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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC GABRIELA DE FÁTIMA CÂNDIDO MARINHO ISADORA TENÓRIO CAVALCANTE SISTEMA CONSTRUTIVO EM DRYWALL: uma alternativa na construção civil MACEIÓ - ALAGOAS 2017/1

SISTEMA CONSTRUTIVO EM DRYWALL: uma alternativa na

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

GABRIELA DE FÁTIMA CÂNDIDO MARINHO ISADORA TENÓRIO CAVALCANTE

SISTEMA CONSTRUTIVO EM DRYWALL: uma alternativa na construção civil

MACEIÓ - ALAGOAS 2017/1

GABRIELA DE FÁTIMA CÂNDIDO MARINHO ISADORA TENÓRIO CAVALCANTE

SISTEMA CONSTRUTIVO EM DRYWALL: uma alternativa na construção civil

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do professor Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo.

MACEIÓ - ALAGOAS

2017/1

BIBLIOTECA CENTRAL CESMAC

M337s Marinho, Gabriela de Fátima Cândido

Sistema Construtivo em Drywall: uma alternativa na

construção civil/ Gabriela de Fátima Cândido Marinho,

Isadora Tenório.-- Maceió, 2017. 59f.: il.

TCC(Graduação em Engenharia Civil)- Centro Universitário

CESMAC, Maceió, AL, 2017.

Orientador: Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo.

1. Paredes de drywall. 2. Alvenaria. 3. Construção. 4.

Tecnologia. 5. Alternativa. I. Cavalcante, Isadora Tenório. II.

Araújo, Antônio Everaldo Vitoriano de. III. Título.

CDU:693

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus por todas as bênçãos, por sempre estar

guiando nossos caminhos nessa longa jornada que está apenas começando e ajudando a enfrentar todas as dificuldades que por ventura aparecem pelo caminho. Expressamos nosso apreço pelo professor e orientador Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo por todo processo de aprendizagem transmitido para concluirmos essa monografia com êxito.

Agradecemos nossos familiares por todo suporte e dedicação nessa trajetória. Agradecemos ao Francisco Dalton Barbosa Dias, noivo da Isadora Tenório, por toda ajuda e apoio nessa longa caminhada e finalmente agradecemos aos nossos colegas de sala pela convivência e aprendizado adquirido nesta jornada.

SISTEMA CONSTRUTIVO EM DRYWALL DRYWALL CONSTRUCTION SYSTEM

Gabriela de Fátima Cândido Marinho Graduanda em Engenharia Civil [email protected] Isadora Tenório Cavalcante Graduanda em Engenharia Civil [email protected] Orientador: Antônio Everaldo Vitoriano de Araújo Especialista em formação para docência do ensino superior [email protected]

RESUMO Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica abordando a utilização, composição, vantagens, desvantagens e sustentabilidade do gesso acartonado, também conhecido como drywall, na construção civil. Composto basicamente por chapas de gesso, perfis estruturais de aço galvanizado, massas, fitas para tratamento de juntas e parafusos, o gesso acartonado mostra-se mais versátil, vantajoso e com resultado final melhor do que obras de alvenaria comum de tijolo cerâmico, pois não há geração de entulho nem utilização de argamassa em seu processo construtivo. Além disso, devido às facilidades de montagem e execução há uma diminuição na mão de obra necessária para a conclusão de uma obra. No geral, a construção utilizando gesso acartonado apresenta menor custo e maior qualidade. Contudo, apesar das vantagens, ainda há pouca aceitação dessa tecnologia pelo o mercado consumidor por conta da falta de conhecimento sobre esse método, fazendo com que optem por métodos mais conservadores já enraizados na sociedade, ignorando assim uma alternativa na construção civil.

PALAVRAS-CHAVE: Drywall. Alvenaria. Forro. Construção. ABSTRACT This study is a bibliographical review addressing the use, composition, advantages, disadvantages and sustainability of drywall in civil construction. Composed primarily of gypsum plates, galvanized steel in structural shapes, bulk, tapes for treatment of joints and screws, the gypsum plaster is more versatile, advantageous, and with a better final result than ordinary masonry of ceramic brick, since there is no generation of debris or use of mortar in its construction process. In addition, due to the ease of assembly and execution, there is a decrease in the labor required for the completion of a work. In general, the construction using plasterboard presents lower cost and higher quality. However, despite the advantages, there is still little acceptance of this technology by the consumer market, due to the lack of knowledge about this method, making them choose more conservative methods already rooted in society, thus ignoring an alternative in civil construction. KEYWORDS: Drywall. Masonry. Lining. Construction.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7

2 METODOLOGIA ..................................................................................................... 9

2.1 Objetivos específicos......................................................................................... 9

2.2 Objetivo geral ..................................................................................................... 9

3 ANALISE DOS COMPONENTES E DAS FORMAS DE APLICAÇÃO DO

DRYWALL ................................................................................................................ 10

3.1 Componentes do sistema drywall .................................................................. 10

3.1.1 Chapas de gesso no sistema drywall .............................................................. 10

3.1.2 Tipos de chapas no sistema drywall ................................................................ 11

3.1.3 Tipos de perfis metálicos em aço galvanizado ................................................ 12

3.1.4 Tipos de parafusos adequados para utilização no sistema drywall ................. 13

3.1.5 Tipos de massa para juntas e massa para colagem ....................................... 14

3.1.6 Tipos de fitas no sistema drywall ..................................................................... 14

3.1.7 Lã mineral e Lã de vidro no sistema drywall .................................................... 14

3.2 Aplicação do Drywall em paredes, forros e revestimentos. ......................... 15

3.2.1 Paredes drywall ............................................................................................... 15

3.2.2 Forro drywall .................................................................................................... 20

3.2.3 Revestimento .................................................................................................. 21

3.2.4 Acabamento .................................................................................................... 23

4 QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE................................................................. 27

4.1 Qualidade do drywall ....................................................................................... 27

4.1.1 Patologias do Drywall ...................................................................................... 27

4.1.2 Estocagem, transporte e manuseio. ................................................................ 32

4.1.3 Recomendações para o recorte e fixação de placas de gesso acartonado .... 33

4.1.4 Ensaio com relação à resistência à flexão frente à ação da água nas chapas

de gesso acartonado ................................................................................................. 35

4.1.5 Resistência e reação ao fogo .......................................................................... 39

4.2 Sustentabilidade ............................................................................................... 40

4.2.1 Resíduos sólidos ............................................................................................. 41

5 VANTAGENS E DESVANTAGENS – DRYWALL X ALVENARIA ....................... 45

5.1 Drywall x Alvenaria na prática ......................................................................... 45

5.2 Vantagens e desvantagens ............................................................................. 47

5.2.1 Quadros comparativos drywall x alvenaria ...................................................... 49

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 56

7

1 INTRODUÇÃO

A construção civil lida diariamente com uma dura concorrência, enquanto as

empresas visam o seu lucro, os clientes querem um retorno justo pelo preço a ser

pago, é a lei do mercado. Logo, o serviço necessita ter qualidade e praticidade.

Assim, a busca por melhorias na área de construção civil é uma atividade constante,

pois é um mercado que necessita continuamente do desenvolvimento de novas

soluções para uma construção mais econômica, eficiente e sustentável. A partir

dessa necessidade e também para auxiliar na correta adequação a normas técnicas

e ao cumprimento do cronograma de obras, iniciou-se o uso do gesso acartonado,

também chamado de drywall, que pode ajudar de forma ágil a solucionar esses

problemas. O drywall por ser utilizado para substituir as alvenarias de tijolos, serve

como um agente redutor de despesas e de geração de entulhos, visto que a sua

utilização em locais de vedação e compartimentação podem gerar benefícios ao

empreendimento.

O gesso é um material bastante antigo, sua utilização vem desde 8° milênio

a.C., e era utilizado em suportes em afrescos decorativos, pisos etc. Ao longo do

tempo foram descobertas outras utilidades para o gesso, um exemplo é o próprio

gesso acartonado, mais conhecido como drywall. O drywall foi desenvolvido em

1890 após o estudo de um incêndio ocorrido em Nova York por Augustine Sackett e,

por isso, tem como uma de suas principais características a sua proteção ao fogo

(PROTEÇÃO, 2015). Inicialmente projetado como camadas de gesso molhado

resistente ao fogo, o drywall ganhou maior visibilidade e outras utilidades durante a

primeira e segunda guerra mundial, onde era utilizado principalmente devido à sua

rapidez na montagem e baixo custo. No pós-guerra, com a economia fraca e mão de

obra escassa, o drywall ganhou visibilidade pelas mesmas características que o

fizeram útil durante as guerras (rapidez na montagem e baixo custo), tornando-o

uma técnica popular nos EUA desde então. Assim, ao longo do tempo o gesso

acartonado foi evoluindo até o formato utilizado hoje. Segundo Mitidieri (2009), a

utilização do drywall no Brasil foi iniciada com a importação de produtos dos

EUA/Europa, havendo até a instalação da primeira fábrica já em 1970. Contudo,

apenas a partir de 1990, com o início da abertura comercial do país, foi que essa

tecnologia passou a ser mais difundida.

