõe quando ocorre algum crime de grande repercussão.”

Os bispos também afirmaram que vão conversar com deputados e senadores para tentar convencê-los a não votarem as matérias que tratem do assunto. Só na Câmara, há 177 matérias que tratam de crimes praticados por adolescentes, 58 das quais abordam a redução da maioridade. No Congresso, o projeto mais recente apresentado pelo líder do PL, é bastante rigoroso: propõe a redução da maioridade para 13 anos.

1. As expressões não basta baixar a idade penal e a questão do adolescente infrator deve ser resolvida não só com a polícia, mas com políticas públicas levam a crer que a redução da idade penal e a ação da polícia, diante da questão do menor infrator, (A) não são suficientes, nem necessárias. (B)) são necessárias, mas não suficientes. (C) não são nem suficientes, nem necessárias. (D) não são desejáveis, nem necessárias. (E) não são necessárias, por serem insuficientes.

2. Considere as seguintes afirmações: I. Para dom Geraldo, um plebiscito nacional expressaria, em boa hora, o justo sentimento popular diante da redução da maioridade. II. A força da mídia e a violência dos crimes tenderiam a aumentar, caso se fizesse um plebiscito sobre a redução da maioridade, afirmou dom Geraldo. III. A CNBB interessa-se em evitar que sejam aprovados projetos como o apresentado pelo líder do PL. Em relação ao texto, está correto somente o que se afirma em (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em (A) está totalmente contrária às propostas = vai ao encontro das propostas. (B) divulgou a posição da entidade = prenunciou a tendência da congregação. (C) resolvida (...) com políticas públicas = solucionada (...) por meio de medidas já consensuais. (D) abordam a redução da maioridade = minimizam a responsabilidade civil. (E)) a intenção de se fazer um plebiscito = o propósito de empreender consulta popular.

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1014. Na frase Os bispos também afirmaram que vão conversar com deputados e senadores para tentar convencê-los a não votarem as matérias que tratem do assunto, a frase ou expressão (A) deputados e senadores indica uma alternativa. (B) que tratem do assunto indica uma possível ação dos congressistas. (C) a não votarem as matérias indica a posição atual dos congressistas. (D)) para tentar convencê-los indica uma finalidade. (E) Os bispos também afirmaram indica o acordo entre os bispos e os congressistas.

5. Transpondo-se para a voz passiva a frase A força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas, a forma verbal resultante será (A)) podem ser influenciadas. (B) poderiam ser influenciadas. (C) pode ser influenciado. (D) podem ter influência. (E) podem ter sido influenciadas.

6. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: (A) Couberam aos bispos manifestar-se sobre a redução da maioridade penal. (B) O que vêm influenciando as pessoas são a força da mídia e a violência dos crimes. (C)) Houve muitos projetos apresentados, um dos quais prima pela absoluta radicalidade. (D) Caso se submeta meninos de treze anos ao código penal, condenar-se-á crianças. (E) Num plebiscito, a maioria haverão de se manifestar a favor da redução.

7. Os tempos verbais estão adequadamente articulados na frase: (A) Os congressistas deverão se esforçar para que melhorasse a educação, em vez de agravarem a questão do menor no Brasil. (B)) Caso os bispos convencessem os deputados, não passaria nenhum projeto que viesse a prejudicar os menores de 18 anos. (C) Se a força da mídia não afetasse tanto a opinião pública, é possível que esta acabe por se mostrar contrária à redução da maioridade penal. (D) Muito embora seja radical o projeto apresentado pelo líder do PL, são muitos os que haveriam de apoiá-lo, desde o momento em que foi apresentado ao plenário. (E) Sempre haverá quem deseje que a questão do menor se resolve com medidas radicais como as que têm sido apresentadas.

8. Está clara e correta a redação do seguinte período: (A) A divulgação da posição da CNBB revelou que se está totalmente contrária à quem quer que proponha se reduzir os limites da maioridade penal. (B) O que se espera das conversas entre os bispos e os deputados é que possa ter um acordo no sentido de evitarem de votar em matérias que o assunto seja essa redução. (C) É espantoso que hajam tantos projetos que visem os crimes de menores, à medida que pouco se faz em nome das melhorias de nossa educação. (D)) Os plebiscitos costumam realizar-se em tempo de crise, e há alguns governantes astutos que deles se valem para delegar responsabilidades. (E) Caso se optassem por políticas públicas mais responsáveis, conforme dom Geraldo, não seria o caso de polícia, mas de educação do menor infrator.

9. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) A CNBB, cuja a cúpula acabou de se manifestar, mostrou-se intransigente por qualquer medida radical que venha a prejudicar os menores infratores. (B) A matéria de que dizem respeito 58 dos projetos tem a ver com a redução da maioridade, na qual os bispos da CNBB posicionaram-se desfavoravelmente. (C)) Os projetos de redução de maioridade, cuja tramitação está acelerada, não contam com a simpatia de quem deseja uma política de inclusão dos menores carentes. (D) A força da mídia, à qual nem todos mostram consciência, costuma ser decisiva nos momentos onde a opinião pública está emocionalmente abalada. (E) É um mito imaginar de que basta reduzir a maioridade penal para que os problemas da delinqüência juvenil, que sua existência ninguém nega, sejam definitivamente resolvidos.

10. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: (A)) A força da mídia, tanto quanto a violência dos crimes recentes, vem influenciando negativamente a opinião pública, segundo afirmou dom Geraldo. (B) Segundo dom Geraldo em manifestação recente, a força da mídia costuma exercer influência negativa, sobre a opinião pública em momentos de grande tensão. (C) A opinião pública, que costuma sofrer influência da mídia vem-se mostrando favorável a um plebiscito no qual, se decida a respeito da controvérsia: redução da maioridade. (D) É uma pena, que os congressistas em vez de dedicarem seu tempo a projetos afirmativos, preocupem-se com medidas como essas de caráter tão-somente punitivo.

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102(E) Se baixar a idade penal, resolvesse o problema, nos Estados Unidos onde há tanto rigor, com os jovens infratores, a criminalidade do menor praticamente não existiria.

11. Considere as seguintes frases: I. Dom Geraldo disse que os congressistas deveriam se esforçar para melhorar a educação dos menores. II. Dom Geraldo é da opinião de que não basta baixar a idade penal para resolver o problema. III. Para dom Geraldo, a força da mídia e a violência dos crimes recentes podem influenciar as pessoas. A palavra para está empregada para indicar finalidade somente em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e III. (E)) I e II.

12. Os menores infratores constituem, de fato, um problema, mas não nos cabe apenas punir os menores infratores, e sim permitir aos menores infratores que tenham acesso à educação, para que se livrem da condição de menores infratores. Evitam-se as repetições do período acima substituindo-se, de modo correto, os elementos sublinhados por, respectivamente: (A) puni-los; permiti-los o acesso; da condição deles (B)) puni-los; permitir seu acesso; dessa sua condição (C) punir a eles; permitir-lhes o acesso; dela (D) punir-lhes; permitir-lhes seu acesso; dessa sua condição (E) os punir; permiti-los ao acesso; desta condição Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que segue.

Redução da maioridade penal?

Os constantes crimes cometidos por crianças e adolescentes suscitam discussão sobre a maioridade penal, que atualmente é estabelecida após os 18 anos. Os debates realizados em torno desse tema mostram que há duas correntes: uma favorável e outra contrária à redução da idade penal.

Os favoráveis à redução argumentam que um adolescente de 16 ou 17 anos é plenamente capaz de entender a gravidade e a conseqüência de um crime. Dizem os defensores desta corrente que a pobreza e a falta de políticas públicas não devem servir como justificativa para que um adolescente cometa um crime e ainda seja tratado de forma tão benevolente. Há mesmo quem responsabilize o Estatuto da Criança e do Adolescente pelo aumento dos índices de criminalidade entre os jovens.

Já os que não aceitam a redução da maioridade acham que o Código Penal não tem nada o que fazer em relação aos menores, cujos direitos e deveres são competentemente estipulados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O argumento desta corrente é o de que se deve apostar tudo no potencial de um jovem. A repressão só ensejaria um aumento ainda maior da violência, além de representar o definitivo abandono de qualquer outra providência que permitisse reintegrar o jovem à sociedade, dever que é desta e do Estado. Com a palavra os cidadãos brasileiros.

(Adaptado do site portrasdasletras.folhadaregiao.com.br/maioridade.html, 26/11/2003)

1. De acordo com o texto, muitos dos que são favoráveis à redução da maioridade penal acreditam que o Estatuto da Criança e do Adolescente (A) estabelece que um jovem de 16 ou 17 anos já se mostra capaz de avaliar a gravidade e a conseqüência de todos os seus atos. (B)) deve ser responsabilizado pela escalada da criminalidade cujos agentes são menores de 18 anos. (C) não tem competência legal para estipular quais os direitos e quais os deveres dos menores de 18 anos. (D) é responsável por atribuir à pobreza e à falta de políticas públicas o aumento da criminalidade entre menores de idade. (E) deveria ser menos benevolente com os menores de 18 anos, embora não achem que seja o caso de enquadrá-los no Código Penal.

2. Considere as seguintes afirmações: I. Quanto às duas correntes, deve-se entender que é majoritária a corrente que rejeita a redução da maioridade penal. II. As duas correntes de que trata o texto concordam apenas num ponto: a discussão sobre a maioridade penal não envolve o Estatuto da Criança e do Adolescente. III. A repressão ao menor infrator teria conseqüências opostas, segundo a posição de uma ou de outra corrente. Em relação ao texto, está correto somente o que se afirma em (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em: (A) suscitam discussões = inviabilizam as polêmicas. (B) servir como justificativa = considerar como pretexto. (C) de forma tão benevolente = de modo compensatório.

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103(D)) são competentemente estipulados = são estabelecidos com eficácia. (E) a repressão só ensejaria = a tensão apenas impediria.

4. Transpondo-se para a voz passiva a frase Os constantes crimes suscitam discussão sobre a maioridade penal, a forma verbal resultante será (A) é suscitado. (B) foi suscitada. (C) tem sido suscitada. (D) seria suscitada. (E)) é suscitada.

5. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: (A)) Se a redução da maioridade penal não for aprovada por quem de direito, todo aquele que aposta no potencial dos jovens terá motivos para se alegrar. (B) Muita gente deverá se alegrar no caso de ser aprovado quaisquer medidas que impliquem maior responsabilização do jovem infrator. (C) Não se sabem ao certo o número dos que integram uma e outra correntes; sabe-se que a discussão há muitos anos vêm acirrando os ânimos. (D) Esperam-se que os cidadãos brasileiros não deixem de avaliar e se pronunciar sobre essa importante questão. (E) Não se deve apenas estipular os direitos da criança e do adolescente; também seus deveres competem ao Estatuto estabelecer com clareza.

6. Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: (A) A redução da maioridade penal é uma questão da qual não há consenso. (B)) O potencial dos jovens, no qual tantos confiam, deveria ser mais explorado. (C) A violência praticada por menores é uma matéria que os aspectos são controversos. (D) O Estatuto da Criança e do Adolescente determina as sanções de que os jovens estão sujeitos. (E) Um argumento no qual muitos se valem é o de que a repressão só faz aumentar a violência.

7. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Será preciso que os cidadãos brasileiros tomassem a palavra para que se pronuncie diante de um tema onde é grande a complexidade. (B) Nem todos crêem que tenha benevolência com os jovens, mesmo porque sequer o potencial deles têm merecido a atenção que deveriam. (C) É normal que um tema como esse polemise na sociedade, cuja ocorrência a cada dia parece aumentar ainda mais. (D)) Muitos acham que, apenas com repressão, o jovem dificilmente encontrará o caminho de sua reintegração social. (E) As discórdias quanto à redução da maioridade deve perdurar muito tempo, pois as duas correntes se opõem sem espectativa de acordo.

8. A pobreza e a falta de políticas públicas não devem servir como justificativa para que um adolescente cometa um crime e ainda seja tratado de forma tão benevolente. Na frase acima, a palavra sublinhada tem o mesmo sentido de (A) muito embora. (B) por conseguinte. (C) portanto. (D) tão logo. (E)) mesmo assim.

9. Estão corretas todas as formas verbais empregadas na frase: (A) Se ninguém se dispor a discutir, não haverá propostas capazes de levar à solução do problema. (B) Tanta polêmica proviu do aumento da criminalidade entre os jovens, amplamente apontada pela imprensa. (C)) Os que detiverem o poder de legislar deverão estar sempre atentos à questão da crescente criminalidade de jovens. (D) Não é desejável, opinam alguns, que se premêem os infratores com tamanha benevolência. (E) Tudo o que os projetos de redução da maioridade penal conterem de polêmico deverá ser discutido em muitas sessões.

10. Considere os seguintes períodos: I. O Código Penal, segundo os que não aceitam a redução da maioridade, nada tem a ver com qualquer questão relativa aos menores, a qual é da competência do Estatuto da Criança e do Adolescente. II. A repressão dos jovens, antes de representar uma solução para o problema da violência, leva a um aumento dela ainda maior, segundo crêem os adeptos da corrente contrária à redução da maioridade. III. Muitos perguntam: se um adolescente de 16 anos, teria plena condição de compreender e avaliar tudo o que faz, sendo assim inteiramente responsável pela conseqüência dos seus atos? A pontuação está inteiramente correta apenas em (A) I. (B) II. (C) III. (D)) I e II. (E) I e III.

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104Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto que segue.

Maioridade penal

Foi brutal o assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em São Paulo. Nada justifica um crime dessa natureza. O país está chocado. A participação de um menor no delito torna o caso ainda mais dramático. A pergunta está nas ruas: não seria o caso de reduzir a maioridade penal?

De acordo com pesquisa realizada, antes do crime, a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil, 89% dos brasileiros são favoráveis à redução da idade-limite para 16 anos. É natural que o cidadão, acuado pela obscena violência que o cerca, concorde com tudo o que soe como solução drástica para o problema. O Estado, contudo, deve agir racionalmente. A redução da maioridade, em primeiro lugar, fere o princípio, consagrado no Direito brasileiro, de que o jovem é um ser em formação. O adolescente pode e deve ser punido pelo que faz de errado, mas a sanção precisa ter caráter predominantemente educativo. É absolutamente falso afirmar que a legislação não pune menores. A maior pena a que eles podem ser condenados é de três anos. É verdade que o caráter pedagógico da punição raramente se verifica. Não são tão diferentes as condições desumanas de nossos presídios e das unidades da Febem.

Que isso seja assim não justifica o abandono do princípio. Mesmo porque não será reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes deixará de existir. Parte da criminalidade juvenil pode ser explicada pelo fato de organizações criminosas se utilizarem de menores (e sua suposta impunidade) para “puxar o gatilho” no lugar de adultos. Nada impedirá que os bandidos passem a recrutar um contingente mais jovem, de quase crianças – o que, aliás, já ocorre em algumas situações. O que fazer então? Reduzir ainda mais a maioridade penal? Para 15, 14, 10 anos de idade?Combater a criminalidade, seja ela juvenil ou não, exigirá, além da necessária repressão policial, uma profunda reformulação das instituições e políticas públicas de segurança. É igualmente indispensável promover a inclusão social com mais educação e alternativas de trabalho. Não será encarcerando adolescentes e crianças, mas oferecendo-lhes condições para escapar da criminalidade, que esse triste panorama poderá mudar.

(Folha de S. Paulo, editorial, 13/11/2003)

1. O redator desse editorial julga que a maioridade penal (A) deve ser reduzida apenas para o caso específico de participação do jovem em delito brutal e injustificável, tal como o referido no primeiro parágrafo. (B) não deve ser de modo algum reduzida, uma vez que os menores encarcerados deixam de receber orientação pedagógica, equiparando-se aos presos comuns. (C)) deve ser mantida nos termos da legislação em vigor, atentando-se para o caráter educativo das sanções, negligenciado na maioria dos casos. (D) deve ser mantida nos termos da legislação em vigor, resguardando-se as ações pedagógicas que vêm caracterizando a aplicação das sanções. (E) não deve ser de modo algum reduzida, pois haveria dificuldades na tramitação de uma lei que fere um princípio já consagrado no Direito brasileiro.

2. Considerando-se as controvérsias acerca da redução da maioridade penal, manifesta-se no texto, explícita ou implicitamente, uma relação antitética entre I. a opinião do editorialista e a opinião da maioria dos brasileiros. II. a posição da Ordem dos Advogados do Brasil e a posição do Estado. III. o modo de avaliação do cidadão comum e o mod o que cabe ao Estado. Completa corretamente o enunciado APENAS o que está em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E)) I e III.

3. A precisa convicção de que não será reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes deixará de existir é defendida com o seguinte argumento: (A) o recrutamento de menores para a prática de crimes só será incrementado, a curto prazo, se ocorrerem medidas que visem à inclusão social. (B)) o recrutamento de menores, promovido pelos bandidos, passaria a ocorrer em faixas de idade ainda mais reduzida. (C) as soluções drásticas, ditadas pelo clima de emoção, contrariam o princípio da racionalidade, que é básico no Direito. (D) todas as crianças infratoras passariam a ser encarceradas na Febem, recebendo os mesmos tratamentos que sofrem os criminosos nos presídios. (E) todas as crianças infratoras perderiam de vez o direito à assistência pedagógica, deixando de ser reconhecidas como seres em formação.

4. O segmento do texto em que o termo sublinhado está empregado de acordo com uma acepção indicada em dicionários é: (A)) acuado pela obscena violência = que choca pela vulgaridade, pela crueldade. (B) torna o caso ainda mais dramático = repleto de peripécias, de aventuras. (C) ferir o princípio = tocar, tanger. (D) recrutar um contingente mais jovem = fortuito, aleatório. (E) o caráter pedagógico da punição = feitio moral.

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5. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nada impedirá que os bandidos passem a recrutar um contingente mais jovem, o segmento sublinhado ficará (A) os bandidos passarão a ter recrutado um contingente mais jovem. (B) um contingente mais jovem será recrutado pelos bandidos. (C) um contingente mais jovem passasse a ser recrutado pelos bandidos. (D)) um contingente mais jovem passe a ser recrutado pelos bandidos. (E) os bandidos passem a ser recrutados por um contingente mais jovem.

6. É adequada a articulação entre os tempos verbais na frase: (A) O adolescente poderia e devesse ser punido pelo que faria de errado, mas a sanção precisava ter caráter predominantemente educativo. (B) A pergunta estava nas ruas: não teria sido o caso de que venha a se reduzir a maioridade penal? (C) Mesmo porque não é reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes terá deixado de existir. (D) Seria natural que o cidadão, acuado pela obscena violência que o cercar, concorde com tudo o que soasse como solução drástica para o problema. (E)) Nada haveria de impedir que os bandidos passassem a recrutar um contingente mais jovem, o que, aliás, já vem ocorrendo em algumas situações.

7. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: (A) Deduz-se do texto duas afirmações: é a minoria dos cidadão que agem com racionalidade; a formação dos adolescentes, infratores ou não, constituem um dever do Estado. (B)) Deduzem-se do texto duas afirmações: é a minoria dos cidadãos que age com racionalidade; a formação dos adolescentes, infratores ou não, constitui um dever do Estado. (C) Deduzem-se do texto duas afirmações: a minoria dos cidadãos é quem agem com racionalidade; a formação dos adolescentes, infratores ou não, devem constituir um dos deveres do Estado. (D) Deduz-se do texto duas afirmações: a minoria dos cidadãos age com racionalidade; cabe ao Estado cuidar da formação dos adolescentes, tratem-se de infratores ou não. (E) Deduzem-se do texto duas afirmações: é a minoria dos cidadãos que agem com racionalidade; quanto ao Estado, estão entre os seus deveres a formação dos adolescentes, infratores ou não.

8. Está clara, coerente e correta a redação do seguinte período: (A) É função de um editorial representar a opinião do periódico, razão pela qual não costumam vir assinados, mesmo quando se aborde questões polêmicas como a tratada no texto. (B) É sabido que o recrutamento de jovens delinqüentes oferece como causa a minoridade penal, que se determina por um tratamento mais brando, ao contrário do que seria dispensado a aqueles mesmos que os recrutaram. (C)) A necessidade de se promoverem políticas públicas de inclusão social não pode ser esquecida, no momento em que se debatem as complexas questões atinentes à redução da maioridade penal. (D) Ainda que venham a ocorrer proximamente, a profunda reformulação das instituições e políticas públicas de segurança, nada nos garante que seus efeitos se processariam a despeito de uma indesejável morosidade. (E) Convocados para “puxar o gatilho”, os jovens são regimentados por bandidos que disso se aproveitam para auferir o benefício das sanções mais brandas, previstas para quem está abaixo da maioridade penal.

