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Sindicato elabora dossiê sobre as condições das escolas e apresenta propostas Páginas 5 a 9 SINPEEM JORNAL DO SINDICATO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO NO ENSINO MUNICIPAL DE SÃO PAULO EDIÇÃO ELETRÔNICA - AGOSTO DE 2020 ANO 24 Nº 185 FILIADO À CNTE, À CUT E AO DIEESE SEM CONDIÇÃO, RETOMADA NÃO! Pandemia revela a gravidade da situação da educação e dos serviços públicos Página 2 SINPEEM na luta contra a privatização da educação infantil Página 4 SINPEEM conquista homologação dos concursos para ATE e CP Página 4 Com a curva de contaminação pelo coronavírus ainda em ascensão, com mais de 100 mil casos registrados em todo o país, o SINPEEM continua pressionando a SME para que não haja o retorno das aulas presenciais neste ano na rede municipal de ensino. Durante todo o processo de discussão e votação da Lei nº 17.437/2020, que dispõe sobre o estabelecimento de medidas para a organização das unidades educacionais, o SINPEEM se posicionou contra medidas pedagógicas e programas questionáveis, contidos na lei, e insiste que as aulas na rede municipal sejam retomadas somente em 2021, a partir do momento que sejam asseguradas todas as medidas sanitárias necessárias para garantir a segurança dos profissionais de educação, dos alunos e de seus familiares. Páginas 3 e 4 SINPEEM na luta pelo Fundeb Página 10

SINDICATO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO NO ENSINO ...€¦ · atendimento aos milhões de traba-lhadores que perderam seus empre-gos, para o governo Bolsonaro, que implementou o

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Sindicato elabora dossiê sobre as condições das escolas e apresenta propostasPáginas 5 a 9

SINPEEMJORNAL DO SINDICATO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO

NO ENSINO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

EDIÇÃO ELETRÔNICA - AGOSTO DE 2020 – ANO 24 – Nº 185 – FILIADO À CNTE, À CUT E AO DIEESE

SEM CONDIÇÃO,RETOMADA

NÃO!

Pandemia revela a gravidadeda situação da educaçãoe dos serviços públicos

Página 2

SINPEEM na lutacontra a privatizaçãoda educação infantil

Página 4

SINPEEM conquistahomologação dos

concursos para ATE e CP Página 4

Com a curva de contaminação pelo coronavírus ainda em ascensão, com mais de 100 mil casos registrados emtodo o país, o SINPEEM continua pressionando a SME para que não haja o retorno das aulas presenciais neste anona rede municipal de ensino. Durante todo o processo de discussão e votação da Lei nº 17.437/2020, que dispõe sobreo estabelecimento de medidas para a organização das unidades educacionais, o SINPEEM se posicionou contramedidas pedagógicas e programas questionáveis, contidos na lei, e insiste que as aulas na rede municipal sejamretomadas somente em 2021, a partir do momento que sejam asseguradas todas as medidas sanitárias necessáriaspara garantir a segurança dos profissionais de educação, dos alunos e de seus familiares. Páginas 3 e 4

SINPEEM na luta

pelo Fundeb

Página 10

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JORNAL DO SINPEEMagosto de 20202

DIRETORIA

Presidente ---------------------------------------------------------- Claudio Fonseca

Vice-presidente --------------------------------------------------- José Donizete Fernandes

Secretário-geral --------------------------------------------------- Cleiton Gomes da Silva

Vice-secretário-geral -------------------------------------------- Renato Rodrigues dos Santos

Secretária de Finanças ------------------------------------------ Doroty Keiko Sato

Vice-secretária de Finanças ----------------------------------- Cleonice Helena Oliveira da Silva

Secretário de Administração e Patrimônio ---------------- Josafá Araújo de Souza

Secretária de Imprensa e Comunicação -------------------- Lílian Maria Pacheco

Vice-secretária de Imprensa e Comunicação ------------- Janaína Nardocci

Secretária de Assuntos Jurídicos ----------------------------- Nilda Santana de Souza

Vice-secretária de Assuntos Jurídicos ----------------------- Ariana Matos Gonçalves

Secretária de Formação ---------------------------------------- Patrícia Pimenta Furbino

Vice-secretário de Formação ---------------------------------- Gabriel Vicente França

Secretária de Assuntos Educacionais e Culturais --------- Laura de Carvalho Cymbalista

Secretário de Política Sindical --------------------------------- João Baptista Nazareth Júnior

Secretário de Assuntos do Quadro de Apoio -------------- José Corsino da Costa

Vice-secretária de Assuntos do Quadro de Apoio ------- Denise Assis da Silva

Secretária de Seguridade Social/Aposentados ----------- Cleusa Maria Marques

Secretária para Assuntos da Mulher Trabalhadora ------ Luzinete Josefa da Rocha

Secretária de Políticas Sociais --------------------------------- Lourdes Quadros Alves

Secretário de Saúde e Segurança do Trabalhador ------- Floreal Marim Botias Júnior

Secretário de Organização Regional ------------------------- Eliazar Alves Varela

DIRETORES REGIONAIS

Camila Santo Lisboa - Célia Cordeiro da Costa

Clóvis dos Santos Costa Júnior - Dimitri Aurélio da Silveira

Lucas Antonio Nizuma Simabukulo

Maria Aparecida Freitas Sales - Michele Rosa Oliveira

Nelice Isabel Fonseca Pompeu - Priscila Pita

Raquel Macedo de Lima - Ricardo Cardoso de Moraes

Valéria de Jesus Silva - Vitória Keiko Vassoler

SINDICATO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO NO ENSINO MUNICIPAL DE SÃO PAULOAvenida Santos Dumont, 596 - CEP 01101-000 - Luz - São Paulo - SP - Fone 3329-4500www.sinpeem.com.br – e-mails: [email protected][email protected]

Registro Sindical no Ministério do Trabalho outorgado pelo Processo nº 24440.025576/89

Jornalista responsável: Graça Donegati - Mtb 22.543

Diagramação: José Antonio – 60 mil exemplares

Os textos publicados no Jornal do SINPEEM são de

exclusiva responsabilidade da Diretoria do sindicato

EDITORIAL

Pandemia, com mais de 100 mil mortes,revela gravidade da situação daeducação e dos serviços públicos

Há cinco meses a pandemia daCovid-19 está em todos os noticiá-rios, tendo o Estado de São Paulocomo epicentro da doença no País,que nunca subiu tão rápido em umranking, no qual ocupa hoje o segun-do lugar, perdendo apenas para osEstados Unidos. Posição que, ironi-camente, gostaríamos de ocupar deforma positiva, com educação, saú-de, transporte, segurança e habitaçãode qualidade.

Chegamos à assustadora marcade 3,3 milhões de pessoas contami-nadas pelo coronavírus e mais de 107mil mortes registradas em todo o paísaté o dia 14/08/2020.

Uma grave crise sanitária que re-sultou em uma profunda crise eco-nômica sem precedentes na história,levando a nocaute principalmente osmicro e pequenos empresários, resul-tando na precarização do mercado detrabalho, no aumento do desempre-go e na agudização dos problemas jáexistentes na educação e nos servi-ços públicos.

De acordo com o DepartamentoIntersindical de Estudo e EstatísticasSocioeconômicas (Dieese), o segun-do lugar do Brasil no ranking da pan-demia está diretamente relacionadoà incapacidade do governo federal deimplementar rapidamente os progra-mas de auxílio para manter empre-gos, impossibilitando a muitos traba-lhadores cumprirem o isolamentosocial e, consequentemente, aumen-tando o contágio.

Infelizmente, enquanto para es-pecialistas das áreas da saúde e deeconomia, durante e no pós-pande-mia, a saída é o investimento em po-líticas públicas que garantam a segu-rança sanitária dos brasileiros e oatendimento aos milhões de traba-lhadores que perderam seus empre-gos, para o governo Bolsonaro, queimplementou o auxílio emergencialde R$ 600,00 somente após muitapressão dos movimentos sindicais esociais, a saída para a crise é a priva-tização dos serviços públicos.

Mais uma afronta deste governo,que ignora a relevância do serviçopúblico e dos servidores para todaa população. Importância que vemsendo ratificada durante esta pan-demia. Porém, o governo caminhana contramão, inclusive com o con-gelamento de salários e a retirada dedireitos.

Para o SINPEEM, o investimen-to em políticas públicas para a reto-mada da economia, passa pela va-lorização dos serviços e dos servido-res públicos, muitos trabalhando nalinha de frente do enfrentamento àpandemia da Covid-19, sendo essen-ciais no combate ao coronavírus e àmanutenção e funcionamento deserviços essenciais, principalmentenos setores de saúde, transporte, se-gurança, limpeza urbana e outrossetores.

Educação sempre!