8

O drywall significa “parede seca” justamente por não haver a necessidade da

argamassa na sua construção, levando a diminuição da geração de entulhos, ou

seja, o oposto da alvenaria (SILVA, F. R, 2007). Sua estrutura consiste em chapas

feitas de gesso comum, encapadas por cartão duplex, estruturadas por perfis

metálicos. A fabricação do gesso acartonado é realizada por meio de máquinas,

onde é feita uma mistura de água, gesso e aditivos. Ao final, essa massa é

cilindrada, resultando assim na sua forma, cortada e secada, ficando pronta para ser

armazenada e depois encaminhada para uso (BRITO, C.E et al, 2014).

Seu maior apelo comercial é por possibilitar rapidez e limpeza na montagem,

ou seja, para construir uma parede, forro ou revestimento leva pouco tempo e gera

pouco entulho. Também proporcionar a realização de reformas, manutenção e

reparos em menos tempo, com mais precisão e qualidade de acabamento,

isolamento acústico e térmico. Além disso, há um ganho de área útil de

aproximadamente 5%, pois as paredes de drywall são mais estreitas do que as de

alvenaria comum.

Mas, atualmente, o drywall é uma boa alternativa para a construção civil?

9

2 METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste projeto foi baseada na pesquisa e coleta de

dados em livros, monografias, sites especializados e artigos, onde foram

pesquisados na plataforma da Associação Brasileira do Drywall, revista construir da

editora PINI e o manual de Projeto de Sistemas Drywall a fim de proporcionar um

conhecimento teórico com o objetivo de engradecer a monografia.

Para melhor entendimento, o estudo foi dividido em três partes: na primeira,

constam as coletas de dados referentes à composição e as formas de aplicação do

drywall. Na segunda, foram apresentados modos de garantir a qualidade do drywall

e cuidados necessários. Na terceira, foi possível desenvolver os comparativos das

vantagens e desvantagens entre o gesso acartonado e a alvenaria, e a

apresentação de um estudo de uma obra utilizando tanto a alvenaria de tijolo quanto

o drywall. Tendo, assim, embasamento para a apresentação do sistema drywall

como uma alternativa nas edificações atuais.

2.1 Objetivos específicos

Compreender como é a composição do drywall;

Compreender as diferenças entre uma construção com alvenaria e com

drywall durante um empreendimento e aperfeiçoar os conhecimentos da área

da construção sustentável;

Analisar as vantagens e desvantagens do drywall e a da alvenaria de tijolo.

2.2 Objetivo geral

Apresentar os sistemas drywall como uma boa alternativa na construção civil.

10

3 ANALISE DOS COMPONENTES E DAS FORMAS DE APLICAÇÃO DO DRYWALL

O drywall é composto basicamente de chapas de gesso, perfis estruturais de

aço galvanizado, massas, fitas para tratamento de juntas, parafusos e acessórios,

que devem cumprir o que está definido nas normas técnicas que serão abordados

no capítulo 4.

Abaixo, são apresentados os principais componentes do sistema drywall e

suas particularidades.

3.1 Componentes do sistema drywall

O drywall necessita de vários componentes em sua estrutura, tais como:

Chapas de gesso, perfis metálicos, parafusos, massa para juntas, fitas e lã mineral.

A seguir são apresentados em maiores detalhes os principais componentes do

sistema drywall.

3.1.1 Chapas de gesso no sistema drywall

Fabricadas nas indústrias por meio de um processo de laminação contínua

de uma mistura de gesso, água e aditivos, entre duas lâminas de cartão onde uma é

virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra. (ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE CHAPAS PARA DRYWALL, 2006).

As especificações das chapas de gesso devem atender aos seguintes

valores definidos pela Associação Brasileira dos fabricantes de chapas para drywall,

de acordo com os quadros 1 e 2:

Quadro 1 – Especificações das características geométrica das chapas de gesso

Fonte: Associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, 2006, p.10.

Tolerância Limite

-

-

-

± 0 / -4 mm Máximo de 1200 mm

± 0 / -5 mm Máximo de 3600 mm

≤2.5 mm/ m de largura -

Mínimo - 40 mm

Máximo - 80 mm

Mínimo - 0.6 mm

Máximo - 2.5 mm

Comprimento

Esquadro

Rebaixo

Largura

Profundidade

± 0.5 mmEspessura

Característica geométrica

9.5 mm

12.5 mm

15 mm

Largura

11

Quadro 2 – Especificações das características físicas das chapas de gesso

Fonte: Associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, 2006, p.10.

3.1.2 Tipos de chapas no sistema drywall

Segundo a associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, há

hoje no mercado três tipos de chapas projetadas especificamente para diferentes

ambientes:

Standard (ST): Aplicado em áreas secas.

Resistente à umidade (RU): Aplicado em áreas sujeitas à umidade por tempo

limitado de forma intermitente. Possui a superfície coberta por uma substância

hidrofugante.

Resistente ao fogo (RF): Aplicado em áreas secas, necessitando de um maior

desempenho em relação ao fogo. Contêm retardantes de chama em sua

fórmula.

Tolerância

9.5 12.5 15.0

Mínimo 6.5 8.0 10.0

Máximo 8.5 12.0 14.0Variação máxima em relação

à média das amostras de um

lote Longitudinal 400 550 650

Transversal 160 210 250

Absorção superficial máxima de água para chapa resistente à umidade – RU – tanto para face da

frente quanto para a face do verso – característica facultativa – (g/m2)160

5

20

Limite

Espessura da chapa (mm)

± 0.5

Densidade superficial da massa (kg/m²)

Resistência mínima à ruptura na flexão (N)

Dureza superficial determinada pelo diâmetro máximo (mm)

Absorção máxima de água para chapa resistente à umidade – RU – (%)

Característica física

12

3.1.3 Tipos de perfis metálicos em aço galvanizado

Quadro 3 – Perfis metálicos em aço galvanizado

Fonte: Associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, 2006, p.11-12.

13

3.1.4 Tipos de parafusos adequados para utilização no sistema drywall

Quadro 4 – Parafusos no sistema drywall

Fonte: Associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, 2006, p.14.

14

3.1.5 Tipos de massa para juntas e massa para colagem

Quadro 5 - Tipos de massa para juntas e para colagem

Fonte: Associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, 2006, p.15.

3.1.6 Tipos de fitas no sistema drywall

Segundo a associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall:

Fita de papel microperfurado: Tratamento de juntas entre chapas e tratamento

dos encontros entre as chapas e o suporte (alvenarias ou estruturas de

concreto);

Fita de papel com reforço metálico: Reforço de ângulo saliente;

Fita de isolamento (banda acústica): Isolamento dos perfis nos perímetros das

paredes, forros e revestimentos.

3.1.7 Lã mineral e Lã de vidro no sistema drywall

Segundo a associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, a lã

mineral é composta de lã de rochas basálticas e outros minerais. É indicada por sua

absorção acústica e resistência ao fogo.

Já a lã de vidro é feita de carbonato de sódio, sílica, vitrificante, sulfato de

sódio, potássio e outros materiais submetidos à temperatura de 1.500ºC. É indicada

por sua isolação térmica, não propagar chamas e boa absorção acústica.

Ambas devem ser colocadas entre as placas de gesso (Tabela 1).

15

Tabela 1– Especificações da lã mineral e lã de vidro no sistema drywall

Fonte: Associação brasileira dos fabricantes de chapas para drywall, 2006, p.17.

3.2 Aplicação do Drywall em paredes, forros e revestimentos.

De acordo com Manual de Projeto de Sistemas drywall, os sistemas drywall

são compostos, dentre outras coisas, de paredes, forros e revestimentos.

3.2.1 Paredes drywall

Segundo a Associação Brasileira de Drywall: A parede drywall é constituída

por uma estrutura de perfis de aço galvanizado na qual são parafusadas, em ambos

os lados, chapas de gesso acortanado (Figura 1).

As paredes drywall atendem plenamente às exigências da Norma de

Desempenho no que diz respeito às diferentes solicitações que sofrem ao longo de

sua vida útil, de acordo com resultados de ensaios de resistência mecânica

realizados em laboratório e em campo, diz o engenheiro Carlos Aberto de Luca

(NAKAMURA. J, 2014).

16

Figura 1 - Interior de uma parede de drywall

Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/drywall-entenda-como-funciona-esse-sistema-de-construcao. Acesso em: 21 set. 2016.

A instalação das paredes de drywall é feita de maneira rápida, mas antes de

ser realizada é importante tomar algumas medidas, tais como: certificar-se que as

paredes, teto e o chão estão nivelados, desenhar a espessura da parede com o

auxílio de um cordão de marcação, demarcar o local de instalação das guias no

chão, parede e teto. Em seguida, o processo de instalação pode ser iniciado. De

acordo com o manual técnico da empresa Leroy Merlin (COMO, 2015), a instalação

deve seguir os passos abaixo apresentados:

Instalação das guias (Figura 2): Fixe a fita de isolamento na guia.