9. Não será encarcerando adolescentes e crianças, mas oferecendo-lhes condições para escapar da criminalidade, que esse triste panorama poderá mudar. Mantém-se, com correção e clareza, o sentido da frase acima, em: (A)) Não será encarcerando adolescentes e crianças que esse triste panorama poderá mudar; é preciso oferecer- lhes condições para escapar da criminalidade. (B) Oferecendo condições para escapar da criminalidade, e não encarcerando adolescentes e crianças, é que esse triste panorama poderá mudar. (C) Esse triste panorama não poderá mudar sem lhes oferecer condições para escapar da criminalidade, simplesmente encarcerando adolescentes e crianças. (D) Não será encarcerando adolescentes e crianças, sem que se lhes ofereça condições para escapar da criminalidade, que deixarão de mudar esse triste panorama. (E) Não encarcerar adolescentes e crianças, a menos que se lhes ofereça condições para escapar da criminalidade: eis o que é preciso para esse triste panorama mudar.

10. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: (A) Os delitos onde ocorre a participação de menores costumam causar maior escândalo diante da opinião pública. (B) A mais grave sanção à qual se pode estender a um menor é a de reclusão, cujo o período máximo é o de três anos. (C) A atividade criminosa, pela qual muitos menores são compelidos, é promovida por maiores de idade, com os quais a penalização é muito mais severa. (D)) Se a repressão policial é uma medida da qual não se pode abrir mão, a inclusão social é um desafio para o qual não se pode fazer vista grossa. (E) A redução da maioridade penal, na qual há tantos defensores, pode ser uma medida inócua, pela qual muitos venham a se arrepender.

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10611. O elemento sublinhado tem, no contexto da frase em que se apresenta, o mesmo sentido da expressão entre parênteses, em: (A) Combater a criminalidade, seja ela juvenil ou não, exigirá uma profunda reformulação das instituições e políticas públicas de segurança. (conquanto possa ser juvenil) (B) Que isso seja assim não justifica o abandono do princípio. (mesmo que assim seja) (C) Mesmo porque não será reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes deixará de existir. (não obstante isso) (D) É igualmente indispensável promover a inclusão social com mais educação e alternativas de trabalho. (impõe-se assim estar promovendo) (E)) Nada impedirá que os bandidos passem a recrutar um contingente mais jovem, de quase crianças – o que, aliás, já ocorre em algumas situações. (fato que, seja dito)

12. Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas no contexto da frase: (A) Deteriam-se os jovens infratores no caso de que visse a ser reduzida a maioridade penal, ou, pelo contrário, haveria-se de aumentar ainda mais esse tenebroso contingente? (B)) Tudo o que advier das medidas que se impõem no âmbito da educação concorrerá para a inclusão social desses jovens, providência que não mais se pode procrastinar. (C) Inclue-se, entre as medidas a serem tomadas, a habilitação profissional dos jovens carentes, para que todos nos redimamos do abandono a que os vimos relegando. (D) Os delitos dos jovens não provêem do nada; enraízam-se no solo fértil da criminalidade, num país em que tantas vezes o delinqüente impune vira astro da mídia. (E) A menos que se refrêem as ações dos bandidos adultos, os jovens desamparados haverão de encontrar arrimo em quem os alicie para as práticas criminosas.

13. Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, está inteiramente correto o seguinte período: (A) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas interessa a discussão das questões que se ligam à essa faixa de delinqüência. (B) Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune à toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos. (C)) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência disso, aspira à inclusão social, quer ascender a posições mais dignas, elevar-se a uma condição semelhante àquela em que vivem os jovens da classe média. (D) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da vantagem da pena de morte, extensiva a criminalidade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da formação integral dos jovens. (E) Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta àquela participação maior no combate a criminalidade, falta à adolescência pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos problemas.

14. Considerando-se o contexto da frase dada, tem sentido causal o segmento sublinhado em: (A)) É natural que o cidadão, acuado pela obscena violência que o cerca, concorde com tudo o que soe como solução drástica para o problema. (B) A participação de um menor no delito torna o caso ainda mais dramático. (C) Que isso seja assim não justifica o abandono do princípio. (D) Nada impedirá que os bandidos passem a recrutar um contingente mais jovem. (E) Mesmo porque não será reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes deixará de existir.

15. Ambos os verbos indicados entre parênteses adotarão obrigatoriamente uma forma do plural para preencherem, de modo correto, as lacunas da frase: (A) Não se ...... (dever) esperar das autoridades policiais qualquer medida que combata na raiz as causas que qualquer um de nós ...... (poder) atribuir às omissões da sociedade. (B) Para fatos brutais, como o assassinato do casal de namorados, não ...... (concorrer) causa isolada, ou aleatória; o que os ...... (motivar) é um conjunto de fatores sociais. (C) Quando a todos ...... (convir) eliminar de vez a violência, a todos ...... (sensibilizar) a adoção de reformas profundas na vida social. (D)) Mesmo se ...... (vir) a se reduzir pela metade, os índices de violência ...... (haver) de refletir um quadro absolutamente escandaloso. (E) Parece que já não nos ...... (impressionar), a nós todos, tal estatística de violências banalizadas; será preciso que nos ...... (alcançar), a cada um de nós, a dor da tragédia?

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao texto seguinte.

A família na Copa do Mundo

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida numa Copa do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter novos hábitos, prolonga seu tempo diante da televisão, disputaa com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente para o vazio de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara, nem o homem nem a mulher se deixam tocar pela sucessão interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria está em jogo nos gramados estrangeiros.

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107É preciso também reconhecer que são muito distintas as atuações dos membros da família, nessa época de

gols. Cabe aos homens personificar em grau máximo as paixões envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o drama de uma derrota, exaltar a glória máxima da conquista da Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la. Quando solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com intensidade muito menor, essas alegrias ou dores dos homens. Entre as crianças menores, a modificação de comportamento é mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus próprios jogos e brinquedos. Já os meninos e as meninas maiores tendem a reproduzir, respectivamente, algo da atuação do pai ou da mãe.

Claro, está-se falando aqui de uma “família brasileira padrão”, seja lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa do Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas pessoas não resistem à alteração dos horários de refeição, à alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo − e disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma vingança que afetam o companheiro, a companheira ou os filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo pode abrir feridas que demoram a fechar. Sim, costumam cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem, por força dos diferentes papéis que os familiares desempenham durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis tradicionais − até que chegue uma outra Copa.

(Itamar Rodrigo de Valença)

1. Atente para as seguintes afirmações: I. No primeiro parágrafo do texto, mostra-se como a vida rotineira dos homens, ao contrário do que ocorre com a das mulheres, sofre alterações durante uma Copa do Mundo. II. No segundo parágrafo do texto, mencionam-se as diferentes alterações que a Copa do Mundo provoca nas atitudes de alguns membros da família. III. No terceiro parágrafo do texto, desenvolve-se a idéia de que o equilíbrio da vida familiar fica ameaçado pelas mudanças de hábito e pelas paixões provocadas por uma Copa do Mundo. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D)) II e III, apenas. (E) III, apenas.

2. O texto sugere que, durante uma Copa do Mundo, a cadeia de alterações no comportamento de uma família costuma (A) atingir simultaneamente a todos os membros da casa, do mesmo modo. (B)) começar pelo homem da casa e propagar-se pelos outros membros da família. (C) começar por influência dos alardes da vizinhança. (D) atingir tão-somente a rotina de grupos familiares mal constituídos. (E) atingir tão-somente as pessoas da casa que se interessam por futebol.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido da frase Cabe aos homens personificar em grau máximo as paixões envolvidas nesta outra redação: (A) É intenção dos homens envolver outras pessoas nas intensas paixões que ele vive. (B) É um direito masculino fazer de outras pessoas o centro de suas paixões. (C)) É nos homens que as mais intensas paixões despertadas costumam corporificar-se. (D) Atribui-se aos homens o dever de partilhar com os outros as mais violentas emoções. (E) Atribui-se à personalidade masculina a obrigação de conter ao máximo suas emoções.

4. Há uma relação de causa (I) e efeito (II) entre os segmentos da seguinte formulação: (A) A rotina de uma família (I) / costuma ser duramente atingida numa Copa do Mundo (II). (B) (...) retornam os papéis tradicionais (I) até que chegue uma outra Copa (II). (C) É preciso também reconhecer (I) que são muito distintas as atuações dos membros da família (II). (D) (...) são muito distintas as atuações dos membros da família (I) nessa época de gols (II). (E)) Como toda exaltação de paixões (I), uma Copa pode abrir feridas que demoram a fechar (II).

5. Transpondo-se para a voz passiva a frase uma Copa do Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares, a forma verbal sublinhada deverá ser substituída por (A)) é posta. (B) são postos. (C) era posta. (D) tem posto. (E) tem sido posto.

6. O verbo indicado entre parênteses deverá ser obrigatoriamente flexionado numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) Qualquer súbita alteração nos hábitos familiares ...... (poder) afrouxar os vínculos entre as pessoas de uma casa. (B)) Não ...... (costumar) afetar a quem não gosta de futebol as vibrações dos torcedores durante uma Copa do Mundo. (C) As emoções que ...... (demonstrar) a mulher da casa costumam ser menos intensas que as do homem. (D) Diante das televisões, em todas as casas, ......-se (aglomerar) uma imensa torcida nacional. (E) Sempre ...... (faltar), aos torcedores mais fanáticos, a convicção de que os jogadores deram o melhor de si.

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7. A expressão de que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: (A) Nenhuma paixão ...... se pode imaginar é, para ele, comparável à que lhe desperta uma Copa do Mundo. (B) A expectativa ...... nós alimentávamos em relação a esta Copa resultou em franca decepção. (C)) As paixões ...... trata o texto talvez pareçam incompreensíveis para outros povos. (D) A expressão “família brasileira padrão”, ...... se refere o autor, nem mesmo para ele parece fazer muito sentido. (E) As emoções ...... os torcedores se deixam arrastar, numa Copa do Mundo, são exacerbadas e incontroláveis.

8. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto: (A) Se nós revêssemos nosso comportamento durante uma Copa, pode ser que fôssemos corrigir alguns excessos deles. (B) Não é muito fácil encontrar alguma família em cuja não exista algum torcedor mais fanático, no qual se deixe levar a quase histeria. (C) É incrível como as crianças muito pequenas não se incomodam, ao passo que uma Copa seja assistida pelos adultos com mais emoção. (D)) É apenas por solidariedade a seus maridos que muitas mulheres buscam se abrir às emoções de uma Copa do Mundo. (E) Talvez seja um exagero do autor do texto achar que os próprios laços familiares se ameacem devido as frustações do futebol.

9. Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase: (A)) Mesmo quem não tenha querido ou podido acompanhar a última Copa do Mundo certamente não ficou indiferente às irritações que ela suscitou entre nós. (B) Quem não se dispor a torcer numa Copa terá dificuldade em se isolar num canto aonde não cheguem as ressonâncias da competição. (C) Se os policiais não detessem os torcedores mais exagerados, certamente não se veriam tantas famílias nos estádios alemães. (D) Os torcedores brasileiros ainda retêem, como glória máxima, a imagem do nosso capitão erguendo a taça da penúltima Copa. (E) É comum que os meninos menores não se detenhem diante da televisão, quando se trata de um jogo da Copa da Mundo.

10. As normas de pontuação estão plenamente atendidas na frase: (A) Os jogos de uma Copa do Mundo, quase sempre costumam provocar altas emoções não apenas, nos fãs do futebol, mas também nos que não costumam se animar com esse esporte. (B) Ainda que com menor ânimo, do que seus maridos, as mulheres também costumam torcer pela seleção no caso de esta revelar alguma qualidade de jogo. (C) Não há dúvida, de que a mídia tornou-se responsável, por um crescente interesse internacional no acompanhamento dos jogos da Copa do Mundo. (D) Nos grandes centros urbanos, o trânsito em dias de jogos do Brasil, costuma sofrer nervosas oscilações, entre o máximo de movimento, e o total esvaziamento das ruas. (E)) O autor do texto nota, com razão, as variações do humor público que, durante a Copa, traduzem as distintas emoções que os jogos nos despertam.

11. A coerência da frase está prejudicada pelo emprego da expressão sublinhada em: (A) A rotina familiar é alterada durante a Copa, tanto assim que há casos de ressentimentos gerados pelo excesso das paixões. (B)) A despeito de serem os torcedores mais inflamados, os homens costumam deixar-se arrebatar pelo entusiasmo numa Copa do Mundo. (C) Muito embora as mulheres não sejam, via de regra, torcedoras fanáticas, há sempre aquelas que sofrem com os maus resultados da nossa seleção. (D) À medida que transcorrem os jogos, vai subindo o grau de emoção e de nervosismo dos torcedores mais preocupados. (E) É comum ocorrerem desavenças familiares durante uma Copa, visto que muito poucas pessoas mantêm o espírito sereno durante os jogos.

12. Está correto o emprego de ambas as formas sublinhadas na frase: (A) Assisti ao jogo, mas não o dei toda a atenção que queria, pois a correria das crianças não me permitiu concentrar-lhe. (B) Queria saber porque algumas pessoas torcem contra seu país, contra a seleção que, afinal de contas, lhes representa numa Copa do Mundo. (C)) Sem explicar o porquê de tanta indiferença, muita gente, enquanto transcorrem os jogos da Copa do Mundo, ignora-os por completo. (D) Os laços familiares são importantes, não há porque relegar-lhes a um segundo plano, por mais intensas que sejam as emoções de uma Copa. (E) Os homens ligam a televisão, mantêm-lhe o olhar nela sem piscar, nada lhes afasta de seu posto, durante uma Copa.

Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao texto seguinte.

As crônicas de Rubem Braga

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109Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam contar com uma coluna em que sobravam talento, reflexão,

observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma crônica de Rubem Braga. Os chamados “assuntos menores”, que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do cronista uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um passarinho, de um pé de milho, de um casal na praia, de uma empregada doméstica esperando alguém num portão de subúrbio − tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais importante que a escandalosa manchete do dia. É o que costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a carga de humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual costumamos passar desatentos.

Rubem Braga praticamente só escreveu crônicas, como profissional. À primeira vista, espanta que seja considerado um dos grandes escritores brasileiros dedicando-se tão-somente a um gênero considerado “menor”: a crônica sempre esteve longe de ter o prestígio dos romances ou dos contos, da poesia ou do teatro. Mas o nosso cronista acabou por elevá-la a um posto de dignidade tal que ninguém se atreverá de chamar seus textos de “páginas circunstanciais”. Tanto não o foram que estão todas recolhidas em livros, driblando o destino comum do papel de jornal. Recusaram-se a ser um entretenimento passageiro: resistem a tantas leituras quantas se façam delas, reeditam-se, são lidas, comentadas, não importando o dia em que foram escritas ou publicadas.

Conheci Rubem Braga já velho, cansado, algo impaciente e melancólico, falando laconicamente a estudantes de faculdade. Parecia desinteressado da opinião alheia, naquele evento organizado por uma grande empresa, a que comparecera apenas por força de contrato profissional. Respondia monossilabicamente às perguntas, com um olhar distante, às vezes consultando o relógio. Não sabíamos, mas já estava gravemente doente. Fosse como fosse, a admiração que os jovens mostravam pelo velho urso pouco lhe dizia, era evidente que preferiria estar em outro lugar, talvez sozinho, talvez numa janela, ou na rede do quintal de seu apartamento (sim, seu apartamento de cobertura tinha um quintal aéreo, povoado de pássaros e plantas), recolhendo suas últimas observações, remoendo seus antigos segredos. Era como se nos dissesse: “Não me perguntem mais nada, estou cansado, tudo o que me importou na vida já escrevi, me deixem em paz, meninos.”

E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do que já disse e continua dizendo em suas páginas mágicas, meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.

(Manuel Régio Assunção)

1. Em relação ao gênero que adotou ao escrever seus textos, a principal contribuição de Rubem Braga foi (A) organizá-los em livro, pois o escritor sabia que não causariam grande impacto numa edição de jornal. (B)) dotá-los de um prestígio de que, até então, não eram merecedoras as crônicas publicadas em jornal. (C) dotá-los de uma dignidade maior do que a já reconhecida, por exemplo, nos romances e nos poemas. (D) escrevê-los evitando os chamados “assuntos menores”, que lhe pareciam desinteressantes e melancólicos. (E) escrevê-los como “páginas circunstanciais”, consciente de que as coisas efêmeras são a matéria exclusiva das crônicas.

2. Atente para as seguintes afirmações: I. Uma das qualidades dos grandes artistas, como Rubem Braga, é iluminar de modo especial aquilo que, malgrado sua intensidade humana, pode passar desapercebido. II. Apesar de não ser mais que um entretenimento passageiro, uma crônica não deve, por isso, ser considerada menos importante do que um romance ou um poema. III. Antes mesmo de serem editadas em livro, as crônicas de Rubem Braga já se impunham como textos altamente expressivos nas páginas dos jornais. Segundo as convicções do autor, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D)) I e III, apenas. (E) I, apenas.

3. Quanto ao sentido, estabelecem entre si uma relação de oposição as seguintes expressões: (A) páginas circunstanciais / entretenimento passageiro (B) falando laconicamente / respondia monossilabicamente (C) recolhendo suas observações / remoendo seus segredos (D)) um gênero considerado “menor” / um posto de dignidade tal (E) recusaram-se a ser um entretenimento passageiro / resistem a tantas leituras quantas se façam delas

4. Estão corretos o emprego e a forma dos tempos verbais na seguinte frase: (A) O leitor que vir a percorrer crônicas do velho Braga estará sabendo atestar o valor de permanência dessas páginas. (B) O grande cronista falava do que lhe aprouver, confiante na riqueza da matéria oculta de cada cena, de cada fragmento da vida cotidiana com que se depare. (C)) Não conveio a Rubem Braga aceitar a suposta fatalidade de ser um gênero “menor”, pois decidiu valerse da crônica como veículo de alta expressão literária. (D) Desafortunado o leitor que não reter das crônicas de Rubem Braga as lições de poesia e de estilo, que o escritor soubesse ministrar a cada texto. (E) Da obra de Rubem Braga advira um prestígio que o gênero da crônica jamais gozara anteriormente, considerada que fosse como simples leitura de entretenimento.

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5. As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente atendidas na frase: (A)) Reservam-se os artistas o direito (ou privilégio?) de escolherem o gênero e a forma que lhes pareçam os mais adequados ao seu intento de expressão. (B) Não se reconhecia na crônica, antes de Rubem Braga, quaisquer méritos que pudessem alçá-la à altura dos chamados grandes gêneros literários. (C) Não cabem aos críticos ou aos historiadores da literatura estipular se o gênero de uma ou outra obra é maior ou menor em si mesmos. (D) Uma vez submetido ao poder de sedução de seu estilo admirável, é possível que custassem aos leitores de Rubem Braga ficar aguardando a crônica seguinte. (E) Não lhe bastassem, além do estilo límpido, ter os olhos de um grande fotógrafo, Rubem Braga ainda freqüentava as alturas da poesia lírica.

6. (...) revelam toda a carga de humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual costumamos passar desatentos. O segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e a coerência da frase acima, por (A) na qual sempre nos cruzamos em nossa desatenção. (B) diante de cuja é hábito passarmos distraídos. (C) da qual é costume passarmos indiferentes. (D) por cuja nos habituamos a cruzar com indiferença. (E)) por onde nos habituamos a passar distraídos.

7. Transpondo-se para a voz passiva a frase tudo o que me importou na vida já escrevi, ela ficará: (A)) Tudo o que me importou na vida já foi por mim escrito. (B) Tudo o que a vida me importou já fora escrito por mim. (C) A vida já me importou em tudo o que escrevi. (D) Já está escrito na vida tudo o que ela me importou. (E) Tudo o que me importou na vida já tenho escrito.

8. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto: (A) O autor faz-nos deduzir de que já não se encontra, nos jornais de hoje, crônicas que se possa comparar com o nível das que escrevia Rubem Braga, há décadas atrás. (B)) A certa altura do texto, quando relembra o autor a imagem que lhe ficou do rápido contato que teve com o cronista, a figura evocada é a de um homem melancólico. (C) Não é tão simples como possa parecer, alguém retirar da matéria do cotidiano uma linguagem capaz de expressar-se com a limpidez e a elegância como Rubem Braga. (D) Rubem Braga provou tratar-se de uma injustiça que a crônica seja vista como um gênero menor, quando o mesmo as escreveu promovendo-lhes ao mais alto nível. (E) Quando se julga que há assuntos maiores e menores, se parte do erro de não prevenir que justamente os grandes artistas desdenham tal preconceito, que lhes vêm de fora.

9. O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não precisaria mesmo dizer nada além do que já disse. Na frase acima, está correta a articulação entre os tempos verbais sublinhados, assim como também estaria no caso da seguinte seqüência: (A) percorrerá − terá sabido − precisasse − dissesse (B) percorresse − saberá − precise − tenha dito (C)) percorresse − saberia − precisava − dissera (D) percorreu − soubera − precisasse − disse (E) percorrera − sabia − precise − dissesse

10. Parecia desinteressado da opinião alheia, naquele evento organizado por uma grande empresa, a que comparecera apenas por força de contrato profissional. A frase acima permanecerá formalmente correta caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por (A) infenso pela opinião alheia / onde fora (B)) infenso à opinião alheia / em que se fizera presente (C) imparcial pela opinião alheia / aonde estivera (D) neutralizado sobre a opinião alheia / na qual estivera (E) imparcial com a opinião alheia / aonde se apresentara

11. Rubem Braga escreveu muitas crônicas, nutriu as crônicas com a matéria do cotidiano, fez as crônicas atingir um patamar que parecia interditado às crônicas, e notabilizou-se empregando todo o seu talento nas crônicas. Evitam-se as viciosas repetições e mantém-se a correção do período acima, substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por: (A)) nutriu-as − fê-las atingir − a elas parecia interditado − nelas todo o seu talento. (B) nutriu-as − fez-lhes atingir − lhes parecia interditado − a elas todo o seu talento. (C) nutriu-lhes − as fez atingir − parecia-lhes interditado − em cujas todo o seu talento. (D) as nutriu − fez-lhes atingir − parecia interditado às mesmas − nelas todo o seu talento. (E) nutriu-lhes − fez elas atingirem − parecia-lhes interditado − nestas todo o seu talento.

12. Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é:

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111(A) Quando Rubem Braga já velho, compareceu ao evento programado, notou-se que, mais do que apenas abatido estava impaciente, com as perguntas que lhe faziam. (B) Ressalte-se que, houve antes de Rubem Braga cronistas importantes, mas nenhum deles se dedicou exclusivamente às crônicas, nem lhes deu como Braga, tal densidade poética. (C) Muitos trabalhadores do povo que jamais haviam merecido atenção mais séria, passaram a ser protagonistas, de inesquecíveis crônicas de Rubem Braga. (D) Nos jornais, ou em livros as crônicas de Braga costumam prender a atenção do leitor, com tanta intensidade que este não é capaz de arredar os olhos do texto, fascinado, que fica. (E)) Não é de se imaginar, realmente, que um texto publicado em jornal possa aspirar à mesma permanência a que, em princípio, fariam jus os textos cuidadosamente editados em livro.

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

Caso de injustiça

Quando adolescente, o poeta Carlos Drummond de Andrade foi expulso do colégio onde estudava. A razão alegada: “insubordinação mental”. O fato: o jovem ganhara uma nota muito alta numa redação de Português, mas o professor, ao lhe devolver o texto avaliado, disse-lhe que ele talvez não a merecesse. O rapaz insistiu, então, para que lhe fosse atribuída uma nota conforme seu merecimento. O caso foi levado ao diretor da escola, que optou pela medida extrema. Confessa o poeta que esse incidente da juventude levou-o a desacreditar por completo, e em definitivo, da justiça dos homens.

Está evidente que a tal da “insubordinação mental” do rapaz não foi um desrespeito, mas uma reação legítima à restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a pequenez dos falsos benevolentes, que gostam de transformar em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio. Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem discípulo deu ao mestre uma clara lição de ética: reclamou pelo que era o mais justo. Em vez de envergonhar-se, o professor respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da falta de razão. E acabou expondo o seu aluno à experiência corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e ressentimento.

A “insubordinação mental”, nesse caso, bem poderia ter sido entendida como uma legítima manifestação de amorpróprio, que não pode e não deve subordinar-se à agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela expressão deixa subentendido o mérito que haveria numa “subordinação mental”, ou seja, na completa rendição de uma consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege pela cartilha da completa subserviência moral e intelectual? Não foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que aceitaria ele deixar-se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?

Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma enorme proporção. Todos já sentimos, nos detalhes de situações supostamente irrelevantes, o peso de uma grande injustiça. A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser tão-somente um problema dos filósofos ou dos juristas, traduz-se nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem poeta ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada vez que somos punidos por invocar o princípio ético da justiça.

1. Ao comentar esse “caso de injustiça”, o autor do texto está sublinhando, fundamentalmente, a importância (A) de que se deve revestir toda medida pedagógica, no trato com as reações temperamentais dos jovens rebeldes. (B)) que se deve atribuir, em qualquer situação, à responsabilidade ética de se preservar o que é efetivamente justo. (C) de se experimentar o peso do que é injusto, para então se chegar à convicção de que a justiça é possível e necessária. (D) de se considerar segundo as circunstâncias aquilo que é justo, pois não há nenhum princípio de justiça que seja duradouro. (E) que reside nas demonstrações de benevolência, sobretudo naquelas em que se explicite a intenção de generosidade.

2. Considere as seguintes afirmações: I. Embora a reação do rapaz tenha de fato configurado, para o autor do texto, um caso intolerável de “insubordinação mental”, considerou este extremamente injusta a medida disciplinar adotada. II. O que há de positivo e desejável numa “subordinação mental” desaparece, segundo o autor do texto, quando esta é efeito de uma imposição autoritária. III. Mesmo a experiência das pequenas injustiças pode ser decisiva, pois a partir delas é possível formar-se a convicção de que o que é verdadeiramente justo não tem lugar nas ações humanas. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Considerando-se o contexto do segundo parágrafo, traduz- se corretamente o sentido de uma frase ou expressão em: (A)) restrição estapafúrdia = restringência disparatada. (B) a pequenez dos falsos benevolentes = a diminuição dos contumazes generosos. (C) o reduto da falta de razão = o exílio da irracionalidade. (D) experiência corrosiva da injustiça = vivência do agressivamente injusto. (E) gera ceticismo e ressentimento = acarreta incredibilidade e dissentimento.

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4. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão (A) “subordinação mental” indica a qualidade de quem não transige na administração do amor-próprio. (B) “subordinação mental” indica a reação de quem vai de encontro ao que determina a cartilha da completa subserviência. (C) “insubordinação mental” indica a qualidade de quem vai de encontro ao que determina seu amor-próprio. (D) “insubordinação mental” indica a reação de quem não se envergonha de contestar o outro de modo truculento e autoritário. (E)) “insubordinação mental” indica a reação de quem vai de encontro à ação caprichosa e autoritária do outro.

5. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto: (A) Podem ganhar proporções desmesuradas todo fato que, embora aparentemente pequeno, acaba formando uma grande convicção em face de um valor de alta permanência. (B) O autor não se furta em compactuar com o jovem aluno, em razão de terem ambos o mesmo procedimento diante do incidente gerado a partir do professor de Português, que redundou na expulsão da escola. (C) A referência ao gosto amargo que fica em nossa boca diz respeito às marcas da injustiça, o que trazem para nós esse ressentimento de quem não sabe se comprazer de algum princípio ético. (D)) Sempre haverá aqueles que se valem de ações supostamente generosas para incutir no beneficiário delas não a convicção do que é justo, mas a obrigação do reconhecimento de um débito moral. (E) Não é preciso que se premie o mérito, o que é preciso é reconhecê-lo na justa medida do merecimento, sem o que se arrisca a transformá-lo numa dívida insondável, por parte de quem o premiou.

6. As normas de concordância verbal encontram-se plenamente atendidas na frase: (A) Não pode subordinar-se à eventual agressividade dos caprichos alheios aqueles que têm em alta conta o seu amor-próprio. (B) Não se esperem daqueles que se entregam aos rompantes da truculência qualquer gesto inspirado pelo sentimento de justiça. (C)) Podem ficar em nossa boca, mais do que o gosto amargo da injustiça eventual, os travos da amargura e do ceticismo definitivos. (D) A repetição de pequenas experiências da injustiça costumam, com freqüência, dar ensejo a convicções profundas e duradouras. (E) São negativos todos os ensinamentos de que derivam, em vez da confiança nos princípios, a descrença quanto aos valores morais.

7. Transpondo-se para outra voz verbal a frase ......, a forma verbal resultante será ....... Preenchem corretamente as lacunas da frase acima apresentada, respectivamente: (A) o poeta foi expulso do colégio / expulsou-se. (B) que lhe fosse atribuída uma nota / se atribuísse. (C) o mérito que este já consignara / tinha consignado. (D) deu ao mestre uma clara lição / foi dado. (E)) acabou expondo seu aluno / acabou sendo exposto.

8. É adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) Apenas uma avaliação justa de sua redação – eis tudo o que o jovem Drummond aspirava. (B)) “Insubordinação mental” foi a justificativa à qual recorreu a direção da escola para expulsar o adolescente. (C) “Subordinação mental” é a expressão à que chega o autor, subentendendo o sentido de uma outra. (D) Entendendo o rapaz que não fazia jus aquela nota, solicitou ao professor uma nova avaliação(E) O caso narrado deixa claro de que pequenas injustiças podem gerar grandes ressentimentos.

9. Considere as seguintes afirmações: I. O jovem foi expulso do colégio. II. A razão alegada foi “insubordinação mental”. III. O jovem deixou de crer na justiça dos homens. Essas afirmações estão articuladas de modo correto e coerente no seguinte período: (A)) Com a alegação de que houvera “insubordinação mental” do jovem, expulsaram-no do colégio, e ele deixou de crer na justiça humana. (B) O jovem, que deixou de crer na justiça dos homens, porque lhe alegaram “insubordinação mental”, foi expulso do colégio. (C) Por ter sido alegada “insubordinação mental”, o jovem deixou de crer na justiça dos homens, tendo sido expulso do colégio. (D) Embora tenha sido alegada a “insubordinação mental”, o jovem deixou de crer na justiça dos homens, mesmo porque fora expulso do colégio. (E) Expulso do colégio, tendo em vista que a razão alegada foi “insubordinação mental”, o jovem ainda assim deixou de crer na justiça humana.

10. Está inteiramente correta a pontuação da frase: (A) Nesse caso, a suposta “insubordinação mental” do jovem, bem poderia ter sido entendida como de fato uma legítima manifestação de seu amor-próprio.

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113(B) Esse mestre de Português, do jovem Drummond, acabou por lhe dar em vez de uma nota alta, uma lição inesquecível de grande injustiça. (C) Houve grande dignidade, na reação do jovem quando descontente com a fala do professor, insurgiu-se contra o mestre. (D)) A questão do que é ou do que não é justo não constitui, exclusivamente, um problema dos filósofos ou juristas, pois concerne à prática de todos. (E) A medida extrema da expulsão foi, segundo Drummond decisiva, para que ele a partir de então deixasse de crer na justiça dos homens.

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto seguinte.

Falamos o idioma de Cabral?

Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o monte Pascoal, certamente não foi “terra ã vishta”, assim, com o “a” abafado e o “s” chiado que associamos ao sotaque português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam vogais nem chiavam nas consoantes – essas modas surgiram no século XVII. Cabral teria berrado um “a” bem aberto e dito “vista” com o “s” sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos empoeirados para os portugueses.

Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número imenso de negros que não falavam português. “Já no século XVI, a maioria da população da Bahia era africana”, diz Rosa Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia. “Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola”, afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas torna-se comum e traços de um impregnam o outro. “Assim os negros deixaram marcas definitivas”, diz Rosa.

Também no século XVI, começaram a surgir diferenças regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as imigrações, que geraram diferentes sotaques.

Mas o grande momento de constituição de uma língua “brasileira” foi o século XVIII, quando se explorou ouro em Minas Gerais. “Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro”, diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.A riqueza atraiu gente de toda parte – portugueses, bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração do ouro criou.

11. Considere as seguintes afirmações: I. Atualmente, alguns sons que produzimos ao falar o português do Brasil não mais se produzem na língua falada pelos portugueses. II. Escravos africanos e índios influenciaram, na mesma proporção e nas mesmas regiões, o falar do português brasileiro. III. Apenas com a educação formal é que se constituiu o que se pode chamar de língua “brasileira”. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em (A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

12. Deve-se concluir, da leitura do texto, que no processo de formação e constituição de uma língua, (A) os fatores econômicos não têm peso decisivo. (B) o aprendizado formal tem mais peso do que o informal. (C)) uma grande expansão comercial colabora em sua uniformização. (D) a contribuição dos imigrantes tem pouca relevância. (E) a célula geradora de sua uniformização é a prática da escrita.

13. Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje e o português antigo, há ainda mais diferenças. A frase acima conserva a correção e o sentido caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por (A) havendo semelhanças - haveria ainda mais diferenças. (B) mesmo que haja semelhanças - há também diferenças. (C) houvesse semelhanças - haveria também diferenças. (D) no caso de haver semelhanças - as diferenças seriam mais numerosas. (E)) conquanto haja semelhanças - as diferenças são em maior número.

14. Considerando-se o contexto, na expressão traços de um impregnam o outro o fenômeno aí representado traduz uma (A) oposição entre falantes. (B)) interação de falares. (C) predominância de um idioma. (D) alternativa entre línguas. (E) exclusão de sotaques.

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11415. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da seguinte frase: (A) A que palavras ...... (ter) recorrido, naqueles longínquos tempos, o comandante dos portugueses que avistaram o monte Pascoal? (B) Não ...... (importar) se foram estes ou aqueles povos que mais contribuíram para a constituição do português do Brasil; o que importa é especificar a contribuição. (C) Caso não ...... (ter) havido as imigrações, nossa língua teria deixado de contar com um grande número de vocábulos. (D)) Não ...... (caber) à educação formal as iniciativas de constituição de uma língua; desta se encarregam os que a falam. (E) É preciso reconhecer o quanto ...... (importar) o fluxo de imigrantes para a constituição do português que falamos atualmente. 16. Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase em: (A)) Não é preciso agarrar-se à nenhuma teoria lingüística para se chegar à conclusão de que uma língua se constitui a partir de muitos intercâmbios com outras. (B) Ao se referir à lingua de Cabral, o autor do texto lembra que, àquela época, certas sonoridades não eram estranhas às do português que se fala hoje no Brasil. (C) Assim, à primeira vista, não é fácil avaliar o que há de idêntico entre a prosódia brasileira e aquela que se verifica em Lisboa. (D) Tendo em vista a necessidade de se preservar a estrutura de uma língua, apela-se, com freqüência, às sistematizações da gramática normativa. (E) Daqui a um bom tempo, o português falado no Brasil poderá estar a uma considerável distância do que se fala hoje.

17. No contexto do segundo parágrafo, o elemento sublinhado na expressão (A) boa parte delas está-se referindo ao elemento semelhanças. (B) que trouxe ao Brasil está-se referindo ao elemento diferenças. (C)) Toda essa gente está-se referindo ao elemento a maioria da população da Bahia. (D) que não falavam está-se referindo ao elemento português. (E) impregnam o outro está-se referindo ao elemento os negros.

18. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase: (A) Se Cabral tivesse gritado alguma coisa quando houvesse de avistar o monte Pascoal, certamente não foi “terra ã vishta”. (B)) Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas tornava-se comum e traços de um passavam a impregnar o outro. (C) À mistura dessas influências tinham vindo se somar as imigrações, que gerassem diferentes sotaques. (D) Mas o grande momento de constituição de uma “língua brasileira” passou a estar sendo o século XVIII, quando se explorara ouro em Minas Gerais. (E) A língua começou a uniformizar e a ficar exportando traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração de ouro teve de estar criando.

19. Está correta a flexão de todas as formas verbais na frase: (A) Não é verdade que os portugueses do século XV engulissem as vogais ou chiassem nas consoantes. (B) Sempre serão bem-vindos os imigrantes que chegarem ao Brasil, em qualquer época, e trazerem para nós as marcas de sua língua e de sua cultura. (C) Caso a incorporação de termos estrangeiros não convisse aos falantes de um idioma, estes não haveriam de os aproveitar. (D) Se alguém rever os textos do português arcaico, se espantará com a profusão de termos que ainda freqüentam a fala brasileira em muitas regiões do país. (E)) Foram-se somando ao português do Brasil, ao longo dos séculos, os traços que advieram das línguas dos que para cá emigraram.

20. A língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração do ouro criou. Se na frase acima substituirmos a forma verbal criou pela forma deu ensejo, o termo que deverá dar lugar à expressão (A) a cujas. (B) de cujas. (C) de onde. (D)) a que. (E) com que.

Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

A safra atual de cana está prevista em 414 milhões de toneladas e, para 2010/2011, há previsão de chegar a 560 milhões. O grande crescimento do setor sucroalcooleiro no Brasil se dará, inicialmente, por causa do mercado interno. Os carros bicombustíveis ou flex − que podem rodar tanto com gasolina quanto com álcool − serão os principais responsáveis pela necessidade de expansão dos canaviais, pelo menos nos próximos cinco anos.

Quanto ao mercado externo de álcool combustível, um dos diretores do setor destaca que a curto prazo não há expectativa muito grande, embora se fale muito do potencial do Brasil. As expectativas são conservadoras, porque o mercado externo é ainda muito incerto. “Nenhum país muda sua matriz energética dependendo apenas de um fornecedor,

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115no caso, o Brasil”, diz. Para que isso aconteça, é necessário que outros países entrem forte na produção canavieira e na produção de álcool.

Quanto ao açúcar, calcula-se um crescimento na demanda interna de 2% ao ano, historicamente vinculado ao aumento da população, e de 3% no mercado externo, em países para os quais o Brasil já exporta. De qualquer maneira, ancorado por projeções otimistas, principalmente em relação ao mercado interno, o setor vem investindo pesado na instalação de novas unidades produtoras, no oeste paulista e nos cerrados mineiro, goiano e sul-matogrossense. Há 90 usinas em processo de montagem ou que deverão ser montadas nos próximos anos e que vão se juntar às 330 usinas já em operação no País. Até 2010 deverão estar todas funcionando.

1. De acordo com o texto, (A) o mercado interno de consumo de álcool encontra-se atualmente em crise, devido ao aumento na produção e na exportação de carros bicombustíveis. (B) as exportações brasileiras de álcool combustível superam, no momento, a capacidade de produção das usinas, com conseqüente desabastecimento do setor. (C)) o Brasil poderá tornar-se um grande exportador de álcool combustível se outros países se voltarem para a produção de veículos movidos por esse tipo de energia. (D) a demanda maior de açúcar para o mercado exportador supera a de álcool combustível, exigindo a instalação de novas usinas, para o necessário aumento da produção. (E) a indústria automobilística brasileira tem atualmente sua expansão limitada, porque a produção de álcool combustível também se encontra paralisada no país.

2. A frase que sintetiza corretamente o assunto principal do texto é: (A) Mercado externo de álcool combustível é líder nas vendas do produto. (B) Aumento da população brasileira garante consumo do açúcar produzido no país. (C) Mercado interno de produção de álcool é insuficiente para abastecer carros novos. (D) Novas unidades produtoras de açúcar e de álcool já entraram em operação de emergência. (E)) Maior produção de carros bicombustíveis propicia aumento na produção de álcool.