A DIRETORIA

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JORNAL DO SINPEEM agosto de 2020 3

Medidas pedagógicas e programas contidos na lei são questionáveis

Com a lei aprovada o Executivo fica autorizado a instituir medidas pedagógicas excepcio-nais, programas de acompanhamento aos estudantes e profissionais de educação e programas deauxílio, conforme segue:

I - garantia do direito à educação;II - assistência à saúde dos estudantes;III - assistência ao profissional de educação para melhores condições de trabalho;IV - auxílio-uniforme;V - auxílio-material escolar;VI - acompanhamento do PME.A ampliação do tempo de permanência dos estudantes por meio do “Programa São Paulo

Integral” por adesão e/ou por indicação da Secretaria Municipal de Educação e a organização doProjeto de Apoio Pedagógico - Recuperação das Aprendizagens, que poderão ocorrer no contra-turno escolar para atender a todos os estudantes com dificuldades de aprendizagem, a fim deassegurar seus direitos fundamentais, são medidas pedagógicas indicadas na lei que revelamque a SME pretende atropelar a decisão da escola quanto aos seus projetos pedagógicos e decisãoquanto ao período integral. Também revela contradição, posto que, se houver retorno, ainda emsituação de pandemia, não são indicadas aglomeração e exposição dos alunos por mais tempoem ambiente que ofereça risco de contaminação pelo vírus.

Sancionada a lei que estabelece medidas para a organização das escolas;SINPEEM mantém luta contra a retomada das aulas presenciais

A Lei nº 17.437/2020 foi publicada no Diá-rio Oficial da Cidade de 13 de agosto de 2020.Durante o processo de discussão e votação,a Câmara Municipal alterou a ementa, pas-sando a dispor sobre o estabelecimento demedidas para a organização das unidadeseducacionais no Município de São Paulo eprorrogação dos mandatos do ConselhoMunicipal de Assistência Social e do Conse-lho de Habitação.

Desde o início dos debates em torno doPL nº 452/2020, o SINPEEM tem ratificado suaposição contrária à lei, que permite a comprade vagas de escolas particulares para a edu-cação infantil (crianças de quatro e cinco anosde idade).

Sem fixar data, a lei estabelece que o re-torno dos estudantes matriculados nas redespública e privada de ensino do Município deSão Paulo às atividades presenciais se darámediante determinação do Poder Executivo,ouvida a Secretaria Municipal da Saúde.

Em função das discussões que realizamoscom o secretário municipal de Educação, como prefeito e com os vereadores, o governo pas-sou a anunciar que considerará a indicaçãodas equipes de saúde e a ciência para a deci-são de quando e se as atividades presenciaiscom alunos nas unidades educacionais serãoretomadas. Em audiência pública realizada naCâmara Municipal, o secretário Bruno Caeta-no afirmou que era improvável a retomada

em 08 de setembro. O prefeito também temse manifestado quanto a esta improbabilida-de e até mesmo o secretário de Saúde passoua dizer que não há condições da retomada nes-te ano, sem implicar em riscos à saúde dosalunos, familiares e profissionais de educação.A data foi reprogramada, em anúncio do pre-feito, para 05 de outubro.

O SINPEEM continua pressionando a SMEpara que não haja o retorno neste ano e que,quando ocorrer, no próximo ano, tem de serasseguradas todas as medidas necessárias paraa segurança dos bebês, crianças e adolescen-tes matriculados na rede municipal de ensino,para os seus familiares e para os profissionaisde educação.

Para mitigar os efeitos nocivos da lei paratodos os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem, após muitos debates e audiên-cias públicas, conseguimos incluir alterações.Entre elas, o artigo 34, que autoriza a aferiçãoda condição de inscritos por cota racial ou pes-soa com deficiência no ato da escolha de vaga.Dessa forma, os concursos para os cargos decoordenador pedagógico e de ATE podem serhomologados até 15/08/2020, bem como pode-rão ser realizadas convocações dos aprovados,mesmo em período eleitoral.

Além do artigo 34, foram incluídas as se-guintes modificações pelas quais pressionamospara minimizar os efeitos do contido no proje-to original do Executivo:

1 - a ementa da lei foi alterada, passando adispor sobre a organização das unidades edu-cacionais;

2 - inclusão da proibição de uso de recur-sos vinculados às despesas com manutençãoe desenvolvimento do ensino para compra devagas de escolas particulares com fins lucra-tivos;

3 - permissão para prorrogação de contra-tos de professor até o final de cada ano letivo,por necessidade da unidade escolar, para nãohaver descontinuidade pedagógica;

4 - exclusão da lei do artigo que desobri-garia a Prefeitura a fixar anualmente o valorinstitucional do Prêmio de Desempenho Edu-cacional (PDE), com valor não inferior ao pagono ano anterior.

A lei atual do PDE determina que o valorinstitucional fixado por decreto anual não podeser inferior ao fixado para o ano anterior (para2019 o valor foi de R$ 5.000,00). O texto origi-nal do projeto de lei do governo continha arti-go que acabava com este dispositivo de formadefinitiva.A versão original encaminhada peloprefeito Bruno Covas do Projeto de Lei nº 452/2020 dispunha, em sua ementa, sobre medidaspara a retomada das aulas presenciais na redede ensino municipal de São Paulo.

Sindicato conseguiuincluir alteraçõesimportantes na lei

SINPEEM contra o retorno facultativo,por opção das famílias

A Lei nº 17.437/2020 estabelece que caberáao Executivo a decisão sobre o retorno, ouvidaa Secretaria de Saúde.

A determinação sobre quando e como se daráo retorno das aulas presenciais será por meio deregulamentação própria do Executivo, na qualconstará que caberá aos pais decidirem sobre oretorno de seus filhos(as) às aulas quando se asatividades presenciais forem retomadas com acidade ainda em situação de emergência.

Determinar na lei que os pais farão a op-ção pelo retorno, após o governo decidir a re-tomada das aulas, é transferir para a família asconsequências de sua opção. Mais do que isso,é sinalizar para a sociedade que o governo nãoestá garantindo todas as condições para queas escolas sejam ambientes seguros para os be-bês, crianças, adolescentes e para os profissio-nais de educação.

Quando o governo decide que caberá àSME elaborar e implementar plano para garan-tir que não haja quaisquer prejuízos nos pro-cessos de ensino e de aprendizagem dos estu-dantes optantes pelo não retorno presencial,com a supervisão dos responsáveis na resolu-

ção das atividades, na verdade, afirmando quenão recomenda o retorno e que se a família as-sim decidir e algo acontecer com o aluno é detotal responsabilidade da família.

É um absurdo o poder público se eximir deresponsabilidade e manter a possibilidade de re-torno com a cidade em situação de emergência.

O necessário e correto é suspender as au-las presenciais este ano, providenciar a execu-ção de todas as diretrizes e efetivação de todasas ações que garantam segurança sanitária nasescolas. E quando houver o retorno, deve ga-rantir um ambiente escolar seguro para todosos alunos e profissionais de educação. Afinal,o acesso e a permanência na escola devem sergarantidos universalmente. Do contrário, é ex-cluir parte dos alunos.

A opção dada aos pais pelo retorno não édada aos profissionais de educação, que nãose sentem seguros porque, de fato, as escolasnão são.

O SINPEEM se posicionou contra esta po-lítica de delegar aos pais a responsabilidadede permitir que os seus filhos retornem às au-las presenciais.

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JORNAL DO SINPEEMagosto de 20204

SINPEEM contra a privatizaçãoda educação infantil

Com a justificativa de que a crise sanitária implicou na perda deemprego, obrigando as famílias a retirarem seus filhos de escolas deeducação infantil particular, o governo instituiu, por meio da Lei nº17.437/2020, o Programa Mais Educação Infantil, que consiste na con-cessão de benefício mensal, pago individualmente por criança de qua-tro e cinco anos, diretamente às instituições de ensino comunitárias,confessionais ou filantrópicas sem e inclusive com fins lucrativos, pre-viamente credenciadas.

A concessão do benefício, enquadrado como medida pedagógicapara a garantia do direito à educação, segundo a SME, tem caráter provi-sório e emergencial e cessará ao final do ano letivo, após a disponibiliza-ção de vaga nas unidades educacionais da rede municipal de ensino.

O número de beneficiários do programa não pode ser superior a 5%do número de alunos de quatro e cinco anos de idade matriculados narede pública municipal, direta e parceira.

Na verdade, é uma decisão que amplia a terceirização, já existenteno atendimento às crianças de zero a três anos, agora para o atendimen-to às crianças atendidas pelas Emeis.

Atualmente, os CEIs conveniados e indiretos atendem a cerca de75% da demanda. Não há expansão de unidades da rede direta e o po-der público já transfere, anualmente, em torno de R$ 3 bilhões para aschamadas entidades parceiras.

Não concordamos com a transferência de recursos públicos paraescolas privadas nem com a terceirização da educação infantil.

Lutamos, pressionamos e impedimos que as despesas com este pro-grama de compra de vagas da iniciativa privada não sejam com recur-sos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino, conformeestabelece a Constituição e classifica a LDB.

Ainda assim, mesmo tendo conseguido que a Prefeitura não pode-rá usar recursos vinculados constitucionalmente à manutenção e de-senvolvimento do ensino, não concordamos com o Programa Mais Edu-cação Infantil “Privada”.

O SINPEEM defende verbas públicas exclusivamente para a escolapública, gratuita, laica e de qualidade social.

Contratos emergenciais de professorese ATEs têm de respeitar concursosContratos emergenciais não podem ser efetuados pela administra-

ção em detrimento da obrigatoriedade de realização de concursos parao provimento de cargos da carreira dos Quadros do Magistério e deApoio à Educação.