Depois fixe as guias no chão, na parede e no teto seguindo as

marcações feitas. Com a furadeira, fure as guias até atravessar o piso,

deixando um espaço de 60 cm entre os furos. Fixe com buchas e

parafusos.

17

Figura 2 – Instalação das guias

Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/faca-voce-mesmo/como-colocar-chapas-de-gesso-drywall. Acesso em: 12 nov. 2016

Instalação dos montantes (Figura 3): Comece das extremidades

para o meio. Use parafusos metal-metal para encaixar os

montantes nas guias de fora para dentro. Deixe uma distância

de 40 a 60 cm entre um montante e outro.

Figura 3 – Instalação dos montantes

Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/faca-voce-mesmo/como-colocar-chapas-de-gesso-drywall. Acesso em: 12 nov. 2016

Instalação das chapas (Figura 4): Posicione a chapa na posição

vertical. Parafuse-a no montante iniciando de cima para baixo,

respeitando 1 cm da borda da chapa. A distância entre um

parafuso e outro deve ser de 25 a 30 cm. A cabeça do parafuso

deve ficar cerca de 1 mm para dentro da chapa.

18

Figura 4 – Instalação das chapas

Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/faca-voce-mesmo/como-colocar-chapas-de-gesso-drywall.

Acesso em: 12 nov. 2016

Realização da amarração (Figura 5): Se a altura da chapa for

menor do que a do pé direito, corte outra chapa para completar.

Sempre corte pelo lado do cartão e com 1 cm a menos. Faça a

amarração das chapas mantendo as juntas alternadas.

Figura 5 – Realização da amarração

Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/faca-voce-mesmo/como-colocar-chapas-de-

gesso-drywall. Acesso em: 12 nov. 2016

Aplicação do isolamento (Figura 6): Corte as placas de lã

mineral ou lã de vidro e faça o preenchimento entre os

montantes.

19

Figura 6 – Colocação do isolamento

Fonte:www.leroymerlin.com.br/faca-voce-mesmo/como-colocar-chapas-de-gesso-drywall. Acesso em: 12 nov. 2016

Após esse processo, repete-se esse passo a passo para a instalação de

outra chapa de drywall. Para finalizar, é necessário colocar o rejunte e lixar as juntas

da parede para que a mesma receba o acabamento desejado.

Abaixo são apresentadas algumas recomendações feitas pela Associação

Brasileira de Drywall quanto à utilização das chapas.

A espessura mínima da chapa de gesso para paredes com uma

única camada em cada interface é de 12,5mm.

Para as áreas secas pode-se utilizar qualquer tipo de chapa.

Para as áreas úmidas recomenda-se a utilização de chapas do

tipo Resistente à Umidade (RU). No caso de divisão entre

ambientes secos e úmidos, pode-se utilizar a chapa RU somente

no ambiente úmido. No caso de dupla camada de chapa de

gesso, pode-se utilizar a chapa RU somente na camada externa,

ou seja, a camada em contato com a umidade.

As Chapas Resistentes ao Fogo (RF) são recomendadas para

utilização em áreas onde há necessidade de uma maior

resistência ao fogo em função das especificações do projeto

(ex.: saídas de emergência, escadas enclausuradas, shafts).

20

3.2.2 Forro drywall

Essa técnica ainda é pouco usada no Brasil, porém já bastante utilizada no

mundo inteiro e vem ganhando seu lugar nas construções brasileiras. Segundo a

Associação Brasileira do Drywall, o forro é constituído por chapas de gesso para

drywall parafusadas em estruturas formadas por perfis de aço galvanizado ou por

peças metálicas.

Figura 7 - Instalação do forro drywall Fonte: www.construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/105/artigo298877-1.aspx. Acesso em: 12 nov. 2016

Figura 8 - Forro drywall Fonte: www.construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao- construcao/105/artigo298877-1.aspx. Acesso em: 12 nov. 2016

21

De acordo com a revista Construção (INSTALAÇÃO, 2010), a diferença

básica entre os diversos tipos de forros drywall está na estrutura de suporte às

chapas e se são removíveis ou não. Os forros podem ser classificados em quatro

tipos: estruturados, perfurados, armados e removíveis. Os três primeiros são fixos,

formam superfícies monolíticas e são executados com chapas com bordas

longitudinais rebaixadas, que devem receber tratamento de juntas para

uniformização da superfície. O quarto tipo, o removível, é constituído por chapas

com bordas quadradas ou regulares.

O forro drywall é bastante utilizado nas construções atuais, devido à

praticidade e facilidade na instalação. Contudo, a Associação Brasileira do Drywall

(2006) recomenda que alguns cuidados sejam tomados, tais como:

Observar o tipo e condições do suporte onde o forro será fixado para

a escolha correta da estrutura;

Adicionar junta de dilatação em qualquer tipo de forro fixo no

alinhamento das juntas de dilatação da estrutura do edifício;

Para qualquer tipo de forro fixo sob estruturas mais flexíveis ou

deformáveis, prever detalhes como juntas de dilatação especiais;

No caso de forro com mais de uma camada de chapa de gesso,

alternar as juntas entre as camadas;

Não é recomendada a utilização de forros com chapas de gesso em

saunas ou similares;

Não é recomendado andar sobre os forros;

Observar a compatibilidade dos projetos de instalações (elétrica,

hidráulica, ar condicionado etc.) com a paginação da estrutura do

forro;

De maneira geral, a altura mínima do plenum é de 150 mm. Para

alturas menores que 150 mm, consultar os fabricantes de drywall.

3.2.3 Revestimento

Outra utilização do drywall pode ser como revestimento, onde existem dois

tipos: colocados e estruturados.

O estruturado (Figura 9) possui uma forma mais ampla de satisfazer às

questões construtivas, pois atende diversas exigências essenciais em obra, como:

22

configuração sonora, instalação hidráulica e elétrica, resistência à umidade ou ao

fogo, entre outras.

Além disso, a qualidade de um revestimento deve atender a diversas

especificações e seguir as normas que o regem. Com a utilização do revestimento

estruturado, é possível atingir os padrões exigidos com qualidade funcional e

detalhes estéticos como, por exemplo, formas orgânicas, com curvas ou com nichos

para o engrandecimento de componentes de iluminação, pintura entre outros.

Dessa forma, o revestimento pode ser trabalhado pelos arquitetos de uma

maneira mais fácil para a elaboração de detalhes arquitetônicos na obra.

Figura 9 - Revestimento estruturado

Fonte: http://www.eficazdrywall.com/o-revestimento-em-drywall-pode-ser-estruturado-ou-colado/. Acesso em: 12 set. 2016

O uso do revestimento colado (Figura 10) é feito com argamassa ou

elementos de concreto armado colante à base de gesso sobre uma parede de

alvenaria já existente. Ela serve como um acabamento interno nas construções com

alvenaria. Segundo a Associação Brasileira do Drywall (2010), a colagem necessita

ser de qualidade e as paredes já existentes devem dispor de uma superfície lisa com

pouca ondulação, não sendo recomendada a colagem em paredes que possuem

chapisco.

23

Figura 10 - Revestimento colado

Fonte: https://rocherdrywall.wordpress.com/tag/fixacao-de-drywall/. Acesso em: 12 set. 2016

3.2.4 Acabamento

O drywall é versátil, pois é capaz de receber praticamente qualquer tipo de

acabamento, tais como: pintura, cerâmica, laminados, papel de parede, entre outros.

Entretanto, antes de receber esses acabamentos é necessário analisar se as placas

estão fixadas de forma correta nas estruturas, se as juntas foram executadas de

forma correta e uniforme, verificar se a massa está seca e a ocorrência de

imperfeições na chapa.

Atualmente na construção brasileira, a pintura e a cerâmica são os

acabamentos de maior utilização sobre as placas. A aplicação da pintura segue o

procedimento de lixamento (Figura 11) das superfícies que forem receber a massa.

As lixas utilizadas são de gana 120 e 180 com a ajuda de um taco de madeira para

melhor uniformidade no serviço executado, tendo, assim, a eliminação de ressaltos

ou ondulações salientes. Após o lixamento, aplicar uma imprimação com selador ou

fundo preparador (base acrílica) em toda a superfície. Em seguida, quando a

secagem estiver completa, aplica-se uma fina camada de massa corrida (Figura 12)

para uniformizar a textura e corrigir defeitos. É necessário fazer o lixamento (Figura

13) da superfície mais uma vez e se caso for necessário fazer a aplicação de uma

nova imprimação. Por fim, fazer a aplicação de uma tinta de qualidade (Figura 14)

em quantas demãos forem necessárias até obter o resultado almejado. (MANUAL,

2015).

24

Figura 11 - lixamento das juntas Fonte: Manual de instalação sistemas knauf drywall, 2015.p.39

Figura 12 - Aplicação de massa corrida ou PVA Fonte: Manual de instalação sistemas knauf drywall, 2015.p.39

Figura 13 - Lixamento Fonte: Manual de instalação sistemas knauf drywall, 2015.p.39

25

Figura 14 - Pintura Fonte: Manual de instalação sistemas knauf drywall, 2015.p.39.