3. A justificativa apontada no texto para a ampliação de investimentos no setor refere-se (A) à certeza de aumento do consumo no mercado externo. (B)) às perspectivas otimistas quanto à expansão do consumo interno. (C) aos aumentos previstos nas futuras safras de cana-de-açúcar. (D) ao baixo consumo de açúcar, a ser ampliado por demanda externa. (E) às necessárias mudanças na matriz energética brasileira.

4. É correto afirmar que se encontra no texto uma relação de proporcionalidade entre (A)) aumento da população e crescimento da demanda interna de açúcar. (B) safra atual de cana e as previsões de safras para 2010. (C) número de usinas em funcionamento e as que se encontram em montagem. (D) região de cultivo tradicional de cana e ampliação do cultivo em outros Estados. (E) expansão de mercado de carros bicombustíveis e previsão de aumento no mercado externo.

5. − que podem rodar tanto com gasolina quanto com álcool − (1o parágrafo) Os travessões isolam (A) opinião pessoal contrária à afirmativa anterior. (B) repetição da mesma idéia, com intenção de reforçar a exposição de fatos. (C) ressalva necessária à clareza do desenvolvimento das várias idéias do parágrafo. (D)) comentário explicativo acrescentado ao parágrafo. (E) esclarecimento importante para evitar incoerência na frase.

6. Nenhum país muda sua matriz energética... (2o parágrafo) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) A safra atual de cana está prevista em 414 milhões de toneladas... (B)) ... que a curto prazo não há expectativa muito grande... (C) As expectativas são conservadoras... (D) Para que isso aconteça... (E) ... que outros países entrem forte na produção canavieira e na produção de álcool.

7. A concordância está correta na seguinte frase: (A) Novas usinas de produção de álcool deve passar a funcionar dentro de cinco anos, possibilitando lucros que deve beneficiar o setor. (B) Deveria entrar em funcionamento noventa novas usinas de produção de álcool, número que se somarão às unidades já existentes no País. (C)) Espera-se aumento considerável na fabricação de carros que utilizam o álcool como combustível, com estimativas otimistas para o setor. (D) Investimentos no setor alcooleiro tem sido feito para que se amplie as exportações à medida que a tecnologia brasileira desperte interesse mundial. (E) A preferência na compra de carros bicombustíveis propiciariam aumento no consumo de álcool, e também no volume de exportações do produto.

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8. São muito boas as perspectivas para o agronegócio brasileiro. O País tem grande estoque de terras apropriadas para a agricultura. Há expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas. As frases acima organizam-se em um único período com clareza, lógica e correção em: (A)) Tendo em vista o expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas e o grande estoque de terras apropriadas para a agricultura no País, são muito boas as perspectivas para o agronegócio brasileiro. (B) É muito bom ter as perspectivas para o agronegócio brasileiro, conquanto há expressivo aumento na demanda mundial de produtos agrícolas, visto que o País tem grande estoque de terras apropriadas para a agricultura. (C) O País tem grande estoque de terras apropriadas para a agricultura, com o expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas, porisso é muito bom pelas perspectivas para o agronegócio brasileiro. (D) Há expressivo aumento da demanda mundial por produtos agrícolas, entretanto o País, com grande estoque de terras apropriadas para a agricultura, que têm tido muito boas perspectivas para o agronegócio brasileiro. (E) O agronegócio brasileiro, com suas boas perspectivas no País de grande estoque de terras apropriadas para a agricultura, são sem dúvida um expressivo aumento que a demanda mundial faz dos produtos agrícolas. Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Permitir às empresas que utilizem, em projetos artísticos, parte do dinheiro que gastariam com tributos. É esse o espírito das leis de incentivo, sejam elas municipais, estaduais ou federais. A proposta é simples: como no orçamento da maioria dos governos os recursos destinados à cultura são geralmente escassos, os artistas e produtores, em vez de recorrer ao Estado, procuram patrocínio da iniciativa privada, com o atraente argumento de que, sem desembolsar nenhum centavo, além do que gastaria em impostos, o empresário poderá vincular sua marca àquele livro, show, produção de artesanato ou outra ação desse tipo.

A Lei Rouanet é o principal instrumento de captação de recursos para iniciativas culturais no Brasil. Por meio dela, as empresas podem investir em produções até 4% do imposto de renda devido e deduzir o valor na hora de pagar ao Fisco. A verba investida só não é abatida integralmente em investimentos em filmes de ficção − que já têm uma lei específica − e em projetos de música popular, cuja dedução é de 30% do valor aplicado. Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas culturais, com um desconto de, no máximo, 6% do imposto de renda.

Há, ainda, as leis de incentivo à cultura estaduais, que oferecem geralmente abatimentos no Imposto sobre Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS), e municipais, que isentam os investimentos do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS) ou do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).

9. De acordo com o texto, é correto afirmar que (A) filmes de ficção e projetos de música popular são atividades que se desenvolvem de forma independente, sem patrocínio oficial. (B) leis de incentivo à cultura beneficiam pessoas jurídicas, com abatimentos em impostos devidos, mas deixam de lado pessoas físicas. (C) a participação da iniciativa privada em projetos culturais limita-se, no Brasil, a financiar, principalmente, atividades que envolvem a música popular. (D) novas propostas de orçamento, em qualquer das esferas de governo, deverão incluir recursos destinados a incentivar atividades culturais. (E)) os descontos em impostos devidos, previstos nas leis de incentivo a projetos culturais, variam de acordo com a esfera oficial de onde aqueles se originam.

10. ... como no orçamento da maioria dos governos os recursos destinados à cultura são geralmente escassos... (1o parágrafo) A frase acima introduz, no contexto, a noção de (A) conseqüência. (B) finalidade. (C) restrição. (D)) causa. (E) condição.

11. O texto permite afirmar que o argumento é atraente porque I. destinar recursos a atividades culturais possibilita maiores lucros às empresas, visto que elas são desobrigadas do pagamento de tributos aos órgãos oficiais; II. há igualdade de tratamento entre pessoas jurídicas e pessoas físicas na redução dos valores que devem ser pagos em impostos, nos vários âmbitos de governo; III. associa o nome da empresa patrocinadora a eventos que despertam o interesse de um público maior, ou mesmo a situações voltadas para o âmbito social. Está correto APENAS o que se afirma em: (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III.

12. ... além do que gastaria em impostos, o empresário poderá vincular sua marca... (1o parágrafo) O emprego das formas verbais grifadas acima indica, respectivamente, (A)) hipótese futura e um fato real. (B) condição incerta e ação habitual.

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117(C) fato dado como certo e repetição de ação futura. (D) ação repetida no presente e desejo a ser concretizado. (E) certeza na concretização de um fato e possibilidade futura.

13. O termo grifado está substituído por um pronome equivalente, de modo INCORRETO, no segmento: (A) que utilizem parte do dinheiro = que a utilizem. (B) sem desembolsar nenhum centavo = sem desembolsá-lo. (C) que oferecem geralmente abatimentos = que os oferecem. (D) também podem patrocinar iniciativas culturais = podem patrociná-las. (E)) o empresário poderá vincular sua marca = poderá vincular-lhe.

14. Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas culturais. (2o parágrafo) Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser: (A) pode ser patrocinado. (B)) podem ser patrocinadas. (C) pode ter sido patrocinado. (D) têm o poder de patrocinar. (E) estarão podendo patrocinar.

15. Considere o final de um pedido endereçado a um industrial, em que um Diretor Cultural busca patrocínio para suas atividades. As lacunas estão corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) V.Exa. - vossa - V.Exa. (B) Sua Exa. - vossa - Sua Exa. (C) Sua Sa. - vossa - V.Sa. (D)) V.Sa. - sua - Sua Sa.(E) V.Sa. - sua - V.Sa.

Atenção: As questões de números 16 a 20 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Em todo o mundo, há 175 milhões de pessoas vivendo e trabalhando fora do país em que nasceram. A maior parte desse contingente é de imigrantes de países pobres em busca de melhores empregos no Primeiro Mundo. Outro êxodo, mais discreto mas igualmente intenso, percorre um caminho diferente. É formado por cidadãos do mundo próspero que vão viver em outros países. Emprego e qualidade de vida estão no topo dessa migração.

Uma semelhança entre os dois fluxos é a de que ambos se dirigem sobretudo aos países ricos. O número de americanos que vivem fora dos Estados Unidos cresceu; a cada ano aumenta o número de franceses que moram no exterior; Inglaterra e Alemanha, que nas últimas décadas foram inundadas por levas de imigrantes, bateram recentemente o recorde histórico em emigração. Desde a II Guerra não se viam tantos alemães de mudança para o exterior. No ano passado, a quantidade foi equivalente à que saía do país no fim do século XIX − época das grandes migrações, quando 44 milhões de pessoas fugiram da pobreza na Europa, em busca de oportunidades no Novo Mundo.

Um dos tipos que caracteriza os novos migrantes, que saem de países ricos, é o de profissionais que encontram no exterior oportunidade de investir na carreira, se possível conciliando trabalho com qualidade de vida. A globalização da economia é o principal catalisador dessa tendência.

(Adaptado de José Eduardo Barella, Veja, 14 de setembro de 2005, p. 100)

16. De acordo com o texto, (A)) permanecem ainda hoje movimentos migratórios de número expressivo, envolvendo profissionais qualificados que se deslocam entre países ricos, devido à globalização da economia. (B) o chamado Novo Mundo continua atraindo profissionais formados em países mais ricos, por oferecer melhores condições de vida e de salários do que as encontradas na Europa. (C) a possibilidade de enriquecimento caracterizou o movimento migratório em fins do século XIX, e a migração que ocorre atualmente se faz pelos mesmos motivos. (D) as grandes dificuldades da vida na Europa justificam os altos índices de migração de profissionais altamente capacitados, mesmo para países mais pobres, em busca de bons empregos. (E) a globalização da economia possibilitou aos países mais pobres a oferta de melhores empregos, contrariamente ao que ocorre em países mais ricos, permitindo aos trabalhadores maior mobilidade geográfica.

17. A forma verbal que pode ser empregada também no plural, permanecendo a frase correta, está grifada em: (A) A maior parte desse contingente é de imigrantes... (B) É formado por cidadãos do mundo próspero... (C) ... a cada ano aumenta o número de franceses... (D) ... à que saía do país no fim do século XIX... (E)) Um dos tipos que caracteriza os novos migrantes...

18. Considere as formas verbais que aparecem no texto saem e saía. A mesma relação existente entre ambas, quanto à flexão, está no par (A) vão e foi. (B)) estão e estava. (C) fogem e fugiu.

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118(D) dirigem e dirigira. (E) trabalham e trabalharia.

19. Sempre há profissionais dispostos ...... trabalhar em lugares distantes, especialmente em atividades ligadas ...... áreas de ciência e tecnologia, se ...... essas atividades estiver associada a qualidade de vida. As lacunas estão corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) a - as - à (B) à - às - à (C) à - às - a (D)) a - às - a (E) a - as - a 20. Há palavras escritas do modo INCORRETO na frase: (A) Gozar a vida com qualidade é objetivo de muitos profissionais que não hesitam em deixar seu país de origem, para trabalhar no exterior. (B) Países emergentes têm apresentado desenvolvimento consistente em produção científica, indicador seguro dos benefícios trazidos pela globalização. (C)) Produção científica está deixando de ser previlégio dos países mais ricos, pois dados rescentes apontam salto qualitativo em ciência e tecnologia na Ásia. (D) Observa-se um aspecto reverso em relação ao fenômeno de migração: profissionais altamente habilitados e capazes emigram do primeiro mundo, atualmente. (E) A capacidade de um país de produzir sua própria tecnologia torna-se excelente instrumento de percepção da solidez de seu desenvolvimento.

Atenção: As questões de números 1 a 11 referem-se ao texto que segue.

STF, Previdência e manchetes

As declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal ao jornal O Estado de S. Paulo, publicadas com grande destaque no dia 15 de janeiro deste ano, abalaram os mercados financeiros, o governo, os juristas, os bacharéis, o Legislativo, os aposentados de todas as categorias. O país tremeu nas bases:

"Previdência só muda com revolução, diz Mello" (1a página, oito colunas)

"Para Marco Aurélio, reforma só com revolução" (página A8, oito colunas)

Dia seguinte, o jornalão mandou brasa na fala do presidente do Supremo com um daqueles famosos petardos da página de opinião: "Fora dos autos e à margem da ética".

Uma semana depois, no mesmo Estadão, manchete na página 5, igualmente em oito colunas: que não devia ou alguém reproduziu mal o que ouviu?

Nem uma coisa nem outra. O ministro-presidente disse duas coisas registradas com igual precisão no corpo da matéria: que os direitos adquiridos, cláusula pétrea da Constituição, só podem ser alterados por uma Assembléia Constituinte ou por um estado de exceção; que ele é favorável ao regime único de aposentadorias, desde que respeitados os direitos adquiridos.

O problema é que a manchete apoiou-se apenas nos elementos potencialmente mais explosivos (reforma da Previdência só com uma revolução), deixando de lado a opinião do declarante contra a manutenção dos privilégios. Está na hora de nós, jornalistas, reexaminarmos procedimentos e padrões para a formulação de títulos, sobretudo as grandes manchetes. Partindo do pressuposto reacionário de que o leitor brasileiro não tem condições de compreender um título que contenha dois fatos ou afirmações divergentes, adotamos o princípio do falso impacto: "uma sentença, uma idéia".

Acontece que no jornalismo moderno, editores preocupados com os perigos do simplismo recorrem a manchetes com duas idéias: usam ponto-e-vírgula para separálas e confrontá-las, ou recorrem à complicada conjunção mas para justapô-las. Evita-se, assim, oferecer apenas um ângulo da questão ou, no caso de conflitos, exibir preferências.

(Alberto Dines, Revista Consultor jurídico, Jan/2003)

1. A crítica que faz o jornalista Alberto Dines, em seu artigo, tem como alvo (A) a dubiedade das afirmações do Ministro do Supremo, em seus sucessivos pronunciamentos acerca da reforma da Previdência. (B) as falsas inferências de quem redigiu a matéria, que inverteram inteiramente o sentido das declarações do Ministro Marco Aurélio. (C)) a parcialidade simplista das duas primeiras manchetes citadas, que exploraram apenas um dos elementos das declarações do Ministro Mello. (D) as declarações bombásticas do Ministro do Supremo, que não avaliou bem o efeito alarmante que elas poderiam provocar junto à opinião pública. (E) a redação das manchetes de jornal que, por apresentarem dois fatos contraditórios, acabam confundindo o leitor e deturpando a notícia.

2. Quando Alberto Dines afirma que (A) o país tremeu nas bases, está-se referindo ao efeito causado por um daqueles famosos petardos da página de opinião do jornal "Estadão".

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119(B) o jornalão mandou brasa na fala do Presidente do Supremo, está-se referindo ao corpo da matéria "Menos polêmico, Mello pede fim dos privilégios". (C) o leitor brasileiro não tem condições de compreender um título que contenha dois fatos ou duas afirmações divergentes, está externando sua posição pessoal. (D)) recorrem a manchetes com duas idéias, está indicando um procedimento adotado por editores que desejam evitar o perigo das manchetes simplistas. (E) a manchete apoiou-se apenas nos elementos potencialmente mais explosivos, está justificando o fato de que o Ministro falou o que não devia.

3. Partindo do pressuposto reacionário de que o leitor brasileiro não tem condições de compreender um título que contenha dois fatos ou afirmações divergentes, adotamos o princípio do falso impacto: "uma sentença, uma idéia.Com a afirmação acima, deve-se entender que (A)) muitos jornalistas, por preconceito e conservadorismo, subestimam o nível de compreensão do leitor brasileiro quando evitam uma manchete que apresente duas idéias contraditórias numa única frase. (B) os jornalistas, buscando ser revolucionários, traduzem duas idéias contraditórias numa única manchete, buscando criar com esse procedimento um falso impacto no leitor desavisado. (C) o conservadorismo preconceituoso da nossa imprensa é responsável pelo fato de que o leitor brasileiro deixa de compreender qualquer título que contenha duas opiniões acerca de fatos divergentes. (D) muitos jornalistas, na pressuposição que o leitor brasileiro reage mal diante de qualquer fato que o contraria, formulam manchetes que atenuam de modo simplista o conteúdo explosivo da notícia. (E) o conservadorismo preconceituoso da nossa imprensa revela-se quando os jornalistas evitam, numa manchete, a exata correspondência entre uma idéia e a palavra que a exprime.

4. Considerando-se o contexto, está corretamente traduzido o sentido de uma frase do texto em: (A) um daqueles famosos petardos da página de opinião = uma daquelas opiniões ambíguas das célebres reportagens. (B) "Fora dos autos e à margem da ética" = sem jurisprudência, mas eticamente inflexível. (C) Partindo do pressuposto reacionário = com uma alegação supostamente revolucionária. (D)) para separá-las e confrontá-las = a fim de as distinguir e cotejar. (E) Recorrem à complicada conjunção mas para justapô-las = incorrem no equívoco da conjunção mas para integrá-las.

5. São formas equivalentes, para se dizer a mesma coisa: (A) nem uma coisa nem outra / nenhuma coisa nem qualquer outra. (B) a opinião do declarante contra a manutenção dos privilégios / a opinião do declarante que vai ao encontro da manutenção dos privilégios. (C) à margem da ética / do lado da ética. (D) é favorável ao regime único de aposentadorias / favorece-se de um único regime de aposentadorias. (E)) apoiou-se apenas nos elementos mais explosivos / não se apoiou senão nos elementos mais explosivos.

6. Transpondo-se para a voz ativa a frase só podem ser alterados por uma Assembléia Constituinte, a forma verbal resultante será (A) podem-se alterar. (B)) pode alterar. (C) alterar-se-ão. (D) será alterada. (E) poderia alterar.

7. Está de acordo com as normas de concordância verbal a seguinte frase: (A) Um daqueles famosos petardos, freqüentes na página de opinião, acabaram sendo disparados no dia seguinte. (B) O respeito aos direitos adquiridos constituem uma das cláusulas pétreas da Constituição. (C) Quando se recorrem a manchetes com duas idéias, permitem-se manifestar-se as contradições. (D)) Fatos ou afirmações divergentes, numa mesma manchete, hão de traduzir mais fielmente a complexidade de uma questão. (E) Aos editores preocupados com o perigo do simplismo cabem recorrer aos expedientes que o evitam.

8. Considerando-se a situação em que surgiu a manchete "Menos polê mico, Mello pede fim dos privilégios", a expressão destacada deve ser compreendida como (A)) Agora menos polêmico. (B) Conquanto menos polêmico. (C) Embora menos polêmico. (D) Mesmo que menos polêmico. (E) A par de ser menos polêmico.

9. O recurso de se separar e confrontar duas idéias divergentes por meio de um ponto-e-vírgula está adequadamente utilizado na frase: (A) Ele afirmou que não entrará com recurso; muito embora ninguém acredite. (B) O delegado prometeu fazer uma investigação rigorosa; seu passado avaliza sua promessa. (C) Muitos se interessaram em fazer o concurso; cujo edital deverá ser publicado brevemente. (D) A notícia gerou muita polêmica; porque a matéria tratada divide, efetivamente, as opiniões.

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120(E)) A medida foi aprovada pela Câmara; a expectativa é que seja rejeitada pelo Senado.

10. As duas primeiras manchetes de que Alberto Dines faz referência mostram bem o modo com que se pode falsear uma declaração. Para corrigir o período acima, as duas expressões destacadas devem ser substituídas, respectivamente, por (A) em que e de que. (B) que e que. (C)) a que e como. (D) à que e no qual. (E) a cujas e em que.

11. Estão corretamente grafadas todas as palavras da frase: (A) Alberto Dines é um notório crítico da imprensa; o fato de ser jornalista não o impede de polemisar com vários colegas, quando cometem algum deslise. (B)) A dúvida suscitada por uma manchete poderia ser evitada caso o redator não se eximisse da responsabilidade de mostrar os dois lados de um mesmo fato. (C) A repercusção das primeiras manchetes deveu-se ao fato de que elas destorceram a declaração do Ministro, reproduzindo-a apenas parcialmente. (D) A virtude jornalística não está em previlegiar a face sensacionalista de um fato, mas em abranjê-lo em toda a sua complexidade. (E) Um jornalista deve abster-se de julgar o que noticia, afim de que seu público possa ter assesso às várias posições e emitir, ele sim, seu próprio julgamento.