Reivindicamos a realização periódica de concursos, conforme con-quistamos, e está incluído em lei, e a convocação dos aprovados, respei-tada a ordem de classificação.

A lei aprovada estabelece que a Prefeitura poderá contratar até 20%do total de cargos de ATE e de professor.

Contratos temporários devem ter caráter emergencial para substi-tuir profissionais de educação em licença, afastamentos e designações;jamais para protelar a realização de concursos, adiamento ou não con-vocação de aprovados.

O SINPEEM não concorda em ampliar a quantidade de contratos.Quando necessário, devem ser em caráter emergencial, por tempo de-terminado, e que os contratos que terminam durante o ano letivo pos-sam ser prorrogados até o seu final.

Durante as discussões do PL nº 452/2020 lutamos para que fosse fixa-da em, no máximo, 5% a quantidade de contratos. Não conseguimos. Masconseguimos que fosse garantida a prorrogação de contratos até o finaldo ano letivo e que, para ocorrer, tem de haver concurso em andamento.

SINPEEM conquista a homologaçãodos concursos para ATE e CP

A Prefeitura publicou na página 83 do Diário Oficial de 14/08/2020a homologação dos concursos para auxiliar técnico de educação e coor-denador pedagógico.

A homologação do resultado destes concursos antes de 15/08 só foipossível em função da pressão realizada pelo SINPEEM, que conseguiuincluir emenda na Lei nº 17.437/2020.

Com isso, a convocação dos aprovados poderá ocorrer mesmo du-rante o período de restrições, imposto pela lei eleitoral.

Lembramos que as escolas, mesmo antes da pandemia, já esta-vam com os quadros de pessoal de apoio (ATEs) e de coordenadorespedagógicos incompletos e insuficientes. Agora, a necessidade de con-vocação é ainda maior para atender aos protocolos indicados atémesmo pela SME.

SINPEEM pressiona pela convocaçãode diretores, supervisores e PEIs

Conseguimos aprovar a prorrogação dos concursos para diretor,supervisor e professor de educação infantil (PEIs), que encerrariam emabril de 2020.

Continuamos pressionando a SME para convocar os aprovados paratodas as vagas existentes.

Programa de Assistência à Saúdedos Estudantes é uma necessidadeO projeto de lei original, do Executivo, autorizava a criação do

Programa Suplementar de Assistência à Saúde dos Estudantes, poden-do a administração contratar organizações sociais para a sua imple-mentação.

Nos congressos e assembleias realizados pelo SINPEEM sempre de-fendemos um programa permanente e contínuo de assistência à saúdedos estudantes - reivindicação aprovada pela categoria. Os profissio-nais de educação sabem o que significa receber alunos sem laudo médi-co e a dificuldade ou impossibilidade de encaminhá-los para atendi-mento médico quando necessário.

Durante as discussões da lei pressionamos para que este progra-ma fosse instituído e mantido por intermédio e diretamente pela Se-cretaria de Saúde.

Conseguimos que fosse retirado o atendimento por organizaçõessociais e que o referido programa atenda às necessidades dos estu-dantes, em suas especificidades, sejam elas por condição de deficiên-cia, vulnerabilidade social e doenças ou inseguranças provocadas pelapandemia.

Assistência à saúde ao profissionalde educação é reivindicação

histórica do SINPEEMNossa reivindicação, aprovada pela categoria, de instituir o Progra-

ma de Saúde do Profissional da Educação foi incluída na Lei nº 17.437/2020, com a finalidade de acompanhar os servidores no retorno às au-las, por ocasião da cessação do estado de emergência desencadeado pelaCovid-19, especialmente os profissionais afastados, proporcionandoapoio especializado para a retomada de suas funções nas escolas.

O programa incluirá o acompanhamento das licenças dos profissio-nais dos quadros da educação, prestando auxílios psicológico, psiquiá-trico ou outro auxílio especializado que se faça necessário para a recu-peração do servidor e retomada das suas funções.

Defendemos o Programa de Assistência à Saúde ao Profissionalda Educação não só para o período pós-emergência e posterior aoretorno das atividades presenciais, mas como programa contínuo epermanente.

Somos quase 80 profissionais de educação, muitos com doençasprofissionais e sem programas preventivos. Mas este programa hámuito já deveria ter sido criado e agora não deveria constar de umalei que dispõe, entre outras medidas, sobre a terceirização da educa-ção infantil.

Ainda assim, tem de ser um programa voltado, de fato, à assistên-cia à saúde e para melhorar e assegurar condições de trabalho para osdocentes, gestores e Quadro de Apoio à Educação.

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JORNAL DO SINPEEM agosto de 2020 5

Programas de auxílio-uniforme escolar ematerial escolar têm de acabar com cartéis

Propostas do SINPEEM para a educação durante e pós-pandemia

SINPEEM atua em defesa daeducação, da saúde e da vida

Desde a declaração de pandemia da Covid-19 pela Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS) o SINPEEM tem discutido com ogoverno municipal medidas de prevenção e proteção à vida detodos os profissionais de educação e dos alunos matriculados narede municipal de educação.

Seguindo a orientação da ciência e dos agentes de saúde, de-fendemos o distanciamento físico e o regime de quarentena desdeque ocorreram os primeiros casos de contaminação pelo corona-vírus em São Paulo.

Para que isso fosse possível, as autoridades federais, estadu-ais e municipais deveriam empreender esforços para que toda apopulação atingida economicamente pela paralisação das ativi-dades recebesse auxílio emergencial suficiente ao atendimento dasnecessidades básicas, individualmente ou de suas famílias, e ain-da socorresse os que se encontram em situação de alta vulnerabi-lidade social.

Infelizmente, a irresponsabilidade do presidente Bolsonaro ea imensa desigualdade social existente em nosso país, potenci-alizaram a disseminação da doença.

Neste momento, indo na contramão do que temos visto comoações vitoriosas em países como Austrália, no combate à Covid-19, os governantes brasileiros adotam medidas de reabertura docomércio e serviços e ensaiam, inclusive, o retorno das atividadespresenciais nas escolas.

A SME divulgou a minuta do “Protocolo volta às aulas”, com dire-trizes e ações indicadas como um guia alinhado aos acontecimentos maisatuais no momento em que foi elaborado, e afirma que atualizações de-verão ser realizadas de forma frequente, para as devidas adequações,de acordo com a dinâmica científica e do contexto social.

As recomendações, segundo o secretário de Educação, devem seradaptadas para cada realidade, mantendo, dentro do possível, a manu-tenção das principias diretrizes, com o intuito de minimizar riscos deuma realidade adversa e pouco conhecida.

O protocolo de reabertura, com projeção de data condicionada àsfases do Plano São Paulo, prevista para 08/09/2020, atendidos os critéri-os estabelecidos, é baseado em quatro diretrizes fundamentais:

- segurança dos profissionais e crianças; - orientação e comunicação; - organização dos tempos e espaços; - garantia de direitos e aprendizagens.

As ações contidas na minuta do protocolo são divididas em:

- formação – saúde; - plano de comunicação; - organização dos ambientes; - plano de fluxo institucional; - práticas de segurança; - protocolos de higiene e desinfecção; - protocolo de transporte; - protocolo de alimentação; - protocolo – Centros Educacionais Unificados.

A minuta foi elaborada, segundo a SME, por profissionais de edu-cação de coordenação das áreas pedagógicas, recursos humanos e pro-fissionais da saúde da Associação Paulista para o Desenvolvimento daMedicina e da Unifesp. Deve ser debatida em encontros regionais com aparticipação do secretário e em reuniões agendadas com os sindicatos.

A divulgação da minuta é positiva, na medida que os profissionaisde educação têm o direito não só de ter conhecimento, mas de partici-par das discussões e decisões que dizem respeito à organização das es-colas e medidas sanitárias que envolverão o retorno das atividades pre-senciais, inclusive com condições e quando retornar.

Positivamente, a leitura da minuta com as ações anunciadas acima,dão conta de que não há nem haverá, até setembro, a execução de todaselas, dando segurança aos profissionais de educação, aos alunos e suasfamílias para o retorno.

O SINPEEM, considerando a minuta e a realidade das escolas e dosprofissionais de educação, não se furta de participar das discussões. Exigeque os debtes sejam feitos com todos os profissionais de educação ecom os usuários das escolas.

Para nós, o debate não deve se polarizar entre quem defende equem não defende a retomada da educação presencial. Os profissio-nais de educação defendem a educação básica presencial como princi-pio inalienável. Portanto, que se discute e queremos o retorno somen-

te em condições e garantia de proteção à saúde e a vida dos bebês,crianças, adolescentes e adultos, matriculados nas redes de ensino, edos seus profissionais.

A minuta e os indicadores da saúde de contaminação e óbitos, indi-cam claramente que não haverá condições de retorno em setembro.

Defendemos que os meses restantes deste ano sejam utilizados paratodas as adaptações prediais e de mobiliários, aquisição de materiais,revisão de contratos, comunicação, provimento de recursos humanosnas áreas da docência, manutenção, limpeza, higienização, sanitizaçãoetc, que constam de dossiê elaborado pelo sindicato.