No acabamento cerâmico, aplica-se argamassa colante do tipo AC2 ou AC3

sobre a superfície das placas para obter a colagem do revestimento cerâmico

(Figura 15). Porém, se a aplicação for realizada em áreas úmidas, deve-se realizar o

tratamento com impermeabilizante flexível. Em seguida, colocar por cima a

argamassa colante com a cerâmica. No entanto, antes da aplicação do

revestimento, é necessário escolher os suportes para as louças sanitárias e pias

(Figura 16), deixando também um poço de visita para os locais que contém os

registros. Além, é claro, de aplicar o acabamento de forma a facilitar sua retirada em

caso de manutenção para que o revestimento não seja danificado (MANUAL, 2015).

Figura 15 - Aplicação do revestimento Fonte: Manual de instalação sistemas knaufdrywall, 2015.p.39

26

Figura 16 - Suporte de vasos sanitários, pias e bidê suspensos Fonte: Manual de instalação sistemas knaufdrywall, 2015.p.39.

27

4 QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE

Neste capítulo são apresentadas questões que influenciam na qualidade

final do drywall e questões de sustentabilidade.

4.1 Qualidade do drywall

Para a garantia da qualidade do drywall, é necessário seguir as regras e

especificações desse sistema, pois eventuais inconformidades no manuseio,

instalação ou manutenção podem comprometer toda a estrutura, por isso é

necessário evitar inovações ou improvisações quando se trabalhar com drywall.

4.1.1 Patologias do Drywall

As patologias do drywall são devidas as suas limitações e restrições de uso.

Ao se adquirir o drywall, é necessário tornar-se ciente dos cuidados que devem ser

tomados tanto na sua instalação quanto em seu uso no ambiente. A correta

instalação e utilização ajuda a evitar as patologias do drywall, garantindo, assim, sua

qualidade e longevidade.

Segundo Grimm (1982) as patologias que a água pode ocasionar em edificações

são:

Proliferação de micro-organismos;

Aumento na transmissão de calor;

Deterioração de revestimentos;

Corrosão de metais;

Alteração nas propriedades mecânicas;

Comprometimento da habitabilidade.

Caso ocorra alguma fissura ou a aparição de algum buraco (seja ele grande

ou pequeno), há algumas maneiras de repará-los. O primeiro passo para a

reparação é a contratação de um profissional especializado, pois o drywall necessita

de cuidados específicos, visto que existem maneiras especificas de consertar cada

tipo de patologia. De acordo com Vera Kovacs (2016) os reparos devem ser

realizados das seguintes maneiras:

28

Trincas e fissuras: Comece limpando a área a ser recuperada e aplique

massa específica para juntas. Em seguida, coloque a fita de papel micro

perfurado, pressionando com uma espátula. Passe outra camada de

massa e espere secar. Com a superfície lisa e uniforme, já é possível lixar

e pintar.

Buracos pequenos: Limpe o local e preencha o furo com massa adesiva

MAP utilizando uma espátula pequena. Deixe secar. Se necessário, repita

o processo até o defeito ficar imperceptível. Quando a superfície estiver

seca, é possível lixar e pintar.

Buracos grandes: Normalmente, surgem quando se retira uma parte da

placa para acessar as tubulações. Por dentro da área exposta, parafuse

pedaços de perfis metálicos. O trecho novo deve ser fixado neles. Aplique

massa para tratamento de juntas na superfície, além de fita de papel com

a espátula e mais massa. Lixe e pinte.

Além dos cuidados com o próprio material, também é preciso analisar o

ambiente onde será feita a instalação. Não é recomendado a instalação em regiões

externas sujeitas a intempéries. Já em ambientes sujeitos à umidade (banheiro,

cozinha, área de serviço etc.) deve-se empregar chapas especiais, o chamado

gesso verde (Figura 17). Contudo, mesmo as placas verdes tendo uma maior

resistência à água do que as outras, é importante que sejam cobertas de

revestimento, tais como: cerâmica, pastilha e porcelanato, colocados com

argamassa colante. Já em locais expostos ao vapor é recomendável uma tinta

antimofo.

Figura 17 - Gesso verde para áreas úmidas

Fonte: Dados da pesquisa

29

Abaixo são apresentados alguns cuidados que contribuem para a qualidade

no resultado final do projeto.

Ter um projeto de execução detalhado em mãos;

Tentar especificar e quantificar os materiais por etapas;

Planejar a execução;

Limpar o ambiente;

Ter um local limpo e seco adequado para o recebimento e armazenamento do

produto.

Na montagem do drywall, é necessário deixar um espaçamento para junção

das paredes em “L” e em “T” durante a marcação e fixação das guias que seja

equivalente à espessura das chapas que formam a face da parede.

Figura 18 - Marcação e fixação das guias

Fonte:escriba.ipt.br/pdf/170768.pdf. Acesso em: 6 fev. 2017.

Os cuidados também devem ser estendidos à massa usada na montagem,

como, por exemplo:

Ao receber o produto, observar a embalagem, olhar se tem algum problema

no lacre, data de validade etc;

Ao olhar a massa, observar o aspecto da massa para caso haja alguma

anomalia;

Para evitar fissuras e eventuais descolamentos, deve-se empregar massa

apropriada, evitando pasta de gesso e massa corrida.

Com o objetivo de assegurar ao consumidor um produto de qualidade, a

Associação Brasileira do Drywall criou em 2004 o Programa Setorial da Qualidade

dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall

(mais conhecido como PSQ-Drywall). Esse programa faz uma série de ensaios

30

periodicamente nos laboratórios Tesis Engenharia, de São Paulo, para verificar a

qualidade do drywall no mercado. Segundo a Associação Brasileira do Drywall o

PSQ-Drywall segue o regimento do Sistema de Qualificação de Materiais,

Componentes e Sistemas Construtivos (SiMaC) do Programa Brasileiro de

Qualidade e Produtividade no Hábitat (PBQP-H) do Ministério das Cidades.

As normas técnicas brasileiras relativas ao sistema drywall são as seguintes:

ABNT NBR – 14.715:2010 - Chapas de gesso para drywall - Parte 1:

Requisitos;

ABNT NBR – 15.217:2009 - Perfis de aço para sistemas construtivos em

chapas de gesso para drywall – Requisitos e métodos de ensaio;

ABNT NBR – 15.758:2009 - Sistemas construtivos em chapas de gesso para

drywall – Projeto e procedimentos executivos para montagem – Parte 1:

Requisitos para sistemas usados como parede; Parte 2: Requisitos para

sistemas usados como forro; e Parte 3: Requisitos para sistemas usados

como revestimento.

Na montagem, ao colocar os montantes, deve-se observar que eles devem

ter de 5mm a 10mm a menos que a altura do pé-direito. Outro detalhe a se observar

é que a rugosidade do montante esteja cobrindo toda a face com uma margem

máxima de 2mm de cada lado. Um alerta feito pelo Portal Drywall é que algumas

empresas que colocam as rugosidades fazem de forma incorreta, deixando-as longe

dos extremos das faces.

Figura 19 - Aplicação dos montantes

Fonte: Dados da pesquisa

31

Para evitar problemas de corrosão, o engenheiro Fábio Karklis Diniz (2015)

recomenda que por se estar trabalhando com gesso, deve-se usar peças estruturais,

tais como: perfis e arames, aço galvanizado e parafusos específicos para gesso

acartonado e também evitar contato da estrutura com os outros tipos de metais para

evitar que as diferenças de potencial elétrico provoquem a corrosão de um deles.

De forma geral, o quadro 6, abaixo, apresenta alguns cuidados com o

acabamento que devem ser tomados durante a instalação e manutenção do drywall.

Quadro 6– Cuidados com o acabamento garante qualidade do drywall

Recomendações

PINTURA

Recomenda-se que antes da sua

aplicação, a região das juntas e dos

parafusos seja lixada adequadamente

para eliminação de rebarbas e

saliências, utilizando-se taco de madeira

ou suporte plano para lixa para evitar

ondulações. Outro cuidado é que, antes

da pintura, seja aplicado um fundo

preparador, reduzindo o número de

demãos necessárias para a obtenção de

uma boa cobertura.

CERÂMICA

A superfície a ser revestida deve estar

completamente limpa e livre de poeira.

Não é necessário o lixamento das juntas

nem das cabeças dos parafusos.

Recomenda-se que a fixação da

cerâmica seja feita com argamassa do

tipo flexível.

LAMINADOS PLÁSTICOS OU

MELAMÍNICOS

Os montantes devem ser fixados, no

mínimo, a cada 400 mm e as chapas

devem ser parafusadas

preferencialmente na posição horizontal

para evitar abaulamentos após a

colagem dos laminados. Nas juntas de

topo deve-se aplicar somente uma

calafetação com massa, evitando o

ressalto natural desse tipo de junta,

lixando-se a região calafetada para

evitar rebarbas ou saliências.

Fonte: Dados da pesquisa.