Atenção: As questões de números 12 a 20 referem-se ao texto que segue.

Autoridade e autoritarismo

A confusão que tantas vezes se estabelece entre autoridade e autoritarismo acaba dissolvendo o sentido da primeira. Quando somos vítimas de práticas autoritárias, passamos a crer que o princípio da autoridade é apenas o primeiro passo de uma escalada que leva necessariamente à força, à opressão, ao arbítrio. Mas é preciso desfazer esse formidável equívoco. Não havendo autoridade, não há sociedade que se organize; havendo autoritarismo, perde-se o sentido essencial do que deve ser uma sociedade.

O curioso é que essas reflexões me ocorreram na época do carnaval, essa festa que a cada ano ocorre como uma prática libertária exemplar. É possível que, em suas origens pagãs, o carnaval tenha sido uma demonstração de alegria anárquica, incontrolável, libérrima. Mas à medida que veio ganhando maiores proporções, veio também exigindo alguns parâmetros de controle. Hoje, poucas manifestações públicas são tão regradas e controladas quanto um grande desfile de carnaval. As escolas e os blocos são criados com regimento interno, organograma e cronograma das atividades. Na hora de um desfile, o respeito ao tempo do relógio é um drástico critério de avaliação. Há dezenas de regras sob os passos dos sambistas e sob as rodas dos carros alegóricos.

Sirva o exemplo para lembrar que mesmo nossa maior festa popular tem suas margens de liberdade, além das quais há sempre violência e caos. Quem está nas arquibancadas não se sente oprimido pela regulamentação do espetáculo; aceita-a como um critério estabelecido e reage com aplausos e muita animação. A força de um desfile carnavalesco está tanto na euforia dos participantes e dos espectadores quanto no sentido dos limites que dão forma e organização ao espetáculo. Como se vê, a constituição da autoridade se preserva até mesmo numa festa; já o autoritarismo é a negação de toda alegria e de toda prática de liberdade.

(José Fausto Correia, inédito)

12. O autor do texto vale-se do exemplo do carnaval para demonstrar que (A) o princípio da autoridade leva à força e à repressão incontroláveis. (B) o autoritarismo nasce para combater a violência e o caos. (C) as festas populares prescindem do princípio da autoridade. (D)) o princípio da autoridade enseja uma forma e uma organização. (E) o autoritarismo é intrínseco a qualquer prática de regulamentação.

13. Atente para as seguintes afirmações: I. A confusão que tantas vezes se estabelece entre autoridade e autoritarismo acaba dissolvendo o sentido da primeira. II. Quando somos vítimas de práticas autoritárias, passamos a crer que o princípio da autoridade é apenas o primeiro passo de uma escalada que leva necessariamente à força, à opressão, ao arbítrio. É correto afirmar que (A)) o que se afirma em I é justificado pelo que se afirma em II. (B) I e II são afirmações paralelas, sem relação entre si. (C) a afirmação I é contraditória em relação ao que se afirma em II. (D) I e II são visões alternativas de um mesmo fato. (E) o que se afirma em II torna ambíguo o que se afirma em I.

14. A força de um desfile carnavalesco está tanto na euforia dos que participam do desfile carnavalesco quanto na dos espectadores que assistem ao desfile carnavalesco, lembrando ainda que a observância dos limites que dão forma ao desfile carnavalesco é uma de suas atrações. Para evitar as abusivas repetiçõ es do texto acima, é preciso substituir os elementos sublinhados por, respectivamente, (A) lhe participam - o assistem - lhe dão forma. (B) nele participam - lhe assistem - dão-no forma.

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121(C)) dele participam - a ele assistem - lhe dão forma. (D) dele participam - lhe assistem - o dão forma. (E) nele participam - assistem-no - o dão forma.

15. Está inteiramente clara e correta a redação da frase: (A) É com freqüência que por se estabelecer confusão entre autoridade e autoritarismo, pode acarretar algum prejuízo para a comprensão do primeiro. (B) Se nem mesmo uma festa como o carnaval exclue organização, haja vista a necessidade de disciplina que o norteia, é por que a autoridade impõe-se sem confundir-se com o autoritarismo. (C) Ainda que a festa carnavalesca propicie alegria e liberdade, mesmo assim exige-se rigor no cumprimento das normas que a regem, sem as cujas descambariam em caos e violência. (D)) Deve-se à preservação do sentido de autoridade o sucesso de muitos empreendimentos cujo objetivo é a expressão da alegria e da liberdade. (E) Ao contrário do princípio de autoridade, o autoritarismo implica em exclusão do sentido de liberdade, na qual seria impraticável sobre a tutela deste.

16. Estão corretas ambas as formas verbais sublinhadas na frase: (A) É necessário que se disponhe de normas justas, para que a autoridade detenha uma forma aceita de poder. (B)) Caso não nos conviesse obedecer a um mínimo de normas, qualquer uma delas seria rechaçada tão logo se impusesse. (C) Quem se dispor a acompanhar um desfile carnavalesco, dar-se-á conta de que ele cumpre um rigoroso regulamento. (D) Caso as normas não intervissem em nossas práticas sociais, destruir-nos-íamos uns aos outros. (E) Se não nos atêssemos a nenhuma norma, prejudicarmos-nos-íamos a nós mesmos.

17. Está correta a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase: (A)) É preciso que, tão logo surjam ameaças à nossa liberdade, nos valhamos das leis para garantir nosso direito ao pleno exercício dela. (B) Se não houvesse qualquer autoridade, mesmo os anarquistas mais convictos acabarão por constituir alguma forma de ordenação. (C) As normas serão rigorosamente seguidas pelos participantes do desfile, mas nem por isso empanaram o brilho do espetáculo. (D) Afirma o autor que as reflexões que desenvolveu ao longo do texto haveriam de lhe ocorrer à época do último carnaval. (E) Se o carnaval pagão pudesse ter mantido todas as suas primitivas características, talvez tenhamos um exemplo de liberdade absoluta.

18. Para que se estabeleça a concordância verbal adequada, é preciso flexionar no plural a forma verbal sublinhada na seguinte frase: (A) Quem, entre os brasileiros, cometeria a tolice de afirmar que um desfile de carnaval dispensa todo e qualquer tipo de regra? (B) Cada um dos estrangeiros que os acompanham se deslumbra, intimamente, com nossos desfiles de carnaval. (C)) Se a autoridade e o autoritarismo constituísse um par inseparável, não haveria como distinguir entre a democracia e a ditadura. (D) A inteira observância de preceitos est abelecidos não implica renúncia ao sentido maior da liberdade. (E) Toda aquela gente que se anima nas arquibancadas conhece muito bem as regras que disciplinam o desfile. 19. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: (A) Poucos imaginam, entre os turistas estrangeiros, que assistindo ao desfile carnavalesco, estão presenciando um espetáculo cuja euforia, se assenta sobre regras bem estabelecidas. (B) Poucos imaginam – entre os turistas estrangeiros – que assistindo ao desfile carnavalesco estão presenciando um espetáculo cuja euforia, se assenta sobre regras bem estabelecidas. (C) Poucos imaginam entre os turistas estrangeiros que, assistindo ao desfile carnavalesco estão, presenciando, um espetáculo cuja euforia se assenta: sobre regras bem estabelecidas. (D) Poucos imaginam entre os turistas estrangeiros: que assistindo ao desfile carnavalesco estão presenciando um espetáculo – cuja euforia se assenta, sobre regras bem estabelecidas. (E)) Poucos imaginam, entre os turistas estrangeiros, que, assistindo ao desfile carnavalesco, estão presenciando um espetáculo cuja euforia se assenta sobre regras bem estabelecidas.

20. Justifica-se inteiramente o emprego do sinal de crase em: (A) À partir do momento em que não haja obediência à qualquer norma, estará comprometida a prática mesma da liberdade. (B)) Não cabe às autoridades constituídas definir o que seja liberdade, mas permitir que todos tenham acesso às práticas previstas em lei. (C) É preciso avaliar à distância que existe entre a prática autoritária e àquela que respeita um controle social de liberdade. (D) Não será permitido à ninguém recorrer a uma concepção de liberdade que venha a contrariar àquela que é de consenso social. (E) Os que reagem irritados à uma demonstração prática de liberdade são os mesmos que aplaudem às medidas de força e de exceção.

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122Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que segue (trecho de uma entrevista

concedida pelo jornalista Clóvis Rossi à revista Cult, em novembro de 2002).

Cult O senhor cursou jornalismo na Faculdade Cásper Líbero numa época em que o diploma de jornalista não era obrigatório. O senhor é a favor da regulamentação da profissão de jornalista em sua forma atual, com obrigatoriedade do diploma?

C.R. Eu queria cursar diplomacia, mas não tinha idade –e acabei fazendo Jornalismo. Mas sou contra a obrigatoriedade do diploma. É impossível uma escola de jornalismo ensinar todos os assuntos com os quais um jornalista vai lidar fatalmente na profissão. Não dá para ensinar agricultura, taxa de juros, urbanismo, ecologia. É impossível, o sujeito ficaria cinqüenta anos na escola e ainda assim não aprenderia tudo. É melhor abrir para os jornais a caça a talentos em qualquer tipo de faculdade do que centrar a busca só nos cursos de jornalismo, porque o aluno não sai deles com a formação necessária para lidar com a gama de situações que encontra no dia-a-dia da profissão. Na escola, o que eu realmente aprendi foi o comportamento ético que um jornalista deve respeitar. Mas isso, teoricamente, deveria ser ensinado em qualquer escola superior – e não só no curso de jornalismo.

1. Entende-se da pergunta feita pela revista Cult ao jornalista Clóvis Rossi que, atualmente, (A) nenhum jornalista é de fato favorável à obrigatoriedade do diploma. (B) o curso de jornalismo, em nível superior, ainda não foi reconhecido. (C) ainda está para ser criado um curso regular de jornalismo. (D)) é obrigatório o diploma de jornalista para o exercício da profissão. (E) não se cogita da obrigatoriedade de diploma para os jornalistas.

2. Clóvis Rossi manifesta-se contra a obrigatoriedade do diploma de jornalista porque I. é impossível que um curso de jornalismo abranja todos os assuntos que devem ser cobrados. II. o ensino de ética jornalista ainda está ausente dos cursos oficializados. III. as pessoas de fato talentosas não freqüentam os cursos de jornalismo. De acordo com o texto, o jornalista entrevistado alega apenas o que está em (A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Eu queria cursar diplomacia, mas não tinha idade – e acabei fazendo Jornalismo. Outra forma clara e correta de redigir o que se afirma na frase acima é: (A) Uma vez que acabei fazendo Jornalismo é porque queria cursar Diplomacia, mas não tinha idade. (B) Como não tivesse idade, acabei fazendo Jornalismo em vez de querer cursar diplomacia. (C) Embora quisesse, visto que não pudesse estar cursando diplomacia, como não tivesse idade fui fazendo Jornalismo. (D)) Acabei fazendo Jornalismo por não ter idade para cursar diplomacia, que era o que eu queria. (E) Apesar de não ter idade, queria cursar diplomacia, tanto assim que acabei por fazer Jornalismo.

4. As normas de concordância verbal estão inteiramente respeitadas na frase: (A) Os talentos para a carreira de jornalista pode ser pesquisado em qualquer curso universitário. (B) Não haveriam razões, segundo Clóvis Rossi, para tornar obrigatório o diploma de jornalista. (C)) São tantas as áreas que um jornalista deve cobrir, que lhe seria impossível estudá-las num único curso. (D) Todos os profissionais deveria preocuparem-se com um comportamento ético, e não apenas os jornalistas. (E) Agricultura, ecologia e urbanismo são assuntos que não poderiam ninguém dominar com razoável competência.

5. Transpondo-se para a voz passiva a frase O jornalista Clóvis Rossi concedeu uma entrevista à revista Cult, a forma verbal resultante será (A) terá concedido. (B) tinha concedido. (C) tinha sido concedida. (D) fora concedido. (E)) foi concedida.

6. É impossível uma escola de jornalismo ensinar todos os assuntos com os quais um jornalista vai lidar. Se, na frase acima, em vez do verbo lidar o jornalista Clóvis Rossi tivesse empregado o verbo tratar, no lugar da expressão com os quais deveria estar a expressão (A) a cujos. (B)) dos quais. (C) pelos quais. (D) em cujos. (E) para os quais.

7. O diploma de jornalista é obrigatório, mas há quem veja o diploma de jornalista como uma inutilidade, pois os cursos que oferecem o diploma de jornalista não podem cobrir todas as áreas de atuação. Evitam-se as desnecessárias repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, pelas formas

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123(A)) o veja e o oferecem. (B) lhe veja e lhe oferecem. (C) veja-o e oferecem-o. (D) veja ele e oferecem ele. (E) o veja e oferecem-lhe.

8. Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) Segundo muitos profissionais da imprensa, a intransijência na obrigatoriedade do diploma de jornalista não condis com a realidade do mercado. (B) As reportajens de um jornal são muito divercificadas, não há jornalista que possa cobri-las todas com bom desempenho. (C)) A reivindicação da obrigatoriedade do diploma contou com o incisivo endosso de todas as faculdades de jornalismo. (D) Quantos alunos récem-formados num curso de jornalismo preenchem os requizitos necessários ao exercício da profissão? (E) Os velhos jornalistas costumam menospresar o diploma, entendendo que este, por si mesmo, não institue a necessária competência.

9. Estão corretos o emprego e a forma de ambos os verbos sublinhados em: (A) Caso um veterano jornalista requera o diploma, alegando toda a sua experiência, é justo que seje atendido? (B)) Há quem julgue que um profissional só deveria fazer o curso de jornalismo se esse lhe conviesse e quando bem lhe aprouvesse. (C) Se alguém se dispor a fazer o curso de Jornalismo apenas para obtiver o diploma, beneficiar-se-á com as prerrogativas da profissão? (D) Alguns jornalista s interviram no momento datramitação do projeto, mas não obteram sucesso. (E) Não há o que contenhe o ânimo exaltado de quem é contrário à exigência, de quem se indiguine com a obrigatoriedade do diploma. 10. Está correto o emprego do sinal de crase em: (A) Não dá para ensinar jornalismo à todo aquele que se dispõe à fazer o curso. (B) Ocorrendo à falta de talento, um diplomado não terá acesso à nenhum órgão da imprensa. (C) Instituindo-se à obrigatoriedade do diploma, muitos profissionais competentes poderão ficar à ver navios. (D) Deve-se à essa obrigatoriedade o fato de que muita gente se obrigou a freqüentar às faculdades de comunicação. (E)) Quem recorre às escolas de jornalismo deve saber que terá acesso apenas às informações básicas acerca da profissão.

Atenção: As questões de números 11 a 20 referem-se ao texto que segue.

O motorista do 8-100

Vi chegar o caminhão 8-100 da Limpeza Pública e saltarem os ajudantes, que se puseram a carregar e despejar as latas de lixo. Enquanto isso, que fazia o motorista? O mesmo de toda manhã. Pegava um espanador e um pedaço de flanela, e fazia o seu carro ficar rebrilhando de limpeza.

Esse motorista, que limpa seu caminhão, não é um conformado, é o herói silencioso que lança um protesto superior. A vida o obrigou a catar lixo e imundície; ele aceita a sua missão, mas a supera com esse protesto de beleza e dignidade. Muitos recebem com a mão suja os bens mais excitantes e tentadores da vida; e as flores que vão colhendo no jardim de uma existência fácil logo têm, presas em seus dedos frios, uma sutil tristeza e corrupção, que as desmerece e avilta. O motorista do caminhão 8-100 parece dizer aos homens da cidade: "O lixo é vosso; meus são estes metais que brilham, meus são estes vidros que esplendem, minha é esta consciência limpa."

11. O autor admira a conduta do motorista porque (A) se mostra resignado diante das duras adversidades de seu destino. (B) sabe desfrutar das facilidades que a profissão lhe oferece. (C)) responde com superioridade às imposições de uma tarefa tida como inferior. (D) expressa o sentimento de indignação diante do que o humilha. (E) simula exercer uma profissão diferente da que tem.

12. Ao escrever esse protesto de beleza e dignidade, o autor está-se referindo à seguinte frase: (A) despejar as latas de lixo. (B) catar lixo e imundície. (C) flores que vão colhendo no jardim de uma existência fácil. (D)) fazia o seu carro ficar rebrilhando de limpeza. (E) ele aceita a sua missão.

13. Muitos recebem com mão suja os bens mais excitantes e tentadores da vida; e as flores que vão colhendo no jardim de uma existência fácil logo têm, presas em seus dedos frios, uma sutil tristeza e corrupção, que as desmerece e avilta. A frase que resume corretamente o sentido essencial do período acima é: (A)) Os bens da vida, quando facilmente colhidos por quem não os merece, logo empobrecem e se corrompem. (B) Quem aprende com a vida os melhores ensinamentos não tem como deixar de aproveitá-los. (C) As coisas mais tristes da vida parecem flores para aqueles que sabem aproveitar as oportunidades mais fáceis. (D) Só merece colher as flores da vida quem sujou os dedos em seu cultivo, enfrentando as tristezas e a corrupção.

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124(E) As mãos de quem se sujou com o que há de mais excitante na vida só se limpam ao colherem as flores que plantaram.

14. Outra forma de se construir a frase Muitos recebem com a mão suja os bens mais excitantes e tentadores da vida, conservando o seu sentido e mantendo a correção, é: (A) A mão suja de muitos recebem os bens mais excitantes e tentadores da vida. (B) Os bens mais tentadores e excitantes da vida recebem com a mão suja de muitos. (C) A mão suja de muitos é recebida com os bens mais excitantes e tentadores da vida. (D) Recebem-se os bens mais excitantes e tentadores da vida com a mão suja de muitos. (E)) Os bens mais excitantes e tentadores da vida são recebidos por muitos com a mão suja.

15. Está correta a construção da seguinte frase: (A) Esse é o motorista que o caminhão dele é limpo toda manhã. (B)) Eis o motorista cujo caminhão é limpo toda manhã. (C) É esse o motorista que seu caminhão é limpo toda manhã. (D) Eis o motorista o qual caminhão é limpo toda manhã. (E) É esse o motorista o qual o seu caminhão é limpo toda manhã.

16. Apenas em uma frase estará correta a substituição do elemento sublinhado pelo elemento que vem entre parênteses. Essa frase é: (A) Fazia o seu carro ficar rebrilhando (Fazia-lhe). (B) Esse motorista, que limpa seu caminhão, não é um conformado (limpa ele). (C)) Ele aceita a sua missão (Ele a aceita). (D) A vida o obrigou a catar lixo e imundície (a catar a esses). (E) Vi chegar o caminhão (chegá-lo).

17. Mantém-se corretamente a mesma pessoa gramatical na seguinte frase: (A)) O lixo é teu, esse lixo que deixas à beira de tua porta. (B) O lixo é de vocês, esse lixo que deixais à beira de suas porta. (C) O lixo é vosso, esse lixo que deixas à beira de suas portas. (D) O lixo é seu, esse lixo que deixai à beira de sua porta. (E) O lixo é teu, esse lixo que deixa à beira de vossas portas.

18. Considere as seguintes frases: I. Ele é o motorista de um caminhão de lixo. II. Seu trabalho não é limpo. III. Seu caminhão está sempre brilhando. A frase em que se articulam de modo correto e coerente as afirmações acima é: (A) Visto que ele é o motorista de um caminhão de lixo, este está sempre brilhando, à medida que seu trabalho não é limpo. (B) Seu trabalho não é limpo, muito embora seja o motorista de um caminhão de lixo, o cujo, aliás, está sempre brilhando. (C) Seu caminhão está sempre brilhando, pois ele é o motorista de um caminhão de lixo, uma vez que seu trabalho não é limpo. (D)) Seu trabalho de motorista de um caminhão de lixo não é limpo, no entanto seu caminhão está sempre brilhando. (E) Em seu trabalho de motorista de um caminhão de lixo ele não é limpo, apesar de que seu caminhão esteja sempre brilhando. 19. Para que a concordância verbal se faça corretamente, é preciso flexionar no singular a forma verbal sublinhada na frase: (A) O lixo e a imundície constituem o vosso presente. (B) As flores, em vossas mãos sujas, haverão de se impregnar de vossa sujeira. (C) É com a mão suja que recebem alguns as dádivas da vida. (D) Seus protestos de beleza e de dignidade estão no zelo com seu caminhão. (E)) Aos homens da cidade devem-se dizer que esse motorista é um herói. 20. Toda vez que ...... seu caminhão com tanto capricho, o motorista ...... demonstrando toda sua dignidade. Para completar corretamente a frase acima, devem-se usar as formas verbais (A) limpasse - estará (B)) limpar - estará (C) limpará - estaria (D) limparia - estivesse (E) limpar – estivesse

Atenção: As questões de números 1 a 4 referem-se ao texto que segue.