Retomada, dada todas as condições, somente no próximo ano.

A lei aprovada também institui os Progra-mas Auxílio-Uniforme Escolar e Material Es-colar para estudantes matriculados na rede pú-blica do Município de São Paulo, com os se-guintes objetivos:

I - possibilitar a aquisição, diretamentepelos responsáveis, dos itens de vestuário uti-lizados para uniformização escolar;

II - oportunizar ao beneficiário poder de

escolha dos uniformes a serem adquiridos;

III - descentralizar a aquisição como for-ma de fomentar as atividades em diferentesestabelecimentos especializados na comercia-lização de uniformes escolares.

O valor anual do auxílio será definido porportaria, a partir da disponibilidade orçamen-tária e o custo básico de um kit definido pelaSecretaria competente.

O valor também será definido por estudan-te beneficiário e poderá ser diferente em razãoda faixa etária. Será disponibilizado aos pais eresponsáveis legais dos estudantes matricula-dos na rede pública municipal de ensino e uti-lizado segundo as regras estabelecidas pela Se-cretaria competente.

Os itens serão de livre escolha dos respon-sáveis pelos estudantes, dentre os definidoscomo padrão da Secretaria Municipal de Edu-cação.

MANDE E-MAIL E TIRE SUAS DÚVIDAS

Legislação, informações sobre a vida funcional

dos profissionais de educação e aposentadoria.

[email protected]

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JORNAL DO SINPEEMagosto de 20206

Considerando a minuta “Protocolo voltaàs aulas”, divulgada e utilizada pela SME paraas discussões com os profissionais da rede mu-nicipal de ensino e população, para o SINPE-EM não há nenhuma condição de retomadadas aulas presenciais neste ano, ou em um pra-zo minimamente previsível, pois a curva decontaminação ainda é alta. Não temos condi-ções hospitalares para atender, com prestezae dignidade a quem adoecer nem as escolasoferecem segurança para os profissionais deeducação, crianças, adolescentes e adultos queas frequentam.

Para manter a limpeza, higienização e sa-nitização das escolas, aquisição de equipa-mentos de proteção individual, além dos re-cursos humanos necessários, por exemplo, de-mandarão meses. Sem contar questões relati-vas à organização dos ambientes, organizaçãodos períodos, fluxos de entrada, permanên-cia e saída de alunos, servidores e populaçãono ambiente escolar; transporte, alimentação,atendimento à demanda, reorganização cur-ricular, que também demandarão tempo e re-cursos que a SME não explicitou como, se equando ocorrerão.

Além das condições necessárias às esco-las e aos seus profissionais, o sistema de saú-de precisa de ações dos governos. O SUS foipraticamente abandonado nos últimos anos.Os investimentos em saúde pública foram re-duzidos e as empresas de planos de saúdeatuaram pela privatização do atendimento àsaúde.

A rotatividade de ministro da Saúde, emhora tão grave como esta, revela descaso como setor e negligência com os direitos da popu-lação e com a vida de cada brasileiro(a).

Portanto, o SINPEEM defende e luta paraque as escolas permaneçam fechadas enquan-to não houver segurança sanitária absoluta

Não ao retorno sem condições queprotejam a saúde dos alunos e dos

profissionais de educação

para professores, gestores, Quadro de Apoio,alunos e suas famílias.

Entendemos que as condições para a ga-rantia da saúde e da vida dos membros dascomunidades escolares, apontadas pela Comis-são criada na Secretaria Municipal de Educa-ção, com a participação dos coordenadores dasáreas pedagógicas, de recursos humanos, dealimentação e de planejamento, além de espe-cialistas da Associação Paulista para o Desen-volvimento da Medicina e da Unifesp, não se-rão alcançadas durante este ano.

A SME precisa dizer como e quanto temposerá necessário para tudo estar encaminhado eresolvido e de forma alguma precipitar o retor-no, que coloca a saúde e a vida de milhares decrianças e profissionais de educação em risco.

Imaginem retornar as atividades presen-ciais com falta de funcionários, afastamento demilhares por idade ou por pertencerem ao gru-pos de risco; sem condições de imposição deafastamento físico, com bebês e crianças, salaslotadas e sem espaços para o desenvolvimen-to do processo de ensino/aprendizagem. Ain-da com contratos de terceiros reduzidos ou en-cerrados e transporte escolar sem reestrutura-ção, entre outras questões apontadas até mes-mo no documento da SME.

Não é um debate ou decisão entre quemquer e quem não quer o retorno das ativida-des presenciais nas escolas. Mas, a de não pre-cipitar o retorno sem condições totais para adefesa da saúde e da vida.

O SINPEEM defende a educação escolarbásica presencial. O modo remoto foi um meiopara atender a esta situação de emergência edeve ser excepcional e complementar.

Para o SINPEEM, com curva em ascensão,retomada não e exige todas as condições paraassegurar a saúde e vida dos alunos, dos pro-fissionais de educação e familiares de ambos.

SINPEEM defende areorganização dos ambientes

da escola com espaçossaudáveis e acolhedores

Defendemos que o retorno das au-las presenciais não ocorra este ano. Po-rém, quando a retomada ocorrer, deveser gradual, com precauções com a saú-de, incluindo as seguintes medidas: tes-tagem sorológica, controle de temperatu-ra, uso de máscaras, lavagem de mãos einstalação de torneiras, grupos menoresde alunos, mão única em corredores, re-vezamento, espaçamento de carteiras eaulas ao ar livre, horários diferentes de en-trada e saída, arejamento das salas de aula,afastamento dos professores do grupo derisco. Igualmente importante é repensare reorganizar as reuniões diárias/HA,PEA, aulas informática e de leitura.

É fundamental que trabalhemos o im-pacto emocional nos alunos e profissionaisde educação (perdas, adoecimento, luto,desemprego etc.) com acolhimento e es-cuta, professores e alunos precisarão serauxiliados pelo Naapa e por profissionaishabilitados. A própria Unicef recomenda:“atenção ao impacto da falta de interaçãoentre as crianças, durante o período deisolamento, às consequências da falta deacesso ao ensino remoto, às crianças maisexpostas aos riscos de violência e de assé-dio, aos pontos de transição: (do CEI paraEmei e Emei para Emef) início do ensinofundamental I, transição para o funda-mental II e para o ensino médio, fim doensino médio/preparo para o vestibular ouEnem, ao impacto na alimentação e nosserviços psicológicos eventualmente pres-tados pela escola, que foram interrompi-dos durante a quarentena”.

Os protocolos para retorno às aulasprecisam garantir que não haja aglomera-ções, tanto nas salas de aulas como nos ou-tros espaços das unidades escolares, alémdos cuidados com a preparação da escolapara receber a todos com higienização in-tensiva e organização.

Para isso acontecer, precisaremos queseja viabilizado aumento considerável nasequipes de limpeza e alimentação; ampli-ação dos módulo docente, de ATEs e co-ordenadores, com a convocação dos apro-vados nos concursos. Também será neces-sária a convocação de diretores, supervi-sores e professores de educação infantil,cujos concursos conseguimos aprovar aprorrogação, como medida emergencial,garantindo assim recursos humanos ne-cessários para o processo de ensino/apren-dizagem, inclusive a imprescindível segu-rança sanitária da comunidade escolar.

Essas medidas deverão ser acompa-nhadas de total vigilância para um possí-vel regresso imediato à quarentena se hou-ver recrudescimento da contaminação.

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JORNAL DO SINPEEM agosto de 2020 7

Propostas do SINPEEM para a reorganização do ensino,considerando a excepcionalidade deste ano:

Trabalho remoto cumpre os 200 dias e800 horas. Nada de torar férias e recesso

A Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional (Lei Federal nº 9.394/96), em seu arti-go 24, inciso I, determina que “a carga horáriamínima anual será de 800 horas distribuídasem 200 dias letivos”.

Com a pandemia da Covid-19, o Conse-lho Nacional de Educação (CNE) anunciou quenão serão cobrados os 200 dias letivos, sendopermitido o cômputo de horas no ensino a dis-tância, como também prevê a LDB, em seu ar-tigo 32, “como complementação ou em situa-ções emergenciais”.

Quando a SME disponibilizou as normaspara reorganização do calendário escolar, em19 de março de 2020, devido ao surto do coro-navírus, seguindo ao que dispõe a LDB, con-siderou que “o calendário escolar deverá seadequar às peculiaridades locais, inclusive cli-máticas e econômicas, a critério do respecti-vo sistema de ensino”, bem como o parágrafo4º do artigo 32 da mesma lei, que afirma que“o ensino fundamental, será presencial, sen-do o ensino a distância utilizado como com-plementação da aprendizagem ou em situa-ções emergenciais”.

Os professores estão seguindo orientações

de SME, com aulas em ambiente virtual e tam-bém utilizando o material impresso intitulado“Trilhas”. No entanto, a realidade de intensaexclusão social no Brasil não garante que osalunos e suas famílias tenham acesso à inter-net ou smartphones, há localidades onde osCorreios não fazem entregas, aumentando ain-da mais a desigualdade social em que vivemos.