32

4.1.2 Estocagem, transporte e manuseio.

O drywall, como já citado, é um material que precisa de um cuidado a mais

tanto na sua instalação quanto no seu manuseio. Por isso, é recomendado que a

estocagem, transporte e manuseio adote alguns critérios para a garantia da

qualidade (ASSOCIAÇÃO, 2006):

No recebimento do produto verificar a sua integridade antes de iniciar a

descarga;

No transporte das chapas de gesso, os pallets deverão ter cantoneiras de

proteção nos pontos em contato com cordas e fitas de amarração utilizadas

para a descarga e movimentação do produto;

As chapas devem ser empilhadas sobre apoios de no mínimo 5 cm de largura

espaçados a aproximadamente 40 cm;

O comprimento dos apoios deve ser igual à largura das chapas;

Manter o alinhamento dos apoios ao empilhar vários pallets. Não empilhar

chapas curtas em conjunto com chapas longas ou fora de alinhamento;

Verificar a resistência da laje e a capacidade da empilhadeira em função do

peso das chapas;

A fita lateral deve ser preferencialmente retirada somente no momento da

aplicação das chapas;

As chapas podem ser transportadas manualmente ou por empilhadeira. No

caso do transporte manual, as chapas devem ser levadas na posição vertical.

Para chapas muito pesadas, o transporte manual poderá ser realizado por

duas pessoas;

Nos locais potencialmente sujeitos à umidade, as chapas deverão ser

protegidas com uma lona plástica.

33

Figura 20 - Armazenamento correto

Fonte: escriba.ipt.br/pdf/170768.pdf. Acesso em: 6 fev. 2017.

Figura 21 - Estocagem do drywall

Fonte: http://serit.com.br/lafarge/estocagem.htm. Acesso em: 14 jan. 2017.

4.1.3 Recomendações para o recorte e fixação de placas de gesso acartonado

Para não ter problemas durante a obra, a primeira recomendação é que seja

identificado os tipos de chapas e qual o mais propício para o seu ambiente, já que

cada tipo de chapa tem uma aplicação distinta, como pode ser observado no quadro

7 abaixo.

34

Quadro 7 – Características das chapas

Fonte: escriba.ipt.br/pdf/170768.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

Após a escolha adequada da chapa, devem-se repartir as placas com o

auxílio de uma régua. De acordo com o engenheiro Fabio Karklis Diniz (2015), deve-

se cortar um lado da placa com estilete, depois fazer uma dobra “fechando” o lado

que não foi cortado. Em seguida dobre, aproveitando-se da fragilidade do gesso e

corte o papel cartão remanescente. Dê acabamento com plaina e lixa.

Durante o posicionamento das placas, recomenda-se seguir um

planejamento de maneira que os cortes das placas não façam com que sobrem tiras

finas. Em sequência, se inicia a etapa de aparafusamento onde Fábio Karklis Diniz

(2015) recomenda que sejam utilizados parafusos específicos como, por exemplo,

auto perfurantes ou autobrocantes (ponta broca) e autoatarraxantes (ponta agulha),

zincados ou fosfatizados, visando evitar problemas posteriores de fixação e

corrosão.

Figura 22 - Tipos de parafusos

Fonte: http://engenheironocanteiro.com.br/recorte-e-fixacao-de-gesso-acartonado/Acesso em: 07 fev. 2017.

TIPO DE CHAPA SIGLA COR APLICAÇÃO

STANDARD ST BEGEEM PAREDES DE USO GERAL INTERNO

SEM EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS

RESISTENTE À UMIDADE RU VERDE

EM PAREDES DE AMBIENTES SUJEITOS

À AÇÃO DA UMIDADE DE FORMA

INTERMITENTE

RESISTENTE AO FOGO RF ROSAEM PAREDES COM EXIGÊNCIAS

ESPECIAIS DE RESISTÊNCIA AO FOGO

CARACTERISTICAS DA CHAPA

35

Deve-se analisar também como o parafuso ficou após a perfuração. Por

isso, é sempre recomendada tanto uma escolha adequada do profissional quanto do

parafuso, pois até para o aparafusamento há uma furadeira específica que faz com

que o parafuso fique rente à face do drywall.

Figura 23 - Aplicação correta do parafuso

Fonte: http://engenheironocanteiro.com.br/recorte-e-fixacao-de-gesso-acartonado/Acesso em: 07 fev. 2017.

4.1.4 Ensaio com relação à resistência à flexão frente à ação da água nas chapas

de gesso acartonado

Por seu principal componente ser a chapa de gesso acartonado, composta

de um papel kraft e um núcleo de gesso (Figura 24), o seu desempenho em

ambientes úmidos tem seus questionamentos, pois a ação da água pode

comprometer a durabilidade do sistema.

Figura 24 - Chapa de gesso acartonado

Fonte:ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP0482d. pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

36

Para ambientes úmidos, algumas empresas têm especificado o uso de

chapas RU nas edificações como, por exemplo, no box do banheiro. Por já ser de

conhecimento público o problema que esse material tem em contato com água, foi

realizado um teste para observar o efeito físico que a água provoca no componente.

Esse ensaio foi realizado por Medeiros e Barros (2004) de acordo com a

NBR14717 (ABNT, 2001). A primeira medida no ensaio é colocar o corpo de prova

imerso na água. Nesse ensaio, as variáveis estudadas foram:

a) Fabricante: Knauf (A), Placo (B), Lafarge (C) e USG (D);

b) Tipo de chapa: standard e resistente à umidade (RU);

c) Sentido de corte das chapas: cortadas no sentido longitudinal ou cortadas no

sentido transversal ao comprimento.

d) Forma de exposição das chapas de gesso acartonado à água: total,

caracterizada pela chapa não protegida; frontal e anterior, caracterizada pela

impermeabilização das laterais com selante à base de silicone; e frontal, com

a mesma conformação da frente e verso somada a uma pintura com verniz no

verso da chapa, deixando somente a frente exposta à água.

e) Tempo de imersão dos corpos de prova imersos em água: 0 minuto, 10

minutos, 20 minutos, 30 minutos, 60 minutos, 120 minutos e 180 minutos.

f) Ciclos de molhagem e secagem: esses ciclos foram realizados de duas

maneiras, ocasionando graus de exposição à água diferentes nos corpos.

Figura 25 - Sequência utilizada no ensaio

Fonte:ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP0482d.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

37

Contudo, neste trabalho apenas os resultados que tratam de forma geral os

quesitos de resistência e absorção de água são objeto de análise.

Após a exposição dos corpos de prova à água, analisaram-se diferentes

amostras com diferentes tempos de exposição. Constatou-se que mesmo no menor

intervalo (10 minutos) houve uma queda na resistência de todas as amostras do tipo

RU, independente do fabricante, como pode ser observado no gráfico 1 abaixo. Nas

amostras que ficaram imersas por mais tempo, houve uma queda gradual, em menor

ritmo que a observada entre t = 0 e t = 10 na resistência à medida que o tempo de

exposição aumentava

Gráfico 1 – Média dos resultados de resistência à flexão das chapas RU

Fonte:ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP0482d.

pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

Já no gráfico 2, são apresentados os dados que tratam da taxa de absorção

de água em relação ao tempo de exposição. Nele fica mais claro o motivo da

resistência diminuir de forma gradual após t = 10. Vemos que a chapa de drywall

apresenta uma rápida absorção nos momentos iniciais após ser imersa e que passa

a evoluir de forma gradual, lembrando uma função logarítmica.

Gráfico 2 – Taxa de absorção de água

Fonte:ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PAP0482d.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

38

Desses dois gráficos, pode-se concluir que mesmo que a chapa de gesso

acartonado do tipo RU absolva uma pequena porcentagem de água, há

comprometimento considerável da resistência à flexão do sistema. Porém, é de se

ressaltar que nesse experimento as chapas foram imersas em água, algo que

dificilmente deve ocorrer em um ambiente real. Logo, é possível assumir que com

uma exposição não tão agressiva, como é uma imersão, a queda na resistência e a

taxa de absorção devem ser menores.

Quando comparados os resultados da resistência à flexão do tipo ST e RU,

conforme gráfico 3, é notável que o tipo ST apresenta resultados ainda piores, mas

não muito diferentes das chapas RU.

Gráfico 3 – Média dos resultados de resistência à flexão chapas RU e ST Fonte:ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PA

P0482d.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

Não obstante, as chapas RU apresentam desempenho muito superior ao

tipo ST quando analisamos a taxa de absorção de água, que no ensaio mostrou que

em t = 120 a chapa ST apresentava uma absorção de aproximadamente 30%,

enquanto que a RU se manteve abaixo de 5%. Os gráficos 3 e 4 em conjunto

mostram uma relação entre a resistência e a taxa de absorção de água um tanto

estranha, visto que era de se esperar que com uma menor taxa de absorção,

também haveria um menor comprometimento da resistência, o que o ensaio não

mostrou.