As condições em que vivem os presos, em nossos cárceres superlotados, deveriam assustar todos os que planejam se tornar delinqüentes. Mas a criminalidade só vem aumentando, causando medo e perplexidade na população.

Muitas vozes têm se levantado em favor do endurecimento das penas, da manutenção ou ampliação da Lei dos Crimes Hediondos, da defesa da sociedade contra o crime, enfim, do que se convencionou chamar "doutrina da lei e da ordem", apostando em tais caminhos como forma de dissuadir novas práticas criminosas. Geralmente valem-se de argumentos retóricos e emocionais, raramente escorados em dados de realidade ou em estudos que apontem ser esse o melhor caminho a seguir. Embora sedutora e aparentemente sintonizada com o sentimento geral de indignação, tal

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125corrente aponta para o caminho errado, para o retorno ao direito penal vingativo e irracional, tão combatido pelo iluminismo jurídico.

O coro dessas vozes aumenta exatamente quando o governo acaba de encaminhar ao Congresso o anteprojeto do Código Penal, elaborado por renomados juristas, com participação da sociedade organizada, com o objetivo de racionalizar as penas, reservando a privação da liberdade somente aos que cometerem crimes mais graves e, mesmo para esses, tendo sempre em vista mecanismos de reintegração social. Destaca-se o emprego das penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade, a compensação por danos causados, a restrição de direitos etc.

Contra a idéia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; enquanto essas não mudarem, não há mágica: os crimes vão continuar aumentando, a despeito do maior rigor nas penas ou da multiplicação de presídios.

1. O autor do texto mostra-se (A) identificado com o coro das vozes que se levantam em favor da aplicação de penas mais rigorosas. (B) identificado com doutrina que se convencionou chamar "da lei e da ordem". (C) contrário àqueles que encontram nas causas sociais e econômicas a razão maior das práticas criminosas. (D) contrário à corrente dos que defendem, entre outras medidas, a ampliação da Lei dos Crimes Hediondos. (E) contrário àqueles que defendem o emprego das penas alternativas em substituição à privação da liberdade.

2. Considere as seguintes afirmações: I. Não é mais do que uma simples coincidência o fato de que a intensificação das vozes favoráveis ao endurecimento das penas ocorre simultaneamente ao envio ao Congresso do anteprojeto do Código Penal. II. A afirmação de que há vozes em favor da manutenção da Lei dos Crimes Hediondos deixa implícito que a vigência futura dessa lei está ameaçada. III. Estabelece-se uma franca oposição entre os que defendem a "doutrina da lei e da ordem" e os que julgam ser o bandido um facínora que age por opção. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Está corretamente traduzido o sentido de uma expressão do texto, considerando-se o contexto, em: (A) Embora sedutora e aparentemente sintonizada = Malgrado atrativa e parcialmente sincronizada (B) forma de dissuadir = modo de ratificar (C) tão combatido pelo iluminismo jurídico = de tal modo restringido pelo irracionalismo jurídico (D) a despeito do maior rigor nas penas = em conformidade com o agravamento das punições (E) mecanismos de reintegração social = meios para reinserção na sociedade

4. Por "iluminismo jurídico" deve-se entender a (A) doutrina jurídica que defende o caráter vindicativo da legislação. (B) corrente dos juristas que representam a "doutrina da lei e da ordem". (C) tradição jurídica assentada em fundamentos criteriosos e racionalistas. (D) doutrina jurídica que se vale de uma argumentação retórica. (E) corrente dos juristas que se identificam com o sentimento geral de indignação.

5. Está correta a grafia de todas as palavras em: (A) A reivindicada exumação da vítima sequer foi analisada pelo magistrado. (B) Sem maiores preambulos, pôs-se a vosciferar injúrias contra o indefeso escrivão. (C) Obsecado pelo cumprimento das leis, é incapaz de considerar a falibilidade da justiça. (D) A neglijência na aplicação da lei ocorre em relação aos previlegiados de sempre. (E) A impunidade dos ricos é insultosa diante da rigidez consernente aos pobres.

6. Quanto ao emprego de abreviaturas e de maiúsculas, está inteiramente correta a frase: (A) Não se entende que a Comp. que fornece eletricidade aumente sem aviso as txs. de seus serviços. (B) Não cabe ao estado agir como uma s/a, mas como a principal Instância de representação dos interesses públicos. (C) Abriram-se vagas no Minis. público, em obediência à determinação da Procur. Estadual. (D) A Medicina e a Matemática desenvolveram-se bastante na antiga U.R.S.S. (E) Na intr. de seu livro, o eminente Autor valeu-se de uma citação Horaciana.

7. A partição silábica ocorre de modo correto em todas as seguintes palavras: (A) ADJUN-ÇÃO; MIS-CE-LÂ-NE-A; OBS-TRU-CI-O-NIS-MO (B) SOR-RI-A; CO-O-PE-RAR; HE-RO-ÍS-MO (C) PERS-PI-CÁ-CI-A; DI-SSÍ-DIO; RÍ-TMI-CO (D) DIS-PERS-ÃO; IG-NÓ-BIL; VA-LEN-TIA (E) RE-PU-GNÂN-CI-A; FLU-Í-DO; CIR-CUI-TO

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1268. Está correto e coerente o emprego do termo sublinhado no contexto da frase: (A) Se o piloto não ratificar a trajetória do vôo, haverá uma colisão. (B) Diz-se que é inamovível a pessoa que pouco ou nunca se emociona. (C) Diz-se que é um criminoso contumaz quando ele modifica seus costumes. (D) Ele é indolente, não hesita em despender esforços na realização de suas tarefas. (E) Em vez de reiterar seu julgamento, preferiu retificá-lo.

9. Quanto ao emprego dos numerais, a frase inteiramente correta é: (A) A Independência do Brasil ocorreu na terceira década do século XVIII. (B) Vovó morreu logo depois de completar seu nongen-tésimo aniversário. (C) Pouco antes das doze, na undécima hora, ele desistiu da compra. (D) Como são seis os herdeiros, caberá a cada um o sêxtuplo das ações. (E) Ele inverteu a ordem correta dos capítulos, colocando o LXIV depois do LXIII.

10. Quanto ao emprego da forma sublinhada, está correta a frase: (A) A razão porque ele se absteve compete a ele esclarecer. (B) Sem mais nem porque, ele resolveu nos deixar. (C) Recusou-se a nos esclarecer o por quê da sua decisão. (D) Que ele renunciou, todo mundo sabe, mas ninguém sabe por quê. (E) Ele se limita a responder apenas: – Por que sim...

11. Está correto o emprego de ambos os pronomes sublinhados na frase: (A) Inimigos, não os tenho; quanto aos amigos, sou-lhes sempre reconhecido. (B) Não lhe desamparo por nada, meu amigo, pode confiar-me sempre. (C) Analisando o processo, surpreendi-lhe falhas, e ninguém lhes havia notado. (D) Tanto o invejo a competência que me disponho a receber-lhe todas as lições. (E) O despeito e a calúnia, nunca as cultive; estas são sempre desprezíveis.

12. Todas as formas verbais estão corretas na frase: (A) Elas se absteram de votar nas últimas eleições. (B) Quando vocês requiserem mais material, preencham corretamente o formulário. (C) Se virdes a mudar de opinião, comunicai-nos a tempo. (D) A menos que eles se imponhem na reunião, não serão ouvidos pelos colegas. (E) Se tivéssemos podido responder, tê-lo-íamos feito de modo contundente.

13. A concordância verbal está plenamente respeitada na frase: (A) Não fossem pelas razões alegadas, outras haveriam para puni-lo. (B) Quem foi mesmo que lhes garantiram estarmos inadimplentes? (C) De pouca gente haveríamos de suspeitar com tantas razões quantas as que tínhamos para suspeitar dele. (D) Por mais que envidemos esforços, não creio que a gente consigamos um bom resultado. (E) Apesar de não serem muitos os seus desafetos políticos, não lhe convêm que os subestime.

14. Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: (A) O carro de cujo dono você diz ser amigo está à venda. (B) É um carro cujas as prestações estão sendo pagas com dificuldade. (C) A manifestação política à qual ele recusou participar será amanhã. (D) São graves os momentos em que ela está atraves-sando. (E) As despesas de cujas você me preveniu foram, de fato, muito altas.

15. São complementos verbais ambos os termos sublinhados na frase: (A) Mostrou-se pouco disposto a colaborar conosco. (B) É chegada a hora de a onça beber água. (C) Não desejo nunca desconfiar de sua amizade. (D) Deu-me razão para acreditar nele. (E) Se crescer a dívida, não terei como pagá-la.

16. Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramen-te correta é: (A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me à tempo. (B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de socorro. (C) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse dinheiro, estaríamos às boas. (D) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa causa. (E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos à qualquer conclusão.

17. O período cuja pontuação está inteiramente correta é: (A) Sim, sem dúvida, foi ele mesmo a pessoa que a despeito de nosso aviso, tentou burlar a fiscalização do aeroporto. (B) Junto àquele guichê está uma senhora, que você deve procurar, ela pode seguramente, lhe dar as informações que você me pede. (C) Apesar de estar claro, neste processo, quem está mentindo e quem está dizendo a verdade, o juiz procederá a uma acareação.

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127(D) Se fosse o caso, de arrumar mais dinheiro, poderíamos fazer uma campanha, mas não me parece que no momento, isto seja o mais oportuno. (E) Mal nasceu o dia, e Rita se dispôs a sair mas, verificando o tempo pela janela temeu que chovesse, e assim resolveu ficar em casa.

18. Pertencem a diferentes classes gramaticais as palavras sublinhadas na frase: (A) Se alguma coisa lhe falta, certamente não é dinheiro. (B) Meu filho anda apaixonado por bichinhos virtuais. (C) Por razões tolas deixei de ir a uma festa muito animada. (D) Ele sempre quis ser a exceção da regra. (E) Durante a parada militar, as crianças aplaudiam felizes. Curitiba, 12 de novembro de 2000.

Senhor Deputado:

Vimos comunicar-lhe que é do inteiro interesse desta comunidade a aprovação do projeto que em tão boa hora V. Exa apresentaste à nossa Assembléia Legislativa. Seguem-se dez mil assinaturas em apoio ao referido projeto, com nossas esperanças de que ele obtenha imediata aprovação.

Aceite os protestos de nossa elevada estima e consideração.

Associações de Pais e Mestres de Curitiba

É preciso corrigir a carta acima, substituindo-se (A) a forma de tratamento: V. Exa não se aplica a um deputado. (B) a forma verbal "apresentaste" por "apresentastes". (C) a forma verbal "vimos" por "viemos". (D) "protestos" por "votos", já que se trata de uma manifestação de apoio. (E) a forma verbal "apresentaste" por "apresentou".

20. A expressão latina está corretamente empregada no contexto da seguinte frase: (A) Caso ela se recuse a testemunhar, deverá compare-cer ao tribunal sub judice. (B) Como o Dr. Rui não poderá secretariar esta reunião, o Sr. Gilberto será o secretário ad hoc. (C) Por ser um caso sui generis, ele obedecerá a tramitação de rotina. (D) Fez questão de ser meticuloso: analisou grosso modo o arrazoado da outra parte. (E) Quando se quer indicar que um termo está sendo utilizado de modo genérico, emprega-se, em seguida, a expressão stricto sensu.

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto que segue.

As verdades da Ciência

Li recentemente nos jornais que o renomado cientista Stephen Hawking fez uma declaração sensacional, para dizer o mínimo. Afirma que cometeu um erro ao enunciar, nos anos 70, a sua teoria dos buracos negros, e agora se prepara para apresentar as devidas correções diante de um plenário de cientistas. Para entender o de que vou aqui tratar não é necessário saber o que são os buracos negros; basta lembrar que constituem uma das questões mais controversas e cativantes da astrofísica moderna.

Para os que lidam com as ciências, não há nada de excepcional nessa atitude de Hawking, mas entendo que o episódio deva ser levado ao conhecimento dos jovens de todas as escolas não-fundamentalistas e leigas, para que reflitam sobre os princípios da ciência moderna. Esta não crê que o novo está sempre certo, ou que a verdade reside congelada num passado remoto. Ao contrário, ela se baseia no princípio da “falibilidade”, segundo o qual a ciência avança corrigindo-se constantemente, desmentindo suas hipóteses por meios de tentativa e erro, reconhecendo os próprios enganos e considerando que um experimento malsucedido não é um fracasso, podendo ser tão valioso quanto outro bem-sucedido, por provar que determinada linha de pesquisa estava equivocada, e que é necessário corrigi-la, ou mesmo recomeçar do zero.

Esse modo de pensar opõe-se a todas as formas de fundamentalismo, a todas as interpretações literais das sagradas escrituras – também passíveis de constante reinterpretação – e a todas as certezas dogmáticas das próprias idéias. Essa é a boa “filosofia”, no sentido cotidiano e socrático do termo, que a escola deveria ensinar.

Umberto Eco (Adaptado do site http:// revistaentrelivros.uol.com.br) 1. Esta é uma das acepções da palavra fundamentalismo, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: qualquer corrente, movimento ou atitude, de cunho conservador e integrista, que enfatiza a obediência rigorosa e literal a um conjunto de princípios básicos. Considerando-se essa acepção, o fundamentalismo a que se refere Umberto Eco em seu texto (A) está na base do desenvolvimento da ciência moderna, cujos sólidos princípios devem merecer e inspirar a reflexão dos jovens. (B) caracteriza toda experimentação científica que, partindo de princípios rigorosos, admita negá-los, quando necessário. (C)) contraria o princípio da falibilidade da ciência moderna, segundo o qual os fracassos têm sua importância para o caminho do acerto. (D) contraria o método científico da tentativa e erro, segundo o qual uma verdade só se afirma quando se mostra infalível. (E) corrige o excesso de confiança nos princípios da ciência moderna, segundo os quais não haveria erros ou equívocos absolutos.

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2. Considere as seguintes afirmações: I. A declaração de Stephen Hawking é vista como sensacional por seu caráter de ratificação cabal da teoria dos buracos negros. II. O autor deixa implícito que as escolas de orientação fundamentalista não acatam facilmente o princípio da “falibilidade” da ciência moderna. III. Acreditar que o novo está sempre certo é, segundo o autor, um princípio tão equivocado quanto as certezas dogmáticas das próprias idéias. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E)) II e III.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma frase ou expressão do texto em: (A) fez uma declaração sensacional, para dizer o mínimo = pronunciou-se de modo sensacionalista, no mínimo. (B) interpretações literais das sagradas escrituras = leituras que atualizam o sentido dos livros sagrados. (C) uma das questões mais controversas e cativantes = um dos aspectos mais irrestritos e prestigiosos. (D)) passíveis de constante reinterpretação = sempre sujeitas a um outro entendimento. (E) a verdade reside congelada num passado remoto = a certeza se solidifica com o passar do tempo.

4. Ao contrário, ela se baseia no princípio da “falibilidade”, segundo o qual a ciência avança corrigindo-se constantemente. Os segmentos sublinhados na frase acima podem ser substituídos, respectivamente, sem prejuízo para o sentido, por (A) Não obstante isso - mediante o qual (B)) Em desacordo com isso - conforme o qual (C) Apesar disso - para cujo (D) Ao encontro disso - em função do qual (E) Conquanto isso ocorra - em cuja finalidade

5. As normas de concordância estão inteiramente respeitadas na frase: (A)) Deverão interessar ao plenário de cientistas, no pronunciamento que Hawking se prepara para fazer, as correções sobre a teoria dos buracos negros. (B) Opõem-se às mais variadas formas de fundamentalismo todo e qualquer método científico que admite a hipótese de sua própria falibilidade. (C) Os princípios que se deve ensinar aos jovens estudantes são aqueles em que se supõem todo o dinamismo das verdades da ciência. (D) Não desanimam aos verdadeiros cientistas, nos passos de uma teoria, um eventual tropeço na observação de um fato ou na formulação de uma lei. (E) Cabem aos cientistas sérios e honestos reformular suas teorias, toda vez que encontrem nelas seja uma falha grave, seja um pequeno deslize.

6. Admite transposição para a voz passiva o segmento sublinhado na seguinte frase: (A) Esse modo de pensar opõe-se a todas as formas de fundamentalismo. (B) (...) por provar que determinada linha de pesquisa estava equivocada. (C) Para os que lidam com a ciência, não há nada de excepcional nessa atitude (...) (D)) (...) se prepara para apresentar as devidas correções diante de um plenário de cientistas. (E) (...) a verdade reside congelada num passado remoto.

7. É inadequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase: (A) Para que se possa entender o de que vou aqui tratar não é necessário ter muita informação acerca da teoria dos buracos negros. (B) Para que se venha a entender o de que aqui tratarei não será necessário ter muita informação acerca da teoria dos buracos negros. (C)) Não foi necessário que se tenha muita informação acerca da teoria dos buracos negros para que se viesse a entender o de que aqui estivera tratando. (D) Não seria necessário que se tivesse muita informação acerca da teoria dos buracos negros para que se entendesse o de que lá eu tratava. (E) Para que se pudesse entender o de que aqui trataria, não seria necessário ter muita informação acerca da teoria dos buracos negros.

8. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Umberto Eco vê na atitude de Stephen Hawking como um exemplo para os jovens, devido à sua disposição de reformular os erros encontrados em sua teoria. (B)) A atitude da Stephen Hawking agradou muito a Umberto Eco, que soube reconhecer nela um exemplo para todo jovem estudante que não queira ser um fundamentalista. (C) Neste presente texto é homenageada pelo autor a atitude de Stephen Hawking, em cuja se verifica a clara disposição de um cientista ao rever suas próprias teses.

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129(D) Combatendo as atitudes fundamentalistas, o autor encontrou um belo exemplo do contrário, ao verificar o quanto na atitude do grande cientista contém de seriedade e humildade. (E) A admiração do autor pelo grande cientista advém do fato deste não ser um fundamentalista, conquanto seja capaz de se propor à uma revisão acerca de suas teorias.

9. Para entender o de que vou aqui tratar não é necessário saber o que são os buracos negros. A frase acima permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por (A) o de que aqui me referirei. (B) aquilo que irei aludir. (C) o que aqui me reportarei. (D) àquilo de que aqui exporei. (E)) o de que aqui me ocuparei.

10. Considere as seguintes afirmações: I. O renomado cientista fez uma declaração. II. O autor do texto impressionou-se com essa declaração. III. Essa declaração pareceu-lhe altamente educativa. Essas afirmações estão articuladas de modo claro, coerente e correto no seguinte período: (A)) O autor do texto impressionou-se com a declaração feita pelo renomado cientista, já que ela lhe pareceu altamente educativa. (B) Em vista de ser altamente educativa, a impressão do autor do texto foi grande pela declaração do renomado cientista. (C) Impressionou-se tanto o autor do texto, na declaração feita pelo renomado cientista, que lhe pareceu altamente educativa. (D) A declaração que fez o renomado cientista pareceulhe altamente educativa, haja visto de que o autor se impressionou com ela. (E) Por lhe parecer altamente educativa, a declaração do renomado cientista acarretou para o autor do texto em uma forte impressão.

11. A supressão da(s) vírgula(s) implicará alteração de sentido na frase: (A) Ao longo das últimas décadas, as obras de Umberto Eco vêm ganhando mais e mais respeitabilidade. (B)) Umberto Eco homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismo fundamentalista. (C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de um grande cientista. (D) Na atitude de Stephen Hawking, há uma grandeza que todo cientista deveria imitar. (E) Não há como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem a Stephen Hawking.