Mesmo que tivéssemos condições de ple-no acesso às plataformas disponibilizadas, oEaD no ensino básico sempre estará fadado aofracasso. Educação é presencial, na escola pú-blica estatal, laica e gratuita, princípio defen-dido pelo SINPEEM em toda nossa história.

Sendo assim, o novo calendário escolar irádepender de infraestrutura para o denomina-do “novo normal”, com a adoção de medidasgovernamentais necessárias para o alcancedas metas previstas no PNE, posto que o dis-tanciamento social está na pauta do dia.

Entendemos que a “legalidade” do ano le-tivo é muito maior que a questão das 800 ho-ras: nossas crianças e jovens estão privados,pela situação pandêmica, da aprendizagemnecessária para romper com a injustiça socialhistórica no país.

Como recuperar esse tempo precioso? Re-pensar uma recuperação efetiva é indeclinável,mas como faremos frente às dificuldades deoperacionalizarmos os locais e as equipes naescola pós-quarentena?

A comunidade escolar e suas representa-ções sindicais são os principais interlocutoresnesse diálogo indispensável com o poder Exe-cutivo.

Para o SINPEEM, o trabalho remoto deveser considerado para o atendimento das exi-gências quanto aos dias letivos e a carga horá-ria, sem retenção e necessidade de complemen-tação em 2021.

Ao contrário do que foi dito pelo secretá-rio quanto ao trabalho em dezembro e janeiro,o SINPEEM defende o recesso, que em dezem-bro sempre ocorre a partir do dia 21 ou 22 dedezembro, e as férias coletivas em janeiro.

Os profissionais de educação estão em efe-tivo exercício durante todo este ano escolar.Realizam trabalho remoto, decidido pelo po-der público para atender às circunstâncias pro-vocadas pela crise sanitária decorrente da epi-demia da Covid-19. Portanto, recesso e fériascoletivas são direitos e devem ser aplicados.

- realiação de debate na rede municipal sobre a necessidade deflexibilizar o currículo dos ciclos de alfabetização, intermediário eautoral, reorganizando as metas e objetivos para garantir osdireitos de aprendizagens e focar na terminalidade do 9º ano doensino fundamental e do 3º ano do ensino médio;

- intensificar ações de recuperação paralela e apoio pedagógico;

- ampliação dos módulos docente, de gestores e do Quadrode Apoio;

- mais formação para enfrentarmos esses novos desafios;

- Jeif para todos como jornada do cargo, possibilitando a formaçãode professores em CJ para implementação de projetos de leitura ede ciências, uso consciente das novas tecnologias, imersão emcultura, filosofia e ética;

- turmas menores, com no máximo 15 alunos, para que odistanciamento sugerido no protocolo do governo estadual sejaimplementado em espaços arejados e bem estruturados, semprescindirmos do afeto libertador, do debate criador e do diálogotransformador, que são indeclináveis no processo deensino/aprendizagem;

- criação de comissão intersetorial – educação e saúde;

- renda mínima mensal básica: salário mínimo por famílias comcrianças matriculadas na rede municipal;

- diálogo entre a comunidade escolar e os sindicatos para discutir eorganizar o retorno às aulas: como e quando se dará esse processo;

- retorno em 2021, assegurado as condições e comprovada asegurança sanitária necessária;

- em 2020, sem reprovação no ciclo de alfabetização, intermediárioe autoral. Considerar o percurso de aprendizagens nos nove anos;

- avaliação diagnóstica para reorganizar o currículo, PPPs, PEAs,recuperação paralela e apoio pedagógico, com vistas a ter garantidaà aprendizagem esperada para todo o ensino fundamental;

- disponibilizar linha de crédito especial para oa profissionais daeducação adquirirem notebooks necessários ao trabalho remoto,como também pacotes de dados celulares, internet e wi-fisubsidiados;

- disponibilizar equipamento e rede pública de wi-fi nascomunidades do entorno das escolas para uso dos alunos,pais e responsáveis.

Considerando a necessidade de reorganização da rede municipalde ensino para garantir os direitos dos estudantes e dos profissionais deeducação, bem como garantir condições seguras, quando for possívelretomar as atividades presenciais, propomos, ainda, a readequação dalegislação municipal, portarias e instruções normativas de referência.

[email protected]

3329-4500

Informações sobre atualização cadastral,

filiação, desfiliação, cursos, certificados,

declarações e outros.

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JORNAL DO SINPEEMagosto de 20208

Aulas remotas acentuam as desigualdades sociais

SINPEEM defende a organização do ensino em ciclosO SINPEEM defende a reorganização dos

atuais ciclos de alfabetização, intermediário eautoral, com a redução da quantidade de alu-nos por sala/turma/agrupamento. Atualmen-te, há reprovação no 3º ano, nos 6º, 7º, 8º e 9ºanos. Manter essa reprovação nesse momentopandêmico é ampliar assimetrias, aprofundarevasão e negar a LDB, que garante acesso epermanência, desconsiderando aspectos éticoscomo a equidade.

A reorganização dos tempos para apren-der na rede municipal de ensino, constituiriade três ciclos sem reprovação.

A avaliação deve reproduzir as diretrizesaprovadas, por semelhança, pelo CME, refe-rente à EJA (Parecer nº 05/2020, de 09/06/2020).Também considerar as recomendações do CNE(Parecer CNE/CP nº 05/2020, de 28/04/2020),especificadamente o item 2.16, versando sobre“avaliações e exames no contexto da situaçãode pandemia”.

Consideramos que a organização do ensi-no em ciclos é funcionalmente necessária epode ter excelentes resultados, desde que:

- seja efetivado um trabalho político-peda-gógico e administrativo sistemático que favo-reça a real implantação do ciclo;

- seja estabelecida como princípio a quali-dade social da educação, priorizando as rela-ções humanizadas, sustentáveis e solidárias;

- seja realizada a reorganização curricular,tendo em vista a organização em ciclos e asdiferentes etapas de desenvolvimento da ca-pacidade de aprendizagem dos alunos;

- os laboratórios de informática sejammantidos e equipados adequadamente comnúmero de computadores e Poies em propor-ção ao número de alunos, salas e turnos dasunidades escolares;

- sejam efetivadas ações planejadas de for-mação continuada, a ser realizada pela Coped/DRE para os profissionais de educação envol-vidos com o ensino fundamental, visando àcompreensão de como atuar nos ciclos;

- sejam realizadas reuniões/seminários,considerando-os como dias letivos, para reali-zar a avaliação dos projetos pedagógicos dasunidades e dos resultados alcançados com anova reorganização curricular;

- sejam garantidos meios, espaço, materi-al e profissionais de educação para o acompa-nhamento individualizado dos alunos, princi-palmente daqueles com dificuldade de apren-dizagem, e que as classes dos 1º, 2º e 3º anos dociclo I sejam adaptadas, aparelhadas com mo-bília e material pedagógico especiais de alfa-betização para esses alunos;

- seja realizada avaliação contínua e di-agnóstica, acompanhada das condições neces-sárias para executar atividades que permitamaos alunos superar dificuldades, sem promo-ção automática e com direito à recuperaçãoparalela;

- a estruturação dos ciclos considere comoponto de referência o desenvolvimento do alu-no e não a organização dos conteúdos;

- seja considerado o princípio de pro-gressão do aluno em contraposição às ideiasde promoção automática ou de promoção/re-tenção;

- seja garantido o acesso ao conhecimentopor meio da formação de equipe multidiscipli-nares que trabalhem aspectos que interferemno processo de ensino/aprendizagem;

- seja feito planejamento ajustado à orga-nização do ensino em ciclos e não por ano, deacordo com as necessidades de aprendizagemdos alunos;

- haja módulo de professores por unidadeescolar redefinido para assegurar a execuçãodos trabalhos de apoio e reforço de aprendiza-gem;

- seja feito registro permanente do proces-so educativo e de ensino/aprendizagem e ava-liação coletiva e global no final de cada ciclo;

- seja feita avaliação coletiva, que abranjatodos os envolvidos no processo educacionale todos os aspectos que interferem no aprovei-tamento dos alunos e que os resultados defi-nam ações e graus de responsabilidade dosenvolvidos no processo ensino aprendizagem;

- sejam considerados na avaliação do alu-no todos os aspectos do seu desenvolvimento:conhecimento, socialização, formação de valo-res e habilidades cognitivas;

- seja garantido um módulo diferenciadopara as escolas especiais, não em função donúmero de salas, mas em razão da diversida-de do atendimento prestado nas unidades es-colares: surdos-cegos, surdos deficientes múl-tiplos, surdos cadeirantes, entre outros, objeti-vando o atendimento às suas necessidades emelhor desenvolvimento do aluno;

- as avaliações não sirvam como instru-mentos para identificar fracassos, mas usadaspara identificar as necessidades da escola, parasuperar as desigualdades nas condições deaprendizagem dos alunos;

- seja assegurada a realização de recupe-ração paralela dos educandos com defasagemde aprendizagem, desenvolvida por professo-res remunerados para tal fim e integrada aoprojeto pedagógico da escola;

- o ensino possibilite o conhecimento crí-tico de múltiplas abordagens teóricas;

- o ensino possibilite às crianças, adoles-centes, jovens e adultos desenvolver e expan-dir o interesse pela cultura;

- o ensino respeite a individualidade doaluno, o estimulando a colocá-la a serviço dasociedade e a desenvolver, conscientemente, adisciplina individual e a disciplina coletiva, nosentido da responsabilidade pessoal e social,visando ao exercício pleno da cidadania;

- o Sistema de Gestão Pedagógica ofereçatodas as condições técnicas e materiais para asoperações de apontamento, consolidação, com-patibilização e compartilhamento e que nãoseja utilizado comprometendo o tempo desti-nado à regência nem o tempo fora da jornadado professor e gestor.