39

Gráfico 4 – Taxa média de absorção de água chapas RU e ST Fonte:ftp://ip20017719.eng.ufjf.br/Public/AnaisEventosCientificos/ENTAC_2004/trabalhos/PA

P0482d.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

Uma taxa de absorção de água baixa é importante devido ao fato de que o

drywall possui a capacidade de regenerar sua resistência à medida que vai secando,

ou seja, caso um vazamento atinja o gesso acartonado e seja reparado

rapidamente, não provocará grandes danos na chapa. Além disso, a maior

resistência à água não visa apenas aumentar a resistência à flexão, mas sim ajudar

a prevenir outras patologias que podem surgir devido ao contato com a água.

4.1.5 Resistência e reação ao fogo

A resistência ao fogo é dada pelo tempo em que um determinado material

consegue se manter exposto sem apresentar danos. No caso do drywall, essa

resistência já é comprovada e documentada na ABNT NBR 15758, onde diferentes

configurações de montagem e de tipos de chapas foram submetidas a testes

(PROTEÇÃO, 2015). No quadro 8, é apresentada a resistência de uma parede de

drywall ao fogo em diferentes configurações.

Quadro 8 – Resistência ao fogo

Fonte: https://www.knauf.com.br/sites/default/files/3-%20Artigo%20t%C3%A9cnico%20-

%20Prote%C3%A7%C3%A3o%20ao%20Fogo.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

TIPO DE CHAPANº TOTAL DE

CHAPAS

ESPESSURA

(MM)

RESIST. AO

FOGO (MIN)

ST 2 12,5 30

ST 2 15 30

RF 2 12,5 30

RF 2 15 60

40

Já a reação ao fogo é dada por características que indicam o índice de

propagação superficial de chama (IP), Densidade específica óptica máxima (DM),

toxidade da fumaça e outros. Nesta categoria, o drywall possui IP = 1 e DM = 20 e é

classificado de acordo com a ABNT NBR 9442 como sendo Classe II A (Quadro 9),

que é usada para indicar materiais com baixa propagação de chamas e baixa

emissão de fumaça em casos de incêndios.

Quadro 9 – Classificação dos materiais a reação ao fogo

Fonte:https://www.knauf.com.br/sites/default/files/3-%20Artigo%20t%C3%A9cnico%20-

%20Prote%C3%A7%C3%A3o%20ao%20Fogo.pdf. Acesso em: 14 jan. 2017.

Portanto, o drywall é classificado por normas técnicas como sendo um

material capaz de suportar a exposição ao fogo e contribuir para a não propagação

das chamas de forma adequada além de ser baixo emissor de fumaça, o que tem

valor inestimável em casos emergenciais, como um incêndio real, por contribuir para

a preservação de vidas.

4.2 Sustentabilidade

Além dos aspectos básicos como tempo e custos de uma obra, devemos

levar em consideração os impactos ambientais causados pela utilização das

técnicas de construção presentes no mercado. Hoje, a sustentabilidade é um

assunto bastante abordado, pois fazendo-se a coleta, despejo e a reutilização dos

materiais não mais utilizados em obras da forma correta, pode-se gerar ganhos para

o meio ambiente e melhorar qualidade de vida da população, além de ser benéfico

para a própria obra. Por isso, as empresas e governos estão constantemente em

busca novas medidas e ações para essa área e assim estimular a prática de

técnicas sustentáveis.

CLASSE NBR 9442 ASTM E 662

I - -

II A IP ≤ 25 DM ≤ 450

II B IP ≤ 25 DM > 450

III A 25 < lP ≤ 75 DM ≤ 450

III B 25 < lP ≤ 75 DM > 450

IV A 75 < lP ≤ 150 DM ≤ 450

IV B 75 < lP ≤ 150 DM > 450

V A 150 < lP ≤ 400 DM ≤ 450

V B 150 < lP ≤ 400 DM > 450

VI IP > 400 -

41

No entanto, para a inicialização desta prática não adianta apenas, por

exemplo, fazer a separação de lixos recicláveis do lixo orgânico. É necessário ir

além e atingir setores da economia que geram grande quantidade de material

descartado, além de ter consciência e tomada de decisões adequadas que visem

não apenas aspectos de questão financeira, mas sim a qualidade de vida e projeção

futura que a população espera.

O significado da sustentabilidade nada mais é do que garantir a existência

de recursos para gerações futuras, onde possam aproveitar de tudo que o mundo

poderá lhes oferecer. Visto isso, é necessário buscar tecnologias que também visem

ganhos na sustentabilidade. Um exemplo disso é o uso do drywall na construção

civil por ser uma tecnologia que gera menos impactos do que os métodos comuns

existentes no mercado.

O gesso acartonado possui várias vantagens que contribuem para a

sustentabilidade. Como já dito em capítulos anteriores, drywall significa parede seca,

ou seja, por apenas utilizar placas e estruturas metálicas em sua instalação, o gasto

com água é mínimo, o que gera economia de água e leva a ganhos inestimáveis

para a natureza.

Um ponto bastante interessante a ser ressaltado é a reutilização do drywall

caso aconteça a sua desinstalação, já que há a possibilidade do seu material ser

reciclado, pois os metais da estrutura e boa parte das placas podem ser reutilizados

como matéria-prima. Isso permite que seus resíduos não sejam danosos ao meio

ambiente.

Além disso, o drywall provê otimização de tempo e facilidade de instalação,

sendo assim um trabalho mais leve e com menor impacto na qualidade de vida das

pessoas envolvidas na construção.

4.2.1 Resíduos sólidos

Segundo a Associação Brasileira de Drywall, os resíduos de gesso devem

ser coletados e armazenados nos canteiros em local específico, pois não devem ser

misturados com outras matérias como madeira, metais, papeis, resto de alvenaria e

lixo orgânico. Assim, a coleta seletiva ou diferenciada acaba sendo facilitada e

melhora a qualidade dos resíduos enviados para a reciclagem. Para obter um

resultado satisfatório dessa coleta, é necessário um treinamento da mão de obra

42

envolvida nesse processo para ensinar como separar de formar adequada os

materiais e disseminar a importância da reciclagem e os ganhos advindos.

Já na armazenagem, o local onde serão armazenados os resíduos de gesso

deve ser seco, coberto e protegido para não haver contato do drywall com a água.

Figura 26 - Armazenagem dos resíduos de gesso

Fonte: Resíduos de gesso na construção civil, 2012, p.11.

No transporte de resíduos, deve ser seguida as regras estipuladas pelo

órgão municipal responsável pelo meio ambiente, ressaltando a análise da sua

adequada documentação. Os transportes devem ser cadastrados nesse mesmo

órgão responsável para que seja obtida a autorização para circular com esses

materiais.

Segundo a Associação Brasileira de Drywall, a correta destinação já está em

operação em diversos municípios brasileiros, sendo algumas empresas licenciadas

pelas prefeituras para receber esse resíduo de gesso. Existem empresas que

recolhem esses resíduos no próprio canteiro e o levam para a destinação adequada,

além de realizarem a triagem e homogeneização dos resíduos e, por fim, vendem

para os setores que farão um novo uso do material.

43

Figura 27 - Destinação dos resíduos de gesso

Fonte: Resíduos de gesso na construção civil, 2012, p.13.

Depois de separado, coletado e homogeneizado corretamente, sua

reutilização pode ser feita de diversas maneiras, entre elas têm-se:

A indústria de cimento: O gesso será utilizado em pequena proporção ao

cimento, cerca de 5%, tendo como objetivos ser retardador de pega neste

material, ou seja, facilitando a trabalhabilidade do cimento, caso contrario,

endureceria com mais facilidade.

Figura 28 - Reciclagem do gesso. Uso na indústria de cimento

Fonte: Resíduos de gesso na construção civil, 2012, p.13.

Uso agrícola: O gesso tem quatro usos principais nesse setor. Temos:

Efeito fertilizante: fonte de enxofre e cálcio;

Corretivo de solos sódicos: Recuperação de áreas

canavieiras que tenham recebido aplicação de doses

elevadas de vinhaça tendo assim excesso de potássio;

44

Condicionador de subsuperfície: Eleva os teores de cálcio

e diminui os de alumínio, melhorando o crescimento das

raízes das plantas, tendo maior resistência a doenças e

pragas;

Condicionador de estercos: Diminuição de perdas de

amônia tornando os estercos mais eficientes como

fertilizantes orgânicos naturais.

Figura 29 - Reciclagem do gesso. Uso agrícola

Fonte: Resíduos de gesso na construção civil, 2012, p.15.

Indústria de transformação do gesso: Os fabricantes de placas e chapas de

gesso acabam reincorporando os seus resíduos no processo industrial. Essa

alternativa ainda é pouco utilizada, porém é bastante viável do ponto de vista

técnico e econômico.

.

Figura 30 - Fluxograma de reciclagem do gesso Fonte: Resíduos de gesso na construção civil, 2012, p.15.

45

5 VANTAGENS E DESVANTAGENS – DRYWALL X ALVENARIA

Neste capitulo é abordado um estudo de caso de uma obra onde é possível

analisar as diferenças do uso do drywall e da alvenaria. Em seguida é feito um

comparativo geral das vantagens e desvantagens da alvenaria e do drywall.