12. O verbo indicado entre parênteses deve, obrigatoriamente, ser flexionado no plural para preencher de modo correto a lacuna da seguinte frase: (A) ...... (SER) com episódios como esse que se pode dar aos jovens alunos um exemplo de atitude científica. (B) Nenhuma, entre as formas de fundamentalismo, ...... (MERECER) a admiração ou o respeito de Umberto Eco. (C)) Para Umberto Eco, neste texto, ...... (IMPORTAR) menos as correções teóricas de Hawking que sua atitude mesma. (D) Sendo muitos os princípios em que se ...... (BASEAR) a ciência moderna, o da falibilidade tem para Eco um peso decisivo. (E) Quando ...... (URGIR) desmentir hipóteses de fato injustificáveis, não deve hesitar o cientista responsável.

13. Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase: (A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os resultados à que chegaram. (B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à sua teoria dos buracos negros. (C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho, sempre sujeitas à alguma revisão. (D)) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam curvar-se às evidências de um equívoco. (E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro.

14. É INCORRETO afirmar que o elemento sublinhado na frase (A)) Esta não crê (segundo parágrafo) refere-se diretamente a atitude de Hawking. (B) Para entender o de que vou aqui tratar (primeiro parágrafo) pode ser substituído por isto de que. (C) tão valioso quanto outro bem sucedido (segundo parágrafo) refere-se a experimento. (D) é necessário corrigi-la (segundo parágrafo) refere-se a determinada linha de pesquisa. (E) Para os que lidam com as ciências (terceiro parágrafo) pode ser substituído por aqueles que.

15. É preciso corrigir a redação da seguinte frase: (A) Se se admite que a ciência avança corrigindo-se constantemente, um desmentido de hipóteses não deve escandalizar nenhum cientista. (B) Ao se admitir que o avanço da ciência ocorre por tentativa e erro, admite-se, obviamente a necessidade de uma constante revisão de hipóteses. (C) Não houvesse uma permanente correção de eventuais equívocos, como poderia a ciência estabelecer alguma base para as suas verdades? (D) Em que verdades científicas poderíamos confiar, caso não se buscasse sempre a confirmação rigorosa de toda hipótese levantada? (E)) A menos que se demonstre a verdade de uma hipótese científica, só poderemos confiar-lhe na medida em que não paire sobre esta qualquer dúvida.

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130Atenção: As questões de números 1 a 9 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Ele tem um currículo de dar inveja. Mais de 90% de toda a matéria que vemos no universo é hidrogênio. Ele é fundamental para a vida: compõe a água e quase toda matéria orgânica, além de ser a fonte de energia do Sol, que funde 600 milhões de toneladas desse gás por segundo. Ele também inspirou muitas das pesquisas mais importantes do último século - foi pesquisando o hidrogênio que os cientistas descobriram desde a origem do universo até os elementos que compõem os átomos. Ele também abastece as naves que levam o homem ao espaço (e às vezes as transformam em bola de fogo). Já é bastante, mas espera-se dele ainda mais. A humanidade depende do hidrogênio para, daqui a no máximo 50 anos, mover indústrias, carros e aviões. Ele pode ser extraído da água a um custo irrisório e gerar energia. A única substância emitida é o vapor - uma coisa da qual nem o mais ferrenho dos ecologistas irá se queixar. Há sinais de que podemos cumprir esse prazo. As principais tecnologias necessárias para que essa revolução aconteça já existem, mas ainda há um longo caminho até que elas se tornem comercialmente viáveis. Por isso, as pesquisas nessa área gastam entre 1 e 2 bilhões de dólares por ano, e as cifras devem aumentar. A comunidade européia e o governo norteamericano anunciaram, nos últimos meses, fundos para esses estudos que, somados, representam 3,2 bilhões de dólares.

Quais os motivos para gastar tanto dinheiro? O primeiro é que, um dia, o petróleo vai acabar. Há uma enorme polêmica sobre quando as reservas atuais irão se extinguir, mas sabe-se que a era do petróleo barato não irá durar mais do que 40 anos. Os geólogos pessimistas afirmam que o pico da produção mundial ocorrerá ainda nesta década, e que daí em diante os preços aumentarão rapidamente, tornando o consumo cada vez mais restrito. As diferenças entre as previsões existem porque não há um número exato do tamanho das reservas atuais, dos barris a serem consumidos nos próximos anos e das reservas que ainda podem ser descobertas. Sabe-se, no entanto, que a maior parte das fontes de petróleo remanescentes está no Golfo Pérsico. Depender dos países do Oriente Médio para fornecer um insumo que hoje é responsável por 40% da energia consumida no mundo é algo que não agrada aos países desenvolvidos. Restarão ainda fontes de petróleo em outros minérios, como o xisto e a areia de alcatrão, mas que são muito mais caras e poluentes.

(Superinteressante, março 2003)

1. A afirmação correta a respeito do texto é: (A) os especialistas dispõem de um cálculo preciso das fontes de petróleo, para controlar as reservas disponíveis, especialmente nos países do Oriente Médio. (B) existem outros minérios, como o xisto e a areia de alcatrão, que poderão fornecer combustível abundante e barato, no futuro. (C)) há diversos fatores, impossíveis de calcular no momento, que dificultam uma previsão exata da oferta de petróleo, como combustível, em todo o mundo. (D) pesquisadores de todo o mundo ainda tentam desenvolver nova tecnologia que permita obter grandes quantidades de hidrogênio a partir de matéria orgânica. (E) no momento atual, a única possibilidade de garantir o fornecimento de petróleo é restringir seu uso, até que surjam fontes alternativas de combustíveis.

2. O argumento principal utilizado no texto para justificar os altos investimentos em pesquisas é a (A) existência de outros tipos de minérios como fontes de petróleo. (B) poluição do meio ambiente, resultante da queima de petróleo. (C) necessidade de se descobrirem novas reservas de energia, longe do Oriente Médio. (D) busca de novas fontes de energia no espaço, especialmente as que alimentam o Sol. (E)) possibilidade de extinção das reservas de petróleo, em todo o mundo.

3. – uma coisa da qual nem o mais ferrenho dos ecologistas irá se queixar. (2º parágrafo) A observação acima traduz a idéia de que o hidrogênio seria uma fonte de energia que (A) deverá competir com o petróleo, nos próximos 50 anos. (B) é bem mais barata que a importação de petróleo atual. (C) gera mais energia do que a queima de petróleo. (D)) não resulta em poluição do meio ambiente. (E) estará facilmente disponível na natureza, para todo mundo.

4. Considere as seguintes afirmações: I. O uso do hidrogênio deverá tornar-se futuramente a melhor alternativa, como combustível, para o petróleo. II. A maior dificuldade, no momento, para o uso do hidrogênio como combustível está nos custos de sua comercialização. III. O hidrogênio já vem substituindo o petróleo, atualmente, com bastante eficácia e ainda com a vantagem de ser mais barato. Está correto o que se afirma em (B)) I e II, somente. (C) III, somente. (D) II, somente. (E) I, somente.

5. Ele é fundamental para a vida: compõe a água e quase toda matéria orgânica ... (1º parágrafo) Os dois pontos introduzem na frase acima, considerandose o contexto, (A)) explicação. (B) condição. (C) restrição.

Page 131: Simulado de Língua Portuguesa

131(D) finalidade. (E) comentário desnecessário.

6. As principais tecnologias necessárias para que essa revolução aconteça já existem ... (2º parágrafo) O uso do modo em que se encontra a forma verbal grifada na frase acima indica (A) um fato passado. (B) um fato concreto atual. (C)) uma possibilidade futura. (D) uma ação habitual, repetitiva. (E) uma ordem exata.

7. ... é algo que não agrada aos países desenvolvidos. (final do texto) A mesma regência exigida pelo verbo grifado acima se encontra na frase: (A) Cientistas tentam determinar o tamanho exato das reservas de petróleo no mundo. 3 0 0 . (A) II e III, somente. (B) Os preços do petróleo aumentarão rapidamente, com a diminuição das reservas mundiais. (C) Outras fontes alternativas de combustíveis são, às vezes, mais caras e poluentes do que o petróleo. (D) O hidrogênio poderá ser utilizado como combustível no mundo todo, num futuro próximo. (E)) O resultado atual das pesquisas depende da solução de alguns problemas, principalmente quanto à comercialização do hidrogênio.

8. A comunidade européia e o governo norte-americano anunciaram, nos últimos meses, fundos para esses estudos. (final do 2º parágrafo) Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser (A)) foram anunciados. (B) estão anunciando. (C) foi anunciado. (D) foi anunciada. (E) anunciou.

9. I. ... ele compõe a água II. ... que compõem os átomos III. ... que o pico da produção mundial ocorrerá ainda nesta década. Os verbos das frases I e II passarão ao mesmo tempo e modo, respectivamente, do verbo da frase III em: (A) comporá e comporam. (B) compora e comporam. (C) compora e compuserão. (D)) comporá e comporão. (E) comporá e compuseram.

Atenção: As questões de números 10 a 14 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

A rapidez e a facilidade dos deslocamentos de um ponto geográfico a outro sempre determinaram as condições de vida dos grupos humanos. Os meios de transporte tornaram o homem independente do meio em que vivia, permitiram-lhe ocupar todo o planeta, afetaram o aproveitamento dos recursos naturais e bens de produção e impulsionaram o comércio.

Transporte, em sentido geral, é a ação ou o efeito de levar pessoas ou bens de um lugar a outro. O sistema de transporte é vital para o comércio interno e externo, a fixação dos custos de bens e serviços, a composição dos preços, a regularização dos mercados, a utilização da terra e a urbanização. É um elemento fundamental para a solução de problemas básicos de saúde e educação: nas cidades, porque facilitam o acesso das populações aos centros de ensino e saúde; nas zonas rurais, porque permitem a penetração dos meios de divulgação cultural, técnico-profissional e sanitária necessários à melhoria das condições de trabalho e produtividade.

Do ponto de vista econômico, transporte é o setor da atividade produtiva que interliga a produção e o consumo de bens. A produção agrícola e industrial nacional, sua expansão quantitativa e sua valorização mediante uma distribuição aos mercados consumidores em condições técnicas e econômicas favoráveis dependem, em larga medida, de um sistema de transporte moderno e abrangente. (Nova Enciclopédia Barsa. Planeta Internacional Ltda. São Paulo, 2002)

10. É um elemento fundamental para a solução de problemas básicos de saúde e educação. (2º parágrafo) A afirmação acima complementa diretamente a seguinte idéia contida no texto: (A)) ... sempre determinaram as condições de vida dos grupos humanos. (B) ... tornaram o homem independente do meio em que vivia. (C) ...é a ação ou o efeito de levar pessoas ou bens de um lugar a outro. (D) ... é o setor de atividade produtiva que interliga a produção e o consumo de bens. (E) ... dependem em larga medida de um sistema de transporte moderno e abrangente.

11. ... nas cidades, porque facilitam o acesso das populações aos centros de ensino e saúde. (2º parágrafo) O segmento grifado acima introduz no contexto a noção de (A) tempo. (B)) causa.

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132(C) finalidade. (D) conseqüência. (E) proporcionalidade.

12. ... permitiram-lhe ocupar todo o planeta ... (1º parágrafo) O pronome grifado na frase acima substitui, considerandose o contexto, (A) ao comércio. (B) ao meio. (C)) ao homem. (D) a todo o planeta. (E) ao aproveitamento dos recursos naturais. Atenção: Para responder às questões de números 13 e 14, assinale na folha de respostas a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.

13. As condições de vida dos grupos humanos ...... especialmente pela existência de um sistema de transporte ...... . (A) é influenciada – eficaz (B) é influenciada - eficazes (C) são influenciado - eficazes (D) são influenciados - eficazes (E)) são influenciadas - eficaz

14. A necessidade de deslocamentos de populações entre pontos geográficos diferentes deu origem ...... uma infraestrutura física e ...... criação de veículos que poderiam mover-se ...... velocidades cada vez maiores. (A) a - a - a (B) a - a - à (C) à - à - a (D)) a - à - a (E) à - à - à

15. Assinale a frase em que se encontram palavras escritas de modo INCORRETO. (A) O contingente humano das cidades exige um eficiente sistema de transporte, num incessante vaivém pelos corredores viários. (B)) As repercursões e agressões geradas com a queima de combustíveis fósseis mobilisam grupos de defensores do meio ambiente, no mundo todo. (C) O surgimento de novas tecnologias acrescentou uma nova dimensão aos meios de transporte, conferindo-lhes rapidez, além de conforto e segurança aos usuários. (D) O sucesso das fontes alternativas de energia baseia-se na pesquisa de elementos disponíveis na natureza, mais baratos e menos poluentes. (E) A busca de novos elementos para produzir energia considera a progressiva extinção dos poços de petróleo, além de sua localização, no Oriente Médio.

16. A concordância verbal e nominal está feita de maneira inteiramente correta na frase: (A)) Foram postas em prática algumas medidas de controle do trânsito, para evitar que surgissem problemas de poluição atmosférica na região. (B) A História mostra que deslocamentos antes impossível de ser realizado passa a ocorrer com a evolução dos meios de transporte. (C) Os veículos abandonados no pátio, após uma revisão e a substituição de algumas peças, voltou a ser usado nas atividades de rotina. (D) Foi claramente reconhecido a necessidade de novas pesquisas cujo objetivo seria descobrir novas fontes, não poluentes, de energia. (E) As cidades garantem, em princípio, melhores condições de vida para a população, que enfrentam, porém, outros problemas, como a violência urbana.

17. A frase corretamente pontuada é: (A) Num estado democrático a preservação, da segurança nacional deve ser exercida, sem interferência excessiva na vida normal, da população. (B) Num estado, democrático a preservação da segurança nacional, deve ser exercida sem interferência excessiva na vida normal da população. (C) Num estado democrático a preservação da segurança nacional deve, ser exercida, sem interferência excessiva, na vida normal da população. (D) Num estado democrático a preservação da segurança, nacional deve ser exercida sem interferência excessiva na vida, normal da população. (E)) Num estado democrático, a preservação da segurança nacional deve ser exercida sem interferência excessiva na vida normal da população. Instruções para as questões de números 18 a 20. Cada questão apresenta cinco propostas diferentes de redação. Assinale, na folha de respostas, a letra que corresponde à melhor redação, considerando correção, clareza e concisão.

18.

Page 133: Simulado de Língua Portuguesa

133(A) A roda seria de muita pouca utilidade em regiões acidentadas, porque algumas civilizações não conheceram-na; a roda foi a mais revolucionária invenção da tecnologia de transportes. (B) A invenção da roda revolucionou a tecnologia de transportes, mas muitas civilizações não souberam utilizá-las porque haviam em suas regiões muitos acidentes. (C)) A roda foi a mais revolucionária invenção da tecnologia de transportes, mas algumas civilizações não a conheceram; em regiões acidentadas, por exemplo, ela seria de pouca utilidade. (D) Muitas civilizações conheceram a invenção da roda, menas aquelas que tinham regiões acidentadas porque a roda não lhe era útil como invenção. (E) A mais revolucionária invenção da tecnologia de transportes foi a roda que, apesar de muitas civilizações conheceram-nas, não poude ser utilizada em regiões com bastante acidentes.

19. (A) Tanto para o trabalho quanto para o lazer o sistema nacional de transporte urbano são condição da qualidade de vida, porque dependem das possibilidades de deslocamentos. (B) Para a qualidade de vida da população, tem necessidade de se buscar um sistema nacional de transporte urbano que possa dar possibilidades de deslocamento para o trabalho e para o lazer. (C) São necessários, para desenvolver a qualidade de vida da população, um sistema nacional de transporte que possa estabelecer os deslocamentos para o trabalho e para o lazer. (D)) Um sistema nacional de transporte urbano é uma das condições da qualidade de vida da população, porque define as possibilidades de deslocamento tanto para o trabalho quanto para o lazer. (E) O deslocamento tanto para o trabalho quanto para o lazer dependem de um sistema nacional de transporte urbano, uma das condições da população que têm qualidade de vida.

20. (A) Se levarmos em consideração a extrema concentração de poder econômico e tecnológico em poucas empresas do setor petrolífero mundial, é essencial de que um país como o nosso, em desenvolvimento, assegura o seu abastecimento de energia. (B)) Assegurar o abastecimento da energia derivada do petróleo é essencial para um país em desenvolvimento como o nosso, considerando a extrema concentração de poder econômico e tecnológico em poucas empresas do setor mundial. (C) Poucas empresas do setor mundial concentram-se um poder econômico e tecnológico, dados que para um país em desenvolvimento como o nosso é essencial assegurar o abastecimento da energia petrolífera. (D) Nosso país, em desenvolvimento, precisa que assegure o abastecimento da energia derivada do petróleo, posto que há à considerar a extrema concentração de poder econômico e tecnológico em poucas empresas do setor petrolífero no mundo. (E) Considerando a extrema concentração de poderes econômico e tecnológico em poucas empresas do setor mundial, nosso país, desde que em desenvolvimento, é essencial assegurar seu abastecimento de energia derivada do petróleo.

Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que segue.

Aprendendo o Brasil

Os brasileiros que têm o privilégio de viajar bastante pelo Brasil estão, o tempo todo, surpreendendo-se com a diversidade de nossos tesouros naturais e culturais. É pena que a maioria dessas riquezas ainda não esteja integrada a um planejamento turístico eficaz e sensato, de envergadura nacional, capaz ao mesmo tempo de explorar e preservar esses pólos de atração.

Pense-se nos empregos que se poderiam gerar com a instalação de equipamentos capazes de oferecer toda a infraestrutura de apoio para uma efetiva internacionalização do nosso turismo. Ao lado disso, imagine-se o quanto seria importante, para nós mesmos, podermos reconhecer essa diversidade, identificar de modo concreto a pluralidade dos nossos costumes, das nossas linguagens, dos nossos climas, da nossa geografia, da nossa culinária, da nossa arte popular.

Entre outras vantagens, o turismo bem empreendido atua como um fator de autoconsciência e integração de um povo: pessoas de diferentes regiões passam a trocar experiências, a considerar as especificidades dos modos de viver, a reconhecer a grande variação de valores culturais. Sem falar numa intensificação da consciência ecológica: todo turismo bem planejado não apenas expõe as riquezas naturais, mas ensina a valorizá-las e a conservá-las.

Não é nenhum exagero afirmar que o turismo pode representar um dos mais objetivos caminhos para o Brasil se fazer conhecer e para os brasileiros se conhecerem a si mesmos.

(Abelardo Junqueira) 1. Entre as vantagens econômicas que decorreriam de um planejamento turístico eficaz e sensato, o texto destaca (A) o privilégio de viajar bastante pelo Brasil. (B) a diversidade de nossos tesouros culturais. (C)) os empregos que se poderiam gerar. (D) intensificação da consciência ecológica. (E) identificar de modo concreto a pluralidade dos nossos costumes.

2. A afirmação de que o turismo pode ser um caminho para os brasileiros se conhecerem a si mesmos encontra apoio nesta outra expressão do texto: (A)) um fator de autoconsciência e integração de um povo. (B) empregos que se poderiam gerar com a instalação de equipamentos.

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134(C) oferecer toda a infra-estrutura de apoio. (D) efetiva internacionalização do nosso turismo. (E) intensificação da consciência ecológica.

3. Considere as seguintes afirmações: I. Apenas os brasileiros têm o privilégio de viajar bastante pelo Brasil; seria preciso estender esse privilégio aos estrangeiros. II. A diversidade dos nossos pólos de interesse turístico está a exigir uma efetiva internacionalização do nosso turismo. III. As trocas de experiência entre pessoas de diferentes regiões constituem um caminho para uma maior integração nacional. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D)) II e III, apenas. (E) II, apenas.

4. Está correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) Um brasileiro que tenha a oportunidade de conhecer a diversidade natural e cultural do país constitue, ainda hoje, uma excessão. (B) Há pequenos países europeus que alferem mais lucros com o turismo do que o Brasil, apezar das nossas proporções continentais. (C) Serão necessários maiores subssídios para que o nosso turismo se expanda com eficácia e sensatês. (D) A prezervação do meio ambiente deve ser uma preocupação cruscial para quem planeja um empreendimento turístico. (E)) Se um cidadão quiser, hoje, explorar a diversidade das nossas riquezas, terá que dispor de muito tempo e de expressivos recursos.

5. Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a frase: (A) Qualquer um de nós podem se surpreender com o Brasil que ainda não conhecemos. (B)) A pluralidade dos costumes regionais representa um fator que certamente concorrerá para o nosso desenvolvimento econômico. (C) Todo turista estrangeiro, conhecendo nossas riquezas naturais e culturais, ajudarão a divulgar lá fora uma imagem positiva do nosso país. (D) Não é que falte apenas recursos, falta um maior planejamento para que o nosso turismo venha a se expandir. (E) Ainda não se incluíram, entre nossas principais fontes de divisas, toda a potencialidade das nossas atrações turísticas.

6. Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É importante reconhecer essa diversidade, a forma verbal resultante será (A) tenha reconhecido. (B) tenha sido reconhecida. (C) é reconhecida. (D)) ser reconhecida. (E) tenhamos reconhecido.

7. Está correta a flexão de todos os verbos empregados na frase: (A)) Se ninguém intervier em nosso planejamento turístico, não haverá como levá-lo a um nível de excelência. (B) Aquele que se dispor a investir num turismo bem planejado por certo não virá a se arrepender. (C) É preciso que se detinha aquele turismo de tipo predatório, que tanto prejudica o meio ambiente. (D) Se não expormos de modo planejado nossas riquezas naturais e culturais, não haverá quem as venha conhecer. (E) Se não convisse investir pesadamente nos empreendimentos turísticos, a Europa não o estaria fazendo há tanto tempo.

8. Quanto às nossas riquezas naturais, não há quem duvide dessas riquezas, quem subestime o valor dessas riquezas, o encanto que qualquer turista encontrará nessas riquezas. Evitam-se as repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, por, respectivamente: (A) as duvide; lhes subestime seu valor; lhes encontrarão (B) duvide destas; as subestime seu valor; nelas encontrará (C)) duvide delas; subestime seu valor; nelas encontrará (D) duvide delas; subestime-lhes o valor; as encontrará (E) as duvide; as subestime seu valor; lhes encontrará

9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Claro que sem investimento é impensável que hajam avanços na exploração de um turismo melhor sucedido. (B)) Faltando investimentos, não há como imaginar avanços na exploração das nossas diversificadas atrações turísticas. (C) Caso ocorram falta de recursos, fica difícil de se imaginar como desenvolver um turismo apto à obter o sucesso que tanto dele se espera. (D) Conhecer-se a si mesmos é uma das vantagens que nós, brasileiros, ganharemos no caso de houver um bom planejamento do turismo.

Page 135: Simulado de Língua Portuguesa

135(E) Sem infra-estrutura não há como se atrair o estrangeiro ao nosso turismo, assim como aos próprios brasileiros com isso também se prejudicam.

10. A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase: (A) A iniciativa ........ nosso turismo requer é a de um excelente planejamento. (B) A falta de planejamento é uma das razões ....... se explica nosso incipiente turismo. (C) É preciso ......... haja maiores investimentos nas potencialidades desse setor. (D) Uma maior integração nacional, aspiração ........ todo brasileiro tem, seria facilitada com um turismo bem planejado. (E)) A diversidade cultural é uma das atrações ....... nosso país dispõe, ao lado das nossas riquezas naturais. Atenção: As questões de números 11 a 16 referem-se ao texto que segue.

Segurança

O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os play-grounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, a segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados. (...)

Mas os assaltos continuaram. (...)

Foi reforçada a guarda, construíram uma segunda cerca. As famílias com mais posses mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos. E ninguém pode sair.

Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.

Mas surgiu outro problema.

As tentativas de fuga. E há motins constante de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.

A guarda tem sido obrigada a agir com energia.

(Luis Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

11. Para criar um efeito de humor, o cronista Luiz Fernando Veríssimo valeu-se de expressões como medida extrema, área de segurança máxima e tentativas de fuga, associando-as expressamente (A) aos perigosos detentos de uma penitenciária. (B)) aos supostos beneficiários do sistema de segurança. (C) à vulnerabilidade da segurança do condomínio. (D) ao efetivo sucesso do novo sistema de segurança. (E) à falta de rigor com que agem os agentes de segurança.

12. A frase que indica, ironicamente, a medida mais “radical”, tomada em nome da “segurança” do condomínio, é: (A) (...) mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. (B) Toda a área era cercada por um muro alto. (C)) E ninguém pode sair. (D) (...) devidamente identificados e crachados. (E) Ninguém pode entrar no condomínio.

13. A frase em que se indica a substituição do elemento sublinhado por uma forma pronominal correta é: (A)) Muros altos cercavam o condomínio = cercavam-no. (B) Reforçaram a guarda = reforçaram-a. (C) Os guardas controlavam o condomínio = controlavam-lhe. (D) Os ladrões espiam os condôminos = espiam eles. (E) Tentam atingir a liberdade = atingir-lhe.

14. O verbo indicado entre parênteses será flexionado no singular para se integrar corretamente à frase: (A) ..... (ter) ocorrido tantos assaltos que foi preciso radicalizar. (B) .... (convocar-se) várias assembléias para discutir a segurança. (C) Quaisquer condôminos .... (poder) apresentar sugestões. (D) Entre as decisões que .... (prevalecer) constava a do uso de crachás. (E)) A cada um dos condôminos e visitantes ...... (imporse) o uso de crachá.

15. É preciso corrigir e tornar clara a redação da frase: (A) As tentativas de motim dos moradores indicavam o limite extremo a que chegou o sistema de segurança daquele condomínio. (B) O sistema de segurança do condomínio tomou uma medida extrema: a de impedir a saída dos próprios condôminos. (C) Buscando proteger-se ao máximo, os próprios moradores do condomínio acabaram sendo vítimas da rigorosíssima segurança. (D)) Uma vez que se buscaram proteger de modo extremo, não restaram aos condôminos senão surpreender-se aprisionados a suas próprias casas.

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136(E) Na tentativa de viverem em absoluta segurança, os moradores do condomínio viram-se aprisionados em suas próprias casas.

16. Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase: (A)) Não deixa de ser cômico olharmos os assaltantes passeando livremente pela rua, enquanto estamos atrás das grades, presos em nossas casas... (B) Se nas prisões, há uma área de segurança máxima, para os detentos mais perigosos, também no condomínio, havia uma para os mais ricos. (C) Para a segurança ser completa resolveu-se que, ninguém mais, entraria ou sairia do condomínio; inclusive os próprios condôminos! (D) Quando se diz que: a guarda foi obrigada a agir com energia, deve-se entender que: os condôminos, teriam sido duramente reprimidos? (E) As tentativas de fuga, passaram a ocorrer pois os condôminos, sentindo-se prisioneiros, em suas próprias casas amotinavam-se.

17. As formas verbais havia saído e tivessem encontrado preenchem corretamente as lacunas da frase: (A) Se ela já ...... , não era possível que você ou eu a ......... . (B)) Tua irmã já ...... , e eles lamentaram muito que não a ...... . (C) Mesmo que ela ...... , se eles corressem provavelmente a ........ . (D) Imaginando que ela ...... , eles foram ao parque para que a ......... . (E) É possível que ela ...... , e se eles a procurassem provavelmente a ...... .

18. Estão corretos o emprego e a forma das duas formas verbais sublinhadas na frase: (A) Quero que constem nos autos que tanto ele quanto ela ainda é réu primário. (B) Se eles não interporem recurso, quem mais poderão fazê-lo? (C) A menos que sejem indiciados, haverão de ser liberados imediatamente. (D)) Providenciarei tudo o que me requererem, desde que haja recursos para fazê-lo. (E) Se a defesa propor um acordo, é bem possível que o promotor e seu auxiliar venha a aceitá-lo.

19. Está adequado o emprego da expressão sublinhada na frase: (A) Se tudo aquilo de que tememos acontecer, estaremos perdidos. (B) As pessoas em cujas depositávamos nossa confiança acabaram por nos trair. (C) Os projetos dos quais não há consenso somente serão apreciados amanhã. (D) Todos os artigos acerca de cujos haja controvérsia serão analisados depois. (E)) As medidas sobre as quais não pairam dúvidas serão tomadas imediatamente

20. Há falta de coesão e de coerência na frase: (A) Nem sempre os livros mais vendidos são, efetivamente, os mais lidos: há quem os compre para exibi-los na estante. (B) Aquele romance, apesar de ter sido premiado pela academia e bem recebido pelo público, não chegou a impressionar os críticos dos jornais. (C)) Se o sucesso daquele romance deveu-se, sobretudo, à resposta do público, razão pela qual a maior parte dos críticos também o teriam apreciado. (D) Há livros que compramos não porque nos sejam imediatamente úteis, mas porque imaginamos o quanto poderão nos valer num futuro próximo. (E) A distribuição dos livros numa biblioteca freqüentemente indica aqueles pelos quais o dono tem predileção.

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto que segue:

A liberdade ameaçada

Costumo dizer que a liberdade de imprensa, mais do que direito dos jornalistas e das empresas jornalísticas, é da sociedade. Só com a livre circulação de idéias e de informações uma nação pode evoluir e construir uma sociedade realmente justa e equilibrada. Foi para defender essas propostas e para informar a sociedade brasileira sobre seu direito inalienável de receber informação livre que criamos a nossa Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (RDLI).

Há três grandes temas em debate: “O direito à informação x privacidade”, “O acesso à informação pública” e “As responsabilidades e os interesses dos jornalistas e das fontes”.

Em relação à informação e à privacidade, houve consenso de que se trata de questão complexa e difícil. O direito da sociedade à informação e o direito das pessoas à privacidade são dois princípios constitucionais, fundamentais, mas muitas vezes conflitantes.

Quanto ao tema do acesso à informação pública, a principal conclusão é a de que o Brasil precisa avançar muito. Infelizmente, alguns homens públicos ainda tratam a informação pública como se fosse propriedade do Estado, e não da sociedade a que devem servir. O livre acesso à informação pública é uma das principais características das democracias modernas.

Finalmente, no que se refere aos interesses e responsabilidades dos jornalistas e das fontes, referendamos a velha máxima: o jornal e os jornalistas nunca deverão ter interesse próprio. Eles trabalham para a sociedade e, por isso, devem sempre preservar sua independência.

(Nelson Pacheco Sirotsky. Folha de S. Paulo, 12/06/2005, p. 3)

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1371. Justifi ca-se o título do texto quando se considera, por exemplo, a preocupação do autor com o fato de que (A) as notícias de violência da sociedade brasileira costumam predominar em nossos jornais. (B) nossos jornalistas não defendem o interesse da classe, no exercício de sua função. (C) há políticos que se beneficiam das informações públicas em seus negócios particulares. (D)) a informação de interesse público é por vezes considerada como se fosse uma propriedade do Estado. (E) o direito do público à informação não é um princípio fundamental garantido em nossa Constituição.

2. Considere as seguintes afirmações: I. A frase o jornal e os jornalistas nunca deverão ter interesse próprio encarece o respeito que se deve ter à função pública da imprensa. II. A criação da RDLI deveu-se ao desejo de se garantir o direito das pessoas à privacidade. III. No Brasil, o acesso à informação de interesse público é um direito garantido e um fato consolidado. Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em: (A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. A questão complexa e difícil referida no terceiro parágrafo diz respeito ao conflito entre (A) os interesses do Estado e os interesses particulares. (B)) um direito da coletividade e um direito do cidadão. (C) o direito à privacidade e o direito ao segredo de Estado. (D) os interesses dos jornalistas e os das empresas jornalísticas. (E) o direito ao ocultamento e a prática da revelação da fonte jornalística.

4. O sentido da frase a liberdade de imprensa, mais do que direito dos jornalistas e das empresas jornalísticas, é da sociedade está corretamente traduzido nesta outra formulação: (A) Os jornalistas e as empresas jornalísticas têm menos direito à liberdade de imprensa do que a sociedade. (B) Por se tratar de um direito social, a liberdade de imprensa deve ser garantida a todos os jornalistas e empresas jornalísticas. (C)) Antes de ser um direito de jornalistas e de empresas jornalísticas, a liberdade de imprensa é um direito social. (D) A liberdade de imprensa é um direito da sociedade, mais importante do que os direitos particulares dos jornalistas. (E) Menos do que um simples direito da sociedade, a liberdade de imprensa é um direito vital dos jornalistas e das empresas. 5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: (A) Incluem-se entre as responsabilidades dos jornalistas o respeito que devem estes às suas fontes. (B) Ainda que hajam interesses particulares em jogo, os jornalistas devem considerar o interesse público das notícias. (C) Debateu-se três grandes temas, na RDLI, referentes aos direitos que todo e qualquer jornalista deve levar em conta. (D) A esperança de que circulem livremente todas as idéias e informações devem alimentar todo jornalista responsável. (E)) Não compete aos homens públicos tratar as informações de interesse social como se fossem de interesse privado.

6. Transpondo-se para a voz passiva a frase O jornal e os jornalistas devem sempre preservar sua independência, o segmento sublinhado ficará (A) sempre deverá ser preservada. (B) devem sempre ser preservados. (C)) deve sempre ser preservada. (D) sempre se deverá preservar. (E) sempre se devem preservar.

7. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (A) Ainda que conflitantes, é um direito das pessoas tanto à privacidade quanto o direito da sociedade à livre informação. (B)) Todo jornalista deveria respeitar aquela máxima, segundo a qual o interesse próprio não pode prevalecer sobre o interesse social. (C) Desde que sejam conflitantes, o direito das pessoas e o direito da sociedade não pode ficar interferindo um sobre o outro. (D) Em vista do livre acesso à informação pública, uma característica das democracias modernas, é que esta costuma ocorrer. (E) Há muito avanço a se fazer no Brasil, aonde, infelizmente, é ainda precário acessar-se às informações públicas.

8. Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase: (A) Se a liberdade de imprensa fosse um direito apenas dos jornalistas, cada vez que se desrespeite a liberdade de imprensa a sociedade não terá como reclamar. (B) Enquanto os jornalistas pensarem apenas em seus próprios interesses, não haveria como resguardar o direito da sociedade à livre informação. (C) No caso de vir a ser desrespeitado o direito social à livre informação, jogara-se fora uma das principais características das democracias modernas. (D)) Espera-se que dos três grandes debates promovidos pela RDLI resultem propostas práticas, que venham a reforçar o direito à liberdade de imprensa.

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138(E) Ainda que houvesse uma absoluta liberdade para a circulação de idéias e de informações, será necessário lutar para que nada a ameaçasse.

9. As liberdades ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase acima, na ordem dada, as expressões: (A)) a que - de que (B) de que - com que (C) a cujas - de cujos (D) à que - em que (E) em que - aos quais

10. Finalmente, no que se refere aos interesses e responsabilidades dos jornalistas e das fontes, referendamos a velha máxima (...) Não haverá prejuízo para a correção e para o sentido básico da frase acima caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por (A) em função dos - vinculamos (B) tendo por base os - reputamos (C) no caso dos - propomos (D) a partir dos - cogitamos (E)) no tocante aos - aprovamos

11. Foi para defender essas propostas e para informar a sociedade brasileira sobre seu direito inalienável de receber informação livre que criamos a RDLI. As expressões sublinhadas poderiam ser correta e respectivamente substituídas, no caso da utilização de pronomes, por: (A) as defender - informar-lhe - lhe criamos (B)) defendê-las - informá-la - a criamos (C) lhes defender - informar-lhe - criamo-la (D) defendê-las - lhe informar - criamo-lhe (E) defender-lhes - informá-la - lhe criamos

12. Atente para as seguintes frases: I. A preocupação do autor é com os jornalistas, cuja liberdade de expressão se encontra ameaçada. II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus próprios interesses, não preservam sua independência. III. O direito à livre informação é dos jornalistas e, também, da sociedade como um todo. A supressão da(s) vírgula(s) altera o sentido APENAS do que está em (A) I. (B) II. (C) III. (D)) I e II. (E) II e III.

13. Só com a livre circulação de idéias e de informações uma nação pode evoluir e construir uma sociedade realmente justa e equilibrada. Caso se reconstrua a frase acima substituindo-se o segmento sublinhado por Somente a livre circulação de idéias e de informações, uma complementação coerente e correta será (A)) possibilitará que uma nação evolua e construa uma sociedade realmente justa e equilibrada. (B) fará com que haja uma nação evoluída e na qual se constrói uma sociedade realmente justa e equilibrada. (C) permitirá com que uma nação tenha a evolução e a construção de uma sociedade realmente justa e equilibrada. (D) é que será capaz de evoluir e de construir uma nação cuja sociedade seja realmente justa e equilibrada. (E) ensejará de que uma nação tanto evolua como construa uma sociedade realmente justa e equilibrada.

14. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher corretamente a frase: (A) Tanto a liberdade de imprensa quanto o direito à informação ...... (estar) sob a proteção da nossa lei maior. (B) Ainda que ...... (ocorrer), vez por outra, alguns sobressaltos, a tendência é a de um fortalecimento da liberdade de imprensa. (C) Nunca se ...... (sanar) os males acarretados pela falta de liberdade. (D) Somente ...... (haver) de merecer a confiança do leitor os jornalistas que se mantiverem independentes. (E)) Também aos leitores ...... (caber) vigiar o cumprimento da liberdade de imprensa.

15. É preciso corrigir a redação da seguinte frase: (A) Não havendo livre acesso à informação pública, não haverá uma sociedade plenamente democrática. (B) Uma sociedade que se queira democrática não pode nunca prescindir da plena liberdade de imprensa. (C)) A menos que haja liberdade de imprensa, somente assim uma sociedade será plenamente democrática. (D) Não se conhece nenhuma sociedade democrática em que haja restrições à liberdade de imprensa. (E) Entre os direitos essenciais a serem resguardados numa democracia está o da liberdade de opinião. Gabarito

Questão QuestãoQuestão Eq Eq Eq Correta Correta Correta 1 001 C 2 002 A 3 003 D 4 004 B

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1395 005 E 6 006 B 7 007 A 8 008 C 9 009 D 10 010 E 11 011 D 12 012 A 13 013 B 14 014 E 15 015 C 16 001 C 17 002 E 18 003 B 19 004 A 20 005 D 21 006 B 22 007 C 23 008 E 24 009 D 25 010 A 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 001 C 41 002 A 42 003 B 43 004 D 44 005 E 45 006 A 46 007 B 47 008 C 48 009 E 49 010 D 50 011 C 51 012 D 52 013 B 53 014 E 54 015 A 55 56 031 B 57 032 E 58 033 C 59 034 A 60 035 D 61 036 E 62 037 B 63 038 C 64 039 D 65 040 A 66 041 C 67 042 E 68 043 D 69 044 B 70 045 A 71 046 C 72 047 E 73 048 B

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14074 049 A 75 050 D 76 001 B 77 002 C 78 003 A 79 004 D 80 005 C 81 006 A 82 007 E 83 008 D 84 009 C 85 010 B 86 011 E 87 012 A 88 013 D 89 014 B 90 015 E 91 001 B 92 002 C 93 003 A 94 004 D 95 005 E 96 006 B 97 007 D 98 008 C 99 009 A 100 010 E 101 011 B 102 012 C 103 013 A 104 014 D 105 015 B 106 001 B 107 002 C 108 003 D 109 004 E 110 005 A 111 006 C 112 007 D 113 008 B 114 009 E 115 010 C 116 011 B 117 012 D 118 013 A 119 014 E 120 015 A 121 001 B 122 002 C 123 003 E 124 004 D 125 005 A 126 006 C 127 007 B 128 008 D 129 009 C 130 010 A 131 011 E 132 012 B 133 001 B 134 002 C 135 003 D 136 004 E 137 005 A 138 006 B 139 007 D 140 008 E 141 009 C 142 010 D

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141143 001 C 144 002 E 145 003 B 146 004 A 147 005 D 148 006 E 149 007 B 150 008 C 151 009 A 152 010 D 153 011 E 154 012 B 155 013 C 156 014 A 157 015 D 158 001 D 159 002 B 160 003 C 161 004 E 162 005 A 163 006 B 164 007 C 165 008 D 166 009 A 167 010 E 168 011 B 169 012 C 170 001 B 171 002 D 172 003 D 173 004 C 174 005 A 175 006 E 176 007 A 177 008 B