A organização do ensino em ciclos deveser planejada, considerando, ainda:

- que todos tenham o direito ao conheci-mento;

- que a construção do conhecimento nãopode ser fragmentada;

- garantia da representatividade pluriétni-ca da sociedade no currículo escolar;

- a necessidade de atividades extraclasse,com duração e formas subordinadas às neces-sidades pedagógicas;

- que a autonomia da escola seja sustenta-da pela existência de relações democráticas en-tre as unidades escolares e os órgãos centrais;

- a realização de estudos com elevado teorcientífico para avaliar os problemas que difi-cultaram a real implantação dos ciclos.

A reorganização dos atuais ciclos (alfabe-tização, intermediário e autoral) com reprova-ção pressupõe, em período de pandemia, nãohaver retenção. Trata-se de uma proposta demudança da escola.

A proposta de organização em ciclos sebaseia numa concepção de educação com prá-tica social humanística, científica e libertado-ra. Uma concepção de currículo em processo,que necessita de todos os envolvidos no pro-cesso educativo; uma concepção de aprendi-zagem que respeita o desenvolvimento afeti-vo, social e cognitivo do(a) educando(a), o con-siderando como agente construtor do seu co-nhecimento.

A desigualdade social provocada pelamá distribuição da riqueza do país, especi-almente na cidade de São Paulo, impôs umapartheid digital, impossibilitando às famí-lias acessarem a plataforma indicada pelaSME que, embora gratuita, pressupõe umpacote de dados de internet com custo, reca-indo sobre as famílias arcar seu ônus.

É direito da criança ter acesso e permane-cer na escola gratuita e de qualidade. O nãoacesso digital, único possível neste momento,para receber orientações dos professores, fereo princípio da gratuidade na oferta da educa-ção. Cabe à SME empreender esforços que ga-rantam os direitos dos bebês e crianças.

Quanto aos profissionais, os CEIs e asEmeis não puderam contar com a valorosacontribuição dos Poeds neste momento iné-dito, afinal não há autorização da SME paraatuação nessas etapas. Contar com profes-sores orientadores de informática educativana educação infantil seria importante para adiminuição das dificuldades e no atendimen-to aos estudantes.

Em função da grande desigualdade e dacrise econômica enfrentadas pelo país, alémda impossibilidade de muitas famílias cus-tearem a internet, compreendemos ser estauma forma de minimizar os impactos causa-dos pelos mesmos e a exclusão digital.

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JORNAL DO SINPEEM agosto de 2020 9

Alunos e profissionais de educaçãonão podem ser expostos aos riscos decontaminação, adoecimento e óbitos

Apesar de todas as indicações de adaptações apresenta-das, as orientações devem ser pautadas nas pesquisas cientí-ficas que definirão o melhor momento em retomar ativida-des presenciais. Decisões precipitadas podem resultar em umagrande onda de contágio. Não é possível ofertar às crianças,profissionais e familiares um ambiente de insegurança, adoe-cimento e contaminação.

O exercício pleno da cidadania é imperativo como formade confrontarmos as crises sanitária, econômica e política quevivemos. Por isso, o SINPEEM reitera que estamos em todosessas frentes e externamos nosso pesar por enfrentarmos umadoença que tem ceifado vidas em todos os setores da socieda-de mas que é mais cruel com a classe trabalhadora, que per-deu seu sustento e tem menos possibilidades de enfrentar oisolamento social, pois muitos vivem em condições de mora-dia precária. Temos população de rua crescente e hospitaispúblicos sucateados, que já não atendiam a periferia de ma-neira digna e agora escancaram o descaso de sucessivas ad-ministrações inoperantes na saúde pública, o que causou au-mento exponencial no que diz respeito à letalidade da Covid-19 entre nós.

Mais Educação, SPI, TEX e JEX de projetos, só serão re-solvidos com a implementação da jornada do cargo docenteampliada, e a diminuição de alunos por sala. Só assim pode-remos recuperar a aprendizagem perdida neste período deafastamento social forçado pela pandemia.

O SINPEEM segue na luta cobrando dos governos, emtodas suas esferas, posicionamento quanto à questão da pau-perização, combate à violência institucionalizada contra as po-pulações periféricas, a fundamental retomada de investimen-tos no SUS, renda mínima, empregabilidade e, posteriormen-te, retorno às aulas presenciais no momento oportuno, paraque aconteça sem riscos, pois não abrimos mão de protegeras vidas envolvidas nesse processo.

Adicional noturno: Prefeitura recorre deliminar concedida ao SINPEEM quegarantia o pagamento do benefício

Em maio, o SINPEEM ingressou na Justiça com mandado de segurançapara que a Prefeitura efetue o pagamento de adicional noturno aos servido-res durante o período de pandemia, cm efeito retroativo e teve o pedido ne-gado em primeira instância.

O SINPEEM recorreu da decisão em segunda instância e obteve liminardo Tribunal de Justiça, em 18 de maio, reconhecendo que o pagamento doadicional noturno não podia ser interrompido, porque os profissionais deeducação estão realizando trabalho não presencial. A decisão se baseou, in-clusive, em instrução normativa da própria SME.

Em cumprimento à determinação judicial, a Prefeitura emitiu nota, ga-rantindo o apontamento e pagamento provisório do adicional noturno a par-tir do mês de junho e recorreu da decisão. O TJ acolheu o recurso do governo,anulando o efeito liminar concedido anteriormente ao SINPEEM.

Agora, cabe o julgamento do mérito da ação pelo Tribunal de Justiça. Se adecisão for pela improcedência do direito reclamado pelo SINPEEM, haveráa interposição de recurso pelo Departamento Jurídico do sindicato.

Se for pela procedência do nosso direito, caberá recurso à Prefeitura. Seao final do processo tivermos sentença favorável, a Prefeitura deverá apontare pagar o adicional noturno, com efeito retroativo a 18 de março de 2020.

Se ao final do processo a sentença for pela improcedência do direito, va-lores recebidos pelos profissionais de educação a este título, a partir de 18 demarço de 2020, podem ser estornados pela Prefeitura.

Juiz justifica a revogação da liminar do SINPEEM

Em sua justificativa para acolher o recurso do governo, o juiz do TJ ale-gou que a Prefeitura, por meio da Instrução Normativa nº 17, deu ao profes-sor e ao gestor, que trabalham regularmente no noturno, a alternativa de,durante a pandemia, trabalhar neste período.

Argumento absurdo, embora tenhamos afirmado em nosso agravo que arazão da continuidade do trabalho noturno se deve à necessidade e obrigato-riedade de atender aos alunos que frequentam a escola no período noturno.

SINPEEM exige protocolos de segurança para a retomadadas atividades presenciais quando for possível

Conforme orientação da Saúde, algumas providências são indispen-sáveis para a segurança e prevenção ao contágio do coronavírus. Destaforma, propomos adaptações aos protocolos:

- retomada das aulas presenciais apenas quando houversegurança sanitária e diminuição da vulnerabilidade aocontágio, o que não será possível este ano;

- realização de teste para profissionais, estudantes e famíliasantes do retorno às atividades presenciais;

- disponibilização de álcool em gel em todos os espaços dasunidades, acessível para adultos e crianças;

- rigorosidade da oferta de água e sabão para higiene frequentedas mãos dos adultos e crianças;

- fornecimento de kit lanche (pães, queijos, iogurte, achocolatado,frutas etc), com o cardápio a ser definido pela equipenutricional da Prefeitura.

- considerando a diminuição da carga horária e anecessidade deredobrar cuidados, a alimentação também precisa de ajustes;

- para os bebês, alimentação embalada individualmente;

- disponibilização do cartão alimentação para todos os alunos darede municipal de ensino, a fim de garantir complementaçãoa merenda escolar;

- aferição da temperatura de bebês, crianças, profissionais efamílias ao acessar as unidades;

- entrada das crianças direto para as salas de referência, comorganização por turma a cada dez minutos, evitandoaglomerações. Acesso de apenas um responsável por criança naunidade escolar;

- saída dos alunos com autorização de acesso de apenas umresponsável por criança, com organização por turma a cadadez minutos;

- obrigatoriedade de utilização de máscaras e uso de álcool em gelno acesso à unidade;

- manutenção de portas e janelas abertas, a fim da melhorcirculação do ar;

- marcação no chão indicando o distanciamento necessário e seguro;

- atentar à utilização de linguagem ilustrativa para que as criançaspequenas compreendam;

- rigorosidade na limpeza de todos os espaços, mobiliários e materiaisacessados por bebês, crianças e profissionais. Para tal, urgênciana ampliação do módulo do quadro de profissionais de limpeza,considerando a metragem da UE e o número de usuários;

- rotina de limpeza desinfectante ao final do dia.