5.1 Drywall x Alvenaria na prática

Ao realizar uma construção, seja por meio de alvenaria de bloco cerâmico ou

com utilização de alternativas diferenciadas como o drywall, o ideal é analisar as

diversas opções e escolher a mais vantajosa e que traga um maior benefício para a

obra. Assim, alguns aspectos devem ser considerados, como: tempo, custo,

sustentabilidade, resistência, isolamento e mão de obra.

No aspecto de custos, segundo Ferreira (2012, p.1) foi analisado e estudado

um projeto de vedação interna de um empreendimento residencial de quatro

andares por profissionais da área de construção civil, objetivando realizar a

comparação de duas alternativas: drywall com lã de vidro e alvenaria comum de

bloco cerâmico. Nesse estudo, foi observado que o preço unitário da alvenaria era

mais barato que o do drywall, porém, no geral, para os 1.747 m² de parede do

empreendimento, o drywall foi à solução com maior vantagem financeira de acordo

com o quadro 10, pois na alvenaria de bloco cerâmico a mão de obra encarece o

sistema.

Quadro 10 – Custos da obra

Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/133/artigo298754-1.aspx. Acesso em: 14 jan. 2017.

MATERIAL MÃO DE OBRA MATERIAL MÃO DE OBRA

ALVENARIA DE TIJOLOS

CERÂMICOS DE 10 X 20 X

20 CM (10 CM)

m² 1.747,00 14,04 23,53 24.527,88 41.106,91 65.634,79

CHAPISCO m² 3.494,81 1,63 2,75 5.696,54 9.610,72 15.307,26

EMBOÇO (e = 20 mm) m² 3.494,81 4,66 15,3 16.285,81 53.470,56 69.756,37

46.510,220 104.188,19 150.698,42

PAREDES DE GESSO

ACARTONADO;

ESPESSURA 10cm, COM

ISOLAMENTO EM LÃ DE

VIDRO

m² 1.747,00 141.507,00

141.507,00

81,00 141.507,00

141.507,00

CUSTO TOTAL (R$)

CUSTO TOTAL (R$)

GESSO ACARTONADO

DESCRIÇÃO UNIDADE QUANTIDADE TOTAL (R$)CUSTO UNITARIO (R$)

MATERIAL + MÃO DE OBRA

CUSTO TOTAL (R$)

MATERIAL + MÃO DE OBRA

CUSTO UNITARIO (R$) CUSTO TOTAL (R$)

ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS

DESCRIÇÃO UNIDADE QUANTIDADE TOTAL (R$)

46

De acordo com Ferreira (2012, p.1), na obra analisada, a alvenaria teve um

custo total de aproximadamente R$ 150,7 mil, deste valor R$ 104,2 mil voltados

apenas para mão de obra. Principalmente devido à alvenaria necessitar de chapisco

e emboço antes da pintura, o que gerou um maior consumo de mão de obra e

interferiu no prazo de execução por conta do tempo de cura que cada acabamento

necessita. Já o uso das paredes de gesso acartonado, teve um valor total de R$

141,5 mil e o custo unitário da mão de obra mais material foi de R$ 81,00, já que o

drywall recebe o revestimento direto logo após ser instalado.

Além disso, uma parede de gesso acartonado pesa 22 kg/m² e podem ser

instaladas sem depender de vigas, resultando em um edifício mais leve. Já uma de

alvenaria pesa até 120 kg/m². Assim, uma das principais vantagens da utilização de

paredes de drywall é a economia de até 15% na estrutura e fundação. (SILVA, F.R,

2007).

Já na análise do aspecto tempo, segundo Ferreira (2012, p.1), optando pela

utilização do drywall, pôde-se notar uma redução de aproximadamente três meses

no prazo total da obra, pois o drywall possui um prazo de execução que equivale a

um quarto do tempo que seria necessário para uma construção de alvenaria de

tijolos cerâmica.

Logo, o drywall além de tornar a conclusão da obra mais rápida, também

permite a diminuição dos custos, visto que quanto menor o tempo necessário para a

conclusão da obra, menos insumos e serviços serão gastos, além de reduzir o

desperdício e a geração de entulho. E ainda assim, o entulho resultante de uma obra

com drywall pode ser reutilizado de formas diferentes na indústria e até mesmo na

própria obra. Essa reutilização de materiais pode tornar-se uma fonte alternativa de

recursos financeiros para os executores de obras, pois é possível revender os

resíduos para reciclagem.

Nos quesitos resistência e isolamento, segundo Ferreira (2012, p.1), a

alvenaria possui maior resistência mecânica ao longo do tempo e possui um melhor

isolamento térmico e acústico, já o gesso acartonado possui menor resistência

mecânica e também é sensível aos efeitos da umidade e temperatura. Contudo, o

seu isolamento térmico e acústico pode ser melhorado com a utilização de lã mineral

ou de vidro. Dessa forma, o drywall possui um melhor desempenho, pois uma

parede com uma chapa de drywall de cada lado do perfil metálico tem isolamento de

38 decibéis, o que é igual ao de uma de tijolo. Além disso, a espessura da parede de

47

drywall necessária para obter esse nível de isolamento é menor do que a de uma

parede alvenaria, isso fornece um ganho de espaço nos ambientes.

Analisando a mão de obra, foi possível observar que ao construir paredes,

forros e revestimentos de drywall pode haver alguma irregularidade devido à falta de

mão de obra especializada, pois, apesar de as chapas de drywall serem fabricadas

industrialmente, exigem uma precisão na sua dimensão e instalação. Assim, todas

as etapas do processo de construção de sistemas drywall exigem profissionais

capacitados, mas no Brasil há uma carência desses profissionais (SILVA, F. R,

2007). Já a alvenaria por ser uma técnica mais comum e mais difundida no mercado

de trabalho, sua mão de obra é encontrada com maior facilidade.

5.2 Vantagens e desvantagens

O uso do drywall em obras necessita de um maior planejamento e precisão

do que as técnicas convencionais, pois sua utilização não permite improvisos por

tratar-se de uma estrutura que precisa ser montada adequadamente de acordo com

as especificações técnicas do projeto, do contrário a qualidade da estrutura poderá

ser comprometida. Isso requer mão de obra especializada na hora da montagem,

fazendo com que o encarregado de montar tenha que ter sido submetido a um

treinamento para capacitá-lo a manusear o gesso acartonado.

O drywall é uma tecnologia que possibilita a realização de obras mais

baratas, versáteis, rápidas e mais limpas, sendo uma das suas principais vantagens

a facilidade de instalação na obra e a geração de pouco resíduo, já que não

necessita de reboco ou massa corrida para obter uma superfície uniforme,

permitindo que recebam revestimento imediatamente após a instalação. Isso facilita

também em reformas, manutenção e limpeza.

De acordo com a Redação Fórum de Construção (GESSO ACARTONADO –

DRYWALL, 2016): “Essas características definem o que se chama de ‘tecnologia

industrializadas de construção’, ou seja, tecnologias que são mais eficientes em

rapidez e qualidade exigindo mais organização, planejamento, e também mão de

obra com maior qualificação”.

Para construções de pequeno porte ou em reformas pontuais, o drywall pode

não ser recomendado pelo fato dele depender de peças e serviços de empresas

especializadas, pois se não houver o devido cuidado durante sua instalação, até

mesmo o ato de pregar um quadro na parede de drywall pode danificá-lo. Essa

48

fragilidade é uma das principais desvantagens do drywall. Porém segundo o

engenheiro Carlos Alberto de Luca (NAKAMURA, J, 2014), conselheiro técnico da

Associação Drywall: “O sistema é menos resistente a impactos que a alvenaria, mas

atende às normas técnicas”.

O drywall não é um ótimo isolante acústico e térmico, mas caso haja

necessidade é possível melhorá-lo com lã mineral para aumentar seu desempenho.

Alguns forros especiais são capazes de ter um ótimo índice de absorção acústica

sem a necessidade de acabamento, alguns modelos foram criados até mesmo para

a diminuição de odores. Na tabela 2, onde é realizada uma comparação entre

drywall e alvenaria, é possível notar que o drywall com recheio apresenta

desempenho inferior quando analisada a sua espessura em comparação à

alvenaria. Contudo, esse desempenho inferior na espessura é revertido em ganhos

de 15,78% no isolamento acústico e em uma estrutura 6.6x mais leve. Essas

diferenças podem ser ainda maiores dependendo dos tipos de paredes comparados.

Assim, o uso do drywall resulta em um edifício mais leve, além de ter maior

flexibilidade nas plantas, pois o morador pode modificar ambientes com mais

facilidade, sem interferir na estrutura do prédio.

Tabela 2 – Comparativo entre drywall e alvenaria com relação a espessura,

isolamento acústico e peso. Fonte: http://casa.abril.com.br/materiais-construcao/drywall-entenda-como-funciona-esse-sistema-de-

construcao. Acesso em: 7 fev. 2017.

Em termos de custos o drywall é mais caro, porém por sua facilidade em

manutenção, minimização da quantidade de mão de obra e também por não

necessitar de despesas com reboco ou massa corrida, o torna competitivo

49

economicamente quando analisados os custos gerais da obra e não apenas os de

materiais de forma isolada.