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JORNAL DO SINPEEMagosto de 202010

PEC que garante Fundeb permanente está no Senado

■ PUBLICAÇÕES NO DOC

Após muita pressão dos sindicatos e deoutras entidades representativas da educa-ção, bem como de movimentos estudantis esociais, a Câmara dos Deputados aprovou, emjulho, a Proposta de Emenda à Constituição(PEC) nº 26/2020, que torna permanente o Fun-do de Manutenção e Desenvolvimento da Edu-cação Básica e de Valorização dos Profissionaisda Educação (Fundeb) e amplia progressiva-mente a participação da União na composiçãodo Fundo, passando dos atuais 10% para 12%em 2021, até 23% em 2026.

A PEC seguiu para o Senado e a previsãoé de que a votação ocorra ainda no mês deagosto.

O SINPEEM participa da luta pela apro-vação da PEC, tendo em vista a importânciado Fundeb, principal meio de financiamentoda educação básica e pública no país, equiva-lente a 60% de toda a verba destinada a essafinalidade.

Criado em 2007, o Fundeb, que seria ex-tinto em dezembro deste ano, é uma das maisimportantes conquistas para o financiamentodo sistema educacional público do Brasil.

De acordo com do Laboratório de DadosEducacionais (LDE), tendo como base dadosda Secretaria do Tesouro Nacional, atualmen-te o Fundeb atende em torno de 8,4 milhões deestudantes.

Em 2019, os recursos do Fundeb passaram

de R$ 170 bilhões, contando os mais de R$ 14bilhões da complementação federal. Atual-mente, o Fundo é distribuído com base no nú-mero de alunos por Estado. Com isso, na prá-tica, nas regiões Norte e Nordeste, apenasnove Estados são beneficiados com os recur-sos do governo.

O que muda com o novo Fundeb

Entre as principais mudanças previstas naPEC nº 26/2020 estão:

✓ o Fundeb passa a ser permanente, tendoem vista que será integrado à Constituição;

✓ aumenta a contribuição do governo fe-deral ao Fundeb, gradativamente, a partir de12%, em 2021, para até 23%, em 2026. DE aco-do com a “Todos pela Educação, com a PEC,46% dos municípios que se encontram em es-tágio de subfinanciamento educacional críticopassarão a contar com mais recursos e o pata-mar mínimo de investimento por aluno no paíspassará de R$ 3,7 mil para R$ 4,6 mil em 2021,chegando a pelo menos R$ 5,7 mil, em 2026;

✓ a PEC introduz nova forma de cálculo,com a criação do Valor Aluno Ano Total (Vaat),que leva em conta o número de alunos das re-des municipais de ensino, possibilitando. Des-

ta forma, municípios pobres, localizados em Es-tados considerados ricos também serão bene-ficiados. Em 2019, 30% dos municípios que re-ceberam a complementação federal não entreaqueles que estavam aqueles que tiveram osmenores valores gastos por alunos;

✓ a proposta não mexe nos 10% que o go-verno federal contribui hoje, que continuarãoindo para os nove Estados beneficiados das re-giões Norte e Nordeste – Amazonas (AM), Pará(PA), Maranhão (MA), Piauí (PI), Paraíba (PB),Ceará (CE), Alagoas (AL), Pernambuco (PE) eBahia (BA). Quando a participação federal noFundo chegar a 23%, será distribuída na se-guinte conformidade: 10% para os Estados aci-ma descritos, 10,5% para as redes municipaisde ensino com o menor Vaat; e 2,5% para asredes que apresentarem melhores indicadores,tanto na qualidade de ensino como a reduçãodas desigualdades.

✓ o percentual dos recursos destinados aopagamento dos salários dos professores pas-sará dos atuais 60% para, no mínimo, 70%;

✓ a PEC proíbe a utilização do Fundeb parao pagamento de aposentadorias;

✓ o Fundeb passará por revisão a cada dezanos.

DECRETOS

nº 59.660 (DOC de 05/08/2020, páginas 03a 15) - dispõe sobre a organização e o funcio-namento da SME e altera a denominação e alotação dos cargos de provimento em comis-são que especifica.

nº 59.681 (DOC de 12/08/2020, página 01) -prorroga até 23 de agosto de 2020 o termo finalda suspensão do atendimento presencial aopúblico a que se refere o artigo 1º do Decretonº 59.298, de 23 de março de 2020.

DESPACHOS E OUTROS

Despacho de Homologação nº 20.186 (DOCde 09/07/2020, página 27) - curso “A criança e omovimento: práticas educativas na educaçãobásica”, promovido pelo SINPEEM.

Despacho de Homologação nº 20.155 (DOCde 09/07/2020, página 27) - curso “Multicultu-ralismo e movimentos migratórios: desafiospara a educação no mundo globalizado”, pro-movido pelo SINPEEM.

Ata da terceira reunião ordinária virtual(DOC de 16/07/2020, página 86) - Comitê Emer-gencial de Crise da Educação.

Despacho de Homologação nº 20.221 (DOCde 25/07/2020, página 27) - curso “Luzes e som-bras: as contribuições de Reggio Emilia”, pro-movido pelo SINPEEM.

Evolução funcional (DOC de 31/07/2020,páginas 22 a 33) - Quadro de Apoio.

Câmara de Conciliação (DOC de 05/08/2020, páginas 30 e 31) - precatórios.

Despacho do secretário (DOC de 12/08/2020, página 38) – autoriza a contratação de 101professores de educação infantil nas unidadesdas DREs Campo Limpo e Capela do Socorro.

Despacho do secretário (DOC de 14/08/2020, página 83) - homoloção dos concursospara ATE e coordenador pedagógico.

INSTRUÇÃO NORMATIVA

nº 24 (DOC de 05/08/2020, páginas 23 e 24)- diretrizes gerais para a realização de cadas-tramento, compatibilização, matrícula e trans-ferência na educação infantil.

PROJETO DE LEI

nº 452/2020, (DOC de 22/07/2020, páginas58 e 59) - estabelece medidas para o retorno àsaulas presenciais no Município de São Paulo.

LEI

nº 17.437 - PROJETO DE LEI Nº 452/20, DOEXECUTIVO (DOC de 13/08/2020, página 01)- estabelece medidas para a organização dasunidades educacionais no Município de SãoPaulo; prorroga os mandatos do ConselhoMunicipal de Assistência Social e do Conselhode Habitação.

PARECER

nº 689/2020 (DOC de 11/08/2020, páginas61 e 62) – projeto de lei que dispõe sobre me-didas para o retorno às aulas presenciais noMunicípio de São Paulo.

PORTARIAS

nº 38/SG/2020 (DOC de 04/07/2020, pági-nas 52 e 53) - altera a Portaria nº 29/SG/2020,que dispõe sobre o afastamento dos servido-res municipais candidatos a mandato eletivonas eleições municipais de 2020.

nº 40/SG/2020 (DOC de 11/07/2020, página03) – prorrogação do prazo de vigência das pro-vidências transitórias no âmbito da Cogess, ob-jetivando a prevenção ou mitigação dos riscosde infecção pelo coronavírus.

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JORNAL DO SINPEEM agosto de 2020 11FIQUE POR DENTRO

PRÓXIMOS CURSOS EaD E SEMINÁRIOPROMOVIDOS PELO SINPEEM

SETEMBROMúsica e a dança: experiências deconhecimento na educação básica

Realização: 03/09 a 24/09

Inscrições: 25/08, a partir das 10h, na área do associado

Totalmente on-line (dispensada aula presencial)

OUTUBROTrilhas: educar para a sustentabilidade

Realização: 03/10 a 25/10

Inscrições: 29/09, a partir das 10h, na área do associado

NOVEMBROTurma indisciplinada, e agora? Uma análise sobre

indisciplina e o processo de aprendizagemRealização: 14/11 a 06/12

Inscrições: 10/11, a partir das 10h, na área do associado

SEMINÁRIO – OITO HORASQuadro de Apoio: o ser educador em tempo integral

Realização: 19/09 (sábado) - Horário: 8h45 às 18h

Inscrições: 15/09, a partir das 10h, na área do associado

IMPORTANTE

O público-alvo dos cursos EaD e do seminário, bem como as demaisinformações, serão disponibilizadas no site www.sinpeem.com.br

Cadastramento e matrícula na educaçãoinfantil: veja as instruções e procedimentos

A Instrução Normativa nº 24, publicada no DOC de 05/08/2020, esta-belece diretrizes gerais para o cadastramento, compatibilização, matrícu-la e transferência na educação infantil da rede municipal de ensino.

O cadastramento das solicitações de vagas na educação infantil ocor-rerá na seguinte conformidade:

I - presencialmente, nos CEIs, Cemeis, Emeis, Emebss e nas unida-des de educação infantil da rede indireta e parceira;

II - on-line, com o preenchimento de formulário virtual de pré-ca-dastro, disponível no portal da Secretaria Municipal de Educação.

O cadastramento nas unidades educacionais de educação infantilse dará mediante o preenchimento da “Ficha de Cadastro de EducaçãoInfantil” e a imediata transferência dos dados para o Sistema Informati-zado (EOL), com a impressão e entrega, ao responsável legal, do proto-colo que conterá o número oficial de inserção no Cadastro para Educa-ção Infantil.

A íntegra da Instrução Normativa nº 24/2020 está disponível paraconsulta e impressão no site www.sinpeem.com.br

Saiba mais sobre a oganizaçãoe o funcionamento da SME

Conhecer a organização e funcionamento da Secretaria Municipalde Educação é imprescindível para todos os profissionais de educação.

Segundo o Decreto nº 59.660, publicado no DOC de 05/08/2020, sãofinalidades da SME:

I - formular, coordenar, implementar e avaliar políticas e estraté-gias educacionais para o sistema municipal de ensino;

II - estabelecer diretrizes e normas para a rede municipal de ensino;

III - propor ao Conselho Municipal de Educação (CME) diretrizes enormas para o sistema municipal de ensino;

IV - articular ações com o CME, com o Conselho de AlimentaçãoEscolar (CAE), com o Conselho Municipal de Acompanhamento e Con-trole Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da EducaçãoBásica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Cacs/Fundeb),com o Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola (Crece),com entidades representativas dos profissionais da educação e com osdemais órgãos e entidades do Município, do Estado e da União queatuam na área educacional ou que possam com ela contribuir;

V - implementar o Plano Municipal de Educação (PME);

VI - definir indicadores para acompanhar e avaliar o desempenhodas Unidades Educacionais e de gestão do sistema municipal de ensino;

VII - promover a formação continuada e o desenvolvimento dosprofissionais de educação da rede municipal de ensino;

VIII - promover o uso de tecnologia da informação e comunicaçãopara elevar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem e degestão do sistema municipal de ensino;

IX - zelar pela articulação permanente entre suas unidades de ges-tão, os órgãos vinculados e as unidades educacionais do sistema muni-cipal de ensino;

X - articular ações com órgãos e instituições nacionais e internacio-nais para auxiliar a atuação institucional da Secretaria.

Extenso e complexo, o Decreto nº 59.660, revela a necessidade dereadequação na organização da SME, com uma reforma administrativaque dialogue com o quadro de funcionários.

No entanto, apesar de apontarmos a necessidade de reforma admi-nistrativa e criação de um quadro de pessoal administrativo com for-mação de níveis médio e superior para atuar tanto nas escolas como nosórgãos intermediários e centrais da SME, não podemos deixar de co-nhecer profundamente a sua organização. Com conhecimento do fun-cionamento da Secretaria a qual estamos vinculados, as unidades esco-lares e os profissionais de educação podem encaminhar melhor os pro-cedimentos e processos.

O Decreto nº 59.660/2020 está disponível para consulta e impressãono site do SINPEEM (www.sinpeem.com.br).

Prêmio Heitor Villa-Lobos: inscriçõesabertas até 04 de setembro

Continuam abertas as inscrições para o Prêmio Heitor Villa-Lobos2020, realizado pela Câmara Municipal de São Paulo.

O prêmio, que homenageia o maestro e compositor brasileiro, Hei-tor Villa-Lobos, é destinado às unidades escolares municipais e aos res-pectivos professores que apresentaram projetos ou trabalhos inovado-res e promissores na área da educação musical.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente no [email protected] até o dia 04 de setembro.

Quem pode participar: podem concorrer do Prêmio Heitor Villa-Lobos os projetos que, na data da inscrição, estejam ainda em andamen-to, que se encerraram em 2019 ou se encerram em 2020. Portanto, mes-mo com as aulas suspensas por conta da pandemia, a inscrição de proje-tos no prêmio é possível.

Segundo a organização do prêmio, os projetos ou trabalhos preci-sam ser inovadores e promissores na área da educação musical e pro-mover inovação emancipatória, desenvolvendo autonomia dos envol-vidos em processos de desenvolvimento criativo musical e elementosde inovação como o uso de tecnologias, metodologias ativas, aulas in-vertidas, dinâmicas, aperfeiçoamento da escuta musical, desenvolvimen-to da autoconsciência e do espírito crítico-musical. É importante que osprojetos demonstrem uma educação musical personalizada, adaptativae contextualizada.

Os projetos serão avaliados pela Comissão Julgadora composta porrepresentantes do SINPEEM, da Secretaria Municipal de Educação(SME), da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), da Comissão Perma-nente de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de SãoPaulo, do Fórum Municipal de Educação, da Ordem dos Músicos doBrasil (OMB) – Regional São Paulo e da Associação Brasileira de Educa-ção Musical (Abem) – Regional São Paulo.

O regulamento e o formulário de inscrição estão disponíveis nosite www.sinpeem.com.br

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Ausente

Não procurado

Outros

Reintegrado ao Serviço Postal em _____ /_____ /_____

___________________________________responsável

Ação dos 62%: conquista judicial do SINPEEMreferente ao reajuste de outubro de 1994

NÃO CAIA EM GOLPESO SINPEEM NÃO SOLICITA INFORMAÇÕES DE DADOS BANCÁRIOS POR

TELEFONE NEM SOLICITA DEPÓSITO DE QUALQUER QUANTIA PARA LIBERAÇÃO

DE CRÉDITO JUDICIAL OU PARA COBRIR DESPESAS DE PROCESSOS.

NÃO FAÇA NENHUM DEPÓSITO.DENUNCIE O GOLPISTA À POLÍCIA.

O SINPEEM ingressou com mandado desegurança coletivo contra a Prefeitura de SãoPaulo visando o pagamento do aumento dosvecimentos de seus associados relativo a outu-bro de 1994, quando o governo municipal ex-cluiu do cálculo que fixou o reajuste aplicadoaos servidores valores que deveriam integraras receitas correntes da Prefeitura, resultandoem aumento inferior ao que era legalmente de-vido naquele mês.

A ação ajuizada pelo SINPEEM foi julgadaprocedente. A decisão demorou, mas persisti-mos e o SINPEEM obteve mais uma importan-te vitória jurídica.

Trata-se de decisão definitiva, não caben-do mais recurso por parte da Prefeitura.

ENTENDA AS FASES ATÉA LIBERAÇÃO PELA JUSTIÇA

PARA PAGAMENTO

PRIMEIRA – PROCESSO DE CONHECI-MENTO

O SINPEEM obteve mandado de seguran-ça coletivo impetrado contra os secretáriosmunicipais das Finanças e de Administração,visando ao aumento dos vencimentos e pro-ventos de seus associados, referente ao aumen-to de outubro de 1994. A ação tramitou na 9ªVara da Fazenda Pública e transitou em julga-do. Esta fase já está superada.

SEGUNDA FASE – CUMPRIMENTODA SENTENÇA

Primeira etapa – obrigação de fazer

1 - Com o início do cumprimento da sen-tença para identificar os autores e os valoresdevidos, o juiz determinou à municipalidadeque apresentasse um cronograma com dadosconcretos acerca dos prazos necessários parao cumprimento do julgado, declinando a for-

ma como pretende vencer cada etapa admi-nistrativa de verificação dos dados, a quanti-dade de funcionários que serão deslocadospara a verificação e uma estimativa razoávelde duração.

2 - Foi realizada audiência entre o SINPE-EM e a Prefeitura para estabelecer a forma e ocronograma do cumprimento da ação. A Pre-feitura se comprometeu em enviar, em CDs,lotes semanais com 400 associados, estiman-do-se em um ano e três meses o prazo para ocumprimento total da obrigação. Essa etapaestá em andamento.

Segunda etapa – obrigação de pagar aquantia certa

1 - De posse dos lotes dos associados, oSINPEEM elabora a conta de liquidação, queconsiste nos cálculos da atualização monetáriade cada autor, com os acréscimos dos juros demora.

2 - Após a elaboração da conta de liquida-ção, a Prefeitura será intimada pelo juiz para,se desejar, impugnar a execução no prazo de30 dias úteis e nos próprios autos.

3 - Se houver impugnação, o SINPEEM semanifestará. Hipótese em que a decisão cabe-

rá ao juiz, podendo ser interpostos recursos àsinstâncias superiores.

4 - Caso não haja impugnação ou, se hou-ver, seja rejeitada, haverá a expedição de ofí-cio requisitório de pequeno valor ou preca-tório.

5 - Os ofícios requisitórios de pequeno va-lor têm como limite a quantia de até R$22.756,09 que deverão ser pagos no prazo má-ximo de dois meses, de acordo com o Códigode Processo Civil. Já os precatórios expedidosaté 1º de julho do ano em curso deverão serpagos até 31 de dezembro do exercício seguin-te, de acordo com a Constituição Federal. Ob-servando-se que esse último prazo vem sendodescumprido.

6 - Realizado o depósito judicial, é expedi-do mandando de levantamento a favor do be-neficiário.

Portanto, ao contrário de notícias publica-das em redes sociais, ainda não foi efetuadaqualquer liberação de valor e depósito a serpago a qualquer associado que consta no pro-cesso. Quando houver a autorização do juizpara o levantamento dos créditos a serem pa-gos, o SINPEEM FARÁ A DEVIDA COMUNI-CAÇÃO.