A principal desvantagem na utilização do gesso é sua limitação de uso, pois

por não possuir boa resistência a umidade não se torna viável sua utilização em

áreas externas por causa das chuvas. Porém, nada impede sua utilização em áreas

úmidas como banheiros, onde é recomendado deixar um espaço de

aproximadamente 60 cm no final da placa de drywall (Figura 31) para a colocação

do gesso de coloração verde, em que essa coloração, como visto no capítulo 4,

indica tratar-se de um gesso com maior resistência à umidade.

Figura 31 - Placa de drywall com o espaçamento para a colocação do gesso verde Fonte: Dados da pesquisa.

5.2.1 Quadros comparativos drywall x alvenaria

Abaixo são apresentados quadros comparativos entre as principais

vantagens e desvantagens do drywall e da alvenaria, seguidas por um quadro onde

são apresentadas as opiniões de profissionais que conhecem a tecnologia.

50

Quadro 11– Vantagens e desvantagens do drywall

Fonte: Dados da pesquisa

Vedação desmontável, leve, baixo volume de

material, reduzindo de as fundações e estruturas

Resistência mecânica cargas pontuais superiores

a 35 kg devem ser previstas com antecedência,

para instalar reforços no momento da execução

Sensibilidade à umidade, o que impede a sua

aplicação em fachadas e implica em riscos

potencias de problemas patológicos quando

utilizadas em locais com possibilidade de ação de

água. Para que as paredes de gesso não

apresentem ao longo do tempo formação de bolor

e manchas de umidade, são necessários cuidados

quanto ao tipo de chapa a serem empregados,

detalhes executivos, impermeabilização e proteção

superficial

Exige mão de obra qualificada

Barreira cultural do construtor e do consumidor

Falta de visão sistêmica dos construtores, de modo

que o potencial de racionalização oferecido pelo

sistema não seja totalmente explorado

Redução de peso, tornando a estrutura mais leve

Reduz o cronograma

Custos financeiros

Superfícies planas com textura lisa eliminando a

necessidade de camadas de regularização

Montagem por acoplamento mecânico, com

modulação flexível: esse sistema possui maior

precisão dimensional em razão de ser obtido

pela montagem de componentes produzidos

industrialmente e, também por esse motivo,

pode-se reduzir significativamente o consumo de

mão-de-obra durante a sua execução.

Leveza

Menor espessura com ganho de área útil

Construção a seco, levando a possibilidade de

maior limpeza e organização do canteiro.

Mínimo de desperdícios e retrabalho

Flexibilidade no layout possibilitando

modificações ao projeto e, em alguns casos,

proporciona o aumento de área útil, uma vez que

as paredes podem ser mais finas

Economia na mão de obra

DRYWALL

VANTAGENS DESVANTAGENS

Ótimo desempenho térmico e acústico quando

associado ao uso de lã mineral no seu interior.

Resistência ao fogo

Facilidade na instalação elétrica, hidráulica e

telefônicas executadas e testadas durante a sua

execução, evitando quebras e desperdícios de

materiais e mão de obra.

Garantia do serviço

Redução de volume de material transportado

vertical e horizontal

51

Quadro 12 – Vantagens e desvantagens da alvenaria comum

Fonte: Dados da pesquisa

Quadro 13 - Prós e contras do drywall na visão de profissionais da construção

Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/130/artigo299617-

1.aspx Acesso em: 12 set. 2016

Maior resistência à pressão do vento

Resistência às infiltrações de água pluvial

Função estrutural

Isolamento térmico

Durante a sua execução quebras e desperdícios de

materiais e mão de obra

Isolamento acústico

Umidade ascensional

Descolamento do revestimento

Garantia do serviço em curto prazo

Vedação fixa, grande volume de material,

sobrecarga nas fundações e estruturas

Superfícies irregulares

Aparecimento de fissuras e trincas

Maior possibilidade de erros durante a execução

Aumento do peso

Redução de área útil

Cronograma mais oneroso

Maior resistência à umidade

VANTAGENS

ALVENARIA COMUM DE TIJOLO CERÂMICO

DESVANTAGENS

52

Quadro 14 - Prós e contras da alvenaria na visão de profissionais da construção

Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/130/artigo299617-1.aspx

Acesso em: 12 set. 2016

Abaixo é apresentada uma rápida análise dos principais pontos que podem

ser vistos nos quadros 11, 12 e principalmente nos quadros 13 e 14 por conter

opiniões de profissionais da área.

Os principais pontos em que o drywall é inferior à alvenaria estão

relacionados à sua fragilidade e por prover pouco isolamento. No quesito

isolamento, a utilização de lã mineral ou de vidro e diferentes configurações de

montagem fazem com que o drywall apresente desempenho até superior ao da

alvenaria. Em relação à fragilidade, não há solução que torne o drywall tão resistente

como a alvenaria e, por isso, ele é recomendado apenas para divisórias internas,

que não executem função estrutural e nem estejam expostas a intempéries ou

umidade excessiva. No quesito custos, apesar dos componentes do drywall de

forma isolada ser de fato mais caros do que os de alvenaria, ao ser levado em

consideração o valor global envolvendo a mão de obra, acabamentos etc. o drywall

mostra-se com menor custo final total.

Como pontos positivos, o drywall é visto como uma forma de executar as

obras mais rapidamente, com maior facilidade no acabamento e capaz de reduzir

consideravelmente o peso sobre as fundações, o que tem impacto direto no projeto.

Além disso, também é lembrado por diminuir a mão obra necessária, o desperdício e

por ser totalmente reciclável. Já alvenaria, é vista como uma grande geradora de

resíduos, mais lenta, requisita mais mão obra e por ser mais pesada.

53

Por fim, é possível concluir que alvenaria é indicada em situações em que há

a necessidade de uma boa resistência mecânica, isolamento e exposição a

intempéries. Já o drywall pode ser usado, sem muitas diferenças em relação a

alvenaria, em ambientes internos em que ele não tenha função estrutural e quando

combinado com a lã mineral é capaz de prover bom isolamento termoacústico. Se

usado o gesso verde, pode ser aplicado em ambientes com umidade alta e até ser

exposto de forma não contínua à água.

Portanto, o drywall possui vantagens e desvantagens como foram

apresentadas. Mas, seus ganhos nos aspectos de custo e de tempo podem superar

algumas de suas limitações, visto que algumas podem ser contornadas com o uso

de outros insumos. Isso tudo o torna uma tecnologia capaz de competir e até vencer

o uso da alvenaria comum, dependendo apenas da sua utilização de forma

adequada seguindo o que é previsto em normas regulatórias.

54

6 CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos durante o desenvolvimento do presente

trabalho, onde foi realizada uma revisão bibliografia, pôde-se analisar que a

utilização do drywall ainda não é tão difundida no mercado da construção civil

brasileira, sendo um dos fatores a falta de trabalhadores qualificados para

trabalharem com essa tecnologia.

Além disso, a ausência de conhecimento sobre este método ainda causa

preconceitos no mercado consumidor quando se trata de estruturas, isolamento

acústico e térmico. Logo, há a necessidade em introduzir esse conhecimento para o

consumidor, mercado e os trabalhadores envolvidos na área de construção, para

assim permitir que seja optado pela melhor alternativa para a obra, seja ela uma

construção ou uma reforma. O que poucos sabem é que a utilização de gesso

acartonado quando executado e utilizado de forma correta, seguindo as normas que

o regem, resulta em benefícios ao longo da vida útil do produto, gerando assim

satisfação para o consumidor.

No estudo, foi possível identificar que ao longo da sua utilização, desde a

composição até sua instalação, que o desempenho termoacústico do drywall

consegue ser superior ao da alvenaria de tijolos, quando utilizada lã mineral entre as

chapas de gesso acartonado. Além disso, torna-se uma estrutura mais leve por

conta da não utilização de argamassa, fazendo com que as cargas sejam reduzidas

sobra a fundação.

O drywall apesar de ter um custo por unidade elevado quando comparado à

alvenaria, torna-se um agente redutor de custos, pois tem a redução de insumos,

mão de obra, retrabalhos, quantidade de entulhos e projetos, tornando-se assim

uma opção vantajosa e versátil.

Quando o assunto é sustentabilidade, o drywall chama a atenção por não

gerar muito entulho e possibilitar a sua reutilização nas áreas de indústria de

cimento, agrícola e de transformação do gesso, gerando assim benefícios ao meio

ambiente por não ser mais uma fonte geradora de entulho.

Com o passar do tempo e com maior difusão dessa tecnologia, tendo a

qualificação devida dos profissionais e ampliação dos conhecimentos sobre a

tecnologia, o drywall pode concorrer no nível da alvenaria comum, pois ele não

possui apenas vantagens na sua utilização, mas também no seu preço e no custo

final da obra, sem contar que com a sua divulgação e maior utilização pode haver

55

redução do seu preço por conta da oferta e da procura, tornando-se assim uma

excelente opção não somente na parte construtiva, mas também em reformas

gerais.

56

REFERÊNCIAS

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